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Com isso, a ideia do art. 1-D da Lei 9.494/97 foi exatamente reconhecer que, nas hipteses em que a Fazenda
Pblica no ope embargos execuo, no h pretenso resistida, razo pela qual no seria cabvel sua
condenao em honorrios, uma vez que a observncia ao regime de precatrios no uma faculdade, mas
uma obrigao imposta pela Constituio, que impede o pagamento imediato da condenao.
O que se observou, contudo, foi que a previso do art. 1-D da Lei 9.494/97 trazia exceo supostamente
discriminatria a favor da Fazenda Pblica, eis que, para as demais execues, previa o art. 20, 4, do CPC
haver a condenao em honorrios, inclusive nas execues embargadas ou no, em virtude do princpio da
causalidade, j que, mesmo no resistindo execuo, o executado havia dado causa ao ajuizamento da
demanda, devendo, por isso, ser condenado em tal verba.
Por conta disso, foram os Tribunais superiores instados a apresentar posicionamento a respeito dessa
antinomia.
Coube ao STF definir a questo, o que foi feito quando do julgamento do RE 420.816:
Segundo fixou o STJ em sede de recurso repetitivo, na hiptese, como a renncia ocorreu aps a propositura
da demanda executiva, no pode a Fazenda Pblica ser penalizada com sua condenao em honorrios, pois,
at ento, acreditava que a condenao seria paga por meio de precatrio, o que tornava a instaurao de
processo executivo medida inafastvel:
HIPTESE
CONDENAO EM
FUNDAMENTO
HONORRIOS DA
FAZENDA PBLICA
Execuo comum de valor a ser
pago por precatrio, sem oposio
de embargos execuo
No haver
O ajuizamento de ao de execuo
medida inafastvel, em virtude do regime
constitucional do precatrio, razo pela
qual deve ser aplicado o art. 1-D da Lei
9.494/97, segundo interpretao
conforme que lhe foi dada pelo STF
Haver
No haver
Haver