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saosin La2reocomptade 3 Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos DE 5 DE FEVEREIRO DE 1 Dispée sébre o Tribunal Maritimo. © PRESIDENTE DA REPUBLICA , fago saber que 0 CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei TMULOL CAPITULO | DA ORGANIZAGAO DO TRIBUNAL MARITIMO Art. 1° © Tribunal Maritimo, com jurisdigao em todo 0 territério nacional, érgao, auténomo, auxiliar do Poder Judicirio, vinculado ao Ministério da Marinha no que se refere ao provimento de pessoal militar ¢ de recursos orgamentarios para pessoal e material destinados ao seu funcionamento, tem como atribuigdes julgar os acidentes fatos da navegagao maritima, fluvial e lacustre e as questées relacionadas com tal atividade, especificadas nesta Lei, (Redacdio dada pela Lei n° 5.056, de 1966) Art, 2° © Tribunal Maritimo compor-se-A de sete juizes a saber: (Redacdo dada pelo Decreto-Lei n° 25, de 1966) a) um Presidente, Oficial-General do Corpo da Armada da ativa ou na inatividade; (Redacao dada pela Lei n® 8.391, de 1991 b) dois Juizes Militares, Oficiais de Marinha, na inatividade; ¢ (Redacdo dada pela Lei n? 8,391, de 1991 ©) quatro Juizes Civis. (Redagdo dada pelo Decreto-Lei n? 25, de 1966) § 1° 0 Presidente do Tribunal Maritimo, indicado pelo Ministro da Marinha dentre os Oficiais-Generais do Corpo da Amada, da ativa ou na inatividade, seré de live nomeagao do Presidente da Reptiblica, com mandato de dois anos, podendo ser reconduzido, respeitado, porém, o limite de idade estabelecido para a permanéncia no Servig¢o Publico. (Redacao dada pela Lei n° 8.391, de 1991 § 2° As nomeagGes dos Juizes Militares e Civis serdo feitas pelo Presidente da Repiiblica, mediante proposta do Ministro da Marinha, e atendidas as seguintes condicdes: (Redacdo dada pelo Decreto-Lei n® 25, de 1966) a) para Juizes Militares, Capitao-de-Mar-e-Guerra ou Capitao-de-Fragata da ativa ou na inatividade, sendo um deles do Corpo da Armada e outro do Corpo de Engenheiros e Técnicos Navais, subespecializado em maquinas ou casco. (Redacdo dada pela Lei n? 8.391, de 1991 b) para Juizes Civis: (Incluido pelo Decreto-Lei n® 25, de 1966 1) dois bacharéis em Direito, de reconhecida idoneidade, com mais de cinco anos de pratica forense e idade compreendida entre trinta e cinco e quarenta e oito anos, especializado um déles em Direito Maritimo e 0 outro em Direito Intemacional Publico; (Incluido pelo Decreto-Lei n® 25, de 1966 2) Um especialista em armaco de navios e navegagdo comercial, de reconhecida idoneidade e competéncia, com idade compreendida entre trinta e cinco e quarenta e aito anos e com mais de cinco anos de exercicio de cargo de diregdo em emprésa de navegacéo maritima; (Incluido pelo Decreto-Lei n° 25, de 1966) 3) Um Capitdo-de-Longo-Curso da Marinha Mercante, de reconhecida idoneidade e competéncia, com idade compreendida entre trinta e cinco e quarenta e oito anos e com mais de cinco anos de efetivo comando em navios ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm ea saosin La2reocomptade brasileiros de longo curso, sem punigao decorrente de julgamento em tribunal habil. (Incluldo pelo Decreto-Lei n° 25, de 1966 § 3° A indicagao a ser feita pelo Ministro da Marinha para os cargos de Presidente e de Juiz Militar devera ser acompanhada, se Se tratar de oficial da Ativa, da declaragao dos indicados de que concordam com a mesma. (Redacéo dada pelo Decreto-L ei n® 25, de 1966) § 4° Os Juizes Ciis serao nomeados mediante aprovacao em concurso de titulos e provas, realizado perante banca examinadora constituida pelo Presidente do Tribunal Maritimo; por um Juiz do Tribunal Maritimo, escolhide em escrutinio secreto; por um representante da Procuradoria do Tribunal Maritimo, designado pelo Ministro da Marinha «, conforme for o caso, por um especialista em Direito Maritimo ou em Direito Internacional Publico, escolhido pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, ou por um representante da Comissao de Marinha Mercante, designado pelo Presidente da referida Comissao. (Redacao dada pelo Decroto-Lei n® 25, de 1966) § 5° Quando na ativa, haverd transferéncia para a inatividade: (Redacao dada pela Lei n? 8,394, de 1991 + do Presidente, apés dois anos de afastamento, sendo agregado ao respectivo Corpo no periodo anterior a esse prazo; (Incluido pela Lei n° 8.391, de 1991) II dos Juizes Militares, logo apés a nomeagao, na forma da legislagao em vigor, (Incluido pela Lei n? 8,391, de 1991 § 6° Os Juizes Miilitares, referidos na letra "b" do caput deste artigo, ter mandato de quatro anos, podendo ser reconduzidos, respeitado, porém, 0 limite de idade estabelecido para a permanéncia no senico publico, (Redacao dada pela Lei 9,527, de 1997) § 7° Os Juizes Civis ficam impedidos de exercer advocacia ou de prestar senigos profissionais em favor de artes interessadas nas atividades de navegago. (Incluido pelo Decreto-Lei n® 25, de 1966) § 8° Serd eleito bienalmente um Vice-Presidente dentre os Juizes Militares e Civis, em escrutinio secreto, (Incluido pelo Decreto-Lei n® 25, de 1966 § 9° Os Juizes Civis, referidos na letra "c" do caput deste artigo, consenvar-se-do em seus cargos até atingirem a idade limite para permanéncia no senvico piblico. (Incluido pela Lei 9.527, de 1997] Art, 3° Os Juizes Militares e Civis terdo suplentes indicados pelo Ministro da Marinha e nomeados pelo Presidente da Republica, com mandato de trés anos, podendo ser reconduzidos, e que funcionarao quando convocados pelo Presidente do Tribunal, nos casos previstos no Regimento Intemo. (Redacao dada pelo Decreto-Lei nn? 25, de 1966) § 1° Os suplentes dos Juizes Militares serao Oficiais inativos da Marinha, (Redacao dada pela Lei n® 6.391, de 1991 § 2° Para a nomeagao dos suplentes de que trata éste artigo deverdo ser obsenadas as mesmas condigdes, estabelecidas no § 2° do Art. 2° desta lei, atendida a ressabva feita no paragrafo anterior. (Redacdo dada pelo Decreto-Lei n® 25, de 1966 § 3° Nenhum direito ou vantagem terd o suplente, além de vencimento do cargo de substituto, e sémente durante o seu impedimento legal. (Incluido pelo Decreto-Lei n® 25, de 1966) Art, 4° (Revogado pela Lei n® 7.642, de 1987, ‘Art. 5° (Revogado pela Lei n® 7.642, de 1987, Art. 6° (Revogado pela Lei n® 7.642, de 1987, Art. 7° (Revogado pela Lei n° 7.642, de 1987) Att . 8° Nao poderdo ter assento no Tribunal Maritimo, simullaneamente, parentes ou afins até o segundo grau. § 1° A proibigdo estende-se aos adjuntos de procurador e advogados de offcio, ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 2102 saosin La2reocomptade § 2° A incompatibilidade resolver-se-4 antes da posse contra o ultimo nomeado, ou contra o mais mogo caso sejam da mesma data as nomeagées. Art. 9° Para a execugo dos senicos processuais, técnicos e administrativos, 0 Tribunal Maritimo teré uma Secretaria constituida de quatro (4) Divises. (Redacao dada pela Lei n’ 5.056, de 1966) CAPITULO II DA JURISDIGAO E COMPETENCIA Art . 10. 0 Tribunal Maritimo exercera jurisdi¢ao sabre: a) embarcagées mercantes de qualquer nacionalidade, em aguas brasileiras; b) embarcagées mercantes brasileiras em alto mar, ou em aguas estrangeiras; c) embarcagées mercantes estrangeiras em alto mar, no caso de estarem envolvidas em qualquer acidente maritimo ou incidente de navegagao, no qual tenha pessoa fisica brasileira perdido a vida ou sofrido ferimentos graves, ou que tenham provocado danos graves a navios ou a instalagdes brasileiras ou ao meio marinho, de acordo com as normas do Direito Intemacional; (Redacéo dada pela Lei n° 9,578, de 1997) 4d) 0 pessoal da Marinha Mercante brasileira; ) 0s maritimos estrangeiros, em terrtério ou aguas territoriais brasileiras; 4) 0s proprietarios, armadores, locatérios, carregadores, agentes © consignatarios de embarcagées brasileiras © seus prepostos; 9) agentes ou consignatérios no Brasil de emprésa estrangeira de navegagao; h) empreiteiros ou proprietérios de estaleiros, carreiras, diques ou oficinas de construgao ou reparagao naval e seus prepostos. i) 08 proprietérios, armadores, locatarios, carregadores, consignatarios, e seus prepostos, no Brasil, de embarcag6es mercantes estrangeiras; (Incluido pela Lei n° 9.578, de 1997) j) 08 empreiteiros e proprietarios de construgdes executadas sob, sobre e as margens das aguas interiores e do mar territorial brasileiros, sob e sobre a zona econémica exclusiva e a plataforma continental brasileiras e que, Por etro ou inadequagao de projeto ou execupdo ou pela nao obsendncia de especificacdes técnicas de materiais, métodos ¢ processos adequados, ou, ainda, por intraduzir modificagSes estruturais nao autorizadas nas obras originais, atentem contra a seguranga da navegacdio; (Incluido pela Lei n® 9,578, de 1997) 1) toda pessoa juridica ou fisica envohida, por qualquer forma ou motivo, em acidente ou fato da navegacéo, respeitados os demais instrumentos do Direito interno as normas do Direito Intemacional; (Incluido pela Lei n? 9.578, de 1997) mm) ilhas artificiais, instalagdes estruturas, bem como embarcacdes de qualquer nacionalidade empregadas em operagées relacionadas com pesquisa cientifica marinha, prospec¢ao, exploragao, producéo, armazenamento € beneficiamento dos recursos naturais, nas aguas interiores, no mar territorial, na zona econdmica exclusiva e na Plataforma continental brasileiros, respeitados os acordos bilaterais ou multilaterais firmados pelo Pais e as normas do Direito Intemacional. (Incluido pela Lei n® 9.578, de 1997) Att. 11, Considera-se embarcagao mercante t6da construg&o utilizada como meio de transporte por Agua, & destinada @ industria da navegaco, quaisquer que sejam as suas caracteristicas e lugar de tréfego. Paragrafo unico. Ficam-Ihe equiparados: a) 0s artefatos flutuantes de habitual locomagéo em seu emprégo; ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 3122 saosin La2reocomptade b) as embarcagées utilizadas na praticagem, no transporte néo remunerado e nas atividades religiosas, clentificas, beneficentes, recreativas € desportivas; c) as empregadas no senico piblico, exceto as da Marinha de Guerra; 4d) as da Marinha de Guerra, quando uti ou cargas; ‘adas total ou parcialmente no transporte remunerado de passageiros ) as aeronaves durante a flutuagao ou em vo, desde que colidam ou atentem de qualquer maneira contra embarcagées mercantes. 1) 05 navios de Estados estrangeiros utilizados para fins comerciais. (Incluido pela Lei n® 9.578, de 1997) Att . 12, © pessoal da Marinha Mercante considera-se constituido: a) por todos quantos exercem atividades a bordo das embarcagées mercantes; b) pelo pessoal da praticagem; ©) pelos que trabalham em estaleiros, diques, carreiras @ oficinas de construgao e reparagao naval; 4d) pelo pessoal das administragées dos portos organizados; ©) pelos trabalhadores de estiva e capatazi 4) pelos pescadores; g) pelos armadores h) pelos mergulhadores; (Incluido pela Lei n? 9.578, de 1997) i) pelos amadores. (Incluido pela Lei n® 9.578, de 1997 Paragrafo ‘nico. Equiparam-se aos maritimos aquéles que, sem matricula, estejam de fato em qualquer fungao que deva ser exercida por maritimo. Art . 13. Compete ao Tribunal Maritimo: | -julgar os acidentes e fatos da navegacao; a) defnindo-Ihes a natureza e determinandothes as causas, circunstancias e extensao; b) indicando os responsaveis e aplicandothes as penas estabelecidas nesta lei; ©) propondo medidas preventivas ¢ de seguranga da navegacao; II- manter o registro geral a) da propriedade naval; b) da hipoteca naval e demais énus sébre embarcagées brasileiras; ¢) dos armadores de navios brasileiros. Art. 14. Consideram-se acidentes da navegagao a) naufragio, encalhe, coliso, abalroagao, agua aberta, explosdo, incéndio, vara¢éo, arribada ¢ alijamento; b) avaria ou defeito no navio nas suas instalagées, que ponha em risco a embarcagdo, as vidas e fazendas de bordo. ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 4122 saosin La2reocomptade Att . 15. Consideram-se fatos da navegagao: a) o mau aparelhamento ou a impropriedade da embarcagao para o senigo em que é utllizada, e a deficiéncia da equipagem; b) a alteracdo da rota; c) ama estimagao da carga, que sujeite a risco a seguranga da expedi¢ao; d) a recusa injustificada de soconro a embarcago em perigo; ©) todos os fatos que prejudiquem ou ponham em risco a incolumidade e seguranca da embarcacao, as vidas e fazendas de bordo. {) 0 emprego da embarcagao, no todo ou em parte, na pratica de atos ilicitos, previstos em lei como crime ou contravengdo penal, ou lesivos & Fazenda Nacional. (Incluido pela Lei n® 5.056, de 1966) Art . 16. Compete ainda ao Tribunal Maritimo: a) determinar a realizagao de 1S Necessérias ou titeis a elucidagao de fatos e acidentes da navegagao; b) delegar artribuigées de instrugao; ©) proibir ou suspender por medida de seguranga o trafego de embarcagées, assim como ordenar pelo mesmo motivo 0 desembarque ou a suspensao de qualquer maritimo; 4d) processar e julgar recursos interpostos nos térmos desta lei; ©) dar parecer nas consultas concementes a Marinha Mercante, que Ihe forem submetidas pelo Govémo, 4) funcionar, quando nomeado pelos interessados, como juizo arbitral nos litigios patrimoniais consequentes a acidentes ou fatos da navegagao; 9) propor ao Govémo que sejam concedidas recompensas honorificas ou pecunidrias aquéles que tenham prestado senigos relevantes Marinha Mercante, ou hajam praticado atos de humanidade nos acidentes e fatos da avegagao submetidos a julgamento; h) sugerir a0 Govémo quaisquer modificages a legislagao da Marinha Mercante, quando aconselhadas pela observagio de fatos trazidos a sua apreciagao; i) executar, ou fazer executar, as suas decisdes defiitivas; j) dar posse aos seus membros e concedershes licenca; k) elaborar, votar, interpretar e aplicar o seu regimento |) eleger seu Vice-Presidente. (Incluldo pela Lei n° 5.056, de 1966) Art. 17. Na apuragao da responsabilidade por fatos e acidentes da navegaco, cabe ao Tribunal Maritimo investigar: 2) se 0 capitio, 0 prético, 0 ofcial de quarto, outros membros da tripulago ou quaisquer outras pessoas foram 0s causadores por dolo ou culpa; b) se foram fielmente cumpridas, para evitar abalroagao, as regras estabecidas em convengdo internacional vigente, assim como as regras especiais baixadas pela autoridade maritima local, ¢ concementes navegacao nos portos, rios e aguas interiores; ) Se deixou de ser cumprida a obrigagao de prestar assisténcia, e se 0 acidente na sua extensao teria sido evitado com a assisténcia solicitada em tempo, mas nao prestada; ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 522 saosin La2reocomptade 4d) se foram fielmente aplicadas as disposicées de convencao concementes @ sahaguarda da vida humana no mar e as das lels e regulamentos complementares; €) Se 0 proprietério, armador ou affetador infringiu a lei ou os regulamentos, intrugées, usos e costumes pertinentes aos deveres que a sua qualidade Ihes impde em relagdo a navegacao e atividades conexas; ) se nos casos de acidentes ou fato da navegagao de que possa resullar a classificagaio de danos e despesas como avaria comum, se apresentam os requisitos que autorizam a regulacao. Art. 18. As decisées do Tribunal Maritimo quanto 4 matéria técnica referente aos acidentes ¢ fatos da navegacao tém valor probatério e se presumem certas, sendo porém sucetiveis de reexame pelo Poder Judiciario. (Re Lei ne 9.57 7) Art. 19, Sempre que se discutir em juizo uma questéo decorrente de matéria da competéncia do Tribunal Maritimo, cuja parte técnica ou técnico-administrativa couber nas suas atribuigées, deverd ser juntada aos autos a sua decisdo definitiva. (Redacao dada pela Lei n° 5.056, de 1966) Art, 20, Nao corre a prescri¢ao contra qualquer dos interessados na apuragao © nas conseqiéncias dos acidentes e fatos da navegagao por agua enquanto nao houver decisao definitiva do Tribunal Maritimo, Art , 21, Nos processos instaurados perante o Tribunal Maritimo em que hower crime ou contravengao a punir, nem esta nem aquéle impedem o julgamento do que for da sua competéncia, mas finda a sua ago, ou desde logo, ‘sem prejuizo dela, serdo remetidas, em traslado, as pegas necessdrias a agao da Justiga, CAPITULO Il DAS ATRIBUIGOES DO PRESIDENTE Art . 22. Compete ao presidente: a) dirigit 0s trabalhos do Tribunal, presidir 4s sessGes, propor as questdes e apurar o vencido; b) votar sémente em caso de empate; ©) distribuir os processos e consultas pelos juizos e proferir os despachos de expedientes; 4d) convocar sessdes extraordinarias; @) ordenar a restauragao de autos perdidos; 4) admitir recursos, designando-Ihes relator, 9) deferir ou denegar o registro da propriedade maritima e a averbacao de hipoteca e demais Onus reais sdbre embarcagdes bem como o registro de armadores nacionais; h) representar 0 Tribunal e dirgir, coordenar e controlar os seus senigos; i) praticar todos os atos de diregdo decorrentes da legislagao em vigor para os servdores pilblicos federais; (Redacdo dada pela Lei n° 5.056, de 1966) }) exercer as demais atribuigées fixadas no regimento do Tribunal k) propor ao Presidente da Republica, por intermédio do Ministro da Marinha, os senidores que devam ocupar os cargos em Comissdo, bem como os que devam ser promovidos.. (Incluido pela Lei n® 5.056, de 1966) Paragrafo Unico. Ao vice-presidente cabe substituir 0 presidente em suas falas e impedimentos. Att. 23. © Presidente teré um assistente de sua confianga, designado dentre os funciondrios do Tribunal. (Redactio dada pelo Decreto-Lei n® 25, de 1966) CAPITULO IV ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 22 swoan2 L2reocomplado DAS ATRIBUICOES DOS JUZZES Art . 24. Ao juiz do Tribunal Maritimo compete: a) dirigir os processos que the forem distribuidos, proferindo néles os despachos interlocutérios; b) presidir aos atos de instruc, funcionando como interragante; ©) orientar os processos por forma a assegurardhes andamento rapido sem prejuizo da defesa dos Interessados e da finalidade do Tribunal; 4d) requisitar de qualquer repartico publica, entidade autarquica e paraestatal, sociedade de economia mista e, fem geral, de qualquer emprésa vinculada a industria da navegagdo e senigos complementares ou conexos, informagées, esclarecimentos, documentos e o mais necessério a instrugao dos processos; ©) admitir a defesa bem com a interengdo de terceiros interessados ou prejudicados nos processos de que for relator, 1) apresentar ao Tribunal os processos prontos para julgamento; g) discutir as questdes, e julgé-las, atendendo aos fatos e circunstancias emergentes dos autos, ainda que nao alegados pelas partes e formando livemente, na apreciagao da prova, 0 seu convencimento; h) justificar o voto por escrito, quando vencido e senir de relator quando vencedor, i) relatar as consultas que Ihe forem distribuidas; j) exercer as demais atribuigdes fixadas no regimento do Tribunal. Art . 25. O juiz suplente, em exercicio, teré as atribuigdes e vantagens do juiz efetivo, Att. 26, 0 juiz que se declarar suspeito ou impedido motivara o despacho, Se a suspeigao ou o impedimento for de natureza intima, comunicara os motivos ao presidente do Tribunal. Att . 27. € vedado ao juiz do Tribunal Martimo: a) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra fungao publica, salvo o magistério secundario superior e 05 casos previstos na Constituigao para os magistrados sob pena de perda do cargo; b) exercer atividade poltico-partidaria. CAPITULO V DOS ORGAOS AUXILIARES SEQAO! DA PROCURADORA Art . 28. (Revogado pela Lei n® 7.642, de 1987} Att . 29. (Revogado pela Lei n® 7.642, de 1987} SEGAON DOS ADVOGADOS DE OFICIO Art. 30. (Revogado pela Lei n® 7.642, de 19871 SEGAO I DOS ADVOGADOS E SOLICITADORES ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 122 saosin La2reocomptade Art . 31. 0 patrocinio das causas no Tribunal Maritimo privativo dos advagados e solicitadores provisionados, Inseritos em qualquer seco da Ordem dos Advagados do Brasil Paragrafo Unico. As proibig6es e impedimentos de advocacia no Tribunal Maritimo regem-se pelo disposto no Regulamento da Ordem dos Advogados do Brasil CAPITULO VI DA SECRETARIA Art. 32. A Secretaria 6 0 érgao de execugao dos senicos processuais, técnicos e administrativos decorrentes das atribuigées do Tribunal; serd dirigida por um bacharel em Direito que exercera 0 cargo de Diretor-Geral e tera a seguinte composigao: (Redaca la Lei’ 4 I - Divisdo de Acidentes ¢ Fatos da Navegagao; (Redacdo dada pela Lei n® §.056, de 1966) Il Divisio de Registro da Propriedade Maritima; (Redacao dada pela Lei n® 5,056, de 1966) I. Diisao de Jurisprudéncia ¢ Documentagao; ¢ (Redacao dada pela Lei n® 5,056, de 1966) IV - Divisio de Administragao. (Redacéo dada pela Lei n® 5,056, de 1966) V- Senigos Auxiliares. § 1° Os trabalhos e encargos das divisdes e senigos da Secretaria sero, segundo sua natureza e wito, distribuidos em segdes e turmas, na forma do que for diposto pelo regimento do Tribunal. § 2° As atribuigées do Diretor-Geral da Secretaria, das divisées, senigos, segdes e turmas serao minuciosamente fixadas no Regimento Intemo. (Redacao dada pela Lei n® 5.056, de 1966 TITULO I CAPITULO I DO INQUERITO SOBRE ACIDENTES OU FATOS DA NAVEGAGAO Art . 33, Sempre que chegar ao conhecimento de uma capitania de portos qualquer acidente ou fato da navegagao sera instaurado inquérito. § 1° Sera competente para o inquérito: a) a capitania em cuja jurisdigao tiver ocorrido o acidente ou fato da navegaeao; b) a capitania do primeiro pérto de escala ou arribada da embarcacao; ©) a capitania do porto de inscrigao da embarcacao; 4d) qualquer outra capitania designada pelo Tribunal § 2° Se qualquer das capitanias a que se referem as alineas a, b ¢ c, do parégrafo precedente nao abrir inguérito dentro de cinco dias contados daquele em que houer tomado conhecimento do acidente ou fato da navegagao, a providéncia ser determinada pelo Ministro da Marinha ou pelo Tribunal Maritimo, sendo a decisao déste adotada mediante provocagdo da Procuradoria, dos interessados ou de qualquer dos juizes. Art. 34. Verificarse- a competéncia por prevengao desde que, sendo mais de uma capitania competente, houver uma delas em primeiro lugar, tomado conhecimento do acidente ou fato da navega¢do, iniciando, desde logo, © inquérit. Paragrafo Unico. Qualquer duvida sébre a competéncia para a instauragdo de inquérito ser dirimida, sumariamente, pelo Tribunal Maritimo, ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 2122 saosin La2reocomptade Att . 35. So elementos essenciais nos inquéritos s6bre acidentes ¢ fatos da navegacao: a) comunicaco ou relatério do capitéo ou mestre da embarcago, ou parte de qualquer dos interessados, ou determinago ex-officio ; b) depoimento do capitéo ou mestre, do pratico e das pessoas da tripulago que tenham conhecimento do acidente ou fato da navegag&o a ser apurado; ©) depoimento de qualquer testemunha idénea; 4d) esclarecimento dos depoentes e acareagao de uns com outros, quando necessério; ©) cépias auténticas dos langamentos didrios de navegacao e maquina, referentes ao acidente ou fato a ser apurado, e a um periodo de pelo menos vinte e quatro horas anteriores a tal acidente ou fato, salvo no caso de embarcagao dispensada dos langamentos aludidos quando sero investigados e reconstituidos os pormenores da navegacdo, rumos, manobras, sinais, etc., mediante depoimentos do capitdo ou mestre, e tripulante; {) exame pericial feito depois do acidente ou fato da navegagdo, e juntada do respectivo laudo ao inquérito; g) juntada ao inquérito dos tltimos térmos de vistoria a que se houver submetido a embarcagao, em séco © flutuando, antes do acidente ou fato a ser apurado, bem como cépia do térmo de inscrigao, caso a embarcagao nao soja registrada no Tribunal Maritimo; h) juntado ao inquérito, sempre que possivel, do manifesto de carga, com esclarecimentos sdbre a forma pela qual se achava tal carga estivada, e, se tiver havido alijamento, juntada ainda ao inquérito de informagdes concretas sObre a natureza e quantidade da carga alijada e sobre 0 cumprimento das prescrigdes legais a ésse respeito, Paragrafo tinico, A autoridade encarregada do inquérito podera: a) ordenar diligéncias suscetiveis de contribuir para 0 esclarecimento da matéria investigada; b) requisitar de outra qualquer autoridade informag6es e documentos que néo possam ser obtidos das autoridades navais Art. 36, Poderd o Tribunal Maritimo baixar provimento em que fixe, para cada acidente ou fato da navegagao, a materia a ser apurada pela capitania de portos que haja de proceder ao inquérito. Art. 37, Cabe a autoridade encarregada do inquérito, quando concluidas as diligéncias, fazer no prazo de dez dias um minucioso relatério do que tiver sido apurado. Art . 38. Sempre que 0 relatério da autoridade encarregada do inquérito apontar possiveis responsaveis pelo acidente ou fato da navegagdo, tero éles 0 prazo de dez dias contado daquele em que se der ciéncia das conclusdes do relatério, para a apresentacao de defesa prévia Art . 39. O inguérito, encerrado, sera enviado com urgéncia ao Tribunal Maritimo, Art . 40. Quando oconre sinistro com embarcagao brasileira em aguas estrangeiras, o inquétito sera realizado pela autoridade consular da zona, a qual cumprira também efetuar tédas as diligéncias determinadas pelo Tribunal Maritimo. Pardgrafo tinico. Cumpre ao cénsul que abrir o inquérite || nomear peritos para os exames técnicos necessérios, obedecendo a escolha a seguinte ordem a) dois oficiais da armada nacional, caso haja algum navio de guerra no pérto ou em aguas da sua jurisdigao; b) dois capitées de marinha mercante estrangeira; II- ordenar, em nome do Tribunal Maritimo, mediante prévia comunicagao a éste, o desembarque imediato do capitéo ou de qualquer membro da tripulago, quando tal providéncia fér essencial aos interésses nacional e & apurago da responsabilidade do sinistro, ‘ow planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 922 saosin Le2re0comptade CAPITULO I DO PROCESSO SOBRE ACIDENTE OU FATO DA NAVEGAGAO SEGAO | DISPOSIGOES GERAIS Art. 41. 0 processo perante o Tribunal Maritimo se inicia: (Redacdo dada pela Lein® 5.056, de 1966) | - por iniciativa da Procuradoria; (Incluido pela Lei n° 5.056, de 1966) 11- por iniciativa da parte interessada; (Incluido pela Lei n? 5.056, de 1966 Ill - por deciso do préprio Tribunal. {incluido pela Lei n° 5.056, de 1966) § 1° 0 caso do nimero II dar-se-a: (Incluido pela Lei n° 5,056, de 1966) a) por meio de representagao, devidamente instruida, quando se tratar de acidente ou fato da navegacao, no decorrer dos trinta (30) dias subsegiientes ao prazo de cento e oitenta (180) dias da sua ocorréncia, se até o final déste, nao houver entrado no Tribunal o inquérito respectivo; (Incluido pela Lei n° 5.056, de 1966) b) Por meio de representagao, nos autos de inquérito, dentro do prazo de dois (2) meses, contado do dia em que os autos voltarem da Procuradoria, quando a promogao for pelo arquivamento, ou ainda no curso do processo dentro do prazo de trés (3) meses, contado do dia da abertura da instrugao, ou até a data de seu encerramento, se menor for a sua duragao, (Incluido pela Lei n° 5.056, de 1966) § 2° No caso da alinea a do pardgrafo anterior, se achar o Tribunal que ha elementos suficientes, determinara o prosseguimento e tomara as providéncias para o recebimento do inquérito, cujos autos serdo incorporados aos da representagao, procedendo-se, entdo, na forma do art, 42 @ dos ulteriores térmos processuais. (Incluido pela Lei n® 5,056, de 1966) § 3° Em se tratando da hipétese prevista na primeira parte da alinea b, do § 1°, os autos permanecerdio em Secretaria durante aquéle prazo, findo o que serdo conclusos ao relator. (Incluido pela Lei n® 5.056, de 1966) § 4° Em qualquer caso, porém, os prazos fixados no § 1° sao peremptérios e 56 serao contemplados uma vez, do se renovando em outras fases de instruao que ponentura venham a ocorrer. (incluido pela Lei n® 6.056, de 1966) Art. 42. Feita a distribuigao ¢ a autuacao, em se tratando de inquérito ou de representagao, o relator designado dara vista dos autos @ Procuradoria, para que esta, em dez (10) dias, contados daquele em que os tiver recebido, oficie por uma das formas seguintes: (Redacdo dada pela Lei n® 5.056, de 1966 a) oferecendo representagdo ou pronunciando-se s6bre a que tenha sido oferecida pela parte; (Incluido pela Lei 1 5.056, de 1966) b) pedindo em parecer fundamentado, o arquivamento do inquérito; (Incluido pela Lei n® 5.056, de 1966) ) opinando pela incompeténcia do Tribunal e requerendo a remessa dos autos a quem de direito, (Incluido pela Lei n? 5.056, de 1966 Paragrafo nico. (Suprimido pela Lei n° 5.056, de 1966) Art . 43. (Revogado pela Lei n? 5,056, de 1966) Att. 44, As representagSes oriundas do mesmo inquérito constituiréo processos conexas, que terfo o mesmo relator e serdo instruidos e julgados conjuntamente. Att . 45, Nos feitos de iniciativas privada, a representac&o ou contestago s6 poder ser oferecido por quem tiver legitimo interésse econémico ou moral no julgamento do acidente ou fato da navegacao. ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 0122 saosin La2reocomptade Art. 46. No curso da ago privada ¢ licito as partes desistirem, mas 0 processo prosseguird, nos térmos em que 0 Tribunal decidir na homologagao, como se fésse de iniclatia da Procuradoria, (Redacao dada pela Lei n® 5.056, de 1966) Att . 47. No proceso iniciado em virlude de representacao do interessado, admitir-se-4 o litisconsércio ativo ou Passivo, fundado na comunhdo ou identidade de interésse. § 1° O direito de promover os atos dos processos, cabe indistintamente a qualquer dos litisconsortes, e quando um déles citar ou intimar a parte contraria, deverd também citar ou intimar os colitigantes. § 2° Quando o litigio tiver de ser resohido de modo uniforme para todos os litisconsortes, serao representados pelos demais os rewis ou foragidos, ou os que houverem perdido algum prazo. § 3° Quando a deciséio puder influir na relacao juridica entre qualquer das partes e terceiro, serd licito a éste intervir em qualquer fase do processo como litisconsorte, aceitando a causa no estado em que ela se encontrar. Art . 48, No proceso de ago publica, qualquer interessado poderd intervir apenas como assistente da Procuradoria ou do acusado, § 1° O assistente seré admitido enquanto a deciséo ndo passar em julgado, e receberé a causa no estado em que ela se achar. § 2° O co-representante nao podera, no mesmo proceso, intenir como assistente da Procuradoria, § 3° Ao assistente sera permitido propor meios de prova, requerer perguntas as testemunhas, participar do debate oral, arazoar os recursos interpostos pelo assistido © recorrer, por sua vez, caso nao o tenha feito assistido. § 4° O fato prosseguird independentemente de nova intimagao do assistente, quando éste, uma vez intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos processuais, sem motivo de forca maior. Art . 49, Recebida pelo Tribunal a representagao, o relator do processo 0 fara prosseguir nos térmos desta lei. Att , 50, Quando a Procuradoria requerer 0 arquivamento do processo, o Tribunal, se julgar improcedentes as raz6es invocadas para o pedido, ordenara a volta do processo a Procuradoria, a fim de que esta proceda na forma da letra ¢ do art. 28. Art . 51, Quando a Procuradoria opinar pela incompeténcia do Tribunal, o proceso serd concluso ao relator, que o apresentard ao Tribunal para seu conhecimento e decisao, Pardgrafo tinico, Se o Tribunal afima a sua competéncia na espécie, sera 0 processo emiado 4 Procuradoria, que deverd proceder na forma das letras a ou b do art. 28 Art . 52. Nos casos do art. 50 e pardgrafo Unico do art. 56, 0 procurador tera 0 prazo de cinco dias para oferecer representago SEGAO DA CITAGAO Art, 53. Recebida a representagao ou negado 0 arquivamento do inquérito, determinara o relator a notificagao do acusado: por mandado ou com hora certa, se residente no Estado da Guanabara; por delegacao de atribuigSes a0 Capitéo do Pérto em cuja jurisdigo residir 0 representado, se fora daquele Estado; por delega¢ao de atribuigdes, ao agente consular brasileiro em cujo pals residir o representado, se fora do Brasil, e por edital, se ignorado, desconhecido ou incerto o local de permanéncia, (Redacao dada pela Lei n® 5.056, de 1966 Att . 54, Serd necesséria a citagdo, sob pena de nulidade, no inicio da causa ou da execugdo, caso em que se fara por guia de sentenca Att. 55. A citag4o, a notificagdo e a intimagao sero cumpridas com as formalidades estabelecidas no ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm swe saosin La2reocomptade regimento do Tribunal SECAO Il DA DEFESA Art . 58. Dentro em quinze dias da nolificago poderd 0 nolificado oferecer defesa escrita, juntando e indicando (0s meios de prova que entender convenientes. Paragrafo Unico. A deciso do Tribunal sé podera versar sébre os fatos constantes da representagao ou da defesa. SEGAOW DA PROVA Art . 57. Sao admissiveis no Tribunal tédas as espécies de prova reconhecidas em direito. Art . 58, O fato alegado por uma das partes que a outra nao contestar sera admitido como veridico, se o contrario no resultar do conjunto das provas. A prova do inquérito sera aceita enquanto nao destruida por prova contraria. Art . 59. O Juiz ou o Tribunal podera ouvir terceiro a quem as partes ou testemunhas se hajam referido como ‘sabedor de fatos ou circunstancias que influam na decisdo do feito, ou ordenar que exibam documento que a esta interesse Art . 60. Independerdo de provas os fatos notérios, Art . 61. Aquéle que alegar direito estadual, municipal, costumeiro, singular ou estrangeiro, deverd provar-lhe 0 teor e a vigéncia salvo se o Tribunal dispensar a prova, Art . 62, No exame das provas de atos ¢ contratos, guardar-se-4 o que em geral e especialmente prescrevem as leis que os regulam Art . 63. A prova que tiver de produzir-se fora da séde do Tribunal serd feita mediante delegagao de atribuigoes de instrugao ao capitéo de portos ou agente consular brasileiro Art. 64, No que conceme as diversas espécies de provas serao obedecidas as regras do processo comum, na forma estabelecida pelo regimento do Tribunal, CAPITULO Il DAS RAZOES FINAIS. Art . 65. Finda a instrugao, seré aberta vista dos autos por 10 (dez) dias, sucesshamente, ao autor ¢ a0 representando para que aduzam, por escrito, alegagées finals, ¢ em seguida serao os autos conclusos ao relator para pedido de julgamento Art . 66. Antes de pedir julgamento, o relator: 2) mandaré sanar qualquer omisso legal ou processual; b) ordenara, de oficio, qualquer dligncia ou prova necessaria ao esclarecimento da causa Att . 67. 0 relator terd 10 (dez) dias a fim de estudar os autos que the forem conclusos para pedido de julgamento afora o tempo consumido nos atos a que se refere o artigo precedente, CAPITULO IV DO JULGAMENTO ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm r2R2 saosin La2reocomptade Att . 68. O julgamento do pracesso obedecerd as seguintes normas: a) relat6rio; b) sustentacao das alegagées finais, sucessivamente, pelas partes; ©) conhecimento das preliminares suscitadas e dos agravos; 4) discussdo da matéria em julgamento; €) decisao, iniciando-se a votagdo pelo relator, e seguido éste pelos demais juizes, a partir do mais modero no cargo. § 1° Antes de iniciada a votagao, podera qualquer juiz pedir vista do processo até a sessdo imediata e, excepcionalmente, pelo prazo que Ihe fér concedido pelo Tribunal § 2° Iniciada a votagao, nenhum juiz poderd mais se manifestar, salvo para justificar o voto. Art . 69, Proferido 0 julgamento, o presidente anunciara a decisao, designado para redigir 0 acérdao ao relator ou vencido éste, ao juiz cujo voto tiver prevalecido. Art . 70. Se houver empate, o presidente desempatara de acérdo com a sua conviegao, Art, 71. O Tribunal s6 poderé deliberar com a presenga de, pelo menos, metade e mais um dos seus membros, sendo as questées decididas por maioria de wos. (Redacao dada pela Lei n° 5.056, de 1966) Art . 72. 0 julgamento podera ser convertido em deligéncia a critério do Tribunal em virtude de proposta de um dos juizes, apresentada antes de iniciar-se a votacao. Paragrafo Unico. A diligéncia sera promovida pelo relator e, uma vez cumprida, ouvidas as partes, serd o proceso submetido ao plenério para prosseguimento do julgamento, Art. 73, © acérdao sera publicado em sesso do Tribunal, nos dez dias seguintes ao julgamento, remetendo- se c6pia para a publicagao no érgao oficial. Art. 74. Em todos os casos de acidente ou fato da navegagao, 0 acérdao contera: a) a definigdo da natureza do acidente ou fato e as circunstancias em que se verificou; b) a determinagao das causas; ©) a fixago das responsabilidades, a sangdo e o fundamento desta; d) a indicagao das medidas preventivas e de seguranga da navegacéo, quando for o caso. TITULO mt Revogado pela Lei n® 7.652, de 1988} CAPITULO! DO REGISTRO DA PROPRIEDADE NAVAL Att . 75. a 91(Revogado pela Lei n® 7.652, de 1988) CAPITULO II DO REGISTRO DA HIPOTECA NAVAL E OUTROS ONUS Art. 92. a 100 V (Revogado pela Lei n® 7.652, de 1988) CAPITULO It ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm sa2 saosin La2reocomptade DO REGISTRO DOS ARMADORES Art . 101. (Revogado pela Lei n® 5.056, de 1966) CAPITULO IV DO CANCELAMENTO DO REGISTRO Art . 102. a 104 (Revogado pela Lei n° 7.652, de 1988) TITULO IV CAPITULO | DOS RECURSOS Att , 105, Os recursos admitidos so os seguintes: a) embargos de nulidade ou infringentes; b) agravo; ©) embargos de declaragao, CAPITULO II DOS EMBARGOS INFRINGENTES Art. 106, E passivel de embargos a decisao final s6bre 0 mérito do processo, versando os embargos exclusivamente matéria nova, ou baseando-se em prova posterior ao encerramento da fase probatéria, ou ainda, quando nao undnime a decisao, e, neste caso, serdo os embargos restritos 4 matéria objeto da divergéncia, Art . 107, Os embargos, que deverdo ser opostos nos dez dias seguintes ao da publicagao do acérdao no 6rgao oficial, serao deduzidos por artigos. Art . 108. Admitido 0 recurso e designado now relator, 0 embargado tera 0 prazo de dez dias para oferecer a impugnagao. § 1° prazo para o preparo do recurso sera de trés dias contados da ciéncia do recebimento, sob pena de desergao. § 2° Se a Procuradoria oficiar no processo sémente como fiscal da lei, terd, por tiltimo, vista dos autos para dizer sdbre os embargos § 3° A seguir, os autos serao conclusos ao relator para pedido de julgamento, Art . 109. No julgamento dos embargos obsenvar-se-4 o estabelecido no art. 68 Art. 110. Despresados os embargos, e publicado o acérdao no érgao oficial, a deciso produzira todos os efeitos CAPITULO II DO AGRAVO Art. 111, Caberd agravo para o Tribunal por simples peticao: I- Dos despachos e decisées dos julzes: a) que ndo admitirem a interengdo de terceiro na causa como Iitisconsorte ou assistente; b) que concederem ou denegarem inquirico e outros meios de prove; ‘ow planattogov-briccivi_O3lsisL2180compilado.htm wie saosin La2reocomptade c) que concederem grandes ou pequenas dilacées para dentro ou fora do pals; d) que deferirem, denegarem, ou renovarem o beneficio da gratuidade Il dos despachos e decises do presidente: a) que admitirem ou ndo recurso ou apenas o fizerem em parte; b) que julgarem ou ndo reformads autos perdidos em que nao havia ainda decisao final; ) sdbre erros de contas ou custas; 4d) que concederem ou denegarem registro. Art. 112. O agravo é restrito ao ponto de que se agravou, ao qual o Tribunal devera limitar a sua decisdo, de que nao havera embargos. § 1° O recurso tera efeito suspensivo, tao sémente, porém, em relagao ao ponto agravado, § 2° O prazo para a interposigao do agravo, sera de cinco (5) dias © 0 seu processamento na forma do Cédigo de Proceso Civil, arts. 844 © 845, incisos ¢ paragrafos. (Redacao dada pela Lei n° 5.056, de 1966) § 3° No Tribunal 0 agravo seré distribuido a um juiz desimpedido que pedira sua inclusao em pauta para julgamento, com preferéncia nos trabalhos do dia, quando o relatard, (Redacao dada pela Lei n® 5.056, de 1966) § 4° Provido ou ndo 0 recurso, os autos baixardo ao relator do feito principal, para 0 seu prosseguimento, (Redacao dada pela Lei n® 5.056, de 1966) CAPITULO IV DOS EMBARGOS DE DECLARAGAO Art . 113, As decis6es do Tribunal podem ser opostos embargos de declaracao no prazo de quarenta e oito horas, contados da publicagao no érgao oficial, quando apresentarem ambiguidades, obscuridade, contradigao ou omissao, rt . 114, Os embargos de declarapdo serdo deduzidos em requerimento de que devem constar 0s pontos em que a decisdo for ambigua, contraditéria ou omissa § 1° Se a petigao nao apontar qualquer dessas condicdes, seré desde logo indeferida. § 2° O julgamento de embargos de declaragao terd preferéncia na pauta dos trabalhos do dia. CAPITULO V DA EXECUGAO Art 115. Para cumprimento de deciso do Tribunal Maritimo sera expedida guia com os seguintes requisitos a) o nome da autoridade que a manda cumprir, b) a indicagéo da autoridade incumbida do seu cumprimento; c) onome € a qualificagao do responsavel; d) a transcrigao da parte deciséria, ¢ a indicagao do érgao oficial que publicou na integra 0 acérdao; @) as assinaturas do presidente e do diretor da Secretaria. Art. 116. A guia de sentenga seré restitulda ao Tribunal com declaragdo escrita do seu cumprimento, feita pela autoridade a quem foi remetida. ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 19122 saosin La2reocomptade Paragrafo Unico. Se a autoridade incumbida do cumprimento néo o puder efetuar restituiré a guia com declaragao negativa, Art. 117. Quando a pena for a de multa e das custas, devidamente apuradas, a guia serd expedida a reparticao encarregada da inscrigéo das dividas fiscais para a cobranga executiva. Art. 118. Quando a pena imposta néo for a de mulla, e se referir a estrangeiro domiciliado fora do pais, além da remessa da guia de sentenga a autoridade competente, far-se-4 comunicagao ao representante consular. Art . 119. Serdo responsaveis pelo pagamento das multas impostas a estrangeiros domiciliados fora do Brasil, e das custas processuais respectivas, os representantes eventuais da embarcagéo. Art . 120. Nas guias de sentenga, serdo incluidas, para cobranga, as custas processuais vencidas. TIMLOV CAPITULO | Das Penalidades Redacdo dada pela Lei n° 8,969, de 1994) Art. 121. A inobservancia dos preceitos legais que regulam a navegagao serd reprimida com as seguintes penas: (Redagio dada pela Lei n° 8,969, de 1994} | repreensdo, medida educativa concemente a seguranca da navegagao ou ambas; (Redacao dada pela Lei n® 8.969, de 1994) II suspensao de pessoal maritimo; (Redacao dada pela Lei n® 8.969, de 1994 I - interdigdo para o exercicio de determinada fungao; (Redacao dada pela Lei n® 8,969, de 1994) IV - cancelamento da matricula profissional e da carteira de amador, (Redacao dada pela Lei n? 8.969, de 1994) \V - proibigao ou suspensdo do tréfego da embarcacao; (Redacao dada pela Lei n® 8,969, de 1994) VI- cancelamento do registro de armador, (Redaeao dada pela Lei n® 8.969, de 1994) Vil - multa, cumulativamente ou no, com qualquer das penas anteriores. (Redacdo dada pela Lei n* 8.969, de 1994) § 1° A suspensao de pessoal maritimo sera por prazo nao superior a doze meses. (Redacdo dada pela Lei n® 8.969, de 1994) § 2° A interdigdo nao excederd a cinco anos. (Redacao dada pela Lei n? 6.969, de 1994) § 3° A proibigao ou suspenso do tréfego da embarcagao cessaré logo que deixem de existir os motivos que a determinaram, ou, no caso de falta de registro das embarcacdes obrigadas a tal procedimento, logo que seja iniciado © processo de registro da propriedade. (Redacdo dada pela Lei n® 8,969, de 1994 § 4° Em relagao a estrangeiro, a pena de cancelamento da matricula profissional sera convertida em proibigao para o exercicio de fungao em aguas sob jurisdigao nacional. (Redacdo dada pela Lei n° 8,969, de 1994 § 5° A multa serd aplicada pelo Tribunal, podendo variar de onze a quinhentas e quarenta e trés Unidades Fiscais de Referéncia (UFIR), ressalvada a elevago do valor maximo nos casos previstos nesta lel. (Incluido pela Lei n? 8.969, de 1994 § 6° As penalidades de multa previstas nesta lei sero convertidas em Unidade Real de Valor - URV, ou no padréo monetario que vier a ser instituido, observados os critérios estabelecidos em lel para a conversdo de valores expressos em UFIR. (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994 Att. 122. Por preceitos legals e reguladores da navegagdo entendem-se todas as disposices de convengées & ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 16122 saosin La2reocomptade tratados, leis, regulamentos ¢ portarias, como também os usos e costumes, instrucées, exigéncias notificagées das autoridades, sobre a utilizagao de embarcagées, tripulacdo, navegacdo e atividades correlatas. (Redacdo dada pela Lei n® 8,969, de 1904) CAPITULO II DO Cancelamento da Matricula (Re la Lei n° 4 Art. 123. © Tribunal pode ordenar o cancelamento da matricula profissional de pessoal da marinha mercante @ da carteira de amador ou a interdigao para o exercicio de determinada funcao, quando provado: (Redacao dada pela Lein® 1994 que 0 acidente ou fato da navegagao foi causado com dolo; (Redacao dada pela Lei n° 8,969, de 1994) I~ que 0 acidente ou fato ocorreu achando-se o responsavel em estado de embriaguez ou sob efeito de qualquer outra substancia entopecente; (Redacao dada pela Lei n° 8,969, de 1994) I - que, tratando-se de embarcagao brasileira, fol praticado contrabando, em aguas estrangeiras, ocasionando © confisco da embarcagao ou da sua carga; (Redacao dada pela Lei n° 6,969, de 1994} IV - que a falta de assisténcia causou a perda de vida. (Redacao dada pola Lei n® 8.969, de 1994) CAPITULO Il Da Suspenséo ou Multa Redacdo dada pela Lei n® 8,969, de 1994) Art. 124, O Tribunal poderé aplicar a pena de suspensdo ou multa, ou ambas cumulativamente, as pessoas que Ihe estdo jurisdicionadas, quando ficar provado que 0 acidente ou fato da navegagao ocorreu por: (Redacdo dada pela Lei n® 8,969, de 1994) | erro da navegagao, de manobra ou de ambos; (Redacao dada pela Lei n® 8,969, de 1994) Il- deficiéncia da tripulagao; (Redacdo dada pela Lei n? 8.969, de 1994) II- ma estivagao da carga; (Redacdo dada pela Lei n? 8,969, de 1994 IV - haver carga no convés, impedindo manobras de emergéncia, ou prejudicando a estabilidade da embarcagao; (Redacdo dada pela Lei n® 8.969, de 1994) V - avarias ou vicios proprios conhecidos e nao revelados a autoridade, no casco, maquinas, instrumentos e aparelhos; (Redagao dada pela Lei n° 8.969, de 1994) VI- recusa de assisténcia, sem motivo, a embarcago em perigo iminente, do qual tenha resultado sinistro; (Redaco dada pela Lei n° 8,969, de 1994) VII - inexisténcia de aparelhagem de socorro, ou de luzes destinadas a prevenir o risco de abalroagdes; (Redaco dada pela Lei n® 8.969, de 1994) Vill - auséncia de recursos destinados a garantir a vida dos passageiros ou tripulantes; (Redacdo dada pela Lei n? 8.969, de 1994 IX; pratica do que, geralmente, se deva omitir ou omissao do que, geralmente, se deva praticar. (Redaco dada pela Lei n® 8,969, de 1994) § 1° O Tribunal poderd aplicar, até 0 décuplo, a pena de multa ao proprietério, armador, operador, locatario, afretador ou carregador, convencido da responsabilidade, direta ou indireta, nos casos a que se referem este artigo € © anterior, bem como na inobsendncia dos deveres que a sua qualidade Ihe impde em relagdo a navegagdo e atividades conexas. (Redacdo dada pela Lei n° 8.969, de 1994) ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm wie saosin La2reocomptade § 2° Essa responsabilidade nao exclui a do pessoal maritimo que transigir com os armadores na pratica daquelas infragées. (Redaco dada pela Lei n° 8.969, de 1994) Art. 125. Quando provado que a estiva foi feita em desacordo com as instrugées do comandante, piloto, mestre, contramestre e qualquer outro preposto do armador, resultando da infragao dano 4 embarcagao ou a carga, a empresa estivadora, estivador, ou ambos, serdo punidas com a multa prevista no § 5° do art. 121, isolada ou cumulativamente com a pena de suspenséo. (Redacéo dada ela Lei n® 8.969, de 1994} Art. 126. Quando provado vicio da embarcagao, decorrente da mao-de-obra ou do material empregado pelo empreiteiro, estaleiro, carreira, dique ou oficina de construgao ou de reparacao naval, em desacordo com as exigéncias legais, o responsavel serd punido com a multa prevista no § 5° do art. 121. (Redacdo dada pela Lei n? 8.969, de 1994) Paragrafo Unico. A falta de pagamento da multa importaré na suspensdo das licengas para construgéo ou reparagao naval. (Incluido pela Lei n° 8,969, de 1994) CAPITULO IV Da Aplicagao da Pena Redacdo dada pela Lei n® 8,969, de 1994) Art. 127. Cabe ao Tribunal, atendendo aos antecedentes ¢ a personalidade do responsavel, a intensidade do dolo ou ao grau da culpa, as circunstancias e conseqliéncias da infragao: (Redacao dada pela Lei n® 8.969, de 1994) |- determinar a pena aplicével dentre as cominadas alternativamente; (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) II fixar, dentro dos limites legais, a quantidade da pena aplicével. (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) § 1° Na fixagao da pena de muita, o Tribunal deverd atender, principalmente, a situagao econémica do infrator, (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) § 2° A multa poderd ser aumentada até o dobro, se o Tribunal julgar que, em virtude da situagao econémica do infrator, & ineficaz, embora aplicada no maximo. (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) § 3° Aos infratores em geral assegurar-se-do 0 contraditério e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. (Incluido pela Lei n® 8,969, de 1994} Art, 128, O Tribunal poderé substituir as penas de multa e suspensao pela de repreensai somente encontrar atenuantes a favor do responsavel. (Redacdo dada pela Lei n® 8.969, de 1994 Art. 129. A pena de suspensao, cancelamento da matricula ¢ da carteira de habilitagao de amador ou de interdigao em que incorrer a tripulagao de embarcagao estrangeira sera aplicada somente com relagao ao exercicio de suas fungdes em guas sob jurisdi¢ao nacional. (Redacdo dada pela Lei n® 8.969, de 1994) Art, 130. A pena de multa prevista nesta lei serd aplicada ainda nos casos de dolo ou fraude nos registros mantidos pelo Tribunal. (Redacdo dada pela Lei n° 8.969, de 1994} Paragrafo Unico. A competéncia para aplicar a penalidade, nos casos deste artigo, sera do Presidente do Tribunal. (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994 Art, 131. A multa deverd ser paga dentro de dez dias, depois da ciéncia da guia de sentenga, prazo esse que, no entanto, poder ser excepcionalmente dilatado. (Redacdo dada pela Lei n® 8.969, de 1994 Paragrafo Unico. Caso a multa seja elevada para as posses do infrator, podera ser permitido que o pagamento se efetue em quotas mensais, até dentro de um ano, no maximo, (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) , toda vez que Art. 132, O Tribunal poder converter a multa em suspensdo, quando se apresentarem raz6es que o justifiquem. (RedacAo dada pela Lei n° 8,969, de 1994) Paragrafo Unico. Para a convers4o, a cada quatro Uf comespondera um dia de suspensao, atribuindo-se tantos ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 10122 saosin La2reocomptade dias de suspensdo quantas daquelas fragées estiverem contidas no valor da multa, arredondando-se para um més, quando o resultado apurado for menor do que trinta dias. (Redacéo dada pela Lei n® 8,969, de 1994) Art. 133. Nao se executard a pena de multa quando ela incidir sobre os recursos indispenséveis & manutencao do infrator e sua familia. (Redacao dada pela Lei n® 8.969, de 1994 Paragrafo Unico. Se, no entanto, 0 infrator for reincidente, aplicar-se-d o disposto no artigo anterior. (Redaco Lei n? 1994 Art. 134. Suspender-se-é a execugdo da pena de multa, se ao infrator sobrevier doenca que o incapacite para 0 trabalho e este ndo dispuser de outras fontes de recursos. (Redacao dada pela Lei n° 8.969, de 1994) cobranga caso 0 infrator volte ao exercicio de sua atividade. (Redacao dada Paragrafo Unico. Proceder-se- pola Lei n® 8,969, de 1994) Art. 135. Agravardo sempre a pena, quando de per si ndo constituam a propria infragai circunstancias: (Redacao dada pela Lei n° 8.969, de 1994) | - a reincidéncia; (Incluido pela Lei n® 8,969, de 1994) I- a ago ou omisso da qual tenha resultado perda de vida; (Incluido pela Lei n® 6,969, de 1994) m do 1994 IV - 0 panico a bordo, quando evitavel ou reprimivel; (Incluido pela Lei n® 8,969, de 1994) as seguintes a coagao ou abuso de autoridade ou poder inerente ao cargo, posto ou fungao; (Incluido pela Lei n? 8,969, V - a desobediéncia a ordem legal, emanada de superior hierarquico; (Incluido pela Lei n? 8,969, de 1994) VI- a auséncia do posto, quando em senigo; (Incluido pela Lei n® 8,969, de 1994 VII- 0 concurso em ato que tenha agravado a extensao do dano; (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) VIII - a instigagao a cometer a infragdo; (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) IX- a execugdo da inftagao mediante paga ou promessa de recompensa; (Incluido pela Lei n? 8,969, de 1994) X- ter praticado a inragao para assegurar ou faciltar a execucao, a ocultagao, a impunidade ou a obtengao de vantagem de outra infrago; (Incluido pela Lei n? 8.969, de 1994 1 - a embriaguez e 0 uso de substancia entompecente, saho se decorrer de caso fortuito ou de forga maior, {ncluido pela Lei n® 8.969, de 1994) XII - ser a infragdo praticada no exterior, (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994} Al - resultar da infragao poluigdo ou qualquer outra forma de dano ao meio aquatico. (Incluido pela Lei n? 8.969, de 1994) Art. 136. Verificar-se-é reincidéncia quando o agente cometer outra inftagao, depois de definitiaamente condenado por infragao anterior. (Redacao dada pela Lei n? 8.969, de 1994) § 1° A reincidéncia sera especiiica, se as infragSes forem da mesma natureza. (Incluido pela Lei n’ 8.969, de 1994 § 2° Considerar-se-4o da mesma natureza as infrag6es estabelecidas em um sé dispositive legal, bem como as que, embora estabelecidas em dispositivos diversos, apresentarem pelos atos que as constitulrem, ou pelos seus motives determinantes, os mesmos caracteres fundamentais.. (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) § 3° O decurso de tempo a ser obsenado na aplicagao do agravamento da pena, por reincidéncia, & de cinco anos, devendo ser considerado como marco inicial de contagem: (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm s9122 saosin La2reocomptade I-nas hipéteses de repreensdo, medida educativa concemente a seguranga da navegagdo, ou ambas, a data ‘em que transitar em julgado o acérdéo do Tribunal; (Incluido pela Lei n° 8.969, de 1994) I - na hipétese de multa, o dia do seu pagamento ou, se tiver sido concedido o parcelamento, o da tiltima parcela paga; (Incluido pela Lei n® 1994 I - nas hipéteses de suspenso e interdic&o, apés o Gilimo dia de cumprimento da pena; (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) IV - em qualquer caso, a data da exlin¢do da pena. (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994 Art. 137. A reincidéncia especifica importara na aplicagao da pena de multa ou de suspensdo, acrescida do dobro da fixada para a pena-base, somadas as circunsténcias agravantes, quando for 0 caso, observados os limites estabelecidos no art, 121 e seus paragrafos. (Redacdo dada pela Lei n? 8.969, de 1994) Art. 138. A reincidéncia genérica importaré na aplicagao da pena de multa ou suspensdo, acrescida da metade da fixada para a pena-base, somadas as circunstancias agravantes, quando for 0 caso, obsenados os limites do art 121 ¢ seus paragrafos. (Redacdo dada pela Lei n° 8.969, de 1994) Art, 139, Serao sempre circunstancias atenuantes da pena: (Redacao dada pela Lei n? 8.969, de 1994 I- sero agente menor de vinte © um anos ou maior de setenta anos; (Redacao dada pola Lei n® 8.969, de 1994) 8 da infragao cometida; (Redacao dada pela Lei n° 8.969, de Il- terem sido de somenos importancia os efit 1994) I - a ignorancia, ou a errada compreensao da lei, quando escusével; (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) IV - ter 0 agente: (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) a) procurado, por sua esponténea vontade e com eficiéncia, logo apés 0 acidente ou fato da navegacao, minorar-Jhe as conseqiiéncias; (Incluido pela Lei n° 8.969, de 1994) b) cometido a inftagdo sob coagao a que podia resistir, ou sob volenta emogao por influéncia extema nao provocada; (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) c) cometido a infragdio em estado de esgotamento fisico, resultante de trabalho extraordinario; (Incluido pela Lei n? 8,969, de 1994) 4d) confessado, espontaneamente, a autoria do fato. (Incluido pela Lei n® 8,969, de 1994) Art. 140. Em concurso de agravantes e atenuantes, a pena devera aproximar-se do limite indicado pelas circunstancias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultarem dos motivos determinantes da infragao, da personalidade do agente e da reincidéncia. (Redacao dada pela Lei n? 6.969, de 1994) Art. 141. A pena que tenha de ser aumentada ou diminuida dentro de determinados limites & a que o Tribunal aplicaria se ndo existisse causa de aumento ou de diminuigao. (Redacdo dada pela Lei n® 8.969, de 1994) Paragrafo Unico. Em concurso das causas de aumento ou de diminuigao da pena, as mesmas compensar-se- o. (Incluido pela Lei n® 8.969, de 1994) Art. 142. Quando 0 agente, mediante mais de uma aco ou omiss4o, praticar duas ou mais infragées, idénticas ou néo, aplicar-se-o, cumulativamente, as penas em que hower incorrido. (Redaodo dada pela Lei n? 8.969, de 1994) Paragrafo Unico. Quando o agente, mediante mais de uma ago ou omissao, praticar duas ou mais infragées da mesma espécie, e pelas condigdes de tempo e lugar, maneira de execugdo e outras semelhantes, deverem as infragdes subseqUentes ser havidas como continuagdo da primeira, ser-lhe-4 imposta a pena de uma sé das infragées, se idénticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois tergos. (ncluido pela Lei n® 8.969, de 1994) ‘iw planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 20122 saosin La2reocomptade Art. 143. A ignordncia ou a errada compreensdo da lei, quando escusavels, ou quando as conseqléncias da Infragao atingirem o proprio agente de forma to grave que a sangao administrativa se torne desnecesséria, poderdo, excepcionalmente, resultar na ndo-aplicagao de pena. (Redaco dada pela Lei n° 8.969, de 1994) Art. 144. Os casos omissos sero resohidos por Resolugdo do Tribunal Maritimo. (Redacdo dada pela Lei n® 8.969, de 1994) Art . 145. Nos casos de ignoréncia ou de errada compreenséo da lei, quando escusdveis, podera a pena, excepcionalmente, deixar de ser aplicada At. 146. Nos casos omissos obesenar-se-do 0s dispositivos da legislagao comum, no que férem aplicéveis. TITULO VI CAPITULO I DO QUADRO DO TRIBUNAL MARITIMO Art, 147, O Tribunal Maritimo terd o seu Quadro proprio de Pessoal, (Redacao dada pela Lei n® 5.056, de 1966) Paragrafo unico. Dentro de cento © vinte (120) dias a contar da publicagao desta Lei o Poder Executivo submetera & aprovagao do Congreso Nacional 0 névo Quadro de Pessoal do Tribunal, que Ihe sera proposto pelo seu Juiz-Presidente, através do Ministro da Marinha, (Incluido pela Lei n® §,056, de 1966 CAPITULO II DISPOSIGAO ESPCIAIS Art . 148. Os juizes do Tribunal Maritimo gozardo da inamovbilidade e das deferéncias devidas ao seu cargo. Paragrafo Unico. O tempo de serio prestado ao Tribunal, na vigéncia das leis anteriores, seré contado para todos os efeitos como de servigo pilblico federal. Art. 149, (Revogado pelo Decreto-Lei n® 25, de 1966) Art, 150, (Revogado pela Lei n? 7.642, de 1987) Art . 151. Aos demais funcionérios do Tribunal e no que conceme ao aproveitamento de cargos, direitos vantagens, deveres e responsabilidades, aplicam-se as disposig6es da legislagao que estiver para os servidores publicos federais, com as alteragdes decorrentes da presente lei Art . 152. Fica estabelecido para o Tribunal o regime das férias coletivas. Pardgrafo Unico. O periodo de trinta dias, contado a partir do primeiro dia util do més de janeiro, serd de férias para o Tribunal, que somente se reunira para assuntos de alta relevancia, por convocagao extraordinaria do Juiz~ Presidente. (Redag&o dada pela Lei 9.527, de 1997) Art. 153. (Revogado pela Lei n® 7.642, de 1987} Art . 154. O retardamento de proceso por parte de juz, procurador, adjunto de procurador ou advogado de oficio, determinara a perda de tantos dias de vencimentos quantos os excedidos dos prazos estabelecidos nesta le, descontados no més imediato Aquele em que se verificar a falta Pardgrafo nico. © desconto far-se- pela reparti¢do pagadora, a vista de certiddo, que o Secretério do Tribunal the remetera ex-offcio , sob pena de multa de Cr$500,00 (quinhentos cruzeiros), imposta por autoridade fiscal, sem prejuizo da de falta de exagao no cumprimento do dever. capITULO it DISPOSIGOES FINAIS Att . 155. Nos casos de matéria processual omissos nesta lel, sero observadas as disposicGes das leis de ‘ow planattegov-briccvi_OSlsisL2180compilado.htm 21122 saosin La2reocomptade processo que estiverem em vigor. Att. 158. Nos processos da competéncia do Tribunal Maritimo haverd custas que serdo recolhidas na forma da legislaco fazendaria em vigor. (Redaco dada pela Lei n° 5.056, de 1966) § 1° Tribunal organizard o seu Regimento de Custas e o submeterd a aprovagao do Presidente da Repiiblica no prazo de cento e vinte (120) dias, a contar da publicac&o desta lei. (Redacao dada pela Lei n° 5.056, de 1966) § 2° O referido Regimento de Custas deverd ser vinculado ao valor do maior salério-minimo vigente no Pais e atualizével de acérdo com os reajustamentos daquele valor. (Redacéo dada pela Lei n® de 1 Art. 157. O Tribunal Maritimo deverd, no prazo de noventa (90) dias, contados da publicagao desta lei, ter elaborado 0 seu Regimento Intemo para submeté4o ao Presidente da Reptiblica. (Redacdo dada pela Lei n° 5.056, de 1966) Paragrato tinico. © Regimento Intemo entraré em vigor no prazo de noventa (90) dias, para o Pais, e cento & inte (120) dias, para o exterior, a contar da data de sua publicago no érgao oficial. (Incluido pela Lei n° 5.056. de 1966) Art , 158, Revogam-se as disposiges em contratio. Rio de Janeiro, 5 de fevereiro de 1954; 133° da Independéncia © 66° da Republica GETULIO VARGAS Renato de Almeida Guillobel Este texto nao substitui o publicado no D.0.U. de 8.2.1954 vow planaltogov-brccvi_ 03 L2180complado.htm area

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