You are on page 1of 133
Rui Veloso Song Book VOLUME I Depoimentos Emilia Gaudéncio Veloso ‘Aureliano Veloso Jlio Machado Vaz Luz Casal RobertoFrejat Jacques Morelenbaum BSRSSSLSSSSSVSBSBES Ar Dove 27 Cancées Bairro do Oriente Chico Fininho Sei de uma camponesa Salu para a nua Sayago Blues Agente naolé Guardador de mergens Porto Cévo Cavateiro Andante Porto Sentido Fado do tadrao enamorado prometido¢ devido Nao ha estretas no céu ‘A Paixdo (Segundo Nicolau da Viola) Nativa Mé Fortuna Lado Lunar Ja ndo ha cangdes de amar Benvinda Sejas Max Tnesperadamente Todo 0 tempo doMundo Jura As regras de sensatez Primeiro Beiio ‘Nunca me esqueci de ti Nao queiras saber de mim Britho dental Blografia Algumas palavras PCO Rte | Pediram-me que eserevesse algumas linhas sabre o meu fiho eS oe ue acre ten eee Ee eee) Cet UE eect est ne eee ee Pe ue ee ney eee ree Talvez ele, Rul. me tenha considerado uma mae & antiga, um pou: Bee Cree toe eee rt de a eee eee Cree cer eet id DSO ree econ re ee ee ces Rico teu ei cai Cees ae 8 medica que os anos iam passands, algumes arestas iam senda Ce en ee ct eer ce cence ee ener rt ery eee tna sua existéncia, a motor dos seus interesses, Ene eee ee) See ee aoe ary ey reir Se eee oe ee Se ee ee eet Det iene) cn pC Cree nc ee tod Dee ee ee ac eC ee Dee ae Eee aac i) Coe tae participantes na vida artistiea do Rui De ee eee as Ce eae end ‘Amedida que se coneciam os progressosque eleia registando, tanto no dedithar da viola (do pai) como na composi¢ao de can- ‘Ges, mais se intensificouemnosa ideia de poder partithar com Oe ee ae eee Cee eee ce a Me atts Ce ee Ciote uken coe eet Cree aeons Seer ee eee tend eee Our ee tee) Se eee ets eer eee St eee eee eee Pa eer ren cette Eu sabia que o Ru ira vencer e tornar-se um grandeprofssional nasuaarte See eee a eee eee nett Aureliano Velo: ra ‘Ao fim dos25 anos que o Rui ji leva doactividade musica, poderia ett cet eaten ti Cee a Cate ee ee ee ne Lene eee eee ee Dee ier ee nets Pe eee eee ene Cree mee Pee ere ea aed eo ea Satistazendo 0 pedido, com que amigos do Rui me hanraram, Pee a ea ear ee eee ret oe nes eect mnne ee ee ety Tos ee ey ee oe eee ee th mais diverso nivel cultural e social, the tem dispensadt ene te ee eee Gti eT Su is ee net ee erent Sere ee uae ees rere re retriet amelie it net sionalismo terham alterade a sua maneira de ser ee eo Rog tout en ee ee Se ee eee ee a ee Ween oor ee aise One eee une eee) em relacao a muitos dos seus colegas portugueses e estrangel: eee ne ce eens reo eaeea Ue Leo oct Cen Cre en mame ert Sees See a Pee ee ee eee eee ee eeu od Gece eee ee ae ane Perec eee Ea eC nea CC ee ead Coe eee ei eerie et Pee ere a ee HA muitos anos que a voz e a musica do Rui me fazer ‘companhis. O mais das vezas de brace dado com at verses do ‘T, cronista quase inigualavel de vidinhe portuguesa em geral ‘edo quotidiano do meu amado Porto em particular. E eu, que frefiro a misice no remanso do Lar noite dentra, sempre abri ‘gostosas excengSes para 05 espectdculos do Rui, Sobretudo ‘quando no Coliseu, palco mitica para a minha geragao, por ter recetido tantos dos nossas “maltres 8 penser” Eums recordagSo avarre, talver pars me desculpar peta deriva por lingua estrangeira, Estava na platcia, ternurentamente scompanhada, 0 concerto também amolecia a alma. Eis que 0 Rui acelerou 0 passo, “esgalhando’ magnifica guitarrads que és os mais jovens em deiirio lela ao conforta das cadelras Uma das mitias & nossa fronte nde resistiu @ em plena danca frenética deixou car frase entusiéstica que fez escola ~"éo pei do rock portugues!” Secundo-the 0 carinho, que néo 0 carimbo, 0 rock portugués no existe como entidade auténoma. £ acantonar o Rui no abencaado quintal “roqueiro” seria injusto, ele & um compositor ¢ intérprete que cultiva, stinge © honra diversos estilos. Em ‘todos eles me proporcionau momentos de raro prazer, mas no sou hipderita ~ quando o homem canta o nosso Porto, uma corda dentro de mim, até ai de nariz empinado, junta @ sua vibragao 8 festa dos senticas. ‘Omithatre, mesmo ferco na ass, levanta vos. E nds com ele. En tavida, hay momentos, episodios, que mientras suceden tie- ‘es la impresion de que ya forman parte de tu historia, Cuando yo conacia Rul Veloso, tuve esa sensacién, ese presentimiento, ‘Alo largo de estos 10 afias?, hemos trabajado juntos en dos canciones “Enesperadamente", "Mi memoria es agua" y creo que habré més. ‘Quiero afiadir en esta nota, mi admiracién por su tesén e ilusién y también, miagredecimiento por compertir su amistad. Luz Casal Vinte © cinco anos de carrera nBo s80 pra qualquer um. Ainds mois deste jlto, uma obra extensa, dversificads e consistente. CO prazer que tive 20 fazermos nossa primeira jam numa tarde de domingo em sua quinta se multiplicou ao mdximo quando desfrutel dos discos que ano a ano iam sendo Langados © que ‘mous amigos portugueses mo mandavam de presente, as ve- es acompanhados dos mais antigos que eu ainda nao tinha. Que venham mais vinte e cinco anos!!! E que eu possa estar ‘cada vez mais perto para presenciar coma sao gerados e, quem sabe, compartithar de alguns desses momentos de criagSo ou- tra:vez, 0 que me deixaré muito feliz. Beljo do amigo Frejat Tve trés oportunidades de “trocar figurinhas” musicals com ‘meu grande amigo Rui Veloso: a primetra foi so escrever um ‘arranjo para orquestra para “Jura depois escrever etocar um ‘arranjo para viotoncetes em “Tua pequena dor’, e mais recen- temente, trabslhar em “Transparente’, cangao titulo do novo isco de Mariza. E nessas trs ocasiées, embora nunca tenha- mos falado explictamente sobre o assunto, muito me emo- Cionei 20 reconhecer 2 fraternidade que nos une no tocante & rossa inegdvel e flagrant paixao pelos Beatles. Me encanta elicadeza, a universaldade, a profunda sinceridade da misica e Rul, e espero continuar por multes anos a participar, junto 8 este grande compositor. da eterna construgao desta sélida ponte cultural entre Portugal eo Brasil. Parabéns por tudo, Rul Veloso! ‘Abragos da Jaques Morelenbaum PUT Gere ie itt g (i) 14 deste livro oe Ce ree eens Ce ee eat er Meee ka Recs t De Ree eee rete tie e te eee Ce oe acts em expressividade e articulacso. No entanto foi feito 0 maice esforca para reproduzir 9 mais aproximadamente passivel as Deer a er uma eserita muito densa eee rn eters ee ee ae ee Deere en are Se eee eS es esto identificad: oo Ce oe etd De Oe eae eet clay Te ence ee ee rer are td ce Ce as oe ret aed Deer ee ee eet ee cence ies Ce ra een each ae eee tee *Gusrdedor de Margens", por exemplo, a versdo original ¢ tao eeu Ceo ees et eo eee acer a en ge or) ae a DC Ce ue ou neuer ceed ee ee ey Core age et te Se eee ne ee ete mises - com vista a tornar a feitura mais acessivel. Da mes: Due ee eee eee CO a eee ert) eae eee cee cece ty ee ae eee eters Reruns Alexandre Diniz Cece ee racer toc ei) Pee es eee a) et ae en) Ci Cee eee uc) ene! ee Tee a mn ee DON ere te Ranches vos diagramas de quitarrs Cen ge atte Cree eee eter reer) Cu tag neers Ce ee ee rer) et ee ee See ee eae De nea Cee are aa ete) ce ee cute, Se eee em rn) Pere eee ts ure et eet ety eee ee ee ee Busan ect A assinaler ainda que nestas transcrigies encontram-se fre quentemente barras obliquas a preencher as tempos dos com Cee eee ened oe ee Curae eu fio eer ‘Sem mais conversa, fago votos para que se divirtam durante Ge ee ee ee Dreriritind Elie meme (ne) a (lah a] Bae eet Creer Geet) ey tr Pomme ert ee etc Cece ee ae) Dey Para teamar & luz do azeite Dean eee Sey tas co eee Que sentados no canspé eee et) eee Cerra ited Para medir na firmamento Oe eee ey Duty See Ree ean) aero ety Outen ciate ed ern) ea Folk Ballad J-49 CD “O concerto Aeistico” ic es, EE & fe eS ein 2 % , Ee” cous " ie i = a: 3 me eo - quicdens da E- 11-6 pia Tesnhum transistor a0 pé da ca -ma com sone Db Hie” Cada a Cad? > Be Coe = nu =ma lam-ps-ri = 9 que trov-xe das Asa + bas pra te'a-mar a Cada? a? Afsust > = uz de ze) -te num ka-mo-au- tra de noi-tes si - bisa Te-nhe c Cade? At » cd Ec iun-to 20 lum gran-de ca ~ chim-bo que sen - t-dos no Cac? ee “ AY bD? G « ay i Star 3a t= 4 ; & Cada? Cala? 7 x He ie Be 3: a a = os. Ver ven mi-nha ca - sa fe -bo-lar na ca-mae 0 jar-din. Gaga? Al Coaee = BH a EE a= cen -der ag - - mi fia ea ma Un = gus do é - a- a“ ABaust LY Atlus o» BB He fay Para Cola go pes = qum__ que nos con - de - na Ar ABsust % = DS.al Coda Repatir 7x a (Gaxol # * cee [Varig Final improv. das Vozes wes im 7 : ABaust A fete alia org og) Pr ie ‘Sempre cheio de speed eed Cee ee ey Crea) Oren i) ey mene CEL eee ere Ore en) Seu ee A naite vem jé e mal atina Gene eae Poca ec ory en et enn Seo) ace Caer es ed umn ea) ee ae eae} PEI eee) ener etic) ony ferent a ed Cocoa CaS Shuifle =176 0 "Arde Rock" pe a = Gin - gando pels rua Ao-som. de Lou Reed Ez] a > eS = a eo ae ee a Oy Ga io G = # : 5 fe Ee mesa Ee = Chisto Fieni-ntvOtreak dacansta-rei - ra Chi-co Fi-ni ho Us = Uh Ghi-co Fen o a o Ey & Un. Uh Chee Fi-ni = tho n pe ict ° @ ek ae ee 3 3 2 nS Dp eis chose C a C Co x = i = ac = — x sitre-tes—Cur-tin-du-matri ~ pethe-ro-i-na Sa -pa-lobem bi-cu-de jo-a -ne-tes A @ ° @ e ms ee 5H} fe cea & s See ee ees Se nei-tevemjé. mal a - i-ne E-(@a maior dacanta rel - ra Patchy - U.bor-bu-inas @ o a » ial = = a” bridha=th = na 6-1 ~ca,escor-bu-toe ca-ga - nei — Chicco Fi- nl ° G@ o @ o 3 & es & no Uh Uh Chico Fivni = © nbo. Uh, © Uh Chive Fi-ni = ho. UR. @ ° pi pty a ae i ‘Selo de Harmonia Un Chi-eo Fi-nt = oho o @ o @ © so ¢ & & = & a o py pe Sem-pr'ado-mar a ce-na Fa -ra-ja ju-dictemen-da__esquisna A veda 56 tem um o @ oe a = me — pro- ble -ma 0 S-ci-docommul-taestri-c - ni-na Da can-ta-rel-rd boinxa da c » ge al fe” Ec) baix’a can-ta-rei-raCo-me -ce0s flipa-dos To - dos degin-gei-ra Chiceo Fieni = nh Uh g o @ o ef & s «& Un Gheco Fie = nno UR. UN Gace Fi-nl= mto UR. «UN Chico Fem c pe ° 7 i 1 e he hie" Fini the UR Uh Chi-co Fin un Chico Fi-ni = ona Sei de uma camponesa So te! eee! Creer Cee) Crared Lae) Peete) Sete uraet ec oat) re Ecanta com aexpressio Pete cacy Det ce) See} Deca ee ce Re en ME ened Peer id Crees ea Latin-fotk 4=130 C0 “Arde Rock’ D be E Al Guitarra Ac. Sei deu-macam -po-ne ~ sa. WII a) I Ww = 4 Sem cam-po sem quin-tal. Quecan-ts de -bru-ca » da fo. so BI FD E Fe Z Wi-go da ca - ra De su-or tao. de-bu - tha ~ da__ 2 Per-tu-ma-dadea-ven-cas te - no 2 2 En-fei -ta-ds de E may Qion-¢a no - te na et = roe a to-mi = tho “ean-ta com ar aecpres-sio ” fe FRI Sole Guitarra Seideuema cam = pase = sae Ornun-caen-ch'es - ta mo pe-le co --gio a Nun-ca se sen-f'\_mi-pho me - sa suaher-da = de Prapucicum tto-ca - fi - tho Prrattor-nar re - a-U- da - deum so-nho___ queper-fi- a & FE ar BI ca Ee Hi) Repetir x Fe E Ay El E. Ay sr He radeout Se ey Creme ee ety Tantos anos tantas noites ST een tee) Grea Talver fosse ao teatro chino : Ree rae) : faeces Ta) RSet re eR tie) eee Cetera) nt tics coe scree fare tees et Coot) Pete See Muar ate) Cee cg ec Pee ete ene? : reo Poa Perron Folk Ballad 4=89 D a f hiro Suiarsa = 1 Dsus/r# CD "Arde Rock” aT} ut fa cas-ta-nhe Ep D Asust G Tan-tos anos tan-tas— Asus | i Sem se-quer uu = ma teu Asust sem clezer pada. Al E i a Vin = dieman -doa0 som de-a-u fe Dd Al br Ay Ee Al i oe ae a oe = SSS ‘ e a d-ma. AL far as re - mos no ra-be- 10 Rio a = bai-x0 rio a -ci- ma Bp B ET * 5 Ea z. ~ 3 Say-a-gopai-raporcisma_ 0 se-nhovi-ra pe se-de-to ; 5 oa ® * [Scio de Guitarra) Vi-nho eu no meu ea =~ e0 4 Au-wirdes &-quas Douro Ve-thas len-tasdefren-té-ra. En tro. erisslio @ 0 mou-r Guan-do ba w ee “i ‘um pesca = dor Osthan-do rio in + con-so = Ub - vel_ bp ge 2 dorocbacio Da_ta-1 - hae do sb-val pb me Rio a = baj-x0 fio a-ci- ma A deraos re-mos no ra-be: po 2 he Br B ig =e lo Rioa- bai-xorlo 8s) - ma Dw ee IE ie” Ge” Ric a = — Soy-a-gopai-raparci-ma 0. sa-nhovi-ra aie Db DP EY At BP’sus? ae, ie ao we eee Sayago blues Setar) ec! Sea Pe era) Perea) Gee Ree eer er Coed Ped Gee eet Fee Core eet SS eg) Cae ocd NETIC) eee ic} Vethas tendas de fronteira See Og eect Creer to) roe ore ruts cc Stow Bluess =69 CD “Fora de Moda wa des-go este ri-o = De Mi ran - d'a-0 A-ra-i:nho Soba tor-rei - aeoirio — Fa-goa 2 = ‘scar ~ pabro-tar vi-nha- Se-nhei_que-rap_ Mi-ssi-ssi- pi EqueMem-phis e-ra__ xs A Ban-de-lim. ep-cor - de-Bo_ = arm ep Vin = dieman - ge somde 3-du -te A op Rio a = bai- x0 rio a bo a oe x = : f=. a SS — = =F ? =m A doraes ramos no a-te = Ra a bei-s0rio 2-0 = man A’ a“ F Br FP o om a a x + Piece Say-3-gopai-rapor cima so-mhovi-rs pe See ee sarde-lo = Vicnha eu nameuca -i- <0 a r2q 4 A.ou-virdas é-guas do Douro Ye-thas ien-das defron-te-ra. En to cris-tio 0 mou-ro Quan-do Do w” » Br es = se yo ee er D Ay bD es = ] ES a a Qvesda en-gui-ae dore-ba-to Data = = nhae do sh-vel Ay Ee Ay an me _=" Ge= = E Sk | a rs = Rio @ - bal- xo to a= cis ma A daraos re- mms no ra-be- pt v 7 7 © Rio @- tel-xo rio a=ci~ ma Say-a-go paiera por ci-ma 0 se-nhoviers pee e mo wee Iie 7 sa-de-to Rica - Say-a-gopal-raporci-ma 0 so-nhovi-ra pe ATsus? oe wee 6 = : SS y A gente nao lé Dee a! Reece rete Se eee) eee ry Cee pues oie Os frutos eas sementeiras eae rr ae ete eco ta) Peete ee er eon Re eacuead Poe eee ei Ree Creer tty ee eee rr eeu en} Cee eg ‘Com 0s provérbios que ficam na giria Deere ee ts) Scag) Aagita-se a solidao c3 no fundo eer Deere) Cer) Ce raat ay eee et Cee ea tay foe ees Half-Time Ballad J=43 CD "Fore de Mode” E BT Cale? E Be Cade? i kicks da seccao ritmical

You might also like