You are on page 1of 80
a Moderna Unico Fisica Moderna Autor: Havcle Alberta de Feria Pires. Diretor executive: iclau arbex Sarkis. cere etara 3030 carlos Puts coordonaciio de odiedo técnica: Parla L dos santas. Ribeiro, dipdo técnica: srune tartagalla Fansoes, cnoedenacio de produzo exitorat Wa Scherrer dos Santos ‘nalata de produce edtoriat claus’s rerene Forrandes coordonaciie de edicdo: wich siva da Hata @ Vian Mascak Jorge. dig de: Equipos de edo da EitoraPaiodro, coordena¢iio de revsse: Marian Castel gueia2, RevistoEquipe de revisio 39 Etre Pol ear coordenagta de arte:antona Dominguese Kleber S Forte, iagramariec Equipe de arte da Ectora Paliedro. llustragdes:Equipes de lustracio ede arte da EltorsPliero, coordenagiiade icenciamanta Ana Rute A H. Perugin LUcenciamenta: Equipe de fcerciamento ds Editors Paledro, Projeto gréfic: Alexandre Moreira Lemese Kleber § Portela projeto aréfice da capa:sruno Torres. Ceordenader de PP anderson Fivio corrals mpressi0. acabamente:nyugraféctora critica Ltda, Crésites capae rontispleioascelyshutterstock 5 FDMIET «National + SturmAllik ed scontracepa Einsiee/Shutterstock -AcsStoraPaladro pesauisau junta be fontes apropriadas a exotinela de eventual ‘etentares dos dei de todos os testDs @ de todas as obras de artxsplasticas Fresentes nests obra, senda que sobre siguns renhuime reterenea fo eneortrass Fm caso oe omissia incluntara, de qu squer crétos faltantes, estes serso Deludos nas futures edigges, estado, singe, reservados os Sreitos reteridos os ats 280 2900 16 96100. SISTEMA. O€ ENSINO POLIEDRO So José dos Campos -SP ism 973-65-7901-1405, “eleton[12) 3824616 ecitorags:stemspoleara.com or wus stomspolodra cam. xpyright 2015 ‘Todos 0 distos de exisa reservados & Editar Pais consideragies iniciais.. Revisando. Exercicios propostos. Textos complementares-n..- Exercicios complementares. Otomo e o espectro de raias.. Revisando. fxercicios propostas. Texto complementar. Exercicios complementares.. introduc. Revisando 3s propostos. Texto complement] iennn xercicios complermantares.. Exercici Teoria particule-onda de De Broglie. © principia da incerteza de Heisenberg. Revisando. Ss propostos. Textos complementares-n..- Exercicios complementares. exerci Introducto. Revisando. Exercicios propostos. Texto complementar ensennn Exercicios complementares. as 1a 16 19 23 2s 26 29 30 34 39 40 a 46 si se ss 33 34 58 se 70 n 74 76 STUBS} O1eN jie Principios basicos da Fisica quantica © CCD, sigla inglesa para Charge-Coupled Devi acoplada, matriz fok século XIX pe of peidacalt eine Hertz, 0 efeito foi peal em fotografia di fotoelétrico. De: foi explicado 0 Mox Planck a respeito do corpo negro Consideragoes iniciais Ao inieiarmos nosso estuxloa respeito dos tipicos de Fsiea moderna, como a Fisica quantica, é importante que tenhamos a mente bastante aberta para que os conceitos tio artaigados da Fisioa clissiea nao nos atrapalhem a comproonsto dos novos ‘onceitos que serio apresentados. A Fisica quintica permite a explieagio de muitos fendme- rs, como 0 comportamento do ftomo, de uma forma bastante recisa, Comecemos entio 0 nosso estudo, Introdugio No final do século XIX, « humanidade haviachegado a um nivel de desenvolvimento cientfico espantaso porque vi iamosa Segunda Revolugto Industrial, sustentada pelos mo- tors eeticos. Navios @ vapor de grande pore atravessavamm ‘mundo, as pessoas eram transportadas por tens a vapor. ‘No cntanto, esse desenvolvimento cientifio js exist, sen- so que na Fisica, a mevanica nevtoniana, desenvolvida inci mente por Gallen e Newton nos séculos XVITe XVI, havia Sido bastante aperfeigoada nos séculos subsequenies © con- seguia determiner com precsio o comportamento de corpos teleses, A teariaelaromagnstica de Maxwell doserovia com menos ekiticos e magnéticos, mostrando que dlareza os fend luz & uma onda eletromagnética que se propaga pelo espago. © Lorde Kelvin, um fisico respeitado pelas suas grandes cbservagdes sobre a Fisica, sugeriu que a mesma havi atingido seu limite. Porém, como ele mesmo observou, ainda existiam bis fendmenos que ainda nao estavam resolvidos: +o experimento de Michelson e Morley, que indicava no haver movimento relativo da Terra em relagdo ao eter; + oestudo da distribuigao de energia da luz emitida por um ‘corpo negro, Os resultados do experimento de Michelson e Morley con- ‘ribuiram para a accitagio da Teoria da Relatividade Restita, ‘de Einstein, como seri estudado no capitulo 5 desse Livro, estudio sobre a distribuicao de energia da luz emitida por um corpo negro constituiu a base para a formulagio da meci- riea quintiea e & um dos objetivos deste capitulo. 0 corpo negro Para entendermoso problema enfrentado pela comunidade cientifia do final do século XIX, em elaydo dstribuigho de energia da lz emitida por um corpo negro, previsamos primei- mamente entender o que & um compo negro (Observe a figura 1,na qual se v6 um compo snd stingido por radio Fo. 1 Aisorgfio 8 reamisdo de enorga da radial. Capitulo 1 Ao ser atingido pela radiagdo, obscrva-se que 0 compo ab- sorve uma parte dela ¢ reemite outra. Em 1859, 0 fisico alemiio Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887), estudando as relagées antre as energias emitidas ¢ absorvidas pelos compos, definiu duas leis de radiagio que tinham como resultado principal 0 fato de a fequéncia cmitida pelos corpos, quando aquecidos, ser fungio (nica da temperatura absoluta e, como segundo re- sultado, 0 eoneeito de corpo negro Ocorpo negro é uma abstragio de uma estrutura que tema ‘capacidade de absorver toda a enengia nele incidente, indepen dentemente da frequéncia da radiagao incidente, © emitir toda a radiagdo gerada por cle proprio, Sendo assim, 0 corpo negro rio & necessariamente negro. Para obtermos um corpo negro, podemos pensar em uma ‘ayidade com um pequeno furo de forma que a radiagio nele incidente fique “aprisionada” no interior da cavidade, confor ime se observa na figura a seguir Fig 2 Esquema de umcorpo negro. Para explicar « radiaglo do como negro, pensava-se que a agitasio téimica provocava oscilagSes nos tomes constituintes cdo material, que por sua vez geravam ondas eletromagnéticas. Isso se deve ao fato de a teoria eletromagnética de Maxwell afir mar que cargas clétricas accleradas emitiam radiaga0, No caso do corpo negro, 0 interior da cavidade tende a en ‘rar em equilfbrio com as radiagdes emitidas ¢ absorvidas pelos diversos dtomos oscilando. Através do furo, pode-se medir um pouco da radiag20 emitida pelo interior da cavidacle, Esse cor po negro ¢ denominado irradiador de cavidade. ‘Tomando-se blocos de diferentes materiais ¢ fazendo- neles pequenos orificios, foi observado por dois fisicos aust cos, Josef Stefan (1835-1893) ¢ Ludwig Boltzmann (1844-1906), ‘que a intensidade total de energia emitida pelo orificio, expres sa em poténcia por unidade de érea (4) é diretamente pro- we porcional quarta poténcia da temperatura absoluta, tal que: Revs oT (Wim) (1) Na equagio (1), Rey & denominada radiincia do cor Po negro, & & a constante de Stefan-Boltzmann e vale w 5.67.10 eT 6 a temperatura absoluta do material mK ‘Observa.se que a radiagdo oriunda do interior da cavidade (cor- po negro) independe do material do qual ¢ feito 0 corpo. Para a parte externa do bloco, a radidncia da superficie (R,) depende do material, sendo caracterizada pela sua emissividade (2), tal que ReeoT=eRy Q) Na tabela 1, pode-se observar a emissividade de alguns ‘compos & temperatura de 300 K, Wien afirmava ainda que a forma da curva era sempre a mesma, independentemente do material que constituia a cavi- dade Fle também chegou a uma expresso matemética para a distribuigdo espectral de energia, sua expressio era’ Tab 1 Valores de erissvidade para dversos compos O problema a ser resolvido cra a explicagio da curva de distribuiglio de enengia emitida pelo corpo negro a uma dada temperatura em fango do comprimento de onda 2. Essa curva pode ser vista na figura a seguir, na qual é mostrada a radidncia spectral do tungsténio em fungi do eomprimento de onda, para a temperatura de 2.000 K. 50 40 & 5 \sade yz ‘000 Ba) g a, rcs #” 2000 « ol 0 49 ~20~«80~«OSC*O ‘Comprimenta de ord (um) Fig 5 Radel eapectal A, do Lingstania a 2000 K Nenhum cientista conseguia uma teoria que explicasse adoquadamente esse comportamento. Em 1894, o alemio Wilhelm Wien (1864-1928) fez uma demonstragio teérica na qual afirmaya que o comprimento de fonda em que se tinha o pico de radiancia espectral era funsio {iniea da temperatura absoluta T, tal que: ‘Auminepoko 005 R-24+ w = ‘Auminioonidado 0.10 ee Cobre pokde , pol O08 Nessa expressio, R, é 0 valor da radifncia espectral, Aé 0 Cebr0 oxidado 080 comprimento de onda eT & a temperatura absoluta em kelvins. Grate 070 ‘As constantes ¢ ¢ eso determinadas experimentalmente ‘Aortic plana branca 087 ‘aguelas que se ajustam melhor curve, A expressito de Wien se ajustava a curva experimental somente em altasfrequéncias, ou video 0.90 20.95 xquenos comprimentos de onda, Lacsho vermano 0.98 Peat ™ Conereto 0.98 Suportci plana prota 094 Fuigem 098 Corpo negro 10 Fg. 4 Wiholm Wren (1864-1928), fsico alamo, Prémio Nobel de Fi- sea em 1917 por suas descobertas ralacionadas 2s lois que govarnam a ‘adiagao do calor Appartir das teorias cldssicas do eletromagnetismo e da ter= modinamica, chegouse a outra expressio para a distribuigao de energia, conhecida como Lei de Rayleigh-Jeans an » Na equagao (5), k é a constants de Boltzmann que vale R kT (5) 128 0, conned onde empoane absoluta ‘A-cquagao anterior adequa-se muito bem para baixas fre= ‘quéncias (clevados comprimentos de onda), mas apresenta um grave problems quando 2 teade a valores pequenos (faixa do “ultavioleta) pois como se observa na equagio (5) Ry tende a infinito, nesse caso. E como se em um ambiente fechado, no ‘qual hd uma janela por onde entra radiagfo ultravioleta, aener- gia tendesse a um valor infnio, torando tudo 0 que ha dentro {do ambiente. No enlanto, essa conclusio niio condiz com a ex- perigneia, Ess coniradig20 fieau conheeida como eatésiroe do ‘ultraviolet; um problema que parecia nio ter solugéo. ‘Dessa forma, a solugdo dads por Max Planck, em 1900, iria ‘ocasionar uma verdadeira revolugha na Fisica a Fisica Moderna Alvi de Planck da radiagGo Fig, 5 Max Karl Ernst Ludwig Planck, fisico alordo, (1858-1817), ga- rhador do Pramio Nobel de Fisica, ‘em 1918, pelo descobrimenta do quantumée enecaia, Em 1889, Planck tornou-se professor de Fisica da Univer- sidade de Berlim, Foi nessa acasitio que ele se dedicou ao es~ ‘do do problema do corpo negro, problema este inicialmente levantado por seu antigo professor Kirchhoff, que havia mor- ido recentemente e cujo cargo era agora ocupada por Planck. A explicagdo teérica da radiago de cavidades foi um dos trios pmblemas da Fisica, sem solugio, no final do séeulo XIX. Inicialmente, partiu-se para equagdes empiricas, que pro= porcionavam alguma semelhanga entre dados experimentais € wéricos, como a Lei de Wien, Porém, Max Planck introduziu ‘uma modificapao nessa equagdo de maneira que os valores ted Ficos se ajustassem precisamente aos valores experimentais, rsultando na chamada Lei de Plank a aT o ‘nde ¢, ¢c2si0 constantes a serem determinadas, A o.compri« mento de onda e Ta temperatura absoluta do material Para explicar a equa, Planck adotou um modelo no qual «5 dtomos no interior da cavidade se comportassem como osci- Indore eletromagnsticos, ou seja, que fossem geradores de ond dletromagnética, cada qual com uma frequéncia earacteristica EEsses osciladores podem emir ¢ absorver energia da eavidade. Assim, a caracterstica da radiago de eavidade pode ser determi- nada através das propriedades dos osciladares em equilibrio com essa radiagio, Para tal, Planck teve de fazer duas hipStesesa espeito des- ses osciladores atémicos. Essa hipdteses, adicais para a épo~ ea, constituem as primera hipoteses da Fisiea guiintiea, 1. Umoscilador nao pode ter uma eneepia qualquer, mas ape~ nas uma que satisfaga a equaséo: E-ohf 9) ‘onde n é um nimero inteiro, hoje conhecide come niime- +0 quintico principal, h & 9 constante de Planck, que vale 663-10" Jos. f 6 a froquéncia de oscilagha. Cada valor den define um estado chamado estacionatio, Essa hipotese nos diz que a enengia ndo & algo cominuo, ela & disereta ‘quantizada, Ainéa nos diz que quanto maior a frequéncia de ascilugdo, maior « energia I Ososciladores nao irradiam enersia de forma continua, mas em pulsos, os chamados quanta, Tal emissao de eneria se Capitulo 1 «i quando o oscilador pasa de um dos seus estados esta- cionairios para outro, ou seja, quando hi variagho den, ou de acordo coma equarao (7): AE=An‘h-f (8) Pela equardo (8), verifica-se que a enemgia emitida & quan- lizada (disereta), essa forma, se ndo ha variago do nimero quintico n, 0 cxcilador nfo emite nem absorve energia, Observe que essas hipdieses sfio um tanto dliffeeis de se seeitar quando se pensa no mundo macroscépico. Analisando 8 equagies (7) ¢ (8), observa-se que nos casos de altos valores de energia, como &0 easo do mundo macrosedpieo, os niimeras. quinticos sho altissimos, pois a constante de Planck tem valor muito pequeno, Assim, pequenas variaydes de niimero quantico cauusam baisissimas variagdes de enengi, pareeendo-nos que a cnergia ¢ perfeitamente continua, Observe 0 exervicio a seguir. Li! GDB Gin sistoma massa-mota, com massa m= 200g ¢ cons- tant de mola k= | Nim, oscila com a amplitude de S mm 2) Sopond sua energia quantizada como na equa (7), d termine o seu mimero quanti n b) Seo numero quantico variar de uma unidade, qual seria a ‘ariagao ca enema eorrespondent? Resolusio: Para o sistema dado, a frequéncia de aseilagao é dada por: A-energia do sistema & dada pela expressii: 25.08 fae ati (sy Assim, pla eqaao (7) temas, 125.107 2.10" 6,638.10 .0,36 1) Se ha variagao de wma vnidade no nimero quamico, entao An = 1, assim, pelas equagdes (7) ¢ (8), temos: AE _Anhf 1 2.10% E ahf a a Assim, como dito anteriormente, se no mundo macroscipi- ‘co temos altissimos nimeros quanticas, a quantizagio de energia no ¢ observada, ou seja, nao se observa que a materia € formada de dtomos ¢ elétrons no mundo macroscépico. A partir de suas hipoteses, Planck deduziu a sua lei da ra- diagiio de modo teérico, resolvendo um dos grandes problemas ch Fisica do final do século XIX, tornando possivel deduzir os valores das constantes ¢, ¢ ¢,tal que: noe K onde ¢ € a velocidade da luz, h a constante de Planck ¢ k é fa constante de Boltzmann que vale 1,38: 107 WK (nto con- fundir com a constante de Stefan-Boltzmann). De posse dos valores de ¢ ¢ € jf eonhecidas, foi possivel calcular he k. A teoria de Planck foi apresentada em 1900, a Sociedade Alema de Fisica, em Berlim, rendendo-lhe o Prémio Nobel em 1918. No gritico a seguir, observa-se os pontos experimentais di radiaeao espectral do corpo negro. Sobrepostas a cles, as curvas todricas obtidas pelas fommulagdes de Wien, RayleighJeans © Planck. Pode-se notar a eoineidéncia precisa da formulagiia de Planck e os pontas experimentais. UA, Ty Lol do Planck Let de Rayieigh-Jeans Fig 6 Sobraposiedo das curvas biidas polas trmudagaes do Planck, Won @ Rayeigheans eos dados experinenais. sas ideias foram utlizadas por Einstein para explicar um fendmeno imporiante que & 0 efeito foroelérieo, estudad no préximo tépico, E importante notar que Planck em todo o seu es tudo continuow tratando a radiagio de eavidede como fendmeno cletromagnético, Finstoin mostrou que 0 efeito fotocétrico seria Jmpossivel de ser explicado pela toria ondulatria da uz (Chsowaco: Posferiormente, mostrou-se que @ expresséo carrera para a equaséo (7) & 1 = (net }n talnit}nt oy Forém, esse diferenga nd oltera qualquer uma des conclusées de Planck O efeito fotoelétrico Fo. 7 Helwich Hetz,tsico alemo, dascabridar do eto focelotico © 0 pimeiro homem a gorare detectar fexperimentaimente ondas eetra- magnéticas Ein 1887, Hertz descobriu que a incidéncia de luz sobre uma superficie metilica lisa provocava a emisso de elétrons. Aesse fendmeno deu-se 0 nome de efit fotveletrice, Apesar de Hertz ter dato a esse fendmeno uma importineia menor, pois cle preocupava a geragao de ondas eletromagnéticas © a com= provagdo experimental da teoria de Maxwell, o efeito fotoelétri- ‘co catisou uma verdadcira revolugdo na Fisica do final do século XIX ¢ inicio do século XX, mudando inclusive o tratamento elassico da teoria eletromagnética, O efeito fowoelétricn pode ser definido como o fato de a radia 40 cletromagnética, na forma de raios X, ultravioleta, ou mesmo 1a faixa da Inz visivel, ao inidir sobre determinadas superft- cies, fazer com que elétrons sejam cjetados destas superticies. [Na figura 8, podemos ver o esquema de uma montagem experimental para se estudar 0 efito fotoelétrico, Janela de quartz a oe Luz Fig, 8 Montagom oxporimontal— ofaite fotoaldirica ‘Aluzincide sobre a placa metélica A ¢ os elétrons sao arran- ceados dometal e atraidos pela taga metélica B devide a uma dife- renga de potencial aplicada entre Ae B assim uma fotocorrente pode ser detectada pelo galvanémetro G. Na figura 9, temos a curva da fotocorrente i em fungi do potencial V aplicado, Para valores de V bastante grandes, (po- tencial positive em B) a folocorrente tende para um valor limite, Nas situagdes a e b, que varia 6a intensidace da luz incidente 0 ‘300 (V) Fig 0 Fatocorrante em fungao da cierenca de potencialV aplcada, (Observamos que, para um valor negative de tensio Vo, fo- ‘tocorrente cessa, Essa tensao ¢ aquela capaz de deter os elétrons is répidos, portanto, pelo Teorema da energia cinética, temos: Fisica Modema Inicialmente, o efeito fotoelétrico no foi visto com sur presa pela comunidade cientfice, que se pensava que a luz, sendo uma onda cletomagnética, transportasse energia pro= porcional a sua intensidade, porém alguns fatos experimentais fizeram com que a teoriacletromagnstica nao explicasse 0 fo- nbmeno, Tais fatos sao LNenhum elétron era emitido se a frequéneia da luz nto fosse maior do que um valor minima fy para um dado mae terial (Fig. 10). Corrente fotovtétrica i Frequéncia 7 Fig, 10 Fotocorrento om fungao da fequdncia, IL. Accnergia cinstica dos elétrons retitados do metal aumen- tava proporcionalmente a0 aumento da frequéncia da onda cletromagnética, confarme pode ser visto na figura 11 Energia es eléirons Frequéncia ¢ Fig 11 Energia cndlca dos eldtons em/unglo ca requanca, IL, Por iltimo, 0 aumento da intensidade da onda eletromag- nética nao alterava a energia cinética dos elétrons retira- dos do metal, somente aumentava o nimero de elétrons retirados por unidade de tempo, 0 que refletia na foto- corrente, ses resultados experimentais fizeram com que a teoria ‘endulatoria clissica fosse incapaz de explicar tais Fendmenos, ois, para ela, a energia da onda eletromagnetica incidente nada ‘epencia da frequéncia. Além do mais, por que a energia dos eétrons reirados do metal néo aumentava com a iniensidade dr lz incidente e sim com a frequéncia? 4 resposta veio com Einstein em 1905, Capitulo 1 Einstein e a teoria do féton Fig 12 Albert Einstein (1879-1955), fico slemao,criacor da Teoria da Folatividado « Prémio Nobel do Fisica em 1921 por seus servigos ‘Fisica te6rica, e, especialmente, polo descobrimenta da Lel do efoto voeletica Einstein explicou 0 efeito fotoelétrico supondo que a In7 fosse consituida de particulas com energia disereta, denomina- dis fbtons. Asua suposigto era que a energia de um fton com ffequéncia f seria h-Fe que essa energia seria transferida para ‘oclétron no momento da colisio, Se essa energia fosse maior gue um valor minimo Fg, denominado funeao de trabalho do material, entdo seria possivel arrancar o elétron do metal ¢ 0 restante da energia incidente seria dado a elena forma de ener gin cinética tal que ay Se escrevermos a energia Ey como sendo ify, ento f, éa ffequéncia minima necessérin para se arrancar 0 elétron, 0 que ‘confere coma figura 10. Dessa forma, a equagao (11) pode ser reserita como, ntenigelma® A equagio (12) nos mostra que a energia cinéticn do clé- ‘ron arrancado do metal varia linearmente com a frequéncia da luz incidente, a partir do valor fy pois L he) (13) Assim, o cocficiente angular da ta da figura 11 deve sera ‘propria constante de Planck. De fato, os resultados experimen- ‘nis comprovaram esa afirmagao, O fato de 0 niimero de elétrons gjetados aumentar com a intensidade da luz incidente leve-nos a erer que a intensidade ‘ovo estar relacionada com o niimero de fétons incidentes que colidem coma superficie por unidade de tempo. sucesso da teoria corpuscular de Einstein foi imenso, mas agora fiea a pergunta: a luz é uma onda ou é consttuida por particulas? A teoria ondulatiria explica a reflendo, a reiagio, a difta- 4, 9 interferéncin e o espalhamento da radiaeo, porém essa tvoria ndo explica 0 efeitofotoeletzico, somente explicado pela ieoria eopuscular, De fato, os dois comportamentos sio verificados na prati= «a, Ofato é que os trabalhos de Planck e Einstein possibilitaram & Niels Bohr uma explicagao melhor do comportamenta dos létrons no tomo. Isso sora melhor visto no proximo capitulo anim BBD A fungi trabatho de um dado metal é 2,5 eV. 8) Verifique se acorre emissdo foroelétrica quando sabre esse metal incide luz de comprimento de onda A= 6,0° 107 m, Aconstante de Planck &h= 4,210" ¢ V-sea velocidade ‘luz no vieuo & ¢= 3,0-108 mis, b) Qual €a frequéncia mais baixa da luz incidente eapaz de sranear elgirons do metal? Resolugao: a) Para que ocarra emissiio, devemos ter he Ie Fy 20 ou, 5 x Seja a energia cinética maxima dada por: E.,7hv- By he _ 4,2.107%. 3.108 10, AS Eto, a SAS 50.107 m Nao ocorrerd emissdo, jd gue a luz incidente tem A= 60+ 107 m b) A frequéncia mais baixa fy corresponte ao va~ br maximo de i, isto é y= 5,010" m, portanto, 30 mis fy = 6,0.10" He. 0 efeito Compton ‘A comprovasdo experimental de que 0s fétons poderiam ser considerades camo um pacote concentrado de energi foi dada por A. H. Compton, em 1923, 0 que Ihe rendeu em 1927 o prémio Nobel. ‘Compion fez incidir sobre um bloco de grafita um feixe monocromitico de raios X, de comprimento 2 bem-definido, medindo, em seguida a intensidade dos raios X espalhados em fiangto do comprimento de onda. A montagem experimental pode ser vista na figura 13. Colimadores| Fig 19 Montagem experimental iustinda o eta Compton. [Na figura 14, pode-se observar os resultados experimentais para diversos fingulos de espalhamento, Fig 12 Dasvie Compton am fungaa da Angulo & Como pode ser visto na figura 14, apesar de 0 aio X inciden- ‘te ser composto de um nico comprimento de onda, os raios X espalhados pela grafita apresentam dois picos de intensidade, um no comprimento de onda incidente e um outm de valor 2, maior ‘que o primeiro, Essa diferenga 2.~7, 6 chamada desvio Compton (A) e depends do dingulo de espalhiamento dos raios X ‘Acexplicagio tebrica dada por Compton foi feta supondo- -se que 0 rio X incidente ndo se comportava como uma onda eletromagnética, mas como um conjunto de fotons de energia href A. Esses ftons eolidiam com os elétrons da grafita, As- sim, na colisio, parte da cnergia era cedida aos elétrons. Era de se esperar, portanto, que os ftons espalhados apresentassem ‘uma energia menor, consequentemente, um comprimento de ‘onda 2 maior. Aplicando-se o principio da conservagaio da enengia na co- liso, temos: P+ (m—m)e (4) Fisica Modema Capitulo 1 Principios basicos da Fis quantica No qual, 0 primeiro termo representa a energia do féton © momento lincar do foton & dado pela expressiio: incidente e o segundo termo representa a energia do féton es- B hf h palhado ¢ 0 tiltimo termo a expressio relativistica da energia = 7 . ‘Acess em: 6 jl 2012. Fisica Modema Capitulo 1 ste copiulo € fundamenicl para a compreensdo do Fisica modema, pois estobelece os fundamentos da Fisica quéntica Inicilmente estudou-se © problema do corpo negro, que consiste em determinar um modelo feérico que explique a distrbuicBo de ‘energia em fungso do comprimento de onde de um corpo negro — um corpo que absorve tudo o que nele incide (absorbéncio vnitaria) emitindo somente 0 que Ihe é préprio (emitncia unitria}, una dada temperatura, Mostrou-se que este probleme foi estudado pelo fisico alemao Max Planck, que no inicio do século XX props que o energia fosse uma quoniidode discrela, composta de um nGimero finito de pories igucis, conhecidas hoje come quanta. Planck propés também que a energia {osse dependente do frequénci (9), obedecendo 0 seguinte relagio: E=nht No equagio anterior, n é 0 nfimero quéntico (nmero naturel) e h é o constante de Planck, que é igual a 6,63. 10° J.s O trabalho de Planck propiciou uma série de outras descobertas, dentre elas a explicagéo do efeito fotcelétrico em 1905 por Albert Einstein. Oefeito fotoelétrico constitui-se no emisséo de elétrons por um material quando radiagéo eletromognética, acima de uma determinada ‘requéncia denominoda frequéncio de corte, incide sobre ele. Einstein prope que a luz seja constituide por pocoles de energia, denominados fotons, tol que a energia de cada um desses ftons é eterminedo pela suc frequéncia, de acorde com o expresséo: Acsim, se © energia do rodiagéo é superior um determinado velor que depende do matericl, denominede fungéo trabalho (Ej, ocome ‘cemissdo fotcelérica, ¢ 0 resiante da energia é comerfida em energia cinética do elton (E, tal que ot ES ‘A comprovagée da feoria de Einstein velo com a experiéncia reclizada por Compton, na qual um fete de raios X espalhiado por um {968 a boixa presséa tem frequéncio menor do que o feixe de roios Xincidente. HE QUER SABER MAIS2 @ sites * Associogdo Nobel, com todos os loreodos,respeclvosdscursos de recebimenio dos prémios e pesquisos fis, inchindo os rabolhos de Planck, Einstein e Compion. woe nobelpriee. org somplementares * Universidade Federal do Re Grande do Sul com « explicagio do problema do corpo regi. ‘wowi igs bf bet XX A/rodTem/oRademframe him * Simulador outoeralicaiva do eet fotoetrico wetsicn fs br ConpoDocerte/egsontona/cuortica/fotnelectrca/ fotcelecico htm Questées gerais HEEB A poténcis total de uma Kimpada de incandescéncia ¢ de 200 W. A limpada possui um filamento de tungsténio de com= primento igual a 20 em ¢ difmetro igual a 0,8 mm. Considere a emissividade do tungsténio igual a 0,258, Determine: 8) aradifincia total do filamento, b) a temperatura na superfi do filamento. BEB A tadiseao solar incide sobre a Terra a uma taxa em relax lo ao tempo de 2 cal/em?-min. A quantos fotons por em” por ‘minuto corresponde a citada taxa, supondo-se um comprimento de onda média de 5.000 A? TEBE Gin tomo absorve um f6ton com comprimento de onda de 3.750 Ac imediatamente emite outro féton com compri- mento de onda de 5.800 A, Quanta eneryia foi absorvide pelo tomo nesse processo? KEE A energia necessiria para se remover um ektron do ato- mo de sédio é de 2,3 eV. Esse metal admitird o efeito foroe- létrico, ao ser iluminado por um feixe de luz alaranjada com A= 6850 A? HEB Fotons incidentes atingem uma superficie de sidio com F,=2,2 eV, dando lugar & emissio fotoelétrica, ‘Ao se impor um potencial reverso na montagem da figura a seguir, de 4,5 Vy deixa de haver foracorrente. Qual & 0 eompri- mento de onda dos fotons incidentes? & 8 Iruclcra de vidro danoia do quartza WBE Ua uz de comprimento de onda igual a 5.890 A incide sobre uma superficie metdlica. Opotencial que frei os etrons cos impede de atingira outa placa ¢ igual 0,36 V. Calcul: a). aenergia maxima dos elétronsemitidos. b) aenergia minima Ey necesséiria para se retirar elétrons do metal ©). ocomprimento de onda miiximo, ou de corte Um feixe de ondas paralelas com = 1.000 A incide ortogonalmente sobre a superficie de ums placa de sluminio, A fangBo trabalho (E) pam alumina é igual a 4.2 eV a) Se aintensidade do feixe valer 0.5 W/m", qual seré a ener- a cinética maxima dos elétrons emitidos pela placa de aluminio? b) Sea intonsidade do feixe for igual a 2 Wim", qual seri nergi cinética maxima dos elétrons emitidos pela placa de aluminio? EB A tana0 ratatno do sidiovate2,3 eV(1 eV =1,6+10°9). Sabendo que o valor da constante de Planck &h= 6625:10J+s eque a carga do elétron vale e = 1,6-10"" C, calcule: 8). o maior valor do comprimento de onda capaz de produzir oehite otolétce. b) a enerpa cinta méxima dos elatrons quando a Iz inciden- ‘te tem comprimento de onda 2= 2.000 A. ¢) opotencial de corte. HEI Paro romper uma tigngto quimica da pele humana, eau sano queimadira soar, &necesria uma inadigio de fStons decotea de 3,5 eV deenergia ‘Aue eomprimento de ona isso comesponde? HELE te ciferenga de potencia! deve ser aplicada para parar (08 mais ripidos fotocléirons emitidos par uma superficie de nie quel sob a agio de luz ultravioleta de comprimento de onda 2.000 A (A fingio trabalho do niguel &de 5,01 eV)? EEE Com que velocidade os mais sépides fotoclétrons serio cemitidos de uma superficie cujo comprimenta de onda limite (ou limiar) € 600 nm, quando a superficie ¢ iluminada com luz de ccomprimento de onda de 400 nm? HEA ftétrons, com energia cinética mixima de 3 eV, sio emitidos de uma superficie metdlien por uma radiagio ul- ‘ravioleta de comprimento de onda de 1.500 A. Determine 4 fungio trabalho do metal, seu comprimento de onda limite ‘ea diforenca de porencial retardador necessérin para parar a ‘missao de elétrons. EER Raios x, com 2 = 1,00 A, sto espalhados por um bloco de carbono. A radiagdo espalhada € detectada a um angulo de 90° eoma diregio do feixe incident 2) Qual é 0 desvio Compton AX? b) Qual é a ener cinstica alguiria pelo eletron de reco? EEE Fétons de comprimento de onda igual a 0,024 A incidem sobre elétrons livres. a) Determiner 0 comprimento de onda do fton que & & Ihado de 30° a partir da diregio incident. b)Determinar o comprimento deonda de foton que ¢expalhado de 120° a partir da direst incident pa ‘Um ftonde rains X, de comprimento de onda 2=0,10 A, tinge um clétron frontalmente (= 180°), Determinar 4) a variago no comprimento de onda do foton. bya varingao da enengia do fton, ‘¢) a cnergia cinétice final do elétron EEE Um fiton = 0,400 nm) atinge um elétron em repouso e € desviado de um Angulo de 150° de sua ditegaoinicial, Caleule avelovidade e comprimento de onda do faton apés a colisio. Um feixe de raios X, de comprimento de onda exata- mente igual a 5-1(- m, atinge um priton que esta em repouso (i= 1,67-107 kg), So os raios X sto espathados de um Angulo de 110°, qual 60 comprimento de onda destesraios? EER Unicamp 2011 Em 1905, Albert Einstein propds que a luz formada por particulas denominadas fotons. Cada foton de Ju transporta uma. quantidade de energia E=h ve possui mo- h mento linear P= >*yem que h a Planck e v e sto, respectivamente, a frequéncia e o compri- mento de onda da luz. a) Aurora boreal é um fendmeno natural que acontece no polo Norte, no qual efeitos Iuminosos sto produzidos por colisées entre particulas carregadas ¢ os tomos dos gases alla atmosfera temestre. De modo geral, 0 efeito lumi- ‘noso é dominado pelas coloragdes verde e vermelha, por causa das colisées das particulas carregadas com stomos de oxigénio ¢ nitrogénio, respectivamente 6.6. 10 Js é a constante de Caleule @ ruzio R= sie sem que Bygge € @ ener sano ga transportada por um fiion de luz verde com S00 nm, Jaase™ $00 1m, © Egret 6 encrgiatransportada por um. foton de luz vermelha com A, 650.om, Fisica Modema b) Os dtomos dos gases da alta atmosfera estio constante- mente absorvendo ¢ emitindo fotons em virias frequen cias. Um étomo, ao absorver um féton, softe uma mudanea em seu momento Linear, que é igual, em médulo, direso & sentido, ao momento linear do féton absorvido. Caleule o midulo da variago de velocidade de um atomo de massa m= 5,0. 107° kg que absorve um féton de comprimento de ‘onda A= 660 nm, HE 1A 2010 No processo de forossintese, as moléculas de omfils do tipo “a” nas plantas verdes apresentam um pico & absorgio da radiagdo eletromagnética no comprimento de cand 4 = 680.10" m, Considere que a formagio de glicose (C,H,,0,) por esse processo de fotossintese seja deserita, de forma simplificada, pela reag: 6CO, + 6H; — CyHy:05 + 60; Sabendo-se que a energia total necessiria para que uma mo- Weula de CO; reaja é de 2,34. 10°F, o niimero de fétons que deve ser absorvido para formar 1 mol de glicose & (8 0) 24 (©) 48 ©) 120 (c) 240 EXE 174.2010 Coho humano é uma camara com um peque- 1p diafragma de entrada (pupila), uma lente (cristalino) ¢ uma superficie fotossensivel (retina). Chegando a retina, os {ions rodzem impulsos elérieos que si conduzidos pelo nervo ‘ico até o cérebro, onde so decodificados. ‘Quando devidamente acostumada & obscuridade, a pupila se «ila até um raio de 3 mm o 0 olb pode ser sensibilizado par apenas 400 fétons por segundo, Numa noite muito escura, duas fintes: monoeromiticas, ambas com poténcia de 6.10°° W, ‘emitom, respectivamente, luz azul (2 = 475 nm) e vermelha 650 nm) isotropicamente, isto é, em todas as direges. Desprezando a albsorytio de luz pelo ar e considerando a fren ‘& pupila circular, qual das duas fontes pode ser vista a uma maior distancia? ustifique com efleulos. KEEEE desc 2010 figura a seguir mostra o grifico da inten- dade de radiagSo por comprimento de onda emitida por um ‘corpo negro para diferentes temperatura Capitulo 1 = 70 60 50 40 " 30 1 20 10 0 as 70 15 20 dum) Com base nas informagdes do grifico, analise as afirmativas seguir. ; [A temperatura T1 & maior que a temperatura T3, IL A intensidade total de radiagdo emitida ¢ maior para tem= peratura T3. II, Ocomprimento de onda para o qual a madiagao & méxima & ‘maior para temperatura T3 IV, Astemperaturas TI, T2.e73 sto iguais. 'V._As intensidades totais de radiagto emitida sto iguais para TLT2€T3: Assinale a alternativa eorreta (2) Somente as afirmativas I, Ile V so verdadeiras. (>) Somente as afirmativas Il ¢ LV sio verdadeiras. (c) Somente a afirmativa I é verdadeira. ) Somente as afirmativas Il ¢ IV sio verdadeiras. (c) Somente a afirmativa Il é verdadeira, [EAA Ure 2009 As portas automaticas, geralmente usadas para ‘Gvidir ambientes, com climatizagio, do meio extern, usam células fotoeléwieas, cujo principio de funcionamento baseia- -5¢ no efeito fotecletrico, que rendeu ao fisico Albert Einstein ‘0 Prémio Nobel de 1921, por sua explicago de 1905. No ex- perimento pam obsorvagio dese efeito,incide-se um feixe de luz sobre ums superficie metalica polida, localizada em uma regitio sob uma diferenga de potencial V, conforme a figura, & mede-se 0 potencial freador que faz cessar a corrente entre 08 dletwodos, sendo este o Potencial Limite. O grifico representa a dependéncia entre o Potencial Limite e a frequéncia da luz incidente sobre a superficie de uma amostra de niquel ‘Teulo em vista o exposto, respond: 2) Qual €a menor frequéncia da luz, em Hertz, que consegue aavancar elétrons da superficie do metal? b) Para o potencial de 1,5 V, qual é a energia eindtica (em Joules) do elétron ejetado da superficie do metal? Potencil Limite (V) 1 2 Frequéncia (10 Hz) Ce Ua ee ec Cote Re RR se Oe Reso MEO Choo Ck CR arn Cnt ee ee eee eet nee eet Ae ee eee nea eerie Ce ee ee ee ed en ae eee eee ed Pera eet i aero cree Pe arta ie oi eee reer Pe ee eR oe ae RRR RL cls 0 atomo e o espectro de raias 6 7A 'No trabalho de Bohr, foi aplicada pela primeira vez a hips. ‘ese quintica com sucesso razodvel. Apesar de algumas partes 4 teoria de Bohr estarem ermadas, como veremos mais tarde, da foi capaz de explicar porque dtomos excitados emitiam luz somente com certas fiequéncias e, para alguns casos, capaz de Prover o valor numérica dessas frequéncias, O primeiro sucesso da teoria de Bohr foi a explicagao do expeciro dle emissio dos stomos, O que se fiz pana abier esse spectro 6 ocasionar uma descarga elétrica em um gis a sor investigado. Para o hidrogénio, por exemplo, a teoria de Bohr é ‘eapiu, de determinar com preciso a magnitude do espectra de nia, conforme se vé na figura 2 Fig. 1 Nols Bolr (1885-1962), fsioo dnamarcués, Prémio Nobel de Fisica, em 1922, pela investigagso da estutura dos dtomas.e da radiagao por oles omitiéa, Serio da Série do Lyman Balmor Série de Paschen a a Comprimenta da onda (im) Fa 2 Flas espectials do dtomo de Rerogenio As séries de raias espectrais recebem nomes especiais, ‘como Balmer, Paschen Lyman Balmer, por exemplo, por volta de 1885, foi g row uma formula empiriea para uma série de freq) ‘das pelo étomo de hidrogénio: mdetermi- }s2010%He ap Onde n é um niimero natural maior do que dois, Essa série de frequéncias ficou conhecida como série de Balmer. Ocmpirismo e a precisio da formula intrigou aos cientis- ‘ns da época, até que Bohr, por meio de sua teoria atémica, foi ‘capaz de explicar o fato. (Observacas: A emissdo de luz, em fequincias discretos, por gases porcortidos por corronte olética jé era conhecide no século XIX Qatomo de Bohr © modelo do ‘tomo de Emest Rutherford de dtbitas cir- ‘ulares contrariava a mecinica clissica, pois cargas elétricas aweleradas emitem onda eletromagnética, perdendo enetgia ¢, Capitulo 2 consequentemente, de acordo com o modelo, todos os elétrons do tomo deveriam se chocar com 0 nicleo, coma se observa 1a figura 3 Fig. 8 Modelo de Rutherford 6 a mecdnica cléssica, Em seu modelo, Bohr solucionou esse problema, bem ‘como explico a emissio em espectra de raias. © modelo do tomo de hidrogénio de Bohr foi fondamentado em quatro postulados 1° No tomo, somente é permitido ao elétron estar em certos estados estaciondrios, sendo que cada um dos elétrons pos- sui uma energia fixa e definida, 2 Quandoum tomo estiver em um estado estacionario, cle nao pod emitir luz, No entanto, quando o sitomo passar de um estado de maior encrgia para um estado de menor energin, haverd emissfo de um quantum de radiagdo, cuja enorgia hf seri igual & diferenga de energia entre os dois estados. 3° Seo dtomo estiver em qualquer um dos estados estacions- rios, oelétron se movimenta descrevendo uma érbita circu lar em volta do nicleo. 4 Os estndos eletrénicos permitidos sto aqueles nas quais 0 h oa momento angular do eléiron & quantizado ¢ vale L-= n. com ne Nt. Vamos, agora, deduzir expresses simples para 0 célculo da enengia dos estados permitids, bem como da frequéncia emitida Observectio: O primero ¢ 6 segundo postulado de Boh est60 cor tos, 0 quarto parciolmente correto, ov se, 0 momento angular do-létron é definido, mas néo como Bohr o fez. Oterceiro postulo do.n30 tar parte da otuol Fisice quéntic. Determinacdo matemética da energia nos niveis permitidos cedas frequéncias emitidas pelo tomo Conform dito anteriomente, utilizaremos alguns concci- tos de eletrosttica bisicn, da mecnicaclissica e dos postula- dos de Bohra fim de determinara energia nos niveis permitidos ¢ das series de frequéncias emitidas pelo dtomo, em especial 0 de hidrogénio. Veremos também que as séries de Balmer, Paschen e Lyman so apenas casos especiais da formula basica a gue chegou Bot Inicniment,jé que o eléton, de acondo com oterciro pos- tulado de Bohr, descreve uma trajtitia circular, podemos dizer entio quea forya de atragio coulombiana ¢ a resultante centripeta, Assim: a ane ‘Onde me v sto a massa e a velocidade do elétron, Zé 0 ni mero de cargas clementares do niicleo e r¢ a distancia do el {ron ao niicleo, Pereebamos aqui o falo de o stoma 86 possuir tum elétron, pois assim essa teoria é valida (ver observagao). A ‘equago (2) pode ser simplificada, tal que: Le a mv? 4b. 8) Utne quar posta de Bb tos Leaenast aw n=123.. essa forma, a equagiio (3) fica: ‘Com a equagao (5), podemos ver que a distancia do elétron ao niicleo nao pode assumir um valor qualquer, somente valo~ res bemsiefinidos. Simplifiquemosa expressfo substtuindo-se as constantes conhecidas por uma tinica constant fisica deno- minada raio de Bohr (a,). Definida como. Soh 0.29184 Eniio, a equagio (5) fiea 2 Fe 8 Podemos afirmar que a energia fotal do elétron ¢ 2 soma de sua energia cinética e da sia energia potencial. Como a forca coulombiana existente entre proton ¢ elétron é uma forsa atra- tiva, a enengia potencial do elétron énegativa, Assim, a enengia tomal do clétron & dada por: ze Greg o Substituindo-se ¢ equagaio (3) em (7), teremos: LZ Ze 1 ke Zw Diner ang Ine | Esse resultado € bastante consistente com o esperado, ja que, sendo a matéria estivel e constituida por étomos, a energia total do clétron na sua érbita deveria ser negativa. De fato 0 é, sendo a metade da energia potencial, Substituindo-se a equagio (6) na equayio (8), temos: 9 on tea Para 0 dtomo de hidrogénio, Z = 1 e, se substituiemos as constantes ¢ expressarmos a energia om eV (elétron volts), reescrevemos a equagio (9) como: yar MBS e100) 0 Para um tomo, n & 0 nfimero quintico prineipal ‘A figura 4 mostra os niveis de energia com os seus valores ‘expressos em eV, Ev) Fig 4 Niveis db energia do tomo de hidrogénia. Quando o elétron salta de um estado estacionirio inferior pari outro superior, hi absorglo de luz (enengia); quando ele salta de um nivel superior para um inferior, ocomre emissao de Juz, através de um foton com enemgia h-f igual a diferenga de ‘energia entre os dais niveis. Assim, podemos eserever: 1 e ar ja ay Portanto, a expresso final para a frequéneia do foton emi- ‘ido pelo étomo fica Essa expressio engloba as séties de Lyman, Balmer ¢ Paschen, O que Balmer fez foi considerar 0 ny = 1 ito- mo de hidrogénio), ‘Se tomarmos a equa¢io (12) ¢ substituimos os scus valores pelos atualmente aeeitos, para Z = 1 en,=2, temos (: \ ) 3.289842.10% Hz (13) Observe a concordncia entre os valores da fSrmula em Pisa de Balmer (equagiol) ¢ o valor obtdo pela expressio feral de Bohr Na figura 5, temse a representagdo grifica das scties de Lyman, Balmer e Paschen para o itomo de hidrogénio. Fisica Modema Exsas séries 8m n, iguais a 1,2 € 3, respectivamente. - 10 as 20 stiese poten 4 - Siew 0 Balmer 100 10 140 —ta9 L Sire doLyman Fig 5 Sires de emtedo do dloma de herognio: Bohr também & autor do principio da correspondéncia. Esse principio nos diz que, quando o niimero quantico n ten de a ©, a Fisica quintica se reduz a Fisica clissica, ou seja, para niimeros quiinticos grandes (aqueles encontrados no mundo macroscépico), pode-se tratar problemas quanticos ‘com abordgem clissica sem se cometer grandes erros. Po- rém, quando se tende a niimeros quinticas pequenos, os erros ‘obtidos a0 se usar a abordagem classica ¢ no a quantica si0 consideraveis, Capitulo 2 Av Bohr Obvservacdeo: Os nivels de Bohr s60 consistenies para dtomos mance: leténicos e, com conegdo, podem ser vilzodos em dtomos multiclett- cos. Porém, os nies deenerpiando exalcam a tabela pexiédica, o's cotobela penédica & coerente com os ecteies eleténicos @ 0 modelo de Bohr ndo 6. Com o avango das pesquisa, ficou claro que a mecénica dossica usada por Bob nde podera explicar as propriedades dos 6 srors nos dtomos, vendo oe surgimento da mecénica quéntica, Le GD 0 diagrama a seguir mostra os estados de energia que po- ‘dem ser ocupados por um determinado elétron. Adiferenga de energia entre os estados | ¢ 2, Ey ~Ey,60 dobro «di diferenga de energia Fy E, entre os estados 2.¢ 3. Em urna ‘ransigao do estado 3 para o estado 2,0 elétron emite um féton ‘ge comprimento de onda A= 600 nm. E gE 5, Determine os comprimentos de onda das outras transigdes pos TEBE ciegrama sequins mera alguns nis de energi (0) 6 um elton no dom de idropénioe também algumas wan- sighes. Dados: h =6,63.10-J.s@ 1eV=1,6. 10794 085 ev 151 ov -a40 ov 136 ev rT Com base nos dados, responda As questbes seguintes, 1a) Os intervalos entre os niveis de energia $80 constantes?” b) Quais transigbes correspondem & absorgao de energia & quis correspondem & emissao de um féton? 6) Qual é 2 trequéncia do féton da transigao IV? Essa radia~ 0 6 visivel? TEE UENG A figura a seguir mostra os is de energia do tomo de hidrogénia. Se inicialmente o elétron est no estado quantico fundamental (de menor energia), qual a sua energia cinética apds 0 atomo ter sido ionizado por um foton de energia 20 eV? Energia(eV) a36 4 ED Creeese! 0 atomo de Bohr HEIB A A tabota mosira os niveis do energia de um tomo do elemento X que se encontra no estado gasoso ° 70ev woev waev Baev lonizagao Dentro das possibilidades a seguir, a energia que poderia estar ‘um elétron com energia de 15 eV, apés colidir com um tomo se X, seria de: (©) ev (b) 440M, (©) 10e (0) 200M, (©) 1400 HEA Ver} 4 iuz emitida ov absorvida por um atomo, quando frojetada em um anteparo, dé origem ao que se chama espec- tno atémico, uma espécie de “cédula de ientidade" do étomo ‘Afigura a seguir mostra o espectro de ralas da luz emitida pelo ‘tomo de hidrogénio. Vormetha Violeta Bem Cada raia natura coresponde a uma frequénciadaluz emia, Considere que os comprimentas de onda da uz. capazes deim- pressionar no hurnano, varia entre 6.900 Ae 4.200 A Estes ccomprimentes de onda s80,respectivamente, 05 das cores ver molha 0 vilota e esto assinalados na figura pel inh traco- Jodas X oY Na escala da figura, a distancia entre Xe Y 6 igual 428 ome aaa luminosaW enconta-ee a 1 om do X. Sebendo ainda que a raia Z corresponde a luz de frequéncia 6,2. 10" GHz © que a velecidade de propagagae des ondas eletromagnéticas no vacuo ¢ 3. 10 mis, calcule os comprimentos de onda da: a) min b) ia W Fisica Modema PUC-MG © modelo planetario de Rutherford foi aceito ‘apenas parcialmente porque: 08 elétrons deveriam perder energia orbitando em torno dos protons. IL 0s elétons no tim massa sufeiente para orbitar em torno os protons. I 08 elétions coksiram entre si ao orbitar em torno dos pré tons Assinale: (©) 9 apenas as afrmatvas Ve I forem falsas (©) $@ apenas as afrmativas Ile Ill forem falsas (c) 88 apenas as afrmativas | Il forem falsas, (0) 9@ todas forom vordadeiras, (©). se todas forem falsas. [ZI UENG A figura mostra, esquematicamente, os niveis de ‘energia permitides para elétrons de um certo elemento quim co Quando esse elemento emite radiagao, sdo abservadios ties ‘comprimentos de onda diferentes 2h, hy Energie 2) Com base na figura, explique a origem da radiacao corres- pondente aos comprimentos de onda hy. 4, @ Ay b) Considere que 2, <<. Sendo h a constanto de Planck 2a velocidade da luz, determine uma expressao para 0 ‘comprimento de onda 2, HEME TA. um tomo de hidrogenio tem niveis de energia discretos ss (eV), em que neZ/n21), Sabendo que um féton de energia 10.19 eV excitou 0 atomo do ‘estado fundamental (n = 1) at80 estado p, qual deve ser 0 valor e p? Justfigue. dads pela equacao E, MEE UtGO Tansigses eletrdnicas, em que fétons sfc absor- vidos ou emitidos, S80 responsaveis por muitas das cores que ercebemos. Na figura a seguir, vé-se parte do diagrama de ‘energias do tomo de hidrogénio. Energialev) 136 Capitulo 2 Na transigao indicada (E, — €,), um foton de energia: (2) 4,9 eV éemitida (0) 1,9 eV¢ absorvido. (c) 49eV éemitida (o) 49 eV 6 absorvide. (2) 34eV éemitida HEE PUC-RS Um atomo excitado emite energia, muitas vezes ra forma de luz visivel, porque: (2) um de seus eldtrons foi artancado do stoma (0) um dos elétrons desioca-se para niveis mais baixos, apro- imando-se do nicleo. (0) um dos elétrons destoca-se para niveis de energia mais aos, afastando-se do niicleo (3) 9s elétrons permanecem estacionérios em seus niveis de energia. (©) 0s elétrons se transtomam em luz, segundo Einstei HEI UFMG no modelo de Bohr do tomo de hidrogénio, a snergia do atome (2) pode ter qualquer valor (o) fm um tinico valor fixa (0) independe da érbita do elétron (c) tem alguns valores possiveis. HED PUC-MG Escolna, entre os modelos atémicos citados nas epgtes, aquele (aqueles) que, na sua desoriglo, incu (inclu ram) conceito de féton. (a) Modelo atémico de Thomson. (b) Modelo atémico de Rutherford. (0) Modelo atémico de Bohr. (d) Modelos atémicos de Rutherford ¢ de Bohr. (©) Modelos atimicas de Thomson e de Rutherford BEDI UFC cuando um toton (¥-) ince sobre um atomo ou molécula no estado fundamental ou om estados primes 0 selado fundamental modestamente excitados, varios fenéme- 198 fsioos de emiso ocortem. As aternatvas a seguir epresentam figuras de nveis quanticos ce energia do alguns destes fendmencs. Assnale a alernativa {ue reprosonta, contetamente,a emissao estimulada — oe LS F ) 4 SS = = — oO , (SS Be Not EDIE Unifei 2009 Niels Bohr, no inicio do século XX, funda- mentou-se em quatro postulados para a proposigo de seu mo- delo atémico. Esses postulados séo apresentados abaixa. 1 Um elton em um étomo se move em uma éroita circular em tomo do niicleo sob a influéncia da atragéo coulom- bina ente 0 elétron e 0 niicleo, cbedecendo as lois da mecénica classica IL Umelétron s6 pode se mover em uma érbita na qual o mé- ‘lo do seu momento angular ortitalLé um mattiplo intro de hv2a, sendo h a constante de Planck. IL Apesar de estar constantomente aoelerado, um eléron que se move em uma dessas drbitas possiels, néo emite ra- ddagdo eletromagnética ¢ sua energia total E permanece constant 1X. E emitida radiagao eletromagnética se um eléton, que se move inicialmente sobre uma érbta de energia tal E, muda seu movimento descontinuamente de forma a se mover em uma érota de energia total E, A trequéncia da radiacao emitida & dada por f = (E,- E,vh. Em relagdo a esses postulados, uma das saguintes afirmagdes: étalsa (2) O segundo postulado correspande & quantizago do ro- mento angular e conduz, com utlizago do primeira postu: lado, & quantizacao da energia do sistema (b) Aaceleragao a que se refere 0 terceiro postulado, cones: ponde a acelerapao angular, jA que o movimento é circular (©) Remissao de radiagao, mencionada no quarto postulado, corresponde a um f6ton de energia exatamente igual a E=nt=(€,-€) (0) Diz-se que uma grandeza fisica ¢ quantizada quando os valores ruméricos que ela pode assumir fazem parte de um conjunte disereto de valores, isto 6, tal grandeza fisica ‘o pode variar coninuamente desde um dado valor at our ER Unicamp 2008 com um pouco de capacidade de inter- Fretacko do enunciado, & possivel entender um problema de Fisica madera, como 0 expasto a seguir, com base nos con- hecimenios de Ensino Médio. © Pesitdnio & um atemo formado por um elton e sua ant- particua, o positron, que possui carga oposta e massa igual & do elétron. Ele é semelhante a0 alomo de Hidrogénio, que possui Lm elétron @ um proton A energia do nivel fundamental desses tomes 6 dada por E, ‘elétron © m, 6 a massa do pésitron, ro caso do Positvnio, ou ‘a massa do préton, no caso do tomo de Hidrogénio. Para o ‘tomo de Hidrogénio, como a massa do préton € muito maior ‘que.a massa do elton, E, =—13,6 eV. 12) Calcule a energia do nivel fundamental do Postténio. b) Ao contrério do tomo de Hidrogénio, o Positrénio & mui- 'b instével, pois o elétron pode se aniqullar rapidamento coma sua antiparticula, produzindo fétons de alta energia, chamados raios gama. Considerando que as massas do iétron @ do pésition so m, =m, = 9.10" kg, © que, a0 2 aniquilarem, toda @ sua energia, dada pela relacao de Einstein &, +E, = m,c? + m,c?, 6 convertida na energia de dois fotons gama, calcul a energia de cada féton produs do A velocidade da luz é ¢ =3,0.108 mis EER Unie’ 2008 0 tisico dinamarqués Niels Bohr aperteigoou ‘© modelo atémico do fisico inglés Emest Rutherford inkodu- zindo as ideias de quantizagdo propostas por Max Planck (ff sico alemao). A principal novidade dessas ideias esta no fato de que 0s estados nos quais os sistemas fisicos podem ser ‘encontrados nao pedem ter quaisquer valores de energia, 6 08 ‘estado possiveis sao aqueles culos valores de suas energias fazem parte de determinados conjuntos de valores discretos. Pr exomplo, para 0 caso do étomo de hicrogénio, Bohr propos, ‘em 1913, que as energias que o elétron pode ter em relacao 20 nidcleo so dadas pela férmula: soa fo Geg)2I re na423,405 1né denominado niimero quanto principale sempre umnimero h inteiro, m, é a massa do elétron, ¢ 6 a carga do elstron, f Or ‘onde hé a constante de Planck ‘Assim, todos 05 valores das energias do atomo de hidrogénio 1 sao negatives e proporcionais a ‘Quando n = 1, dizemos que o atomo encontra-se no estado fundamental, o de menor energia © E, = 2.18.10" J 12) Qual é energia requerida para que um atomo de hidrogé- fio, no estado fundamental, possa passar para o estado correspondente an =27 Goma essa energia pade ser for- necida a esse atomo? b)O.que representa o estado onde n==:? 0 elétron pode tor ‘energies positivas em relagao ao nticleo? O que signifcaria 'ss0? Fy Fisica Moderna O COMPLEMENTAR (cenfendimento do espacio de radiogGo do tomo de hideo énio através des postulados de Bohs, nos permite compreender tumo dos moiores invencdes do homem no século XX, 0 laser (Light Ampltication by Stimulated Emission of Radiotion), ou amplificagéo do luz por emisséo estimulada, ‘guns matericis fm a propredode de possuitem estades metoes téveis, eles demoram mais do que outs esados pars deccirextondo ‘enum nivel de energia acima do nivel fundamental Esso propredade é importante pora 0 geragao de laser seré exalicada a seguic Espstho semitransparente ‘Gavidade para goragdo do laser No figura anterior, observa-se um clindro onde, em umo ex ‘remidode, hé um espelho relletor e, no outto, um espelho semi ‘ronsparente. Energio é bombeada para dentro do cilindro faxendo com que alguns elérors abandonem 0 estado fundamental e oti jom um estado exctado, Noturalmente, os elérons decoem par Lun nivel metoestével,liberondo energia e excitando mas elétrons Assim, fem-se varios eléirons em um nivel de energio meloestavel e, ‘em um dedo momento, todos decaem a0 mesmo tempo, liberendo Lume onde eletromagaético de frequéncia Unica, coerente (em fase), bem-direcionada. Os fétons liberados nao se perder, pois eles $80 relletdos nos peredes do cilindro e uma porte passa através do espelho semitronsparerte, gerando um feixe de loser. | ead Exeitaso(€,) | —__________ estado Funtarerta ,) Nivels de energia do domo para um material metaestavel |. Bombeamentoextemo de energia eve elétrons do estado fur damental pare um estado excitado no qual eles permanecem pouquissimo tempo indo para o estado metaestével Capitulo 2 Eneraia| |e Eada Excited (€,) Vane Beg Estado Motaesidvel(E,) | ___________ stage Fundamental (€,) Emiesio de umfoton, 2. Ao decairem do estodo eacitodo pora 0 metoesté- vel, f6tons so liberades com ume frequéncio dado por Exctado ~ Enea! h eterna & constant, vérios eltrons sda levados para o estado metaestivel, ocomendo © que se chama inversdo de popula- io, ou sejo, muitos elétrons encontram-se no estado meto- estével, co invés de se encontrarem no estado fundamental ‘come © bombeamento de energia Energia Estado Exctado (E) Estado Motaestdvel (,) —S— en eRe — Estado Fundamental (E,) Erg Lr ena cad) | bt cade Menestve (9 | estas Funcamontt ©) rea [Estado Exctiado ,) Estado Metnestivel ,) Fon femitido Estado Fundamental (E,) 3, Varios étomos no estado metoestével dacoem simullaneemente temitindo um feixe de hye com mesma frequéncia ¢ en fose, 0 fétons emitdes, sendo refletdes nos espelhos e transmitid parcialmente em um deles, fazem com que outros decaiam, por causa do fenémeno de que fétors e eléirons tendem a andor juntos O loser & uliizado em aplicogées cintrgicos, mlitres e em nossos cosas em sistemas de processamento épiic, Iuis como CDs @ DVDs. Cada moteral uflizedo pare a produgéo de laser emite fem uma Unica frequéncio. Esses meios podem ser gasosos loser RESUMINDO de Hslio-Ne6nio),liquides ou s6lidos (laser de diode semicondutor baxeado em silicio ov germéinio © uso do loser serd coda vex mois requente em nossas vie dos, sejo em nossa caso assistindo a filmes com alta quolidade de Gadi vdeo, seja no cadeiro de um dentita pora 0 realizacbo de um tratamento odentol6gico. Neste coptulo estudou-se 0 Gtomo de Bohr No inicio do século XX, 0 modelo do dtomo de Thomson néo era copa de explicar 0 espectro de emissio do dtomo de hidrogénio nem a radioatividede. Em 1911, Emest Rutherford, baseando-se na célebre experiéncio da lémina de ouro, chegou s um modelo atémico no qucl 0 nicleo, em torno do qual elétrons descreviam um movimento circular, tinho co. ractoristicas de partculas coregadas e confinho a maior porte da massa otémica. Esse modelo néo foi bem aceito, pois, de acordo com a Fisica cléssico, corgas acelerados deveriam emit radiogéo e acobariam por se chocar como ncleo. Em 1913, Niels Bohr props um modelo otémico a port do qua foi possvel deterninar o espectro de emissao de qualquer étomo rmonoeletrénico. Alguns postulados do modell de Bohr so: L_ Qelétronnao pode estar em qualquer estado de energia, somente em estades estocionérios, com energia bem definide I. Nesses estados estacionérios, o eldtron nfo emite nem absorve energia. A absorcéo ou emissio de energio ocarre somente quando 0 étron mudo de estado. WL Q elétron executa um movimento circular uniforme em torno do ndcleo. I © momento angular do elétron & quantizado e iguol« n z Com esses postulados, Bohr foi capaz de determinor os niveis de energia do elétron eos frequencies possiveis de serem absonvidas ou emitidas HE QUER SABER MAIS2 @ sites * Sinulodor sobre 0 ome de Bo wartisicausbr/CompoDoverte/gsorionaelecmognel/movimierto/ bohifbotchin = rome de hidrogénio - simulogbo. bp esto. un edu/naap/hydrogen/onimotions/tydrogen_ofom hn * Arigo sabre 0 descobert do lve. we ples com br/emquestoo/invecoodelosecosp mplementares 0 atomo de Bohr HEB Quando um stom de hidrogénio ¢ bombardeado, seus elétrons sto excitados aos seus estados de energia mais altos, Quando ele volta aos niveis de energia mais baixos, Juz & emitida, Quais sto as t8s linhas espectrais de maiores comprimentos de onda cmitidas pelo étomo de hidrogénio quando o eléton volta dos estados de maior energia para o estado n= 1? * Aistre do modelo de Bohr wl bres 42/fismod/modO6/m sO4.hin * Teotio de Boh poo o lomo de hikogério vere ait Fent de/phl 4p/bohrh phim HEB o comprimento de onda mite da série de Balmer &emi- fdoquando ocletron do atomodehidrogsnio cai de n= para 1n= 2, Qual ocomprimento de ona desta linha? KEE 121 ¢ a radiagio de maior comprimento de onda capse ) men, (©) men, (©) nen, Ey EEN UFPE 2011 Sobre os modelos atimicos de Thomson, Rutherford e Bohr, podemos fazer as seguintesafirmagies. “| Apartrdo resultado do espalhamento de particulas «por folhas metilicas fis, Rulherford coneluiu que a densi- dade de carga positiva do modelo atémico de Thomson cra muito maior que a ral | Acatabilidade do tomo de Bohr era garantida por um postulado, pois, de accrdo coma fisiea elissicn, um elé- tron em movimento circular teria perdss de energia por irradiago devido a sua aceleragio centripeta. “| De acordo com o modelo de Rutherford, os elétrons se distribuem em orbits quantizadas na regio ao redor do niieleo denominada eletrostera | Armzto erie as cnergias quantizadas de dua éebitas no m0 delo alémico de Bohr para o lomo de hidrogénio& igual a raf entre os nimeros quéntieosassociados estas Sibi, |] Nomodelo atémico de Bohr para ostomo de hidrogénio, 6 produto da velocidade do elétron pelo rio da érbits © quantizado, PUC-MG 2006 No modelo atémico de Bohr para o dtomo de hidrogénio, 0 elétron giea om érbita circular em volta do proton cent, SupSe-se que o préton esteja em repouso em lum referencia inerial. Essa hipdtese da imobilidade do proton pode ser justificada porque o préton tem (6) carga elétrica de sinal posto a do elétron, ()) carga elétrica infinitamente maior que a do elétron, (©) massa igual & do elétron. (©) massa muito maior que a do elétron, EAE 1A 2003 Utilizando 0 modelo de Bohr para 0 atomo, calcule © nimero aproximado de revolugies efetuadis por tum elétron no primeira estado excitado do étomo de hidroge- nio, seo tempo de vida do elétron, nesse estado excitado, é de LO s. Sao dados: o raio da érbita do estado fundamental é de $,3.104! me a velocidade do elétron nesta drbita é de 2.2. 10° m/s (4) 1, 10? revolugdes. (b) 4.10? revolucées. (¢) 5.107 revolugdes. (0) 8.10% revolugies, (©) 9. 10° revolugses. EIN UFRN 2002 Dentre as criagdes da mente humana, a Fisica Moderna assegurou um lugar de destague, constituindo-se em tum dos grandes suportes teéricos no pracesso de criagio tecno- ligica ¢ tendo repercussio cultural na socicdade. Uma andlise historica revela que um dos pilaes do descuvolvimento dessa dren da Fisica foi o cienista dinamarqués Niels Bolw, o qual, «em 1913, apresentou um modelo atomico que estava em con- cordincia qualitativa com virios des experimentos associades a0 espectto do dtomo de hidrogénio, Uma caracteristica de seu modelo é que alguns convcitesclissicos sto mantides, outros jeitados e, em adiglo, novos postulades so estabelecidos, apon- tando, assim, para o surgimento de um nove panorama na Fisica. No modelo proposto por Bohr para o étomo de hidrogénio, 0 ‘tomo é formado por um nicleo central e por uma carga ne- gativa (elétron) que se move em érbita circular em tomo do nucleo devido a ago de uma forga elétrica (forga de Coulomb). ‘Oniiclco, parte mais massiva, ¢ constituido pela carga positiva (préton). Esse modelo yarante a estabilidade do tomo de hi- 3c In ssa equagto nos diz que,ao absorver uma paricula alfa, 0 terilio se transforma em earbono ¢ emite um néutron. 0s dtomos e seus isétopos ‘Apesar de todos os atomos de um mesmo elemento qui rico possuirem 0 mesmo mimera de prétons, é fata que esse mesmo elemento quimico pode possuir diferentes niimeros de massa, ouseja, omimero de protons ¢ 0 mesmo, mas © nlimero ‘de neutrons € diferente. Os diferentes éiomes do mesmo ele- mento quimico recebem o nome de is6topos. ‘Observe, por exemplo,o lor, euja massa atémica éde 35.5 ‘© que isso significa? Para responder a essa pergunta, hi a neces dade de conhecemos 0 elemento quimico claro ¢ qual o metodo ‘de determinagiio da. massa atamica. O clon» ocome na natureza ‘com dois isétopos principals, 0 claro cuja massa atémica & de 35 ge 0 coro cuja masse atémica é de 37 g. A ovorréncia deses ‘is isitopos & na proporyio de 3:1 aproximadamente. Logo, a rasa atémica & a média artmética ponderada dos isstopos exis- tenes na naturez, tal que: Alguns isétopos sao mais estiveis do que outros, alguns 0 radioativos, outros nao. Um outra exemplo importante & hidrogénio 1H (1 proton ¢ 0 néutron) e seus dois isotopos, ‘0 deutério 7H (D) (1 préton e 1 néutron) eo tritio 7H (T) (1 proton 2 néutrons). O deutério ¢ parte da composiga0 da ‘agua pesada, utilizada em reatores nucleares para o controle do rocesso de fssto nuclear Um interessante exemplo, utilizado na Arqueologia, na dae tuglo de residuos orginieos € o do cxrbon0-L4. O earbono-14 (!6c}& um stop istvel do carbono-12(!2C),com um tem po de meia-vida de 5,730 anos ¢ que apresenta o seguinte de- ‘caimento radioative, "ie ote tp Capitulo 3 As proporydes de carbono-14 na natureza so infimas, po- rem detectiveis por instrumentos adequados. Enquanto vivos, todos os seres estao sucitos a um fluxo constante de carbone que mantém a taxa de carbono-I4 praticamente constante. Ao morrer, ‘eossaese fluxo de carbone e, portanto, 0 decaimento da carbo- no 4 fazcom que a sua proporyao na amostradiminua, Sabendo- -€ 4 porcentagem de earbono-14 em un ser vivo e na amostra arqueoldgica, é possivel estimar a idade do achado arqueolégico. RadioisStopos so isstopos radioativestais como 0 carbono-I4 & io usados na biologia para obtengio de mapeamentos de diver sos ongaos ¢ como tragadores em caminhos do metabolismo na ‘quimiea para acompanhar mocanismos de reayie. Raios Xe radiagdes ionizantes No final do século XIX, Wilhelm Conrad Roentgen pers beu que eldrons em alta velocidade emia radial de alta fequénein quando bruscamente desaeslrados, Ess radagao cst em uma fans de fequencia for do visivel ¢€ capaz de ‘ensibilizar chaps fotogrtics, sendo hoje lazamenteaplica- da emexames medics. Porm, os raios X se enguadram em uma perigosa class ficaglo das mdingdes: as radiagBes ionizantes. Essas radingdes 1m a capacidade de ionizar © meio pelo qual passam, pode: «do danificar tecidos ¢ eausar cdneer, Portanto, ao se manusear ‘quipamentos de raios X, devem ser observados varios cuida- dos, As pessoas que lidam diariamente com esses equipame: tos possuem varias leis trabalhistas especifieas para protegé-Ias dos danos das radiagdes ionizantes. As radiagdes gama (y) também sio radiagBes ionizantes € apresentam um grau de periculosidade muito maior do que os raios X. Virios cientistas morreram no inicio das pesquisas sobre radivatividade por desconhecerem os seus efeitos nocives. Apesar disso, aradiaglo gama tamibém pode serutlizada no tratamenta de alguns tipos de céncer. A téenica denominada radioterapia utiliza se do fato de as células saudiveis recuperem-se mais facilmente & incidéncia de madiagho gama do que as céhalas eancerosas. Assim, a oélulas doentes sio mortas pela radiagio. Nessa aplicagdo, sio utilizados principalmente 0 e’si0-137 € 0 cobalto-60. Em alguns niveis de poténeia, as radiagées na frequéncia ‘de micro-ondas tm potencial ionizante, por esse motivo no se deve ficar exposto a radingdes de radares. Hl uma controvérsia mito grande sobre o risco de telefones celulares. Apesar de a radiagio emitida por eles niio ser ionizante, muitas pesquisas ‘vém sendo feitns sobre o impacto do uso constante de telefones cclulares na save das pessoas. Fisséo nudear e Fuséo nudear ‘Além das forgas gravitacional celétrica, existem mais duas forgas fundamentais na natureza: as forgas nucleares forte e fr «a, Essas forgas ocorrem entre os micleons (pritons e néutrons) «do nicleo do stomo, Aforga nuclear forte éresponsdvel pela estabilidadenuctear, pois como as distancias so extremamente pequenas dentro do nicleo, a repulsio coulombiana entre os protons ¢ enorme. Como as forgas envolvidas no nicleo sBo muito intensas, a ener gia liberada em reagdes envolvendo o nicleo é enorme, sendo de tuna grandeza superior envolvida em reagdes quimicas eomuns Como regra geral, pode-se afirmar que um néicleo tive! quando o nimero de néutrons ¢ aproximadamente igual ao niimero de prétons. Se ha poucos néutrons, os prétons fix cam muito préximos, aumentando a repulsdo eletromagnética. Se houver muitos néutrons, os prétons ficario mais afastados, iminuindo a ago da forga nuclear forte, que age somente a pequenas distincias, e dessa forma desestabilizando 0 nicleo. Di-se o nome de fissio nuclear a0 processo de deeaimento radioative, no qual um nécleo instavel se transmuta em outros, nileos mais estéveis ao ser atingido por um néutron,liberando srande quantidade de energia. Nesse processo, outros néutrons xgerados, bem como o chamadbo lixo radioativo, pos es novos ndleos gerados no processo também podem ser radiativos, se 0 nome de fusfio nuelear quando dois ou mais mi= cleos fundem-se, formando um niicleo mais estivel. Nesse pro~ ©2580, ndo hd a produgto de lixo radioativo © a quantidade de cnergia liberada ¢ bem maior que no processo de fissio nuclear: Porém, as condigdes para se realizar a fusdo nuclear sio bem ais exigentes do que as da fissio nuclear, [esses provessos, diferentemente do que acontece nas rea= es quimicas, observa-se que a mass niio se conserva, ot ej, massa antes dos processos de fissA0e fusio nncleares é menor do que a massa depois deles ocorrerem: Isso € explicado pela relagiio de Einstein AB = Amc? ‘través da equacio acima, observa-se a relagio entre a mas- sa ea energia. Concluiese que a massa perdida converte-se em energia em uma relago muito maior do que para qualquer reago uimica. Por exemplo, um grama de massa perdida converte em 9.10" J, energia suficiente para derreter aproximadamente 270 mil toncladas de gelo a0 °C. Na tabela a seguir, tem-se a relagio de massa ¢ energia para 0s principais constituintes do étomo, A massa é dada em tunidades de massa atémiica (uma) e a energia, em milhdes de clétrons volt (MeV). Eno nn Proton 1.007276 Neutron 1.008665 Baton 000548 Ton | Massa @ enerpla aasociada do slgumas paricules atémicas. foe 16.1079 J; 1 uma » 1.86.10 kg Fisstio Nuclear ‘O processo de fissio nuclear é 0 processo stualmente uti- lizado em usinas nucleares para produgio de energia. Nesse processo, 0 urinio-235 € bombardeado com um néutron, trans= mutando-se segundo algumas reagdes, como BU + gn BSr+ |EXe+2, }n-+energia 28U 4 dno BKr+ Bat, n+ nergia Dessa forma, 05 novos néutrons gcrados vao colidindo com outros étomos de urinio-235, prodzindo uma reayio em cadeia, que pode ser controlada em um reator nuclear. Se essa reagdo nio ¢ controlada tems a bomba atémiea, O exquema dd um reator nuclear é visto na Figura a seguir Fig. 12 Reator de fissdo nuclear [No reator, esto as barras de combustivel, o urinio-235) Obsorvacie: Na naturez, 0 isétopo de urdnio mais comum & 0 Urdinio-238, que ndo pode ser usado diretamente como combustivel nuclear Em uma amostra de urdnio natural, a concentragao do u nio-235 em tomo de 0,7%. Dessa forma, & necessério aumen- tar a concentragio de urinio-235, processa este denominado “enriquecimento de urinio”, tecnologia ja disponivel no Brasil. Dentro do reator encontramos barras de grafite, as quais mo- dorama reagao, evitando que todos os néutrons colidam com no= vos niileos de urinio-235, e gua, ulilizada como refrigerante. © calor produzido gera vapor, que passa, entio, por turbinas que fornecem a encrgia eltrica necesséria. Ha a necessidade de um esrito controle de pressio a fim de que nfo haja falhas no reator, ‘0 que pode provocar vazamentos com consequéncias desastrosas. Fusto nuclear Processo mais energético que a fissio nvelear, porsm mais Aificil de ser produzido de forma estavel. Isso porque necessita de grandes quantidades iniciais de enengia para a sua realiza- ‘0, pois, como as forgas mucleares agem a pequenas distin= a = 5 (downy erenge) (cotton) fenton) ant-srange)——_ent-botom) {neutino do {neutrino do reutrino do {antinoutrino do fantinoutrina do ean) rmion) ‘au) devon) mon). ° “ + z i z fay (entreletron) No tabela ocimo, vernes tés geracdes de porticulas (| He ill, A matéria & quo estamos habituades em nosso vide ¢ formade por portcules da gerocéo [Nels Bohr, um dos pois do mecénica quéntca,afirmou que quem née ficesse oturdido 0 tomar conteto com a mectinica quéitica, ‘ertamente néo a compreendeu. © fato, porém, € que es80 fzoria fem ume copacidade incrvel de fazer previses com olissima preciso, mesmo baseondo-se no principio do incerteza ¢trabolhondo com probobilidades. Qestudo defsico de poriculas & uma das Greos mais interesscntes do Fisica, pos, em dtima insténcio, © que & © mundo macroseépico sendo uma monifestacdo do mundo quéinfco. Assim, se quisermos compreender odequadaments o mundo em que vivemos, faz-se neces- Sério estudara consttuigée intima do motéra. RESUMIND Este copitule propts-se o estudor os fundomentos do Fisico nuclear Inicio-se mostrondo a dstingGo ene reagSes quimicos, aquelas ‘no qual nd hé alteracéo no nécleo do dtomo, e as transmulagées quimiccs, aquelas na qucl hé umo alteracio na formacao do niceo. Foram identificodos ts tipos basicos de redioc6o, 0 radiagao 1, com pericuasidéntices ao nécleo do tomo de héio, constituido por ois protons e dois néuirons, o radiagio B, com portculas que podem ser postivas(pésirons) ov negatvos (eléirons), e as radiacSes f, ve 80 ondos eletromagnéticas de frequlncia bem superior & do lz vive. Estudov-se os reogdes de fssd0 nuclear, reacbes na qual o dtomo se transmuta em outros étomos, ndo necessariamente mois estaveis ‘do que o lomo original, com liberogio de energia; e os reagdes de fuséo nuclear, na qual élomes se fundem em dtomos mois pesodos € ‘estGveis, com maior liberagéc de energia por ncleon do que a reacdo de fiss6o nucleoe Aliberagao de energia (AE) resultado da diferenga de massa (Amn) entre os reagentes € os produits dos iransmutagSes nucleores. Essa liberogio de energio pode ser colcvlodo ctravés do farnoso férmula de Einstein: AE = Am. 2 ‘As reogées de fisstio nuclear séo utlizadas para fins poctficos otrovés dos rectores de issdo nuclear Jé as reagSes de fysdo nuclear s80 ume promessa de século XXI para a cbtencdo de energia abundonte e impo, través dos reatores de fusdo nuclear HM QUER SABER MAIS? @ sires * Sie do InlerofonalThermonuceo Experimental Reactor, qe proms ser protipo do prio reat de fu nuclear destinado o produ enegio pare uso comercial vwaiocorg * Sie goveromenial sobre a utlzagbo de energio nudear& base de fssbo nuclear pars o oblencéo de enegiaelétca, ws eletonucleacgov br Ofunconamento de suomorinos nleares hite/fcencia hsxuol com br/submarino-nuceachim * Tokamoks ofuséo fermonuclea: vw plasma ing by/LAP Port/LAP_Sito/Teo/Tokaroks hin * Forces fundomentsis~ mundo mocroscépico e mivoseépieo. hp: nobelpize.ora/nabel_prizes/physic/oriclesbrnk! * Guia poroo Grande Colisor de Hédrons (LHC). hips news boc co.uk/2fhifscience/natre/7543089. stm Fisica nuclear HEB 0 wx0 co carbono-14 ¢ uma realidade ns arqueologia, devido ao fato de que todos 0s seres vivos tém no seu metabo- lismo um fiuxo constante de carbono, sendo uma pequenissi= ma parcela de carbono-14 radioative, Através da poreentagem residual de carbono-14, é possivel estimar a idade de um de- terminado achado arqueolégico. Sabendo que a meia-vida do carbono € de aproximadamente 5.600 anos, uma mamia que presente uma taxa de 25% da taxa normal em vida deve ter morrido a aproximadamente: 6) $600 anos. (b) 11.200 anos. (©) 16.800 anos. (6) 22.400 anos, (©) 28.000 anos. EM ve im um Iaboratério, existem 60 mg de Ra, eujo pperiodo de desintegracao ¢ de 1.600 anos. Daqui a 100 anos restari, da quantidade original desse isétopo,o correspondente, em mg: (9) 402 (b) 426 (o) $0.2 (© 317 FEMI Ver} Feixes de particulas ou de radiagao podem ser utilizados na terapia de cancer. A destruiggo de um tumor no ‘onganismo human se dé pela transferéncia de uma certaquane tidade de energia do fee, denominada “dose”, para as cclulas do tecido doente, O grifica a seguir mostra como varia a dose fomecida por diferentes feixes, em funcao da profundidade de um tecide penctrado Fisica Moderma Dose(unidade arbitaria) 3 Protundidado(cm) Publicagbo do Loma Linda Universty Madical Canter, Botovio,« 4 Adopt) Considere que, para valores das doses apresentadas no grafico, ‘eficigncia do tratamento seja tanto maior quanto maior for a intensidade da dose na regio do tumor. Caso o tumor a ser tra- tudo esteja localizado uma profundidade de 21 em,a melhor escolha para o tratamento envolve uma enengia de: (9) aio X, ()) cobalto. (©) elétrons. (©) protons. UFMS Foi descongelado para pesquisa genética, em se- ‘embro deste ano, 0 corpo de Octzi, nome dado pelos cicntistas aum cadaver encontrado na fronteira da Itdlia com a A © carbono-14 & um is6topo mdioativo formada pela absorgo «e néutrons dos raios césmicgs e existe normalmente na na- tureza na proporydo de 10 partes por bilhto (10 ppb). Ele & absorvido pelas plantas sob a forma de CO, estando presente, portanto, nos fGsscis animus ¢ vegetais. ‘Aidade de Oetzi foi determinada pela datagio por earbono-14. ‘Apartir do momento de sua morte, Octzi comegou a perder car tono-L4 a ums taxa relacionada i meia-vida dest isstopo. Sa- bendo que a meia-vida de C!4 = $600 anos e que a quantidade 4 carbono-I4 encontrada foi de aproximadamente 5,19 ppb, ‘nidade aproximad de Oct em anos, est no intervalo entre: (6) 4800.0 6.100. () 1.000 ¢ 2.800. ) 7.200 9.100. ©) 10.000 e 11.200. 2.900 e 3.900. stra HERE Vet 0 esquema mostra a fissto de um niicleo atémi- «©, por absorgo de um néutron lento, dando inicio & chamada reagio em cadeia. Nauteon fenco+ U2 8° 5 Ke® + Ba!t+ Nouns prontos-+ encreia Capitulo 3 ‘Com base na reas, indique: 4) oniimero de néutrons prontos por fissto. by aenergia liberada por fissao (ndo € necessario citar unida- tks). WEGM UFBA investigando a estrutura do nucleo atémico, Rutherford conseguiu, pela primeira vez, transformar arifi- cialmente um elemento quimico em outro, fazendo um feixe e particulas alfa passar através de uma camada de nitroyenio isoso. A transformagio ocorrida, de nitrogénio em oxigénio, ‘st representada, de mancira sintética,na figura a seguit. ° oe PR te NS NS Combase nessas informagoes, na andlise da figura nos conhe= ‘cimentos sobre Fisica nuclear, é correto afirmar que (01. aestabilidade de micleos atémicos se mantém pela acto de forgas de natureza eletromagnética, (02. aparticula alfa € formada por dois nicleons. (4) onitrogénio libera um préton mediante reaglo nuclear es- pontanca. (0S. oxigénio obtido ¢ resultante de um processo de transmu- tao. 16 aconservagao do niimero de massa ocorre em reapdes nu cleares, 52 acarga eldtrica total, antes da reagio, é igual 8 carga elt ca apos a reaya Soma ] UFMT A quantidade Q de uma substincia radicativa em ‘qualquer tempo ¢ pode ser determinada pela equago Q(0) = Qy conde Q, ¢ 2 quantidade inicial, ou seja, Q,= QO). ké uma ‘constante de proporcionalidade que depende da substincia. Dado que @ meia-vida de uma substincia radicativaé de 2 horas, Q ‘ isto 6, 92) = 22,0 valor de k é 106, QQ)=—%, EN PRN A carga clettica ¢ quantizada © o menor valor abso- Tuto possivel de ser observado no estado livre é ¢ = 1,6.10-°C. Porém,em 1964, Gell-Mann propés que existem partculas cle« mentares, as quais denominou quarks, cujos valores de carga elétrica sto fragdes de e. Os quarks nto existem no estado livre, mas podem combinarse para formar particulas clementates observadas nesse estado. Considere a tabela periédica dos quarks, roproduzida a seguir, caja leitura deve sr feta de acordo com a nomenclature indica ‘no quadrado & esquerda da tabela, Grupo! Grupo Grupo ii 2 2 2 Up =Be |nam +20 |top +B rome carga(e) ~5Mev_| ~ 1500 Mev |~ 17000 Mev simbolo Down +e | stange +26 | Bottom +26 massa-energial | Down +3¢ | Stange +36 | Bottom +36 a 5 > ~i0nov | ~150Mev | ~8000 Mov Acombinagto de quarks que resulta em uma particula elemen- {ar eletricamente carregada ¢: (a) ads, (b) das, (©) uid, (@) dae, Unicamp 2009 A evolugo da sociedade tem aumentado «demand por energia Limp e renovavel. Tipieamente, ume roda-d’agua de moinho produz cerca de 40 kWh (ou 1,4-10*J) dhirios. Por outro lado, usinas rucleares fomecem em tomo de 20% da eletricidade do mundo e funcionam através de proces- $03 controlados de fissdo nuclear em cadeia a) Um sitiante pretende instalar em sua propriedade uma roda-d!igua e a cla acoplar um gerador elético. A partir 4 fluxo de agua disponivel ¢ do ipo de roda-d'igua, ‘ovalia que a velocidade linear de um ponto da borda exter- na da roda deve ser v= 24 mvs. Além disso, para que 0 gerador funcione adequadamentc, a frequéncia de rotayio 4 roda-d'igua deve ser igual a 0,20 Hz. Qual é 0 rao da roda-d!igua a ser instalada? Use n= 3. 'b) Numa usina nuclear, a diferenga de massa Am entre os re- agentes © 08 produtos da reagdo de fissto & convertida em ‘energia, segundo a equago de Einstein, E = A me? = 10% mis. Uma das reagdes defisslo que podem ovorrer ‘em uma usina nuclear éexpressa de forma aproximada por (1000 g de U;,<)* (4 2 de néutrons) > (612 g de Ba,4,) + +(378 g de Krgg)+ (13 g de néutrons) + energia. Caleule a quantidade de energia lberada na reagao de fis- io descrita cima, HDR Unesp 2010 Em cesintegraydes radioativas, varias gran- ‘ez fisieas sto conservadas ‘a situapdo representada na figura, temos um nicleo de Té- rio C*Th), inicialmente em repouso, decaindo em niicleo de Radio @Ra) e emitindo uma particula @ Na desintegragio, a particula 0: ¢ emitida com uma energia cindtica de aproxima- damente 8,4-10-¥ J. Qual é a energia cinética aproximada do niicleo do Rio? @ => -é e-- Tp Ra () 150-1055 (b) 8410-55 () 90-10-85 (©) 90-10-85 150-108 J EEE ures 2010 Fm certo experimento, um contador Geiger Ginstrumento que conta o niimero de eventos de decaimento radioative por unidade de tempo) foi colocado a 0,5 m de una mostra radioativa pequena, registrando 1.280 eontagens/mi nuto, Cinco horas mais tarde, quando nova medida foi feta com 0 contador na mesina posigio anterior, foram repistradas 80 contagens/minuto, Com base nessas informagdes, ¢corretoconeluir que a meia-vida daamostraéde ©) 06h (>) 8h (©) L0h (d) 1,25h (c) 1$b HA VEL 2011 Um parimetro titil pam caracterizar 0 proceso. de decaimento radioativo de um niicleo patticular é a meia~ “ida Assinale a altemativa que apresenta a melhor definigao de mia-vida (0) Bo tempo que um nicleo radioativo leva para decair emi- tindo elétrons ¢ néutrons (©) Bo tempo gasto para um tomo se tomar radioativo apée absorver encrpia escura emitida pelos itomos préximos. (©) Eo tempo gasto para que metade de um dado nimero de niicleos radioativos sofa decaimento. (6) E metde do tempo gasto para um dado conjunto de niicleos radioativos emitirradiaséo. (¢) Eo tempo que um elemento quimioo geste para entrar © sair de um meio material Fisica Modema Udese 2010 Considere as seguintes proposigdes sobre a mdiago gama 1. Apartcula gama tem a mesma carge clerica do préton I, A partcula gama é um foton de radiago eletromugnética. TI, E-um dos tipos de radiagdo emitida pelos nicleos de ato anos radicativos IV. menos penetrante na matéria de que os raios X Assinale a alterativa corrta, (6) Somente gs afiemativas Ile Il so verdadeiras, (0) Somente os afiemativas Fe Isto verdadeiras (c) Somente as afirmativas I ¢ IV sao verdadciras. (.) Somente ss afiemativas Ile IV so verdadeiras, (©) Somente os afirmativas IIT e TV sto verdadeiras, Udese 2009 Em 1908, Emest Rutherford recebeu 0 Pré= mio Nobel de Quimica pelo seu trabalho para determinar a massa a carga clétrica das particulas , B ¢ 7, que so emiti- ‘as pelos nicleos dos dtoms de certos elementos radicatives. Analise as afirmativas a seguir, considerando que.e e me sejam, respectivamente, a carga e a massa de repouso do eléton, 1. Aparticula cctem carga elétrica +4e, e sua massa de repou- so & aproximadamente 7.340 me. L.A pparticula B pode ter carga elétrica +e ou ¢, ¢ sua massa de re- puso ¢ iu do pation, ou se, aproximadamente 1.840 me. IL, Aparticula yé um féton de radiagao cletromagnética, nd0 possui carga elt e sua massa é nul, Assinale a alternativa correta, (9) Somente as afirmativas Ie I sto verdadciras (b) Somente a afirmativa III é verdadeira. (c) Somente as afirmativas II e III so verdadeiras, () Somente a afirmativa Il é verdadeira (c) Somente a afirmativa | € verdadera, EG Fovest 2007. Uma substancia radioativa, cuja meia-vida Ede aproximadamente 20 minutos, pode ser uilizada para me «ro volume do sangue de um paciente. Para isso, sto prepa mdas duas amosras, A ¢ B, iguais, dessa substincia,diluidas em soro, com volume de 10 em cada, Uma dessus amostras, ‘A. 6 injetada na circulagio sanguinea do paciente ¢ a outra, B, € mantida como controle, Imedistamente antes da injego, 4 amostras sto monitoradas, indicando N,, = Ny, ~ 160.000 ‘ontagens por minuto. Apds uma hors, éexttaida uma amostra ‘C de sangue do paciente, com igual volume de 10 cm}, ¢ seu ‘monitoramento indica N¢= 40 contagens por minuto c+— %) (Ned (Ne) ‘Stuagdo t hora depois ‘Siuagdo inicial Capitulo 3 8) Estime o nimero Ny», em contagens por minuto, medido ‘na amostra de controle B, uma hora apos a primeira moni- toraeao b) Apattir da comparagiio entre as contagens Nyy € Ne, esti= ime 0 volume V, em ltrs, do sangue no sistema circulats- rio desse paciente Note cade: Ammcineide¢o interval de tempo po qual 0 mero de ‘Honsonrlioatvon presedcs con toa avon € edi 8 eee. Na toe nkoraeSo de uma ainestra o aime de contazens por intevalo de tempo & moporcional 0 aimero de tomos radiates presents HEE PUC-RS 2006 Define-se como meia-vida de um elemento radioativo o tempo necessirio para que a metade de seus sto amos tenha se desintegrado, No caso do Césio-137,a meia-vida Ede 30 anos. 0 eritico a seguir indica o percentual de étomos radiativos, P(¢6), presentes em duas amostra radiostivas puras, X ¢ Y,em {angio do tempo, medido em unidadest Tempott) Apartir do grafico, afirma-se que 1. ameiavida de X 6 0 dobro da de Y. U, ameia-vida de X € 3. IL, transcorrido um tempo 6 t, o percentual de stomos radioativos, da amostra X, que se desintegmram é maior do que o da amostra Y. Pela andlise das informagdes acima, conclui-se que esti(e) corteta(s) apenas a(s)afirmativa(s) @ 1 om io) HL (0) Fett (c) Wet Ondas e matéria Se eR eee ey Se ee ee oe Se ee et Cee ee Ce Ce ee oD raclocinio que propunha que a nctureza é simétrica em vérios aspectos, enunciou que a matéria possuia natureza dual, ou seja, Coe ee Teoria particula-onda de De Broglie A radiaedo eletromagnetica que por um longo tempo foi interpretada unicamente como onda, teve seu carater dual con= firmado pelo efeito fotoelétrico (natureza de particula) ¢ pela draco (natureza ondulatéria) efetuados pela radiagao. Em 1925, Louis De Broglie sugeriu que todas as partculas deveriam ser interpretadas eomo tendo propriedade de onda. Fig. 1 Prince Louls-Vieor De Bogle (1892-1987), fsioo experimental francés, Promo Nobol da Fisica om 1929 polo ‘descobrimanto da ratureza ondulatoria ebelétron De Broglie propds entio que © comprimento de onda da smatéria era dado pela mesma relacio vilida para o féton: h P Onde p, neste caso, & 0 momento linear da materia © A € ‘0 comprimento de onda da matéria. Observe que, sendo essa equagao a mesma utilizada para 0 féton, De Broglie gencrali« zou a ideia de Einstein, isto ¢, se ondas podem se comportar como materia, matéria também pose se comportar como on- das. A equagao é a mesma para ambos os casos. Hoje, o que se aceita & que nio é possivel querer explicarto- ‘os os fendmenos somente pela teoria corpuscular on pela teoria ‘ndulatéria, E necessério entender que os fitons ou os elétrons ‘Em comportamento duc, on seja, em alguns casos se compor- ‘tam mais como particulas ¢ em outros, mais camo ondas. Comprovasao tedriea da natureza ondulatoria da matéria Fg, 2 Goorge Paget Thomson (1892-1975), fisco britanico, Prémio Nobel de Fisica am 1997 pelo dasco- brimenta experimental da ctragdo de ‘trons om erst Em 1926, Elsasser verificou que poderia utilizar um dis- positivo parecido com o que Compton ulilizou para verificar a natureza corpuscular da luz, a fim de comprovar a natureza on= ulatéria da matéra. Capitulo 4 Da mesma forma que Compton fez incidir em um sélido cristalino um feixe de raios X, a ideia de Elsasser era fazer incidir sobre 0 sélido eristalino um feixe de clétrons. Os ato- imps do cristal, na sua estrutura interna, deveriam servir como ‘eentros de difragto” para as “ondas” associndas aos olé- trons, de tal forma que os feixes difratados tenham diregoes definidas, Em 1927, C.J. Davisson e L. H. Germer, nos Estados Uni- dos, ¢ GP, Thomson, na Escécia, utlizaram essa ideia em uma montagem experimental, que pode ser vista na figura 3 s v = A+ sre SS. > Fig 9 Mantagem experimental para obsenara ararso de elatons Salsa Mais! CCurioso & que G.P Thomson era filho de J. J. Thomson, 0 ‘mesmo que descobriv 0 eléiron. Assim, o pai demonsirou 0 caréter corpuscular do elétron eo filho demonsirou 0 coré- ter ondulatsrio, Na experigneis da figura 3, os elétrons emitidos por um filamento (F) aquesido sio acelerados por uma diferenga de potencial varivel e saem do canhio eletrdnico com certa energia cinética e sio registrados pelo detector D, que pode ser movimentado em diferentes posigBes angulares 6 Pela teoria de De Broglie, essa enengia cinética define um momento linear e, portanto, um comprimenta de onda 2.asso- dado. (Os elétrons que incidem sobre o cristal na dirego normal, a superficie tém a intensidade do feixe rofletide medida para diver- sos valores do poteacial aplicado V. Oarranjo regular dos dtomos do cristal, eujos nicleos es- to separados por uma distancia na ordem de 10-!S m, atua como uma rede de diftagdo, que diffata a onda de elétrons emitida. Atualmente, a difragao de elétrons ¢ utilizada na determi nagio da estruture das moléculas © no estudo da estrutura de superficies s6lidas organizadas, Afigura 4 mostra a intensidade do feixe refletide para um. ‘Angulo = 50° em fungao da tensto V aplicada, Corrente do coletor 4 45 80 55 a0 68 70 75 Energia cinética(eV) Fig 4 Garrente do eolator emfungso da energia nation No grifio da figura 4, observa-se um pico quando tenstio aplicada aos elétrons é de S4 V. Esse pico de intensidade dos feixes refletidos pode ser explicado supondo-se que, por causa do pequeno comprimento de onda associado ao movimento dos clétrons, a distincia entre os étomos do cristal ¢ da ordem des- se comprimento de onda; assim, a estrutura cristalina funciona como uma rede de diffaglo para o feixe de elétrons incidente. De fato, para um feixe incidente com energia cinética cor- respondents a 54 eV, 0 comprimento de onda associado & de 1,64 A, 0 que conconta perfsitamente com a teoria que prev para o cas0, 1,65 A. Essas concordincias constituem argumento sélido para se rer que em cerins circunstineias os elétrons tém comporta- mento ondulatério. # importante ressaltar que nfo $6 0s elétrons t&m compor- tamento ondulatério, mas todas as demais particulas, indepen- dente de estarem ou no carregadas eletricamente, tém esse comportamento. ‘Assim, os elétrons (¢ a matéria, em geval) ¢ a radiagao cle tromagnética tm caracteristicas de onda e de particula, 0 principio da incerteza de Heisenberg Fg. 5 Warner Hotsonberg (1901-1978), fico alemao, Prémio Nobel de Fisica ‘em 1932 pela cnagao da mecanica ‘quanca,cvla aplicagio, entre outtas ‘coisas, conduziu a doscoberia de formas btrépieas do hidtogénio, Quando se quer descrever o movimento de particulas no mundo macroseépico, ust-se os termos posigiio e velocidade, Mas seri possivel aplicar da mesma forma esses termes no mundo microscépica? Basta pensar que, para se medir a temperatura de um reci- piente contendo agua, a temperatura do termémetro pouco influenciard no resultado das medidas; j6 para medir @ tempe- mtura de uma gota de gua, certamente a temperatura do instrumento de medida fara com que o resultado da mediga seja incorreto, Se extrapolar 0 fato para o mundo microses- pico, esse efeito sera ainda maior, gerando um alto valor de incerteza, E posstvel aperfeigoar 0 métado de mexigiio, mas ainda assim havers sempre uma incerteza. Pensemos enlo no elétron, Para determinara sua posi ao incidirmos luz sobre ele, podemos fazer com que 0 ecom- pprimento de onda da luz scja bastante pequeno a fim de de- terminarmos com bastante preciso a sua posigio, Porém, a0 Acessoem:6 jul 2012. [Neste capitulo, foi mostrodo que a notureza possui ospecto dual, ou sejo, dependendo do fendmeno, ela pode mostror 0 seu carder ‘corpuscular ov ondulatério. A prova disso {oi o foto de que os eéirons, até enlao tratados como partculos,sofreram cifragéo ao serem Frojetodos sobre umo esttututa cristlina, comprovando a teoria de Louis De Broglie, que essociou 4 partcula um comprimento de onda A, denominado comprimento de endo de De Broglie, tal que: P (Onde hé « constante de Planck ¢ p é a quoniidade de movimento do compo. Em sequida, foi estudode 0 principio da inceteza de Heisenberg , © qual postula que 6 impose se determinar simulteneomente ‘com 100% de precisdo a posigdo e o quantidade de movimento do elétron. Dessa forma, o tratamento de elétron como uma partcula que ‘@ecuto um movimento em torno do nicleo e o discusséo da sv trojet6ria tornam-se inGteis. Inauguro-se ento a era na qucl oelétron & ‘rotado como uma fungéo densidade de pecbobildede, ov seja, 0 seu tratamento posse « ser probobillsico e determinado pela equacéo de Schvédinger, que determina os regiées de méxima probobilidade de se encontror os létrons, ou seja, os orbits ‘Com 9 principio do incerteza, pode-se perceber que as manifestocGes corpuscular ¢ ondulatoric da natureza sto complementares, ou se(o, s60 monifestacées de umo mesmo esséncia, que ainda tentamos compreender HE QUER SABER MAIS2 2 sires * voc broslescola com/fisicn/o-nfurezo-duo-be-hin "Jogo desenvahido no Bros que insre de forma lca conceitos de parfculoselerentres, decoimento de porfculs ideo gome que ensina Fisica). espace. 1g bSPRACE/Sproce-gane-p.

You might also like