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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE MATO GROSSO

CAMPUS CUIABA

DEPARTAMENTO DE ELETRO-ELETRONICA

RELATORIO DE VISITA TECNICA AS ERB'S LOCALIZADAS NO CAMPUS CUIABA DO IFMT

CUIABA-MT

2009

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE MATO GROSSO

CAMPUS CUIABA

DEPARTAMENTO DE ELETRO-ELETRONICA

RELATORIO DE VISITA TECNICA AS ERB'S LOCALIZADAS NO CAMPUS CUIABA DO IFMT

DISCENTE : AMILCAR FERNANDO FERREIRA MARTINS TURMA : 6833A

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

COMPARTILHAMENTO DE SITES

Compartilhamento de sites: Uma necessidade

A atual tendência de restrição a implantação de novos sites pelas Prefeituras de todo o país,

movidas pela preocupação da população em geral com a poluição visua l das cidades e possíveis

efeitos da radiação eletromagnética sobre a saúde humana, leva as Operadoras cada vez mais em

direção ao compartilhamento de sites.

Inicialmente o compartilhamento entre Operadoras era evitado, pois a competição por cobertura

era um diferencial de vendas. Hoje praticamente todas as áreas urbanas já são cobertas e o

diferencia l de cobertura mudou de cobertura outdoor para cobertura indoor. Como conseqüência

desta corrida por cobertura, houve uma multiplicação de torres e estruturas próprias para instalação

de sistemas irradiantes, levando as Operadoras a arcarem com altos custos de implantação e de

operação em sua rede.


Esta situação levou à viabilidade o compartilhamento entre Operadoras, surgindo empresas no

mercado dedicadas exclusivamente a alugarem espaço em torres e estruturas, tais como prédios e

caixas d'água.

Com o leilão de novas bandas de freqüência pela Anatel, as próprias Operadoras passaram a

possuir sistemas em bandas de freqüências distintas em sua própria rede. A utilização da mesma

infra-estrutura existente passou a ser a solução mais lógica para implantação da nova rede. Isso

gerou uma redução de custos com o melhor aproveitamento do investimento já realizado e

possibilitando um start-up de rede mais rápido e de custo mais baixo.

Novas leis de ocupação de solo, inc luindo regras correlacionando a altura da estrutura com o recuo

exigido às laterais do terreno, mobilização da sociedade contra a poluição visua l causada pelas

torres e preocupação com relação à radiação eletromagnética levam as Operadoras a sofrerem

atrasos nos prazos de instalação de sites, sendo muitas vezes impedidas de atender a determinada

região.

Além destes fatores, a utilização de antenas de alto ganho e a configuração de antenas necessárias

à diversidade na recepção, que requer a utilização de um maior espaçamento horizontal entre

antenas, leva muitas vezes a inviabilizar um processo de aquisição de site.

Como viabilizar um compartilhamento

A chave de um compartilhamento bem sucedido é o planejamento.

Existem muitos níve is de compartilhamento, começando com apenas o espaço físico para

instalação de equipamentos, e aumentando sua complexidade, evoluindo para obras civis, ar

condicionado, energia AC e DC, meio de transmissão, feeders até chegar às antenas. Tudo

depende das necessidades de cada equipamento e do nível de compartilhamento desejado pela

Operadora.

Vamos nos ater aos requisitos de RF com relação ao compartilhamento entre sites, pois a cobertura
de RF é o objetivo fina l da atividade:

Isolação entre antenas

Do ponto de vista de RF, os valores para definição de isolação entre sistemas dependem de dois

parâmetros: o nível máximo aceitável de emissão de espúrios e o níve l máximo de potência fora da

banda aceitável pela BTS antes que o bloque io se torne um problema.

Os valores de isolação necessária para cada equipamento dependem do fornecedor. De posse do

valor de isolação requerido, o estudo de viabilidade de compartilhamento poderá ser executado.

Essa isolação pode ser atingida com a combinação de três parâmetros:

• Tipo de disposição física possível para a instalação das antenas: horizontal, vertical ou

configuração três setores;

• Cuidadosa seleção do tipo e modelo de antena, com a adequação dos ângulos de abertura

horizontal e vertical ao tipo de disposição física possíve l de ser implementada no site;

• Calcular a distância entre antenas necessária para atingir o valor de isolação requerido pelo

fabricante da BTS.

A seleção da antena deve levar em consideração seu ângulo de abertura horizontal e vertical e o

tipo de posicionamento possível de ser utilizado no compartilhamento. Para ilustrar a situação,

pense como é difícil conseguir separação horizonta l entre antenas quando montadas num poste.

Conciliar os requisitos de isolação com o objetivo de cobertura também é uma tarefa difíc il e que

deve ser tratada com cuidado. Muitas vezes uma alteração de azimute de uma antena é a chave

para viabilizar um compartilhamento.

Dados precisos de isolação como os demonstrados abaixo se tornam ferramentas vita is para a

viabilização de um compartilhamento.

A tabela mostra um exemplo aplicação prática do posic ionamento das antenas e sua relação com a

isolação conseguida :
D=0m 37 dB 50 dB > 45 dB

D = 0,5 m 45 dB 54 dB -

D = 1,0 m 49 dB 57 dB -

D = 2,0 m 50 dB 61 dB -

D = 4,0 m 55 dB 65 dB -

Tabe la 1: Dados medidos com as ante nas RFS

APX186515-T2 & APX186516-T2

Espaçamento de freqüências

Outro importante fator a ser considerado é o espaçamento entre as freqüências a serem

compartilhadas em um mesmo site.

O compartilhamento entre sites GSM-900 e sites que operem na faixa de 800MHz necessitam de

especial atenção para atender aos requisitos de isolação entre antenas. Veja o gráfico abaixo que

mostra o espectro de freqüências nessa faixa de interesse:


Tabela 2 : Faixa de freqüência Celular 800 MHz e GSM-900 Mhz

Nesta situação, mesmo uma precisa alocação das antenas não será suficiente para garantir a

isolação necessária para evitar a degradação de performance dos sistemas. A adoção de filtros

customizados para essa faixa se torna necessária.

O exemplo a seguir mostra o ganho de isolação conseguida com a utilização de filtros para a faixa

de freqüências em estudo. O filtro utilizado é o modelo FLG989450D-3 – passa-banda 898,5 até

960,0 MHz, com 50 dB de atenuação para freqüências abaixo de 894 Mhz.

Tabela 3 : Características do filtro passa-banda RFS FLG989450D-3 . Banda de passagem de

898,5-960 MHz com atenuação de 50 dB abaixo de 894 Mhz


.

Essa mesma situação ocorre com a banda de freqüências entre o PCS-1900 e a utilização do

UMTS-2100, pois a banda de recepção do UMTS está muito próxima da banda de transmissão do

PCS.Portanto, cada caso de compartilhamento é necessário um estudo de viabilidade técnica abordando


a apropriada solução para cada situação.

Planeje o futuro: mantenha a rede preparada

Sistemas irradiantes são praticamente imunes à tecnologia: desde que o sistema irradiante seja

definido adequadamente, novos serviços poderão ser implantados sem substituí-los, reduzindo o

tempo de implantação das novas tecnologias e evitando os transtornos típicos de alteração em

redes já em operação comercial.

Um bom exemplo é a adoção de antenas 1800/2100 MHz em sites GSM. Com isso, a implantação

de sistema UMTS se torna menos traumática, reduzindo o impacto à rede GSM em

funcionamento. Com o uso de diplexadores, até mesmo o cabeamento existente poderá ser

aproveitado na implantação do novo sistema.

Planejando sua rede adequadamente, alguns itens podem ser otimizados, possibilitando um melhor

aproveitamento do investimento inic ial já realizado na rede:

1. Custo inicial dos equipame ntos: uma mesma antena e cabeamento podem ser utilizados

para um sistema existente e também utilizados para implantar o novo serviço. A diferença

de preço entre um equipamento single - band e um wideband deve ser analisada já visando

redução futura de custos.

2. Te mpo de instalação: aproveitando a infra-estrutura já existente, o tempo de instalação é

reduzido. Haverá apenas alterações na parte interna da BTS, evitando alteração na infra-

estrutura, nas antenas, no cabeamento, pára-raios, reforço de torres, etc.

3. Reutilização de siste ma irradiante existe nte: seja o site previsto para cobertura indoor ou

outdoor, não haverá nenhuma a lteração na parte externa do site, reduzindo a possibilidade
de intervenção externa. Torna mais fácil a aprovação da nova instalação junto a Prefeitura,

ao Condomínio ou a Comunidade.

4. Siste ma indoor wideband : Em soluções indoor, todo o sistema deverá ser preparado para

uma solução wideband, inc luindo antenas, divisores de potência, cabos irradiantes, etc.

5. Ante nas com dupla polarização: Facilita a instalação, reduzindo o número de antenas e

suportes, e minimizando a área necessária para compartilhar o site.

6. Camuflage m: a adoção de pinturas especiais em antenas permite reduzir o impacto visual

da presença de antenas em prédios e fachadas, tornando o sistema irradiante menos

susceptível a problemas com a vizinhança.

7. Uso de duplexadores: a utilização de duplexadores em sites antigos, que ainda utilizam

duas antenas de recepção e transmissão distintas, reduz o número de antenas utilizadas.

8. Redução de áre a de exposição ao vento: A redução de área de ocupação em estruturas,

tais como torres ou postes, torna sua construção mais barata. Em estruturas já existentes,

permite um ma ior número de serviços serem incorporados à rede sem a necessidade de

adaptação de infra-estrutura.

ALUGUEL DE SITES

Estação Telecom: Introdução

Este tutorial tem como objetivo orientar o leitor para planejar um projeto de uma Estação de

Telecomunicação, explanando conceitos de infra-estrutura e comparando custos de implantação de


Estações com locação de imóvel e readequação, e com locação de terreno e construção.

A infra-estrutura é necessária para darmos as condições mais favoráveis a usuários e equipamentos,

aumentando a confiabilidade e qualidade do sistema, sendo muito importante em diversas áreas desde
uma simples urbanização do terreno até transmissões de alta velocidade via satélite.

Para garantirmos a confiabilidade e ininterrupção em nossas transmissões, o que se refere a infra-


estrutura é importante termos um projeto na medida das necessidades ou demanda.
Entende–se como um bom projeto, aquele que não só atende as necessidades de demanda, mas que os
equipamentos especificados tenham boa performance para garantir uma qualidade de energia e
climatização das Estações com um custo benefício satisfatório.

Estação Telecom: Conceitos Básicos

Para obtermos excelência nas execuções de cada projeto, temos que levar em consideração as normas

aplicáveis de acordo com o tipo de estação com seu devido planejamento e análise de custos,(Barradas

1980).

Através de uma simulação de demanda, elaboramos um planejamento de uma estação, localizada na


região de Santo André – São Paulo, onde o objetivo é tomar a decisão se devemos implantar uma
estação em um prédio já existente através de locação com readequação de sua infra-estrutura ou
construirmos uma estação nova em um terreno locado.

Para esta implementação, utilizamos as etapas descritas a seguir.

Premissas de Infra-estrutura

Nesta etapa são definidos os conceitos básicos para orientar a execução de um projeto de uma Estação
de Telecomunicações.

A infra-estrutura da Estação abrange as facilidades de instalações que são utilizadas para apoiar o

desempenho das funções dos equipamentos ou desempenhar funções de proteção e segurança. Sob este
ponto de vista podemos classificar a infra-estrutura em:

1. Instalações Prediais;

2. Ambiente de Grupo Geradores;

3. Sistema de Combustível;

4. Ambiente de Equipamentos de energia e transmissão;

5. Sistema de distribuição CA;

6. Sistema de distribuição CC;

7. Pátio Externo;

8. Sistema de Supervisão e Telecomunicações;

9. Sistema de Proteção e Aterramento.

Gerência de Infra-estrutura
Esta etapa é realizada com a ajuda da estrutura organizacional da gestão do projeto apresentado. Essa
etapa engloba toda a fase de planejamento físico das atividades e seu correspondente planejamento
econômico/financeiro.

O produto desta etapa é depende do “gerente ou gestor do projeto”, cujo grau de perfeição está
diretamente ligado ao sucesso ou fracasso do empreendimento.

O organograma abaixo apresenta uma estrutura administrativa para planejar e controlar os projetos em
execução, que geralmente terá as seguintes atividades:

1. Elaboração do cronograma físico de execução das obras;

2. Elaboração do cronograma financeiro de despesas;

3. Execução da logística para o encadeamento das atividades envolvidas;

4. Apropriação de equipes e recursos materiais (instrumentos, veículos, etc.);

5. Definição dos parceiros e sub-fornecedores de materiais e equipamentos;

Identifica ção clara e objetiva dos “ pontos críticos” do projeto.

Figura 1: Organograma da estrutura administrativa do projeto.

Estudo de Viabilidade da Implantação

Nesta etapa é apresentado o planejamento, para atender a necessidade de implantar equipamentos de

transmissão com projeção inicial e final, permitindo a comparação da implantação de uma Estação,
entre um

prédio locado e um terreno locado, ambos com seus devidos custos, sendo então avaliados também
numa
linha do tempo, respeitando o fluxo de ações conforme abaixo:

Figura 2: Fluxograma de ações do projeto

Estação Telecom: Pesquisa

Para obtermos uma pesquisa satisfatória de um Site é importante sabermos qual a sua projeção.

Essa projeção poderá ser efetuada através de uma análise de demanda obtendo uma projeção inicial e
final, quantificando em equipamento de transmissão, conforme exemplo apresentado na tabela abaixo.

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