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ENTRE O HEROI CiVICO E 0 CIDADAO COMUM: 0 POLITICO NOS LIVROS DIDATICOS DE HISTORIA Wiamir Silva Universidade Federal de Sio Jodo del-Rei vwmsilva@mgconecta.com.br Introdugio Em sintese recente da histéria politica brasileira, Bolivar Lamounier se refere a um corrente pitronismo (LAMOUNIER, 2005, p. 15-16). Esse ceticismo nacional & imerso num contempordneo esquecimento da politica, na colonizagdo da politica pelo mercado € numa ordem social naturalizada (OLIVEIRA, 2007). Esse esvaziamento da esfera politica impacta os jovens, situados num “mundo [...] pré-definido”, impermeavel a politica em seu sentido clissico — que organiza e transforma a Pélis -, que desprezam a politica partidéria ou institucional (KRISCHKE, 2005, p. 324). Nesse contexto, a cultura escolar ¢ seu meio mais significative — 0 livro didético — pode ser de inestimavel importincia, O relativismo pés-moderno ¢ a antipolitica © relativismo pés-modero tem aqui o seu aspecto. mais inquietante, na leitura fragmentada de uma microfisica do poder, na qual se dé um descentramento: do politico para o poder, do Estado — parlamento, partidos, ideologias ~ ¢ das “politicas redentoras” para as micropoliticas das “necessidades bisicas do cotidiano” (CARDOSO, 1997; BOITO JR, 2007; SIQUEIRA, 2000). Nessa inflexio declina a politica “tradicional” e 0 “cotidiano” & imerso numa ordem perene e imutével. ‘Uma histéria de vigs sociocultural, em diversos matizes, marca as atuais tendéncias curriculares e priticas do ensino de histéria (BITTENCOURT, 2004, p. 115 e 118). No entanto numa perspectiva “culturalista nfo dialética’” e até “sociologizante” (JANOTTI, 2001, p. 45), a cultura substituiu a politica, A mediagio politica (CERRONI, 1986, p. 116) tem sido a de mais dificil integragdo dentre os novos temas historiogréficos, pela crise do Estado-nagdo e as tendéncias difusas da pés-modernidade (CARDOSO, 1997). Redundando numa histéria social e/ ou cultural divorciada da politica — “poder ‘politico’ versus “social” (WOOD, 2003, p. 208) — e fragmentada (BITTENCOURT, 2004, p. 123 © 127), pela diluigo no “social” ou na “meméria” tradicionais alheias & iciahistéricea (RUSEN, 2001, p 77). Assim, abordagens intervengio da consei centradas na ocupagio da esfera piblica e na perspectiva da disputa pela hegemonia, isto é, na mediagdo politica voltada para a organizagao global da sociedade, tem dificuldades em encontrar espago na cultura escolar. E pertinente eleger a influéncia de Michel Foucault como o contraponto pés-moderno. ‘A “marca da pantera” na historiografia (RAGO, 1993) aponta para uma profusio de poderes © saberes, entrelagados e onipresentes nas relagdes humanas. A sociedade disciplinar irradia-se por todo o meio social e no hi vigilantes ou vigiados, ou s6 hi, a0 mesmo tempo, vigilantes e vigiados: “fiscais perpetuamente _fiscalizados” (FOUCAULT, 2005, p. 148), Nao hi poderes ¢ saberes dominantes, todos sto igualmente disciplinares, ou grupos ou “classes” que originem a dominagao, pois os controles so pulverizados por toda a sociedade (SILVA, 2006/2007). Nao se trata de : poder de quem” (DOSSE, 2003, p. 210-211), o poder & a substncia homogénea das relagdes humanas. guestionar, “quais so os ator: Na concepgao de poder “pancritica” e “poli-amorfa”, “todos lutam contra todos” (SAHLINS, 2004, p. 4, 51-52 ¢ 87) e ndo cabe a politica global ou a investigagao da mesma, Para Foucault as lutas potiticas se tomam focos de poder a humanidade “prossegue assim de dominago em dominagdo”. Nao ha propriamente luta politica, pois “onde ha poder ele se exerce”, ou titulares do poder, e, no entanto, ele se exerce em determinada diresao, com uns de um lado e outros do outro; ndo se sabe 20 certo quem © detém: mas se sabe quem nio 0 possui”. O poder difuso ¢ onisciente “se” exerce numa relagdo imaterial ¢ imumana, no pode ser combatido ou conquistado (FOUCAULT, 1979, p. 25 €75, 2005, p. 107). A pantocracia foucaultiana sepulta 0 politico como insténcia de mediago ¢ objeto. A esfera publica é mero paleo do panoptismo, a cultura politica € fungdo do poder onisciente, as linguagens politicas sio “advindas de uma Idgica circunstancial de poder”, as sociabilidades se dao sob a forma de ameaga ¢ sob o poder de punigdo (SILVA, 2006/2007, p. 3, 9 © 16). A esfera piblica como realizagao histérica em processo (HABERMAS, 1984) se reduz ao “surgimento de uma sociedade ‘disciplinar’, “carcereira’, baseada em formas indiretas, ‘microfascistas™, de controle e vigilancia (FORMENT, 1999, p. 204-205). © descentramento do poder e a sua pulverizagao numa impenetrével cotidianidade fazem do conhecimento histérico um exercicio fenoménico © superficial de observagdo, muma pretensa “forma expositiva neutra, sem cargas, ideologicas” (FONTANA, 1998), na fragmentago dos sujeitos sociais numa naturalizada cotidianidade que obscurece as contradigdes e os projetos sociais em jogo (ALMEIDA, 2003, p. 81). © impacto dessas concepgdes no ensino de histéria desqualifica 0 espago pablico © a mediagao politica como objeto, corroborando reforgando o pitronismo por meio da cultura escolar, ensino de histéria ¢ a antipolitica Se 0 ensino de histéria constitui, uma “comunidade de sentido” (STEPHANOU, 1998, P. 16), € certo que isso ocorre também na dimensdo politica, cujas percepgdes, © interdigdes, orientardo para uma pedagogia da passividade ¢ da obediéncia ou para a emancipagdo social. O conhecimento histérico reveste os valores acerca da dimensio politica da sociedade de “experiéncia temporal”, como observa Riisen (RUSEN, 1992, p. 29). Numa aparente critica & histéria subordinada ao poder desconstréi-se 0 politico como objeto, a exclusdo das “elites” ¢ das agdes politicas desloca o estranhamento do mito hetoificador para um estranhamento & préxis politica, Assim, aparta-se o homem comum da politica, exilado nas “constatagdes € narrativas sobre um cotidiano despolitizado” e naturalizado. As “elites”, ndo mais heroificadas, ou antes demonizadas, restam inaleangaveis, ¢ “Yo passado piiblico [um] objeto de trabalhos fora de moda”, subsumido numa cotidianidade presentista, do “interessante” e do “mundo privado”, em detrimento das “atividades da vida piblica e [da] consciéneia da cidadania”, ou seja, no “tepiidio da histéria politica” (JANOTTI, 2001, p. 43-47 e 52). ‘Nesse contexto os Pardmetros Curriculares Nacionais propdem “a predominaneia [...] para as histérias sociais © culturais”. As “lutas © as conquistas politicas” - sensivelmente minoritirias frente a outras questées dio separadas da “constituigdo da cidadania”, que remete a saiide, higiene ¢ vida © morte, Divorciada da politica, a cidadania & se dé “dia-a-dia, [em] atitudes de solidariedade, cooperacdo € repiidio as injustigas, respeitando o outro ¢ exigindo para si o mesmo respeito”, ou seja, no plano da “insergdo social” do individuo. Inserido na sociedade dada, cabe a0 cidadio 0 cuidado de questdes especificas ¢ fragmentadas: desemprego, segregagdo étnica © religiosa, especificidade cultural indigena, novos movimentos sociais (nao os “velhos”), desrespeito pela vida © pela saiide, preservagdo do patriménio histérico-cultural; preservago do meio ambiente, ética nos meios de comunicagdo, violéncia e a criminalidade (PCN, p. 7 €44- 45). Oen: 10 de historia e 0 resgate da politica © enfrentamento do amilgama pirronico © pés-modemo faz-se pelo reconhecimento de uma relativa autonomia do politico, como lugar privilegiado de articulagdo das representagdes ¢, ainda que condicionado, engendrador da realidade social (REMOND, 1996; ROSANVALLON, 2003; CHARTIER, 2002, p. 92). A pluralidade de temas e a conjugagio de conceitos é uma caracteristica da “nova histéria politica”, Eleigdes, partidos, associagdes, biografias, opinido piblica, midia, intelectuais, idéias politicas, linguagem politica, mitos, religido, politica externa, guerra, sio temas que retomam ¢ renovam a histéria politica como campo de investigagao. As reflexdes conceituais sobre a esfera publica, a linguagem politica, a sociabilidade, as representagdes simbélicas e a cultura politica a incluem definitivamente no campo da histéria-problema, da construgdo de hipdteses explicativas e da reflexdo tedrica (REMOND, 1996). E se as formas de constituigdo do poder global envolvem me: € pertinente a reflexio sobre a construgdo da hegemonia, como campo de confronto ideolégico e simbélico € de experiéncia social (GRAMSCI, 1999-2002; BOURDIEU, 1989; THOMPSON, 1998, p. 79). E se 0 politico € espago de engendramento da sociedade, como afirma Chartier (2002), 0 seu estudo ¢ pertinente para a “orientagao pratica da vida no tempo”, propugnada por Riisen (2001, p. 34). E urgente, pois, recuperar a histéria politica como objeto da cultura escolar e, a partir de “andlises combinaveis entre varios ritmos [de tempo]”, encetar uma investigagao eritica voltada para a “pequena duragao que abrange o registro do cotidiano da esfera de decisdo politica”. Em conjunturas especifieas, nas quais observa-se uma ampliagdo do espaco piblico ¢ inflexdes na cultura politica, permitindo uma perspectiva propriamente cidada do ensino de histéria, Na perspectiva de que a dominagao é construida e de que, se o poder é das elites, estudar as suas ages é “penetrar [nos] meios que detém poder e conhecer seus mecanismos coneretos” (CHARLE, 2006, p. 30). 5 livros didaticos de histéria e a antipolitica No conjunto do problema, destaca-se 0 livro diditico como instrumento estratégico de construgdo do curriculo escolar na pritica, constituido ¢ constituinte privilegiado da “noosfera” que envolve 0 conhecimento histérico (MONTEIRO, 2009). Constituido porque Seus autores conhecem 0 mercado editorial, estabelecem relagdes com a produgio académica, respondem a orientagSes oficiais ¢ esto imersos na sociedade de midia, Constituinte porque os livros escolares orientam alunos e professores no espago escolar (MONTEIRO, 2009). A partir da problematica apontada, fizemos uma primeira aproximagdo analitica de colegdes do ensino fundamental aprovadas pelo Plano ‘Nacional do Livro Didatico - PNLD - 2008, disponiveis no mercado editorial em 2009. Optamos na presente reflexdo pelo recorte dos temas da Independéncia do Brasil (1820- 1822) e do periodo das Regéncias (1831-1840), sobretudo quanto as liderangas e grupos politicos e seus projetos. A opedo espacial e temporal deve-se aos seguintes fatores: a) trata-se, respectivamente, de um tema cléssico - caro a “historia civica” — © um problemético, pela tradigdo historiogrifica de vé-lo como castico; b) sdo temas que remetem & formagdo do Estado nacional brasileiro e, portanto, de nossa “matriz cidada”; ©) sio temas que remetem, também respectivamente, aos mais tradicionais herdis, civicos e aos mais incdmodos atores politicos. Os livros didéticos no mercado brasileiro sdo, em seu conjunto, de boa qualidade, Em linhas gerais, 0 nosso recorte analitico encontrou textos corretos, com bom nivel de informagdo, embora também se caracterizem por narrativas mais ttadicionais do que as apregoadas pelo PNLD. Chamou-nos sobretudo a atengdo a pouca complexidade daquelas conjunturas quanto & génese ¢ ampliagdo da esfera publica, as diferengas entre grupos politicos, & formulagdo dos atores, as articulagdes e projetos © os meios de intervengao politica, a despeito de publicagdes de divulgagdo historiogrifica presente no mercado (BASILE, 2000; OLIVEIRA, 1995; SCHIAVINATTO, 1999a; MOREL, 2003; LYRA, 2000; Cademos Cedes, 1980). A figura de D. Pedro pouco foge da narrativa tradicional, menos herdica, certamente, mas quase nada da “persona” destacada na nova historiografia (SCHIAVINATTO, 19996). Gongalves Ledo e José Boniffcio tampouco surgem em sua dimensio, Se ndo hha mais o “patriatca da Independéncia”, pouco ou nada se mostra do intelectual cosmopolita e de suas contradigdes reformistas’ autoritirias. Membro da “elite”, pouco ou nada da especificidade como proprietirio ou da tensio desse fato com as tendéncias democriticas, ou mesmo republicanas, de Gongalves Ledo. As répidas classificagbes dos atores © grupos politicos da Independéncia e das regéncias acabam por alimentar generalizagdes homogeneizantes nas quais se identificam “ricos”, “proprietarios” & “elites” como inicos ¢ indistintos atores politicos. A identidade de elites politicas & elites econdmicas, obscurecem as diferengas entre proprietétios e 0 campo de formulagdo de opedes politicas. De fato, as resultantes dos embates da Independéncia & das regéncias so explicadas por uma teleologia determinista: a adequagio aos interesses — imediatos e homogéneos ~ dos proprietérios de terras e escravos. Ao fim do periodo de to significativos embates, na sintese crua de uma das colegSes: “[com] a manutengdo do imenso territério ¢ a garantia do poder nas maos da elite agriria © escravista: 0 Brasil estava pronto”. A pequena importancia dada em geral aos projetos politicos obscurece questées como da representagio (preeminéncia do Legislativo ou do Executivo, amplitude do sufragio), da luta parlamentar, do embate na imprensa (ainda que alguns citem um ou outro petiddico mais “representativo”) e das ocupagdes do espago piblico (os movimentos de rua da Independéneia, o episédio da Praga do Comércio em 1821, o Sete de Abril em 1831 etc.). E sintomético, por exemplo, que a referéncia subjacente do poder da “elite proprictéria” como restritiva & participagdo popular no tenha remetido a proposta do tados, Grande Fateusim Naci —um modelo avangado de reforma agréria ~ pelos e pot meio do petiédico Nova Luz Brasileira, Os exemplos mostram 0 impacto dos condicionamentos citados ¢ apontam para o vicuo na formagao da orientagdo histérica em seu mais significative meio, como catalisador € difusor de concepgdes de mundo pritica social. Conelusto A dimensio politica da historia nfo & uma entre outras, Nao se trata aqui de opé- 1a & economia, & sociedade ou 4 cultura, numa separagdo, aliés artificial e ainda mais problemética no campo da vida pritica ou da orientagao histirica no tempo que norteia a mediagio didética (SANTOS, 2006, p. 10). Ao contrério, a questo € perceber 0 politico como centro por meio do qual essas dimensdes se articulam e se concentram, universalizando-se, na permanéncia ou transformagio de modos de vida humanos, ‘Nessa perspectiva, constitui-se uma “caréncia de orientagao” (RUSEN, 2001, p. 63) 0 desconhecimento das formas complexas da dominaglo - em especial da construgdo de hegemonias com dimensdes filos6ficas e culturais -, em especial quanto ao ordenamento global da sociedade. E necessdrio pois, envidar esforgos para a constituigdo de uma cultura histériea dialogica e critica, para além de simplérios maniqueismos e homogeneidades, que fornega meios para uma retomada da esfera politica como locus de projetos sociais (FONTANA, 1998). Uma retomada que ensejard a pritica da politica para da dicotomia entre os inaleangaveis herdis efvicos e a abulia imposta ao cidadao comum. Fontes e bibliografia citada: ALMEIDA, Malu. Pés-modemidade & cigneia: por uma histéria escatolégica? 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