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Fascículo 03
Cinília Tadeu Gisondi Omaki
Maria Odette Simão Brancatelli
Índice
Maria Odette Simão Brancatelli e Cinília T. Gisondi Omaki são professoras de História do Colégio
Bandeirantes.
Texto publicado no Caderno Fovest, Folha de São Paulo, 10/12/1999.
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Exercícios
01. (Fuvest-SP) No século 19, a imigração européia para o Brasil foi um processo ligado:
a. a uma política oficial e deliberada de povoamento, desejosa de fixar contingentes brancos em áreas
estratégicas e atender grupos de proprietários na obtenção de mão-de-obra;
b. a uma política organizada pelos abolicionistas para substituir paulatinamente a mão-de-obra
escrava das regiões cafeeiras e evitar a escravização em novas áreas de povoamento no sul do país;
c. às políticas militares, estabelecidas desde D. João VI, para a ocupação das fronteiras do sul e para a
constituição de propriedades de criação de gado destinadas à exportação de charque;
d. à política do partido liberal para atrair novos grupos europeus para as áreas agrícolas e implantar
um meio alternativo de produção, baseado em minifúndios;
e. à política oficial de povoamento baseada nos contratos de parceria como forma de estabelecer
mão-de-obra assalariada nas áreas de agricultura de subsistência e de exportação.
02. (Mackenzie-SP) “Aqueles que estão bem na Itália, como vocês meus filhos, não devem deixá-la,
digo-lhes isto como pai (...) não acreditem naqueles que falam bem da América (...) é preferível estar
numa prisão na Itália do que numa fazenda aqui.”
Zuleika Alvim, Brava Gente
O trecho da carta de um imigrante revela como era difícil “fazer a América” no Brasil, porque:
a. com o declínio da produção cafeeira, o imigrante desempregado vivia em péssima situação social;
b. dívidas, maus-tratos, isolamento e a Lei de terras tornaram quase impossível o acesso à terra e
prosperidade;
c. o choque cultural e dificuldades climáticas inviabilizaram a imigração;
d. a falta de uma experiência capitalista anterior pelos imigrantes impedia a formação de uma
poupança;
e. a propaganda feita pelo governo e agenciadores era correta e cumpria as promessas feitas, mas a
qualidade da mão-de-obra era precária.
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Gabarito
01. a
02. b
03. a
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Guerra multiplica tragédia na África
Maria Odette Simão Brancatelli e Cinília T. Gisondi Omaki são professoras de história do Colégio
Bandeirantes.
Texto publicado no Caderno Fovest, Folha de São Paulo, 08/10/1999.
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Glossário
Pan-africanismo - projeto de união de todas as nações africanas, defendido pelo nacionalista
queniano Jomo Queniata e por Kwame Nhkrumah, dirigente de Gana.
Frelimo - Frente de Libertação de Moçambique, fundada em 1962 por Eduardo Mondlane.
Renamo - Resistência Nacional Moçambicana.
MPLA - Movimento Popular pela Libertação de Angola, fundado em 1956 por Agostinho Neto.
FNLA - Frente Nacional de Libertação de Angola, liderada por Holden Roberto.
Unita - União Nacional pela Independência Total de Angola, comandada por Jonas Savimbi.
Exercícios
01. (PUC-Campinas) “... a ‘missão civilizadora’ dos povos brancos utilizou-se das ciências da época para
provar sua superioridade. (...) teorias proclamavam a desigualdade dos homens e das raças como lei
irrevogável, destacando-se a biologia e a etnografia...”
O texto contém elementos que, servindo de respaldo ideológico, foram utilizados pelos europeus, no
século 19, para justificar a:
a. reação dos americanos à política colonialista da Inglaterra;
b. ação colonizadora das missões jesuíticas nas colônias;
c. dominação e a aniquilação dos povos pré-colombianos;
d. exploração e a subjugação de africanos e asiáticos;
e. expulsão dos povos árabes do mar Mediterrâneo.
02. (FGV-SP) Sobre os processos de descolonização da África e da Ásia após a Segunda Guerra, não se
pode afirmar que:
a. o nacionalismo dos anos 50 e 60, juntamente com o declínio da hegemonia européia, levou
dezenas de nações à independência política;
b. os países do Terceiro Mundo passaram a se organizar como “não-alinhados” na Conferência de
Bandung na Indonésia, reforçando a luta anticolonialista;
c. a independência política dos países afro-asiáticos levou à integração das minorias étnicas e
religiosas;
d. os norte-americanos passaram a participar desses processos de descolonização, lutando em alguns
casos por formas políticas de dominação neocolonial;
e. as colônias portuguesas foram algumas das últimas a conseguirem a independência.
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03. (Mackenzie-SP) “Milicianos hutus e tutsis massacrando-se aos milhares em Ruanda, Burundi ou Zaire?
Um novo vírus devastador, que arranca centenas de vidas a cada dia, como fez o Ebola no Zaire, há
dois anos ? Qual será a próxima mazela no cardápio da África subsaariana ? (...) O Zaire é cada vez
menos um Estado e cada vez mais uma expressão geográfica herdada do colonialismo...”
Jayme Brener
A situação de instabilidade política no continente africano é o resultado de diversos fatores históricos,
exceto:
a. os inúmeros conflitos que aconteceram na África nos últimos 30 anos, com a participação de forças
externas ao continente;
b. o processo de descolonização, que não respeitou as características culturais do continente;
c. o abandono dos sentimentos nacionalistas e das lutas entre tribos rivais;
d. a falência dos Estados africanos e o fim da Guerra Fria, que acabou com o interesse das potências
em auxiliá-los;
e. a multiplicação de conflitos intertribais, enquanto elites multinacionais exploram suas riquezas.
04. (FGV-SP) Antes de Mandela, certamente foi Lumumba, a liderança política africana mais conhecida no
mundo. Seqüestrado e assassinado em 1961, seus pronunciamentos e versos, de profundo caráter
anticolonialista, são documentos importantes também para a compreensão da situação do negro na
África neste século. Sua vida e luta estão diretamente vinculadas à independência:
a. de Angola;
b. do Zaire, ex-Congo Belga;
c. da Tanzânia, ex-Tanganica;
d. da Nigéria;
e. do Sudão.
Gabarito
01. d
02. c
03. c
04. b