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INSTALACOES ELETRICAS INDUSTRIAIS 72 EDICAO Joio MAMEDE FILHO Engenheiro eletricista Diretor de Planejamento e Engenharia da Companhia Energética do Gear (1988-1990) Ex-Diretor de Operaciio da Companhia Energética do Ceard — Coelee (1991-1994) Ex-Diretor de Planejamentoe Engenharia da Companhia Energética do Ceara (1995-1998) Ex-Presidente da Comité Coordenador de Operagies do Norte-Nordeste — CCON Ex-Presidente da Nordeste Energia S.A. — Nergisa (1999-2000) sAtual Presidente da CP: — Consultoria e Projetos Elétricas Professor de Hletrotécnica Industrial da Universidade de Fortaleza — Unifor (desde 1979) LTC EDITORA cong ILUMINAGAO INDUSTRIAL 2.1 INTRODUCAO A iluminagdo éresponsdvel atualmente por cerca de 17% de toda energia consumida no Brasil No setor industrial a partieipaciio do consumo da iluminago é de aproximadamente 2%, 0 que representa a produgao de energia elétrica da hidrelétriea de Sobradinho no rio Sio Francisco, no Nordeste do Brasil ‘Osrecintos industriais devem ser suficientemente iluminados para se obter o melhor rendimento possivel nas tarcfas a executar, O nivel de detalhamento das tarcfas exige um iluminamento ade- quado para se ter uma percepgdo visual apurada Um bom projeto de iluminagao, em geral, requ adogio dos seguintes pontos fundamentai + nivel de iluminamento sufieiente para cada atividade especifica; + distribuigdo espacial da luz. sobre o ambiente; + escolha da cor da luz ¢ seu respec + escolhs apropriada dos aparethos de iluminag: + tipo de execugao das paredes e pisos; + iluminagio de avesso. vo rendimento; O projetista deve dispor das plantas de arquitetura da construgio (veja o Capitulo 1). com deta: Ihes suficientes para fixar 0s aparelhos de iluminago. O tipo de teto é de fundamental importin- cia, bem como a disposicdo das vigas de concreto ou dos tirames de ago de sustentucdo que, afi- nal, podem definir o alinhamento das lumindrias. Além disso, a existéncia de pontes rolantes € maiquinas de grande porte deve ser analisada anteeipadamente, Muitas vezes, é necessario complementar a iluminagio do recinto para atender certas ativida: des especificas do processo industrial, Assim, devem ser localizados aparethos de iluminagao em Pontos especificos e, muitas vezes, na estrutura das proprias méquinas, Numa planta industrial, além do projeto de iluminagio do recinta de produgio propriamente dito, ha o desenvolvimento do projeto de iluminagao dos escritGrios, almoxarifados, laborat6riog eda drea externa, tais como patio de estacionamento, jardins, locais de carga e descarga de produ tos primarios ¢ manufaturados, entre outros, 2.2 CONCEITOS BASICOS Para melhor entendimento do assunto, serdo abordados a seguir alguns conceitos clissicos, modo resumido. 2.2.1 Luz 6 uma fonte de radia io que emite ondas eletromagnéticas em diferentes comprimentos, s do que apenas algumas ondas de comprimento de onda definido $0 visiveis ao olho humano. As radiagoes de menor comprimento de onda, como 0 violeta € azul, intensificam a sensag’ luminosa do othe humano quando o ambiente é iluminado com poues uz, come ocorre no fim LINAGAG INDUSTRIAL 41 tarde © a noite. Ja as radiagdes de maior comprimento de onda, como o laranja e o vermelho, minimizam a sensagio luminosa do othe humane quando © ambiente ¢ iltiminado com muita luz. O ser humano, em geral, julga que 0s objetos possum cores definidas, jd que os conhece nor- malmente em ambientes iluminadas com luz cantendo todos os espectros de cores. No entanto, as cores dos objetos é fungic da radiagao luminosa incidente, A cor de uma banana, tradicionalmen- te amarela, € 0 resultado da-radiagiio Luminosa que reflete quantitativamente maior no segmento amarelo. Para uma radiagdo monocromatica incidente como, por exemple, o branco obtido atra- vés de filtro que obstacule 4 radiagao amarela, a banana se apresentaria ao observador na cor ne- ra, jd que ela refletiria pouquissima luz 22.2 lluminancia o limite da razao do fluxo luminoso recebido pela superficie em tomo de um ponte consi rado para a area da superficie quando esta tende para zero.”” . Fluxo Luminoso FIGURA 2.1 FIGURA 2.2 Forma de irradiagéin da Taz, Demonstragio grifica do dingulo sétige A iluminancia 6 conhecida também como nivel de iluminamento. E expressa em lux, que cor- responde aa fluxo luminoso ineidente numa determinada superficie por unidade de area. Assim, se uma superficie plana de 1m’ € iluminada perpendicularmente por uma fonte de luz cujo fluxo luminoso é de | himen, apresenta a iluminaneia de. 1 lux, ou seja: =F ux) (2.1) F — fluxo luminoso, em lumens; S— frea da superficie iluminada, em m?. Sao clissicos alguns exemplos de ilumindncia, ou seja: lia de sol de veraio a céu aberto: 100.000 lux; + dia com sol encoberto no verde: 20,000 lux; * noite de lua cheia sem nuvens: 0,25 lux; + noite A luz de estrelas: OAK lux. Normalmente, o fluxo luminoso nao € distribuido uniformemente, resultando em ilumindncias diferentes em diversos pontos do ambiente iluminado, Na pratica, considera-se o fluxo luminoso médio, Fluxo Luminoso Ea poténcia de radiagao emitida por uma fonte tuminosa em todas as diregdes do espaga, Sua unidade ¢ © himen, que representa a quantidade de luz irradiada, através de uma abertura de 1 m? 42 CAPITULO Dots, fieita na superficie de uma esfera de | mde raio, por uma fonte luminosa de intensidade igual a | candela, em todas as diregdes, colocada no seu interior € posicionada no centro. Como referéncia, uma fonte luminosa de intensidade igual a uma candela emite uniformemen- te 12,56 lumens, ow seja. dR? lumens para R = 1m, fluxo luminoso também pode ser definide como a poténcia de radiagdo emitida por ume determinada fonte de luz e avaliada pelo olho humano, (0 fluxo luminoso nao poderia ser expresso em watts, jd que é funco da sensibilidade do olho humano, cuja faixa de percepgaio varia para o espectro de cores entre os comprimentos de onda de 450 {cot violeta) a 700 nm (cor vermelha). A Figura 2.1 mostra a forma de irradiagio do. fluxo luminoso emitido por uma lampada incandescente 2.2.4 Eficiéncia Luminosa F arelagio entre o fluxo luminoso emitido por uma fonte luminosa a poténeia em watts con- sumida por esta, Deve-se ressaltar que a eficiéncia luminosa de uma fonte pode ser influenciada pelo fipo de vidro difusor da lumingria caso este absorva alguma quantidade de energia luminosa irradiada. E dada pela expresso: a = dumenyW) (2.2) # P. W — fluxo luminoso emitido, em lumens: P, — poténcia consumida, em W. . FIGURA 2.3 Representagiio do coneeito de intensidade himinasa Através da eficiéncia luminosa das fontes de radiagao podem ser elaborados prajetos mais ef cientes, selecionando-se Limpadas de maior eficiéncia luminosa. ‘A. seguir serio relacionadas as Kampadas e suas eficiéneias luminosas, ou se) lampadas incandescentes: 10a 14 lumens/W: limpadas halogéneas: 15 a 25 lamensfW; + Kimpadas mistas: 20 a 35 lumensyW: + lampadas vapor de merciirio: impadas mistas ~ 45 a 55 lumens/W; + lampadas fluorescenies comuns: laimpadas mistas ~ 55 4 75 lumens/W; + impadas vapor metilico: 65 a 90 lumens/W: 0a 140 lumens/W. 2.2.5 Intensidade Luminosa E-definida como “a limite da relagao entre o fluxo luminoso em um fingulo sélido em tome uma diregio dada e 0 valor desse angulo sélido, quando esse Angulo sélide tende a zero”, ow Ea 4B JUMINAGAG IMBUSTRUAL 43 Pode ser definida também como a poténcia de radiacio visivel que uma determinada fonte de luz emite numa diregao especificada, Sua unidade ¢ denominada de candela (cd). A Figura 2.2 mostra a relagdo que existe entre a intensidade luminosa e o Angulo solide, ocupando a fonte luminosa o vértice do referido ingulo. Isto quer dizer que, se uma determinada fonte luminosa localizada no centro de uma esfera de raio igual a | m emitis em todas as diregdes uma intensidade luminosa de Ted, cada metro quadrado da superficie da referida esfera esté send iluminado pelo fluxo lumi- noso de | Kimen, A Figura 2,3 demonstra conceitualmente a definicio de intensidade luminosa. ‘A imensidade luminosa é avaliada utilizando-se como fonte de luz um corpo negto aquecido a temperatura de solidifieagao da platina, que é de 1.773 °C, a pressao constant de 101.325 N/m?, e-cuja intensidade luminosa resultant incide perpendicularmente sobre uma érea plana igual a 1) 600,000 rm’, Na prética, pode-se observar que as fomes de luz nao emitem o luxe luminoso uniformemente em todas as diregdes. Basta que se observe uma kimpada incandescente, como ada Figura 2.4, em que a intensidade luminosa é maior em determinadas diregdes do que em outras, dessa definigdo sao construidas as curvas de distribuigao luminosa que caracterizam as lumindrias dos diversos fabricantes ¢ esti presentes basicamente em todos os catdlogos técni- cos sobre o assunto, Neste caso, a fonte de luz € a lumindria sao reduzidas a um ponto ne diagrama polara partir do qual silo medidas as intensidades luminosasem todas as diregOes, Para exemplifiear, a Figura 2.4 (a) mostra uma fonte de luz constituida de uma lmpada incandescemte fixada em fio pendente © o correspondente diagrama da curva de distribuigae luminosa, tomando-se como base © plano horizontal, Jd a Figura 2.4 (b) mostra a mesma lampada onde se construiu 0 referido di rama, tomando-se agora como base © plano vertical E comum expressar os valores da intensidade luminosa na curva de distribuigdo luminosa para um fluxo de 1.000 lumens. {@) Plano horizontal tb) Plano vertical FIGURA 24 Distribuigao luminosa nos planos horizontal ¢ vertical “Bia relagdo entre a intensidade Juminosa com a qual irradia, em uma diregdo determinada, uma superficie elementar contendo um ponto dado e a rea aparente desta superficie para uma diregdio considerada, quando esta drea tende para zero.” Sua unidade & expressa em candela par metro quadrado (cd/m? A luminncia é entendida como a medica da sensagao de claridade pravocada por uma fonte de luz. ou superficie iluminada ¢ avaliada pelo cérebro. Pode ser determinada pela Equagio (2.4). I SS 24 SX cos a GA) uperficie iluminada; Angulo entre a supertic Noso} 1— intensidade fuminosa luminada e a vertical, que € ortogonal i diregdo do fluxo tumi~ 44 Cariruo Dais O fluxo luminoso, a intensidade luminosa e a ilumindncia somente sio visiveis se forem refle- tidos numa superficie, transmitindo a sensagaio de luz aos olhos, cujo fendmeno 6 denominado lumindneia, 2.2.7 Refletancia Ea relagio entre © fluxo luminoso refletido por uma dada superficie e o fluxo luminoso inci- dente sobre a mesma, E sabido que os objetos refletem a luz diferentemente um dos outros. Assim, dois objetos co- locados num ambiente dé iminosidade conhecida originam luminancias diferentes. 2.2.8 Emitancia 2.3 LAMPADAS ELETRICAS 2.3.1 Lampadas Incandescentes 6 a quantidade de fluxo luminoso emitido por uma fonte superficial por unidade de area, Sua unidade é expressa em limen/m’. Para o estudo de utilizagiio das Kimpadas elétricas, estas podem ser classificadas da seguinte maneira: 8) Quanto ao proceso de emissio de luz + lampadas incandescentes; + limpadas de descarga, 'b) Quanto ao desempenho: + vida ttil; + rendimento luminoso; + indice de reprodugio de cores. A seguir, serio abordados os varios tipos de Himpada de maior aplicagao em projetos industri Silo constituédas de um filamento de tungst@nio enrolado geralmente em forma espiralada que atinge a incandescéncia coma passagem de uma corrente elétrica, ¢ de um bulbo de vidro transpa- rente, transhicido ou opaco, cheio-de giés quimicamente inerte, como 0 nitrogénio, que evita ‘oxidagiio do filamento, Devido ds precérias caracteristicas de sua eficiéncia luminosa, vida média reduzida ¢ custos: manutengao elevados, é cada vez menor a sua aplicagao em projetos industriais, Sua utilizagso mais sentida nas dependéncias administrativas, mesmo assim em aplicagdes restritas, Apres tam um custo de implantacao muito reduzico, porém custos elevados de manutengao. As pri pais caracterfsticas das Impalas incandescentes so: + vida Gtil: entre 600 € 1.000 horas; + eficiéncia luminosa média: 15 lumens/watts; + orendimento cresce com a poténcia; + as Kimpadas de tensfio mais baixa apresentam maior rendimento; + a vida util depende da tensdo de alimentagio. Para cada 10% de sobretensiio, sua vida itil reduz-se em 50%. © emprego de lampadas incandescentes em instalagdes industriais fica restrito a banhei sociais, instalagdes decorativas, vitrines de amostra de produtes ¢ aplicagSes outras, onde 0c sumo de energia seja pequeno, A Figura 2.5 mostra os prineipais componentes de uma Lamy ineandescente, AGUA 2.5 ‘Lampada incandescente ILUMINAGAG INDUSTRIAL 45 2.3.2 Lampadas Halégenas de Tungsténio A lampada hal6gena de tungsténio € um tipo especial de kimpada incandescente, em que um filamento & contido num tubo de quartzo, no qual ¢ colecada uma certa quantidade de iodo. Du- ante o seu funcionamento, o tungsténio evapora-se do filamento, combinando-se com 0 gas pre- sente no interior do tubo ¢ formundo o iodeto de tungsténio, Devido as altas temperaturas, parte do tungsténio se deposita no filamento regenerando-o, criando-se assim um processo continuo ¢ repetitive denominade ciclo do iodo, A Figura 2.6 mostra o aspecto externo de uma Kimpada halogena, cuja maior aplicagao se faz sentir na iluminagao de cena, Nas kimpadas incandescentes convencionais, o tungsténio evaporado do fila mento se deposita nas paredes intemas de bulbo, reduzindo a sua efieiéncia, No entanto, nas Kimpadas hal6genas de tungsténio, 0 halogénio bloqueia as moléculas de tungsténio impedindo que elas se depositem nas paredes internas do bulbo, resultando uma combinagio quimica apés aqual retornam ao filamento. ‘As paredes da Kimpada siio de vidro de quarizo resistente a elevadas temperaturas. 4.3 Lampadas de Luz Mista As liimpadas de luz mista so constituidas de um tube de descarga a vapor de mereiitio conec- tado em série com um filamento de tungsténio, ambos encapsulados por um bulbo evGide, cujas paredes internas sao recobertas por uma camada de fosfato de trio vanadato. Esse tipo de limpa- da tem as caracteristicas bisicas das Kimpadas incandescentes, O seu filamente atua como fonte de luz de cor quente, so mesmo tempo em que funciona como limitador do fluxo de corrente, 46 FIGURA 2.7 Limpada de luz mista 2.3.4 Lampadas de Descarga Capitulo Dois a Base Resistor ‘Suporte Tubo de — Desai ~-Filamanto Incandescente ‘As Limpadas de luz mista sao comercializadas nas poténcias de 160-2 500 W. Essas laimpadas combinam a elevada eficiéncia das kimpadas de descarga com’ as vantagens da excelente reprodu- Go das cores caracteristicas das Kimpadas de filamento de tungsténio, A Figura 2.7 mostra o as- pecto Fisico de uma lampada de luz mista com ox seus diversos componentes. Podem ser classificadas em varios tipos que serao resumidamente estudadas. A vida dtl das Kimpadas de descarga varia muito de acordo com o tipo, desde 7,500 horas para Kampadas fluorescentes até 24.000 horas para impadas a vapor de s6dio. Seu custo inicial € nor- malmente clevado, porém apresentam um custo de manutencdo relativamente reduzido. As Lim: padas de descargas mais empregadas serdo estudadas a seguir, 2.3.4.1 Lampadas fluorescentes Sao aquelas constituidas de um longo cilindro de vidro, cujo interior ¢ revestido por uma ca mada de fsforo de diferentes tipas. O fasforo é um produto quimico que detém as earacteristicas de emitir luz quando ativado por energia ultraviolcta, isto é, nao visivel, Cada extremidade da lim- pada possui um eletrodo de filamento de tungsténio revestido de dxido que, quando aquecido por uma corrente elétrica, libera uma nuvem de eleétrons, Quando se energiza a lampada, os eletrodos ficam submetidos a uma tense elevada, o que resulta na formagiio de um arco entre os mesmas, de Forma alternada, Os elétrons que constituem o arco se chocam com os dtomos do gas argOnio e de merciirio, liberando uma certa quanticiade de luz ultravioleta, que ativa a camada de fésfor anteriormente referida, transformando-se em luz visivel. O fluxo luminase varia em fungio temperatura ambiente, sendo 25°C, em geral, a temperatura de méximo rendimento, Para valores superiores ou inferiores, o rendimento torna-se dectinante ‘As liimpadas de descarga fluorescentes apresentam uma elevada eficiéncia luminosa, compre endida entre 40 ¢ 80 lumens/swatt, ¢ vida titi] entre 7.500. 12.000 horas de eperagdio. Sao consti lufdas de um tubo de vidro revestido internamente por uma camada de substincias fluorescent que emitem os seguintes tipos de luz: + twngsténio de calcio - luz emitida: azul-eseura; + silicato de zineo - lug emitida: amarelo-verde; * borate de calcio - luz emitida: réseo-clara, Exssas substincias so ativadas pela energia ultraviolet resultante da descarga no interior: tubo contendo gas inerte (argénio) © mexctirio que se vaporiza no instante da partis. As lampadas fluorescentes so reconhecidas pelo diémetro do seu tubo. Na década de 19% eram comercializadas as lampadas T12 (12/8 de polegada de didmetro), sendo substitudas pel Kampadas TS, bem mais eficientes ¢ que agora esto perdendo mercado para kimpadas T5,de mi eficiéncia, menor didmetro e que permitem um maior aproveitamento das superticies reflexi das lumindrias As limpadas fluorescenies, ao contrario das incandescentes, nao podem controlar sozinhas fluxo de corrente, E necessario que se ligue um reator (reatincia série) entre as suas extremid: FIGURA 2.8 Limpada fluorescente bipino RA 29 gio do starter ILUMvagao INOUSTRIAL 47 Camada Fluorescente externas para limitar o valor da corrente. As Kimpadas pequenas usam o reator somente para limi- tur a corrente, enquanto as Kimpadas fluorescentes grandes, além do-reator, fazem uso de um trans- formador para elevar a tensio. A Figura 2.8 mostra os elementos bisicos de uma kimpada fluares- cemte, base bipino, Como anteriormente mencionado, nas extremidades do tubs de vidro das Kampadas fluores- centes so fixados 0s eletrodos (filamentos recobertos com substincias emissoras de luz} com ca- racteristicas proprias de emissdo dos elétrons, dando as lampadas a seguinte classificagiin; a) Lampadas fluorescentes de catodo quente preaquecido ‘A utilizaco destas limpadas implica o uso do starter, que se constitui no elemento de parti cuja descrigdo e modo de operagdo estao apresentados na Segio 2.4.2, A Figura 2.9 mostra liga: do da Kimpada associada aos respectivos starter e reator. swear —& laren bX. 1 " Fleator b) Lampadas fluorescentes de catodo sem preaquecimento A utilizagio destas Kimpadas dispensa a aplicagao do starter Se emprega reatores especiais que provocam uma tensio clevada de partida, iniciando 0 processo de emissio de elétrons sem a necessidawe de um preaquecimento dos eletrodos E, A Figura 2.10 mostra a ligacia deste tipo de lampada, 438 Capiru, ) Li entes de catodo frie Como yantagem sobre as derais, possuem uma vida longa de aproximadamente 25,000 horas. Semelhante as Limpadas de catoda sem preaquecimento, tém partida instantanea. Sua tenso de partida é da ordem de 6 vezes a tensao de funcionamento, impadas fluor 2.3.4.2 Lampadas a vapor de mereiirio Sio constituidas de um pequeno tubo de quartzo, onde sia instalados nas extremidades, em geral, dois ¢letrodos principais ¢ um eletrodo auxiliar ligados em série com uma resisténcia de valor elevado, Dentro do tubo sao colocadas algumas gotas de merctri, juntamente com 0 gas inerte, como o argénio, cuja finalidade é facilitar a formagao da descarga inicial. Por outro lado, @ merctirio € yaporizado durante © periodo de preaquecimento da lampada. O tubo de quartzo & colocado dentro de um invélucro de vidro contendo uma certa quantidade de azoto cuja fungao é a distribuigdo uniforme da temperatura, Ao se aplicara tendo nos terminais da lampada, cria-se um campo elétrico entre os eletrodos auxiliar e o principal mais proximo, provacando a formagdo de um arco elétrico entre os mesmos, aguecendo as substincias emissoras de luz, © que resulta na ionizagio do gas © na conseqiiente formagio do vapor de meretirio, O choque dos elétrons com os dtomos do vapor de mereitrio na interior do tubo transforma sua estrutura atémica. A luz finalmente & produzida pela energia libe- rada pelos étomos atingidos quando retornam a sua estrutura normal As liimpadas a vapor de mereiirio comuns nao emitem, no seu espectro, a luz vermelha, lin tando 0 uso dessas Himpadas a ambientes em que ndo haja necessidade de boa reprodugao de co- res, Para corrigir essa deficiéncia utitiza-se o fésforo.em alguns tipos de Limpadas. As limpadas a vapor de mercuric tem uma elevada eficiéneia, em geral de cerca de 55 lumens! watt, Nesse particular, apresentam uma séria desvantagem ao longo de sua vida ttil média, que € de 18.000 horas, durante « qual a sua eficiéncia cai para um nivel de aproximadamente 35 lumens? ‘watt, Quando se destiga uma limpada a vapor de merctirio é necessdrio um tempo de 4 a 5 minu- tos para que Se possa reucendé-la, tempo suficiente para possibilitar as condigdes minimas de reionizacao do merciirio. Quando a queda de tensao no circuito de alimentagiio Ede 1%, 0 fluxo Luminose das Kimpadas VM cai para 3% aproximadamente, Ji quedas de tensio de 5% comprometem a ignigio das lim- padas. Uma caracteristica particular do bulbo extemo & absorver as radiagdes potencialmente perigo- sas emitidas do interior do tubo de arco (quartzo), As paredes internas do bulbo extermo sao reves- tidas de substancias fluorescentes, tais como o Fosfato de ftrio vanadate, que permitem uma maior ou menor reprodugao de cores. A Figura 2.11 mostra os detalhes principais de uma limpada a vapor de merctirio. Resistor de Partida: Eletr odo Especiaimente Eletrodo Auxiir Atvedo Suporte dle Desc \ arg em Quartz \ >——auibo $= camacia ae Po Fi c Mola de Sustentagio v haat FIGURA 2.11 Limpada a vapor de meres ‘GUA 2.12 ~ Mlmpata a vapor de sélio ILURMWAGAG INDUSTRIAL 49 2.3.4.3 Lampadas a vapor de sodio Sao fabricadas em dois tipos, relativamente pressio no tubo de descarga, ou seja: a) Lfimpadas a vapor de sédio a baixa pressio Construtivamente sio formadas por um tubo especial de vidro na forma de U no interior do qual se produz a descarga. O tubo € colocado no interior de uma ampola tbular de video que atua como protegiio mecainica e isolamento térmico ¢ cujas paredes internas so cobertas por uma fina camada de éxido de estanho para refletir as radiag&es infravermelhas produzidas durante © pro- cesso de descarga. Os eletrodos de filamento sia fixados nos extremos do tbo de descarga. Sobre os eletrodos € depositado um material especial emissor de elétrons. No interior do tubo de descarga injeta-se uma certa quantidade de gas neon que favorece o acendimento, acrescida também de uma outra quantidade de sédio que se condensa e se deposita em pequenas cavidades do tubo quando a lim- pada se resfria, Os gases silo submetidos 4 uma pressdio da ordem de 600 Nin. ‘As limpadas a vapor de s6dio baixa presso sao caracterizadas por emitir uma radiagao qua se monocromiética (luz amarela), ter alta eficiéncia luminosa, em torno de 200 lumens/watt, © apresentar uma clevada vida Gtil de operagdo, aproximadamente de 13,000 horas. Devide a sua caracteristica monocromsitica, é desaconselhavel o seu uso interna em instalagdes industriais. No entanto, podem ser utilizadas na iluminagiio de patios de descarga, A Figura 2.12 fornece s prin- cipais componentes de diferentes modelos de limpadas a vapor de sédio. Andis de Base Base. Eliminacaa de Residucs Base Antis de Eliminagao de Residuos no ubo de f Frere, Condutor Dlesearga Suporte Flexivel em Oxo de @ Conduter Tube oni Aluminio de Descarga i 5 oe e Condutor Aluminio , Partida. Auriiar k Suporte i Condutor Camada Interna de Pé Difusor b) Lampadas a vapor de sédio a alta presszio Sao constituidas de um tubo de descarga contenda um excesso de sédio que se vaporiza duran- te 0 periodo de acendimento em condigdes de saturagao, E utilizade um gas inerle em alta pres- sdo, 0 xenénio, para se obter uma baixa tensio de ignigao. Ao contrario das limpadas a vapor de sédio a baixa pressio, apresentam um espectro visivel continuo, propiciando uma razoavel reprodugaio de cor. A sua eficiéneia luminosa € de 130lumens/ watt ¢ sua vida Util de operagio de cerea de 18.000 horas, Devido 2 sua earacteristica de reprodu- do de cores, podem ser utilizadas no interior de instalagdes industriais cujas tarefas aio deman- dem uma grande fidelidade de cor. 2.3.4.4 Lampadas a vapor metalico E um tipo particular da lampada a vapor de merctrio em que sao adicionados todeto de indio, Uilio ¢ sédio. A mistura adequada dos compostos anteriormente citaclos no Lubo de descarga propor ciona um fluxo Iuminoso de excelente reproducao-de cores. Sua temperatura da cor € de 4.000 °K © apresentam uma elevada eficiéncia luminosa, vida longa alta ¢ baixa depreciagao. Sao industri- alizadas nas formas ovoidal e tubular. As lampadas ovoidais possuem uma cobertura que aumenta a superficie de emissao de luz, reduzindo a sua luminancia. 50 FIGURA 2.13 Lampada & vapor metilico PITULO Doi ween Suporte: com Isolagao Ceramica Tube de Descarga qybo ie Descarga Anel para Manutencao do Vacuo Sto fomecidas bimpadas a vapor metilico nas poténcias de 4a 24KK) W Estas limpadas sio indicadas particularmente para a aplicago em areas de patios de estacio- namento, quadras esportivas, campos de futebol e galpdes destinadlos a produtos de exposi¢aa. A Figura 2.13 mostra os principais componentes de diferentes tipos de lmpadas a vapor metalica, ‘A Tabela 2.1 fornece as principais caracteristicas médias das limpadas incandescentes, fluo- rescentes, a vapor de merctirio, a vapor de s6dio ¢ luz mista. ‘A Tabela 2.2 relaciona as principais aplicagdes das limpadas eletricas nos respectives ambien- s deuso, Serve de orientagao aos projetistas. 2.4 DISPOSITIVOS DE CONTROLE 2.4.1 Reatores (o dispositivos utilizados para proporcionar a partida das lampadas de descarga e controlar 0 fluxo de carrente no seu cireuito. As Kimpadas de descarga necessitam dos seguintes dispo e para a ignigao, ‘tivos para estabilizagao da corrente Sao elementos do circuito da lampada responsdveis pela estabilizagao da corrente a um nivel adequado de projeto da Limpada. Os reatores se apresentam como uma reatincia série do circuit da Lampade, Quando a tensio na rede 6 suficiente para permitir a partida da Kimpada de descarga, basta que se utilizem reatores série que siio formados por uma simples bobina enrolada sobre um niiclea de ferro, cuja fungio é regular 0 fluxo de corrente da larmpada, O reator é de construgio simples e de menor custo, porém opera com fator de poténcia entre 0,40 e 0,60 indutiva. Se for agregada a esse reator um capacitor ligado em paraleto, formando um tinico dispositivo, melhora-se a condigéa operacional da rede devido ao nove fator de poténeia, que da ordem de 0,95 a 0,98. A conexio dos dois tipos de reatores com as respectivas lampadas € dada na Figura 2.14 (a) e (b), Noentanto, pode-se agregar ao reator simples um capacitor ligado em série. Sito reatores aplicados em redes onde a regulagdo de (ensio € muito elevada, Em geral, as lmpadas de descarga funcionam conectadas com reatores, O fluxo lurninoso emitido pela lampada de descarga depende do desempenho do reator, denominado fator de fluxo luminoso, ou conhecido ainda como ballast factor, que corresponds a relagiio entre Luminoso ob- {ido pelo fluxo luminoso nominal da Lampada, Normalmente. os reatores para qualquer tipo de ldmpada trazem impresso o diagrama de liga: cdo na parte superior da carcaga, como se pode observar na Figura 2.15, Como exemplo, a Figur 2.16 mostra alguns diagramas de ligacdo referentes a varios tipos de reatores. Existem no mercado dois diferentes tipos de reatares. ILUMINAGKO INDUSTRIAL 51 \ABBIA 2.1 unieteristicas operacionais das lampadas ‘custo de uso elevado; x Substituem Custo clevados ‘Nao necessita 250 5.500 2 laimpadas demora5 minutos para | de dispositivos 500, 13.500 n ineandescentes atingir 80% do fluxo | auxiliares.¢ € Mista ‘ normais de elevada | luminoso, ligada somente poténcia, Pequeno em 220 V volume. Boa vida Necessita de dispositivos ausilianes {reator) © € Tigada somente em 20. ia eficiéncia Custo elevadlo, | Necessita de luminosa e baixo de instalaga, dispositivas . 0 custo de auxiliares 40 3.000 6 10.000 | funcionamento. (creator + Boa reprodugao starter ou de cores, Boa vida somente Paorescente 60 4 10.000 | média, reator de HO 85 6 partida 110 8.300 16 ripida). 16 1.020 4 7.500 | | | Necessita de dispositives ota | especificos | aeator + | ignitor) e € ligada em | 220. | i | Gtima eficiéncia Custo elevado queé — | Necessita de | juminosa, longa amortizago com 0 dispositivos vida dui uso. suuxilianes 52 CaPfTuLe Dols TABELA 2.2 Aplicagio das Kimpadas elétricas Mercearia Confeosio Ferragens Armarinhos Moveis Relojoarias Salas de andlise de desenhos. Auditérios Clinicas: Cinemas ‘Teatros Restaurantes Rodovias Avenidas, ‘Vins expressas ‘Vins secundrias ‘Vindutas e vias elevadas Patios de manobra, estacionamento etc. Estidios Vias flaviais Procas, jardins ete, } Fachadas © monumentos =| i wie ! x | x x ie wm |. x” Bi x | x x ft Rate ) x |x x| x ie x |x i PEER ea? x ® « Fey nears wale i |_& |e A Hamp incandeseome = timpad mista (C-limpada uoreseemte 1D Hip Muorescente compacta limpada a vapor de mereisio -F > ldmpaa a vapor de siio 2 alta presto 4G limpain.a vapor metilisa H. lirnpad de halogénse HIGURA 2.14 ‘Reator para limpadas de descarga AGRA 2.16 Ligases tipicas dos rearores as Feipectivas limpadas LUMINAGAG INOUSTRIAL 53 Fieator v— (a) Reator de baixo fator de poréncia Condutor de Ligagdo Furo de Suporte EB heater i fletermsenel] f | Po | | _—f 4 j \—® —— (a) Reator simples (b) Reator duplo. 4c) Reator com transformador 2.4.1.1 Reatores eletromagnéticos ode cobi Siio de fabricugdo convencional, dotados de um miclee de ferro ¢ de um enrolam No entanto, sdo comercializados dois diferentes tipos: t) Reator cletromagnétic a baixo fator de poténcia O reator cletromagnético consiste basicamente em um niicleo de laminas de ago especial, co- ladas e soldadas, associado a uma bobina de fio de cobre esmaltado. O conjunto € montado no interior de umacaixa metilica, denominada carcaga, construfda em chapade ago. Os expagas vazios no interior da carcaga so preenchidos com uma massa de poliéster, Os reatores para limpadas fluorescentes so fomnecidos para ligagao de uma dnica lampada, reatores simples, ou para ligagao de duas lmpadas, reatores duplos, Capiruio Dots b) Reator eletromagnético 1 alto fator de poténeia Sao dotados de um niicleo de ferro ¢ um enrolamenta de cobre, além de um capacitor ligado em paralelo que permite elevar o fator de poténeia conforme informagao anterior, A Tabela 2.3 fornece as principais caracteristicas técnicas dos reatores Phil 1x20 1X20 1x40 Lx 4-220 1X65 1x20 1x20, 1x40, 1x40 1x 110 2x40 240-4 x 20 2x20 2%40 2x40 2% 40 265 2K 10 2.4.1.2 Reatores eletrinicos Esses reatores sao constituidos por trés diferentes blocos funcionais, quais sejam: a) Fonte Responsavel pela redugao da tensdio da rede de alimentacio e conversao dessa tensdo na fi giiéncia de 50/60 Hz em tensao continua, Adicionalmente a fonie desempenha as seguintes ful goes: + suprime os sinais de radiofreqtiéncia para compatibilizar com a classe de imunidade do ator: + protege os diversos componentes eletrdnicos do Conversor contra surtos de tensiio: + protege a rede de alimentagiio contra falhas do conversor: + limita a injegao de componentes harmanicos no sistema de alimentagao, b) Inversor E responsdvel pela conversdo da tensdo continua em tensao ou cortente alternada de alta fi giiéncia, dependendo de tipa de Limpada utilizado, 24.2 Starters ILUMINAGAO INDUSTRIAL 55 ©) Circuito de partida e estabilizacio Este circuito esté associado normalmente aa inversor, Em geral, so utilizadas indutaneias -capacitiincias combinadas de forma a fornecer adequadamente os parmetros elétricos que a lam- pada requer. Os reatores cletrénicos possuem grandes vantagens sobre os reatores eletromagnéticos, apesir de seu prego ser significativamente superior, ou seja: + reduzem as oscilagdes das lampadas devido & alta freqliéncia com que operam: * atenuam ou praticamente eliminam 0 efeito estroboscdpico: + operam a alto fator de poténcia, alcangando cerca de 0,99; + operam com baixas perdas ohmicas; + apresentam, em geral, baixa distoreao harmanica; + permitem 0 uso de dinrer c, conseqaentemente, possibilitam obter-se redugdo do custo de energias + permite elevar a vida til da limpada; * permitem ser associados a sistema automiticos de controle e conservagao de energia. Sao dispositivos constituidos de um pequeno tubo de vidro dentro do qual sao colocadas dois eletrodos, imersos em gas inerte responsiivel pela formagao inicial do arco que permitira estabe- lecer um contato diteto entre os referidos elettodos. Somente um eleirodo € constituido de uma lamina bimetilica que volta ao estado inicial decortidos alguns instantes. Sua operagdo ¢ feita da seguinte forma: ao acionarmos o interruptor / da Figura 2.16 (a) produz-se um arco no dispositive de partida 8 (starter) entre as liminas A e &, conforme Figura 2.17 (a), cujo-calor resultamte provo- ‘40 estabelecimento do contato elétrico entre as mesmuas, fazendo a corremte elétriea percorrer 0 ircuito no qual esta inseridos os eletrodos & da kimpada os quais se aquecem e emitem elétrons. Decorrido um pequeno intervalo de tempo, 0 contato entreas kiminas A ¢ B édesteito, pois a corrente que as atravessa nao € suficiente para manté-las em operagio, Neste instante, produz-se uma va- riagdo de corrente responsével pelo aparecimento da forga eletromotriz de elevado valor na indutincia do reator, provocande um arco entre os eletrodos E da limpada ¢, em conseqiié acendimento da mesma, Pelo efeito da reatiincia série, a tensdo entre os eletrodos diminui, nio estabelecendo um arco entre ay Kaminas A e # do starter. A partir de entao, o reator passa a funcionar como estabilizador de cornente airavés de sua impedancia propria, limitando a tensao 40 valor requerido. O capacitor C acoplado ao-circuito do starter tem por finalidade diminuir a interferéncia sobre os aparelhos de radio © comunicagio durante 6 pracesso de acendimento da lampada, A Figura 2.17 (a)e (b) mostra, respectivamente, os componentes de um starter € © seu aspecto extemo, Amina Bimetaica rPino de Conexéio Pine de Gonexio (a) Componentes (b) Aspecto externa FIGURA 2.17 Starter 56 2.4.3 Ignitores ‘FIGURA 2.18 Ignitores CapituLo Das Sao elementos utilizados em lampadas a vapor metélico e vapor de sédio e que atuam gerando uma série de pulsagdes de tensio elevada da ordem de 1a 5 kV, a fim de iniciar a descarga destas, que a impada inicie a sua operagdo, o ignitor deixa automaticamente de emitir pulsos, ‘As limpadas a vapor de sédio de baixa e alta pressdo e as Kimpadas a vapor metdlico, devido i composic&o ¢ a construgo dos seus tubos de descarga, necessitam na sua partida de uma tensig superior 3 tensao da rede normalmente utilizada. Os reatores (reator + transformador}, em geral. silo os responsaveis pela geragdio dessa tenséio, No entanto, essas Kimpadas requerem uma tensiie tao elevada que é necessario um equipamento auxiliar, denominado ignitor, para proporcionar ¢ nivel de tensao exigido. Quando as kimpadas sao desligadas por um determinado intervalo de tempo, a pressiio do gas diminui. Se a limpada for novamente energizada, o ignitor inicia 0 disparo até que a pressdo de 4s atinja o valor minimo de reacendimento. As limpadas de vapor de s6dio de alta pressdo-apresentam um tempo de reignigdo de cerca de | minuto, enquanto as kampadas 2 vapor metélico requerem um tempo de aproximadamente 10 minutos. Como os estédios de futebol destinados a jogos oficiais somente utilizam limpadas a yapor metélico, o excessive tempo de reignigdo tem ocasionado grandes transtornos quando hi uma falha momentnea no suprimento de energia. O jogo é paralisado durante o tempo de reignigan da limpada, Nesse tipo de atividade, é conveniente a utilizacdo de algumas Yimpadas incandes- centes, cujo acendimento ¢ instantiineo e que possibilitam uma luminosidade aceitivel para movie mentagio das pessoas. Os ignitores so comercializados em trés diferentes tipos. 2.4.3.1 Ignitor derivagao Esse tipo de ignitor € constituide de trés terminais conectadas, segundo o diagrama da Figura 2.18 (a), Nesse caso, 0 capacitor C se descarrega mediante o dispositivo controlador D. Os pulsos gerados pelo ignitor so aplicados sobre o reator ligado entre 0s pontos 2 e 3 vistos no diagrama, ‘Através de um adequado nimero de espiras o reator amplia o médulo dos pulsos ¢ os aplica sobre) os terminais da lampada, Esse tipo de ignitor apresenta as seguintes caructeristicas: + utiliza o reator como transformador de impulso; + oxeator deve suportar os impulsos de tensio; + creator o ignitor devem estar juntos ¢ 0 conjunto afastade da lampada, 2.4.3.2 Ignitor série Esse tipo de ignitor ¢ constituido de trés terminais conectados segundo a Figura 2,18 (b), Neste caso, 0 capacitor C se descarrega mediante 0 dispositive controlador 9. Os pulsos gerados pelo ignitor sio aplicados as espiras do transformador em T que amplifica os pulsos adequadamente, Cujo médulo da tensdo depende do prdprio ignitor. O ignitor série apresenta as seguintes caracteristicas: so itor ¢ © transformador esto incorporados num tinico invdlucro: tor funciona independentemente do reator instalado; + deve estar préaimo kimpada para evitar a redugio da intensidade dos pulsos; + otransformador pode estar distante da limpada. 4 ator =] ! ol ! ed ' 1 ' Cy (a) Ignitor derivagaio (b) Ignitor série (e) Ignitor parateto 2.5 LUMINARIAS IUNINAGRO INDUSTRI 57 2.4.3.3 Ignitor paralelo Esse tipo de ignitor constituido de dois terminais conectados de acordo com o diagrama da Figura 2,18 (c). Neste caso, a energia armazenada no capacitor € fornecida a lampada através da intervenco do circuito de dispara.D no instante em que @ tensio alcanga o seu valor maximo, resultande num pulso de tensao da ordem de 2.a 4 vezes a tensiio da rede de alimentagao, isto é entre 600¢ 1.200 V. O ignitor paralelo apre: s caracteristieas: a as seguint + so utilizados somente com alguns tipos de kimpadas a vapor de sédio de baixa pressdo; + atensio de impulse de 1.200 V pode perfurar o isolamento dos components do cireuito da lampada no caso em que esta niio chegue a acender. Sdo aparelhos destinados 4 fixagdo das Limpadas, devendo apresentar as seguintes caracteris- ticas basicas: + serem agradaveis ao observador; + modificarem 0 fluxo lumineso da fone de luz; + possibilitarem facil instalacdo ¢ posterior manutenglo, A selegio de lumindrias em recintos industriais deve ser precedida de algumas precaugdes re- lacionadas & atividade produtiva do projeto, Assim, para ambientes onde haja presenga de gases combustiveis em suspensio, é necessiirio escolher Iumindrias fabricadas com corpo resistente & pressio ou de seguranca reforgada, prevenindo-se, desta forma, acidentes sérios provocados, por exemplo, pela explosiio de uma lampada. Também em induistrias téxteis, onde ha uma excessiva poluigio de pé de algoddo em estado de suspensao no ar, € aconselhdvel adotar no projeto himi- nérias do tipo fechada, 1 Caracteristicas Quanto a Diregdo do Fluxo Luminoso Para iluminagao geral, a IEC adotou as seguintes classes para as luminarias: 2.5.1.1 Direta Quando 0 fluxo luminoso € dirigido diretamente ao plano de trabalho, Nesta classe se enqua- dram as lumindrias refletoras espelhadas, comumente chamadas de spots. 2.5.1.2 Indireta Quando o fluxo luminoso € dirigido dirctamente em oposigtio ao plano de trabalho. As lumi- niisias que atendem a esta classe, em geral, assumem uma fungo decorativa no ambiente ilumi- nado, 2.5.1.3 Semidireta Quando parte do fluxo luminoso chega ao plano de trabalho diretamente dirigido e outra parte tinge o mesmo plano por reflexiio. Neste caso, deve haver predominancia do efeito direto, 2.5.1.4 Semi-indireta Quando parte do fluxo Iuminoso chega ao plano de trabalho por efeito indireto © outra parte & diretamente dirigida ao mesmo, Neste caso, o efeito predominante deve sero indircto. 2.5.1.5 Geral-difusa Quando o fluxo luminoso apresenta praticamente a mesma intensidade em todas as diregdes. Para maiores informagées sobre 0 assunto, consultar literatura especifica. 58 CapiTuLo Dots 2.5.2 Caracteristicas Quanto a Modificagao do Fluxo Luminoso 2.5.3 Aplicagao ‘As lumindrias tém a propriedade de poder madificar o fluxo luminoso produzido por sua fonte Juminosa (a kimpada). Assim, se uma lumindria ¢ dotada de um vidro protetor transparente, parte do fluxo luminoso é refletido para interior da luminéria, parte € transformado em calor e, final: mente, a maior parte € dirigida ao ambiente a ilumninar. Dessa forma, as lumingrias podem ser assim ssificadas de acordo com as suas propriedades em modificar 0 fluxe luminoso 2.5.2.1 Absorgao E a caracterfstica da lumindria de absorver parte do fluxo luminoso incidente na sua super Quanto mais escura for a superficie interna da luminaria, maior ser 0 fndice de absorgao 2.5.2.2 Refragao caracteristica das lumindrias de direcionar o fluxo luminoso da fonte, que é composta pela Jampada refletor, através de um vidro transparente de construgio especifica, padendo ser plano (niio hé madificagao da diregao de fluxo) ou prismatico. Os fardis de automéveis so exemplos de lumindrias refratoras prismaticas. 2.5.2.3 Reflexao a caracteristica das lumindrias de modificar a distribuicdo- do fluxo luminoso através de sud superficie interna e segundo a sua forma geométrica de construcdo (parabdlica, eliptica etc.), 2.5.2.4 Difusao E a caracteristica das luminarias de reduzir a sua luminancia, diminuindo, conseqUentemente, os efeitos inconvenientes do ofuscamento através de uma placa de aerilico ou de vidro. 2.5.2.5 Louvers 0 paine! destas lumindrias € constituide por aletas de material pldstico ou metalico, em geral esmaltado na cor branea, no permitind que a lampada seja vista pelo observador dentro de um determinado Angulo. As lumindrias devem ser aplicadas de acordo com o ambiente a iluminar ¢ com o tipo de ativie dade desenvolvida no local. Em geral, sdo conhecidos os seguintes tipos: + lumingrias para jardins, instalagdes comerciais, as lumindrias mais empregadas so para as ampadas fluorescen: les, Hai varios tipos disponiveis no mercado e a escolha de um deles deve ser estudada tanto da. ponta de vista econémico como técnico, Em geral, a sua aplicagdo é conveniente em ambientes cujo pé-direito da edificago nao ultrapasse 6 m. ‘Nas instalagSes industriais,é mais freqiente o emprego de lumindias de facho de abertura média para lampadas de descarga, preferentemente Kimpadas a vapor de mercuirio, Sio aplicadas mai ‘comumente em galpSes industriais com pé-cdireito superior a 6m, A Figura 2.19 (a) mostra um modelo de projetor industrial muito utilizado em instalagGes industriais ¢ proprio para kimpadas vapor de merctirio ou a vapor de s6dio. Se o projeto utiliza lampadas a vapor metilico, é comu ©.uso do projetor da Figura 2.19 (b). As luminsirias para dreas externas so construidas para fixagdo em poste. A Figura 2.20 most uma lumindria de uso muito comum em areas externas de complexos industriais, Alternativamed- ILuMiWagAa INDUSTRIAL 59 FIGURA 2,19) Projetor industrial Suporte (Reator interno) Lampada Corpo de f: ‘Aluminio @) ‘HIGURA 2.20 Dispositve de Abertura Luminiria externa Corpo de sare) 1} Suporte. {aia oss Loca par Rea te so também utilizadas lumindrias especificas montadas em postes tubulares metalicas ou de conereto circular do tipo apresentade na Figura 2.21 No ajardinamento dessas dreas siio, freqiiemtemente, aplicadas lumindrias especificas de apa~ réncia aprackivel e com fins decorativos. A sensibilidade estética do projetista, aliada aos conhe- cimentos necessirios de luminotéenica, leva a elaboragao de bons projetos de iluminagdo, 2.21 de lluminagio externa eee Metalico teristicas Fotomeétricas Cada tipo de luminaria, juntamente com a sua fonte luminosa, produz um flux luminoso de efeito ndo-uniforme. Se a fonte luminosa distribui o fluxo de maneira espacialmente uniforme, em todas as direcdes, a intensidade luminosa ¢ igual para cada distancia tomada da referida fonte. 60 PIGURA 2.22 Curva de distribuigao luminosa FIGURA 2.23 Lumindria 2.5.5 Ofuscamento Capiruco Di ‘Caso contrdrio, para cada plano numa dada diregdo a intensidade luminosa toma diferentes vale res, A distribuigdo deste fluxo em forma de imensidade luminosa € representada através de um diagrama de coordenadas polares, cuja fonte luminosa se localiza no seu centro. Tomundo-se como base este ponto, a intensidade ¢ determinada em fungdo das varias diregies consideradas. Para citar um exemplo, observar 0 diagrama da Figura 2.22, onde a imtensidade It minosa para angulo de 0°, diretamente abaixo da luminéria, é de 260 candelas para 1.000 lumens da Limpada, e,a um dngulo de 60, a intensidade luminosa reduz-se a 40 candelas para 1,000 lumens Como a imtensidade luminosa € proporcional ao fluxo luminoso emitido pela Limpada, os fabri cantes de tumindrias convencionalmente elaboram estas curvas tomando como base um fluxo li minoso de 1.000 lumens. J4 a Figura 2,23 mostra a lumindria que produz a distribuigao luminoss da Figura 2.22 As curvas de distribuigio luminosa sito utilizadas, com freqiiéneia, nos projetos de iluminagia, empregando o métode ponte por panto, a ser estudado posteriormei 5 58888 Candolas'1,000 Lumens E 0 fendmeno produzido por excesso de luminincia de uma fonte de luz. 0 ofuscamento o rece 40 espectador uma sensagio de desconforto visual quando este permaneee no recinto ilu nado durante um certo intervalo de tempo. O ofuscamento direto provocado pela luminancia cessiva de uma determinada fonte de luz pode ser reduzide ou eliminado através do emprego vidros difusores ou opacos, colmeias etc. O limite de ofuscamento é dado pela Equagao (2.5) estd representado na Figura 2.24 dD gg =—— Qs Be a D - distancia horizontal do espectador a fonte luminosa, em m; ~ altura da fonte luminosa ao nivel do olhe, em m. fo ILURINAGAG INDUSTRIAL 61 FIGURA 2.24 Ofuseamento de um operador de maquina Ha varios métodos de avaliagiio do ofuscamento adotados em diferentes paises europeus, Um dos mais utilizados baseia-se na satisfagio visual dos observadores em fungao dos niveis de ilu- minagao, ingulo de visio ge das dimensoes D eH... O dngulo ¢igual 445° representa o valor maximo acima do qual sic considerados os limites de tuminaneia para lumindrias observadas sob uma diregao normal da visao. As normas alemis DIN 5035 apresentam trés classes de ofuscamento, de acordo com a quali- dade exigida para o ambiente de trabalho: a) Classes C1 Deve-se adotar uma excelente qualidade em relagdo ao ofuscamento, Sdo ambientes caracte- risticos de salas de aula, lojas de exposigao, museus, salas de desenho, recintos de trabalho manu- al fino, recintos com miquinas operatrizes de produciio de alta velocidade. b) Classe C2 ‘Condigéies médias em relacdo ao ofuscamento. Sa0 ambientes caracteristicos de fabricagaa in- dustrial bruta, tais como galvanizagao, sala de méquinas, yestidrios fabris, oficinas mecdnicas & similares, ¢) Classe C3 Condigdes desfavoriveis em relagio a0 ofuscamento © que devem ser evitadas em qualquer tipo de iluminagiio industrial Superficies Internas das Luminarias 0 tipo e a qualidade das superficies reflexivas das umindrias so responséveis pelo nivel de -eficiéneia da iluminagao de uma determinada area, As lumindrias podem, entio, ser classificadas a partir do material de cobertura de sua superficie em trés diferentes tipo: + lumindirias de superficie esmaltaca; + lumindiias de superficie anodizada; + lumindrias de superficie pelicular. Independentemente de tipo das lumindrias, geralmente, so fabricadas em chapas de aluminio. Alguns fabricantes tém langado luminérias confeccionadas em fibras especiais, wlilizadas notada- mente em iluminagao pibblica, com vistas a reduzir o efeito do vandalismo. 2.5.6.1 Lumindrias de superficie esmaltada Também conhecidas como luminérias convencionais, estas lumindrias recebern uma cama- da de tinta branca esmaltada e polida que permite um nivel de reflexdo médio de 50%. No ens tanto, hd lumindrias com cobertura de esmalte branco especial que alcanga um nivel de reflexdo de até 87%, 62 2.6 ILUMINAGAO DE INTERIORES FIGURA 2.25 Maneira de instalae os projetores CapituLo Dars 2.5.6.2 Luminarias de superficie anodizada Sao lumindrias confeccionadas em chapa de aluminio revestida internamente por uma camad de Oxido de aluminio, cuja finalidade & protegera superficie preservando o brilho pelo maior tem po possivel, evitando que a superficie refletora adquira precocemente uma textura amarelada, Enquanto a lumindria convencional apresenta uma reflexio difusa, em que os raios luminoso silo refletidos em diversos angulos, direcionando parte do fluxe para as paredes, a luminérk anodizada é concebida para direcionar o fluxo luminoso para o plano de trabalho. 2.5.6.3 Lumindrias de superficie pelicular ias confeccionadas.em chapa de aluminio revestida internamente por uma fina pelicu ne reflexivo e com a deposigdo de um fina camada de prata ¢ auto-adesivo, criando uma st icie de elewada reflexao ¢ alto britho ¢, aleangunde um indice de reflexao de 92%, O filme tet ‘uma vantagem sobre os demais processes utilizadas para sumentar a reflexdo das lumindrias, devid a sua baixa depreciagaio, elevando, em conseqiiéncia, 0 tempo de limpeza das luminarias. Em quate anos a sta depreciagiio atinge um yalor de apenas 3%, resultando em economia para a ins Em geral, as lumindtias aumentam o sew-tendimento quando sdo utilizadas limpadas com d tro reduzido, por exemplo, ocaso das limpadas fluorescentes tipo TS, visto que os raios lu ‘ic interna da lumindria encontram menor drea de absticulo para atin fim nosos refletidos pela superti plano de trabalho, Um projeto de iluminagao industrial requer um estudo apurado para indicara solugao mais ¢ veniente em fungdo das atividades desenvolvidas, da arquitetura do prédio, dos riscas de ex sio, ou de outros detalhes peculiares a cada ambiente. Em geral, as construgdes industriais tém um pé-direito que pode variar de comum a utilizagéo de projetores de facho de abertura média com lémpadas a vapor de merci ou de lumindria com pintura difusora com lampadas fluorescentes. As lumindrias para Lim fluorescentes podem ser dispostas em linha, de maneira continua ou espagada, Os projetores fixados em pontos mais clevados, a fim de se obter uma uniformidade dese jada no plano de Iho. As lumindrias para Kimpadas fluorescentes, em geral, sao fixadas em pontos de altura inf or, As Figuras 2.25 ¢ 2.26 mostram, respectivamente, as maniras de instalar os projetores ¢ | narias para Kimpadas fluorescent Algumas consideragoes biisicas sio interessantes para orientar 0 profissional num projeta ninagao industrial, a saber: + nio utilizar lampadas incandescentes na iluminagao principal + utilizar limpadas incandeseentes somente na iluminagao de emergéncia ou na ilunit ocalizada em certos tipos de méquinas. E eomum também oseu uso em banheiros so ES Anguio de 15° ILUMINAGAO INDUSTRIAL 63 como iluminagao decorativa e em outras aplicagdes onde se requer pouea iluminancia e ni. mero reduzido de lumindrias: + tomar a iluminagio o mais uniforme possivel; + a relagdo entre as ilumindincias dos pontos de menor e maior iluminamento, preferencial- mente nao deve ser inferior a 0,70; + em prédios com pé-direito igual ou inferior a 6 m é conveniente utilizar impadas fluores- centes em linhas continuas ou nio; * em prédios com pé-direito superior a 6m € conveniente utilizar Lampadas de descarga de alto fluxo luminoso; + quando empregar projetores, utilizar Limpadas a vapor de merctrio ou vapor de s6dio; + em ambientes onde é exigida uma boa reprodugio de cores, nfo utilizar Kampadas a vapor de sédio; + nos ambientey em que operam pontes-rolantes, tomar cuidado com o posicionamento das lumindrias. Para se elaborar um bom projet de uma instal _guintes aspectos: € necessario que sejam observadas os xe~ | tuminancias Para que os ambientes sejam iluminados adequadamente € necessdrio que o projetista adote os valores de iluminsineia estabelecidos pela NB 5413 para cada grupo de tarefas visuais, o que é reproduzido parcialmente na Tabela 2.4 Para a determinagio da iluminancia adequada aos ambientes, pode-se adotar os seguintes pro- cedimentos recomendados pela NB 5413: + analisar cada caracteristica dada na Tabela 2.5 para determinar 0 seu peso; + somar os trés valores encantrados algebricamente, consideranco o sinal; + quando 0 valor total do sinal for igual a ~2 ou 3, usara iluminiincia mais baixa do grupo; usar a ilumindncia superior quando a soma for +2.0u +3: nos outros casos, utilizar o valor médio. DE APLICACAO (2.1) Determinar a iluminiincia adequada para o ambiente de inypegio de produtos téxceis numa indistria cuja idade média dos trabalhadores ¢ inferior a 40 anos e é necessaria uma elevada refletincia, Pela Tabela 2.5, obtém-se © somatdrio dos pesos: * idade: —1; + velocidade ¢ preciso: 0; + refletincia do fundo da tarefa: — * total dos pesos: —2, Nese caso, utiliza-se a ilumindncia mais baixa do grupo, faixa B da Tabela 2.4, isto é, 1.000 lux ttatetas, ‘com requisitos especiais, gravagdo manual, inspegio, inddstria de roupas). ANB 5413 também estabelece as ilumindnciay minimas para os diversos tipos de ambientes em fungaio das tarefas visuais ali desenvolvidas e aqui resumidamente reproduzidas na Tabela 2.6 2.6.2 Distribuigao Unifarme do lluminamento Capiruio Dors, ‘TABELA 2.4 lumindncias para cada grupo de tarefas visuais, 20 40 Areas pablicas com arredores a escurms A-- Hluminago geral para areas 30. Gilimaglo tt : wo simples para usadas ininterruptamente ou 15 ACER ‘com tarefas visuais simples 100 100 150 Recintos no usados para trabalho Sa continuo, depésitos 200 ‘Tarefas com requisitos visuais 300 limitades, trabalho bruto de 500) maquinaria, auditosiox B -Huminagio geral para dreas 500 “Tarefas com requisitos visuais de trabalho: 750, normais, trabalho médio de 1.000 maquinaria, auditérios 1.000 Tarefas com requisites especiais, 1.500 gravagtio manual, inspegio, indastria 2.000 de roupas a ‘Tarefas visuis extras e prolongadas, 5,000 eletranicas ¢ de tamanho pequeno C-lh ie ik 100) Mirai gay SHAG EAE 50 ‘Tarefas visuais muito exatas, ‘refi completes Tat montagem dle microeletronica 10.000 10.000 ‘Tarefas visuais muita especiais, ’ 15.000 cirurgia 20.000 TABELA 2.5 Fatores determinantes da ilumindneia adequada Entre 40 ¢55 anos | Superior a $5 Critica Inferior a 30% dade Inferior a40 anos. Velocidiade e precisio Sem importincia Refletiincia do fundo da tarefar ‘Superior a 70% Importante Entre 30 ¢ 70% E interessante observar que o olho humane distingue lumingincia ¢ nao ilumindncia, isto significa que determinado desenho de cor preta, pintado numa fotha de papel branco © submetide a uma determi ilumindneia, apeesenta diferengas de lumindncia (partes branca ¢ preta}, 0 que permite uma melhor visio mesmo por meiado contraste. A pritica, poréin, eonsagrou o conceito de ilumindncia como medida da para a percepgiio. E necessdrio que exista uma uniformidade razodvel de iluminamento no ambiente ilumi 0 fator de uniformidade, que representa o quociente entre os iluminamentos de maior €

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