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As provas d'ar- ehitetura patentos em duas das expo: sigdes alucins este anno, a dos triba- hos dos alnmnos dn Escola de Bolas ‘Axtos, @ a da Soe ciedade Nacional de Bellas Astes, pouco devem botar de pratico © viayel para o quotidiano ar Ghiitetonico da terra. Na exposigao da ional de Bellas Artos, umn egroja romaniea, com dois coru. chons e um duomto ou zimbarto em har. ele de’ molts; mm jazigo de fauallin: um circo equestre, com as inovitay Peminimonias das rulnas do Colysen rommno: win baptistorio romano bysan- tino: © emfim, wm projecto do vindue cto para n Avenida Ressano Garcia, lombrando a ponto d’Aloxandre IIT ¢ outras pontes, e que a camara de Tis- boa fox mal om nko for adoplado, como muito bem diremos mais além... Modas estes planos chegam infeliz- mento jf depois da necessidade Welles tor passado, A ogroja romanica, desti- mada aa culto da Imaculada, proferi- ram ontra, que naturalmonts se no faz, por os padres do Bspirito Santo torom soquostrado a Camaride, foman- do para si o espolio quo a commissio namoraya para o custeio do monnmen: to. Ocireo equestre nto tom mais vin- hilidade, pois temos em Santo Auntie co- lyseu para deg on vinto gorng Fos 0 palliagos. O baptistoxio rom m Youumx —20 do outubro de 1906 FAIETOM UapleTa Soapca eon Resse haycla Pansrecyiva ILLUSTRAGAO PORTUGUEZA—397 Tana perspective do projects do viadwele sabnom Avenida Ressuve Garela, dover, Alvaro Machado nilo é feio, posto vulgar para quem conheceos admi- rayois modelos de by santino-romito qneha pelomun- do— sobre o man &6stro de vir n’um fompo em quo © homem carece de 80 baptisax todos os dina, o que faz da casa dé hanlos contemporaneamente 0 unico baptistorio @ abrir n’esia terra de gente por Jayar. Quanto a jazigos do familia, uma vex o forno erematorio decretaito, traremos para casa em Boides as cinzns dos ancestros, com que hardars- mos us letras do arroz doco, nos festivos jantares @anniversario. Ora isto tudo dit a essas laboriosas provas dos jovous architetos, pobros Solness som barba, que inspirars uma ow outra Hilda da Barzoca, um ca- Factor melincholico de labor perlido, de talento sem clinica, de forga humilhal os dolorosamente, na quadva emi que mais procisavam sor mimados. ‘Na exposigia dos alumnos da Hscola de Bellas. Avtes, ae provas d'architotura, modestas, dum carncier miis estndiantil, menos formal, chezam-se para assim dizer melhor a wm proposito darta Aplicada, so thes tirarmos um projecto quo la ha, de palacio para comicios publiess, quo parece um tu- mulo romano, engalanado de fachadas ¢ templetes da ultima exposigto de Paris. Ha, por exomplo, o projecto d’um poqueno edi- clo para disponsaxio modica... Um projecte d’es- cola de desenho. . ‘Vamos ao pratico, 6 posto que iste nfo é eidade para baptisterios ou hasilicas hysantinas, nem io ponco circos colossacs, consideromos esto gar- rano 6 sympathico projectosinha desodla de dese. [Pe FRGjec bo Viandcfa Stunt A Wien Reson Garcia poprishva Outen perspective do prujecto do sr. tvaro Machad para wa vlaiveio sobre a Ava nho, para mim, de todas as provas oxpostas, a do mais logico aspocto © agradavel doairo, a quo melhor seria modificando-se-the a parte central, em termoa de ficar o tympano mais love, © me noe grande # placa ou quadro que enoima a pore ta, ¢ #0 destina a letroiro ou insorigito, Os governos quo team sompre a construix, por eseas forras 0 vilérias, odificios poquenos para es- colas, créches, etr., acho deveriam fazer exooutar de quando om quando algum a'esios projectori- nhos sahidos das provas oscolires, 0 que 0. Tos po- ctivo jury, reforgado por clomentos das letras, to- dos 08 annos Jevasso 4 atengio das obras publieas © municipios, © mesmo para projecios do casas partienlares, om estylo moderno, ou estylisagiy sobre o que, para aio stir agora com explana- ges, chamaremos 0 antigo typo portngnoz. Estimulavam sesim a inicintiva ¢ facnldades erondors dos rapazos, que sempre receberiam pela idéa algumas confonns do mil réis (na qua- dra da vida em quo espértulas d'essas sie, mila- gre) © livrava-se a gonto da monotonin de ver por toda w parte roprodazide 0 mesmo modelo offeial @esedla, 0 mesmo typo do créche, o mesmo enza- rio de pacos do convollo, trea de méstres obras bossnos 0 ongenholros arranjistas, acanhads, fal- eatrnada de proposito para m mariolies das /was, chocando os olhos pelo son ar dobseasito palur- din, da gobice esqnims, a encher 0 fouriste do nan- sons, a dar a inéilia dos vOos socines © montaes da populagio. Ha muito até que para travar o genio porodz, Restavo Garcia, $98ILLUSTRAGAO PORTUGUEZA 1 voutn —29 de outubro de 1906 Acsorientado, idiota, quo por osso paix aldstra om materia architetonica, todos oe odificios publicos ‘on prirados, om odificacio ou restanro, doviam tor um consolho artistics por cujo voto os reapo- ctivos projectos passassem, o isto para tirar fis vox reagSes © comilés locnes, a brazileiros © mercan- tes ouja unica fuugao social 6 ganhar dinheiro, a intorvengio nofasta quo, om nomo d’ama Liberdade de qne niio sabom usar, se lhes tom dado na es thetion urbana do paix. Em nacionalidades pobres como esta, onde coms trngties monumentnes silo raridado, o Inbor prin- cipal do architecto que se destine a fazor vida pelo offcio ha-de sor sempre erguor poquonos editi- cies para moradia de burguozes, on acsistencin o séde do morlestas corporagios © sociedudee, Inci- tr aquolles urtistas logo deste o inicio da car- reira a aplicar a osles typos @archilcture pacata 0 melhor dos sous disvelos de imaginacio ¢ phan- tasia conceptiva, deve sor wm dos principaes ar dores da opimifio nuetorisadn, 1 que tem situario af- ficial e a que nao tem, pois esta propaganda da bo- Tova é uma dag manciras nobres Wamar a patria e@ ajndal-« a sahir da morrinha brouca em quo ainda esta, Em into annos, que serie de bairros novos Lisbon © Porto toom desenrolado! Vie por elles, loitor, @ li has-de vér palarotes em theatro de provincia, © prodios daluguer em fabriea do moa- gom! Nao ha terra do Hespanha ou da Galiza, Por mais rocunda para fundo dos sontas © dos bre- Jos, qua nio esteja entondondo a arte do vonstrnir, pelo gosto modorno, o intogragito delicada do mo- dolos noves nos typos tradieionaos da architotu- ra do paiz. Corrom-se as raat de Vigo, Orense, de Pontevedra o da Cornita, vnoso ds cidades da Cataluia dy mosmas asperas Castollas, 6 14 ve- romos, molhor ow poor, o asforgo lioroieo dos ar chitetos para, aproveitando a emulagiio dos onpi- talistas, uperfeigoarem o variarom so inlinito os sons modelos de page, do palacio, de casa © do casucka. Sob ests ponto de vista, Vigo, nn sun pur- te moderna, ¢ nm musen. Quantos milhdos ¢ mi- Ihdes om podra tallinda! que profusio de gostos, desde o bello horrido, ao bello incondicional, cheio do clogancia! Pols som dnvida ha por li tambem maita pacotilha por oir, mite casa Mestuque & pedra, litoralments avorgada Wornatos, kiosq wes, balodes, platibandas, columnaias confusas, dando a todo um ar do foira de vatdades @ pagode in. diano, © quasi sumindo uo baaar dos detalhes as Tinhas monumentass, primacines, da frontarin, Mas apar dessas, quo de palacotes deliciosos ¢ galantes, quo grata madrigalcsca do janclas, que asto risonha, senhioril, de bolear quinas, do instar lar a tomela do canto em termes de fazot resnhir duas fachadas, de porspootivar com pilastrilhas resaltos 05 corpos d’um hatelillo de slong, de dar omfim no edificia qualquer coisa da phisionomia ponsante do architeto, da verve do dono, do picto- resco da raga, om guiza d’ollo ser na coutinni- dado da rua, ma qnina da praga, na folhagem perspectivada’ do parque, no fundo do jariim, no como entre nds, uma nodoa dé muro esburacado, som fascias, mas mma nlelnin opipara, gloriosa, da arto para a Ing, um halali da ventura ht. s0i, para a magnificoncia fu. Alguimas das edifeapies da Lishox wnodeena [Avenieaa da Liberdade, mana, contente, ch ‘Fouten Foveien ce Moilo w Rossand Gates) tornal da natureza, 1 vortmm —29 de outubro do 1906 ® Nom # Camara Municipal, nom sociedades ar- tistions ¢ literarins, nom isoladamento algum s0- nhador chimerico de porspetivas, fachadas, Lin- sfcs, algums yoo pensaram om Interceder pola holeza, n’esta periodo feoundo de reedifiengies « rulnas que em Tiisboa yao desde @ derrocada do antigo Passoio Publico até a9 monumento fenieto que om 8. Pedro d’Aloantara colebra a benome- rencia do Coclho oo futuro minaz da sua agencia, Cada brasileiro on rendeiro rico teve licenga @orguor a casn a smo, conforma planos de mes- tre Antonio ou mestro Taidro, 0 Isto sem a Ca- mara Thos podir ontras contis que mio fossem alcayélas tributaces—sna apoucada 0 cerdosa octi- pagilo. Commissio technica ntinente ao inquerito das construcées sob o ponto do vista da beleza, da axchitetura da case considerada em si ou no con: juncto perapectival da rum, praca, quarteirio, hairro ou macisso maior de monte, vale on pro smontorio (a subordinagio do elomento residencia, ouifim, nm todo monumental, deeoratiyo) onde 6 quo existe? on quam don aqui por olls algn- mia yor? Em runs, quarteirdes, mnssus inteiras do cidade, surgidas om folha, da terra ineulta, 0 que poderiam terse delineado em eonjuncio, cal- culando d’antomio o ofeito architetonico sob o» aspectos da siagnificencia on graca seenographi+ cas, deixouso complotamento 0 oapitalista & solte ae recorrer de sabengas de mestre Tzidro on mes tre Antonio, ou nos projectos de Frangipana ar- chiteto, mui perito om palacetes-cmrraes @ pre- Gios-comadas, prototypos de moxada do lisboo- ta imbecil que pagn de 8003000 a 7003000 réis por cada aniar—venho a dizer o juro do capital com que qualquer artista Ihe hnyeria foils um ideal do palucino esbelto, enlne cour et jardin, © numero unico, quo nfo reproducio banal de on dernos francezea do Perfeito Constructor, walgn ma Uessas aventdas noyas que, com outras cn sas, outros municipios, ontras gontes, soriam pa- raizos do clegancin. © de bem estar, Que barbaridnies, que bestealidades, quo os- coicinhar de burros no bom gosto, que crimes in solvaveis do bellesa, sem froio singram, m cas pricho da manteiga e do arroa ondinholrados, do- vinho a copo, da agiotagom podenga, da carne sécoa e da loja d’armarinko yolvendo & patria abar- rotando doiro em burras prenhes! B eomo ame. dioereira dos. intellectuacs, a inprogrossividncle dos ricot, a ignorancia @ a inago dos dirigentos, até na arebitetura desta pobre Lisboa, reaumo do reing, deixam sou rastro nefando, 6 vio con- tribuir centonas dannos (pois nem em todos os seonlos so fazem reconptragdes emi massa do oi- dades) para o atrazo: da terra, para n exccragio, as posteros o para a nausen coleriea dos payeholo- 0s patriotas! 2 Agnolla rotunda on grande praga de Poi 4 ontrada @um parque,no extremo terminal d’uma, grande avenida.., Feita para coragho da Lisbon nova, da Lisboa do periado cooperativiata 0 colle ctivisia, em que aa assooiagiies protondem fixar us prerogativas do direito, 0 silo forga, essa praca dovia ser o Torreiro do Pago soriolista, d’uma Lis- ILLUSTRAGAO PORTUGUEZA— 300 Algniian das ediftengige da Eighom odor, 40) ILLUSPRAGAO PORTUGUEZA bboa sootalts- ta, 0 cora- gio proposi- tal da nova vida efvica, como 0 ou tro ficon,dn, buroeratics.. EBstnes @ ver 0 que seria n'um plato do tor- ra francen, nium accroscimo de bairros de Paris, es- sa rotuada sym bolica, tendo a0 ser- igo da sua mon umen- talisagta to das as artes aristoorati- ens (lo see Jo, Amuni- cipalidad a haveria miandado Janoae ; ram jacto (assim como ® nossa o daveria tar feito} & ‘pouco @ ponce realisadod guise d’olla sor na cathotion dar livre, ilo uma ciroumfo- rencia de casas som beleza symetrioa, nem ordem, mas algum gallinrds cantico de pedra ao triumpho immortal do pen- sumento, algnma poga d’efoito, Integrada wam tod arohitetonico. Nos quatro pon- fos cardeacs, palncios do eupulns, torres, colummatas, que escusavam sor immen- 868, © sorinm cOnstruidos pelas associa- Wes p'rn sua séde: a das Scioncias Mo- dioas, a dos medioos portnguozes, a dos pharmacenticos, « dos onformeizos, a das parteiras, n’um grupo: a Industrial, a Commercial, n dos Lojisias, n‘outro gru- po... Logo, os inforrallos ou bendelotas do cireulo, proonchidos por pnlacios de comicios, exposigbes de pintura, produ- tos agricolas, industrises, colonines, con- ferencins, concertos—e no que sobrasse, uf voLUMe —29 de outubro de 1906 bertos, on siimplesuento, aos dois Iados, estatuns do contomporancos, no postas ao centro da via, mas nos cantos cortados cos prodios-topos, e com integragiio uo todo architetural, monumental. ® Ao principio da calyais do Salitre, onde hoje slia o palacio Mayer, que o premio Valimor to- cou, como vae tocando outros casartes, parece qno de proposito cscolhidos entre o mais gebo ¢ poor quo as artes de consirnir toom deiindo, eatava m casa da marquoza d’Alorna, quo la morren, 0 foi da familin Krus_nté @ foitura das ruas novas ¢ baircos jacontes d Avenida. Tom osea m youuun—29 de outubro de 1906 nida, enyolta em verdes, rica de tons, como ui bosque de templo japoner: olareiras do jogos, ma- cissos do hoxtos, mnrmurios de correntes —profan- das rags do palmeiras @ magnolias,que por uma banda outra moandram © se perdem... Depois, ‘a cavalloito da montanka, » Polytechnica, branca © monacal, de soveres perlis, as torres do Obser- yatorio, destacando-se no verde; (abi, nas tardes de sol, sob o recolhimonto das frondes, a bicha surda dos carros estillando na arcia da desoida, confluindo om ribeira, entre os flabelos das pal- mas, para o grando rio da Avenida... ‘Nio era esplendido? Nio tinha sido um bene- ficio para a circulaglo crescents @ossos bairros altos 6 distantes, aproximal-os dn Baixa por essx ILLUSTRAGAO PORTUGUEZA — 401 caso da Pombal, foi planaada d’am blooo, © podia. fioar sendo um dos encantados sitios da Lisbon re- sexta, eas0 6 municipio tivesse levado as constru- otores & adopgiio de certos typos de casa integra. dos n’um aro on todo arehiletonico, 1s eatd chioia do casardes © cubatas imbeeis, com mm jnzigo ba- coco ao contro, onde mo diem vio por o mare- chal—ponto 4 qne o Senlior dos Passos, a quem elle ficou a dover 40 contos, nao determine penho- rar-dhe 0 poleiro ¢ a yera effigie, com o que nada perderiam as artes monumenties d'ests pair. Sae dessa praca uma nvonida immense, Ressano Garcia, que ontra no Campo Grande om linha re~ cta. Nesta tambom, o easario que por hi se exgue historia © gosto caraibn dos architotos @ dos do- nog, a inconsciencia acobardada da camara, o estido de sélvage- rin bogal em que isto est, Nao residencias privadas, todavia mantendo o son typo symotrico, relacionade no mien Ne, obedeoondo a niguma bela traga de. coral, jstio d’ahi soguindo, nilo 6 verdade? a longa ar- aria, alta o camposn, fazondo o cirowlo da praca (Portgal parou no typo a’arcada on supportal do’ orreiro do Pago, culdando so eagotira oste adumi- ravel inotive architetonico!) as escadarins daccsso 0s palaoios dos pontos diazonacs, as columnatas solomnes, as torres gracis, de varandins, pinacu- los, tympanos; logo, no fundo, 0 parque, com a ri- ca grado forjada, os belvedores © eascatas de fon- tes quo poderiam opulentar-lhe, solemnisar-Ihe o acoso (n’osto paiz do eanicula onde burritos d’agus sio medicamento e nfo deleito), o fagindo & direita ¢ @ eaquerda, om tampas longas, em cobras pors- pectivaes, as dnas avenidas, quo bem podiam dei- xar a architotura da praga por via de posticos co- © que-poderia w dover sera rotunda do Maryn easa um pedago de parque marginando o jardim da Polytechnica, © houve falas de vir a ser adqui- rido pala camara, 0 que nfo teve logar por uma differonga ridicula do yinto om trinta contos. A casa velha om terra, tariamos aberta, da Patriar- ohala Avenidn, atravea os jardins da Polytechnica, uma sahida rica ¢ aristooratica, por onde as car ruagens subissem ¢ descessom, sob us arvores 11: gadas dos dois parques, a que se fubriearia, sobro & Avenida, sua ontrada destylo grille, um bomi- oyelo @esiatuas on columnas, ondé muito bem po- ak estar Brotero ¢ Garcia da Horta, por exem- plo... Tmaginam dai um pouoo a tive: a gean- de montanha calma, Rassarieaew toda da Aver Pomtal, spmroamentoda Avonida la Liborda‘e.—A entrada para 0 pardue Bavaro VIL plamoda de Inxo, estragada quasi para a vida? ‘Hein? —B completar w oscoanto com as projecta- das 9 munca realisadas ponies de 8. Pedro cantara a0 Campo de Sant’Anna, por cima da Rronida, oa de Sent! Anne & Graga on ao Castello, sobre a rua da Pala, om vez da populaciio dos Dairras oxcentricos continuar a enxurmr © con- Mui aos focos de vida, atrayex antigas ruas ladoi- rosas miserrimas do Moage de ister © da Mocidade de D. Jodo V- Para quo lombrar outros embelezamentos do que j4 hoje so deixou on est doixando pissar a opportunidade’? A praga Saldanha, que no mesmo Hhoure quem so Tetibrasse de fa- ger dose corso uma coisa magni- fica, creando typos do predict quinas, com resalto do tectos © do férmas, rogularicando us fa- chadas dos intermedios, de sorte ‘fa esse immonso corredor ser um agradavel_dolaite dos ollios @ do ‘ipirito. No ponto em que n Ave- nida Ressano ontra no Campo Grando, dizin bem um arco do feininpho on um grande hemi- cyclo d’estatuas © cascats, por cnjas pontis as currnagens eur: yejassom, deixando um salon no concavo, para frase de rostane rants © do cafés, © que ao mes- mo tempo sorvisss de palco ou fundo sobre que fazer convergir aguas do persue, @ Gantecar je mapissos. inietnrem-se os gémos ge. aproximasse o_ rio, 0 mais posaivel, © com o triplo da Jargurn quo tem hoje, fosse enfi- Jelrando. no relvao contral, por ali f6ra, a comoqar d’Algés, até Sania Apolonin, esiatuas de (o- dos os heros das deseobertas 6 conquistas, 0 que darin ao os trangeiro quo entyasce orio,com essa fileira de eolossos, uma idéa senhoril do poro luzo, @ beira- mar lisboota mina cara soberbs de reeeber visitas... 0 a8 pagar —F ainda, cogninda » mesma idéa de metkodo, propesta, cmquanto a Avenida da Incin fosse a galeria dos ancestros cyclopicos, dos forrabrencs Tondariog, bom podia a da Liberdads servir do sax io: contemporanco, ir recolhendo nos seus rely @ambos os Indos, todas quantas gontes merccessem da gloria, © valosse a pena fixar nv porpotuidade oultual das geragoos. ‘rest seviam £6 monumentos pequenos, de busto © s6clo, nia bage alguma figura symbolica ott beni- torlo para flores nua datas biographicns. Todos os smodornos immortaloites da vida burguoza, loios os ‘heroismos vogetes dn xoconteepopeia wiramarina, to- das as celobridades minusculas emfim, um pouce foitas daquillo que shamariamos o Kosmos uncio- 402—ILLUSTRAGAO PORTUGUEZA nal contemporanco— philantropos, politicos, come- disntes, pootas, plntores, iniere @*Africa, almiran- tes do lauchaseantonairas —ali poderinm defron- tar, adentro do impnssivel bronze, of juizos da historia, pela bocca eynica dos pasasntes, E por voutura isto intellectualfsaria o ar, to denso de matites palurdia, oroaria, quem sabe! no snbeons- A mallograda cominin loacto doe ar dine da Eaco « Polytochales » Avouida da Liberals, ‘ur por sin snonquinha ynosidn dy prog delxou de or antes ciente da turba,o mundo do visioultura o ospixi- tualidade csthetica, eo hiperesthesin moral, de que tanto ha mister essa canalheta futil quo faz 6 subs. trato da cidade, o tem nas cagddas dos passaros da Avenida principal recompensn dos seus octos, a —Com 05 grandos ala gadios quo as obras do Porto de Lisboa teem co: amido ao rio, da banda da eidade, avangaram as mu- ralhascaes 6 un plano anterior a0 do. embarcn- lotro central da Praga do Commex- ein, regultando esta fear no fnndo Wuma especie de doca, porque com 9 correrse o aterro, nllo fosse per- aida a maravitha prin- eipal Wessa constriisolo stimptuosa, qual a do ba- torem-lIho as marés do To. jo 03 fundamentos, AY data d’este osstipto andam a erguer de novo 83 columns de pedra, de 8 motros, que na ponta do embarcadoiro ta ainm parts do plano primitive da praca, o a desprumada lenta co enes, polo embato das aguas, hiaviam dor- ribado © submerso ha alguns anos. ‘Ora a roposi¢wo dns columnas, quo era medida d'acerto antes do. am Baroadoiro do Terreiro flear no fu do da aéea, agora acho-n de mui Auta m voLuMe —29 de outubro de 1906 apoueada comprohensio dosorativa para ose ro cinio marinho algo yasto, que reciia o panorama da praga, visto de mar, o por isso mesmo reclama monumonialisagto mais teatral, o uma modos antecamara quo desbanalise a tnsulsez da doca, que om pouco tempo teré o encardide ar @uma latrina, Direi agora como eu em eonjuncto yojo, estando na ‘agua, a quarenta motros do cnos, orguer-se ante min. os an snmptuosn Praga do Com merefo, unicn coisa graniio- sa que & beira Tojo sita, de quanto a chamorrios da gen- to edificon n'est caravansor rail immenso de Lisbon, Mo- da @ bein da doea wma ba Jaugirada clo. marmore, alts osevera,aberinde balaustres, no estylo da praga e mais dos bancos da pedra que 14 po. garam le ponco, sol ag ar vores. Em toda a muralha rampitos. do ombarestoiro quo Li vomos, 0 portance 4 primitiva traga pombalina to Torroiro,-balausteadas do mesmo typo correriam por todos os ‘rebordos, semnindo os muros parapettos, bordan- do xs rampns das egeadas La. toraes ¢ plano inclinado o tral; @ essa balausteadas in- terrompidas em pontos syme- tricos por mnoissos pilaxes ompolairados d’osta. tune colossacs, seniadas 6 agrupndas, ao gosto dos rlos da Avenida, on dos grnpos allegaricas do pe- dostal da estatun de D. José—o quo alternariam com ontras, sustantando, om lancos do bronze, gi- gantescos pharoos, d'olectrici- dade ow gam, con- forme for. Entre os Bes grupos seriam mais fornidos 0 Woxpressiio apothootica (clophantes, cavallos, victorias trombo- teanilo, genios modusares cotrendo agua, Iuctas athleticas de leds @ de ren: tauros) todos o8 quo, dafrontados do rio, eauslisassem os ollios fo touriste para acon. templagto da praca em Dloso ; rerbiyratia o8 que sobre a correnteza da muralin-eaes, marcam a reintrancia on inflo- xfo d’essa”muralha para a doce, © 08 que is bandas do plano inclinado contral fizes- ser avonida até ao torraplono do Terseiro, © recinto illuminado o magnificado do obras de arte. praga com mals luz, ¢ an cforisada uma tenda @ terrasse para corve- jnr © corvetear nos mozes da calor, aki tor- naria o lisboeta a tomar fresco, pelas noites © fardes, n’esse Nerroiro do Pago famoso on- tr’ora, em tempos de D. Maria T © D, José, nm youware—29 do ontnbro do 1906 quando era moda fazer a tage, como eniiio 60 disia, sem nonhum synthaxt. 0 pegiar, como ho- jo peas, cuando alguem ‘diz quo yao fazer o Cam. po Grande. ‘A ponte sobro 06 valesda Aveni- dao rua da Pal ma, ligando 8. Po- dro Alcantara a Sant’Anna, © sta 4 Gragn ou Monts alo Castello, era umm obra de segu- ro ffeito econo: graphioo, gigantes- ca 0 pernalta, har- ands 0 ar i’um salto audacioso. So- bre 6 fnoto desta. belecer entre hairs ros poriféricos uma grande circu. lagio, rapida_¢ mais curia, tinh ainda predicado raro do cortar as easavias mono ans desta cidade som oupulas nem forralag; ‘oom unt magnifico Jogo do obras darts. Tima das outeadas do riaducto—Aspacte da Avena oNe posto am que ® Avouida Ressauy Garcia wnira no Campo Grants * ™° ena bow wm areo lumpia es ILLUSTRAGAO PORTUGUBZA—403 Percorrer em manhiis © tardos essa avonida a 50 motros do solo, bordada de pas. seios 0 refugios suispensos sobre mi- sulas, vendo por baixo vertiginosa- monte fervor a bi- charin dos bairros pobres, a avenida eatender-se emt ra. guelros brancos © ‘Verdes, nsphalto © folhas @arvores, na estontongio do ar livre, eom to risontoa tla ¥00 de aguin, sorla mm Wostos prazores sybaritioos que os eogitadores de chi- meras agradece- riam a Dous, como antevisio do parai- os dos madnros. Que vagabunda- gens por ali, nas noifes quontes, pow rorando no. ar pul- chro, sobre @ ima- dorna bronca do Wargo, as velhas questoes que fa- em oltigpar o olhi- to mgoso, do pa. 401 — ILLUSTRAQAO PORTUGURZA ssio, do Gual- dim! Queour- yejos de quedas do ali a baie x0, quando ds aproches da cani cula estagi o sui. cidio os cerebros fracos, a pretaxto @uma ‘firma imi- inda oma letra, on @am monsicur topado na alcove conjugal om suspensorios! Essa ponte, sobre oa sous pégdes Un seprcld Ga Avenide da Tudla 1 youre —20 de outubro de 1906 de pedra, cyelopicos, cingidos do elevadores para © formigneiro malneo das subidns odescidas, mar- earls nos fastas da cidade o advento d’uma epoca novissima, agitnda, em que so confundiriam as linguas, como em Babel, sem receio da eolera do Senhor | E como seria forgoso axranjar coragho para ess aorta, no ponto do chezada da ponte, adentro dos muros da aloagova ou cidadella da Lishoa histo- rica, veriamos lovanter-so—a vir o que?—nada menos que um palacio da Alcacora, nao o antigo palacto dos kalifas mouros, romendade © aceres- comtndo desordenadamente polos reis portaguoxes, até D, Sobastito, conform so 18 nos suggestivos apuntos da Lishou Antiga, mas alguma coisa offase canto, nssim como um gigantesco solar de poly- chromias © de rendas, ferro cobre dourado, faian- gu © marmore branco, o qner que Posse da cabega Wosia cidadp immensa de colinas, Westa rainka doitada em que tudo slo hombros © joellios, por falta. @uma corda’ heraldiea que sobre um morro clastico altivamente a sagre © lhe dé brilho. Para que servirin o tal palacio da Alcagova? dixiam. Para tirar noites ¢ tardes de Lisboa (as do vo ¥ho prinsipalmente) da pacatoz provincial em que 08 estrangeiros anno apoa anno yeem topala. ‘To dos dizem yno a torra ¢ linda 60 clima volu- Bitoo, mpesdr da nortada bronehiticn 6 da imman- licia lovantina; mas que fazer ds nofies nama terra do gento mazombia o mulheres feins, em quo a magia das noifes nio péde muis"gozar-se om es © Terrilew do wine to m ‘Ucpols da ampl apo momemental do caes dy desembarsne 4 vouvmn—29 de outubro de 1908 planadas do cafés © musicals, & boira @agua, on ante panoramas oxkanstantes, sobre coréas do co- linas, atirando dinheire sobre rolotas—ou om ci cos do vordo, ouyin- do concertos’ ¢ fun- dindo na bocen go- Indos, sob arendas do colnmnatas » yo: Jarios, om oadeiras de _verza polychro. mat Hvidentomontefal- fa brindar n cidade com o8 altrativos © viclos que a gente culta 6 rien tom por passatom po, pois, nlém dag capiiaes nfl engordarem hio- {Jo de virtudes, 6 cor- to que um pouco do Aghooks. activa a ci- vilisngio dos povos hisomios, ¢ éuin mi ravillioso factor do muggestier. Rolota, amulheres, circos de vero, theatrofories, musion classi. em, athlotica, mascaradas, festas do eatneter pictoresco 6 popular, tudo isto podoria incluirso n’um Yoshi: hara feorico © colossal, casino o -clreo, bibliotlioca restaurant, ve- Jotzomo ¢ frontio, hall do concor- 405 © thentro d’opora, n’esso reoin: 4 do chamndo Castello do S. Jor- go adentro da cinta de muros on- do fol outrora 0 ronqueiro da cidade (0 isto som Iho bulir nas pedras historicas) ¢ hoje gorgulha ima infeota easerna de soldados. ‘Yestir a montanha toda do cyprostos, oujo desta quo desorstivo, sobre a casaria, era soborbo, abrir slovadores da’ cidade baixa a(é sis portas histori- cas da muratha, 6 nos torraplonos orguor 0 monu- mental palacio, quo ,fosso uma maraville d’cle- gancin e do riquoza, com torres, enpilas, oirados, galoring aberias, yarandins, oxtonsas caplanadas ; © wesso isclamonto do ar, com toda a cidade om Uma xposicto tn frat wo future ae Hauardo ILLUSTRACAO PORTUGUBZA — 405 plano inferior de rode da montanha, encher 0 pa: Faiso de fogos olaros nas uoites ostrelindas, de musicas @ ruidos festivos, inaugurar u’esso cas- follo a ora da vida alogre, da elegancia sopurchic, da chi- meta anul, do /ar- niente {ntolle tual que 0 forasteiro ne- cosaitae 6 portugnen iguora, © a que sc prostaria marnyi- hosamente a situa- silo unien d’essemar. ro mirando 0 dos- Jumbranto estuario do Tojo,» sumptio- sidade do ar, a din fanoldade do cou o dos contemplutives moutes da otra margem. Com um Estoril e um Caseacs catacio Winverne e batota eosmopolita, pravi- Jogiads conforme 0 typo da proposta feanco-belga de ba ois annos, que afugenton a praderied’nmas pos: sofnhas tito virtuosas quanto estupidas; com um palacio da Alongoya subsidiar do diversies ms- nos ruinosas ¢ mais finns: com dois on tres corses, praas, parques, agefiados mais on menos 4 traga monumental, architetural, que deixo dita; com nm municipio monos sujo o habi- tantes mais closos do lustre da sita oijade, Iiiahoa entraria de von no armorinl dis capi- ‘aos vortiginoss onde doliciosamente a vida se grelha no astontoio das quotidianas sansngbes, € 86 ontilo Lnverin motivos para chamar o estran- goiro e roclamar as seintillagdes do bello sol, que nds nilo inventémos, © do bello clima, que nfinul, eavalholros——es una broma colossal ane ie Fr uno pI ALE © palalo daa fastas mo morro dle Castello, coroundo x elie ANNA _ «Oh recient tonyours 4 dsespréimersamours...8 Anna Pereira, que tia cineo annos decidira abandonar para todo 0 sempre o theatro; que fizéra uma fogueira de todos os sous papeis; que raygara a maior parte dos si tos—dacumentos admiraveis do cyclo tro portaguex—; que vendera inclusivamente a sua caixa de caraclerisagao; que resolutamente afastara de si tudo 0 que a prendia a memoria de quarenia annos do trium- phos; que resolxéra com a sua proverbial forea ds vontade nunca mais ha sua vida pisar as taboas dum palco— ‘Anna Pereira, muito instada pela gerencia do theatre de D. Maria, que Ihe propoz eseriptura para a presente épo- ca, docidiu linalments, depois de cinco annos derepou- so ¢ de ronuneia, yoltar ios seus «primeitos amores,» Ponde mais n’ella & sandade dos ainda recentes triamphos do que a memoria dos desgostos quo a Jevaran a abando- ‘nar o theatro. A principio hesitow; sentiv, 0 travo de.amar- ‘gura d’essas recordaches menos felizes, que a sua extre- ma impressionabilidade ampliaira até is proporgdes de des- ‘gostos profimdos; mas, por fim, a sua face ainda rosada fresea aniniea-so, os olfios brilliaram-Ihe cam a viveza dos tempos aureos da Madame Angot e do Barba Azul, 0 co- batewhe mais forte, mais apressado, a seeutelha acordou debaiso da cinza Wesses cinco annos perdides, —e Anna Pereitn, corn muita pena de ter rasgado 0s seus antigas retratos, de ter feito uma fogueira dos seus antigos papeis, de ter vendtda n’um accesso de mau humor a sua poe caixa de earacterisacao, ahi esté de novo, d'aqui 4 alguns dias, a ropresentar em D. Maris a Mantifha de Benda, quem. sabe se mais tarde o Juan José, talver com o-andse 60. tempo a Mareeala.... «On revient fowours d ses prémiers amourse: como havia a illustee actriz de se furtar a um destino mais forte do que a sua propria vou tade? ‘Anns Poreirs pode pois considerar-se de novo na plena actividsde do sew métier © na plena evidencia do seu ta lento ineomparavel. Ao reponso obstinado de cinco annos vat seguir-se 0 trabalho minterrupto de todos os dias. A Antia Pereira ménagére, obscura e placidamente aninhs no seu 3.° andar da rua do Sol, succedera a Anna Pereira comediante, guardando ainda, apezar dos seus sessenta amnos, a viveza d'uma soubrette de Molidre ou de Mart vane. As attenedes deste pecqueno meio, que é afinal um egrands meiox de theatro, yio outra ver fixar-se sobre esse nome tantas vezes repetido pela mocidade doirada de 1868, evocar a tradi¢ao dos seus enormes triumphos, re- cords um poueo o pasado airaver os lindos olhos do Brincipe da Gata Borvalheira on do maillot negro do PEREIRA garuto e suggestive Boccacio. Com os seus eabellos ja quasi brancts, o passado renascers. F esse passado ane edotico que a Llustragit hoje tenta resurgir, na-s6- como Homenagem 4 illustre actriz, mas como documento interes- santissima para a historia da arte de representar em Por- tugal durante & segunda metade do seeulo xrx ‘Anua Pereira, —como Virginia, com como Rosa Damaseano, como Lucinda Sin lina Abranches, pertence ao uumero hejeinfelizmente res- tricto das actrizes que comecam eodo, Dos 44 para os 15 annos, em 1860, fazia a sua esireia no theatro do Gy- tmnasio, entio explorado em sociedade polo Tabarda, Ma- chado, Emilia Candida, Romio, ete, A pega que teve a luowra’ de servir para a aprosentaeao de Anna Porvira chamaya-se Peccados do seeulo XIX, « era original de Braz Martins, —esse singularissimo typo que foi no seu tempo ductor ¢ actor, que quiz vestir o Christo do Evangeho em Aerio com uma peca de panno dé Fino, © qué :ndava jas ras de Lisboa, muito alto, os olhos vermelhos de conjunctivite, uma sobrecasaea amito velba, um chapel- Jo de séd na cabora, a apalpar constantemente na Tetra do pelo caies dire para rapé quelbe déra El-Rei D. Fernando. Foi talvex esta pega a primeira revista do anno que s¢ escreven em Portugal, Pode considerar-se a Mére Gigagne do genero,—se nfo quizermos, por preoeea- pagio historica, remontar a Gil Vicente, Embiora nao tives~ se ainda 0 nome de drevisias, porque semelhante desi- ghacio appareeeu mais tarde, a pega de Braz Martins ja adivinhava entretanio o futuro edrte do genero, as figuras fymbolicas, 0 eptiodio love, a caricaura pala, Foi a verdadeira predecessora do espirito subtil de Schwalhach. Entrava o grande Santos Pitorra, entio apenas escriptu- rado; entrava a Letroublon, a fiura Gra-Duguesa do Principe Real, cuja belleza ¢ cuja-vida aventurosa come= gavam a dar brado; eutrava a Margarida Clementina, rma de Anna Pereira, como ella debutante © como ella cheia de talento. A Florinds, que apenas se estreidra 6 que era nma mosqui , Sem vivacidade © sem raga, disteibuiram, no Giro das Nagoes, uumero sensa- tional da pega, o papel de China; & Anna Pereira, cuja vivera ji se preadivinhava, e cujo olhar, apecar dos seus 14 annos adolescentes, tinha a alegria d’um capote verme- Iho eo brilbo duma jola aragoneza, eonfiaram o papel vivo ¢ endiabrado de—Hespanka, Escusado dizer que fai ‘uum succest,—é que a Hespanha vencen em toda a linha. A actriz que devia, mais tardo, sor o arbitro dos grandos @xitos da Trindade ¢ arrastar 0 publico atraz da sua vox Manoela Rey,

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