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190 Desanos pana A PSicaniuse CONTENPORANEA —— (1932). Nuevas lecciones introductorias al psicoanalisis. Op. cit, v3. Green, A. Sobre a loucura pessoal. Rio de Janeiro: Imago, 1988a. Pusio de morte, narcisismo negativo, funclo desobjetalizante. In: Green et al. A pulsdo de morte. Sao Paulo: Escuta, 1988b. bre a toxicor Do soko ao trauma: psicossoma ¢ adicgdes. Sko Paulo: Casa do Psicélogo, 2001 Lonoman. Longman dict London: Longman, 1978, Marry, P. La depression esse se, ¥. 32, 0.3, p. 595-8, 1968, — Memalizagao e psicossomética. $0 Paulo: Casa do Psicdto- 20, 1998, McDoveaut, J. The ih. Harlow and. iry of contemporary eng! le. Revue Francaise de Psychanaly fected” patient: reflections on affect erly, 53, p. 386-409, 1984. 1D. (1945), Primitive emotional development. In: Through paediatrics 10 psycho-analysis: collected papers. London: Karnac, 1992. Psycho-ant tic explora jects and tran: lon: Routledge, 1996. ——.. (1971b). Dreaming, fantasying, and living: a case- describing a pr 1996. DepREssAO E DOENGA NERVOSA MODERNA Maria Silvia Bolguese Desde o séeulo XIX, com os avangos ale cicntfica, a elaboragio das classificagdes nosograticas da psi jatria © 0 sur mnélise, busca-se a compreensio sistemética dos estados mentais do homem, Porém, estes instru- mentos que visam, por um lado, & libertagao dos sujeitos, podem efter, por outro, em meios de manipulagdo ideolégica quando se colocam a servigo da adaptagao pura e simplesmente. Niio se pode deixar de observar a fragilidade subjacente as as explicativas do sujeito, pois os sistemas sociais t&m se va- io das édicas (psiquiatria), psicolégicas e da psicané- écnicas e tecnologias que visem & resolugdo imediata dos entraves individuais. A consol ‘gio da depressio como categoria da nosografia psiquidtrica des- vela uma tomada de imbém originada pela ideologia. Hoje, tudo € depressio. E, se tudo é depressio, a depressio nfo € nada, Tanto na clinica psiquidtrica quanto na clinica psica- nalitica, os sujeitos se apresentam deprimidos, softendo de um mal ar que est efetivamente instalado em Bes psiquicas e fisicas, ocasionando prejuizos amplamente verificdveis. Contudo, © conceito de depressao também responde a uma construgio ideol6gica, como tentativa, por parte das estruturas dominantes, de apropriagao dos fendmenos individuais, uma vez que se visa a individuos deprimidos ou depressivos em um nivel que os mante- nha, ao mesmo tempo, produ! \dos pela medi 4 194 Desieios mst A PScaNiLse ConTENFORINEA ‘Ao examinar o homem contempordneo c seus estados depres- sivos nao se pode deixar de observar, como sugere Adomo (1955), © subjugam do lidade desejante. 14 em J908, em. idade de energi ica ous ¢.a.suacapaidads de-des ‘Teva V—O s0Wish, ADEPRESSAO EANELROSENARCICA 195, um estandarte do mal nO, aS tenses. © as indo, desde o seu mundo. “gue 0 jogam em um doloroso, 1ém goz0so, embate com o mundo externo, Estas consideragoes conduzem & necessaria reflexto acerca do adoecimento e mal-estar do homem no mundo moderno, resu- midos pela ciéncia e pela inddstria cultural Mas, se grande parte das pessoas iva, serve & e-stguluras sociais em detrimento de inlereses individuals a consideragao de que a depressio, 2 partir de fenémenos € movi- da sociedade que, em prol da inscrevem um campo no qual o Vale a pena acompanhé-lo em suas formulagées, embora se defendidas por Freud neste texto taposigéo ou, mais propr 198 Desarios pan & Pacanauise CONTEMPORINEA a menos, esvazié-los, por outro, passou-se a utilizar 0 medica~ mento de uma maneira (do indiscriminada e, por que nao dizer, violenta, que se pode pensar na in: ago de uma era da camisa re Roudinesco (2000) gados no Boston Globe, sobre o Estado de Massachuset Na assisténcia médica oferecida aos necessitados, 0 custo anual é de US$ 890 (53%) so gastos em medicacao psiqui mente que esta é uma opgio politica e econdmica (pelo me- -daqueleesiado ame dos pacientes da antidepressivos ou mais. E a um 5 chega-se a prescrever mais de seis 3s foram sendo gradativamé nova forma de alienaedo, pois se busca curaro sujeito de sua con: a promelendo o fim do sofrimento psiquico por meio em suspender os sintomas para De outro lado, os psiquiatras, os psicanalistas, e ravam um embate col ‘Teun V—OsoMan, ASEPRESSAOE ANELROSENARCISCA 198 nante observar como essa logica se disseminou ¢ ganhou forca nas mas duas décadas, pois a psicofarmacologia, como aponta Ro Embora seja evidente que a terapias medicamentosas nio se optiem 3s terapias pela palavra,a aplicacio dos antidepressivos aos mais diversos niveis de di dicas e, até mesmo, na clinica geral, busca cir ‘cago como solucao e safda eficaz, répida e ass = dda esséncia de toda condicao h como ido bem descreveu Freud voferida para de que a psicandlise p s, no que diz respeito & compreensao € mesmo, das construgies di nig. da psicofarma- iaria seria capaz de 200 Desivios man & Pocause CoNTENPORWNEA ' ReFEneNcias Birwan, J

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