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PLOTO PRMADO A Navegacao Aérea .. A Terra e seu gradeado Operages angulares Posi¢&io, Direcdo e Distancia . Ortodromia e Loxodromia Projegdes Proa, Rumo e Rota Magnetismo terrestre Pé-de-galinha .. Instrumentos da aeronave. Estudo do Tempo ... Perfil de subida e descida Regime de cruzeiro... Computador de Véo... Exercicios no Computador de Véo Provas de Navegac3o Gabarito das provas . Solug&o da parte pratica das provas . Introdugdo a Navegacgao Radio . Cartas Aeronauticas .... Cartas WAC para utilizar nas provas . As cartas e dados utilizados nas provas deste livro NAO deverao ser utilizados em véos reais, pois para isto devem ser utilizadas cartas mais atualizadas. Prestam-se somente ao treinamento para prestagao de provas junto ao DAC (Departamento de Aviacao Civil). Este livro estd de acordo com o programa do DAC. Pedidos pelo telefone: (11) 6979 3876 - Sdo Paulo / SP Sobre o autor itus Roos é daqueles sujeitos intrigantes. Bigode, cara fechada e sem muito papo. Porém, basta colocd-lo em frente a uma turma de alunos que ele muda completamente — bem, na verdade o bigode continua Ié. Nesse momento, ele se torna um senhor professor. O cara faz um assunto complicado parecer moleza. Estica o dedo para la, revela uns macetes de matemdtica e pronto: vocé aprende, Parece magica, mas o fendmeno também é conhecido como didatica. Numa explicagdo mais simples eu diria que ele sabe ensinar como ninguém! Atuante na area de navegagéo aérea desde 1971, quando ingressou na FAB (Forga Aérea Brasileira) como controlador de trafego aéreo, ele acompanhou de perto a evolugdo da aerondutica. Ainda na FAB como encarregado da SIAT (Segéo de Instrugo e Atualizagao Técnica), elaborou cursos de especializagéo para profissionais da area. Depois, em 1980, no ramo da aviagdo civil, tornou-se coordenador de cursos do Aeroclube de Sado Paulo, acompanhando dezenas de milhares de alunos, entre pilotos, comissdrios ou meSmo instrutores de v6o. Sua obra é a publicagdo de navegagao aérea de maior aceitagdo no Brasil. Os principais aeroclubes, escolas e universidades de ciéncias aeronduticas adotam. Além de atualizado, o livro apresenta didatica tinica. Como nos cursos especializados, ele ensina o aluno de forma objetiva, seja ele um futuro piloto de helicépteros ou de avides. A edi¢do traz também as dicas reveladas em sala de aula e 16 provas completas (no padrtio do DAC, 0 Departamento de Aviagao Ci “No livro de PP os exercicios sdo todos resolvidos, passo a passo, ensinando os segredos para cada situagdo”, revela o professor. Agora, passe logo para a outra pagina para aprender navegagdio aérea de verdade. Darius Roos Jornalista e “‘filho coruja” Obras do autor: + Navegago Visual e Estimada - 14? Edicéo Piloto Privado + Navegagao Radio - 74 Edic&o Piloto Comercial e IFR “Dedico esta obra a CONCY, minha esposa.” PROIBIDA a reproducdo, total ou parcial, ‘sem a expressa autorizac&o do autor, ee — Registro 13.683/89 Editoragao Eletrénica Biblioteca Nacional do Livro Dawis Roos ANavegacio Aérea INTRODUCAO Desde os principios da civilizacéo, 0 homem tem procurado solucionar pro- blemas de deslocamento entre dois pontos e, para obter sucesso, utiliza- va normalmente refe- réncias tais como rios, cérregos, arvores, pedras, montanhas, cavernas e outras que permitiam-Ihe arriscar, gradati- vamente, explo- ragdes da regido que o circunda- va. Nascia as- sim o primeiro navegador da humanidade. Posteriormente observou que os astros da abéboda ce- leste (princi- palmente o Sol), poderiam ser titeis na de- terminagao da direcao a seguir e até na estimativa de posi- Go geogréfica ocupada, originando o processo de navegacao conhecido como celestial. © homem continuou evoluindo e gra cas & sua inteligéncia, iniciou a constru- 0 de maquinas para se deslocar, in- ventou instrumentos, estudo a Terra e a atmosfera, criou sistemas para facil lo nestas tarefas expedicionarias, espe- cificou padrées e etc. Surgem processos sofisticados que visam a perfeic&o e, evi- dente, minimizam cada vez mais 0 es- forgo mental e fisico do navegador. No entanto, se nos detivermos a uma anilise, verificamos que aos navegado- res da antiguidade e aos atuais, os ele- mentos basicos que procuravam deter- minar em qualquer deslocamento per- manecem os mesmos. © importante é descobrir constantemente o local ocupa- do em relagéo a superficie terrestre e como se dirigir a outro ponto. NAVEGAR E: LOCALIZAR E NAVEGAGAO AEREA A palavra navegagao ¢ de origem lati- na, “navis” que significa embarcacao, e “agere” que significa locomover-se. Poderiamos definir navegagao aérea como sendo a ciéncia que possibilita a um navegador conduzir uma aeronave no espaco, levando-a de um ponto a outro. Implicitamente verificamos que, pela definicéo, navegar implica em de- terminar constantemente dois elemen- tos fundamentais, quais sejam: LOCA- LIZAGAO e ORIENTACAO. PROCESSOS DE NAVEGACAO Para determinacao dos dois elementos basicos: posicao em relago a superficie terrestre e direcdo a seguir, 0 navega- dor podera se valer de diversos meios ou processes, a saber: a) Navegacao Visual, por Contato ou Praticagem (figura abaixo) E aquele em que se utiliza referéncias vi- siveis na superficie terrestre, tais como estradas de ferro, de rodagem, lagos, rios, montanhas, ilhas, cidades, vilas, etc. E 0 mais utilizado pelos principiantes da avi- aco e se caracteriza principalmente por ndo ser necessério 0 uso de instrumen- tos de bordo no deslocamento. Na‘ navegaco visual os pontos de destaque na superficie terrestre loca- lizam e orientam uma aeronave con- forme a figura abaixo. grafica e orientaggo de uma aeronave, por meio da interpretacao de mostrado- res no painel, da direcdo de ondas de radio emitidas por estagées terrestres de posig&o conhecida. Como exemplo de estagées radio temos as “broadcasting”, radio-farol, etc. d) Navegagao Eletrénica Baseada em equipamentos eletrénicos munidos de computadores. Como exemplo temos o Sistema Inercial (INS=Inertial Navigation System), Doppler e Omega. CIDADES. MONTANHAS| b) Navegacao estimada Neste processo a condugéio da aeronave vale-se do uso das indicagées de trés ins- trumentos de bordo: bussola, velocime- tro e relégio, considerando-se a diregéo e distancia voadas a partir de um ponto de referéncia conhecido. Este método é 0 basico de todos os outros mais sofistica- dos e objeto principal do nosso curso. c) Navegagao Radio ou Radionavegacao Consiste em determinar a posigéo geo- © LINHAS i TRANSMISSAO| e) Navegacao Astronémica ou Celestial Processo bastante conhecido pelos ma- ritimos onde as referéncias so astros da abéboda celeste que, visados com sextantes, fornecem posigo de um ob- servador na superficie terrestre. f) Navegagao por Satélite Sistema que se baseia em 24 satélites colocados em érbita de 12900 milhas ndu- ticas, iniciado em junho de 1977. Utiliza os principios aplicados as navegacées celestial e eletrénica e sem dui- A eixo Y vida sera o sistema de navega- 6 0 do futuro. 5 SISTEMA DE COORDENADAS PLANAS B A padronizacao do sistema que “o- permite facilmente a localizacdo e orientac&o, fezcomqueoho- 3 =—— mem imaginassé um sistema de graticula ou gradeado sobre 2 \ uma superficie plana. Teriamos assim linhas verticais e horizon- tais cruzando-se num angulo de 90 graus e mantendo estas li- _ [ene x _ nhas paralelismo e distancias 0 iguais. Partindo-se de dois ei- xos arbitrdrios “X” e “Y” e numerando- se todas as linhas coerentemente, veri- ficamos que qualquer ponto deste plano poderd ser expresso matematicamente por dois algarismos. Esta representacao chamamos de coordenadas planas. Mas ao navegador importa, além da localizagao, determinar orientagao (dire- co a seguir) entre dois pontos quais- quer. Pode-se imaginar que as linhas verticais, sentido de baixo para cima, so diregGes de referéncia, e assim qualquer direco tomada neste plano formaré com a direcdo de referéncia um valor angular compreendido entre 000° e 360°, ou seja, 0 dngulo seré medido no sentido B be 2 3 4 5 6 7 Coordenadas planas: ponto A (1, 2) ponto B (3, 4) ponto C (6, 3) horério, a partir da direcdo de referéncia até a direcio pretendida. Devemos notar que este sistema de localizagao e orientacao foi criado sobre uma superficie plana, mas o navegador ird fazer v6os em torno da Terra, que ssabemos ser esférica. Ai teremos outro sistema'de gradeado, parecido mas néo igual ao estudado nesta pagina, confor- me veremos no capitulo seguinte. Diregdo AB = 045° Diregéio CD = 252° 10454 Observagao: direcio nao é propriamente um Angulo, mas este pode ser utilizado para expressar um sentido de deslocamento. 252 ATerrae seu gradeado A superficie terrestre é de forma s Polo Norte irregular, com elevagées e de- * : Verdadeiro eixo pressdes e também apresenta eendoriel um achatamento nas regides po- °. polar rotagaio lares que ocasiona uma diferen- a entre os diémetros medidos entre os polos e no sentido per- pendicular a este, num valor aproximado de 43 quilémetros. Entretanto, como estas dife- rengas de cota e didmetro, se comparadas ao tamanho da su- perficie terrestre, so conside- radas despreziveis, para efeito de navegagao consideramos a Terra uma esfera. Também é de conhecimento que a Terra gira em torno de um eixo imaginario (chamado polar ou terrestre) num movi- mento de rotag&o, realizado no senti- do anti-hordrio, se considerarmos a vi- so do Polo Norte. Aos lugares formados pela interseccao do eixo polar com a superficie terrestre chamamos de polos geogréficos ou ver- dadeiros. Temos 0 Polo Norte Verdadei- ro € 0 Polo Sul Verdadeiro. Dados estes elementos, vamos verifi- car que o melhor modo de fabricar um planos que p: Verdadeiro Polo Sul gradeado na superficie terrestre sera por intermédio de circulos. Temos duas es- pécies de circulos que podem ser contrufdos numa esfera: CiRCULO MAXIMO - formado numa esfera por um plano que a divide em duas semi-esferas iguais. Sendo assim, © plano passa pelo centro da esfera, fa- zendo com que o raio e centro do circu lo sé os mesmos da prépria esfera. assam pelo centro da Terra CIRCULO MENOR - formado por um plano que NAO passa pelo centro da esfe- ra, dividindo-a em duas partes desiguais. planos que nao passam pelo centro da Terra Com estes circulos, maxi- mos e menores, formare- mos um sistema de gra- ticula na superficie terres- tre que facilitara a deter- minagdo dos dois elemen- tos basicos: localizacéio e orientagao. TOME UM Linha do Equador - € um circulo maximo formado por um plano perpendicu- lar ao eixo polar, que di de a Terra em dois hemi férios chamados Norte (N=North), acima do Equa- dor, e Sul (S=South), abai- xo do Equador. plano de um paralelo Paralelos de Latitude ou Paralelos - so os circulos formados por planos para~ lelos ao plano do Equador. Devemos concluir que formaremos infinitos para- lelos de latitude, sendo que 0 Equador é 0 Unico parale= lo que é um circulo maxi- mo, todos os outros so cir- culos menores. plano do Equador © Meridianos de Longitude ou Meri- dianos - so semi-circulos maximos, li- mitados pelos polos, cujos planos que os formam contém o eixo polar. Meridiano de Greenwich, Zero, de Ori- gem, Priméario ou Primeiro Met = 6.0 meridiano que passa pelo Laboraté- rio Naval de Greenwich (Inglaterra). Meridiano 180° - é 0 méridiano que esté oposto 180° ao Meridiano de Greenwich. Ocirculo maximo formado pelos Meridiano de Greenwich e 180° divide a Terra em dois hemisférios, chamados de Oeste (W=West) e Leste ou Este (E=East). Meridiano 180 Linha do Equador Meridiano de Greenwich COORDENADAS GEOGRAFICAS Todo paralelo e meridiano (linhas) te- ro a sua posigo geografica informa- da através de valores angulares. Es- tes valores angulares, acompanhados de letras designativas de seu hemis- fério, nos fornecer&o as coordenadas geograficas, expressas em graus (°), minutos ('), e segundos ("), sendo que 1° = 60’e 1’ = 60” & Meridiano de Greenwich Sendo assim, podemos ter uma visdo de graticula ou gradeado formado imagina- riamente no globo terrestre pela Linha do Equador, paralelos e meridianos. E importante observar que: * 0s meridianos so convergentes do Equa- dor para os polos, onde se encontram; * 0s paralelos mantém entre si um mes- mo afastamento; * os meridianos e os paralelos se cru- zam num &ngulo de 90°; * 0 cruzamento de um paralelo e um meridiano define um ponto chamado de ponto geogréfico. ponto A Latitude de A = 45°N Kor do Equador Latitude de um ponto - é 0 angulo de- finido pelo arco de meridian que parte do Equador ao ponto considerado. E facil observar que as latitudes assumem valo- res entre 00° até 90° para Norte ou Sul. Longitude de um ponto - é 0 angulo definido pelo menor arco de paralelo que parte do Meridiano de Greenwich ao ponto considerado. Verificamos que as longitudes assumem valo- res entre 000° e 180° para Este ou Oeste. Os graus inteiros de lon- gitude so informados sempre com trés algarismos, e os minutos e se- gundos com dois algarismos. Devemos ressaltar que em al- gumas situagées as letras dos he- misférios devem ser omitidas. Como exemplo a latitude de um ponto que esta sobre a Linha do Greenwich B = 0800W Ponto B plano do Meridiano de Greenwich Equador: latitude 00°. Outros exemplos seriam um ponto no Meridiano de Greenwich: longitude 000°, ou no Meridiano 180: longitude 180°. Concluséo: Um ponto geografico na superficie terrestre (cruzamento de um paralelo com um meridiano) € informado através das coordenadas geograficas (latitude e longitude, nesta ordem), sendo que a latitude é medida sobre um arco de meridiano e a longitude é medida sobre um arco de paralelo, Abaixo coloca- mos alguns exemplos da maneira com que normal- mente expressamos a posicéo de um ponto. CERTO a) 10°25'30"S - 067°35'28"W b) 55°43’N - 089°10'E c) 00° - 000° ERRADO d) 33°48'15" - 005°56’20" (faltam as letras) e) 11° S - 185° E (nao existe esta longitude) f) 45°65'N - 133° 80'W (os minutos e segundos nao podem passar de 59) Longitude de @ Operacoes Angulares Alguns problemas de navegaciio exigem cdlculos envolvendo latitudes e longitu- des de dois pontos. Estes calculos séo apresentados a seguir: Diferenca de Latitude (DL ou DLA) entre dois pontos - é 0 Angulo definido pelo arco de meridiano que une os para- lelos dos pontos dados. Exemplo 1 Dados: latitude de , = 55° 40’N latitude de » = 31925’N DLAvs = Late - Late DLAve = 55° 40’ - 31°25" DLAs = 24° 15° Solugao: Aone “Ty LAT, E importante observar que nao nos inte- ressa saber a LONGITUDE dos pontos. Exemplo 2 Dados: latitude de 25°10'33"N latitude de > = 43°28'12"S Solug&o: DLAc = Late + Lato DLAco = 25°10'33 + 43°28'12" DLAco = 68°38'45” Deve-se observar que a DLA seré 0 re- sultado da soma de duas latitudes, quan- do estas estiverem em hemisférios dife- rentes, ou o resultado da subtracéo de duas latitudes, quando estas estiverem no mesmo hemisfério, © Latitude Média (LM) entre dois pon- tos - 6 latitude de um paralelo que esté na bissetriz do Angulo obtido na DLA entre dois paralelos considerados, ou seja, a latitude do paralelo médio, Exemplo 1 Dados: latitude de » = 10°22'S latitude de s = 32°14’S Solugdo: LMye = [Lats + Late]:2 LMas = [42°36] :2 LMas = 21°18'S paralelo médio Exemplo 2 Dados: latitude de « = 45°40'N latitude de » = 17°26’S Solug&o: LMco = [Late - Lato] :2 LMco = [45°40 - 17°26'] :2 LMco = [28°14'] :2 LMco = 14°07’N Observa-se que a Latitude Média vem acompanhada da letra designativa de paralelo médio LT. 4 LM. Lat, hemisfério. Devemos, no caso de latitu- des de mesmo hemisfério, efetuar uma soma e apés a divisdo por 2, conservai do a letra. No caso de latitudes de he! férios diferentes a operacao seré uma subtragéo e apés a diviséo por 2, e atri- buindo a letra da latitude de maior valor. Diferenca de Longitude (DLO) entre dois pontos - é 0 ngulo entre dois meridianos, obtido pelo MENOR arco de Equador que os liga. Exemplo 1 Dados longitude de , = 027°35’W longitude de » = 062°54’W Solug&o: DLOse = Longs - Longa DLOse = 062°54’ - 027°35' DLO as = 35°19" LONG, LONG, Greenwich DLO,,, Exemplo 2 Dados: longitude de c = 020°50’W longitude de » = 073°05’E Solug&o: DLOco = Longe + Longo DLOco = 020°50’ + 073°05 DLOco = 93°55’ E facil observar que o cdlculo da DLO se assemelha ao da DLA, ou seja, somamos as longitudes de hemisférios diferentes e LONG, LONG, DLO, Greenwich subtraimos as de mesmo hemisfério. No entanto, existe uma excess&o como ve- remos no exemplo seguinte. Exemplo 3 Dados: longitude de x = 120°30'E longitude de y 60°20'W Solugo: (em principio deveriamos so- mar as duas longitudes simplesmente): DLOsy = Long + Longy DLOsy = 120°30' + 160920" DLOw = 280°50' meridiano 180 Greenwich Este valor, no entanto, nao é a correta DLO, pois este arco de Equador é 0 maior, e a DLO é medida pelo arco menor. Sendo as- sim, ainda faremos mais uma operacao. DLOw = 360° - 280°50' DLOw = 359960’ - 280°50' DLOx = 79°10" Na figura a direita e acima, com a Terra sendo vista de cima, nota-se que o me- nor arco de Equador que liga os meridia- 6 @ nos de X e Y passa pelo Meridiano 180°, enquanto o arco de Equador que passa pelo Meridiano de Greenwich define um Angulo maior que 180°. Longitude Média (LOM) entre dois pontos - é a longitude de um meridiano localizado na bissetriz da DLO, ou seja, &a longitude do meridiano médio. Exemplo 1 Dados: longitude de , = 015°30'E longitude de » = 037°14'E LOMas = [Longa + Long s] :2 LOMse = [015°30’ + 037°14'] :2 LOMss = [052°44'] : 026°22’E Solug&o: Greenwich LOM, Exemplo 2 Dados: longitude de c = 025°15'E longitude de > = 067°31'W LOMco = [Longo - Longe] :2 LOMcs = [067°31’ - 025° 15'] :2 LOMco = [042°16'] :2 LOMco = 021°08’W Solugao: LONG. Greenwich Exemplo 3 Dados: longitude de x = 101°20’W longitude de y = 132°10'E Soluc&o: primeiro devemos observar a CORRETA DLO entre os pontos. DLOsy = Longx + Longy DLOsy = 101920" + 132°10" DLOxy = 233°30" (como 0 re- sultado passou de 180°, esta no é a correta DLO) DLOw = 360° - 233°30’ DLOw = 359°60' - 233°30' DLOw = 126°30' Vamos agora dividir a DLO por 2; 126°30' :2 = 63°15" Somamos agora a DLO:2 com a MENOR longitude; LOMyy = 101°20' + 63°15, LOMxy = 164°35'W LONG, Equador Greenwich itude de um ponto - é 0 comple- mento (0 que falta para completar 90°) de uma latitude em relacao ao polo mais préximo, Exemplo 1 Dados: latitude de , = 30°40’N Solugaéo: Co-lat, = 90° - 30°40’ Co-lat, = 89°60’ - 30°40" Co-lat, = 59°20'N t Co-lat ur, Ks ten Exemplo 2 Dados: latitude de » = 63°25'S Solugdo: 90° - 63°25' 89°60’ - 63°25" Co-late = 26°35'S Longitude do anti-meridiano - é a lon- gitude do meridiano oposto 180° a um meridiano considerado. RECORDANDO OPERACOES MATEMATICAS COM ANGULOS Como a matéria vista até aqui envolve operacées matematicas angulares, é bom recordar alguns principios basicos. Na soma ou subtracao de Angulos, as operagées de graus, minutos e segun- dos, devem ser feitas em separado, complementando, quando necessério, a casa dos graus, minutos e segundos. Exemplo 1: Some 30°40’ a 15°10'15" 30°40'00” + 15°10'15” 45°50'15” Quando, apés uma operagao, os minu- tos ou segundos tiverem valor igual ou maior que 60, converta-os em graus ou minutos (conforme o caso). Nao esque- ca que 1°=60' e 1/=60". Exemplo 1: Converter 30°60’ 30°+1° = 31° Exemplo 2: Converter 154°82'65” 154°83'05" = 155°23'05” Co-lat de» Exemplo 1 Dados: longitude de , = 110°32'E Solug&o: LongAntimer = 180° - 110°32’ LongAntimer = 179°60’ - 110°32’ LongAntimer = 069°28'W Equador J, LONG, anti-merid Meridiano de des ° Greenwich Numa subtracao de angulos, verifique se a operagao é possivel, caso negativo, empreste da casa dos graus e minutos. Exemplo 1: Subtrair 110°40'55” de 160°35'50” 160°35'50” 159°95'50" = 110°40'55" = 110°40'55" 159°94'110" = 110°40'55” 49°54'55” Numa divisao por 2, transforme os graus e minutos impares em numeros pares antes de realizar a operacéo. Exemplo 1: Dividir 41°20’ por 2 41°20’ = 40°80’ : 2 = 20°40' Exemplo 2: Dividir 147°53'12" por 2 147°53'12” : 2 = 146°113'12” = 146°112'72" : 2 = 73°56’36” Exemplo 3: Dividir 15°13’ por 2 15°13’ = 14°73’ = 14°72'60":: 2 = 7°36'30" @ rc Posicao, Direcdo e Distancia Posic&o na Superficie Terrestre primeiro passo de um navegador é localizar numa carta aerondutica a po- sigéo dos aerédromos de decolagem, destino e alternativa, bem como verifi- car posigdes ao longo da rota em que terd referéncias quando em véo. Na car- ta aerondutica aparecerao os paralelos e meridianos numerados com as latitu- des. longitudes, mas estas nao virdo acompanhadas da letra designativa do hemisfério. A primeira preocupacao se- ria entdo verificar quais so os hemis- férios ali representados. Para isso, uma observacao importante: “toda parte su- perior de uma carta aerondutica esta voltada para 0 Polo Norte Geografico ou Verdadeiro’. Assim sendo, ficaré facil determinar os hemisférios observando- LONGITUDES ESCALA DE ESCALA DE LATITUDES se o sentido de crescimento das latitu- des e longitudes. Agora a preocupacao sera em achar as coordenadas geograficas de um ponto qualquer na carta. O procedimento é 0 dado no exemplo da figura abaixo. Exemplo: achar as coordenadas geogré- ficas do ponto A, indicado pela seta, na figura abaixo. Latitude - trace, a partir do ponto A, uma linha paralela ao paralelo mais proximo até encontrar com um meridiano. Leia, na escala de latitudes (sobre o meridia- No) os graus e minutos corresponden- tes. No exemplo = 20°40’S. Longitude - trace, a partir do ponto A, nha paralela ao meridiano mais préximo até encontrar com um paralelo. LINHA DO. EQUADOR MERIDIANO DE GREENWICH Leia, na escala de longitudes (sobre um paralelo) os graus e minutos correspon- dentes. No exemplo = 053°20'W. Importante: note que os minutos sao contados partindo da menor latitude ou longitude para a maior, acompanhando © crescimento dos graus de latitude ou longitude.’ Em virtude de se medir a lati- tude na escala impressa sobre um meridiano, esta é chamada de Escala de Latitudes, e como medimos a longitude sobre a escala do paralelo, esta 6 cha- mada de Escala de Longitudes. Para se plotar um ponto, conhecida suas coordenadas geogréficas, o pro- cedimento é inverso. Ache sobre um meridiano a latitude e trace uma linha paralela ao paralelo mais préximo. Ache sobre 0 paralelo a longitude. e trace uma linha paralela ao meridiano mais préximo. O cruzamento das duas linhas determina um ponto chamado de ponto geografico. Direcao na Superficie Terrestre Para navegarmos, precisamos constan- temente saber qual a orientacao (dire- Go) a seguir a partir de determinado ponto para chegarmos a outro. Vimos anteriormente que uma direcéo sempre poder ser expressa por um valor angu- lar. Numa carta, onde teremos a trajet6- ria (rota) definida por uma linha que une dois pontos, podemos também utilizar este proceso. Inicialmente, vamos es- tabelecer que toda direc&o Norte Verda- deiro (NV), que seria a prépria direcéo do meridiano, é a diregdo de referéncia. Sendo assim, qualquer diregéo formara com a direco da referéncia um valor angular que, como j4 vimos, seré medi- do no sentido horario. Com um transferidor graduado em 360° utilizamos os meridianos ou paralelos interceptados pela trajetéria como refe- réncia para ajuste do transferidor. Antigamente as direcdes eram informa das por intermédio de nomes da rosa- dos-ventos. Esta pratica foi abandonada em virtude de confuséo causada em fonia. Por exemplo, a direco Nordeste (045°) poderia se confundir com Noro- este (315°) e assim por diante. NORTE VERDADEIRO iat (OS SOBRE © RELEVO INCOMPLETE ‘CENTRO DO TRANSFERIDOR AJUSTADO COM O MERIDIANO CENTRO DO TRANSFERIDOR AJUSTADO COM O PARALELO wry ey ~ SEA FloRESTAL cokonee Distancia entre Dois Pontos Aunidade de dist&ncia mais utilizada em navegacao aérea é a Milha Néutica, si- gla NM (Nautical Mile) ou, raramente, chamada MIMA (Milha Maritima). Esta unidade no faz parte do Sistema Métri- co do Brasil, havendo ent&o necessida- de de relaciond-la com o quilémetro (Km) ou metro (m), unidades estas bem co- nhecidas, para podermos comparar. 1. NM = 1852 metros ou 1,852 Km Outra unidade de distancia (mais utiliza- da na América do Norte) é a Milha Ter- restre, sigla ST (Statute Mile). 1ST = 1609 metros ou 1,609 Km Por que a Milha Néutica é largamente utilizada em navegacao? O comprimento de um circulo maximo da Terra (Equador ou sobre metidianos) foi dividido em 21600 partes iguais. A uma destas partes foi estabelecido o valor 1 NM. Sendo assim, a dist&ncia para efetu- ar uma volta em torno da Terra sobre um circulo maximo seré de 21600 NM. Nesta volta, 0 arco em graus vale 360 e, se quizermos em minutos, acharemos 0 va- lor de 21600. Dai podemos concluir que: 1.NM = 1’ de arco de um circulo maximo Como em todas as cartas aeronduticas sempre teremos circulos maximos repre- sentados (meridianos ou Equador), po- demos utilizé-los como escala para ob- ter distancia entre dois pontos. O procedimento a seguir é 0 utilizado na maioria das vezes, quando a distancia entre os dois pontos nao for maior que 350 Milhas Nauticas (650 quilémetros), em qualquer tipo de carta. Inicialmente, ligue os dois pontos entre os quais se quer medir a distancia com uma linha reta, Com uma régua ou compasso, transporte a medida obtida entre os dois pontos para o meridiano mais proximo (circulo maximo). Conte os minutos que correspondem a esta medida sobre a es- cala de latitudes. Como a cada minuto de arco corresponde a uma Milha Nautica, a quantidade de minutos lida fornece a dis- tancia em Milhas Nauticas. A figura abaixo ilustra 0 procedimento descrito. Devemos observar que, com uma folha de papel, poderiamos medir a dist&ncia entre ‘0s pontos, sem necessidade da régua ou compasso. Caso queira comprovar, experi- mente utilizando uma folha qualquer. c c c G c Cr ee eee eee See eee er eee eee eben eee eee tere Preteen ge Escala de Cartas A carta aeronéutica representa uma regio da superficie terrestre. Para isto, tivemos que reduzir ds dimensdes de uma drea para colocd-la numa fo- Iha de papel de dimensdo reduzida. Esta redugdo sera representada pelo que chamamos de escala. Temos dois tipos de escalas: 1) Escala Grafica E apresentada com uma linha graduada, normalmente no canto inferior da carta, contendo unidade de medida como KM, NM e ST (conforme figura no rodapé des- ta pagina). 2) Escala Fracionaria E aquela apresentada sob forma de fra- cao matematica. Por exemplo, uma carta onde a escala é 1 : 500 000 ou 1/500 000 (Ié-se um por quinhentos mil), significa que uma unidade de medida qualquer na carta representa quinhentas mil dessas unidades de medida na superficie terrestre, Arbi- trando, no exemplo dado, que 1 é cm (carta), teremos: 1. cm de carta = 500 000 cm da superfi- cle terrestre ou 1 cm de carta = 5 km Exemplo 1 Se tima carta a escala é de 1: 1000 000 e obteve-se com uma régua 16,5 cm. Qual a distancia em Km medida? Solugdo: 1: 1 000 000 1.cm de carta = 1000 000 cm da superficie terrestre 1.cm de carta = 10 Km 16,5 cm de carta = 16,5 x 10 16,5 cm de carta = 165 Km Exemplo 2 Obteve-se uma distancia de 75 Km numa carta cuja escala é de 1: 250 000. ~ Quantos centimetros de régua medimos? Solug&o: 1 : 250 000 1m de carta = 250 000 cm de superficie terrestre 1.cm de carta = 2500 m 1cm de carta = 2,5 km 75: 2,5= 30cm Exemplo 3 Qual a escala de uma carta em que 50 cm representam 120 km da superficie terrestre? Solug&o: 50 cm de carta = 120 km de superficie terrestre 50 cm de carta = 120 000 m 50 cm de carta = 12 000 000 cm de superficie terrestre Lemde carta = 12 000 000 : 50 Escala = 1: 240 000 Exemplo 4 Para medirmos 10,5 km numa carta cuja escala é de 1 : 350 000 quantos cent/- metros utilizaremos? Solugdo: 1 : 350 000 1 cm de carta = 350 000 cm da superficie terrestre cm de carta = 3,5 Km 10,5 km = 10,5 : 3,5 3m = 10,5 Km EXEMPLO DE ESCALA GRAFICA CONSTANTE DA CARTA WAC menos 25 mimou ies * 8 1H Pe pt ele ty in + § Sambumos 2s somoeres | 75 ry ns ‘° rt 4 pel LL. Pa 9m res 2 ‘woman 4 o XT oro. ht S) Lon, Em um deslocamento entre 2 pontos na superficie terrestre o navegador planeja- r& uma trajetéria a’ ser percorrida verifi- cando as posigées que ocupard. A rota pla- nejada seré fungio do processo de nave- gaco disponivel e sempre poderé ser de dois tipos, ortodrémica e loxodrémica. Rota Loxodrémica - palavra de origem grega, loxo significa “direc&o constante” e dromos significa “caminho", esta é sem duvida a mais escolhida em virtude das facilidades de planejamento que apre- senta, Pode-se em principio, definir rota loxodrémica como sendo: “a trajetéria descrita na superficie terrestre que for~ ma com todos os meridianos que cruza Angulos iguais’. Percebe-se facilmente que na maioria das vezes esta rota toma a forma de uma espiral, se prolongada. A excesséo da espiral é quando a loxodromia for a Linha do Equador ou qualquer meridiano, Como exemplo de rota loxodrémica te- remos: Linha do Equador, meridianos ou urna trajetéria que une dois pontos cru- zando os meridianos em &ngulos iguais. Na figura abaixo temos uma rota loxo- drémica entre os pontos “A” e “B” cru- zando todos os meridianos num Angulo de 60° (iguais) e o seu prolongamento gerando uma espiral. Rota ortodrémica - originada das pala- vras ortho (reto) e dromos (caminho), esta rota se caracteriza por ser 0 menor segmento de um circulo maximo que pas- sa por dois pontos. E uma rota ideal para se voar pois sempre a menor distancia entre dois pontos na superficie terrestre um circulo maximo, porém, em virtude de dificuldades de planejamento e exigir processos de navegac3o coerentes, no & muito utilizada pela aviac&o de pe- queno porte. Como ilustracdo, voando pela loxodrémica entre Nova Torque e Lon- dres, percorre-se uma distancia aproximada de 3145 NM, ao pas- so que pela orto- drémica voariamos 3022 NM, o que re- presenta uma di- ferenca aproxima- da de 123 NM (230 Km). Como exemplo de ortodrémica te- mos: Linha do Equador, meridianos ‘ou qualquer outro cir- LOXODROMICA GHC GEG Hate neta GHG Cc Ce Ere eee v G G c c iss) © © c Cc CG c & GC c culo maximo unindo dois pontos na superficie terrestre. No exemplo ao lado verifica- mos que 0 circulo maxi- mo cruzou os meridia~ nos em angulos desi- guais, neste caso. Oquedevemos per ceber 6 que, no exemplo da figura abaixo, para voar pela ortodrémica (circulo maximo), a aeronave man- tém sempre uma Unica orientagdo e isto implica, no exem- plo, a cruzar os meri- dianos em 4ngulos de- siguais. A loxodrémica entre estes pontos, para ser seguida, implica numa mudan- a da orientagdo da aeronave para ROTA ORTODROMICA se manter sobre a rota, mas os angulos com os meridianos so iguais. © Projecies O globo terrestre tem a for- ma aproximada de uma es- fera e isto faz com que as car- tas que so planas, represen- tam a superficie terrestre com distorgies. Estas distorgdes, que todas as cartas apresen- © tam, podem ser minimizadas ou mesmo. compensadas quando usamos alguns artifi- clos matematicos de projec3o com figuras geométricas. C Afinalidade de uma carta de- terminard o tipo de projeco ou artificio matematico utili-~ zado. As figuras geométricas mais utilizadas sero 0 cone e o cilindro, que podem ser planificados. O cone eo cilindro podem ser planificados Basicamente, as principais caracteristi- cas de cada carta sero determinadas pela aparéncia da graticula ou gradeado (projegéo dos paralelos e meridianos). © modo. como estas linhas aparecem numa carta nos dara condigées de veri- ficar as maiores ou menores distorgées de direc&o, distdncia e forma. Plano da Projecao 7 Origem da Projecso Ponto Tangéncia ‘Ao método utilizado para representar a superficie terrestre numa superficie pla~ na (carta) chamamos de projecéo. Estas projeges podem se classificar, quanto a0 Ponto de origem (local onde sera coloca- da a lampada) em trés, a saber: Gnomé- nica, Estereografica ou Ortografica. A fi- gura acima ilustra a projegéo da superfi- cie terrestre num plano que Ihe é tan- gente, utilizando as trés classificagdes. ORIGEM A) GNOMONICA - centro da esfera. B) ESTEREOGRAFICA - ponto oposto ‘ao ponto de tangéncia. C) ORTOGRAFICA - infinito. Carta Mercator uma das primeiras cartas que ainda hoje permanecem em bastante uso (principal- mente na navegacao maritima), idealiza~ da em 1569 por Gerardus Mercator, Foi baseada na projecdo da superficie terrestre num cilindro que Ihe &.tangen- te. Uma lampada colocada no centro do globo terrestre, ao acender, projeta os meridianos, paralelos, rios, contornos de reas da superficie terrestre no cllindro. Apés, o cilindro é planificado (transfor- mado em carta). Quando o cilindro é tan- cu gente ao Equador, a carta é também chamada.de Cilindrica Equatorial. c c c . “| | cae KA cose, (lll i >| ci ae 1 Co | etter fT c i G c G - c G c G c c ‘telnet ¢ Graticula da Projecdo Mercator aed Paralelos Linhas rétas paralelas no equidistantes 7 Meridianos Linhas retas paralelas e equidistantes Loxodrémica Linha reta c C Escala Variével com a latitude te | Medida de distancia G Diregéo | da rota Medida im qualquer meridiano que cruza a rota G Ortodrémica __Linha cutva (exceto Equador ¢ meridianos) eo Vantagens Facil construcéo, facil plotagem de coordenadas c geogréfitas, loxodrémica ser uma linha reta. c Desvantagens Ortodrémica ser uma linha curva (normalmente), a _escala vériavel com a latitude c Origem da projecéo Centro da Terra (gnoménica) c : Outro tipo de projecéo Mercator é a chamada Transversa, que tem o cilindro 7 tangente aos polos. No Brasil, a CAP (Carta Aerondutica de Pilotagem) é feita c com este tipo de projecio. Carta Lambert ® 8s jos sxncty Desenvolvida num cone secante (que corta) a superficie terrestre em dois paralelos chamados padrées ou Standard. Imagina-se a superficie ter- restre projetada num cone. A escolha dos paralelos Padrdes sero, sempre em fungao da drea que se quer proje- tar, sendo que a quarta parte desta distancia é aproveitada para cima do paralélo padrao mais ao Norte e para baixo do paralelo padréo mais ae Sul. Sendo assim, a forma mais afilada ou mais achatada dependeré da regido que estivermos projetando. Sem divida nenhuma, é uma das me- Ihores cartas de navegacéo, em virtu- de de diversas vantagens apresenta- das sobre outros tipos de projegdes. No Brasil, so editadas com este tipo de projecao as cartas WAC (World Aeronautical Chart) e ERC (Enroute Chart), além de outras destinadas a determinadas etapas de véo. m bee Circulos concér Loxodrémica Meridianos | Quase constante Medida de distancia Direc&o da rota Aproximadamente Vantagens Areas e formas pel Desvantagens | Loxodrémica’ser u Origem da projecdo | tricos a0 polo Linhas retas cohvergentes/->@ws Ortodrémica= ortodrémica PROJECAO MERCATOR linha curva 6 7 Loxodrémica= ea regiao para Le medida de ee ay distancia aa Direcdo da rota bio loxodrémica= a Angulo fido em 60 > ~< qualquer a Ke meridiano variével , 72,/ ~~ latitude Distancia= média entre . . peepee medida na regio a da latitude média A t entre os pontos loxodrémica 50 | 20°25 °«300=C—«8S ss si«CSSCSC«CO LN becacaliae au Sactetolen tO Fereid Sens, Lah nso Rarer conse A correta orientag3o de uma aeronave em véo é fator essencial quando se deseja um deslocamento de um ponto a outro. A ae- ronave é envolvida por massa de ar at- mosférico, que nor- malmente estd em deslocamento, fato conhecido como vento. O vento é um agente que influird diretamente na deter- minago da orientagSo de uma aeronave. O efeito do vento sobre a dirego segui- da por uma aeronave em véo é compa- ravel ao de correnteza de um rio sobre um barco que procura atravessé-lo. Durante a travessia, a correnteza desvi- ard o barco da trajet6ria e este atingird a margem oposta em um ponto diferen- te do inicialmente pretendido. Com uma aeronave em véo, este efelto serd o mes- mo, s6 que em virtude do deslocamento da massa de ar. Passemos entdo a definir trés elementos trajetoria, pebeorrida ‘exo longttudi ‘da emborcagao percorridos (realmente voados), que no necessariamente coincidem. Imaginemos agora um deslocamento de uma aeronave com influéncia de um vento lateral. Aaeronave saiu do ponto A com proa de B. Durante 0 véo, sobre influéncia de vento pela esquerda, fazendo com que a mesma no siga a trajetéria AB, mas sim a trajeto- ria AC. Verifica-se que o vento atua na ae- ronave sem modificar a proa, e sim fazen- do com que ela “derrape” no espaco, A dirego AB é a proa da aeronave. Allinha AC representa a rota. A diregdo da linha AC representa o rumo. Esseré que a aeronave tera condiges, sob Proa - é a direcdo do eixo longitudinal de uma aeronave. Rota - é a projecdo, na superficie terres- tre, da trajetéria pre- vista ou percorrida da navegacao aérea: \ vento eB Dy a rota natino NY ronave. a Rumonce s dhecae a ton. Devemos perceber que rota e rumo sao elementos distintos. Pode-se dizer que ago deste vento, de se deslocar de “A” para “B"? E claro que sim! O navegador, conhecendo a diregio e intensidade do vento atuante na regido, tem condigdes tre dois pontos eo: rumo € o sentido (diregSo) do cami- nho. Tanto o rumo como a rota podem ser ou previstos (no voados) ou a rota € 0 préprio caminho (linha) en- vento ee rota a iaiehin deriva ea correcdo de deriva cCcoece Cc cc Meee ee eee ete eee ee co ceerereececrcecceec de calcular qual deve ser a correcéio ne- cessdria para compensar a aco deste ven- to. Assim, surgirdo mais dois elementos: Deriva (DR) - é 0 angulo formado da proa voada ao rumo seguido. Correo de Deriva (CD ou ACD) - é © Angulo formado do rumo pretendido até a proa a manter em véo. Com a corrego de deriva aplicada contra © vento, a aeronave deriva sobre o rumo pretendido, e chega no ponto B. Neste caso, onde o rumo esta a direita da proa, costu- ma-se dizer que o rumo é maior que a proa. Seo vento influenciasse pelo lado direito, 0 rumo seria menor que a proa. Note que o termo maior tem o mesmo significado que “a direita” e 0 termo menor tem o mesmo significado que "a esquerda”, Podemos ter situagSes em que o rumo seré igual a proa, quando nio tiver vento ou se este existir, atuar exatamente de cauda (por tras) ou de proa (pela frente). Triangulo de Velocidades Além de causar uma derrapagem no ar da aeronave, um vento lateral também terd influéncia na determinag&o da velo- cidade desenvolvida por uma aeronave. Portanto, uma aeronave em véo estard sob influéncia de duas forcas (velocida- des) originando uma forga (velocidade) resultante. Estas trés velocidades formam © Tringulo de Velocidades ou Tridtgulo do Vento, composto por trés vetores: 1) Vetor vento - é um vetor cuja direcio é de onde o vento vem e a intensidade é a velocidade horizontal da massa de ar (VV). ‘Tem origem no vetor aeronave e extremi- dade no vetor solo, dai se dizer que o ven- TRIANGULO DE VELOCIBABES enot to sempre sopra da proa para o rumo. 2) Vetor aeronave - composto pela di- rego do eixo longitudinal da aeronave e intensidade igual a velocidade que a ae- ronave desenvolve em relagao ao ar (VA). 3) Vetor solo - obtido pela directo da rota ¢ intensidade equivaiente a velocidade em » relac&o ao solo (VS). E 0 vetor resultante da composiggo do vetor aeronave e vento € representa a trajetoria seguida por uma aeronave na superficie terrestre. A solugao do triangulo de velocidades é um trabalho constante do navegador. Por intermédio do meio gréfico, réguas de calculo (computador de véo tipo E6B ou similar) ou calculadoras eletrénicas apro- priadas, chega-se ao resultado das in- cégnitas. Nao é objetivo no momento a solugdo do triangulo, mas simplesmente a compreensio do efeito do vento na di- regdoe velocidade da aeronave, ou seja, se o rumo é maior ou menor que a proa e se a VS 6 maior ou menor que a VA. Com estes elementos, vocé poderia res- ponder 0 que acontece com o rumo em. relagdo a proa e com a VS em relagio a VA quando o vento atuar pela esquerda, mais de proa do que de cauda? Para responder, consulte a figura abaixo e comprove que 0 rumo € maior que a proa e que a VS seré menor que a VA. Complementando, podemos dizer que esta aeronave esta sofrendo uma deriva para a direita em virtude da influéncia do vento lateral pela esquerda. Posic&o que a aeronave atingiria, se NAO existisse vento Magnetismo Terrestre O espago, em torno de um ima, em que se faz sentir sua forca magnética, é cha- mado de Campo Magnético. Em qualquer parte do campo, a forca magnética tem uma intensidade e diregao definidas. O campo magnético normalmente pode ser representado por linhas de forca mag- néticas que nunca se cruzam’ou inter- rompem, mas convergem para dols pon- tos chamados polos. ‘A Terra age como um grande ima esféri- co tendo suas propriedades caracteristi- cas, O magnetismo terrestre em qual- quer lugar é medido pela determinagao da diregao e intensidade do campo mag- nético. Os dois valores variam com o tempo, entretanto, a variagdo da inten- sidade é abandonada em navegacao. Qs polos magnéticos atualmente estdio localizados nas coordenadas geograficas 73°N - 100°W (Ilha do Principe de Gales = Polo Norte Magnético) e 68°S - 144°E (Antartica = Polo Sul Magnético). Sendo assim, em determinado lugar da superficie terrestre, poderemos obter a dirego do Norte Magnético (NM = dire- Go da linha de forca magnética) e a di- rego do Norte Verdadeiro (NV = direcao do meridiano). Ao valor angular obtido do NV até 0 NM chamamos de Declina- co Magnética, sigla Dmg. A Dmg pode variar de 0° a 180° para Este ou Oeste. Se o NM estd a esquerda do NV a Dmg é W (Ceste), quando a direita E (Este), se as diregdes coincidirem é nula. NM NV nM NV nm NY A B c DMGE DMG 0° DMG Ww Norte Verdadeiro Ao navegador interessa saber o valor da Dmg de uma regiéo que pretenda voar pois as diregbes obtidas nos equipamen- tos de bordo so referenciadas ao NM, e no ao NV. Sendo conhecido o valor da Dmg, através de uma operagao matemé- tica simples, chega-se ao resultado pre- tendido. As cartas aeronduticas terdo ex- pressas 0 valor da Dmg através de Linhas Isog6nicas. Estas linhas, que unem pon- tos de mesma Dmg, sero representadas por uma linha tracejada, acompanhada do valor da Dmg e a letra designativa E ou W, conforme o caso. Na primeira figura da pagina seguinte tem-se um ponto da car- ta onde a Dmg = 10°W significando que o NM esté defasado em 10° para a esquer- da no NV. Para uma aeronave que esti- vesse voando na diregéo de um paralelo para a direita, teriamos um &ngulo de 090° medido a partir do NV, e um ngulo de 100° se medido a partir do NM. E facil perceber que 0 valor de 100° pode ser obtido com a soma de 090° com 010°. Linha Agénica - linha numa carta ae- rondutica que une pontos de deciinaco magnética nula (0°), representada na carta através de uma linha tracejada duplamente, Normalmente, em vez do, algarismo zero, aparecerdo escritas as palavras “No Variation”. A segunda figu- ra da pagina ao lado possui a carta ae- rondutica e as representacées das linhas isogdnicas na superficie terrestre. c c G ecccececece REECE Cee Ce See eee Coe ce cc c eceec Variagao da Dmg A Dmg varia com 0 tempo em virtude de diversos fatores, fazendo com que inclusive haja possibilidade de mudan- ga de numeragio das cabeceiras de pista dos aerédromos, que séo numeradas em fungdo do Angulo obtido a partir do NM (Norte Magnético) até a direg&o do eixo da pista. Um exemplo tipico é 0 do aeré- dromo de Congonhas (Sao Paulo) onde recentemente as cabeceiras passaram de 16/34 para 17/35. A primeira preocupagio, portanto, ¢ ve- rificar se a Dmg impressa numa carta esté atualizada. Se nao estiver, haveré necessidade de atualizac&o. Para isto, na prépria carta, viré o valor da Varia go Média Anual que deverd ser soma- do ou subtraido da Dmg impressa na carta para atualizacio. @ Exemplo 4 - Uma carta de 1975 apresen- tava numa regio a Dmg de 16°W. Saben- do-se que a variag&o média anual é 6'W, qual seria a Dmg desta regio em 1985? Solugao: de 1975 até 1985 se passaram 10 anos. Como a variacao média é 6’ por ano, em 10 anos a variago total seria de 10x6’ = 60’ = 1° para W. Assim, em 1985 a Dg atualizada seria 17°W. Exemplo 2 - Se uma carta editada em 1983 a Dmg era 23°W e sabe-se que a variagéo média anual é 20'E, qual seria a Dmg em 1989? Soluciio: de 1983 a 1989 se passaram 6 anos. Como a variac&o é 20’ por ano, em 6 anos seriam 6x20’ = 120’ = 2°E. As- sim, a Dmg esperada em 1989 é de 21°W. Observacao importante: nos exames _-o DAC (Departamento de Aviagio Ci- vil), as linhas isog6nicas impressas nas cartas so consideradas atualizadas. Inclinagao Magnética © campo magnético formado em torno da superficie terrestre faz com que a ag tha imantada de uma bissola fique ali- nhada na mesma direcdo de suas linhas de forca. Esta tendéncia de alinhamento da agulha faré com que, em certas situa Bes, tenhamos a diregdo horizontal no coincidente com a direco da agulha. Esta diferenga angu- lar seré nula (0°) préxima do Equador e seré maxima (90°) sobre os polos magnéticos, conforme ilus- tra-se na figura ao lado. A este Angulo chama- mos de Inclina- do Magnética, responsavel pela inutilidade do uso da bussola magnética para FORGA MAGNE TICA ® ~ COMPONENTE ~ VERTICAL... navegar em regides polares. Podemos concluir que o campo magnético atua com uma forca sobre a agulha de uma biisso- la em qualquer dirego. Esta forga mag- nética pode ser decomposta em dois com- ponentes (forcas) que atuariam na hor zontal e na vertical. © componente hori- zontal provoca 0 alinhaménto da agulha nna direcdo Norte-Sul magnética, causan- doa declinacaio magnética. O componente vertical provoca a tendéncia da inclina- do da agulha em relagdo ao horizonte. Entende-se facilmente que o componen- te vertical é nulo no Equador e atinge um valor maximo sobre os polos magnéticos. Linhas Isoclinicas - so linhas que lunem_pontos.de mesma inclinagdo magnética. $6 serdo representadas em cartas de altas latitudes onde o uso da bissola magnética ndo € aconse- Inavel para orientagao. Linhas Isopéricas - s&o linhas que nem pontos de mesma variacéo dade- clinac&io magnética, Nao virgo represen- tadas nas cartas de navegagdo em vir- tude de sé interessarem a quem execu- ta servigos de atualizacdo das cartas ae- ronduticas. Em termos praticos no con- sideramos estas linhas para atualizar uma carta pois ela tem inserida uma va- riago média anual da regiéo que pre- tendemos voar, o que é suficiente, COMPONENTE ORIZGHTAL SHO “ Ne __ INCLINAGAO * meal > -LINKAS DI FORGA MAGHETICA Bussola Magnética res magnéticos, no devendo atingir nun- Sem diivida alguma, 0 mais importante —_ca valor maior do que 5°. equipamento de navegagao a bordo das aeronaves é a bussola, Basicamente, a buissola magnética se compée de um im montado sobre uma superficie circular ou cénica graduada que, suspensa so- bre um pivé, tenderia a se alinhar com a dirego Norte-Sul magnética da superfi- cle terrestre, indicando ao piloto o valor angular que a direcdo do eixo longitudi- nal da aeronave faz com 0 que chama- mos de Norte Magnético (NM). Entretando, a agulha ou imé no interior da bissola sofre influéncia também de forgas magnéticas da estrutura da ae- ronave e. seus sistemas sens. sass Pe rane OU QUEROSENE agulha e, consequente- mente, um erro no valor indicado na linha de fé do visor. Ou seja,narealida- de a aguiha de uma bus- | CELULA DE sola se alinhacomumnor- EXPANSAO te resultante dos campos magnéticos terrestre e do pré- a COMPENSADORES PARAFUSOS DE COMPENSAGAO pria aeronave, batizado de FLUTUADOR ayy Norte Bussola, sigla NB, ou Ko | EM CORTE ‘Bide Note Aguiha (NA). EIXO DE SUSTENTACAO 0 erro provocado, expresso por um CARTAO GRADUADO BUSSOLA: VISTA FRONTAL valor angular para Este ou Oeste a partir da ~ diregdo NM a direcio NB, CARTAO DE é chamado de Desvio Buis- DESVIOS sola (DB), Desvio Agulha 7 (DA) ou simplesmente To || STEER Desvio (D). 0 desvio biis- 360 | 001 sola varia com a direcdo oes trt oa, em que a aeronave esti- etree wo | 090 nido por intermédio de um EE cartdo de desvios neo ae. colocado préximo 225 | 221 da biissola.O erro LINHA DE FE VISOR 270 | 271 pode ser diminut- 315 | 314 do por intermédio = : z ne aici para seguir a direcdo magnética 045, 0 pmo PARA i, valor indicado na bussola deve ser 047. eae xo Pé-de-Galinha Para abandonar um ponto qualquer na superficie terrestre, uma aeronave po- deria tomar infinitas diregdes. A direc&o que esta aeronave voa poderia ser in- formada através de nomes conforme se verifica na figura abaixo. A Rosa-dos-ven- tos.formada abalxo possul as chamadas diregées cardeais (N, E, S; W), as colaterais (NE, SE, SW, NW), e as sub- colaterais (NNE, ENE, ESE, SSE, SSW, WSW, WNW, NNW). A pratica nos mos- tra que informar a direcaio desta manei- ra causaria muita confusio, o que levou ‘0 homem a expresser a diregdo através de valor angular medido em graus, a partir do Norte de referéncia. Sendo as- sim, criou-se o Pé-de-Galinha. 0 Pé-de-Galinha ou Calunga é um artifi- cio gréfico muito utilizado pelo navega- dor para determinar diregdes de proa e NNW No nNe NE SSW 5 SSE NNE =Nortenordeste Estesudeste SSE =Sulsudeste SSW = Sulsudoeste WSW = Oestesudoest | WNW =Oestenoroeste NNW = Nortenoroeste ENE ESE rumo, Como ja vimos anteriormente, um véo sera planejado inicialmente sobre uma carta aerondutica, onde podera ser medido um valor angular entre ‘um meridiano e a rota pretendida. Como os equipamentos de bordo fornecem dire- Ses (valores angulares) referidas ao Norte Magnético, precisamos converter © valor lido na carta, Esta converséo sera feita somando ou subtraindo a DMG (de- clinag&o magnética) da regiéio voada (ob- tida na carta através da linha isagénica), Entretando, uma bissola teré erros e provocaré 0 aparecimento do que cha- mados de NB (Norte Bussola) e, como sera este 0 equipamento basico de ori- entagSo, nova transformacgo de valor angular sera realizada. Passemos a definir os elementos com- ponentes destas operacées: Rumo Verdadeiro (RV) - é 0 valor an- gular obtido do NV, no sentido horario ou NESO, até o rumo. Rumo Magnético (RM ou RMG) - 60 valor angular medido do NM, no sen- tido horario ou NESO, até o rumo. Proa Verdadeira (PV) - é 0 an- gulo formado do NV até a proa.da aeronave, medido no sentido ho- rario ou NESO. Proa Magnética (PM ou PMG) - 60 Angulo obtido do NM até a proa da aeronave, medido no sentido ho- rério ou NESO. Proa Bassola (PB) - é 0 valor angu- lar existente a partir do NB, no sentido hordrio, até a direg&o do eixo longitu- dinal da aeronave. A seguir vamos dar alguns exemplos de Pé-de-Galinha. © que devemos cha- mar a atengéo é que a solugdo deve ser entendida graficamente, e nunca tentando decorar as férmulas que so originadas. Observe também que falar sentido horério ou NESO (Norte-Este- Sul-Oeste) é a mesma coisa.

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