You are on page 1of 13
: ey Siero + CARLOS VOGT = CLARINDA RODRIGUES LUCAS immnSy eso ep msndeg ovoy -edeg ypur|iC jauisang 1g, ouwroyjagy Arepy 199] Ppavsuodsoy 4011031 SoUuNN EHO 9S0f rayptayg souyfarseD wrpnn|y :adinby 90013) oastourg 129) Seusps003 Hoapny op 1opeuaps00>) raked 2019 “W108 vapmoaxg eEIOI995 adios nape 950f Sounyy PHOT 950f ‘epepuopy P7107] oyuaunsyoauase raked 2010 "W Ta soqoreilA ‘dW spueyag joursong tu JOA >! sagseuuing oprenpy our sunseyy 9s0p 201941 oysounjosuasact 2p o9)90N “sPuMdueD 2p TENPEIBA apeEPIIOAIUL) “T earain epiA"¢ “owen odedsa-Z ousTmea!N *t cOIe-IPI NSSI 96) ofsew pgs “suru Pp apepianeu ep onsaluysoruasecr 2 IOAGNN- AWVOINA OOO, OP IAA “VN AINVDINA - 2pepAneLD vp omaUsLAToAUEseg] 9p O2[ONN OP TISIATY Wo PARAFRASE E POLISSEMIA A FLUIDEZ NOS LIMITES DO IMBOLICO Eni Puceinelli Orlandi Resumo A pani de 10 que aprofunda a explicitagho da natureza da relagdo entre pasfrase (0 mesmo) ¢ olissemia (o diferente), a autora recoloca a questo da relagao entre a pos pasiglo Fhuno. na Escola. Desenvolvendo novos elementos da nogio de reves movimento entre ponghes), © intercambiabiidade (absttuigio na mesma posigo), mostra © que € ua posse que ornove a diferenga tanto pelo lado do professor quanto do aluno Introdugio da para os que trabalhamn com a andlise de discurso & Uma questo que se imp m com © que chamamos meméria relagiio dos processos de ensino © aprendizage! discursiva ou interdiscurso. ‘A nogio de interdiscurso traz para a reflexiio sobre a ling inconsciente e da ideologia, Em sua definigtio, o interdiseut possibilidade mesma de dizer: conjunto do dizfvel que torna possivel 0 dis fala antes, em algum outro lugar. Toda vez que falamos, para que id tenham sentido. Esse efeito é produzido pela relagio com o interdiscurso, a meméria discursiva: conjunto de. dizeres J ditos e no que dizemos. Assim, ao falarmos nos filiamos a redes de Isto fica por conta da ideologia e do em a consideragao do 0 ja-dito que sustenta a que reside no fato de que nossas palavras tenham sentido, ¢ preciso que esquecidos que determin sentido. Nao aprendemos como fazé-lo. sto de interpretagio na relagiio da lingua com a nte estranho i inconsciente. E 0 fazemos em um histéria, Podemos entio afirmar que hd um “real constitutivam univocidade I6gica e um saber que nao se transmite, no se aprende, ni no entanto, existe produzindo efeitos” (M-Pécheux, 1990). > se ensina © que, a, Campinas 4 9-19. 1998 3661 61-6 4 seule “omy apnpinaiquir p opssasgo ep swjoosap,, as ajuawMsnt 9 ,pafiasa,, essap wjoue) v “woseNguN, EP ope, op “(“oaropepos op osinosip © vUEs ou augiasuoo Ep SeyOso|ly Sep > sowstanisod sop Os O UUSsE opuEyAa ‘vord 008-09491814| OP OPT] jo1q-oaisd vane ap omRy owto9 Ophuias op OLIwUIpIO © Jaga>UOD AAD 7 JAE) e op ‘9g “aIua!asuooU! op a wIBoJOAP! uP souaje sop odtdsanua ‘ovduroudiayut xP Soua}> Sop eu SPU MISIANIsod ouISy|RUOISUTY Op EOYNUE!D ezeUI20 LU WOU OprAta op apepronuaine ep opSipen wu sopestiad ops oyu saisa ‘ranoadssod RssaN “[e190s-3L1sTY OF 2 WoseNTUN| jar wiisse 9s-opump “[RI90s-01q aquaueyLNS ap sousiuesou soudgid sor wisuya: Op sviougpiaa se ops wurtoe epeuojsuaw wIO[IN ep anund v usneD wid oIsod yasa anb Q 1aup uj anb 0 woo sajuapbasuos souuas vsed eamy9] ap seonpd secu ranb (seyv0 9) a s uvannwuy ‘aquNoytUBIS 0 2 ODI[OqUIIS 0 J as anb wo vpipau tN *,."4s21p rnb (axjeo a) sepey anb op o8o} ‘seinasa onb op zenodsns v soweSowoo anb pnazy op snaed B 10}, onda 7 ear] we) sossup]y Zp “Sanssneg-pnar-cmPy eIRO[N ep OpUlLed r a$ opnuas 2 owafns wos Japuaaiduo> vinsoud 9 sopnaiuos ap ovseuasasdaa ontenbua opSerardiayur ep vonyio # 70) “Parsanosip wana|a] ap vorapad vss9 *eINDs—2,, BSS nso seiaeped sens, ap Sophues so aluatuyendi innsuos anb seu zip opt 99 anb ojinbe ‘zip onafns o anb oj!nbeu ‘s1ano piopod eastqeur 0 "vanose 889 WIOd “OWelns OV JaAJssaor 9 [>AIzZIp op aun rUIN Os OWED "LLES tod eprznpoad rSuasaud :ou1p 9 anb ou onp-opu op wSuasaud w ,.1eyn9s9,, opuBsnsoud ‘osINO ap onip 2 anb o 2 opou win ap oup 9 anb ‘anno wa op 9 onb o 9 osinosip win WIE OM > anb op ovSvjar # wuo9 wo 1eAaq 28 WO BIuNSISUOD wana] ap sBonBAd Sessap odsoutsd YL, optase axduias 101 ap ovssaidut w yp sou anb 9 oven sod wea anb ‘apuascie 28 opt o1uiejua ou anb soqes wun “stod ‘2s-ezi.gout “eyey 9s opuenb :s¥otyruBts raed v1o}sIy Sva,, owlod opNUaSs 0 araprsuod 2s anb aodosd ‘opSmaudiaqu v opurztuoan ‘anb osinasip ap astipue vp ovSisod 9 esse ‘apuside. 9s opu anb ages asso woo wInasa, U andIosuE as wnfuy] v and opuspusaidwod *,.v earsinosip) opSujar w amar|dxa 9 sova}o Sasso wIUED wo seAd] WeyULIEd onb sesino wraaymnsuoa wana] op sean. ‘as ap ‘seaavjed stzmno wo ‘no (‘O19 ‘stafZojoanbie ‘seonipwiowus) staou wamsndaeur os ap v9 visodord y “wuOsIY P WD endus] anb a opSeiaudsoqut vp ojuoureznio ou yp as miafns ‘year op odin assa sepuaoudwos Ryaue owl auaureisnl opp as osinasip ap ast[yUR w OWIOD oEXALJa! op seULIO ruassyog a asc Eni Puccinelli Orlandi " [entendida como I6gica do ou/ou) para abordar 0 préprio da lingua através do papel do equivoco, da elipse, da falta, etc...” (M.Pécheux, 1982). Tenho posto que, na andlise de discurso, 0 equivoco referido ao sujeito remete ao inconsciente e o equfvoco referide 3 hist6ria incide sobre a ideologia, E af, retomando M. Pécheux (ibidem), quando cita Milner (1983), podemos dizer que “o jo pode ser con 0 de diferencas, alteragdes, contradigdes nio 0 (ou), Compreendendo-se pois a desnecessidade dessa separagio, pode-se considerar que “isto (@ consideragiio da ideologia e do inconsciente) obriga a pesquisa lingiifstica a se construit Procedimentos (...) eapazes de abordar explicitamente 0 fato lingiistico do equivoco Como fato estrutural implicado pela ordem do simbélico” (Pécheux, idem). Quer dizer que 0 equivoco passa a constituir 0 li bido como o amolecimento de um nicleo duro lg fstico nao como algo a ser evitado ou que é um ‘mero acidente para ser pensado como estruturante, fato incontornivel A nogio de discurso, tal como a trabalhamas, acolhe o jogo entre o estabilizado e o sujeito a equivoco, espago de deslimites € de indistingdes em que o “pedagogicamente hi (MLPécheux, 1990) convive com o movimento indeciso das interpret equivoco, do trabalho do inconsciente e da idet jienizado” wear de falha, de Ses. L ia: espago da interpre no se ‘aprende, inconsciente nio se controla com o saber. Eis o homem, ou melhor, 0 sujeito, posto na ordem dos efeitos do simbélico e da histéria, Se assim 6, a propria I ‘a funciona ideologicamente, ou seja, tem em sua materialidade esse jogo, 0 lugar da falha, do equivoco: todo emmciado, dita Pecheux (iem), & lingiiisticamente descritivel como uma série de pontos de deriva possfvel oferecendo lugar & interpretagdo. Todo enunciado esta intrinsecamente xposto. ao) equivoco da lingua, sendo portanto suscetivel de tornar-se outro. Esse lugar do outro enunciado, é lugar da interpretagio, manisfestagdo do inconsciente € de ideologia na produgao dos sentidos e na constituigzio dos sujeitos. F podemos considerar a alteridade ai também que nstitutiva, o interdiscurso: “é porque ha o outro nas sociedacles e na hist6ria, correspondente a esse outro linguajeiro discursivo, que af pode haver ligagao, identificagdo ou transferéncia, isto é, existéncia de um: relagiio abrindo a Possibilidade de interpretar. E € porque hé essa ligagdo que as filiagdes histéricas podem nizar em memsérias, as relagdes sociais em redes de significantes” (M. Pécheux, 661 61-6 'seunduue> “oma 9 ‘aymuodw steur ‘aud van y “o90asnbo op aud wun 9s sc Sua PWso FY “oR5eWOIUL,, 2p ip vuuN ap scuadde vIEN 36 OPUL 3 "WAsseIOUaIa]IP 2s 2 SBAISMNAsIP SCLIgUIOWE S9IUALayIP seu assaxguosut 98 enuy, CORN {vonsInuy) oxsonb mun os wg “oprpisd OBL ostaaud 10) wassipunyuo9 2s se Sopryuas So anb wand aquauE Us.) 2 opeyse eyun wonb wo vavsuad 0 o9idg} woo nyu aeui v2 oxOYaH9 nos (apuod wipe anbiod 9 wyoN UID: 28) oprpied 4a1 tuepod (ospaq) ouluaut © anb omy ov v1saja1 vurUOW v and wo yws9 dof (© sioAuOD Up [EU] O sTANO WHDS RAvISHAR BUI No ouERbUD opuDPUsoiduLodUI a¥ wURIwOY SeI> 1" JOYDY, O1L0S9 PISe INbY {{NlA BU 290, ‘OULISAUL aJap 9 BI CUOYDRO ajonby [LMI “ORN, apuodsar aur "we Boul anb omy} oUIUEN be “oupag Op OyULLOY}ORD O 498 DA2C], qu v wand Z1p ‘orunue o Ja} ap sjodap pSueL9 pu *,""919 SansparaRIED x WHOS OYULLIOY}Se iroypy,,. :o1ounue viary ‘seMdUM WE “wUMISIOAIU, >prPIQ uP oF] op nbd CON ‘foyunwioyso) onb watsunostp opSemis Bun ap J0ye NA opUaZIP OYUaA anb o seNSNIE VIE ‘pLuOWOLL UNS WOD OHalns op oySela4 W 19A22989p :SOpNUAS 9p Soodey SUNS ‘sontafns sop ogSvaynuap! ap sossaooid sow wmr| as anb ovdejaidiaur ap sowsae so smyjoudxo 9 kIMds9 EHS WE OsINSSIP ap vISH|EUIE Op OYfeqLN o "WISsY "vAIsINosIP opSeULIOJ EAINO rho euin wa zip anb op opdu9sut up 2 owafns op opSisod up opuapuadap ‘audwaUaray!p eoyiudis “ensuyp vuisoul eu “euARed muIsoW eM “Tfes nO :snoUOIsIy soQSEIL 2p PHOUpeAUOD apepyeinjd eUIN WonIHSUOD oRSED!|IUAP! ap Sossa2% bud SOU WIAYSISUOD anb srisugiajsuen sy “ZI anb op olujwop oajdwos o wor won: raipuaade 2p omposd ops oyu 9) sogdery wid soWOsH oRISa Jaqrs ap sor2{qo so OWL ‘squosoud aqusuies Ie] piso ‘aquotosuoout o 9 vIFojoapt v vas no ‘od0asnba o stenb sou 9 afonuos o sowarop fogu sienb sop sooioquiis soBof ‘seougiajsuen yy anb wo sossoooad wo wonnsuod 28 soitafns so 9 sopnuss sO “sesn v ,sowpuaide,, anb 9 - oaqauga o wfas “ends, e vias = a gn] UN yE WO sopepuend siesoyl] sopnuas yy opu anb sazIp ered Ossi opny opuarde ap seumnbyus ovs ovu saodertyy seq “owSesiut us 9 opU - ouafns op soQdisod Q}IP Seu ONO OPHUSs op oWUSUIZI|S9P o “LAUAP B woZnposd anb sosuoyEIOUL soyjaja SO - viougzaysuen v anb 32 ‘opdesoiut sod woivzipuaid ip sow!apod o1ujooroes ap ovSauIp wUISAUL ESSN] ap sjod ven as OPN vayNUApt So anb ov as-opuryE woxouosur 9s sojtof{ns so sien seu pYoWIOWL ap sapar Wo sepeUO auduias OPS JOqeS wensou Sou “so]uaUNLAOW snes ‘onafns ou 2 OpHUDS OU oY wusojsuen) ap apupiqiqissod w 9 opSeasdiojut up oppissaoou w ‘apepuoyjy @ wos opSvjar uss u2apmyf ¥- pruassiod 228 Eni Puccinelli Orlandi 1 que resulta das diferentes formagdes discursivas postas em relago: o que est em confronto é o gesto de interpretag2o da filha que conflita sentidos com o gesto de interpretagio da mic So outros sentidos af a se in ‘ompreenderem, A questo do cachorrinhio achado ou perdido é 6 um lugar de realizagaio dessa diferenca entre a formagdo discursiva da filha e a da mie em suas relagdes e que trabalham pontos dispersos dos seus processos de identificagio que se cruzam e se afastam no movimento de suas identidades. Esse € 0 jogo do trabalho simbélico m sua histoticidade. Temos insistido em que, como nio hd discurso sem sujeito nem sujeito sem ideologia, m tem sido objeto de minha sujeitos todos somos desde que falamos. No entanto, tam reflexiio o fato de que a Escola tem como fungao criar condiges para que se produza o autor (E.Orlandi, 1988). O autor é o principio de agrupamento do discurso, unidade & origem de suas significagdes, 0 que 0 coloca como responsavel pelo texto que produz. A nogiio de sujeito no recobre uma forma de subjetividade mas um lugar, uma posigao discursiva relativa a uma incidéncia da meméria (instineia da constituigio dos sentidos). A no sentido e pela unidade do texto (instancia da formulagao). A autoria - a fungiio autor - € tocada de modo particular pela histéria: © autor consegue formular no interior do formulivel e se constituir, com seu enunciado, numa histéria de 0 de autor € jf uma fungio da nogio de sujeito, responsével pela organizagao do formulagées. Isso quer dizer que € impossivel ao autor evitar a repetigdo ja que sem ela seu tido, nfo seria interpretavel. Ele tem pois de se inscrever no ir de interpretagao repetivel. No entanto ele o faz de forma particular instaurando um I no meio dos outros. A repetigdo é assim, para 0 autor, parte da hist6ria e nio mero exercicio mneménico. Inscrevendo sua formulagio no interdiscurso, na meméria do dizer, o autor assume sua posigao de autoria, produzindo um evento interpretativo, ou seja, © que faz semtido. Estas consideragdes levaram-nos (E.Orlandi, 1996) a distin; wir tués_modos de repetiga 2. Repetigiio empitica: exercicio mnemdnico que nio historiciza o dizer; 661 61-6:4 Souda ‘wogenduy] eu apeptanes v 9 apeptannpoud v “siuarayip 0 9 owsou 0 nue opSujar v visod wise Fy “(9661 “IPULHO'A) W ensUl] Up o}UTUBUOIOUNY Oo RIININNSD anb ox! owos mnuassyod w 9 aseayyund w anus vUOUpENuoD opSejos v sNIapIsuOD ap misodosd nyuru 9 osinasic ap as1ypuy eu opSexjyy eyuIW ap wopeatyisedse Vv aqua.ajtp 0 9 owsow ‘SODUEI]NUS oUaUEEDO[SAP 2 ovSUDsU ap orLlaUIIACUL turn ‘opSeiasdiaqut ap jaaissed 9 anb o “vfas no ‘Jaxniades 0 9 [aAJZIp o ‘oses ossau ovdeyardiaqut wp oxisanb v rine o ered Zen oougsty [aagiodar Ou J9ZIp Op OLSUDSUL Y ‘PMO ISIY WU ADLOSUE | ¥ anb os}ooud 9 opquds wfey anb wzed anb pf jpauoy vjod vu9 yeHago wodossed soasiy B volasdwa opSniadau up sessed v oUNyR o sAay sto varpuasde vp 6 visas aisg ‘2janbep anued w sasozip sozino soprznpoad uiauas ap apepiriqyssod v aidwias 2apt,, {2Avl| OSSt A0q “ZIP anb ou BaLiOp ap somaj> “SowouURzt|sep stenposd “o|-gz"y OF SPUE suadas 9s ova euniuuad ay] anb 0 oatsunasip sages NOs Wa J9ZIp 0 WHISSE BLOAAIOSUI 219 LOWS Ep OUTEqLN [RAL UM LOD OUNJE WN soUrM}.a} woHLOISIY OpSHodar vu ‘aUaUIeUL Ww WU OWLOD “oIUEIUA ON “stiaLyed sesInO jada [a :ounye Woq © Operapisuod 9 eo wo onb o sro assou souta) 9 “wASUY| | Op IWS OPE JaZIp 0 ‘oRSezioUOISTY PY ep vyensqe euLiOy ep ogSeiogea vUN 9 pf yoUKIOY oRSNadax Y “ophUDs Ze} ay] opU ZIP anb o stod stodap of] soanbsq “opunada, 80 onb o soqus wios ayadax une o :otwsindnd ougj9 sourpumys vjoasy nu anb opSnados w znposd anb v 9 votuiduta opSnedas y J274p Op PHIOWIOUE B UIOD ‘OpHUias ap Y Sens woo ovSvjar ens ayjeqen ouNye o anb vied segSipuod sz129 :jaaniadar o WiOd opSefad Bu ALI9JJ01N1 Yjoose ep apepyigissod v ‘waiezipuaide v eucse aonb ojuautAoUL asseu 9 ‘uaA now v “q “opSnedss ap Sopour sowalaJIpP sosso anue OUSUBN BH PALIMYSUOD BLIOWALE RU ZIp as anb 6 opuarards ‘Sond Sop olouL ou 4aZIp win znposd 1b ovSnjnuuoy :wougrsiy ovSuadey “> WZ1ULHIO 0 9S *VZI91I018I4, ovu wi3q pIo}o10No ‘sosway srznposd op varus) :yeu0) opduadoy “q 1) on peonvure Eni Puccinelli Orlandi out, isto é, essa é uma diferenga Esta € uma relagdo contraditéria porque no hd um s necessiria e constitutiva. Mas hd outros sentidas nessa contradigo que € precise compreender Em termos discursivos teriamos na parifrase a rei do mesmo, Na polissemia, a produgio da diferenga Como o sentido é relago a, tomando-se as condigdes de produgdo como a situagio 4 ou a circunstiincia da enunciagao, terfamos: a. as mesma palavras com 0 mesmo sentido em relago a diferentes locutores; b. as mesmas palavras com o mesmo sentido em relagio a diferentes situagdes; c. palavras diferentes com mesmo sentido em relagdo a diferentes locutores e d. palavras diferentes com o mesmo sentido em relagio a diferentes situag6es. O mesmo sentido podendo af ser substituido por “diferentes” sentidos em a, b, c, d, emos a varidvel polissémica a’, b’, d’ ao esquema de pardfrase que acabamos de colocar Isso mostra que 0 que decide nao sfio as condigées de produgio imediatas mas a incidéncia da meméria, do interdiscurso, Aquilo que, da situagio, significa & jé determinado pelo trabalho da m 3 discursivo, ou seja, aquilo que ja faz sentido em nés. O recorte si 9 ~ 0 que é relevante para 0 processo de noria, pelo sal ificativo da situaga nificagio - & determin Jo pela sua re ‘Uma obser ido a fazer € a de que af estamos incluindo o proprio sujeito, enquanto locator Assim, 0 que funciona no j © diferente € 0 imaginario na entre © mesmo constituigdo dos sentidos, & a historicidade na formagao da memér Teremos assim: © Mesmo: apesar da variedade da situagio e dos locutores, ha um retorno a0 mesmo espago dizivel (Pariifrase): B.OD no entanto um deslocamento, um d igdes de produgdo imediatas (locutores e situagio) hé zamento de sentidos (Polisse fente: nas mesmas con\ io de efeitos n aféricos, t Ha entio nesse caso B a produ significagdo. E isto € trabalho da meméria, O que nos permite ssencial, para compreender esse movimento contradit6rio entre parafrase © polisss do que chamamos condigées de produgio no sentido lato, que poem em jogo no sé a situago os locutores mas a destes com a exterioridade (historicidade, relacfo entre a interdiscurso). Essa relagio com a meméria € constituida pela ideologia, seus efeitos, Rua, Campinas, 49419, 1998 A661 “61-6:¥ seurduies ‘Sophias ep owuewooysap noupisiy oduiadal ¥ auued anb euWU ap oujeqn “vrougiaysunn ® aniqissod onb jan vu anb oof ap oSudsa wn s2Acy dAap ounpeiosseyoud oF “zip aanb 038] ‘Sowuaxoyip ovSmaidiaut op sors 3 ap uloninsuos as snjo anb aszip sowapod ‘sossayoud-ovsusod 2 9 ounpe-opStsod v ‘oa1ZoZepad ossnasip ou saghisod SaluaIayip se ORIUD opuRsUeg ‘opnaiuoa 9p onSimasqns euin aquourezout znposd opt 9 waisinosip apepreuayeu w may ‘sjuPaMyANSD 1 v viaye onb 0 9 enBuy up seal 1 oBof 0 9 oj anb ap J ‘soowivsoysep znpoid 2 oxsned 1 sv aigos of O osinasiqy 9 ofof op apupiigissod v aug O80f o ‘aise wnBUy] up sean se 2. dure a0dxo ‘1199 o80f ov onlafns 0 aquou e enuassijod & py 2031p youjour no “a1u=M4 oof ot outofns o agdxo opu “o}uNasstjod up ovSuaduo> vy ZouNALIOINE osINDsIC assijod vp sjonuoa vy :oonugjod osinssiql “q eanmjas agdxa ‘eu visod wisse munay sosinastp astua ory anb ovSunstp V euigysty eu soonsinButy some|o Sassap oBSLOSU! OUNOD ApepIAIsAMIsIP 8 9 ofof ap zedr9 onuenbu2 en3uyy v swsuad as ap wroupuodury v muxyynas opny oss] oyuaumeuopuny 9p opoyy, ‘aquarayip 0 9 oUisout t4 opniuas op apepitigissod v 9 opSueda © anus oLgHpestuo9 o1tauu}AoUU OU “oxInO 198 ¥ P osinosipiaiut op o1uRUOP Ou “ezyIQEISe “vjo8uo> oeSnadar e OxINbrE Op omuswOp ON ‘(osmnssipiaul) rLOWAW ep somgJo SO 2 (OAtNbre) yeuOISMNSUE vIZOWIAML w aNUD uutsse zy 2s onSuraidion y “(opSeZisuorsty) oTuaULEaO|Sap ojad 2 (OUD-PE OP O1259) ogduada pjad ontafns op 2021p 0 ayuiad anb 0 2 :orSiprsiuoo ep svn] ow1o9 ovSmraxdiaiMt ap o1sa o ansuad 9s ap apepissoaau v eq “souaisixa-aid sopnuas vworr 9[9 apep1as ett opuenb “znpord anb sopnuas sop waaL0 v 49s opofns op ovssasdunt wu 2 (,.2189,, 198 apod 9s) opntias op tiougpina up oxSapoad wu yasa “osu Jp ap asiypue vu “vrFojo9p! VY oad stop saysa anus ) aaamnde onb op jaayu ou seuade ‘onb op uinunsip feasssod 9 og (owos muasaide 98 nim} 0 OpEp ‘aitaraytp O a OULsaUL Oo anuD OpSu[Os v Aapudaidd aAsssod 9 oBU stENb So WES oonpquis op sexu sou 2opmyy - pruossyog 2 250 Eni Puccinelli Orlandi y Tenho criticado 0 discurso autoritirio pelo fato de que ele, nao permite a reversibilidade. Creio que esta nogio le reversibilidade merece alguns ios. Temos inicialmente de distingui reversibilidade A. intercambiabilida comenti entre intercambiabilidade dispée sobre 0 fato de que as posigdes equivalentes sio intercambidveis, mutuamente substituiveis : ou seja, hd, por exemplo, a posigao-sujeit ‘mae no discurso materno que faz. com que, nessa posigdo, os discursos se equivalem. E da posigao de mie que qualquer um de nés, ao falar da necessidade de disciplina, por exemplo, estamos reproduzindo um mesmo discurso materno, reproduzindo os mesmos sentidos (imaginariamente). Nesse sentido, é acertada, por exemplo, a fala d que me dizia em sua adolescéncia: "Mie é tudo igual, s6 rmuda de enderego” Sem esquecer que hi sempre a possibilidade de rupturas reais, hist6ricas, 0 mesmo acontece com a posigio-operdrio, patrio, etc. e aluno/professor. Ou seja, entre diferentes minha filha professores hd intercambiabilidade na posigdo-professor discursiva assim como hd intercambiabilidade entre diferentes alunos na posigio-aluno, Dai dizermos que, no discurso, 0 que significa so as posigdes significativas no discurso e néo a situagaio social (empirica) sociologicamente descritfvel, j4 que um operitio empitico pode falar da posicdo-patrao (um “pel Pois bem, a questio é mais complicada quando fazemos intervir a reversibilidade. A reversibilidade € a possibilidade de que haja movimento nessas posigdes. Ea possibilidade que a posigo-aluno tenha ig itimidade no processo discursive em que se confronta com a posigtio-professor nsinar? © que & aprender? O que Para mim, ensinar & produzir condigées para que 0 aluno, aluno, tenha voz, para intervir no processo que © colocaré futuramente na pos! professor. Para isso ele deverd se conti em confronto com os sé ofundando sua pos mntar com sua memsria e trabalhé-la, a partir de e tidos produzidos pela posigo-professor. E assim que, por seu 0 professor trabalha a sua mediaglo em rela evitado € justamente o que eu chamaria a io A posi¢Zo-aluno. O que deve ser iabilidade entre aluno e falar da posigio-professor e 0 professor niio pode professor, ou seja, 0 aluno no d preten poder fazé-Io da posigo do aluno, Limite imposto pelo jo; se pode falar do lugar do outro. zo da alteridade: nao Rua, Campinas, 4: 9-19, 1998 segue ‘Pm tp oof 0 opuessayeate iapod op sagStsedr¥ oped opeiso wi “epi eso wo ‘onb, rUDIUL, @((003e)) 274 3p sopawex so ‘eps ers WD “OR uo 20d an) ,aLOW, eased w oplajoud“SkuaEMIE oN, apmajduioa py opu woSenguyy wu onb ap oy 0 .21p19 U s ‘ordnpord ap sagSipuoa se > ovSvjar ep ovseroqrya ep ated 9 wSuaresip sueLioypesquoa “anb wp mo “seZ1[eUL) wang myfequn vugKtaUT w zBzPy 9 “oUSaUI Oo v roAoword 98 op moueU JOYpaUI P “HU ‘oUpULgeUN! 0 wod ossnasip op opSinNsUOS ‘9p ploupisul wp ov: 1 njad soprznpoud so Ju ov wieuorouny anb sgdou ops sussq ‘ovdeisjut 2 ovSnaojiout ap oxsou yp “eyeipaut ovSems ep 2 ‘orxaiuo2 op ‘sagSuaqut sep op wa} as anb ov varij19 v vioidoud opxayjas ap wULO) wssz ‘opnuas 2%) opnuas o anb wa wany o apnur anb oyjequar win atuuad ors] “(epeuuog-ua a1uuueAysanosip wInosa kuIN ap SpAvAE) sonno 49s wapod sopnuas so anb wo saan] so woyreqen soja anb rund sagSipuoa Sal]-opuep ‘oonyrur aayu r °q a ‘oRSny fant] ap SoIsaR So PUD) e OpuAzRN “7 OIS"wALIAP op sowod so opumioyjdxa ‘ooti9} foxy vv :9yu9UH AISINOSIP “ORI94 498 B49 OWS] JD9HU09 v orafqo op “elas no ‘[(-jaay[e"]] siuasojor op ze} ounje o onb woe wu ,JUO}sOUL ‘colfoepod or2fo1d win sod jaaysuodsas ouvnbus ‘sossajoud ov aqua ounyejsossajord anuo opSejas wsso imsueD anb oupuRUN o WD oBde[ar eu mug “apepstiqoutt bns tuo Sophuss wzyfeuss!9 anb 9 oRSinHsUr ep oanmaxdignu ny op sopnuas existutupE nb aquaueausod sey wn ap sued v sopnuas agdoud ‘surges owod ‘aise “vwaysts oj>d uprziiqews> “euisour-e-axdutas yusoquewsed ovu 2 upwziouoisiy opis wSsE ploy anb eax opbisod wssap srud w ‘Sopniuas opeoo|sap pai ounye ayso ‘waifezipuaide-ousua ossaooud [9d opessed Joan opuenb ‘sossajoxd-opSisod ep sen] 0 sndn90 ov "WISsE Og “Sopnuas snas ap auumaajar oaugisiq oujeqen wn ap arued w sagSeynuus0s opurznposd “ovSisod ens opuepunjosde ‘ounye op sen] op sje asap ounye o anb ap v 9 wamsod nyu ‘sestoo 9 sezajed oxiua viouip ogSe]a1 euin opuejnuUts ‘feIoUss9}91 o19}9 0 znposd anb o2t7gjoap! otsiuesatt op opSuny wa vpeede euareU voupasiy opSisod ‘sossayoud nicl *.2389,, 9 opnuas o :yeuant] ov rUdosd apepyyessaatun ep ouajo 0 opuyznpoad “(ounye-on5isod ) id ovdisod v) sejnonued ogSisod wun ap anied v ‘saqus apuaroud anb vjonbe :aiueurwop zor covdisod ep ‘equewioiuapire “ xd ranno v rand opruds 0 9 anb o ‘(40ss: eu ousure20]S9p win sYznpoad opod as anb samuaigyIp sagdisod anus apeprqeiquieaso ep apeplgissodur v adey [aAjssod opepz|iqlsi9Aai ep oWOYUOD OU “O1919 “UUISsE op soya sou Tap y - opanryog » asap Fri Puceinetli Orlandi 9 € que oS processos permanecem abertos assim como também os sujeitos ¢ os sentidos esto sempre em movimento: fluindo entre a pardfrase e a polissemia, entre 0 mesmo e 0 diferente. Na Histéria ena Linguagem, Na Escola e na Sociedade, Na Instituigao e Discurso, Résumé A partird'une reflexion qu’ accentue Vexplicitation dela nature du rapport entre paraphrase (le méme) et polysémie (le different), auteur re-signiie la qu du rapport entre 1a postion-professeur et la Position-éléve 8 Ecole. Par le developement des nouveau apports a la notion ‘de. réversi {mouvement entre les difigentes positions) ot interchangeabilté (substitution entre méme positions) auteur montre ce qu'est une postion qui favorise la ciférence aussi bien de la part du peofesscur que de celle de BIBLIOGRAFIA. Althusser, Louis (1965) Lire Le Capital. Maspero, Patis. Milner, J. C. (1983) Ordre et raisons de langue. Seuil, Paris, Orlandi, Eni Puccinelli (1996) A linguagem e sew 4°. ed. Campinas, Pontes, Orlandi, Eni Pulcinelli (1988) Discurso & le Unicamp. imcionamento: as formas do a, Sio Paulo, Cortez; Campinas, Ed. da Orlandi, Eni Puccinelli (1996) Interpretagao. Autoria, leitura e efeitos do trabalho simbdlico, Petropolis, Vozes. Pécheux, M. (1990) O discurso: estrutura ou acontecimento, Campinas, Ed, Pontes. Pécheux, M. (1982) “Sur la (dé) construction des théories linguistiques” in DRLAV, 27, Paris, ngui ua, Carspinas 4.919, 1998

You might also like