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KANE, TVS. Equecncles 6 Keuol tes wee pucquepia lonliniia Cluso-arneycoun (RAN AG) SB Fate! Yuertec, 30041, # Fecomendava 9 estatuto: ia ¢ madura reflexio, ¢ so. nte aplicadas, € q ia parte do ertas ai assuntos relatives ao “governo e: Hos cargos da mesa censéria: dire 195. nao correspondia pl exemp Real. Neste aspecto, os Re- naseidos se aproximaram do modelo espanhol, onde também havia um c Histéria Portuguesa, apenas 0 re os Renascids, nota- congénere portuguesa.'” Em tese, na Academia Real, a paridade estava 1m esquema de rodizio a cada sesso entre o diretor € 05 censores. Nos Renat mesmos poderes al Academia se hd de parti na Europa." Na auséneia de José também acumu- perpétuo, esteja ele na Américs Mascarenhas deveria assumir 0 primeiro-censo lava o cargo de vice-diretor. A pratica de uma escrita instie as técnicas de produgio de consensos, aspx estatutos dos Renascidos. Segundo a regra académica, nenhum s6x deria afirmar sua of me 's nada, era necessério um parecer iderada mais provivel Propor emendas «1 0 trabalho dos Wor escrito, nilo sendo permitida a ico os defeit tua sinceridade”. A i écio (numeréro ou supranumerério) ext permite imprimir obras por conta prépria, sem que elas res.'* Caso 0 académico nio pudesse envia “ga le= iasse aimpressio de suas préprias expressamente & protegao do rei cad. Hlac€ 08 membros da mesa, dois exemplaes. Também se oiaese nny dois ares a0 viee-rei ¢ a0 governadot. Os demais exemplaree penlam tacos tos autores sem nus, eles tctiam obrigngao de elena, cae ae Relat #08 novos s6cios. Quem transgredisse at “les eadérar considerado indigno e pode te, ser riseado do eatilogo dos académ médico José Félix de Morais." Em junta particular (de censores ¢ diretor) decid Fe cape Cmitiam-se (por pluralidade de votos) os parecctes (sree, '3s) sobre as obras, dissertacdes © mais “papdis” en As resolugdes tomadas deviam ser lavradas nos livros cory forga dk sealimica”. Nas conferéncias em que se examinavam ae dissertagies tos colegas nto se admiciiam pessoas estranhas.” Nas vecones p (Comemoragao de natalicios, casamentos ou exéqu formalmente convidados o arcebispo e 0 vice-1 que a Academia definisse o seu “pabtico” fechado de interlocutores espec ‘adémico receberia um exem- ia-se a pauta das GRAFIAN. ACADES che ‘uo comércio dos seus eruditos”." A idéia de : rico do cosmopolitismo acad cstimulava a cooperagdo/comunicagio entre os eruditos nas mais ¥ das regides do mundo. O mundo sem fronteiras das acader i e mentos de laicizagdo da vida if € possivel observar da va intelectual. ‘Também merece destaque o fato de que, a0 con tind Academia Real de Histéria Portuguesa, as academias brastlicas estive: sem abertas a incor Poesia) de autores que no pertenciam aos seus quadro Os estatutos no fazem mengio A censura i a censura do Desembarge eos portugueses, os quais estavam isentos da censura do Pago ede Santo Ofio Confore Isabel Fenetrda hoes, 2 Reade cassem exp! mente, executé-| ‘em relagio a essa ito de impressio na América, pretendiam, no Reino. Em alguns escritos o ressei jtagdo parece evidente: Tempo vird que as imprensas Sem poder aturar tanto, As vossas obras imprimam Pelouros do parn urem se os instrumentos Nos cedros e nos carvalhos Emblemas da duragao Da permanéncia ¢ treslados. lebates. A presenta das ia ser feia em oxdem alfabética — ed, 630, fs 49. naa Formac a lieratura brain moments des: 198 Algum dia a vossas Liras Os acordes bem tocados Pardo abrandar as Frias Atrairio os penhascos, ‘conversa erudita” A pritica da demandava lo das disputas (disputationes) tr légi0s jesuiticos. Procurando Luis Siqueira da Gama dem sia € 0 discurso historivor *f icedcram realmente, como ] a historia escteve as se obraram, segundo a série, ¢ i @ oraréria sim refere as coisas estrcita, © rigorosamente, cxppe DOr 08 sueess0s, conforme o melhor atbrerig ‘argumentos, no como foram verdad o poaee os, mas sim como deviam Ser obradom ara este fim Poets jurisdigao de inventar,fingin di ou aerescentar tudo ‘0 melhor Ihe parecer”. A seu modo, Inécio Ba “LJ 0 suave da Hi rbosa Machado combinava e: ria em 0 c@ © 0 panegtrico uso dos estilos retér 8 primeito proporci € depois estabelecerei as conclusdes. Nos idos 56 se ouvird a narragao: sucessos, AUG. Coleyta Conde doa Arcos, José Ade tira da Gama. Conferencas al © movimenta arademicita 367, ms. In PRAIA AGADEMICA § HORN TINTS 199 ara refer, 0 oratério wio para descrever".* Referindo-se 3 natureza pro. Viséria do conhecimento histor ares ow até mesmo “de qualquer curioso” . Oestudo de Carlos Eduardo Mendes de Moraes identifica a, clissiea adotada pelos Esquecidos em 0), narragio (proposigdo), louvor ( fazia-se apresentagiio da tarefa a ser realizada, recorrendo ide € prestando-se homenagem ao mecenas, Na ute do prologo, reconhe Wes de bibliogratia © as di isa. Na seqtiéncia, antes de entrar propriamente na Parte narrativa, expunha-se o repertdrio de obras edt fas, assim como as fontes do Preensio fac -académicos bras -tticos correlatos, tais como epopéia, pane; José Mirales, por exemplo, rec preferindo a narragio sucessiva lo para educar a mocidad parecesse que se podem cha- eas, € estércis as hist6rias que delas se nio tira outro fruto que a precisa narragio dos sucessos delas, e posto cot legando ser esse o melhor roca e retérica. Revita do IFAC: Ou omocelhita Acexelincas do overmadar. sti ‘Mibtiera Nacional, Ris Janeiro, YW, «22, ‘alorizado no mundo das acade- licos preferiam ‘smo de Boil ‘onde da Ericeira e por Fran, Por exemplo, recomendava a Bien into modemno (de interesse nacional » alguns académicos by (ou poema heréico), « Patridticos (0 herdi Detfcito)-Embora a verossimilhanca hist6rica fo de vie a BEN€H0 pico, em Vide Rien (17298 p io de Vila Rica, de rel da Costa, py ‘marcas das exige: validagio do di Nao seria por ‘rico pre- ocma sobre a funda odemos identificar as ‘urso historiogrfico, 'ncias académicas de outro, ingos da Silva expondo suas diividas Fempo, espaco e acto) § sua itulada Brasileida.® Poy ‘sucessio cronoldgica ou mesmo a " 's Cabral para ampli 4 sua ficgo posi desejava dar ica estatuto de PMIOGRAFIA ACADEMICS SETRCEN TESTA 201 Uy le yovernadores-gerais ¢ “a pico moderno.™ idos pelos especialmente Joio de América, reeomendava do padre cimento da histéria ci Guerras Brasit Pressava-se por meio de cia da América ha confrmagio do desta Hiss do Fara dapat a estadia na Bahj do padre Antonia Imovisho amercanisea doors perial familia Embors as disses raga cas d elementos cares af8eS historicas dos Kepucid icos do est vam as “regras da bo Mentos. Essa a 8 ainda com, n autores € docu. lagao das Real de Histéria Port iculares experimentadas Naquela cultura intelee ultura intelectual consten Walduer referencia ds idéias de sue considerados ores nm bin REED cifrada (hermes) ee spats aa O6 eitaGbesgrecoatins, enn cas veves pa intelectual. Dado que a formaran hr pat de Coiba or ers foams am ratégias discursivaspraticadas no sob. : i n0 Reino, além das 1 dag ae ttlmente. Antonio Candide chan ae dominate mage literdres na ditsao © een, eno dominacao politic. contido, papel ona contudo, o papel na for- am “um ona Guetra Beasticy, 15, tira da Amica partuguesy metrics al RUScte Sura Farmacia da leat bd © F METODe Pr damental ce validagao do discur citadas pelos académicos demonstram extraordindi iografia qu dos repertérios eu firinada pela recente historiografia da le das bibliotecas ¢ livrarias de manuscritos, tem cons vida intelei Periodo colonial, a despeito da instituiglo universitéria na América poreuy Borba de Morais assinalaram a importincia das bibliotecas conventuais € particulares no processo de formagao das clites letradas americanas, Como acontecia na Europa, a maior parte das obras circulava em forma de e6pias manuscritas integrais, em extratos ou resumidas, Ana Isabel Buescu destaca a predominancia dos livros manuscri Portuguesas ainda no século XVI, observando a importancia da cult, 4 manuscrita no processo de transmissao da cultura escrita © acadé. ico padre Gongalo Soares da Franca, por exemplo, informava que possuifa uma copia i “Le Lesed © copinda primiu cm Lisboa, no ano de 1576". O elérigo queixava-se da falta de livros impressos, mas a ia com certo or sua dissertagao sobre a hist6ria januscritos pertencentes as i materiais, que se acham dispersos por ‘ros impressos, ¢ manuscrites a que nio dou menos exédito que aos Primeiros, por serem alfaias, que como morgado herdei dos antigos V5, que na guerra, € na paz ocuparam os primeiros lugares da rey, “ Sebastido da Rocha Pita também tinha herdado o rico espélio de seu tio, © chanceler da Relaco da Bahia: Joio da Rocha Pita, ns ‘ensuias de histiria do Tire e da tetra na Asien c: Hucitee, 2004, i € remédios A Iégio dos Jest a falta de livros repress e dos antiquirios ¢ « es classi que segundo 0 cronista franciscan cera a mais selet 1a da cidade.” A b ioteca do convento franciscano na lares de magiseracl adores qi cs, preferiam vender os fretes de inceler da Rely i (1693) Poses, rendimentos, ‘ngenhos e fazendas de gado, icos. Em marco das ini : © maximo de ciret modo de executa ‘aram muitos papéis”. relatou ao rei: ‘mas cu nao the dou crédito, porque des. 0 de reformar o seu fazendas, com a inte as invasdes estrangei- texto das invasdes es- sd cragio dos servigos lades metropolitanas ehica musinirrad Reston simak pervambucea Riv de i 207 -opiosa correspon- fosse examinada a vera- idade das certiddes de servigo apresentadas: deveriam rubricar as cer- tiddes € p acusando quais eram as relagdes falsas € as verdadciras de modo que “ao tempo do exame hi de deixar para se ver a tal relagio separadamente”."" ‘ci Gaspar da Madre de Deus referiu-se as dificuldades de com- ros nos cart6rios da capitania de Sio Vicente imeiros povoadores da América. O histo- \dor beneditino sugeria que até mesmo seu primo, o genealogista Pedro ‘Taques de Almeida Pais Leme tinha consultado uma fonte de Je cu posso assegurar que este gencal verdadeiro, nunca viu o citado documento, donde infiro que achou a noticia em alguns livros, ou autos, que eu nio hi" Por outro lado, advertia para o faro de que em nenhuma parte do mun- do os cart6rios traziam registrado 0 grauy de nobreza dos primeiros mo- radores das vilas ¢ cidades: “[...] até os mesmos sujeitos a quem os notirios dao o tratamento de fidalgos, em papéis mais antigos, depois se encontram algumas vezes sem esse titulo em documentos posteri res lavrados pelos mesmos escrivaes que fizeram os an muitos 0s exemplos dessa pr Na conjuntura de expulsio dos jesuitas, a Goroa deu ordens sas para que os tabelides nao lavrassem escrituras apés 0 decreto de confisco de patriménio material 1¢ a Coroa promovesse a arre- onato) d de serventu rior). Toda documentagio expedida pelos governadores guarda do secretirio de Estado. A propriedade desse cargo tencido a Bernardo Vieira Ravasco (irmio de Antor ¢, desde 1740, passara as maos de José Em Portugal, D. Joto V aurorizara ‘Torte do ‘Tombo aos membros da Academi amanuenses para realizar a tarefa de trans: -ontratando, ainda, io da documentagao 208 NA HisroR A AGADEMIGN SETECEN'TISA 209 ‘eauerda pelos seadénicos. Os en opeao de melhor e mais verdadeira informagio” de manuscritos antigos, no pode imandar buscar copas na ‘Tr u de recorrer aos arquivos assentar as conjeturas mais provaveis.” Assinalava que o autor da Histé. is das cmaras, vedo ais da Relagio, santas caus Ue Pia da América Portuguesa nto dera importincia as guerras de defesa da igiosas © conventos. De Lisboa, Pedio ‘Taques de Col6nia do Sacramento por falta de informagio ou, talvez, por se ter 4 Pais Leme escrevia a Frei Gaspar da Madre de D. as do pagamento pela transcriglo de manuscritos de livros: cem linhas de tinea letras valiam 600 Fé documentagao judici nas mos dos tab mentagio de governo na Secretaria # custédi apoiado em fonte duvidosa.” O militar valenciano fazia a defesa da le timidade da posse portuguesa no rio da Prata, ridade da descoberta a0 « desse territ6rio, Argumentava também que os portugueses os primeiros a promover 0 povoamento europ regido a partir de 1679.” Opiniao, aliés, defendida pela maioria dos erudi gassem algumas duvidas quanto a0 pi so leprts - América. Tal como José Anténio Caldas, José Miral cies Um relatério da vedoria da capitania da Bahia, cages dos acontecimentos hist6ricos com listas (catélogos), mapas de .comentava: “no tendo ‘mais confusa nem rendimentos (dos cargos militares) e extratos da correspondéncia ¢ le- thais tlesordenado que sto os livros, papéis e estilos da Casa da Fane, “ ¢ ’ los da ‘azen- gislagdo, justificando: “é certo que as mesmas histérias, leis, cartas, ¢ 2°." Em 1761, José Mirales eccebeu autorizagao especial de Portal Alvards se acham escritas em varios lugares de diversos autores, par pede® consular os arquivos da Vedora, e aproveitou a ocasi8y pare Por se fazer pablica a noticia delas e perpetuasse na ‘egistrar a “inciiria da Vedoria,¢ total extingdo dos primeivos livrex Frei Jaboatio levantava a q A auséncia de autores éneia do referido ve} Método eritico polémicas cronolégic: # construgdo do canon factual levava-o a pr descrigdo fisica. J§ que no havia teadiga desnecessério accitar a autoridade dos “as quais $6 0s naturaisteriam opinido ab, 3 vista, no necessitamos de autorida para o persuadir, ¢ fazer certo aos que nao viram, basta que entre os que estamos Presentes, se achem como suponho muitos, ou alguns que o tenham visto, € possam dar este mesmo testemunho. Nao necessitamos dos que ja esereveram do Brasi 08 que nao tinha podi: do consultar pessoalmente], se € certo, que o fizeram também da Plan- uando os olhos temos visto, e eu mesmo, € com especi io s6 com os olhos, também com as maos, ¢ algumas vezes com os proprios pés despidos, ¢ descalyos, ¢ desde a nossa pri- meira idade, temas muitas vezes tocado e também sentido, ndo s6 que 1 -hérno Pais esta Planta”. va procedimentos da critica rigorosa ao confer ieidade dos docu com os colegas a aute crito digno de ser acred igo le de Salvador.” O académico cor Sebastiio da Rocha Pita, que por “falta de PER. Ordens Re ussel Wd. Fidales¢ flair ane dale flntropar, to Bearl, Anais da Miblrea Neonat Iai o Arguive da i wlan 210 OMero EME A pritica da histori nsideradas inver "umentais. Inacio Barbosa Machado imentos metodolégicos nporgneos desde que no tivessem sido refutados por autores contemporineos de reconhecido exedi temporis camente proximas do acontecimento narra. Consideradas “fabulosas” ou de autores de ides dos autores modernos ©. por fim, ‘quando diferissem dos mais antigos.™ O ‘lérigo de Sto Pedro, Gongalo Soates da Franca, or exemplo, discordava de Simdo de Vasconcelos com relagdo a ding ses indigenas; também quem encontrar que traz 0 padre 10s diverso € primeito descobrimento tem ” Os eruditos baianos liam entre estas situagdes, € Vasconectos na ( que como mais cheyado aq io de nao ser menos verdadei com rigor as obras dos autore: Franca, por exemplo, criticava a Cronista das Indias Antonio de Herrera quais consideravam que a versio do indigenas para a formagao do cinon his. | porque nem tem tomos, nem conservam arquives oy Gus deposicem memérias, ¢ as verdades duram menor nae tradigdes idigdes aap L-« -] nem se julgue menos acreditada a verdade aac tradighes i ope, M434, ia eclesistca do Beast” De outra sorte deixarfamos de crer do esté escri para el 803, donde nem ‘menos poderiam passar da que total ia-40 papel ‘mente ignoravam os primein Embora estivesse ci We de comprovagio doc tal dos acontecimentos ¢ tr da Franca questionava P extatuto da “fonte escrita": Com agade. antropolégica © alguma ia: “Ougan HE aos autores, 20s mesmos Como partes tio intcressadas €m causa propria € certo que ead, flele".* A reflexto do académico, q Pita, pertencera a 808, 0 pri mas a desqu: Sociedades americanas, onde ainda nao ha patent consolidada. Como foi visto no primeira catia na Europa polémica contra os flsos cronies tinha dado hve uma cruzada con. Cas impurezas documentais. Nicolés Antonio, © Marqués de Mondeéjar, Grctorio Mayans y Sisear, o quarto Conde da Kvieesaee Ant6nio Cacta- no de Sousa represcntavam essa istoriadores ibéricos ‘engajados na autentica lares. ar de icando a memeéria oral dos habitantes nae fie soba EVO Particular de manuscritos antigos en disserta- Slo sobre a historia eclesidstica do Brasil, refutee a ior parte dos Castanea fueses UJerdnimo Os6rio, Damigo de Geis Fenrhe Lopes Castanheda, Pedro Mariz, Mai fontes usadas por Joto de Barros e pelos den. autores sal innaecleeer 0 dia € 0 local da descoberea do Brass ‘escreveram imal informados nesta matétia", comentava cles" Baseando-se em um bem pero E 0 Na HOGRATIN ACADEMICS st ica de Pedro Gandavo, sugerindo que, antes del atribuido a regio © nome de Bras a regio era batizada de ides: Mas Preferia, no entanto, o nome de ferindo aos dominios americans siaius semel romano: “Francisco de Brito ura, € insta haver de chamar-se ia pois a indiferenga com que fala im ser verdadeiras” F0 anos estava na pacifica pr igueiredo considera- rm, a instauragio da polémica, ja enerados como Jodo de Barros, trovérsias especialmente no conh , Das Marl, eoniemiportnces ab | mo nesta discérdia sc deve achar a verdad osse da sua verdade”. Louvava, po- "e8805, ¢ para seguranga da Hist6- ue se fossem admitidas as | ".* Mencionava uma longa lista de controvérsias travadas ein torno iano, as opinides de autores estrangeiros do texto bil da vida dos santos no intento de provar que a dis, ‘como a tese que a descoberta teria ocorrido em 3 maio de 1501 — cussio interpares era a alma do corpo académico. Chamava » atengig dlos colegas para dificuldades de ordem técnica nas aver I 5 tanto nos fatos profanes, com a dos Holandeses acho « mesma contradigao nante esta variedade dos autores « hhouve tanta ocasides de tropegarem ravam depreciar as sevendo ‘indo inu- uerra € de nossas viagens do da ver- cas, Indcio ‘era categérico na defesa da tradigio historiografica rimeiros a questions (80 da Descoberta do Brasil com intengao de glorficata herei Pedro Alvares Cabral. Nessa polémica sobre as datas © a s Tescobrimentos, Sérzio Buarque de Hol pp. 6-8, ‘Machado. Exereeios de Na sta lades de u A construgio desse deslocamento d mano), os Desse modo, com os colegas as d era somente um gesto de vassalagem naquela coi do: se d . preeminénci ica de Salvador. Alids, os acade' Tagdo era superior a dedicada pelos ue fol associada ao restabelecimento comemoracdes de seu natalicio, en ssa nacureza, Os ovo modo de afirmar a Iealdade, e de metal los_ultramarinos ¢ a monar- 8 soberanos sio senhores das vidas, hon 1 © oferecer-he tudo isto é mais te da penvanten €5 apron vam que a sujeigdo dos stidivos era a do A degeneracdo moral dos individu tal nfo taba melon ree eae ote, A representagao do pasado: J evidencias dos Histéria Universal da América Portuguesa ras € Fazendas O maior desafio dos © americano em sua total “OF ds ‘da Universidade de fo Pérsico, 4 costa do M: a Malaca, 3 a Fernando Novais chama ateng: voment das 4 exigia a revisio dos paradigmas rdados. As descobertas pro- GRAEIN AC a0 campo de reflexio téncia de uma » tempo € do espago, ‘ o de continuidade entre 0 se pudesse enquadrar a nova 1 s europeus.” Cactana de Brito e Jos) julgava ser neces: la”, ou mesmo, ‘os nomes prdprios de tio novas idos assumiam uma perspect antiguidade do continente ami le do Mundo @ hamavam quarta part amente com a Asia, com a Aftica e com a Europa?”."* Gongalo Soares da Franca ra 6tese, rejeitando a tese do povoamento progressive do e m diferentes épocas), def ots € as posigdes astr dadeir sto “se hi na Améri pesar das rasflicos adotavam contagem, desde Adio, Nog, Abrafo, ost0 pelos. es cronogi do tempo (sucesso das 165 € Cristo), mérodo or isso mesmo, implicasse uma reiteragao de est 0s académicos régios procuravam marcar coma inferioridade nat i208 cronistas-mores alcobacenses, por consider: rio, preferiam rendente, localizg 'es na batalha de Oj 10 do Re origem no juramento de Afonso A concepgio de deira da historiografia hi Universal da América Portuguesa”, here «2 ultramarina © provi cs), nRo entrava em contradi pela historiografia das Luzes: a unidade do ida pela cultura e pelo meio am. ¥as, @ visao histo cas, a identificagio das leis mecinicas 0s fendmenos part 4 causa © 0s efeitos, uma visto © humano," Sea intengto de eserever uma hist6 nais (¢ empiricas) consagrava seria secundada po profecia 1, alguns aspectos que singularizam a hi ia universal — renascentista num sentido inverso ao debate que se na Academia portuguesa, onde jé era possivel identihicn jos Renascidos, a fabu ha, Mereceu 6 canto & nto X (LXIX) ssalagem verdadeira, le da sujeigio tudo hoje exime, ‘edendo ao trono luso a posse inteira, eu do monarca na real pessoa Jedo todo o direito ¢ entrego a Coroa ¥ (LXXIV) Ento sentado sobre o sélio ingente, “que jf desocupara a dama bela, < como governador da lusa gent ‘Tomé de ma posse legitima e patente Da Bahia e sertio, e sem querela Do habitante, que os campos desocupa, Em nome do seus reis a terra ocupa. iano Santa Rita Durio (c.1722-1784), scabaria por fixar 0 ideal do herdi civil sobre deseoberta da ”NoGaranuru bra de exaltacio a col portuguesa na América, a gesta ico € eristdo cm seu épi 781 io Paulo: Martins Fontes, 200 jAmbos pertenceram Academia Litgica Pontificia de Coimbra, cncetrada por Pom- Hen aes. Oconee Jot Mascarenhas Pacheco Pera Cool de ites, 1938, pp. M6, tea, Forma da turraara bras, A literatura brastira, 0p. cit 199, pp. 129-53 Carumura: pena tyra do descabrinento dh Baba, Sia p-XXVIL rodugto, Martins Fontes, 20 NA RIOGRAFIA ACADEM ides do nativismo erio americanos expulsos, e, como ele, e a i asio hispinica, exaltagto da paisagem c do amerindio setiam ornate alt tacos. da-produsfo intelectual desses jesus exladon,™ Porta, vale notar que Santa Rita Durio const fgua do indigena: ao mesmo tempo que enaltecia cris {s, reiterava o estigma do ca ferocida- de, etc. A ambivaléncia das imag retérica de glorifica- 80 das vireudes dos cok €m suas Memérias para Histéria da Brasil, também se refer imo para com o primeiro, A ilitado a fundagio da com “pacificas algazarras” Katia Abud identificou nas obras de frei Gaspar da Madre de D. Pedro Taques de Almeida Pais Leme o desejo de afimagao da Bis das familias paulistas em face dos comerciamtes ¢tropettos we srekitdos estabelecidos em Sio Paulo, provenientes de Minne Gan, Em meados do século XVIII, jé era possivel acompunhar a soca social dessas camadas, que comecavam a exercer postos militares e a arrematar a cobra do o prestigio das antigas elites," sige lt Madre de Deus, Medias para hist dn coptinia de 8: View (1797) 3d, Rio de Janeite: Weisflog lem: Katia Abud, atenta ao processo de con par da Madre de Der io Ce Vercurss hse: ¢ hionegrdfies de 1, ar” a. genealogia das prini da Madre de De culavam-se de mani jesuftas nas vi com as tarefas de politi ir das mesmas defendida por José Mascarenhas, embora cle também utilidade pat do empreendimento."” ‘ctor dos Renascidos constitui uma 0 € teoria ctnolégica na lagagées rela- . com destaque especial a promogio . 8 posiglo siderasse a I. Mears St, pp. 319. oder er Portus (1641-1789). 0p. Keqa wearer. 4] obese ara que estabelecerem magistrados, das ordens régias” @ conquista de Pernamt modo exaltava a lideranga do nero de Filipe c em Recife (171 3 1 nas mios dos da Academia representa um etnografia indigent « Glérias de Pernaubuco (1757), em res ¢ damas indigenas ilustres em s “se Veementemente contra toda e Seu livro procura mostrar que os indios do Br nao eram de Ton res termos lios do Brasil sdo mais ferozes e ue os das Indias ocidentais da Espanha, ¢ se os do Maranhao se set * Para esta sessio, José Masca- a encomendar uma dissertagio a0 scu colega 0 ex. dos. 10620, *Parecer do conselheizo José Manca 27 de setembra de 1758 :m mais fundamen. Desagraves do Brasil eglénins de 1981. Observe-se que 0 lives foi in de $4 ( —reconhecia as éncias com as e1 tusticidade indigena a sua ioso da capa, ‘dade fora de si m« capacidade, \esma nao (ue acusavam os indios de tagdes dos c elo que eram bestas mais feras, que as mesmuas fore os Loreto Couto identificava mais de 150 linguas dife- particulncs 2 tmetindios, observando que muiea dies cram di © milanes o 1 gramiitica da lingifstica pomba letras e as (€, nisso, contrariava a enamente a idéia de q is selvagens, aficmando q do entendimento de com a nova legislacio que dize igos €, porta a ser necessério prestar m: p10, que a sua origem", Soares da Franca, Loreto Povos indigenas que op ¥ fapuias vs, caboclos) impedia le em questo, de forma que as uinhentistas © seiscentistas deveriam 206s feconstieuir, uma a uma, as diversas teorias sobre o povoamen- {202 América correntes desde o século XVI, oerudito benediting oor siderave plausivel a hipétese de que os africanos tivessemm side ng rie mand te sages da América: “passaram a ela na era da eriagao do mundo de 3833, e antes da Redengio dos homens em 149”: cman inente american Siang Unido as demais parte do mundo; e considerava que, assim corny 2 Europa, a América também teria sido ocupada por urna inhinldade as sind ase Povoamento: “a dversdade de linguas também nos por Susde que foram de diversas nagdes os primeiros povoadores de van, ma regido da América”." A estratégi arece clara: primein Bi tcatavit de equipararo Novo a0 Velho, demonstrat ‘da América: “povoada em tempos sucessivos”, Ao aceitar como vilidas todas as teorias sobre 0 povoamente cle podia Chaborar uma reflexio singular sobre a diversidade dos ritos¢ contre pecive a oes indigenas, Loreto Couto formulava, assim, a sua per, P% va sobre a diversidade na unidade do género human, inserche, das Luzes, bidem, p. $7, * A mesma bipolaridade o 80. Ped Puntoni A guerra dos birbaros: vrdese do Brat (1630. u oreto Com € bastante mings Loreto Couto, Dew: 230 «re os Renascidos — perguntavam-se se as falavam os indios da América eram dialetos de sdaumcita ou se cada uma delas se julgava original. Curiosamente, no Fela dens Pata apresentar suas dissertagdes eram eclesifstices, Ate Os Renascidos debatiam se ou na passagem da obra %o Chile, 1646), na qual o Flea nts fet ouvido seu provincial, Diogo de ‘Torres, contat que hendo por um vale de Quito ceria visto num dia de fovea m de um tamboril, tocando ¢ cantando 180, 0 prov ido dos canticos: tinham livros com a sonservavam nas memorias os stcessos antigos. Perguns 2 Rrovincial o que de presence cantara? Respondet, queen primcico lugar canara a histétia de um dilivio, que howsera ce ¢ inundara toda terra, que depois desse'd sé jomem branco ch tnogrifico caracte- ndo. Ja que o sentido ta je ar 0 uso das tradigdes orais na elabora ‘ano. A histéria de fontes orais, ta hispano- igo do cinon h O abet ervado sua Vale assi- gavam ser transpostos para uma linguagem izat6rias dos gentios. ‘A sua opinito sobre 0 cativeiro indigena parecia estar afinada com as diretrizes do Diretério des Indias, O erudito ponderava qui dios deviam padecer de total cativeiro, nem gozarem de perfeit dade". De modo que cabia aos administradores dos indios pagar “certo prego de soldadas a cada ano”, mas em caso de fuga eles veriam direito de “mandar prendé-los, sem no entanto poderem vendé-los ou mandé los para fora do Brasil”. Apresentava assim as principais linhas do deba- te te6rico sobre a escravidio natural e o estatuto de humanidade do indigena perpetrado desde 0 século XVI." De um lado, os que julg vam que @ escravidio era contréria ao direito natural; de outto, a posi- $i escolistica de que o cativeiro estava em consonancia com a3 leis . com o dircito positivo € o direito das gentes. Nesta tiltima hipétese, havia necessidade de estabelecer regras para que os escravos servissem a seus senhores ¢ sobre como estes, por sua ver, deveriam tratar seus escravos. Loreto Couto considerava o argumento teolégico de que a escravidao podia scr (dependendo das condigdes) um meio de caminhar em direg20 20 “porto de salvagio das suas almas”.""” Contudo, se a escravidao fosse contréria a0 dircito natural, também “tiberdade”: “{. . .] porque nunca a natureza mandou que fos- sem livres os homens, ¢ assim deu lugar a que os direitos humanes issem a escravidao, sem contradizé-la”. E, finalmente, 0 bene- 10 fora do claustro tocava no argumento central que, do seu ponto le vista, legitimava o escravismo: “. ..] esta liberdade de poder cada Pedro Puntoni. A guerra dos bdrbaras:povas indgenas¢ a colonizagto do ero nordeste il 1650-1720). So Paulos Hucites-Fdusp, 2002. aewis Hanke: at lachepor le jasiia en la onguit de Amércn. Bucs Aires: Sudame- ana, 1949, Couto, Deiagravos do Brasil lbriae de Pernambuc, op. cit, p68. um venderse 8 outro homem f © cativeiro dos indios do nosso Bras "oc ee 0% roco de va 08 cativavam para toda vida"."* Loreto Coute atribuiaa general de carne humana” a uma In a uma sentenga equivocada cmitida pela Mess ‘erandes Sardinha, e * apr te 21 suas as crticas do jesutas os primeto colonic am excedido no modo de ora fosse 0 ad F das Fazenda i ‘ mio deixou de denunciar a price dos, rem 0 cativciro voluntitio dos indigenas. “| brigavam 4 diss 03 indigenas: “L..] entre afagos, ¢ ameceae oy oO que parece ro gue ducriam, quando iam registrar tieseonde ope cricseaegeut femédio, o mesmo dano". Loreto Couto denen ‘das primeiras leis contea o cativeito dos in Tod \luancas resolugdes se tomavam eram mal intetpretada: ge ado de a dos colonos ao alegarem wee As primeiras referencias 4 do inicio do século XVI. Os en renga ny também cere pric de semcthane feoed JOGRAFIA AGADEMICA SETRCENTISEA 233 indios em sua marcha pelo interior do continente americano. Her6i civitizador na América lusitana € na hispiinica, 0 apéstolo acabaria re- presentando um estilo de evangelizagao praticado pela Comy Jesus. Sao ‘Tomé transformou-se em intérprete de duas culturas, sca esp as pegadas de Si as pegadas eram veneradas bem uma forma de especulagio hist do povoamento no continente, O Mateus Saraiva (ex-membro da Academia dos dos Renascidos), emitiu seu parecer sobre as inscrigées lavradas nas redras na serra de Itaguatiara (comarca do Rio das Mortes, rais) —, apresentadas por Martinho de Mendonca de Pina ¢ Procnga na Academia Real de Histéria Portuguesa." As anilises do cirurgitio-mor confirmavam que as inscrigdes constituiam provas a icas da pas- sagem de Sio Tomé pela América. No entanto, frei Gaspar da Madre de Deus opds-se as apresentadas pot 5 colegas académicos. Ele ndo via nevessidade de recuar a cronologia até os tempos imemoriais do dilivio; scu ponto de partida era a descoberta da América, do Brasi ‘ou da fundagdo da capitania vicentina, No espectro geral da historiografia providenci -ana, a posigio de frei Gas} do a menos providencialista, opondo-se a visi boatio. O ben pela maioria de seus colegas relativas & passagem de Sio Tomé pela América. Mesmo que 0 argumento sobre a passagem de Sao ‘Tomé sugerisse uma hera frei Gaspar da Madre de De ‘mentagio corrente, provando qu no passavam de fésseis vegetais: “hfio de conhecer que todas se véem idas em certa casta de pedra, a que alguns fildsofos chamam vege- serem também os ‘Mascarenhas..", Horizonte: Fan 235 araguai, Parand, reputar milagrosos sem raz30 ve cabem a forga da natureza”."™ E ainda 20 c I perdoc-me 0 reverendo | € permita-me dizer-Ihe que se tivera feito as de feflexdes no se havia de contentar com dizer, que os filhos do serine ano Fra dos operirios da vi A partir da transfiguragdo americana de Sto ‘Tomé, forjava-se um, mito que ligava as duas coroas a um passado apostélico comurn.'*® Permanéncia do tema entre Esquecidos e Renascidos denota o desejo de singularizagao ¢ universalizacao da cxperiéncia colonial americana, © académico esquecido Cactano Brito e Figueiredo dedicou em sua dissertagdo de histéria natural um capitulo especial para tratar da ques- Deane E ‘do. Baseando-se nas obras de Las Casas ¢ Afonso Ovale, confirmou a os Presenga do apéstolo em Quito ¢ no México. Rebateu o ceticismo do cronista das Indias, Antonio Herrera, que desqualificava o epi lem- brando os colegas que também o cardeal Bardnio tinha posto em diivida 4 passagem de Sao Tiago pela Peninsula Ibérica, sendo obriga. osteriormente."” A argumentagao do magistrado trans- cendeu 0 terreno da mera esp. € procurou extrair conseqiéncias no s6 ceoldgi as decorrentes de uma argumentagio negativa (que re} a); “daqui que teriam os indios uma fe, para nilo serem condenados. Ninguém fe sc The no pregou”. Portanto, mais do uma persisténcia messidinica, o apostolado de Sio Tomé criava pre- ieas. Ou seja, a ia a identificagao das eras cada em conviegies metafisicas ccedentes importantes para a viabilizagdo do estatuco da guetta just Apostélicas arvoradas ct Na percepgdo de Vicira, a ransfiguragto americana do apéstolo con- dicadas como marcos da presenga Sho | firmava os arcanos universais da Translaio Imperii, ou seja, a migragao la prescnga curopéia." S30 Tomé realizara uma Breen: | pécie de transla i © poder espiritual e politico io Assiio, para o Persa, o Grego, re Peete inter em suarota de delocamento dacostaatiin. | _—_9 pslerexprituale politico do Impe Gry Cicer ra Pea rente, 0 Lusitano.!™ cortente sobre o deslocamento geogréfico dos impérios do Oriente para Heme ee © Ocidente, atribuindo-the um sentido de renovagao es Sitaiemple tandade, inspirado em 0, ele teria aberto 0 caminho indig ) Segundo a versio do hisplnics, vejase ry ofthe New World, op, ci sbi de Amt prmge 7 iaia, 1976, p, 41. fermen de ise do pam. o. Ipods samen eis vad, coche apne 9. a de que a Amética sucederia 238 de forma diversa entre nds, Uma eu ‘pum unia as diferentes partes do Impé das elites dirigentes em Coimbra Em uma exéquia dedicada ao professor da t uel de Matos, natural da América, seu exortava a audiéncia pa abertas aos estudan Joimbra, leg Barcolomeu Louren UC as portas da universidade ‘ramarins: “E que amem os nossos os ie a venham buscar de tio longe! si som de i longs, & necesito queso shane oe! Que 08 que estdo dentro do -”" O académico, natural da ; jomento em q) em Coimbra come; siulanes soar fava a set mais intens, i smo sermiio, chamava atengio 3s adv $80 dos eitriosamercanen, St? esas da colon at, odes um pais onde munca chegou a foice, a aaitasvitgens, brenhesimpenetavels ¢ de exe ee Ma sien? etante alojada confusamente no mele dese eee? jilveste, feroz,incapazes de eomércio inimigos da sociedatc’ ade «da fé pia. Ontem juraram a par guerra. Aqueles que vedes vestides de fen etait medonhament,tuntaem sod ces Benes Fi on fittando de wim que ha poueo eatiomaen toa ¢ Litho Buisando o pai, este tz ainda ovvalinten en ab pradtngue do amigo... estes eram og monstns aio membros Produ duzentos anos atts, que € que prodes digam 0 este Templo, digam'a Pode haver maior alegria que esta conver ? Digam os ielas Escolas, Pois 4 experi¢nia ot inden demandar nee 68 im Sues 1724, nao duvidava ue 0s indios tivessem Ton isasteman oe ¢ formas de sociabilidade: “dizemos, que os rit Acatinie Ulmmariea cA sk, Sam gti are do as taramt a Nasa Seubora do Desterro, intoa Oct ‘Galram, 1718, ties 08 MICA SETECENTISTA 239 ham ¢ tém deste ou ! Preocupado 68 indios em po- oss0 descobrimento daquele modo, esta tal sociedade e comunhao pol com 0 controle da mao-de-obra, propunha orga voagdes para Ihes estimular a sedentarizagio, ¢ di qual seria a melhor opgio para administraga0 dos ald deviam ser escolhidos os estrangeiros, mestigos ou O padre Gongalo Soares da Franca contestava a classificagao do jesui- ta José Acosta, em que 0 autor atribufa aos indios da Amazdnia 0 pata- mar mais baixo na escala da civilizagio humana; reagia contra a injusta classificagio de ido que quando sc referiam aos {ndios da Flérida, do México ¢ do Pei 1 os escritores daqueles descobrimentos ¢ conquistas quiseram afetar hipérboles para as engrandecerem, e para que com maior aplauso sonoros retumbassem os brados das suas faga- nhas”."™ De modo que, ao contririo do que fazia Bartolomeu Louren- 0 de Gusmio, os Esquecidos preferiam nio desqualificar os amerindios, coincidindo com a vertente do pensamento ilustrado que enxergava 10s nativos as qualidades inatas do “nobre selvagem” ou um ancestral hist6rico comparivel aos povos da Antiguidade clissica, como fez Lafitau ¢, posteriormente, Rousseau, entre outros.” ‘A Academia dos Ren: "or sua parte, fora surpreendida pela ‘expulsio dos jesuitas ¢ pela aplicagio do Diretério dos {ndios (1755- 1758). Substituir os missiondrios por novos proces, demarcar as terras indigenas, estimular a produgdo agricola ¢ artesanal, implementar 0 censino de lingua portuguesa, treinar as liderangas indigenas, promover 4 mestigagem entre a populagio pobre e os indios, eram algumas das orientagdes do novo modelo de “aculturagao civil” determinada pelo ojeto pombalino.'™ Os joco-sérios apresentados pelos académicos no da inauguragio das atividades evidenciam as resistencias locais 4 implementagdo do Dirctério. Tais tensdes marcaram a reconstrugao do agindrio das elites sobre os indios a partir de meados do século XVII" Se, de um lado, 0 indigena tornava-se objeto de historiogr € a ancestralidade indigena jé podia ser enaltecida, de outro, nas dis- ‘Mistnin da expan portuguesa, op. A isidade a cndiagns. 4 preggo concio de tabatho nual da cusses académicas © na prox 4 itracionalidade dos " roving MborIgHO das abordagens etnogedtien Partiam dos tificag: c tude dos cru do pensamento ilustrado.A afin ‘gens, nto levaria necessariam, Heacto dos ametindias. As reforne pom izago dos afro-descende; ‘oriogcifica. Mesmo ass 'e0s instauraram um nove ca ais deslocando dizer reflexao sobre as iso para uma Na conjuntura saberes ctnogrificos ¢ vam-se imprescind S40 do territério, A Paraguai acitrou a pol Tits. Os e ants Laficau, Muratori e Charlevoix Feagiram as acusagdes do clero que denunci SRe8 do ditcito natural impondo o canner: as miss6es do Prata, Ques. Fe quelque possédent des litres des vastes ‘monarquia espanho- ericanos, 5 semen iations, qui tes princes d'Burope yen Etablissements en Amérique, sont entidrement les Fenferme”." Além de atac a falta de m de seus habitane 'as de fogo travidas por ne- negativa dos ps ido fixada pelo 4 polémica e reagiu com da historiografia esteangcira. Em sua Capitania de Siio Vicente (1797) — so sobre as ica Mémoire de Trévoux. oaram por los face do Universo. Mas, © tempo favor don mifestar que estes mesmos Jesuitas, que tanto clamaaet > favor dos indfgenas da América, foram os que aa ancien arte dela os Brasil Para (480F088 sujciedo; do qual os livraram nos Estados de Brasil © Pard as providentes leis (..J""™ Ele denunenw: legenda negra forjada pelos jesuitas contra os paulistas, a0 mesma acentuava as virtudes coletivas dos paulistas mento da frontci vex era feita ass; entre o ser preacio ¢ a expansio da fronteita do Império portu I se nao tivesse fundado a vi ie Paulo sobre as serras para barrcira dos sertoes brat hoje Castela nao s6 quase todo o fundo da Nova Lucie Dem a costa austeal [...] nfo desfutaria Portugal, se aq ‘essem desalojado aos padres east suas missdes assentadas 0 nascente da ki ica."® Pela prim rete (1797, p. 2 3 Abul eee intinarat eas neblsinns rads, op. ct 198; John dios ¢ mameluos em Sao Pau 7-4; Raquel Gleven. dod rma tudes © oda enda negra lena dovrada- on de Deus. Memdrtas para a hstbria de cupitanin de 8. Veer (1799) oi 920, p. 230; Katia Abu. ean insimarte og eS lam os mesmos autores € também de todos os salismo do mundo erudito, do nobre selvagem. 0 adre de Deus expunha as contrad; izando as categorias de pensam ‘campo do adverséri sse talver. Fosse 0 prin onos luso-americanos. tragio historiogrifica: c lade temporal da unidade territorial engendrada pelo processo ‘para a bitin da eupiaria de 8. Y CONSIDERAGOES FINAIS aspectos ‘metropolitana? De que mado ela res; complexas porque pressupdem a existéncia de um campo de reflexdes comum aos diversos autores estudados, vente pare- "ano: enxergar-se ce ter marcado 0 discurso historiogeifico Iu: como parte do Império port Passarthe as fronceiras si nascidos construiram um campo de problemas em ca e geogrifica da América portuguesa tornow-s 05 eruditos ni

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