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Colecso HORIZONTE DE CINEMA 2 Cinema © Trasstiguracto ‘ewardo Geade 2, Signos « sigueasto ac Clneon Dislonkso dar Ciacatae (© Signiteante Imaglutlo—Puleantliee © Cinema fn ds Co CHRISTIAN METZ O SIGNIFICANTE IMAGINARIO. Psicanalise e Cinema LIVROS HORIZONTE ‘Title origina: LE SIGNTPIANT 1MAGINAIRE — Pycnanayse ot [© Copyright by: Unlon Géatrals @stions, Paria, 197 10/8, Sexi exnatiquer dvgita por Mike! Datrenne © Livros Horttonte — 3980 ‘radugto de: Annie Durko ye mere, tin ei teow ea wan Pinar aban me mae sn Peete ESE Tae wn tn, woe pn ‘Bmite Benvenate (Hommage solletty, Eaitions €y Seu, 1878, Pp os oes «rents acre # oP oo attra 1 © SIGNIFICANTE IMAGINARIO 0 signifcante magindeo 41 © tmagintr « 9 whom objector no ciema « aa tole do cota ei 29 nema, He SSS 1-2 0 Imagintrio do Invetiguto. eset, hngustin, istin, ‘Buceotlar’ frei, oatran polantins ‘Viraaeapiles de evans pleats pobre 0 ener: Eecoatiae & i ata ‘On grands Temes So ssc, y & Mestineagto, pete Sobre tov Saeed soma ‘rep de lgua atcigo de entitaso. 4. A pando pereber © saps eetpe do caus, roo do eaten de cies, 5. Negaso, fat. 1 © IMAGINARIO EO «BOM OBIECTO NO CINEMA E NA TEORIA DO CINEMA Qualquer reflesio psicanalitca acerca do cinema, reduziéa 4 sua jntengao mals fundamental, poderia defines, em termas Tazanianos, como. um esforgo para extrait 0 objectocinema. do Smagindro e traelo para simbico, spersee, asim, aumentst ‘isa rfleso com uma nova provincia: actvidade de deslocament, Ssctvidade territorial, avangada simboliznt, isto &, no campo do filme como nos outros, 0 itinsttio palcanlitico €fogo de entrada fasts, em relaglo 20. d= semiolégic, mesma (cbrctudo) se uno de uina semiologia mais clisica, ete preocupar com, a enunciagi. ‘0 ethar superiial ou a avider ritual de descobrir «madam as» 0 mais frequentemente posivel talvez vom um abandeno fu uma viagem ai onde, mais simplesmente — menos. simpler mente, claro, eu aceto a tentsdo (a tentaliva) de cavar um puso’ mals a prdpra marcha do conhecimento, quo sem cessat Fimboliza novos fregmentos do steal» a fim de or anenat 8 «rex Iidndes,—ellé fGrmulas que néo imaginames, Pel menos durante algum iempo elas enesixemse como ral» elo menos durante ‘algum tempo: tentemos enzo imaglnar slgumat Frequentemente se dise, ¢ com razio, que o cinema era “Tecnica, por out lado, que ¢ prop fe uma. epoca bi (a do captaismo) © de'uim estado da seciedade, a civilizgio dita industrial. "Tecnica do imogindro, mas em dois seniidos. No sentido ondinfio da palavra, como’ bem o most toda uina tendéncia rftiea que culminou com Edgar Morin, uma vez que a msioia dos fer conse em ras fon, «pone foro ins Tepouam, © parr do spice, aie © gina primero Tagan ono e cn to end acne, em {feo ain, opto 90 segs tena ifs com ae Sign 9 ope funda So «ipreo Stine” di antes do Ego que tambon canue pas Gogh aurea Sorel 3 eiptho fe leneo home a0 et mri fio ta fa al J van dike re Friuli de iodo criti mat odo como pre Side pvagio' posra ton fin, 0 ae nc do acre Gene (cicero gn), Ning dvidn de que foto € Tutto ple Jun tro tptio que ron one Srtufe gue mt cx. se foe comsear como um Terdolsro pogo piles, um proete dn. noo membros SEuinndoment pera Pru, a'nan diane —e mame Sole pr gurquar =e 1 8 dtr om alguns pore flrs eencule immense amilean dp imei com "Teer Go ipsa, com + fgua tenia sf a 1 Sd cnet, que marca do met mad e Ia lest, ago prose ao homer dat gun ines fac pave. © simbiio exit no x6 nos fines como também mas sfimagier de quem dle fas, por sonsepinis no exo que e100 ‘ comeyr, Por ero que 0 sina no scene are po- fn wi conbesimen, pois © tpho nla inerrtads, fan tesa eo sintoma ho operasdes sible. Todavia, € ne Gsra que se sua a eqerange de um pouco mas de scr, ¢ Sim dos sur avetares gue “nor ined no. compreendt», Snqvanio © imapintrio¢o lugar de ma operigad Taal fairl © cme, ge ening Dare saneas Mont Enancar 0 ‘imbotco a0 te propo. imaging e-devaver Simo um oibar Arrancar, es de neahum modo compet hone; pelo menor, nso no seido de um egesimento © deme fuga (de um medo) pos v inagidrio tanibim agulo aut precio reencontar, prtiamente fara tle nos no submersmot ‘Etefa sem fin Se agai pudewe realizar (em matin sinemsogré fies) 'uma pequena porte des trea, 6 me daria por ste, ‘Com eft, o problema, do cinema ndo far mais do 9 se redupicar num probiema da tora do cinema e nds pate thor rear eonhecmenin a 080 ret Gago "que Smee (ab 0 somos como pessoa, 0 que somos como cultura ¢ soviedede). Tal ‘como nat Tatas polices, ss nosias Gnas armas slo as do adver- Slr, tal como ha antopsogia, a acs nica font € o indigena, fal como na cura analtiea, 0 nosto unico saber € o do analisado, qual é também (as palaveasutizadas 0 dizem) © analisant, EO reormo ¢ apenas ele —movimeato, comim aos meus tts sexemplos», que s30 meis do que exemplos—, € 0 reloro que dstine tomads de posicho em que se Insugura o conkecimeato Se o esforgo da cléncia estiver constanfemente ameacado de reait ragufle contra o qual se constitu, € porque. se consul tanto histo coma conra iso, e que as duas propaigees de ceca maneia, ‘Ho agulsindnimas. (De modo muito semethante, as dfesas neve ‘cas eniprogadae contre aang, foram se elas propeas anslogenas pois nasceram na angistia) No tesrco. que user delimtar no ‘Sinema a patie do Imaginirio © de simbdlco, 0 ttabalbo do sit ‘lio corte constantemente 0 1sco de ser submersido no préprio Imagini que limenta 0 claema, que toma o filme agradavel © ‘que assim suscla Tnclusivaments a existncia do teico Vonade de estudsr @ cinema», como se diz correntemente): em tama, as condigSes objectives que dio crigem 2 teria do cinema fandemse com agin qe oman ea fain pecie€ peer nenfemente a ameagam de derapar para 0 set proprio contro, ‘nde 0 discurso do objeto. (0 disurio indigena da insituigdo ‘Snematogeiics) vem insidiosomence tomar o lugar Jo. dscurso sobre 0 objeto Bo ieo que hé que corer, nio tems por onde esolher, pols aloo correct & pra fomoy uns vii coms Rzem alguns joralstas de eineme, tagarela-se sobre 08. filmes de forma a prolongor a incidéncia afectiva © sor lmagindeo, 0. ficazmente rea. [Num outro texto tenei mostrar que 0 espectador de cinema smansém com of Himes verdedctesstelagSes de objeto». Noutto Togar's quis precisr, no seguimento. de Jean Lou's Baudry mas bliquamente em relagdo ar suis notivels andiss*, aqulo que © Yexeurlzmo do espectador fina a er com a expevincia primor Gia do expelho,¢ também com 2 ceaa primitiva (com um voyeW Fismo unilateral, sem exibisionismo por pale do cbjecioelhedo) pote altura de-recordar alguns dados de grande impor tacia para a comtindagio deste estado, dados que preeisem 2 minha intervengao pevtencem & histéia do movimento psice nulligo. Aoife de claro de objeto» — rlaso ferent tia, Bem distinta das relagSes reals com or object reais, e que fo’ obstante contribu! para They dar forma — consti uma at ontibaigbes especticas de Melanie Klein eo campo freudiano, f inscrevese tode ela no interior daqulo que se tomers, pare ‘Lacan, « dimensto do imaginéric. Azontce que 0 discume Tact. iano” ladelts, sem nea os tocar, alguns temas. Kieinianes ‘obiecos percals, papel do selo, Importines do estado oral, fantasmas persecutives de fasmentaclo, posses deprssivas d¢ perds, etc), mas spends do lado. do imaginsio, Por oso Tada, + Eonhecese a principal crfdca que Lacan far a Mélanie Kel teducio da payehé a um sé dos ses cxos, © imasindro, eustocia de ma teora do simbolce, «devido a nem requer vishambret ¢ tstesoria de signifieates."~Por outro Tado, & exoertncia do ‘spel tal como a descreve Lacen situese esseaialmente na ver tente do imaginisio (= formagio do Bu por idenificacde com un Fantasma, com uma imapem), mesmo que 0 espetho também per sta um primeiro acesso a0 simbslice, por infermédlo da mis aque segura cranea frente ao espetho,¢ cao reflexo, funcionando {igul como grande’ Outro, aparece forgosamente no’ campo espe- Gules a0 Tado do. da cianca ‘Em ums, 0. que ev anal ou tentel anlar, nos meus dois primeiros estudoe de inspiragio freudlana (redigidos_ varios meses antes deste), If se encontra estbelecido, sem que eu © {enka precisamente querdo, mum dos flancos da linha de crite, do imapindro: a fiecHo cinematonrica como instinct semiont flea, num dsses ensalor,e, 0,000, a relacko espectadonseran amo identficacto specular. B por isso. abe. eu agora cuerle thordar o meu objecto pelo seu flanco simbslice, ou, de proferen Gl. ela porta Tae cis, O mp snho atl de flr fo sonho ‘cinematogréfico em trmos de codigo: do 6digo desse oR Ao creates Para o especiador, o filme pode ocasionalmente ser um ymau objecton:acontece entfo.o despracerfilmico, que teto alg tes (igs 114116), € gue deine fluo de cron expectadors com certor fines, ‘Todavia, a relagio de bom objector, numa perspctiva de evtce sciosistriea do cineme, € male fendamen- fal porque €ela e nlo 0 seu inverso (que aisim surge como © 2 rulogro localzado dale) que constiui a finslidade da ion {uiib cinematogetice "e quc esa lime ‘enle-consanteonte nants sete Tnstiuiglo cinematogrtice (lo a isn: no apenas & indiste do cinema (qu funcion pata ehcher als © Bo 4 cova) as temben a maguinaia mental —oota india — ‘que os expectadoresshabitendor ao cinomay hisoriamente Iie Fotizaram e que os tora apios pata eonsuir os mes, (A instr {uo est fora de nos een em 6s, inltnamente clectva ¢ fatima, soolgice¢ puicenlitcs, do mosmo modo que a pro fo gral do ncrtsfem por corliio individual © Edipo, a cae apd, ou tales, outros estas de socledade, figuras peigles ‘dfeestes mas que Au mance, também imprimem # asi So em nie) A sogsnda miguina, io é = ropa socal da Imeapalclogia espettoril, tom por fondo, tal como pamcre, tuner Nos be ince poste ous scan de bt ‘Teme neste caso o cma fle» ¢'um falhado da istigs: ‘amos 20 eines porgue feos, votade, fo poraie. no cae ‘epupdncia e vamos a esperaga, de que 0 fine agradae © ‘up © contri. Asim, pra filmico e deoprezr imc, epsar de coresponderem a0 dls objector mani fabicads pela slvagem perccuiva desta por Melanie Klein, nlo se eacondram fpara‘aGs cm posgdo de simera antic, ma ver a silo ‘bo te todo fom por objetivo © razr fico © apenes es Num sistema social em que o espectador néo esti consiren- {ido fisicamente a if ap cinema mas 20 qual, so obstant, ¢ tpor- fante que vi, de modo a que 0 dinbelro dado & entrada permita rodar Outros’ filmes e assim assegure a suloreprodusio da insi- luigdo — a caacteristica propria de toda a verdadeica insti Ee serena oy esaimoy da ua feet —, no hi outra solugzo sendo a de insalar dispsives que Eaham’ como finaidade eleio dar a0. especiador 0" dsr ‘espontines» de Trequeniar as sal ede pagar 0 acesso a clas. ‘A mdquins exterior (o cinema como indistia) e « méquna interior (@"prcologia do espctador) lo. extso apenas em rlasS0. de rmetifors, em que esta decal aquela, a cinterioriza> como umt rmoldagem invertda, uma cavidade receptive de forma tote, ‘mas também em elagso de matonimia ¢ Je_complamentardade fegmental: 4 vonale de ir ao cinema & uma especie de reflexo (que a inddsra do filme dev forma, mas € igualmente um elo 8 real n0 mecanismo de conjunto desta india. Esta vontade ocupe tm dos postosexteciai no eireuto do dinhero, na rotpdo. dee ‘apitais sem @ qual nio se podeviam erodars mals filmes: & um Posto privilegiado, pois intorvém logo e seguir eo Irajecto do ‘ire (que Suporte @ ivestimento nancrre ats empresas de cinema, 1 fabricapio material dos filmes, a sus dntabuigso. © paseagem fm sala) inaugure 0 circultotegresso que leva o dishelro,s¢ possvel aumentado, desde o-orgamenta individeal dos expectado- Fes até a0 das casts de produgio ou dos seus apoics banciris, futorizando. assim a prepararao de novos. lms. A economla libdinal(prazer fimieo na sua forma histvicamente concreta) manifesta deste modo a sua corespondencia com a economia poli- ica (© cinema ectl como empresadimento. de mereado), sendo aligs— como 0 mosica a propria enstacie dos eestudos de me ‘eadon —um dos elementos espeticos desta eonomia: € inso que Pdicamente o temo motivardo waduz nov inquslos picoso3i- Toglcos que esio dievtamente ao seriga da vend, ‘Seu into em delinir 4 insituio cinemsiogélica como uma jnstincia mals vasta que a tndisiia do cinema (ou que nogio correnee ambigia de «cinema vometcals) & or sa ‘este duplo parentesco —~ moldagem e smento, decal ¢ paste — feptre a. pscologia do espectdor (einulvidual» apenas em ape ‘facia; como noutro lugar qualquer, © que hd de individu 0 spends a6 suas varagdes mais ténues) eos mecanismos finan. feiros do cinema, Taber 0 lslor se Srte com a mins insstncia reste ponto mas seria conveniente imaginar entdo o ques PED ftria na ausincia de um ta estado de cola telamoe do supor {ald menos)-aexisenci. de alga corpo especial de poll, fu de um qualquer dispostivo rapulamentar de contro « pos. feriri (zuma catimbadela nos bilhetes de identidade, a entrada das salts. a fim de forgr as pescas a ir 20 cinema, Isto € um podacinho de fipdo cients que uilizo de forma absirds mat fue, pelo menos, possul a vantagem, paradoxalmenta duplice, de Sorresponder simultanesmente ums situario que, na sue forme ‘etalizada e-foclzada, lo. delta de tot os seus exemplos fesis (como noe regimes politicos em que cerios filmes de ro. ‘ganda directa so pratcemente . cinthigue (Pars), ne 48" (70), pp. 28 eaten, 2 sa gem tin ts srt ‘SSlong, 47, yiaefafeanedyee ce agama. op 96H 1 Ei citer a rey ig ats8in-tommanicaton, 3, ons Se atta stm wa Pete lo Veramung (= 8 (e)measio), 192, pp 2-18 n0 vl Bias’ pp ISiIBe de Dscrur, Pipe, Bors, Windhoek, 19TE 2 2 (© IMAGINARIO DO INVESTIGADOR Pengunto a mim mesmo qual seré de facto © objecto dest texto, Que inertna motris € esa sem a qual nso teria o deseo de o escrever, acabando pois por no o escrever? Qual é 0 meu Itnagingro neste momenta? Apesar de ni fer mas esperanges, 0 aque € que eu tento levar a cabo? Parecemme tatarso de. uma pergunta no sentido. material desta palavia uma frse terminada per-um onto de inerrogs- (Hoe que, como not sonhos, etd ineramente incerta perante ‘mim, armada dos pés 8 cabegs. Vou desdobrila em seguida, mas om ess cofilene um pouco obsessivo que faz parte de qualquer Ssplreese de igor. Soletremos emtio: «Cual € conttibuicso que a psicandlise freudiana pods fornecer a0. estado. do sigificante Imagini?» Em fume, o conteddo manifesto do seu onto ¢ 9 sua iner- pretagio (assim @ espero) fag 0 argo. — Para jg velo nee tes pontos vivos, ts. pontas odas. Examiaemolos separedamente (@'Traumadeuiung aso. nes tonvide. assim como 2 necesidade minima de ter umn epleno»), asociemos um pouco partir de ‘ada tm dele. Eses pontos oo as palavas wcontribulcdon, «pst andl freudians» c, scbrerudo, eignficante Imaginiiow Primeiro: «contrbuigSow, Este termo dizme que a psicané lise nfo pode sera nica discipling ineressada no estudo. do HHpnificante cinematogfiso ¢ que € necosivio oniat atclar o feu contrbuto. com outros, pera comegar, e muito directamente fom 0 da semolope clase, iste é de Inepraydo Tingusia, Pa principal guia das mins primeiresinvestigages filmes, bo En din, der do véios cuit — Porque adteciamentes? orgoe {linguistn e's poitandine aio amb sinsins do simbdlico; #0 ‘camo, tefletirmos nso, ab ds Gnsayciacay que Lem om Aja imeisto e ghico o faco da signficagio como tal. (Eve nema gue sodas a lenis we nterstam por sly mat ca Ae mancia tao frontal exchsva) Posse comidera, om od Spresadamente', que a lnguttiea — com cs ets patente pr lmos, nomesdamente ‘login. simbsica. modema parila ‘xploragio do provo secudira,e-n pcan » do proceso Brimarios significa ito qoe a dust junit recobrem todo o campo 4p Jactosigiapao tomado em st meso. A linguistics © a sie nde so an vas sfontes» prinipas da semiclogs, as uss ‘isis que so smitcs de uma ponte utr, pot imo que tanto ume como outra devem st its, por sua ver, humo ferera perspetiva, que Vem a se como que 0 4 pana de fando comom'e permancne: 0 vt directo day sos Usdes, 0 crlce hstrca, © exame dos infwestratures. Dest vez S jungdo € muito. menos féil ee & que a outa 0 ©, porque © Sigificante tem as sas propis li (priméias ou secundaria), nt economia polica também. Mesmo Wenieamente, se se pensar to tabstho. qotdiane do investgedor, nat sas leurs, na 0 documenta, etc. a pra; correm 0 risco de negigenciar tudo agullo que nos ies ‘icapa 80 psiqusmo consiente e inconscients do cincaste como individuo, Udo o que € marca socal directa e que faz que nunce ringuém teja © autor» das sige cobras» —infludncias © presbes de ordem sMeoliges, estado objetivo dos cigos e das tenicas lnematogrifices no momento ds rodagem, ele. Por isso aquclas vis no tém validade (e julgo que elas tm uma) a nio ser que : 3 seu propio sea dete inco balizado (= priatpio de pert Stacia ergo depois dura oat, tf 2 sss tearem claamente como fenatve do aiogéstico (Rosogtlica ou araceil) que inidem sobre pesoas (teas), assuming dee modo a ua dopla indiferenga face a0 textual € 20 social. orem, tuo seria euaio fait deinlereaga pars com © significant bo que Tespste sql vis, so bem que pot vezs ino se faga quando se comeniam os seus suivletes ierdion No sera nao, ¢ a por dos motives. Nao apes eta pes ulnar tm como’ princpfo contr coros spectro filme om ure anos sigiicants Gignficaies mieten de um pig Socnor aperens), como também pode aontesr que or wayor mics asim redos percaram deo wanbem, no aio do fe, Allo que o-semilogo inl no splano do 'sgnificane"s, Ot temas abivaisdo_um ‘inet, eb ah personages, ¢poce em fue naturalmence stun ap sun nrg, poem informar nes tbre Sua antares pesol, mas a mance como ce mobilize (ov 100. Iulzg ‘selma, somo plaice mania sy sequal, tambem © podem fazer. tan Gan vias de pesquisa no sto exictamente Scstador de sigiisdos. O gue est powsvom de expeciica € 9 intrestrse por pees ¢ alo por fais de dicrso (= tos Hlmicos ou clas cnematogréicos estes ion a Ines inte reesam devia & sun lopca itera. mat antes comm melo eat ao qual, agu ca vim procure inicyies gue lies er mitam compreender mor a penn. PSICANALISI DO ARGUMEENTO Isto leveme a uma terciraorientapio, a qual considera com smal clareza 0 filme como diseueo. E menos simples de detectar ‘que as dost primeira, c sinda nlo sel se ela se desenha bem clo Fumente no meu esprit, Por esas razbes, enum primelto tem} fim tani simpifiendor, vou designdle como estudo psicanalico dos argumentos de filmes, Claro que tal oxientagio mo incide Sempre sobre o argumento no sentido mais limitave da palavra (ee folbas estas a pair das-quals 0 filme fol rodada)esten- dose também s numefowos tacos que nfo figuram nese esqueleto ttetto (0 qul,aliés, nfo existe nalgumas rodagens) mat Que, 180 fbstane, dependem do argument em setido Tato, em sentido Yerdadeir: argumento implcto, se. necesstio fo, argumento ‘efiniivo apée = montage —ne medida em que se tratar ands En de elemenoe que ti. gualguer cota ver com a ing, «situ Sees personage, plage, eventual seatudo de costumes te uma’ alae, a tematcamenleta oo Sime, encareda' efor eco ei on porno, Duin dea mana ge Inenio figura ua once bane ambigu, fugidie, © por tanto mais iteresane". Por alguns doe ses upeios et do Indo do sgiiada: 6 0 que aconece w cloemos 8 sua Irene, or vin epee de comutado, os diverse ellgos aravés dos fins € apecnide ‘elo cpecaio, cdgos- cicadas GE tnalogt visual e Eudhva, moategem, ce) ou nlocinemaio frais, como a lingan aon ines soot: talese do atoms Sue seriem pra comunicaro argument, que nao se coalundem chu le com rela aon qua sora ui sigacad, Sian aes deine comb 0 count ds temas spans do ime, como Sun dimenséo mais tral (= denotogio trcnstancids). Nao ¢ Svideatemente 2 siguiieagso mais imporanis. co fie, mae & fndapensives ee quoenos ic man alm como o quer or et ds pacanliticos de argumentos. Ester estdor tom somo primero fo o de cansormer o argument mom signicens ede ol {pate dle sigllagdes Tenor inelataente vives bert lay ov malor, abn cabe ear (ques dia: compe smeblas B que aio se tata de pretender revelar us seni esco- Sido, uma optic de sogado argument, armaco os pes 0 Sabeya do cao © peremptrio como oul, dee se dinguindd Spee uh pul e ogi gue mks ve parce ot tog ee esondiaes afi © de o, uma ver aie © ‘Semnaido ser du menus txicae Zurn que o nlocicondi, (Weue cao, er neceniio fazer de propésto para 0 econde Ss proprioneonhor io tem senda ate, seo compresndermos oa anes tho segundo sotto abo soo, fo Bat do que um, gue € manifesto ed sceno ama de inca conclude de “igiizagesnaparetes) ‘Também uo se tela de queer cua’ ine Gumenit oy curonrb) com ts ou gato ves Ae sentdce cada vee mais eprondon, conserando sil, de Sim fixoe Tn e a concepto de cade‘um dele como uma ins {Gos que tom, na expagao (com dierenar degra), a mee trdem de rlaoee que o argument verdadero (para © Smplee iene, © argument, so hima do que um): sen winday 90 ciao, deamalpiado,seredtar mim sgnfeado Vedons,« deve ‘oodo bloguea a infnla procure do tmbelco, que mum setido {Gamo 0 imegindio, do gual se toe) nde todo ele nena ga 3 [Neste poato, ¢ no que concernc as passgens corespondenies de Langage of Cindna’", nomeadameate 4 no¥ao do «aisema (2% tale it tomo & apresenlava ness ivro bude em pare Ge opinido (Go, se x0 preere, € 0 que cu cotsieto como um eoainouo da ‘poitanalise 8 linguistics) E lato que ha sitxia textual so por Fo entende Gualguer coisa que e sempre de ordem estrutral ( elasional (mas nao Torgosamente exausvel), que € propria de lsh fme dado ¢ nso do cinema, qu se disingue de quuqeer ‘codigo mas combina virios. Porem, jd azo crio que cada Lume fenbe un sistema textual (aguele qué eu propus, pp: i 83, para 0 filme Zaiolerance, de Griith , no ¢ venio um dos posses, time etapa num trabalho do lterpretagio, capa que, ness aura, io foi suliientemente apresealada como tal); também aio cei, ‘ouforme previa a posiblidade num capitulo especial (Vi. 4), fenhe virios sistemas textuais bem distintoe ¢ em mimero fxs (Garis sleturase dem meno lime). Actualmente neste (Ou heses) sistema) veo, de preferéaca, comodidades de trabalho wep é exaclamente por iso que primsizo se me tinham impos [Em cada fae, convem ver em que estado esto os utensiios exes S30 tuna espécie de ablocoe de interprelapios jé estabelecidos ou pres fentidos pela sndise, coauntos de sgnfieagao (ou um vaso con- Junto unit, segundo os cass) que a anise, nos diferentes momen tos da suo marcha de fecto inmermindvel, j6-arancou 2 espessura indefinde. do sistema textual tal como agora o entendo. Este sit tema ndo é outra colsa seo essa perpétua possibiidade de ume Sse tat sbi, ou ind ats ape, dew sare Inento dos elementos sepando ua outa configurepao, do levante ‘mento de uma nova erremetida significacional, ‘no anulando as precedentes (como no iaconstente, em que tudo se crescents), fas compltandoas ou, outta vex, deformendo-es.e complican: ous, de qualquer mantia marcando poatos aqu eal, designando tm poueo de lado (sm pouco, ou mais que um pouco). 16 em TLengoge ef Cina eu dava uma grinde limportncia ac aspesto inkmico do sistema fexcal, produgso mais do que produto, que ' stingue’ do exatsmo eatacterisico dos cdigos. Actulmente pereseme, que cla arremetda, esta «actividades ndo jogs apenas Bo interior de um sistema texsal mas, para um mesmo Hime, entre cada um eo soguinte que se descobrir; ou eno, se se com 1 miuto portugates Inolernsia, Ano: 3818 (8, do Ty 36 sidera que existe apenas um ssiema, anaista nunca mais acabaré Ge o explorar endo deve procurar Um atime. Deste modo, as anilses de argumentos elemento. entre culres do. sntma. textual — protendem it mals Tonge que. préprio argument, que 2 sinliga pura, como por eres se diz (mas sem rigor, pos ese nivel manifesto inclu am bem as personagens, a sua posigdo socal, os Togares.degsics, fr indlcagger de Epoca e multor cuts tragos que ultrpacsan eco). No sentido lato que The atribuo, a insincia.urgumen: tistca oscil doravante para o lado do significant, uma vez. que deizou de Sor rforda aos e6digos de exprossdo que a comunicam ‘mas Bs Interpretapces a que dé acesso. De foyma a mostrar, como fzaba de o fazer uma exe de doutorsmenio™, que um dos ssen Tidoss de Red River, que Howard Hawks, €-o de apreslar ‘uma jusificasdo da proptedads privada © do dircito de conauist, fe que um outro dor revs tenidos se dove procurar do lado ds hhomowsewslidede maseulina na sua varlante misogina, 0 que se deve examinar antes de tude 0 argumento do filme a fim de hele encontrar cs indies. corespondentes, © argumento. deixou de ser um significado: em neshuma parte do filme est claramente ici agulo que ee eta de dar. Enudar aumento parr de um ponio de visa psicanalico (ou mais fargamente emidice), € consitublo em significante, 'Nette aypocto 0 argumesto assomcibe-se ao sonko, tal como rmultas produgées humanes, O sonbo manifeo, ito é, simples Iente, © sono —vconteddo. do sonho» em Freud. em oposicdo fos spensamentos do sono» —, € um significant para inter pretagio e, nlo obstane, ele préprio nfo pode extabelecerse (ser ontedo, €, pare comesar, comunicarse 2) apersepeto conseenic 4 sonhader) a ndo. ser como significado de diferentes e6digos ‘de expresio entre cs quais a lingua (nfo so sonha nas linguas {gue #8 no sabem). No haveria sonho manifesto, logo aio haveris Interpretasio, se, por exemple, © sonhader no, identifiasse ne- num dos objetosvisusisoniios, sto 6, seo ebdigo da prcepeao focilizade The fose estenho, € devo a ele resonhecer alguns je outros, impessivels de identifica, adquirem 0 seu verdadeiro o argumento é um + ue portugues io vermetta, Ano: M6, UN. do 7) 7

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