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de origem fem exas em 1909, vat para Helse br quis Eon 1917, voa Hangar a0 partido comanista em 1918, ercanda se comissro da pov p= Fa Esucegt0 Viena e Moscou, wile 3 Hungra em 1985, onde & nomead pro fessor da Universidade de Budapestee membro da Academie Cidncas Violntamente creado em 195% ies ideas, akardone toda alividade 1856, quando assume © Mirsséco da Educagao Nacional verne revolucondtio de Inve Nagy Departac pars a Rom autorae, alguns meses ms atde, 2 ota para a Elungria, nde Se dedica até sus morted aiicade entice. Lakics &gealnente ‘considera ofundado: da esttica mands. Fle plc's te0 “as ao esi da obra de esrtones coma Balzac, Sten, Za, Goer, Thomas Mans, Tat, Dickens ete. Sun obras mals impor ‘artes sio- A alma esuas formas 1900), A teria do romance (1920), Hist econsiia de lass (1923), O romance stra (1947), Bal 22, Stil, Za (199), A desta da rsio (2958), Rape fade detec 1965), Georg Lukacs Histéria e Consciéncia de Classe Estudos sobre a dialética marxista Fralago RODNEI NASCIMENTO Reva da tage KARINA JANNINI Martins Fontes Sée Fave. 2003 et erst om penn comb SUMARIO Nota a esta eda. Prefici (1967) Precio (1922), © que é marxismo ortodoxo?. Rosa Luxemburgo como marxista Consciéncia de classe. Areificagio ea conscidneia do proletariado LO ferdmeno da reificagao, TAs antinomias do pensamento burgués. HL © ponto de vista do proletariado. A madanga de fungio do materialismo hist6rico Legalidade e ilegalidade. Notas erfticas sobre a Critica da Revolugio Russa de Rosa Luxemburgo Observagdes metodolégicas sobre a questo da organizacio indice onomastico vu SI 6 105 133 193 18 240 308 413 465 489 523 A REIFICAGAO F A CONSCIENCIA DO PROLFTARIADO. adical tomar as coeas pela raz. Mas, para co homem,a raz 60 proprio homer. itt dr Hegel [Crea da Hosea dirt de Hegel Nao & de modo algum casual que as duas grandes cobras da maturidade de Marx, que expoem o conjunto dda sociedade capitalista e revelam seu cardter funda~ ‘mental, comecem com a andlise da mercacloria. Pois nao ha problema nessa etapa de desenvolvimento da hu rmanidade gue, em ditima analise, no se reporte a essa {questo e euja solugao nao tenka de ser buseada na so~ ugio do enigma da estrutura da mercacioria. Certamen- to, essa universalidade do problema s6 pode ser alcan cada quando a forrmulacae do problema atinge aquela Amplitude ea profundidade que possui nas analises do proprio Marx; quando o problema da mercadoria nao aparece apenas como um problema isoiado, tampouco ‘como problema central da economia enquanto ciéncia particular, mas como o problema central eestrutural da Sociedade capitalista em lodas as suas manifestagdes vitais, Pois somente nesse caso pode-se descobris na es- ‘rututa da relagio mercantil o prot6tipo de todas as for mas de cbjetividade e de todas as suas formas corres pondentes de subjetividade na sociedade burguesa 198 1.0 fendmeno da re 1 A esséncia da estrutura da mercadoria jé foi res saltada varias vezes, Hla se baseia no fato de uma rela (Glo entre pessoas tomar o cardter de uma coisa ¢, dessa :maneiza, ode uma “objetividade fantasmagérica” que, tem sua legalidade propria, rigorosa, aparentement ra clonal ¢ inteicamente fechada, oculta tox trago de sua cesséncia fundamental a relagao entre os homens. Nao pertence ao mbito deste estudo analisar o quanto essa problematica tornou-se central para a propria econo- ia e quais conseqiténcias o abandono desse ponto de partida metédico lrouxe para as concepcbes econdmi- as do marxismo vulgat. Nosso objetivo ésomente cha mar a alengao ~ pressupondo as andlises econdmicas de Marx ~ para aqueles problemas fundamentais que re sultam do cardter fetichista da mercadoria como forma de objetividade, de um lado, ¢ do comportamento do sujeito submetido a cla, de outro. Apenas quando com- proendemos essa dualidade conseguimos ter uma vi- sho clara dos problemas ideol6gicos do capitalismo & do seu deciinio, ‘Contudo, antes que o problema propriamente dito possa ser examinuado, temos de esclarecer que a questd0 do fetichismo da mercadoria é especfica da nossa 6p «a, do capitalismo maderno, Como se sabe, atroca de mer- cadorias e as relagies mercantis subjetivas e objetivas corresponclentes jéexistiam em etapas muito primitivas do desenvolvimento da sociedade, Mas o que importa _agui ésaber em que medida a troca de mercadorias esuas Lasse 195 conseqiéncias estruturais sao capazes de in‘luenciar {oda a vida exterior e interior da sociedade. Portanto, 2 extensao da troca mercantil como forma dominante do rmetabolismno de uma sociedade ndo pode ser tratada como ume simples questdo quantitativa ~ conforme os habitos modemnos de pensamento, jf reificados sob a influéncia da forma mercantil dominante. A diferenga ‘entre uma sociedade em que a forma mercantil 62 do- {que influencia decisivamente todas as mani festagoes da vida e tuma sociedade em que ela aparece apenas episodicamente é, antes, uma diferenga quali tativa, Poiso conjunto dos fendmenos, subjetivos e ob: jetivos, das saciedades em questio adquire, de acordo com essa diferensa, formas de objetividade qualitativa- mente diferentes. Max enfatiza com muita precisao esse carter episadico da forma mercantil na sociedade pri- mitival: "A troca direta, forma natural do processo de intercémbio,zepresenta muito maisa transformacao ini- ial dos valor formagio das mercadorias em dinheiro, O walor de troca a independente, mas ainda est liga do diretamente ao valor de uso. Isso se mostra de duas ‘maneiras. Em toda sua organizagao, a propria produ- lo esté volteda para o valor de uso, eno para 0 valor de troca; eé somente por exceder a quantidade neces: séria ao consumo que os valores de uso deixam de ser valores de uso ese tornam meios di nercadorias Por outro lado, eles $6 se tornam mercadorias dentro os limites do valor de uso imediato, ainda que separa~ de uso em mercadorias do que a trans- rio ter uma fo 1 Zar et der pcr One, MEW 1, pp 386 296 zoe tukdes los em pos, de tal maneira que as mercadorias a serem wocadas devem ser valores de uso para 0s dois possui dlores, e cada uma valor de uso para quem nao a pos sui. De fato, 0 processo de troca de mercadorias a0 aparece originalmeate no seio das comunidades natu- zais, mas sim onde elas cessam de existir, em suas fron- twiras, nos poucos pontos em que entram em contato com outras comunidades. Aqui comeca a troca que, em seguida, repercute no interior da comunidade, na qual ela atua de mancira desagregadora.” A constatagao da agio desagregadora da toca de mercadorias voltada para o interior aponta claamente para a raudanca qua- Titativa que nasce da dominagao da mercadoria. Con- tudo, essa agio exercida no interior da estratura social também nao basta para fazer da forma mercantila for ima constitutiva de uma sociedade. Para tanto, cla tem de penetrar~ coma foi enfatizado acima ~ no corjunto, das manifestagGes vitais da sociedace e remodelar tais rmanifestacoes a sua propria imagem, ¢ nio simples mente ligar-se exteriormente a processos voltados para 1a produgio de valores de uso e em si mesmos indepen- Gentes dela. Masa diferenga qualitativa entre a merca~ Goria como uma forma (entre muitas outras) do meta~ Dolismo social dos homens ea mercadoria com forma, universal de conformacio da sociedade nao se mostra somente no fato de a relagio mercantil como ferdme- xno isolado exercer no maximo uma influéncia negati- va sobre a estrutura e a articulagio da sociedade, mas no fato de essa diferenga reagir sobre o tipo e a valida- de da propria categoria. A forma mercantil como forma universal, mesmo quando considerada por si s6, exibe ‘uma imagem diferente do que como fendmeno parti- HISTORIA €CONSCIENCIA DE CLASSE Ww cular, isolado e no dominante. Aqui as passagens tar bém so fluicas, mas isso nao deve encobrir 0 carster qualitativo da diferenga decisiva. Marx destaca da se- sguinte maneira a situagdo em que a troca de mercado~ ras nao é dominante® "A relagio quantitative, segundo 2 qual os prodiutos so trocacios, ¢ totalmente contin= igente de inicio, Eles assumem a forma de mercadorias {0 logo sejam passiveis de troca em geral, isto 6, ta0 {gosejam expresses de um terceio elemento. O prosse- giimento da troca e a reproducio regular para a troca reduzem cada ver mais esse cardter contingente. Ini cialmente, nao para os produtores ¢ consumidores, mas para o intermediirio entre os dois, 0 comerciante que ‘compara os pregos monetirios e embolsa a diferenca ‘Com esse movimento, ele estabelece a equivaléncia, No inicio, o capital comercial é apenas o movimento de me- diagdo entre extremos que nao domina e condigoes que re cria.” F esse desenvolvimento da forma mercantil fem forma de dominagio efetiva sobre 0 conjunto da sociedade surgiu somente com 0 capitalismo moderno. Por isso, nao & mais de admizar que o carater pessoal das relagbes econdmicas tenha sido percebido ainda no inicio do desenvolvimento capitalisia , as vezes, de maneisa relativamente clara; no entanto, quanto mais, avangava o deseavolvimento, mais complicadas e in- termediadas sungiatn as formas, cada ver mais rao edi se penetrar nesse invélucro reificado. Marx. via a questo da segu jnte maneira’: “Nas formas de 2 Kopi 1, M25,» 30 5 Kata, MEW 5p 88 198 ‘crore uunacs sociedade primitiva, essa mistificagio ecandmica inter vvém sobre‘udo no que concerne ao dinheiro eao capital Incrativo, Pela propria natureza das coisas, ela esta ex

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