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S| Velie Principios e Praticas de Projecto para uma Arquitectura Sustentavel oa oan? seen _A GREEN | VMRUVIUS Principios e Praticas de Projecto para uma Arquitectura Sustentavel ‘The European Commission Directorate General XVI for Enea Ae = Architects’ Couneil of Europe Oe snr Rr rep x SUrTECH i Suomen Arkkitehtilitto A Green Vitruvius - Principios e Praticas de Projecto para uma Arquitectura Sustentavel Publicado em 2001 pele Order dos Arautector ISBN #9972-97668-2.7 Depésito legal 164783/01 limpressio e acabamentos: Costa @Nalério Publeagdo n® EURIB94 de Comrise das Comunidades Eursoeias sta publcagi foi preparada a0 sbrigo do Prog (ERG), University College Dubin (coorderss3o) Arauitecion (GAFA), Helsnaus OTHERMIE € um importa pésto & 0 de aludar a Uns + Meloraras perspectives + Reduzir a policdo ambiental deninuindo as emissSen especaimente as de CO2,SO2 € NOx: + Raforar a posigie competitive de incr europea, sobretudo das pequense médias empresas (PME'): + Promover ¢ tansfertnca de tecnologia para os pases do Terceiro Mundo + Refers coesio econdimic wre ca Unie Euronelt Esta publcagdo consitui a versio portuguese do texto "A Green Viruvvs" do Consclho dos Arquitectos da Europa publcado em 1999 © & ca sesponsablidade da Ordem dos Argutctos, Portugel eis. num projecto que emvolveu © Grupo de Pesquisa de Energia rope (ACE), a emerasa Sof “Ture © 2 Asocaco Finlandesa de 10 € a promogio de uma maior ullzacio de tee 05 Tundamertas de: as enargicas eurpelas.O seu pro- AVISO LEGAL > (© University Colege Dubin, Conceho de Arqutectos da Europa, Softech © Assocagio Finandess de Arqutectos 1999, ‘Todos os direitos reserva, Nenhums parte desta publcacio poderd ser reprdura na seu toda ou em parte, por qualquer forma eu mo, ema prévia autrzeg20, PREPARACAO Omer cogsare despot prepa ele Ener Reseach Group UCD Dut Eee Frat Arn MeN Robert Ak wen Leni coma cobra de olna ley Soech Trin (tou Parvez eGo Gite) «5 ‘nwo Pu Lesh GAA Asoc frou fry rvs per peor er mg o Condo da Auten a Exo nino Vir Seer (CSAC) Pao Stes (AAP7ON), Pal Leech (A) Mecha! Ber (UNS) Tudo Gebel alors eAsocadespervonada or A uote Soe lengua, (Vers Potonen) com con- fort (GAR), Gunilla Ronnow (PAR), Ra COMPOSICAO GRAFICA | composcio grain estave a cargo de Caomin Murphy © Pere Joliet, com ivtragSesacicionls de Fergal Dutt ‘Verso Portuguesa da autora de Luis Ramah (aranjoe papnasio) Ci Rodrigues (infagrafa) AGRADECIMENTOS ‘As istragBes fotografasinclidas nesta publasio fram utlizadss com «gracias peristto de Capa (versio ingles} Clfiio BRE Felden Clegg Architects: Denis Gilbert View, ftégrao. Sede da Greenpeace Fielden Clegg Architects Plano Director de Regensborg Se Norman Foster & Partnars Avchitacts Profesor | Whitelegg, Fotdgrafo Eco de Pesquisa Schlumberger: Michael Hophine & Partners ‘Arcitcts: Biro Hapa Enironmantal Engineer. The Oxford Eco House: Sue Raaf, Arqutecta: Peter Durant, otéarafo,Exritsrios Lichtplemung ‘Christan Barterach: Prot Lacs Fechada em Parece-cortina Fotovotica (PV): Pilkington Solr Intemational Fachade em ParedeFespirante, Frdhorn Foundation Keystone Architects John Talbot Ohalux Glass: Oalux Kepllarglas GrabH.Residncia de estudentes de Windberg'T. Heraog and Partner ‘Architects Dieter LeitnesArchitehton Fotégraf, Desenho Cente, Linz Herog and Partner Architects, Paul Leech GAIA Associates, Eoin © Cofugh Habtagées om Osuna, Seville: Sotomajor, Dominguez & Lope? de Asan, Arqitetos, Caffe Shop KyotorTadaa Ando Avchitect. Debs Headers Double-acede: Renzo Fara Suing Workshop. Cgc Houte:K Cag Architect, Berelona Gung: BCN Cimbra Logica Architects, Sklig Interpretive Centr: Petr and Mary Doyle, Schoo of Architecture, Lyon Jour e Perraudin, Arab Intute, Paris Jean Nouvel O material sobre evalaio fi utleado com a gracious autorimgio do Departamento de Pareamento da Cidade oe Helsing, Hebinquia,Finlingia © do Balding Resear Carson, Wat, United Kingdom, [A Order dos Arquitectos apradace a colbora¢lo do Are. Fausta Sines ns preparasio do lio © na digo portuguese Establishment, indice O Edificio Verde RAZOES IMPERATIVAS PARA UM DESENHO VERDE (© DESENHO SOLAR PASSIVO. (© DESENHO VERDE Seccao 1: Processo INTRODUGAO ACEITACAO PROJECTO ‘CONSTRUCAO RENOVAGAO Seccdo 2: Questées INTRODUCAO CONFORTO| SAUDE AMBIENTE Secgo 3: Fstrategias ‘AS ESCALAS URBANA E DA UNIDADE DE VIZINHANCA SELECCAO E ANALISE DO LOCAL ‘ORDENAMENTO LOCAL FORMA EDIFICADA INVOLUCRO ACABAMENTOS INSTALACOES ESPECIAIS, EQUIPAMENTO E CONTROLO RENOVACAO_ Seccdo 4: Elementos ‘COMPONENTES MATERIAIS Secgdo 5: Ayveliacco INTRODUGAO INSTRUMENTOS DE AVALIACAO PROJECTUAL AVALIACAO DO IMPACTO AMBIENTAL TOTAL DESEMPENHO AMBIENTAL TOTAL DO EDIFICIO. CUSTO DO CICLO DE VIDA Leitura suplementar 1“ 20 2 47 54 56 60. 63 76 a1 39 95 113 127 127 131 131 140 143, Processo__astratégias questées ey uestdese ot ategias a estratégias elementos. _ avaliacao elementos ~~ >" avaliagao elementos ~~ : avaliagao Prefacio Pretende-se que este livro seja uma referencia geral para os arquitectos que, servindo © cliente, desejam projectar ver realizada uma arquitectura sustentavel. Os arquitectos possuer desiguais niveis de competéncia quanto ao de- senho verde ou ecoldgico. Em alguns paises da Unido Europeia as preocupacdes ambientais tém vindo 2 desenvok \ver-se com o decorver dos tempos € a profssio tem uma ampla competéncia com respeito a sustentabilidade, Muk +9 daquilo que aqui dizemos sera familiar para esses arquitectos. Contudo, sto nao é verdade para todos. Este livro destina-se ao arcuitecto experiente que esta ciente da importancia da sustentabilidade ambiental e que deseja fa- zer uma arquitectura mais sustentavel mas que. para além de lidar com questdes levantadas pelos regulamentos de construgo, nfo adquiriu ainda um conhecimento especifico nessa matéria, Uma arquitectura “amiga do ambiente”, "ambientalmente consciente”, "“energeticamente consciente”, sustentavel, mais verde cu, simplesmente, “arguitectura verde”? A identificacao do nosso tema no foi imediata. Néo ha nenihu- ma definicdo internacionalmente acordada para a “arquitectura verde". Este livro contém recomendagées nas areas, da gestio da gua e da energia, dos materials, da qualidade do arno interior do edifcio, na érea dos desperdicios. A utilizagao racional da energia nos edificios implica a maximizagSo do “input” de energia renovavel, a minimizacso do "input" de combustivel fossil, Bem como a conservacio da energia em geral, Os materiais so consideracos tendo ‘em mente a energia neles incorporada, a toxicidade associada a sua utilzagdo e a utilizacdo optimizada de recursos renavaveis, Contudo, hd ainda muito que investigar sobre 05 aspectos ambientais dos materiais de construcio: este livro € um produto do seu tempo. © arquitecto experimentado possui competéncia em imensas dreas: projecto de edificios, estética, tecnologia da construcdo, programacio, regulamentas de construgdo... No é facil conciliar confltuosas condicionantes orcamen- ‘zis, programéticas, locais e temporais, bem como optimizar 0 respeito pelo contexto, a organizacio espacial, a fun~ cionalidade do “lay out’ a solidez da construcao, a qualidade espacial e © equilibrio das proporedes e, inclusivamen- te 0,"desenho". Nenhum aspecto da solucio arquitecténica pode ser aperfeicoado a custa de outros. O desenho verde € um dos muitos aspectos a considerar: Reconhecendo a realidade da sobrecarga de informagio, concentré~ ‘mo-nos no no "porque", mas no “como” do desenho verde, © desenho verde é sensivel ao lugar Um dos seus atractivos face globalizacio, é 0 potencial que oferece para se fazer uma arquitectura especificamente localizada, respondendo as caracteristicas particulares de um clima € de um local e utilizando, tanto quanto possivel, materiais locais sustentaveis. Quase todas, mas néo todas as recomendagBes contidas neste livro, terao utilidade directa para todos. Procurémos ponderar a importéncia das recomendacées de harmonia com a sua relevancia pratica através de toda a Unido Europea ‘A informacio encontra-se organizada em quatro seccdes independentes. Eventualmente, o leitor poderd querer pro- curar uma recomenda¢ao particular e no ler tudo, desde 0 principio até ao fim.As seccSes estruturam as recomen- dacBes de acordo com © processo de desenho e construcio, as questdes a serem consideradas no desenho ver- de, as estratégias a serem adoptadas e os elementos do desenho verde. Uma pequena seccio, a quinta, informa sobre instrumentos de aval/2¢.0 projectual. Procurdmos minimizar a repetic#o, & custa de urn maior niimera de rnotas remissivas. Ha 2000 anos 0 arquitecto romano Marcus Vitruvius Pollio escreveu dez livros sobre arquitectura que ainda sao re- feridos na instrucdo de todos os arquitectos europeus. O seu trabalho foi traduzido em muitas linguas e originou ‘muitos similares, uns no thtulo como Vitruvius Britannicus ou An American Vitruvius, outros no contetdo como 0 De Architettura de LB.Alberti ou os Quattro Libri de Palladio. © conceito de um “pattern book” de arquitectura que lofereca principios e solugdes de desenho € universalmente familia. Esta obra pretende ser um "pattern book" "ver de” para os dias de hoje. ‘A referéncia a0 "verde" tem a sua razio de ser A trade vitruviana que integra a comodidade, a solidez e a'"beleza” postulamos a adigao de um quarto ideal resttuitas ou restituicdo, restauracdo, restabelecimento: segundo 0 qual © acto de edificar valorza 0 meio ambiente, local ¢ global, num sentido ecol6gico © no s6 visual Nio teria sido posstvel escrever e publicar este livro sem o generoso auxilio da Comissio Europeia através do pro- jecto Thermie gerido pelo Sr.Angel Landabaso da DG XVll para a Energia. As nossas organizagdes,¢ a classe dos ar- Quitectos na Europa em geral, esti em divida para com a Comissio pelo seu generoso apoio no 36 financeiro co- mo moral a este respeito. {ACE Corso de Actes Earopus Brus BE | Eon © Clalgh ERG -Erergy Research Grau, riersty Coleg Dati I lee aged MeNichol Rober Acoc Owen Lewis SAPA-Siom Arte Heli S | el Peltonen Sefech Too IT | Ancona Marscco "A Arquitectura como Recurso"é 0 tema geral do préximo congresso da Unido inter- nacional dos Arquitectos 2 realizar em Julho do préximo ano, na cidade de Berl. “ambos os termes, Acquis de edifcar e depurar 2 © Recurso, tim muitos sigificados: aquitectura, arte ride e preservanda, em epasico 20 consumo @ a0 des- recursos. O nosso planeta, o mundo em que vivemos, 6 um pracedimentos auto“regenerativos, © qual se in- ‘egra num processo Formagio e reciclagem. consciéncia dos cidos dos mate- rials do balanco energético e da limitacio de recursos serd decisiva para a arquitectu ze ino do presente século perdicio de energa sistema fecha do tema escolhido, ecoando crescentes preocu: cas © sodas que, vertices no Relatrio Brunckland de 1987, se divulga- arti da Conferéncia do Rio realzada em 1992 e, designada- 21 e a Carta de Aalborg para as cidades, no que conceme 20 planeamento ecanémico e fico. jpagfes estfo bem patentes no Livro Branco"A Europa ea Arquitectura de laborado pelo Conselho dos Arquitectos da Europa, cuja versdo portugue 53 i publcada em 1996 pela, enti, Associacio dos Arquitectos Portugueses, E nesta inna de consciéncia que o Conselho dos Arquitectos da Europa, com 0 apoio da DG XVII da ComissBo Europeia, promoveu a elaboragio do livro "A Green Vitru- vius", com © propdsito de que ele consttua uma obra de referéncia para o arquitecto que dessia projectar uma arquitectura sustentével, mas ndo se sent habiitado para o (Comungando destas preocupagdas abrangentes, o Conselho Directivo Nacional da Or- der dos Arquitectos considerou ser oportuna ejusticada a traduso desta obra para portugués. Nao tendo nés nenhuma sinopse similar preenche-se assim uma lacuna que Persiste nas nossas escolas @ nos gabinetes de arqutectura Sobretude 0 lvro"”A Green Vitrwius” poderd consttur um explicite ponto de partida para. um debate sobre a arquitectura e a sustertabilidade “em portugués’, tendo em devida conta as nossas espectfcidades cuturas, socio-econémicas e ambientais © que so extensivas 20s patses que falam a lingua portuguesa, Dessjamos sinceramente que assim acontega ‘olga Quintanitna, Arg Presidnte da Orcem dos Aqutectoe ‘A Gen Varo réncia a VITRUVIUS traz-nos 4 meméria tempos idas em que os principios da iad, solider e beleza defendidas por este lustre arquitecto romano assenta- puma concepgae de harmonia com a natureza, Se pesteriormente, € em especial com o advento da eva industria, as sociedades se Gstaram, progressivamente, desses caminhos, sem vic, que nos dias de hoje assisi- ‘uma tomaca ce consciéncia de que a degradacdo dos recursos naturaise do ar- <= podem inviablzar a vida das geragSes futuras € 0 crescimento das economias. constatacfo levou & alteracio dos comportamentos ¢ & adopggo de urna nove 3 de vida fundamentada na preservagzo e valoreagio do ambiente, onde 0 con- de sustentablicade emerge, impando.se a todos os sectores de actvidade com owes paradigmas Nos ultimos anos, a prética da arquitectura tem acomparhado este movimento aplcan- 0 08 principios de sustertabilidade ambiental & concepcfo do projecto e,publcacio ‘Um Vitruvius Verde” apresenta-se como mais um importante passo que a Orden ss Arcpitectos, em boa hora se proptie enceta pare a prossecucao destes objectivos, Esta obra que incida principalmente na efiéncia energética em projecto de arquitec- ‘ura, tem 0 mérto de realgar também os aspectos que a montante contribuam para esse objectvo. Efectivamente, ndo esquecida a integracdo do edifcio na estrutura orginica da cida~ conceito de unicece de vizinhanca articulando 0 ordenamenta do teritério & oft inca energética das trarspartes urbanes e a aplcacio da Poltica dos 3R na perspec- ‘iva da preservacio das recursos. Nao pode, pols 0 MAOT deixar de acarinhar esa acqio da Ordem dos Arquitactas de adaptacio 20 caso portugués de uma obra que mereceu o apoio da Comissdo Europe. José Séerates Minstro ca Ambiente e do Ordenamento do Trio ‘A Geen Venom Nota do tradutor Ervironmenclly finely envirsamertaly conscious energy conscious sustarable gree- neror simply green architecture”. o embarago da escolha para os autores do vo, cue se soma,parao tradutaradfculdade em encontrar expresses incsvas® conve, cetes, em portugués para antor concetor & que nos habtuamas © que, 30 longo da bra soa, to barn em ings! Estas ciculdades parecem indicar que temos mesmo que reflectzem portugués sobre a introdugio da “sustentabilidade” no projacto de amquitectura Tal relexdio esté por fazer de forma consstente,estendendo-se desde os principios ge- ras até 2o’pwrador da porta e tendo ern corsiderago as suas implicagBes na prética profissional que, neste livro, &abordada na dptica da profsséo [eral 6 precisamente por ai que o livro comega, na sua primeira secrio: pels implicagies da introduc da “sustentabildade" em todas as fases da pritica projectual, Reconhego hoje que tahez ro tiesse razio cuando, no acompanhamento da feitura cdo liv fui de parecer que, contra a acalorada defesa de Antonella Marucce, se esta- va comesar a livva peo fim, Talez estela.. mas ha sempre a possibildade de votar a ler esta seccZo com outros olhos, ais informados pela leitura das seguintes ou, sim plesinente, passar par cima dela para a ler depois. Sobretudo, parece-me hoje que es te discorrerincal sobre a prtica projectual dé, desde logo, uma clara nogio das sigi- ‘icativas implicagdes que a"sustentablidade” tem na prética corrente @ que levamn @ que la. vd fcando para © projecto seguintel E patente a diiculdade em “reciclar” um arquitecto a bracos com as urgentes preocu- ppagSes profissionais do dia a a. quarto mai"reciclar” um gabinete intsiro e todos os seus consuitores, rum meio que no é muitas vezes favorével Estas dliculdades que sertimos,parecem mastrar que o trabalho ¢ fundo esté por fa: zer nas escolas de arquitectura, onde © quando os jovens candidatos a anquitecto dis- oem do enquadramento e da disponiilidade para o fazer Nao hi, para 0 efeito, nenhuma obra de referércia em portugués que faca o apanha- do sobre a sustentabildade''na arquitectura, um ponto de situacdo sobre as questes que se levantam € as respostas possiveis."& Green Vitruvius” pretende fazé-o,sem pre- tender transmit ideias defnivas e receltas "passe-partout", o que seria a negacio do “principio da subsiiaridade” associado a “sustentablidace”. PPenso que a especifcidade da orla mediterrinea da Europa, e de Portugal erm particu: lar, continua a ndo estar devidamente cortemalada no lvro publicado, Mas "A Green Vitruvius” € um lvro aberto, com as caractersticas de un" pattem Book’, digemes que um andaime para desenvolvermos estas novas preocupacSes..ou recuperatrmos vehias preocupacies de que nas fomos esquecendo de forma "insustentivel”? Sim Keil Amaral flava, na Inclativa Necesséria, das lgGes que se podem colher no es- ‘da da arquitectura verndcula. Mas elas também se podem colher na arquitectura eru- ddta."A Green Vitruvise’ Vitruvius Polio talvez no estranhasse este lvro. Nao defendia fle uma intima lgagSo entre os saberes, entre as "artes" e as"‘ciéncias"? Nao defendia fle Gue;"para bem dispar uma casa é preciso ter em devida conta a regido e 0 cima ‘onde se quer construiq.."? Fausto Simées, Ara. esponsivel pela waco 'A Gruen Vinnie O Edificio RAZOES IMPERATIVAS PARA O DESENHO VERDE sécslospassdos a rela falta de recursos para corse manter cif sii “cava que anorma seq seria a conservagio de energia eos contributos locis.Des- os tempos da Roma imperil até 20 século XIX sornente 0s ms abastados se po- 7 dar 30 uno de te banhos tele ou jarcins de Inverno, Desde a Revol I str, mas expeciirrente durante 0 presente sécul.o fensrmeno dupo de ura mas ound e de uma energia eatiamente mae barata restau no aumen eraliado ds utitzacéo da energa, © custo de manutencio de uma fonte de luz fcil de ata eicica € um mismo daguile que uma vela de sebo representa hi » anos. Tais reduces na proporcdo dos custos ¢ 05 precos mais acessiveis, aplicam- 10 56 & energia mas também a materais procuzidos ou transportades com tncio de energit — 0 que inl os matriais de construgia, Como resuitada 0 cus- > da corstrurio e manutengio dos edificios cis er esira e, durante algunas déca- To foi racessirio ter em corsieraro © ponto de vita do custo de energa nas st0et de desenho 1973 a primera coke petrolferslevou os govenos a procrar fortes de enenga xr2s ¢ a recuzi dependtncia de combustieimportado. A mecida que a décaca oni. tas macidas foram-se tornando cade vez menos prementes. or volta do ano 1979, quando ocorreu a seaunde crea secedsce tna mas uma vex esqueciéo secesdade de conservar energa Masa reducio da dependncia do petéleo no € 2 Ssica exigéncia do desenho verde Hoje. impoxste gnorar a crise ambiental global a destruicéo da camada de o20n0 avés dos clrofuorcarbonetos,a perc co Fabat a vida sagem e da versidade as da pouicto. da desercag e dos abates de forests, ou 0s nels crescents ce Géido de crbono cavados peas emcee dos sstemas de quecmento do ed ore outros cantabutos. € scbretudo devo 3 razdes ambientae que a Unio Euro bela, oF soverncs naciona e cidadios comuns chimam por padres mas elevados e senho nos efits. Esta cso transcends © edi extendendo-se as ccades com sbitho sobre as Cidades Europes Sustetives pelo Grupo de Partos sobre 0 Am te Urbano que & digno de esudo por parte des arquitectos. A pia profs Aruitect tem vndo a consiecizar-se cada vez mis para esta obigerfo de hd 2iguns anos para c, sendo a “Dedarardo de Chicago” de 1993 feta pela Undo Inte ravonal dos Arqutectos una ida dedarago de intense deste pont de vit ta coma 0 6 0 contaido da publcagio do Conse de Arquitectos EuropeusA Europa 3 Argurectra Amanh (© deserno verde ten também outras vantage, As contnuas poupangas finance se consemuem ating com um desenho energeticamente eicente podem ter ua vtalimportinca na vids dria, Os estos com © aquecimento durante o Invero re sertam uma parte snifcata do rendento familar ¢ a rca extraproporcionada ura estua de constrcio simpes € bem-vnda por muitos laressobrlotades, an- +o por razBes econémicas coma de espago COutras raades para ue os arquitectos promovam o desenho verde tem a ver com a qualidade de aqutectra, Or edfcios com mais contibutos naturise menos ats so melhores. Os ecos que tm luz natrl so, em repr, mais agracvels do que aqueles que sio iurinados por meios ais a ventiaggo tual, a0 ar pro tea cisponie a partie de um meio extenor Panquio, € mais aetvel do que aquela que € feta por meies meciricos quanto mereres forem os emisores de calor tanto snehorie asim por dante. Mies van der Rohe refer que"Menoe€ maesnos das ce hoje, una forra mehor de o dizer ser ras palaras de Alexandros Tembazi"Menos belo"A elegincia de desenho cisco encontra-e nas slices iteyradas. simples RAZOES IMPERATIVAS PARA O DESENHO VERDE © DESENHO SOLAR PASSIVO © DESENHO VERDE RAsoes vena ana © Des Vio (© Forico veo ‘A Goren Vimo Qualidade de arquitectura, qualidade de servico, ‘Aqualdade da arquitctura tem mutasfacetas.O exercitio da aruitectura na Europa fromove a concoréncia entre oF arqutectos na bast da qualidade co desenho © da qualidade do servic prestado ao cient Estas duas questées do edco e do servico faze parte de um process. ‘A cuokdode do arquitect seo escola do ecfdo sto 8 escela do parmenor env: ace- qo 09 vsacurbiidade no desempenho ¢ prazerA adequacdo oo uso ence conde les ergnricas especialmente pars os mae does e reapactado bem cxno a selecgBo cor recto dos materi, de ocrdo com cs fines que ro deserpeniar A cabled ra desem- fne enive uma duo:do opropad, ero em conte todos as asta ao longo db seu ceo de vid. es ambient © prazer cc ca elgsnca do ela e do cotnagto que ‘En, pors 0 crautectuo do ef, mesmo 0s mas pequens pormennres. Tabi @ excla do edifin a quate do arqutectura emia adage o us, solidex ‘trobidode, bem como prozerAdequacdo go usc camporinnentas cern os dmerades @ 0 5 ‘ao que carespercam a una «thea inaviduel au cele focal para dori 503630 ‘a quente ou fesco cryorme cesta do ano, com a puro e ade se passa descencar am se _guoncasum est lumnasa,réza onde se passa trabatar ber um Lcal poe os cern igs ou pora 0 coi sum oct copaz de se ep em qualquer momenta a fngBes ne cssilaes diferentes; um local eclogcamerte saxtbrl num eribente edfcado sabre Duso- laidode mo deserpenho: 0 eds devem ser sec censumir pauca ene, te uo rane tencdo econdmia ter uma dtaydo ce ic sfeientemertsfoga efncanr sem prebiemas. raze: eleginca de propoctes, lea provecade par aro belo obra coscénc ds porencia- ldades os cores, luz soa, erra & volumes @ fades, ebaguaa da equ029 cu turd do spifeate, ro respete pel pessoa, pea inde rplona pla leptmidade cul ‘unc co presenta (ACE, 1998). Este lvroincide sobre um aspecta da qualidade da arqutectura: © deseaho verde. (Os meresses dos premetares so: ober a habtario deseado com onl de quakdade adequa do, dento do proze aonicdo eo mais rpidamence posse segundo 0 ercamento acrdade, © mais bake possivete para os fromotres comers, aber 0 mos eleva taxa de retabido- de do imestinenta num process de concepceo © consrug Sem problemas, em que 0 res tad final estsjo em canferiae com os requites e presdes (ACE 995). ‘Ao deseno,actescenta-se a questo da qualidade do servico prestado ao cliente. n= dispensével ura boa gestio dos custos © do tempo, num projecto de constructo de qualidade Nem todas 0s clientes desejam o género de servigo necesséno para alcangar uma ar- ‘quitectura amiga do ambiente. O proprietrio~utizador € geralmente receptivo a uma ‘toca de impressoes sobre custos do ciclo de vida ¢ esti consciente dos benefcios pa- Fa 0 utente do edifio, do desenho infermado por ura consciéncia ambiental. Contu- do, 08 clientes que constroam tendo em vista a utllzaglo imediata entenderdo, prove- velmente, que a quesido principal & a do baixo custo iniial e © maxime que poderao Pretender serd respetar os regulamentos, Seré df fazer anquitecura verde perante a indferenga do cliente. Por isso, parte deste lvro trata de questbes de gest, elaciona- das com 0 desenho verde: 0 contrato cliente-arquitcta, o custo inal e 0 custo a0 longo do ciclo de vida do edici o trabalho com consuitores e a adminstracao do con- ‘rato de construc. (Os métodos de desenho sustentivel proporcionam a0 arquitacto uma oportunidade para reintegrar saberes que fora relegados na sécufo pasado, com consequencias de sastrosas:Deste ponto de vista ¢ inestimavel a sintese que o arquitecto poder fazen a partir das diversas contribuiGes feitas por colegas. clientes © consuitres.Coloca-se as- Sim, 20 evercicio da arquitectura, um desafa ¢ uma oportunidade + plicar materials locals onde for possivel + Projectar para evar a neessdade de elevadores + Prever 0 amazenamento separado de resis slides ara encorajararellagem + Prever BENS para o controle ea monotorzarso + lol a¢ fonts interiors de raid, vapor de gua poligso do ar Preven dorame de poluentes no terreno Sombrear © ambiente exterior em zonas exessivamente quentes Energi ey Bacsiras reflectors arse ocobertur Dispostves para arecionara luz ~ pala rflectora,vdro prismatic, ee ‘As peslanas poem conta os ganhos soles sem pedro admis dah natural \ abamertor craves que FR ito ts ents de ced engeng, fl —— ers Involucra exterior de eevado desempenho: bom solamente, vedacZee contolo do vapor Cores daras nos acabomentos exerores de pred, ‘= coberturas (os dimas mats quentes) Necessidade de aquecimento minima na estagio fra: antes Soles, iflzagao contolada, nvalucro Dem Bola yyy, Uso da tuminagdo natural para benefidar de uma uz naturale para minimizar az ard: pes dreltos elevadossuparticesreflecores, Janolae#lantrnine bom Getenhador Expecficarslectrod \deesrtro energa 4 ‘ingen tenia Torte IMinimizar a pavimentagio do tereno preterindo revestinentes permaavels para initragao das aguas plviais ‘Abvigo contra os vents dominantes ‘a ndo ser que seimponha a fresute aah Avo abuses pa ents nvesonses ded Moneestogeebe Sito tem oe aterm come} seat calormaexacéo fia ado Earth cooling Se DESENHO SOLAR PASSIVO. © deserho solar passive poder melhorar o desempenho energético do edifcio em ‘Ss dreas: aquecimento e arrefecimento do edifcio eiluminacio.A importinciarelati- fe cada uma dessas dreas para as economias de energia varia consoante 0 local ea Sacto do edfci. Aquecimento pecs orientadas a sul recebem mais radacio solar no Inverno e menos noVerao, => comparaczo com as superfcies orientadas a lste ou oeste.As suas condicBes de ra- 2:30 esto, pos, em razovel consonincia com as necessiades de aquecimento, Ao lone = &2 todo © ana os ganhos solares através dos envidracados orientados a cesta @ a su crete slo muito semelhantes aos garhos dos enviragados a lste ea sudeste, No Vero, = jandas que do para oeste poderto ocasionar sobreaquecimanto,caso ni este pro- ‘9s dos raos solares que andam babes (com um pequeno Angulo de incidéncia}. Quando a radacio solar incide sobre os materia parte dela € absorvid, transforma em calor e armazerada na rassa do materia O material vai aquecendo progress- mente por condugio,dfundndo-se o calor através dele. Os maters que possuem ‘grande capacidade de armazenamento térmico, como 0 betio,o tole © a deus, =u2cem e arrefecem lentamente. Os materia de solamento térmico, tas come fbra 2 video e as espumas usualmente devico sua estruturaaberta ou celular, sf0 pees 12 massa térmica dfuncern mal ocala © conceito de apraveitar 0 calor usando as paredes como massa térmica aplicado, sobretudo, nas regi6es mais quentes, onde existe uma necessidade de aquecimento So- ‘mente durante a noite, mas onde 0 isolamento térmico nfo 6 necessério. No norte da ops, uma parede a sul nao isalada perde mais calor de dentro para fora do que po- Ge ganhar gracas & radiacdo solar incidente. As paredes extersores devem ser isoiadas, oretendendo-se evitara difusio do calor solar através da parede. lluminagéo © projecto de iluinago natural vis fazer chegar a luz do dia 20 interior do edifcio forma a red.zir ou elinar a utlizasio de luz eléctrica durante © dia, contribuindo 2ssim para uma substancial reduco nos consumes de energia © nos consequentes da- 1s ambientls. Caso seja projectado cuidadosamente, poder oferecer condicoes de vida mais sauddveis e agradsveis. Existem hoje em dia diversos dspositives para captar a luz naturale dria para den ; ‘20 dos edificios, evitando nive's de luminacio excessivamente elevados perto dos en vidracados e proporcionando uma difisio mais uniforme da luz natural. Alguns dele, ris come o atrium, as palasreflectoras, os lanterns e bandeiras envidracadas, podem ter profundas implicacées na arquitectura. Outros, tais como os vidros prismaticos, os lexores relactores de liminas ou sistemas de sombreamento podem ser mais fceis de aplcar no caso de edifiios exisentes. Existe hoje em dia uma vasta gama de miterais | para envidracados, especialmente tratados para controlar a intensidade e as proprieda- | des Spticas da luz natural e os flucos de calor através de janes Arrefecimento ‘A forma mais efcaz de proteger um edifiio da luz do sol directa & sombrear as jane- as © outras aberturas. O grau e tipo de sombreamento necessario dependem da po- siglo do sol e de geometria do edifco.Persianas, estores, toldos € cortinas slo exem- plos de dispostivos ajustéveis que proporcionam sombra. Alguns podem ser também Lilzados ne Irverna para aumnentar 0 isolamento térmica. © ideal seré que estes ds- positives sejam colocados do lado exterior do envidracado, Des Sou Pasewo (0 Ferien Vee 'A Ges Vino 3 Mesma quando séo tomadas medidas para sombrear um edfici para reduzir 0s g2- hos de calor © 0 influxo de ar quente exterior as termparaturasinteriores, em clmas quentes e durante 0 Vero, padem ser com frequéncia mais elevadas do que as exte- ‘ores. maior efcéncia das lmindras e dos outros equipamentos pode reduzir os ga~ ‘hos internas e a concepcéo de uma vantlao adequada pode reduzir os seus efeitos ne conforto de Versio Quando a temperatura do ar exterior astéabaixo do liar su- prior de conforto,o ar fresco que ztravesta 0 ediicio, devido a naturas iferengas Ce pressio, pode ajudar a recolver este problema, lqualmente, quando duas massas de ar tm temperaturas diferentes, as suas densidades @ presses séo tamiadm diferentes, 0 ‘que ocasiona a movimentagdo do ar da zona mais densa (mais fresca) para a menos densa (mais quente), For exemplo, quando se praticam aberturas superores © infeno- res num ecifco,o ar quente ascende naturalmente e si pelas aberturas superiores, en ‘quamo 0 ar mais fresco entra pelas aberturas inferiores. DESENHO VERDE Senda a reducio de consumo de energia utlizada factor mais importante da susten- tatiblidade, sio também necesséras estratégias para reduzir o impacte ambiental nou- tras éreas do projecto, construcéo e utlizacdo do edificio. Estas times compreendem 2 produgl de restduos, os materias @ os sistemas de construgio, bem como © consu: sme de recursos naturais, desgradamente a dgua a vegetacio c a solo Residuos (Os residues do sector da construgo so uma questio cada vez mais premente: uma parte substancial dos aterros sia desperdicios provenientes de construsdes e demol- Bes. Estes despercicios paderio drminuir melhorando a gestao do estar, utligando rmateraisreciclves e conservando e reutlizando os eciiios artigos “Terminada a construct, no sie os edifios mas sim as pessoas que os utlizarn que _geram 05 residuos. Agu também a reducio e reciclagem sao necessérias © 0s cidados de toda a Uniti Europela estio cada vez mais conscientes deste facto, © arquitecto pode faciltara reciclagem de residuos domésticos assegurando condlvées para a com- postagem e,ern muitos edfcios para o arraazenamento e recolha de residuos no or- _ginicos para a sua recclagem Materiais (Os materisis possuem impactos ambientais muito diversos, Alguns tais coma o petré- leo, a madeira provinda de floresas geridas de forma rao sustentavel cu © cobre, si0 cexraidos de reservaslimitadas de recursos ro renovéveis. Quiros, tas como a areia ‘ou petta caledriaexistem em maior abundéncia mas a sua extraccio, pracessamento © ‘wansporte para o local, poder causar uma signifcatva degradacdo ambiental, Qutros, tals como 0 alumni, esto facimente disponiis, contudo,o seu processamento con- some muita energie Finalmente, alguns materias tis coro madeiras brandas, prove rientes de forestas gericas de forma sustentavel,sGo reativamente abundantes © po= dom ser extensivamente utilzados de forma sustentve Diferentes materiistém impactos dversos na qualidade do ambiente interior As baikas taxas de ventlZo trouxeram a qualidade do ar interior para a ordem do dia, inter- Sedo de fumar 6 um factor chave para melhorar a qualidade do ar interior mas para além dsto a seleccio e manutencio dos acabamentas & também importante, Os aca bamentos que emitam compostos onginicos volitels — como os pldsticos — ou que retém 0 pd € a sujdade, pioram a qualidade do ar podem afectar a saide do utente, ‘nds hi muita investigagio a fazer sobre a sustentablidade dos ciferentes materias de construgio, Componentes que & primeira vista so sivilares, podem ter impactos am- bientais muito diferentes na seu fabrica © transporte para o local de obre. Por exem- plo, um toto poderd ter sido fabricado a 10 Km ou 1000 Kin da local impacto am- ‘A Groth Varo (© Foren veo Ase nas mana 0 Disbno Woe Sental do transporte correspondente & ruitisimo diferente. Por cutro lado, 0 toto =o na proximidade do local pod ter sido fabricado de modo mais ou menos eficien- = ¢, assim, ind variar o impacte ambiental da energia incorporada no seu febrico. Esta -=erzia pode tertido origem numa fonte sustentavel tal como a hidro-slectricidade, ou sna fonte no sustentvel tal como a energia nuclear leré também suceder que a utiizago de materaisfabricados localmente se com- She com uma sensbiidade ao cima da regido, produzindo-se um novo paracigma Se uma arquitectura de base regional, que muitos valorizam nos ambientes hist6ri- ropes. ‘Sistemas ‘Os sistemas de ventaco, e em especial o ar condicionado, consomem bastante ener- ‘=== carecem de uma cuidadoss € reguler manutengéo, para evita a proiferaco de mi- >orgerismos que podem fazer mal sade. Em primeiro lugar as estratégias de de- ==~o deveriam tertareliinar a nacessidade de sisternas de ar condicioriadoras esr SSS: de gesto devertam assegurar que os sistemas porventura instalados sejam devi- eeverte asitides, Recursos naturais Ne Unifo Europeia, slo varidveis as dsponbbildades de gua para utlizaclo sanitéria e oméstica, Nas habitagSes, € consumida muita 4gua por equipamentos que geralmente Se Sto especifcados pelos arcuitectos. Contudo, em todos 0s tipos de edifios. o ar- exec pode especicar autoclismos com dupla descarga e 0 controlo da operacio srs zparelhos sanitérios mediante células fotoeléctricas, para reduzir o consumo de <5 A uitlizago de menor quantidade de dgua também reduz 2 sua soictarlo as sis srs: de tratamento de dgua. ego as dguas pluvias e @ sua gestio no local, bem como o tratamento de es- in situ, poderdo mitigar @ descida do nivel fredtico,reduzir a solictacao aos siste- ‘2: municipais de drenagern e de exgotos, bem como atentar 0s picos de carga nas ‘=22:5es de tratamento. Os projects para a utilzagdo da égua das chuvas no local, en seher a separagdo da dgua poluida que escorre das estradas e dos parques estacio- sererto. Os projectos para 0 tratamento de dguas negras no local necessitam de es- =o para estagées de tratamento ou kitos percoladores. onservaco da vegetacio local e da camada superior do solo pode fomentar a di- -==Sdzde ambiental e proporcionar uma proteccao exterior Se a camada superior do solo tem que ser retiada do terreno para a construcdo, a mesma deveria ser reutiiza~ 270 local ou entéo ser colectada e reutlizada noutro sti. Poderse-4 planear para 0 ‘mesmo local a conservagio de vegetagiio preexistente.Sebes e matas podem ser den- 10s, semeando sementes de plantas apanhadas no local Planeamento urbano gia consumida pelas pessoas nos transportes 6 igual A que & usada nos edifcios. sido feta muita investgacSo sobre as relagSes entre entre a dersidade de urbani- 30, a mistura de usos e a sustentablidade ambiental, entrando com 0 consumo do 0 © 0s transportes, em que se privilegia 0s transportes publcos e os ndo motorisa- == 0 papel do arquitecto no planeamento urbano & aflorado mas, no geral sai fora > imbito desta publicacio. Sewn Vine 0 Eorae Vee Referéncias Const ce Argutectoe cl ropa (1995), Europe ard Architect semorrane LEurop et Aro ‘tecture Dein, as Foram pubes trade eas por outages profs de ag tector na Aus, Repdbien CnecAlrartn, Gr, a, Porta Remi, Espana @ Su, Unio htemaciona doe Arqtecor (1993), Dedaration of dependence fora Sustainable Fits re UAVAIA Work Congres of Ait Chicago 18-21 Arbo 1993, Leitura complementar + Charter of European iis and Towns towards sustainaity The Aalborg Charter) 27 Mao 1995 + European Consion SECTELRSrstegc tudy onthe Contructon Sector DG W, Bruce, [99S + Europe’ Environment The Daas Assessment, European Erirorment Agency Luxemburg; + OCohigh E. |Aley JOLewis (1996), Sustanatle Architecture of the Pas, in The Cimatic Diveng Londres lames & james (Science Publishers) Li ‘ [A Gaven vinos (0 Eorico veo eens Secgao 1: INTRODUGAO: jo 0 arcuitecto experiente esté farmiiarizado com as diferentes feses do processo de oncepelo © construct e, neste momento, os cerca de 20 grupos de arquitectos no eho de Arquitectos da Europa (ACE) possuem pelo menos uma duzia de docu- mentos que descrevem a sua estrutura nos seus respectivos paises. Nesta obra utilza- rosa andlize da ACE de 1994, resutante do consenso a que chegaram as organizagGes en questio. + Projecto: + Programa base + Esudo prévio + Ante-projecto + Projecto base + Projecto de execucio + Construcdo: + Proceso de conaurso + Assistncia & obra + Recepeio da obra + Periodo de garantia Dscdiosincir uma seco sobre a Acetacio do projcta@ estendemo-ros ao pe- “odo apés a enrega da obra, erescentando Una secz80 sobre a Rabi Ao letor caberd identicar as fees deste Iwo com aquels que usa no seurabalo @tidare. gestio deste proceso ilo é da nica responsable do arqitecto. Em via me- terior ajeto a mores arabes (de temperatira. por exempb) ects nics mais evades Cust incl e custo ao longo da ciclo de vida do edi (Um grande probiema que o desenho verde tem que enfrentar & 0 do confrento entre o custo inicial da obra e 0 custo ac longo do ciclo de vida. © custo de construgio de um ‘bom projecto é muitas vezes inferior ao de urn projecto pior Por outro lado, € verdade ‘que o sobrecusto de componentes de maior qualidade muitas vezes compensa. Maior es pessura de isolamentos,vidros de baiva emissividac, interruptores passives com detec «Zo por infravermelhos na uminago, controlos compensadis (em fungio da tempera- ‘ura exterior) nos sistemas de aquecimento ¢ controlos por ella fotoeléctricas ra it~ minacdo artical. tr um custo inicial mals elevado do que os dspositivs corvencionas. CContudo,em muitos casos este iferercial de custo estd a babar podendo vira serra- pidamente recuperado nas poupancas que permite nos custos correntes de utiizaedo, Para o utente-proprietirio,a decistio torna-se mais fici do que, por exer, para o pro prietario que consti para vender;mas enquanto as externalidades ambientais nfo fo- rem de algum modo contablizadas, a decisie poders ainda ser ciffil Muitos promotores {que constroem para vender ou alugarconicerarao aceitivel um periodo de retorno de {quatro anos para o investimento, dado que poder ser facturado na venda ou aluguer sem Prejuizo. Dependendo do tempo de duragdo do aluguer os senhorios poderdo conside- rar aceltéveis periodos de retomo até IO anos. Utentes proprietdrios,com vistas lagas, ppoderio ir até aos 25 anos Os benelicos pubicos de um bom projecto podero durar séeulos, como mostram os centros hstricos de tantascidades europelas + Serd que o dente ests isposto a manobrar dlariamente os sistemas de contolo ambiental? Ito € im portante por exemplo na manobra de estores, a no ser que sea tudo automatizado, + Caso ha possbilidade de escoha entre envacao e uma nova construcao, explora as Weis fetas Go ciente pera verse sd acetbvls ives mais baios de capacdade estrutural e de cortrolo ambien 1a, para manter 2 construczo exstente | + Revere acardar aackbes de confarto de desenho com vista & reducdo das necesidades de ene-ia. + Bolcar a necessidade de se obterem dados clmticos sobre o local: macro- resultados podem ser comparados com os indicadores de desempenho normaliza- “= para aquele tipo de eedifio no cima dado, constituindo prova de urna boa previ- == co desempenho do ecfio ¢ indicacio de relativo sucesso, + Confitmar as decsbes antevionmente tomadas relativamente aos planios para o local e para o efi impan- Projecto base: Ambito dos servicos prestados pelo arquitecto Obtengao da autorizagso legal ara construir @, nesse sentido, elaborar os necessérios desenhos de pormenor, integrando 0 traba- Iho de consuitores especialistas ‘quando for preciso. A partir desta fase, na medida em que as altera- Goes podergo envolver consultas repeticas com autoridades oficiais, serdo possivels poucas modificacdes na forma © em muitas das especificagées técnica. © projecto toma em consideracao todos os regulamentos aplicsveis € conjuga 05 factores técnicos © arguitecténicos necessérios para integrar 0 edificio ao local Os documentos e servicos a prestar incluem: ‘+ Uma meméria descritva das caracteristicas gerais do projecto; ' Plantas de todos os pisos, cortes e algados ne escala 1:50 (1:100 p3ra projactos de maior cimenséo) + Uma actualizacao do programa; = Uma estimariva resumida dos custos dos trabaihos, ‘pormenerizados por elementos de construgéo; +» Documentos relatives 205 procedimentos tals coma licengas de constructo. Pianos para o Local = para 0 Edificio Cortes e Alcados Consultores Especialistas tagS0 € posiionamento vsando a insolagio e o abnigo; forma ensomibramento; dsposico e aeas dos pa- vimentos impermeaves eos revestmentos permedvels exteriors + Estudar a evacuacso de aguas superfcas no lca. + Estudaro trtamento de agua aoluida proveriante de parques de esacionamento de aviomoves + Confmar os ps-cretos, deforma a maxmizar a luinacéo ea ventlagio natura evar osokveaquedimento, + Confiemar as proparcbes ds fachadas ea alicacao e desenha de sombreadoresexteroret, deforma a evitar ‘0 sobreaquecimento, «+ Considerar panos de abrir nas janelas para a ventiagéo passva “+ Contfirmar a decisio anericrmente tomada rlativamente aos materia sustenaves “+ Considerar um tipo de construcdo dural e flgado, bem como instalactes especias adaptaveis a diferentes 0s do edi, + Capzcidade de carga adequada ao longo prazo. + Assegurar a acesibldade 2 condutas,tubose fos, com tampas amowelseligacoes desmontaves, + Dimensionat a tubagem metida nas paredes de modi a facitar a substituicio dos fos electricosentubados * Desenvole 0 projecto de instalacdes especiis a partir dos princes anteriormente enunciadas. + Eectuar 05 calclos do desemperlno energtico do edi. ‘Seccho 1 Proesso ‘A Gecen Venous 7 Projecto de Execugao (© desenho de permaner, em especial do invélucra exterior as especicagties tenia dos componentes do edfio e dos acabamentos e a coordenagio dos consuitores d= cengerharia, em especial para as insalagbes eléctricas © mecinicas, mas também pare 2 estrutura.tém implicagSes considerdveis no desenho verde. Deve-se detahar o inyéluero exterior para urn mahor desempenho.(O materia mais su tentvel para. acaiiharia &a madeira brande; ontudo, num edfcio de longa vide, 0s cabahos metdicos compostos com rotura térmica poderdo também ser uma escola apropriads} Devern-se escolher revestimentos de longa draco para a cobertura e para os pay rmentos: 0 custo acicional de melhores materiais de revestimento & muitas vezes com pensado por uma vida mais longa. ‘Ao detalhar as instalagBes mecfnicas, deverse-do especiiar os componentes para Ur ‘bom desempenho energético durante uma vida longa Devem-se especticar as instalagdessanitérias de forma a minimizar © consurno de gut Cada vez mais 08 sistemas de ventlagio mecdnicaincluem componentes par recupe racio de calor Nos edfcios residencais, dispositivos patenteados conseguem bier cerca de 70% de recuperacso de energia. Estes necessitam geralmente de condutas com 100mm de diimetro ligardo 0s espacos de cirulasio ¢ habitagio a um pont central de recolha, gerakmente no desvio da cobertura, de onde © ar € expelido pars © exterior cu trazido para dentro, © castos dos interruptores passivos de hz infra-vermelha estdo a cair cada vex mais (Os dispasitives de iuminacio luorescentes compactos no slo caros e tém perfodos de retorno curtos. Utiizar sempre que passive, uminacko localizada ("task lighting”) © 0 desenhar para niveis de luminagao ambiente baixos Deverse utizar avenaria fabricace na localdade tlos de bart blocos de cimento e thas reduzem oimpacte ambiartal do transporte de materials pesados (Ver ELEMENTOS Materia) Plano para o Local Cortes e Alcados Materi Pricinpios Técnicos e Aplicagao + Especicar sistemas de infitraao e bacias de retenggo de aguas pluvias «+ Uolzar sistemas fechados de trtamento de esgotos. + Eecolher as cautharias que terham o mahor desempenho. + Aplicar envidracados incorporendo uma capa babxo emssiva + Utiizarrequladores de ventlacao elou estatégias passias de ventlacso. + Fazar a recuperacao de calor sempre que posivel + Iola com materia sustentaveis para além das exigéndas dos requlamentos das editicagbes. + Pormenovizar deforma a tar as pontes trmicas. += Especifiar tendo em mente a durabidade e um bei conteido energétco. do mals saudsvels os componentas de alvenaria ce origer local, revestmentos de cobertutes de lon- ‘92 duracao, revestenentos dos pavimentos mais espesos,agiomerados de madeira com Bano teor de formaldeldo, massas de estuque & base de geso e tntas de agua efou acticas, + Acompanhar os consuttores de forma a assagurar que so seguidas as estatéjas accrdadas em fases anteriores. + Especticar components das instalacces mecanicas que mantennar uma boa efiiénciaenergética du- rante uma longa vide: calderas de condensagSo a as,e melhor que houver em values termostatias para radadores, contoles de temperature compensados (em fungao das temperaturas exterres), ‘aguecimenta central com Agua a aia pressio no pavimento (pavimentos radiates), permutadores de Calor integrados nas sistemas de veniogdo mecinica, ascensores de bsixaenergia,intrruptres as Sivos de ifravermelhos na iluminagzoe armoduras luorescentes compacts, autocsmos de dupa des: 2192, utindse lavatorios acionados por cus fotoelécticas,electrodoméstcns efcentes quanto & ilzacéo da energja ede outros recursos «+ Minimizar os compnmentos dos tubagens da aqua quente desde o depdsito até 2o ponto de utiizacio. scenes SES =a tonto 18 'A Gicen Vino Seeho 1 Procsso Deseo Processo de Concurso 'S documentos do concurse devem ter em conta os principios ditos “verdes” (Qua |S |. 10). Serd necessério que alguns empreiteiros, em especial aqueles cua actvidade = cesenvolve no ambito das engenharias mecérica,sanitiia e de ventilaclo, fornecam -Seserhos pormenorizados como parte do seu trabalho. Caso 0 arquitecto escoha 0 SSenho sustentével, isso deverd fcar bem esclarecdo, para que as propostas possam = devidamente competitvas & para se poder verfcar que a inovagdo & totamente =rsiderada pelos concorrentes. Os componente especiais devem ser especiicados Se" to, ou designados onde tal se mostrar necessério, Estes inclurSo: = esalagGes mecinicas: sistemas de aquecimento energeticamente efcientes;radado- r=: controlos. = psulacSeseléctrcasinterruptores ene-geticamente efcientesreguladores de luminacio, = Exgenhariasanitériaaparelhos ¢ sistemas efcientes no uso da gua, S um empreiteir geral aducique a obra por prego global, devem ser fornecidas “esrusies relativamente a seleccdo dos componentes © a0 projacto dos sistemas Tals “esructes deve incur: ~ Consrugo longa duracdo: elevada capacidade de carga baixo conteso energtico terns sutentveis sempre que possiel ~ Complementos:cabihos vidros e seus revestimentossuperfcais em janel e potas. ~ Acabamentos:especicagio de acabamentos de paredes e de pavimentos para uma Jonge dura. ~ Revestinentos de paredes, chi e tecto com baba emisio de gases txcos Fe além dos elementos de devenho cujos presos serio ferecidos pelos empreitei- == sit em contratos de concepio-construgo seja por prego global as condiges con s=cionais sobre a organizacdo do estaleiro da obra, poder ser inluenciadas pelo de- ‘=o sustentdvel Limitar a zona de trabalho & importante para conservar a vegetacio ‘Secerte. As cdusulas que cbriguem os empreites a protegéa e, consequentemen- “= = evita as éreas em que se encontra, demarcando em desenho as relevartes, po- ==> meorar os nlveis de protecco do stio. As cusuas que obriguem coleccio e ==sizacio no local, de toda a camada superficial do solo, contribuirao para a conser- seo deste recurso, Ss questzes Geveriam ser consideradas para além das normais boas priticas de cons- ico. Proceso de Concurso © arquitacto prepara e apresenta (05 documentos do concurs, para apoiar o cliente na adjudicacéo das empreitadas. O cliente fars 2 escotha do pracesso de _adjudicagso, seja a um empreiteiro 12 fase inicial de concepcio. Am eilfcio verde, o projecista dever’ tomar em cansideragio, ndo s6 0 conforto & -ssaice dos habitantes, mas também o efeito do edicio sabre o meio ambiente local ‘= Zobal. Podemos representar a relaco entre 0 conforto, a satide e o ambiente,num “ssa tridimensional cartesiana (2.1) em que os irés eos coresponedem a estes és “s2e2t0s do comportamento do edfcio, = Conforto do Habitante ‘D conforto 6 afectado por vrios factoras, tas como a actividade, 0 vestusro,idade © 20 do individu e aspectos do ambiente interior tis como a temperatura do ar, tem -Se2ures superfcis,humidade, movimentagdo do ar ru, luz e odores, "2 Sale do Hobicante 5 = qualidade do ambiente interior tem implcagBes sobre a sade dos habitantes, na mecca en que ~ sederd conter substncias téxieas ou alergénias; = soderd causar stress” ou inseguranca = soderdfactar a transmissio de doencas contagantes 2 impacte ambiental do edfcio ‘Se oracessas de construgio e de funcionamento de um editio afectam o ambiente Ge eetos locas sempre foram reconhecids, mas hoje em dia também se admite cue = ccicios contrbvem em impectas de maior ervergadura, para o aquecimento so- = = para 0 expotamento de reausos, nomeadamente. “Lm ciifitio verde deverd car dentro do quadrante inteiramente positivo deste diagrama: | oienre openers epi oer a a 0 a = caro que este sistema cartesizno é uma ideia Utl como orientagio para a reflexdo sere 0 ecfitio verde, mas esté ainda longe de constituir um insirumento para a ava- “eo de um projecta dado. Enquanto os principals parametos fsicos que definem o -=er’orto slo conhecidos & geralmente acetes, os que determinam a qualdacle do am- ‘Sent interior quanto & sade do habitante @ ao impacte do edificio no ambiente ex- “Sor encontram- cquipads com fitros sorioros -- carada resiierte em pavimentos flutuantes e tectos suspensos reduz a transmis- = co rudo de percussio em edicios mutifamilares, + wansmissdo indecta de ruido através de paredes cuplas deverd ser redzida apl- “ce embora os sistemas de tratamento de liso, existentes ra maloria dos paises eu ‘tendam a minimizar o impacte local a sua deposigio final tem efeitos sigifca- -echindo a cortaminagio do terreno, do ar e dos aquieros. uma escala regional ‘A Estratégi de Tratamento de Lixos da UE lista um sstema de tratamento de J=> quatro pontos: eizar ou recicar nar © ko de forma segura 2 de projecto pode contrauic para priticas sustentévels por parte dos proprie Laentes dos edifices, planeando a armazenagem segura e adequada dos diver- oo: de lio, Eta é a fase que precede uma reciclagem ou uma deposio segura te 2 atura em que a equipa de projacto tem uma influéncia directa na geracio de =cicios é durante a fase de construsia. A redugdo de desperdicios, através do cui- rmanuseamento de materials e de seleccio de lio para reutlizacio ou reccis- -ontrolada pelos empreiteiros. Na Suécia, calculou-se que a construgio de um So de dez andares produz © lio equivalente a um andar completo, No entanto, 0 erohimento de priticas mais sustentéveis para lixos de construcio © demoiio, ence fortemente da existéncia de nstalagSes de tratamento e de um mercado pa~ ais recictzdos. Na Holanda existem locaisfxos para 0 processamento de lixos iio e demoligio que recuperam para reullzagao cerca de 60% do material 1arca conseguiu em 1993 uma reciclagern de 80% dos ixos de construc © ciclo, através de incentivos em taxas sobre aterros e matera's (World Resource saon, 1995). Tém vindo a haver discussGes na UE sobre um Regulamento para de Construgio. see 2 Outs ‘A Gouin Vins Ruido (© incremente das alas densidades, juntamente com 2 mecanizacdo e a urbarizacS contrbuem para que © ruido seja um problema grave na maioria dos estabelec tos humanos através do rmunda Os efeitos so mais locais do que globais, mas 18m impacte significative ra qualidade de vida das areas afectadss. Objectivos Usiizarfantes de energia renovéveis As fontes de energia renovaveis podem ser itegradas como elementos de desenho malaria dos edifcios novos ou jd existentes. sto conduz a redusio de consumo ccombustves fsseis para aquecimenta e ar condicionad, minimizando 0 impact biental dos edifeios @ cantrbuinco para a reducio de emissdes de CO2. + Minimizaras necessidades energticas dos eaifcos para aquecimento,atrefecimento iluminaci tilzando sisternas solares @ tecnologias pasiva (trios, estufas paredes vidracadas,chaminés soares, coberturase paredes ventiladasluminaco natural exc} + Usar sistemas solar a ar e colectores, para proporcionar ao ambiente interior 2 quadas taxas de ventilacdo; + Fazer uso de sistemas solares a égua e colectores, para satisfazer as necessidades sicas de 4gua querte sartériae de aquecimento ambiente a baixa temperatura, < habitantes dos edficios; + Integrar médulos de células fotovctaicas nas caberturas e nas fachadas vracas as com as dimenses e a poténcia de pico apropriadas, para produyao de electricidace 2 gestio de carga, + Iniegrar em sistemas urbanos de aquecimento ("District Heating"), fornalhas que ‘quernem residues de madeira e outros produtos da biomassa, reduznda as suas ‘emisedes com fitros electrostticos de balxo consumo. Especfcar sistemas e eparelhos de baixa energia (© sucesso na aplcaro ¢ desenvolvimento de medidas inovadoras nas tecnologias ene itis, carece da cooperacio dos fornecedores de energia na fase de concepzio do cetcio, © projecto deverdincorporar solugées informadas por uma consciéncia energe tica 20 rive! do edifcio e da zona urbana. Isso resultard de uma correcta integraco c= diversas teenalogias © concepsiies de desenha, logo na fse iniial do project. + Sempre que posse, deve-se introduzir © desfasamento dos picos d# consumo de: clectricdade, empreganco as convenientes propriedades térmicas do edifcio e nologias do equipamento; + © projecto do equiparento deverd inclu sistemas de gestzo de carga. com dispos= tivos de controlo que optimizer 0 aproveitamento das tarifas de electicidade; +s sistemas de aquecimento € arrefecrnento deverdo incorporar sistemas de gestzo ce energia do ediicio (BEM’S) + A luz artificial deverd utiizar limpadas e balastros energéticamente efcientes e siste- mas automiticos de comando da iluminacio. + Radiadores de calor pontuais, poder reduzir © consumo de energia nos grandes es pacos, quando hé uma baba taxa de ccypacto: + Os sistemas urbanos de produgio local de fio e calor a baiea temperatura poder integrar em cascata as energias renovévels ou resultantes do In, nos equipamentos tecrokégcos +O projecto de ventilaggo deverd incorporar permutadores e recuperadores de calo~ fem extractores do ar de exaust. Empregar os mateias crteriosamente ( desenho do edifio deverd corsiderar come pantos chave a excoba dos materiais ‘1.a demoligio e desmantelamento no final do seu ciclo de vida tl. Ito minimizaré o lemprega de recursos e as emissBes, bem como factaré a reutlizacio e a reciclagern, [A Geen Veron Stee 2: Ques “Ancre clonar 0s materials tendo em consideragdo os seus efeitos arrbientais: ‘tengo em mente a durabidace dos materiais e componentes; -Desenhar para flexiblidade, faciltando mudancas na utiizagdo do edifcio ao ongo do Sachadas © paredes dnisériasintzriores deverto permitira sua deslocaglo € subs- Sseecio sem afectar a estrutura: “ecorporar uma metodologia para 0 desmantelamento dos edifcios reutlizarde ou ==cando os seus componentes através da cl separacio em elementos constituir- ro termo da sua vida tl esenho deverd centranse na faclidade de manuitenglo dos componentes esiste- 1m uma longa vide © baixas emissoes SS que © empreiteiro use materials de lrmpeza amigos de ambiente durante a cucdo e na limpeza fina gua pura em quantidade sufciente Exados Membros da UE, entre 40 a 97% da populacio rural est igada a um sis- ce abastecimento de gua de boa qualidade e 308% a um sistema de esgotos. Nas rbanas 95.99% esti ligada a um sistema de abastecimento de dgua satsiatcrio 75% a um sistema de esgotos (avaliagdo da Organizagao Mundial de Sade), Los qualttivos do abastecimento de dgua sio também importantes. Os pro- -=Secos podem polur 0s fornecinentos de agua, tornande-a imprépria para can- As medidas de controle a este nivel sta da maxima importincia para a satide 3 2 2 seguranca do nosso ambient. novas urbanizactes.o forecimento © a cistribuigdo de dgua,as redes de dren = e:gatos ea descarga de efluentes, deverdo formar uma parteintegrante de um peo director: conalzagBes de abastecimento égua precisam de ser protegidas contra a contami = de bactérias parigosas au pradutos quémicos existentes no solo epdsitos de agua exteriores ou interiores deverdo estar sempre cobertos de “neco a impedir o desenvohimento de algas pela sua exposicio a luz solar e impedir =rvrada de roedores, som deixar de facitar as operagdes reguares de limpezz; rateriais utiizados nos servigos de dgua no devern consttur uma fonte de con- fo bacteriol6gice ou quimica dos abastecimentos iar 0 conservacao e reutitzaso de gua deveré minimizar 0 consumo de gua ¢ reduzir © impacte ambiental de es- mentos novos cu existentes, empregando tecnologias de poupanca de agua © medias. contadores de daua afim de faciitara medisio e controlo da ulzacito de dgua ar tecnologias de poupanca de égua em saritas,duches ¢ outros aparelhos para reduzir o consumo de dgua: pevcipio de ulizagio de dguas de sabiio deverd ser planeado na fase de projecto; sesazem deverd ser planeada de mado a necesstar de uma rega minima Szreamento do local ¢ 0 desenho do edifcio deverao inclir prevstes para ar- nara dgua da chuva para uso exterior rs melos sonitéios para o escoamento de dguas residuals ¢ de superficie -Scequado escoamento de dgua contribui para a melhoria da sade e do ambien- <2 crenagem inadequada das 4guas de superficie pode prevocar inundacées pe- 2: de estrada, pogos e habitacSes,criando riscos para a seguranca das pessoas © Lorojecto © a conctrugio de sistemas de dvenagem deverdo estar em confermida- com 05 princpios de higiene. Assegurar que nio haa fugas de eftuentes para ter- = imtrofes,contaminando © abastecmento de Sigua, ‘seccho 2: Quisions 'A Guin Virus + Especfican de preferénci, canalzagées em condutas, com caixas de visita para manu: ‘tengo. Assegurar que os canais de drenagem de dguas plas a céu aberto possam ser reguarmente vstoriados para evitar entupimentos: + A canalzacdo deverd ter fil acesso para fins de manuitenclo e deve-se evitar 0 re tomo, 0 qual pode originar a contarminacio do sistema de abastecimento de agua; + Os materiais para a canalzacio deverdo ser seleccianados em fungio da ressténca, a durabilidade, © da capacidade para ress & accdo corrosiva de efluentes. Providenciar a redupao,selecse,armazenamenro,reclha e tratomento de lixos (Umm projecto e uma gestio culdadosos podem reduzir os licos de construg0, So es senciais as instalagSes para armazeramento, recciha e tratamento de bxos domésticos ra utlzacio do edifcio. Os métodos de tratamento dependem em grande parte dz ‘exsténcia de locals apropriads, do custo de transporte, de factors socio-econémicos condigtes locals. + Projectar segundo as dimenses narmalizadas. aim de reduzir os cortes no local ere comendar ao emnpraiteiro que aprovelte © mais possivel as sobras + Impor enigdncias especticas quanto a manuseamento, armazenagem e protecsio dos materia, + Especicar @ separago, armazenagem ¢ recohs ou reutiizagao de materiais reciclé- vis induindo embalagers + As instalacdes para © processamento do li deverso ter espago adequad para tra- tamento no local, de acordo com as convenincias do habitante e dos serveos de re- ‘colha de fixo e com elevados padres de higiene,seguranga € armenidade: + Proporcionar espagos para contentares individusis de xo, para cada habitat nas UurbenizagBes residnciais, + Proporcionar acesso a todos 0 contentores, para a recolha de lnxo, ser passar por qualquer parte do ecitci: + Considerar a zona do Ixo como uma parte integrante, devidamente desenhada, 62 complexo ediicado, CContzlar 0 ruido exterior + Os exiticiosindustrais deverdo ser isolados de forma a prevenir na origem, a trans- rmissio de rude; * Os principe aruarnentos urbanos deverdo ser alargados com faivas verdes de pro- ‘ecco, para separar zonas com diferentes exigéncis; + 0 tréfego de vetculos deverd ser proibido ou reduzido nas zonas residencis, espe- almente a neite; + Evitar pavimentos ou outras superfcies rjas semore que possive, de modo a minim zara reflexdo do solo, Usar éreas com vegetacdo arbustva © he-bacea para absorver o rukéo, ‘A Gren Venous Sic 2 Queso ‘aueere fiografia sok David Chil Boonsta an ohn Mak (1996) Handooak of Sustainable Bulg An _Esrorenta Preference Meted fer Selecon of Materia Use in Carseucion end Reftishment “a=: & pes (Siece Pusher) Lied SS-RAEIDOE/STECC (1997) Teoma Perfomance of te Eero Eneopes of Bulge ‘Conference Proceasngs Clearnter Basch, FL USA See" NA Fanchit ard KA. 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