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i 7 ! A MUS/CA DE CULTO AF RO-BRAS/LE/RO NA AMAZOM/A Anaiza Vergolino Antropdloga Mario Lima Brasil Maestro -Compositor /, Nota tt istorico-Cultural Apesar de nao ser uma regio de predominancia negra, a presenca africana na Amazonia foi expressiva, pois fontes histéricas revelam a importagao de escravos para a regido desde o séc. XVII (Salles, 1971), e um intenso trafico externo e interno ao longo do século XVIII (Vergolino-Henry & Figueiredo, 1990). Nos dias de hoje, uma religido de origem africana permanece viva na quase totalidade dos municipios paraenses. Somente na Regido Metropolitana de Belém é praticada em cerca de 1.000 terreiros, considerando-se apenas as casas de culto cadastradas na Federacao Espirita Umbandista e dos Cultos Afro-Brasileiros do Para (FEUCABEP), entidade fundada em 1964 e desde entao sediada nesta capital (Vergolino e Silva, 1976). Curiosamente, os terreiros mais tradicionais do Para e por extensao da Amaz6nia, nao se preocupam em tracar uma genealogia africana como acontece com os grandes candomblés baianos e casas maranhenses (Ferretti, $. 1985). Assim, para se entender a versao religiosa afro-amaz6nica, em particular a paraense, faz-se necessdrio pensé-la nas suas origens, como o resultado de um processo histérico de aculturacao de duas matrizes religiosas que se interpenetraram: a primeira, dos povos indigenas, escravos africanos e dos colonos luso-brasileiros, para quem a religiao se apresentava principalmente como instrumento de sacralizagao da natureza. A segunda, mais espiritualista ou transcendente, e que foi tipica do catolicismo romano, religiao oficial do Estado lusitano (Azzi, 1976). Ao pantedo dos deuses formado por santos Catdlicos, orixas e voduns africanos, e seres e elementos da natureza divinizados pela mentalidade animista indigena, vieram juntar-se outras personagens safdas dos mitos e do folclore ibérico, algumas delas, elementos do imagindrio europeu trazidos na bagagem do colonizador portugués. a Caracter: sticds, simcretismos € mudéncas internas Nesse conjunto, excetuando-se santos catélicos, orixds e voduns africanos, existem no culto os espiritos locais, genericamente designados como encantados, seres que sao concebidos como “vivos” porque diz-se que nunca teriam experimentado a morte fisica; e que possuem sentimentos humanos tais como o citime, a vaidade, a raiva, 0 prazer, 0 orgulho, entre outros. Eles se manifestam nos médiuns tanto para curar, resolver suas afligdes, quanto simplesmente para se divertir, Os encantados se dividem em duas grandes categorias: os Senhores e os Caboclos, incluindo-se entre os primeiros os orixas nagés, os voduns jéjes e os espiritos de reis, duques, bardes, marqueses, alguns deles personagens da histéria portuguesa datada, e que no culto se transformaram em herdis dos mitos. Os Caboclos sendo encantados, nao sao espiritos de indios mortos € to pouco esto associados apenas ao dominio da Natureza como aqueles seres “selvagens” e “primitivos” caracteristicos da Umbanda sulina (Birman, 1983). Ainda que sejam brasileiros, 4 semelhanca dos Caboclos maranhenses, os Caboclos dos terreiros paraenses tém preferencialmente uma “dupla nacionalidade”: sao brasileiros e turcos, franceses, africanos ou paraguaios (Ferretti, M. 1993). Outros encantados, como o Surrupira, so verdadeiramente locais, tendo sua encantaria na localidade Arapixi, municipio de Chaves, na Ilha de Maraj6. Essa ligagao direta ou indireta com outros povos e nages se expressa nas genealogias das familias em que os espiritos se agrupam. Assim, a cabocla Herondina, ou simplesmente “Dona Herondina”, é romana mas foi criada pelo Rei da Turquia, razao pela qual ela é Toia, quer dizer, uma princesa. Os encantados caboclos, ao contrario dos orixds e voduns, nao so sincretizados com os santos catélicos mas pode acontecer que um caboclo adore um santo cat6lico, a exemplo do Caboclo Guapindaia, um turco que adora Santo Expedito. Em linhas gerais, essa seria a tradigo afro-paraense que de inicio foi registrada como Babacué (Alvarenga, 1938), a seguir como Batuque (Leacocks, 1972; Vergolino, 1976), e finalmente como Mina-Nag6 (Furuya, 1986) ou Mina do Pard (Vergolino, 1988). Ao longo do tempo essa tradicdo sofreu influéncias da Umbanda sulina (anos 1940/50) e do Candomblé Kétu baiano (anos 1970), 0 que teria levado as casas paraenses, e também as amazonenses, a oscilarem entre um proceso de “umbandizagao” e “nagoizacao” (Cf. Gabriel, 1985; Furuya, 1986). 3. * musica do ritual A misica tem um carater ritualistico, importante para evocar as entidades que se manifestam nos médiuns, quando esses cantam e dancam ao som dos instrumentos de percussao. Sua estrutura € ciclica, responsorial, onde o solista canta e 0 coro responde. O ritual divide-se em duas partes: o xiré, onde se canta para os orixds, obedecendo-se a uma determinada ordem, e a “virada pra caboclo”, que nos rituais noturnos geralmente acontece por volta da meia- noite, quando se canta para os caboclos, entidades nacionais e regionais. Pode-se perceber, nessa “virada”, uma mudanga no cardter das musicas executadas, com predominancia do toque adarrum, de andamento mais rapido, e que é 0 toque preferido dos caboclos. Neste CD, esse toque passa a ser predominante a partir da faixa 13, quando termina a louvacao aos orixds e comega 0 “toque pra caboclos”. 3./. lnstrumentos Os instrumentos objetivam a execucdo da miisica sacra. No terreiro “Légo Xapana”, objeto deste estudo, existem quatro tambores: rum, rumpi, lé e ilu; além do agogé, da cabaga ou agué e ganzé ou xeque. Os tambores ocupam lugar especial, sao sagrados, razao pela qual sao cumprimentados pelos visitantes, pelas entidades e pelos iniciados durante © xiré. Eles sao conhecidos pelo nome generalizado de atabaques, e sio “vestidos” de acordo com a entidade homenageada. Todos sao percutidos com as maos. A misica inicia-se pelo solista, normalmente o pai-de-santo ou mae-pequena, que introduz a doutrina; em seguida entra 0 agogé, instrumento de Ogum, abrindo os caminhos para que o ritual transcorra em paz. Além disso, 0 agog6 anuncia 0 toque para o rum, que com o seu som mais grave inicia o toque, chamando as entidades para 0 ritual; ele também é responsivel pelas “viradas” e variacdes, que geralmente acontecem logo depois da resposta do coro. Apés 0 rum, entra o rumpi, atabaque mais agudo que o rum, responsavel pelas respostas as “viradas” do rum; por Ultimo entra o lé, o menor dos atabaques, de som mais agudo e que mantém a batida do toque ou “levada”. Dependendo da doutrina, 0 coro entra antes ou depois de todos os instrumentos. Os demais instrumentos, a cabaga e o ganzé entram depois do solo, do agog6, dos atabaques e do coro terem entrado. O il, raramente tocado, entra normalmente depois de todos terem entrado; ele é 0 instrumento de som mais grave. 3.2. Forma A forma musical é ciclica, ou seja, uma determinada estrutura melddica repete-se até que o solista dé o sinal para parar, o que acontece depois de sete a treze repeticdes. Essas repetic6es sao variagGes do solo. A melodia basica que origina a doutrina é desconhecida, o que se tem é uma variacéo desse modelo imaginario. A forma predominante é AA', mas também se encontra AB, nas vezes em que 0 coro responde ao solo com uma melodia diferente. 3.3. S'stemas A maioria das melodias sao tonais, no entanto existem melodias defectivas, ou seja, hexacordais e pentacordais que induzem o sistema pentat6nico. Encontrou-se, também, algumas melodias pentat6nicas, reminiscéncias africanas, assim como melodias modais, influéncias dos modos eclesidsticos nesta regiao. Também foram encontradas melodias de sistemas miltiplos. 4, Hibrid’sme musical O hibridismo musical, caracteristico da musica brasileira, acentua- se nesta regido e mais ainda no Abassé Afro-Brasileiro Légo Xapana. Ele faz parte do processo de formacao espiritual e musical do lider do terreiro, Pai Orlando Bassi. Pai Bassti nasceu e cresceu ouvindo misica de ritual; seu pai, conhecido como “pai Bassti velho”, era um dos pais-de-santo mais conceituados de Belém. Pai Bassti cresceu ouvindo os tambores, executando os toque do Batuque, como era conhecido o ritual nas décadas de 1950 e 1960. Em busca de diferentes ensinamentos, pai Bassti (foto), ainda adolescente, buscou novos aprendizados na Umbanda, modificando a forma quadrada da curimba, para a forma mais sincopada do Batuque no qual ele cresceu. Na década de 1960, apds sua feitura em Sao Lufs-Maranhao, incorpora elementos do Nag6, aprendidos com sua mae-de-santo Margarida Motta, com isso modificando os toques do terreiro. O resultado, atualmente, é uma mistura de toques paraenses com toques maranhenses. O conhecido corrido do Para, passa na casa do pai Bassti a ser o adarrum, e 0 valsado passa a ser © agueré, nome dos toques conhecidos naquela casa. Nesse terreiro, a assimilacao e a incorporacao do novo em um processo de hibridismo antropofagico compoem um elemento comum. = ee Encontraram-se os seguintes toques no terreiro do pai Bassti: agueré |, agueré II, agueré Ill, adarrum, toliboré, aluja, ijexd, bravum, angola-omoloc6, opanijé, olubajé e eg6. Nesta gravacao, pode-se ouvir 0 toque agueré | na doutrina 4; agueré II nas doutrinas 1 e 5; agueré 3 nas doutrinas 6, 10 e 18; toliboré nas doutrinas 2, 3, 11, 17 e 23; adarrum nas doutrinas 7, 13, 14, 15, 16, 19, 20, 21 e 22; opanijé nas doutrinas 8 e 9 e angola-omoloco na doutrina 12. bblograticas D3 8 Q ¢ ry iS ry aA AZZI, Riolando. “A formacao hist6rica da matriz religiosa brasileira. In Didlogos - Revista de Ensino Religioso, n. 2. Sdo Paulo: Paulinas, Maio/1996. BIRMAN, Patricia. O que é umbanda. Col. Primeiros Passos, n. 97. Sao Paulo: Brasiliense, 1983. BRASIL, Mario L. Mudancas musicais do Babacué gravado em 1938 em Belém (PA). Tese de Doutorado, ECA/USP, 2000 (Mimeo). CACCIATORE, Olga. Dicionario de cultos afro-brasileiros. Rio de Janeiro: Forense Universitaria. 3a. ed. 1998. FERRETTI, Mundicarmo. Desceu na Guma: O caboclo do Tambor de Mina no processo de mudanga de um terreiro de Sao Luis - a Casa de Fanti Ashanti. Sao Lufs: SIOGE, 1993. FERRETTI, Sérgio. Querebentan de Zomadonu: etnografia da Casa das Minas. Sio Lufs: UFMA, 1985. FURUYA, Yoshiaki. “Entre ‘nagoizacao’ e 'umbandizagao': uma andlise no culto Mina Nag6 de Belém-Brasil”. ANNALS, Tokyo, Japan Association for Latin American Studies, n. 6, p. 13-53, 1986. GABRIEL, Chester E. Comunicagées dos espiritos: Umbanda, cultos regionais em Manaus e a dinamica do transe mediGinico. Sao Paulo: Ed. Loyola, 1985. LEACOCK, Seth and Ruth. Spirits of the deep: a study of an Afro-Brazilian Cult. New York: The American Museum of Natural History, 1972. 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Adorar - Diz-se da veneracio que um caboclo pode ter em relacdo a um certo e determinado santo catdlico, nao necessariamente o santo de devocao do seu médium. ‘Agogo - Instrumento de metal em formato de iro, com um arco, e que é percutido por vareta também de metal. Alujé - Toque em andamento, guerreiro, para chamar Xango (cf. Alvarenga, p. 48). Angola-Omolocé - Ritual originério da nagdo Angola, sudoeste da Africa, particularmente das tribos lunda-quidco, ou toque em andamento rapido. Bandeirantes - Grupo de entidades associadas a familia do Rei da Bandeira odo da Mata), que apesar do titulo, ndo se trata de um nobre. Sao, no entanto, poderosos curadores e importantes ‘encantados (cf. Leacock & Leacock, p. 146). Bravum - Toque ou ritmo proprio para o orixd Oxalé. ‘Cabaga - Instrumento musical confeccionado com o fruto do cabaceiro esvaziado de sua polpa € coberto com uma rede enfiada com sementes chamadas de lagrimas de Nossa Senhora. Sin. agueé. Caboclos - Nas casas de culto de Belém, trata-se de uma categoria de entidades de status inferior aos Senhores. Corrido - Toque dos atabaques que em Belém corresponde ao adarrum. Curimba ou Corimba - Ritual para chamar e louvar as entidades (orixas e caboclos) acompanhado de cénticos, e onde o som dos atabaques é substituido por palmas. Doutrina - Letra e mel ia de um cantico sagrado. Prece evocativa cantada. Sin. “ponto cantado” Egé - Toque proprio dos rituais funerérios (axexé). Encantados - Categoria de seres sobrenaturais pensados como invisiveis, mas que se acredita que podem possuir os seres humanos. Sin. guia, santo. Feitura - © mesmo que iniciacao ou preparacio ritual da pessoa do médium que se destina a ser suporte do orixd e demais categorias de entidades do culto. Ganzi - Instrumento musical de percussdo tipo chocalho, confeccionado em folha de flandres, formado por um cilindro ou dois deles unidos pela base, tendo pedras ou chumbos no seu interior. Sin, xeque. Gentis - Nobres encantados (geralmente europeus), as vezes confundidos com orixds e, como estes, também associados a santos catdlicos (cf. Ferretti, M. 100). Herondina - Uma das entidades femininas mais populares em Belém. No imaginério das casas de culto ora é pensada como cabocla, sem filiagdo, ora como uma princesa que foi criada pelo Rei da Turquia. Fjexé - Ritmo tocado para 0 orixé feminino Oxum, Md - Nome dado, por alguns, a0 rum, atabaque maior dos candomblés ou denominacdes dos tambores de dois couros, presos por cordas, usados nos candomblés de ijexa (cf. Alvarenga, p. 145). 1 - O menor dos atabaques, de som agudo ‘Mie-pequena - Um dos degraus hierdrquicos de uma casa-de-santo, Mulher que “recebe” santo e que ajuda o pai ou mae-de-santo no comando do terreiro. Maouros - Caboclos que ndo sao brasileiros ou mestigos de indio e branco; os mouros so cestrangeiros, procedentes do Oriente. Sin. turcos. Olubajé - A rigor trata-se de uma refeicio comunal em honra ao orixé Omuld-Obaluaié, em agosto. No terreiro “Légo Xapana” refere-se ao toque para esse orixd, Ver Opanijé. Opanijé - Toque ou ritmo preferencial para a danca sagrada do orixé Omulu-Obaluaié, Orixés - Divindades intermedirias entre Olorum ou, entre seu representante e filho Oxalé, e os homens. Alguns so reis, rainhas ou heréis divinizados que representam as vibragées das forcas elementares da Natureza, ou atividades econdmicas primordia, ou ainda as grandes ceifadoras de vidas como as doencas epidémicas (cf. Alvarenga, p. 197). Pai-de-santo - © mesmo que babalorixé; chefe do terreiro, ciltimo degrau da hierarquia de uma casa-de-santo; “recebe” santo e joga biizios (processo divinat6rio). Rei da Turquia - Chefe de uma familia de espiritos guerreiros cuja origem remonta as mouriscas ‘ou, a adaptacio portuguesa da Cancao de Rolando, epopéia francesa cujo tema chegou a0 Brasil e se constitufu no nécleo central do teatro de mouros e cristéos, presentes em intimeros folguedos folcl6ricos nacionais (cf. Cascudo e Alvarenga apud Leacock & Leacock, p. 132-33 € Ferretti, M,, p. 188). Ver turcos. Rum - O maior dos trés atabaques utilizados nos rituais dos terreiros. Rumpi - Atabaque médio, intermedidrio entre o Rum e o Le. Senhores - Nos terreiros de Belém significa entidades que tém alto status relativamente aos caboclos. Categoria que inclui os Orixés e os Voduns. Terreiros - Espago fisico onde se realizam os cultos; 0 pavilhdo onde acontecem as cerimOnias religiosas. Toia - Termo feminino derivado de Toi, que significa Pai na tradicdo jéje maranhense. Em Belém trata-se de um termo anteposto ao nome de uma entidade para indicar sua ascendéncia nobre. Toliboré - Toque geral para varios caboclos. Turcos - Grupo de entidades pertencentes a numerosa familia do “Rei da Turquia” ou “Seu Turqui Correspondem aos “mouros” e por um processo de adaptacio cultural representam no culto 0s heréis do drama por oposigdo aos cristdos. Sin. mouros. Valsado - Denominagio local para 0 toque dos atabaques em andamento lento ¢ ritmo de valsa, © apropriado apenas para os Senhores e nunca para os Caboclos. Virada - Termo com que se designa, na seqiiéncia ritual, o momento em que terminados os CAnticos de louvor e/ou chamada dos Senhores, se inicia a chamada dos Caboclos. rada pr caboclo” Voduns - Termo usado para se designar um encantado com alto status. Influéncia da tradicao daomeana maranhense onde o termo é usado para designar a divindade. Xiré - Ordem em que sao tocadas, cantadas e dancadas as invocag6es aos orixds, no inicio das ‘ceriménias festivas ou internas (cf. Alvarenga, p. 251). Orixa da terra, do ferro e dono dos caminhos. Suas danas € cAnticos referem-se as batalhas weyny: bo rere e morte de seus inimigos opelé da soum a6 abd rere Divindade da caga. Seus canticos e dangas lembram cagadas Nos campos. Tem o dominio ehreré, da fauna e da flora. O cantico hoponty inde representa uma homenagem kopany todd a algumas qualidades de Oxossy. Ony fad Onosay to aye kopamy loite SONS DOS ATABAQUES @TUM OTA XT DOUTRINA n.1 per) Voz Agogo Atabaque DOUTRINA n.2 Voz Agogo Atabaque

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