1) O documento discute a mediunidade e o magnetismo, incluindo a capacidade de cura através da imposição de mãos e a influência dos fluidos e pensamentos.
2) Allan Kardec esclarece que muitos fenômenos espíritas têm causas naturais ainda desconhecidas e não são sobrenaturais.
3) Os médiuns curadores podem canalizar fluidos magnéticos para curar, auxiliados por espíritos benéficos.
1) O documento discute a mediunidade e o magnetismo, incluindo a capacidade de cura através da imposição de mãos e a influência dos fluidos e pensamentos.
2) Allan Kardec esclarece que muitos fenômenos espíritas têm causas naturais ainda desconhecidas e não são sobrenaturais.
3) Os médiuns curadores podem canalizar fluidos magnéticos para curar, auxiliados por espíritos benéficos.
1) O documento discute a mediunidade e o magnetismo, incluindo a capacidade de cura através da imposição de mãos e a influência dos fluidos e pensamentos.
2) Allan Kardec esclarece que muitos fenômenos espíritas têm causas naturais ainda desconhecidas e não são sobrenaturais.
3) Os médiuns curadores podem canalizar fluidos magnéticos para curar, auxiliados por espíritos benéficos.
"A CINCIA DO MAGNETISMO AINDA EST LONGE DE SER CONHECIDA
EM SUA TOTALIDADE, MAS DENTRO DE SEUS PRINCPIOS QUE PODEMOS AVALIAR A AO FLUDICA ESPIRITUAL." Eis um assunto sempre alvo de polmicas e, em ltima anlise, tambm sempre beneficiando muita gente: os enfermos. As polmicas surgem em virtude do endeusamento de mdiuns ou exploraes de que so vtimas ou se permitem. O fato, porm, que a faculdade de curar pela mediunidade existe e deve ser alvo de atento e cuidadoso estudo para evitar-se fraudes e uso indevido da notvel capacidade de curar enfermidades por meio da interveno dos Espritos. H tambm a questo das cirurgias espirituais sem anestesia, sem dor ou sangue e muitas vezes com cicatrizao imediata. Ou o tema dos "benzimentos': "leitura" das linhas das mos etc. Assuntos interessantes, mas o que a doutrina diz destes fatos? Os fenmenos de origem medinica ou anmica prendem-se s qualidades da alma, esteja encarnada ou desencarnada. A potencialidade na produo de fenmenos conscientes ou inconscientes est no esprito, que alcanou este estgio atravs de seu esforo nas sucessivas reencarnaes. No h, portanto, nada de sobrenatural em fatos aparentemente inexplicveis. Ficamos apenas na pendncia de conhecer para julgar melhor. E nesse caso considere-se que muitos fatos e fenmenos ainda escapam compreenso humana. "Todos os fenmenos espritas tm por princpio a existncia da alma, sua sobrevivncia ao corpo e suas manifestaes. Sendo tais fenmenos baseados numa lei da natureza, nada tm de maravilhoso nem de sobrenatural, no sentido vulgar destes vocbulos. Muitos fatos s so considerados sobrenaturais porque se lhes desconhece as causas; assinando-lhe uma causa, o Espiritismo os faz entrar no domnio dos fenmenos naturais. Entre os fatos qualificados como sobrenaturais, h muitos cuja impossibilidade demonstrada pelo Espiritismo, que os coloca entre as crenas supersticiosas. Posto que o Espiritismo reconhea em muitas crenas populares um fundo de verdade, de modo algum aceita a solidariedade de todas as histrias fantsticas, criadas pela imaginao", disse Allan Kardec na Revista Esprita, em setembro de 1960. O PODER DA F O fato final, porm, que os pensamentos, a potencialidade da alma alcanada pelo esforo e experincia determinam o ambiente prprio em que o ser se movimenta. Sua prpria vontade persistente, suas conquistas anteriores possibilitam-lhe realizar aes ou provocar fenmenos - e aqui importante repetir, consciente ou inconscientemente - nem sempre compreendidos, mas perfeitamente enquadrados nas Leis Naturais. Conforme explicou Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo: "O poder da f recebe uma aplicao direta e especial na ao magntica; por ela o homem age sobre o fluido, agente universal, lhe modifica as qualidades e lhe d uma impulso, por assim dizer, irresistivel. Por isso aquele que, a um grande poder fludico normal junta uma f ardente, pode, apenas pela vontade dirigida para o bem, operar esses fenmenos estranhos de cura e outros que, outrora, passariam por prodgios e que
no so, todavia, seno as consequncias de uma lei natural. ( ... ) Mas o
Cristo ( ... ) mostrou ( ... ) o que pode o homem quando tem f, quer dizer, a vontade de querer ( ... ) Ora, que eram esses milagres seno efeitos naturais cuja causa era desconhecida dos homens de ento, mas que se explica em grande parte hoje, e que se compreender completamente pelo estudo do Espiritismo e do Magnetismo". pela aplicao desta fabulosa possibilidade que agem os Espritos protetores - na manipulao fludica em favor do homem utilizando-se dos prprios homens na produo de fenmenos inesperados ou direcionando inmeros fatos que despertem o homem dessa sonolncia espiritual em que muitos ainda nos vinculamos. por esta lei que os afins se atraem, que um ambiente onde se renam pessoas amigas e simpticas entre si provoca grande bem estar ou o oposto; por ele que os sonhos se concretizam - cria-se um campo fludico que alimentado pelo esforo dirio e continuado para alcance desse sonho; tambm, infelizmente, onde se engendram grandes tragdias - justamente pela fora direcionada. Mas tambm por ele, finalmente, entre tantas outras situaes, que h permanente solidariedade entre os seres e os mundos, ligados entre si mesmo que a distncias incomensurveis - pois filhos do mesmo Bondoso Pai de Amor, caminhamos para a felicidade e o progresso. Em maro de 1858, na Revista Esprita, o Codificador esclareceu: "O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e os rpidos progressos desta ltima Doutrina so devidos, incontestavelmente, vulgarizao dos conhecimentos sobre o primeiro. Dos fenmenos do sonambulismo e do xtase s manifestaes espritas no h mais que um passo; sua conexo tal que , por assim dizer, impossvel falar de um sem falar do outro". "JESUS, O MAIOR EXEMPLO DE FENMENO DE CURA" Os fenmenos de cura mais conhecidos do mundo so os "milagres" de Jesus. O Nazareno fez andar paralticos, cegos enxergar, curou as feridas da hansenase, etc... Na maioria das vezes, Jesus utilizava-se da imposio das mos para curar: era o passe. Por seu intermdio, os Espritos manipulavam os fludos dos doentes."O passe esprita simplesmente a imposio de mos, usada e ensinada por Jesus como se v nos Evangelhos", disse J. Herculano Pires em seu livro Obsesso, passe e doutrinao. Verifique algumas das passagens que contm a ao magntica de Jesus: Mateus - 8:1 a 17 Mateus - 9:27 a 29 Marcos - 1:40 a 42 Marcos - 8:22 a 25 Lucas - 5:12 a 13 Lucas - 13:11 a 13 FORA MAGNTICA O princpio o mesmo: h uma atrao, uma concentrao de foras. Em curas e cirurgias sem anestesia, curas ou salvamentos inesperados em situaes de extremo perigo, Ou nos inmeros casos relatados no incio do artigo, existe a formao do que podemos designar de campo fludico. Trata-se da concentrao de foras para determinado fim, alcanado de maneira consciente ou no, induzido ou assessorado por Espritos ou pela prpria capacidade humana individual ou coletiva. Assim que por fora
magntica, mdiuns curam. Isso tudo porque estamos imersos num
permanente campo de foras que se concentram, atraem ou se dispersam por influncia do pensamento, mas tambm regido pelas leis fsicas do Universo, determinantes do equilbrio deste em todas as reas e conhecimentos. Basta ao homem aprofundar esse conhecimento. Nas obras da Codificao, bem como na Revista Esprita, h estudos e citaes. um assunto para vasta pesquisa que no se resume apenas nas leis fsicas, mas tem alcance moral pelo uso que permite. So foras da alma que, concentradas ou atradas, permitem a formao de um campo magntico que envolve lugares ou pessoas, com poder de ao nas diversas situaes da vida humana. "Quem quer que traga os pensamentos de dio, inveja, cime, orgulho, egosmo, animosidade, cupidez, falsidade, hipocrisia, murmurao, malevolncia, numa palavra, pensamentos colhidos das ms paixes, espalha em torno de si eflvios fludicos que reagem sobre os que o cercam. Ao contrrio, na mesma assemblia em cada um s trouxe sentimentos de bondade, caridade, humildade, devotamento desinteressado, benevolncia e amor ao prximo, o ar impregnado de emanaes salutares em meio s quais sente viver mais vontade. ( ... ) Os fluidos espirituais representam um importannte papel em todos os fenmenos espritas, ou melhor, so o princpio mesmo desses fenmenos ( ... )", disse Kardec, ainda na Revista Esprita, de 1867. Esses postulados, confirmados pelos Espritos, se extendem ao da cura medinica, como exps o Codificador em sua revista de 1864: "Sabe-se que o fluido magntico ordinrio pode dar a certas substncias propriedades particulares ativas. ( ... ) No h, pois, nada de admirar que possa modificar o estado de certos rgos; mas compreendam igualmente que sua ao, mais ou menos salutar, deve depender de sua qualidade; da as expresses 'bom ou mau fluido; fluido agradvel ou penoso'( ... )". MAGNETISMO E CURA Allan Kardec, nos itens 175 e 176 de O Livro dos Mdiuns, dedicou extenso estudo e descrio dos mdiuns curadores. Acompanhe abaixo alguns trechos do dilogo entre o Codificador e os Espritos, retirados dessa parte do livro, principalmente sobre a importncia do magnetismo para a execuo do ato medinico: - "Podem-se considerar as pessoas dotadas do poder magntico como formando uma variedade de mdiuns? Espritos: -" Disso no podeis duvidar." ( ... ) A potncia magntica reside, sem dvida, no homem, mas aumentada pela ao dos espritos que chama em sua ajuda. Se tu magnetizas para curar, por exemplo, e evocas um bom esprito que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta tua fora e tua vontade, dirige teu fluido e lhe d qualidades necessrias ( ... ) Os que magnetizam pelo bem so secundados pelos bons Espritos. Todo homem que tem o desejo do bem os chama sem disso desconfiar. AO FLUDICA A verdade que os Espritos atuam sobre os fluidos, no os manipulando como os homens, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os Espritos, o pensamento e a vontade so o que a mo para o homem. Nesse processo, eles imprimem direo, aglomeram, combinam ou
dispersam; organizam aparncias, formas, colorao. Isto tudo pela
inteno ou pensamento, de forma consciente ou inconsciente. A est a origem das regies umbralinas ou trevosas, das colnias espirituais e a ao dos construtores celestes - na formao dos mundos ou na conduo dos seres vivos -, das ocorrncias de imagens plasmadas em reunies medinicas para socorro de Espritos em desequilbrio; tambm da proteo fludica superior ou de verdadeiros cercos fludicos organizados por obsessores. Tambm est a a atmosfera espiritual de encarnados, a ocorrncia do processo obsessivo ou os benefcios da fluidoterapia, etc.. Como tambm as sensaes de paz, harmonia, entusiasmo ou desnimo, mal-estar, causados por influncias espirituais. E at as modificaes causadas no perspirito, como num espelho, das imagens criadas pela fora do pensamento. Enquadram-se tambm, as reflexes sobre vibraes distncia, curas, manifestaes de fenmenos fsicos (movimento de objetos e outros), vesturio dos Espritos e outros temas. Concluiu o Esprito de Verdade, em O Livro dos Mdiuns. "Todos os mdiuns so incontestavelmente chamados a servir causa do Espiritismo, na medida da sua faculdade, mas h bem poucos deles que no se deixam prender na armadilha do amor-prprio; uma pedra de toque, que raramente no alcana seu efeito; do mesmo modo, com dificuldade encontrareis sobre cem mdiuns, um, por nfimo que seja, que no se tenha acreditado nos primeiros tempos de sua mediunidade, chamado a obter resultados superiores e predestinado a grandes misses. Os que sucumbem a essa vaidosa esperana, e seu nmero grande, tornam-se presa inevitvel de Espritos obsessores, que no tardam em subjug-los, adulando seu orgulho e prendendo-os pela sua fraqueza; ( ... ) Que se persuadam de que, na esfera modesta e obscura onde esto colocados, podem prestar grandes servios, ajudando a converso dos incrdulos, ou dando consolaes aos aflitos ( ... )". Esta ltima frase define bem o papel dos mdiuns curadores, instrumentos a servio da grande obra de regenerao da Humanidade, pois que a Providncia Divina, ciente das fragilidades humanas, estando sempre atenta, envia com constncia os Benfeitores e autnticos Missionrios para amenizar tais fragilidades. Dentre eles, os mdiuns curadores, que, para bem cumprirem seu mandato, necessitam dos instrumentos da prudncia, do conhecimento e especialmente do amor ao prximo, razo maior da evoluo. O Magnetismo Animal ou Mesmerismo A cincia do magnetismo, regulanmente citado nas obras espritas, no faz referncia quela que estuda a fora da natureza presente na atrao do im por determinados metais. Trata-se de outra cincia, a do Magnetismo Animal, descoberta pelo mdico e cientista austraco Frans Anton Mesmer (1734-1815). A denominao da nova cincia foi criada por ele para fazer uma analogia entre a fora que descobriu, o fluido vital, e a anteriormente conhecida fora de atrao magntica mineral. Essa analogia serviu para evidenciar que ambas eram foras invisveis, mas cuja atuao na matria era concreta. No se fez confuso entre as duas foras naturais. Mesmer, por meio de observaes e experimentaes, descobriu no Magnetismo Animal a possibilidade de criar uma terapia cientfica que renovaria a Medicina, que em sua poca era ultrapassada, no trazia a cura e at mesmo prejudicava os pacientes. Naquele tempo, os mdicos faziam uso de sangrias, laxantes, grandes doses de substncias qumicas, de maneira indiscriminada e, s vezes, aleatria.
Durante os tratamentos de seus pacientes, Mesmer constatou um estado
de transe que, posterionmente, ficou conhecido como sono mesmrico ou sonambulismo provocado, seu discpulo direto, Marqus de Puysgur (1751-1825), a partir das descobertas de Mesmer, desenvolveu pesquisas para o uso do sonambulismo no diagnstico de doenas, fenmeno conhecido no Espiritismo como lucidez sonamblica. Tanto a teraputica, quanto o sonambulismo e suas fases, foram estudados por vrias geraes de magnetizadores, inclusive Denizard Rivail, que por volta de 1820 iniciou seus estudos de Magnetismo Animal, dando continuidade a ele por 35 anos, at iniciar a codificao do Espiritismo. Allan Kardec descobriu a existncia de outro tipo de magnetismo, o Magnetismo Espiritual, exercido pelos seres desencarnados ou Espritos. A associao do fluido vital e do magnetismo espiritual, controlada pelos bons Espritos, fundamenta cientificamente os efeitos da imposio de mos, utilizada nos Centros Espritas. As inmeras curas obtidas por esse mtodo atestam sua validade e eficcia, apesar da aparente simplicidade do gesto. (Redao)