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5 TET See DISCERNINDO ENTRE A VERDADETEIOIERRO) a SEAS Bt Mo Tt aT a TEOLOGIA HERESIOLOGIA Discernindo Entre a Verdade € 0 Erro Autoria de RAIMUNDO FERREIRA DE OLIVEIRA ‘Adaptado para curso pela equipe redatorial da EETAD Escola de Educac4o Teologica das Assembléias de Deus Campinas - SP - Bras T Livro autodidatico do Curso Basico de Teologia da EETAD Consultor Teolégico Pastor Antonio Gilberto, M. Teol. As ilustragdes da capa e das paginas 12, 27, 45. ¢ 56 deste livro foram publicadas com a devida permisso da*Cook International Ministries"- Colorado Springs, CO - BUA Direitos Reservados, Tiragens 1 Eaig&o (1981): 06.180 exemplares 28 digo (1986): 10.090 exemplares (1990): 16.340 exemplares (1994): 09.460 exemplares 38 Edigdo (1998): 17.000 exemplares 4 Edigdo (2002): 20.500 exemplares __. Ficha Catal o4eh Oliveira, Raimundo F. de (Raimundo Ferreira de), 1949- Heresiologia: discemindo entre a verdade @ o erro / autoria | de Raimundo Ferreira de Olivelra. - 4" ed. - Campinas, SP: | EETAD, 2002. | 192 pp. ls 20,6x27,5 om, ISBN 85-87860-20-1 “Adaptado para curso pela equipe redatorial da EETAD.” inclu bibliografia 4. Heresias e hereges. 2. Seitas. 3. Ensino religioso - Compéndios - Assembiéia de Deus. | Escola de Educacso ‘Toologica das Assombiéias de Deus. li Titulo cDD-268 699 w Filiagao V Acta - Associagdo Evangélica de Educagdo Teolégica na América Latina BDES pec - associagio Brasileira de Editores Cristios © Copyright 1982 + 49 Edigdo 2002 Todos os direitos reservados. Proibida a reprodugao total ou parcial. Escola de Educacdo Teoldgica das Assembléias de Deus Caixa Postal 1431 * Campinas - SP + 19001-970 Brasil | As vezes estudamos muito e aprendemos ou retemos pouco ou nada. Isto, em parte, acontece pelo fato de estudarmos sem ordem nem método. Embora sucinta, a orientagdo que passamos a expor, ser-he-4 muito ttl. 1, Busque ajuda divina Ore a Deus dando-Lhe gragas e suplicando direcao ¢ iluminagao do alto, Deus pode vitalizar ¢ capacitar nossas faculdades mentais quanto ao estudo da santa Palavra, bem como assuntos. afins e legitimos. Nunca execute qualquer tarefa de estudo e trabalhos deste curso, sem primeiro orat. 2. Tenha & mio o material de estudo Além da matéria a ser estudada neste livro-texto, tenha & mio as seguintes fontes de consulta e referéncia: Biblia, Se possivel, em mais de uma versio. - Diciondrio Biblico. - Atlas Biblico. - Concordancia Biblica. = Livro ow caderno de apontamentos individuais, Habitue-se a sempre tomar notas durante suas aulas, estudos ¢ meditagdes. 3. Seja organizado ao estudar 18) Ao primeiro contato com a matéria, procure obter uma visio global da mesma, isto é, como um todo. Nessa fase de estudo, no sublinhe nada, Nao faga apontamentos. Nao procure referéncias na Biblia. Procure, sim, descobrir o propésito da matéria em estudo, isto é, 0 que ela visa comunicar-Ihe ) Passe entdo ao estudo minucioso de cada Ligdo, observando a seqiiéncia dos textos que ‘a.compée. Agora sim, & medida que for estudando, sublinhe palavras, frases e trechos-chaves. Faga anotagdes no cademo a isso destinado. Se esse caderno for desorganizado, nenhum beneficio Ihe prestard ©) Ao final de cada Texto, feche 0 livro e procure recompor de meméria suas divisdes principais. Caso tenha alguma dificuldade, volte ao livro. O aprendizado é um processo met6dico e gradual. Nao é algo automstico como apertar o botio e uma maquina ¢ ela funcionar. Pergunte 0s que sabem, como foi que aprenderam. TIT 4) Quando estiver seguro do seu aprendizado, passe ao respectivo questiondrio. As res- postas deverio ser dadas sem vocé consultar o Texto correspondente, Responda todas as pergun- tas que puder. Em seguida volte ao Texto, comparando suas respostas. Tanto as perguntas que ficaram em branco, como aquelas com respostas erradas s6 deveriio ser completadas ou cortigidas, apés sanadas as diividas pelo estudo paciente e completo do respectivo Texto. e) Ao término de cada Ligdo acha-se uma reviséo geral - perguntas e exerefcios, que deveriio ser respondidos dentro do mesmo critério adotado no passo “d". £) Reexamine a Ligio estudada, bem como seus exercicios. g) Passe a Ligio seguinte. h) Ao final do livro, reexamine toda a matéria estudada; detenha-se nos pontos que Ihe foram mais dificeis, ou que falaram mais profundo ao seu coragao. Observando sempre todos estes itens vocé chegard a um final feliz no seu estudo, tanto no aprendizado quanto no crescimento espiritual. IV INTRODUCAO Heresiologia € o estudo das heresias que procuram corromper a f6 cristi. Heresia deriva da palavra grega hdiresis e significa: escolha, selegdo, preferéncia. No sentido biblico, heresia abarca a idéia de facgo, seita, isto é, 0 individuo ou grupo religioso afastar-se da doutrina bfblica e adotare divulgar crengas, ensinos e préticas estranhas, em matéria de religio, O termo aparece no original, em passagens como Atos 5.17, 15.5, 26.5; Tt 3.10,l1. Em resumo, heresia é todo desvio da verdade divina como revelada na Biblia, quando corretamente interpretada. A heresia é uma das obras da carne (GI 5.19). O estudo de Heresiologia & importante sobretudo pelo fato de os ensinos heréticos e 0 surgimento das seitas falsas, serem um dos sinais dos tempos sobre os quais falou Jesus Cristo Seus apéstolos. 0 apéstolo Paulo, por exemplo, nos dois primeiros versfculos do capitulo quatro da sua primeira epistola a Timéteo, escreve: “Ora, o Espirito afirma expressamente que, nos iiltimos tempos, alguns apostata- rato da fé, por obedecerem a esptritos enganadores ¢ a ensinos de deménios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que tém cauterizada a prépria consciéncia.” A Biblia nos adverte que as seitas falsas continuardo a surgir dentro da Igreja. O apéstolo Pedro assim escreve: “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverd entre vs falsos mestres, os quais introduzirdo, dissimuladamente, heresias des- truidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazen- do sobre si mesmos repentina destruigo. E muitos seguirdo as suas praticas libertinas, e, por causa deles, sera infamado 0 caminho da verdade; também, movidos por avareza, fardo comércio de vs, com palavras ficticias; para eles 0 jutzo lavrado hé longo tempo ndo tarda, e a sua destruigdo ndo dorme.” (2 Pe 2.1-3) Uma das causas do surgimento de heresias nas igreja esté descrita em | Corfntios11.19: Como Identificar Uma Seita Falsa ‘Uma seita é identificada, em geral, por aquilo que ela cré, sustentae divulga, principalmente assuntos de doutrina biblica. Alguns desses assuntos so: 1, A Biblia Sagrada; 2. A pessoa de Deus; 3. O pecado e a queda do homem; 4, A pessoa e a obra de Cristo; 5. A salvagio; 6.0 porvir. Se o que uma seita ensina sobre estes assuntos no se harmoniza com o ensino das Escrituras, podemos estar certos que estamos diante de uma seita falsa. Veja por exemplo 0 quadro comparativo entre as seitas e suas crengas no final deste livro. A Que se Deve o Surgimento das Heresias Sio as seguintes as principais raz6es do surgimento das seitas falsas e das heresias: a) A ago diabélica no mundo (2 Co 4.4). b) A agio diabélica contra a Igreja (Mt 13.25). ©) A ago diabélica contra a Palavra de Deus (Mt 13.19). 4d) O descuido da Igreja em pregar e ensinar o Evangelho completo (Mt 13.25). e) A falsa hermenéutica (2 Pe 3.16). £) A falta de conhecimento da verdade biblica (1 Tm 2.4). g) A falta de maturidade espiritual (Ef 4.14). Concluimos, orando a Deus por vocé no sentido de que Ele Ihe dispense do Seu Espirito de conhecimento e de revelagiio, no decorrer deste estudo, e que Ihe faga apto para pregar aos homens “... todo o conselho de Deus.” (At 20.27 ARC) VI LICAO TEXTO PAGINA 1, 0 CATOLICISMO ROMANO OL Resumo Histérico do Catolicismo Romano . 1 03 A Paganizagao da Igreja Cat6lica Roman: 2} 06 E Pedro o Fundamento da Igreja? 3. 09 O Primado de Pedro .. 4 12 OPurgatério 5 14 Purgat6rio (cont. 6 7 2. O CATOLICISMO ROMANO (cont.) 21 A Tradigio ea Béblia 1 23 A Virgem Maria 2 26 AMissa...... 3 29 Os Livros Apécrifos 4 32 3. O ESPIRITISMO 37 Resumo Hist6rico do Espiritismo .. 1 39 Principios do Espiritismo 2 41 A Teoria da Reencarnagao 3 44 Joao Batista Era Elias Reencarnado? 4 47 Invocagiio de Mortos .... 5 49 4. O ESPIRITISMO (cont.) 53 Saul e a Médium de En-Dor 1 55 Podem os Mortos Comunicar-se com os Vivos? 2 58 De Deus Nao se Zomba .. 3 61 Vocabulério Espfrita ... 4 64 O Espiritismo e suas Crengz 5 66 5.0 MORMONISMO 1 Resumo Hist6rico do Mormonismo .. 1 23 O Livro de Mormon ... 2 15 O “Profeta” Joseph Smith 3 8 Principais Doutrinas do Mormonismo 4 80 Principais Doutrinas do Mormonismo (cont.) 5 83 Vil 6.0 ADVENTISMO DO SETIMO DIA Resumo Hist6rico do Adventismo do Sétimo Dia ‘A Guarda do Sabad 0 Sabado ou 0 Domingo? Doutrinas Adventistas Doutrinas Adventistas (cont.) . 7. OS TESTEMUNHAS DE JEOVA Resumo Histérico dos Testemunhas de Jeova A Doutrina da Trindade .. Por Jeovée Contra Cristo Distorgdes Escatol6gicas ‘Sintese Doutrinéria .. 8. OUTRAS SEITAS E FALSAS IDEOLOGIAS RELIGIOSAS Movimento Religioso-Filos6fico Nova Era .. Movimento Religioso-Filos6fico Nova Era (cont.} A Ciéncia Crist A Ciéncia Crista (cont.) O Evolucionismo .... 9, OUTRAS SEITAS E FALSAS IDEOL. RELIGIOSAS (cont.) “36 Jesus “$6 Jesus” (cont.) Seicho-no-ié O Moonismo........ © Moonismo (cont. 10. OUTRAS SEITAS E FALSAS IDEOL, RELIGIOSAS (cont.) O Ecumenismo .. OEcumenismo (cont.) Neomodernismo Neomodernismo (cont) GABARITO DAREVISAO GERAI Unwne UhoOne Unune Unuone BRUNE 89 91 96 100 103 107 109 12 115 119 122 127 129 133 135 138 140 143 145 147 150 152 154 159 161 163 169 174 175 181 184, Até bem pouco tempo, os melhores livros escritos sobre seitas, nfo inclufam a Igreja Catélica Romana no seu esquema de estudos, talvez devido ao fato de grande parte deles terem sido escritos em pafses onde essa igreja nao tinha suficiente influéncia. Nao é 0 caso do Brasil, onde a grande maioria dos membros de nossas igrejas vieram do Catolicismo Romano jé que esta igreja € majoritaria (pelo menos nominalmente) em nossa patria desde o seu descobrimento em 1500. Tniciando esta Ligio faremos um resumo hist6rico do Catolicismo Romano. Prosseguindo, no Texto 2, mostraremos quiio acelerado foi o ritmo de paganizagio sofrida por esta igreja. Nos Textos 3 e 4, estudaremos sobre a pessoa do apéstolo Pedro no contexto da teologia catolica; inclusive sobre a pretensio papista de ter na pessoa de Pedro, o fundamento do papismo. Nos dois tiltimos Textos, estudaremos a incoerente ¢ antibiblica doutrina do purgatério; apresentado como lugar intermediario de purificag’o daqueles que, nao sendo tio maus a ponto de merecer o inferno, nem to bons a ponto de merecer 0 céu, siio langados em certo lugar de sofrimento, até que fiquem purgados de todos os seus pecados. ESBOCO DA LICAO. 1. Resumo Hist6rico do Catolicismo Romano 2. A Paganizagao da Igreja Catélica Romana 3. E Pedro o Fundamento da Igreja? 4. O Primado de Pedro 5. O Purgatorio 6. O Purgatério (cont.) 2 LICAO 1:0 CATOLICISMO ROMANO OBJETIVOS DA LICAO Ao concluir o estudo desta Ligo, vocé deverd ser capaz de: 1, Fazer um resumo hist6rico da Igreja Catélica Romana; 2. Citar as datas em que os dogmas do purgatério e da adoragdo a Maria foram aceitos como artigos de fé pelo Catolicismo Romano; 3, Dar trés provas bfblicas de que Cristo, ¢ nfo Pedro, é 0 fundamento inabalavel da Igreja Crista; 4, Mostrar quatro diferengas bésicas entre o apéstolo Pedro e os papas tidos como sels sucessores; 5, Mostrar como a doutrina do purgat6rio contradiz a perfeicao da obra de Cristo rea- lizada no Calvario, LIGAO 1: O CATOLICISMO ROMANO. 3 TEXTO 1 RESUMO HISTORICO DO CATOLICISMO ROMANO A Igreja Catolica menciona 0 ano 33 depois de Cristo, como a data da sua fundagio. Isto vem do fato de que toda ramificagdo do cristianismo costuma ligar sua origem a Igreja fundada por Jesus Cristo. Porém, quanto a origem de sua organizacio eclesidstica e doutrinéria que a torna diferente da igreja crista primitiva, nfo é possivel fixar, com exatidio, a data deste pormenor, isto é, do comeco, porque seu afastamento das doutrinas biblicas deu-se aos poucos, e nfio de uma vez. Comego de Degeneracio Durante os primeiros trés séculos da era crista, a perseguigdo a Igreja verdadeira ajudou a aumentar a sua pureza, preservando-a de Ifderes maus e ambiciosos. Nessa época, ser cristo significava um grande desafio, aqueles que fielmente seguiam a Cristo sabiam que tinham as suas cabecas a prémio, pois eram rejeitados e perseguidos pelos poderosos. $6 os realmente salvos se dispunham a pagar esse prego. Gragas & tenacidade e coragem dos pais da Igreja e dos famosos apologistas cristdos, 0 combate da Igreja as heresias que surgiram naquela época, resultou numa expresso mais clara da teologia crist. Quando os imperadores propuseram-se a exterminar a Igreja Crista, $6 os que estavam dispostos a renunciar o paganismo e a softer o martirio, declaravam sua fé em Deus. Logo Constantino ascendeu ao posto de imperador romano. Isso parecia ser o triunfo final do cristianismo, mas, na realidade isso produziu resultados desastrosos dentro da Igreja. Em 312, Constantino apoiou o cristianismo e 0 fez religiio oficial do Império Romano. Proclamando a si mesmo benfeitor do cristianismo, achou-se no direito de convocar um concilio, em Nicéia, para resolver determinados problemas gerados por diferentes segmentos da Igreja. Nesse concilio foi estabelecido o chamado Credo dos Apéstolos. Causas da Decadéncia da Igreja A decadéncia doutrindria, moral e espiritual da Igreja, comegou quando milhares de pessoas foram batizadas e recebidas como membros da mesma, sem terem experimentado a real conversio biblica. Verdadeiros pagios que eram, introduziram-se no seio da Igreja trazendo consigo os seus deuses, que segundo eles eram o mesmo Deus que os cristdos adoravam. esse tempo, homens ambiciosos e sem o temor de Deus, comegaram a buscar cargos na Igreja como meio de obter influéncia social e politica, ou para gozar dos privilégios e do sustento que 0 estado imperial conferia ao clero. Desta maneira, 0 formalismo religioso ¢ as crengas € priticas pagiis iam-se infiltrando cada vez mais na Igreja até o nivel de sua paganizagiio, o que € 4 LICAO 1: 0 CATOLICISMO ROMANO mostrado no Texto seguinte desta Ligio. Raizes do Papado e da Mariolatria Desde 0 ano 133 antes de Cristo até o ano 376 da nossa era, os imperadores romanos ocuparam 0 posto ¢ 0 titulo de Sumo Pontffice da Ordem Babilénica. Depois que o imperador Graciano se negou a liderar essa religido n&o-cristi, Damaso, o bispo da igreja em Roma foi nomeado para esse cargo no ano 378. Uniram-se assim numa s6 pessoa todas as fungdes de um sumo sacerdote apéstata com os poderes de um bispo cristao. Imediatamente, depois deste acontecimento, comegou na Igreja de Roma a adoracio a Maria como a “Rainha do Céu” ea “Mae de Deus”. Isso foi 0 inicio de todos os absurdos romanistas quanto & pessoa humilde e santa de Maria, a mie de Jesus. Enquanto se desenvolvia a adoragio a Maria, os cultos da Igreja perdiam cada vez mais os elementos espirituais e abandona a dependéncia da graga de Deus. Formas pagiis, com énfase sobre o mistério e a magia, influenciaram a Igreja. O sacerdote, o altar, a missa e as imagens de escultura assumiram papel de preponderncia no culto. A autoridade era centralizada numa Igreja dita infalivel, e ndo na vontade de Deus conforme expressada pela Sua Palavra. O Cisma Entre o Ocidente e o Oriente O cisma religioso entre 0 Ocidente e 0 Oriente, logo se tornou evidente. O rompimen- Teneas to final aconteceu em 1054, com a Igreja Ocidental, ou Romana, sediada em Roma, ¢ a Igreja Oriental, ou Ortodoxa, sediada em Cons- tantinopla, hoje Istambul. A Igreja Oriental manteve a primazia sobre os patriarcas de Jerusalém, Antioquia e Alexandria. Desde af, a Igreja nitidamente afastada dos principios cardeais do Evangelho do Senhor Jesus Cristo, esteve como um barco a deriva, até que veio a Reforma Protestante, advinda de Deus, liderada pelo ent&o monge alemao Martinho Lutero. Foi mais um cisma na j4 combalida Igreja Romana, que entio vivendo 4 margem do Eyangelho, passou logo a perseguir esse monge alemao que denunciando a paganizacio da Igreja, fez de Romanos 1.17 a sua bandeira: “... O justo viveré por fé.” LIGAO 1: 0 CATOLICISMO ROMANO. PERGUNTAS E EXERCICIOS len ASSINALE COM “X” A RESPOSTA CORRETA 1.01 - Toda ramificacao do cristianismo liga a sua origem a Igreja fundada por Xa. Jesus Cristo. __b. Joao Batista. —c. Pedro. —4. Paulo. 1.02- Quando os imperadores decidiram exterminar a Igreja Crista, os figis a Deus, optaram por 4. seguir os imperadores. __b. perseguir os cristios. \X c. sofrer o martitio. __4.Nenhuma das alternativas estd correta. 1.03 - Em 312 4.C., Constantino apoiou o cristianismo, tornando-o religiao —a. dos lideres maus e pervertidos. 2Cb. oficial do Império Romano. __¢. dos seguidores de Apolo. __4.Nenhuma das alternativas est4 correta. 1.04 - De 133 a.C. até 376 da nossa era, os imperadores romanos ocuparam o titulo de Sumo Pontifice a. da Ordem de Melquisedeque. Xb. da Ordem Babilénica. _—c. do Vaticano. __d. dos romanos. 1.05 - Martinho Lutero promoveu a Reforma Protestante, sob a bandeira: __a. “Cristo vive em mim.” Xb... O justo viverd por fé.” __c. “Olho por olho, dente por dente.” ——4. Nenhuma das alternativas esté correta. 6 LIGAO 1: 0 CATOLICISMO ROMANO TEXTO2 Este Texto tratard do proceso de paganizagio da Igreja Catélica Romana desde que comegou a se desviar da simplicidade apostélica vista no Novo Testamento, até aos nossos dias. I-Il_ |33-196 | _Nesse perfodo da Historia, a Igreja nao aceita nenhuma doutrina an tibiblica, u 197 | Zeferino, bispo de Roma, comega um movimento herético contra a divindade de Cristo. i 217 | Calixto se toma bispo de Roma, pondo-se a frente da propaganda herética e levando a igreja de Roma para mais longe do caminho de Cristo. Wl 270 | Origem da vida monéstica no Egito, por Santo Antonio. Vv 370 | —Culto dos santos professado por Basilio de Cesaréia e Gregorio Na- Zianzeno, Primeiros indicios do turibulo, paramentos e altares nas i- grejas;usos esses introduzidos pela influéncia dos pagaos que in- gressavam na Igreja. Vv 400 | Crago pelos mortos e sinal da cruz feito no ar. v 431 | Maria 6 proclamada “Mae de Deus". Vi | 893 | A doutina do Purgatorio comega a ser ensinada, vl 600 | Olatimpassa a ser usado como lingua ofcial nas celebragseslitirgl- cas. vil | 608 | Comego do papado. a J vn | 609 | Ocutoé virgem Mara e a invocagéo de mortos sao defintivamente | estabelecidos por lei na Igreja. Vill | 758 | Confissao auricular é introduzida na Igreja por religiosos do Oriente. Vil | 787 | Inicio do culto das imagens e das reliquias. iK 819 | A festa da Assungao de Maria 6 observada pela primeira vez. LICAO 1: O CATOLICISMO ROMANO. SECULO | ANO DOGMA OU CERIMONIA Ix 880 | Canonizagao dos santos. x 998 | Estabelecido 0 Dia de Finados. x 998 | Inicio da observacao da quaresma. x 1000 | Estabelecido o canon da missa. Xl 1074 Proibe-se o casamento dos sacerdotes. xl 1075 | Os sacerdotes casados devem divorciar-se compulsoriamente de su- as respectivas esposas. XI 1095 | Indulgéncias plendrias. XI 1100 | _Introduz-se na Igreja o pagamento da missa e 0 culto aos anjos. XI | 1115 | A confissao é transformada em artigo de f6. XIl__| 1125 | Entre os cénegos de Lido aparecem as primeiras idéias da imacula- | culada conceigao de Maria, Xil 1160 Estabelecidos os 7 sacramentos. Xil ‘ 1186 O Concilio de Verona estabelece a “Santa” Inquisi¢o. Xil 1190 Venda de indulgéncias. XIl__| 1200 | Uso do rosario, por Sao Domingos, chefe da Inquisigao. Xill_ | 1215 | A transubstanciagdo ¢ transformada em artigo de f6. (Transubstan- | ciao 6 a heresia que afirma que a héstia e o vinho se transformam No corpo real de Cristo.) Xill 1220 Adoragao da hdstia. XIill 1226 Introduz-se a elevagdo da héstia. XIll 1229 Proibe-se aos leigos a leitura da Biblia. Xi | 1264 | Festa do Sagrado Coragéo. XIV 1803 | A llgreja Catélica Apostélica Romana proclamada como sendo a u- nica verdadeira, e somente nela o homem pode encontrar salvagao, XIV | 1811 | Procissao do Santissimo Sacramento e a oragao da Ave-Maria. rp XV 1414 Definigao da comunh&o sé com um elemento, a hdstia. O uso do ca- lice fica restrito ao sacerdote. 8 LICAO 1:0 CATOLICISMO ROMANO. xv 1415 Declaragéo de que somente os sacerdotes podem celebrar missas, XV 1439 | Os 7 sacramentos e a doutrina do purgatério sao transformados | em artigo de 16. xvi | 1546 | — Conferida a tradigao da Igreja, autoridade igual & da Biblia. XVI, 1562 | Declara-se que a missa € oferta propiciatéria e confirma-se 0 culto aos santos. XVI 1973 E estabelecida a canonicidade dos livros apécrifos. xix | 1854 | Definigao do dogma da imaculada conceigao de Maria. XIX | 1864 | Declaragao da autoridade temporal do papa. xix | 1870 | — Declaragao da infalibilidade papal. xXx 1950 A assungo de Maria ¢ transformada em artigo de fé. © aluno hi de observar que este Texto inclui algumas datas que so apenas aproximadas, pois muitas e muitas vezes, as doutrinas eram discutidas, algumas durante séculos, antes de serem modificadas, aprovadas, ¢ por fim, promulgadas como artigo de fé, ou dogma. Um exemplo disto é a doutrina do purgatério, introduzido na Igreja em 593, mas s6 declarado artigo de f€ no ano de 1439 da nossa era. ASSOCIE A COLUNA “A” DE ACORDO COM A COLUNA “B” D1.06- Em 33-196, a Igreja nio aceitou qualquer A. da Biblia. B.1.07- Em 609, é estabelecido por lei, na Igreja, 0 culto & B. virgem Maria. £1.08 - Em 1186, 0 Coneflio de Verona estabelece a “Santa” C. papal. A.1.09- Em 1546, é conferida & tradigio da Igreja, autorida- D. doutrina antibibl de igual & ca. C.1.10- Em 1870, dé-se a declaragao da infalibilidade E. Inquisi LICAO 1: 0 CATOLICISMO ROMANO. 9 TEXTO3 A Igreja Cat6lica Romana considera o apéstolo Pedro, a pedra fundamental sobre a qual Cristo edificou a Sua Igreja; e para fundamentar esse ensino, apela, primeiramente, para Mateus 16.16-19: “Respondendo Simao Pedro, disse: Tu és 0 Cristo, o Filho do Deus vivo. Entdo, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simao Barjonas, porque nio foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que esté nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, ¢ sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno ndo prevalecerao contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terd sido ligado nos céus; e 0 que desligares na terra terd sido desligado nos céus.” Desta passagem, a Igreja Catélica Romana extrai o seguinte racioefnio: 1. Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja esté edificada. 2. A Pedro foi dado o poder das chaves, portanto, s6 ele pode abrira porta do reino dos céus, 3. Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma. 4, Toda autoridade eclesidstica foi conferida a Pedro, até nossos dias, através da linhagem de bispos e de papas, todos vigérios de Cristo na terra. Partindo desse raciocfnio, o padre Miguel Maria Giambelli, pe o versfculo 19 de Mateus 16, nos labios de Jesus, da seguinte maneira: “Nesta minha Igreja, que é 0 reino dos céus aqui na terra, eu te darei também a plenitude dos poderes executivos, legistativos e judiciérios, de tal maneira que qualquer coisa que tu decretares, eu ratiicarei lé no ou, porque tu agirds em meu nome e com a minha autoridade.” (A |GREJA CATOLICA E OS PROTESTANTES, p. 68.) 10 LICAO 1: O CATOLICISMO ROMANO. Refutagaio Numa simples comparagio entre a teologia catélica ¢ a Biblia, a respeito do apéstolo Pedro e sua atuagiio no seio da igreja nascente, descobre-se quo absurda € a interpretagio romanista a respeito da pessoa desse apéstolo do Senhor. Mesmo numa superficial andlise do assunto, conclui-se que: 1, Pedro jamais assumiu no seio do cristianismo nascente, a posigao e fungdes que a teologia catélica procura atribuir-Ihe. substantivo feminino petra designa no grego uma rocha grande e firme. Enquanto {queo substantivo masculino petros 6 aplicado geralmente a fragmento de rocha e pedras pequenas tais como a pedra de arremesso. Pedro é petros = pedra pequena e mével e niio petra = rocha grande e firme. Portanto, uma Igreja sobre a qual as portas do inferno no prevalecerio, nao pode repousar sobre Pedro 2. De acordo com a Biblia, Cristo é a pedra. Nestes versiculos, “pedra” se refere a pessoa de Cristo e nfo a Pedro. Diz.o apdstolo Pedro: “Este Jesus é pedra rejeitada por vbs, os construtores, a qual se tomnou a pedra angular.” (At4.11, cf. Me 12, 10,11) Se desejar, leia mais Efésios 2.20; 1 Corintios 10.4; 1 Pedro 2.4. Testemunho dos Pais da Igreja ‘A maioria esmagadora dos chamados Pais da igreja primitiva cria que a expressio “esta pedra” refere-se a Pedro e nio a Cristo, inerente na confissio que Pedro acabara de fazer em Mateus 16.16. Portanto, se apelarmos para os “pais” da igreja dos primeiros séculos da era cristi, as pretensGes da Igreja Romana quanto a Pedro ser a pedra de Mateus 16.18, so inadmissiveis. ‘86 a partir do século IV comegou-se a falar da possibilidade de Pedro ser a pedra fundamental da Igreja, e isto diretamente relacionado & pretensio exclusivista do bispo de Roma. ~~ LICAO 1:0 CATOLICISMO ROMANO ll Conclusio A luz das palavras do proprio apdstolo Pedro, a) Cristo é a petra = rocha grande e firme: 'b) Todos os crentes sio petros = fragmento de rocha, ou pedras méveis. PERGUNTAS E EXERCICIOS MARQUE “C” PARA CERTO E “E” PARA ERRADO G1.11- A Tgreja Catélica Romana considera o apéstolo Pedro a pedra fundamental da Igreja. Ci 1.12- A Igreja Catblica Romana cré que Pedro recebeu as chaves ¢ sé ele pode abrir a porta do reino dos céus. CA.13- Conforme a Biblia, Pedro jamais assumiu as fungdes ou posigao que a teologia catdlica procura atribuir-Lhe. Crag - Deacordo com Mateus 16.18, a expressio “esta pedra”, refere-se a Pedro e nao a Cristo. Cis = Os “pais” da Igreja primitiva, em sua maioria esmagadora, criam que Cristo referiu- se a Pedro, ao dizer: “esta pedra”. a LICAO 1: 0 CATOLICISMO ROMANO TEXTO 4 O PRIMADO DE PEDRO Daimterpretagao doutrindria que a Igreja Catdlica Romana faz. de Mateus 16.16-19, procede outro grande erro: 0 ensino de que Jesus fez de Pedro o “Principe dos Apéstolos”, pelo que, veio ase tornar o primeiro bispo de Roma, do qual os papas, no decorrer dos séculos, sio legitimos sucessores, Refutagao Esteve Pedro em Roma alguma vez? E muito remota a possibilidade de Pedro ter estado em Roma. Oscar Cullman, tedlogo alemio, escreve: “A primeira carta de Pedro ... alude em sua sau- dagdo final (5.13) & sua estada em Roma ao mencionar “Babilénia” como o lugar da comunidade crista que envia a saudagdo ai contida. Talvez Babilénia ai significa Roma”, Como se vé, 0 terreno aqui é movedigo. ‘Também Lietzmann, em sua obra PETRUS AND PAULUS IN ROME (PEDRO E PAULO EM ROMA), assim se expressa sobre 0 assunto: Pedro, Um Papa Diferente Tenha ou niio estado em Roma, o fato & que se Pedro foi papa, foi um papa diferente dos demais que j@ apareceram. 1. Pedro era financeiramente pobre (At 3.6). 2. Pedro era casado (Mt 8.14,15). 3. Pedro foi um homem humilde; nao aceitou ser adorado pelo centurizio Cornélio (At 10.25,26). 4, Pedro foi um homem repreensivel (GI 2.11-14). ICAO 1: 0 CATOLICISMO ROMANO 13 E surpreendente que Pedro, sendo o “Principe dos Apéstolos”, como ensina a Igreja ‘Catdlica Romana, Tiago ¢ nao ele, era o pastor da igreja em Jerusalém (At 15), Se Pedro fosse, ‘entfo, papa, cle nao teria aceitado a orientago dos lideres da igreja quanto & obra missionéria (At15.7). Também, se Pedro fosse papa, a ordem das “colunas” da Igreja, conforme Paulo escreveu em Gilatas 2.9, seria: “Cefas, Tiago ¢ Joao” ¢ nio “Tiago, Cefas e Jo%0”. Cefas € 0 nome aramaico de Pedro, dado por Jesus (Jo 1.42). ‘0 Papa, Um Pedro Diferente A propria histéria do papado & uma viva demonstragao de que os papas jamais deram provas de que siio sucessores do apéstolo Pedro, jé que em nada se assemelham aquele inflamado, mas humilde apéstolo do Senhor Jesus Cristo. Veja por exemplo: a) Os papas sto administradores das grandes fortunas da igreja. O clérigo José Maria Diez Alegria, da Universidade Gregoriana de Roma, declarou, j4 no final do ano 1972, que o balango financeiro do Vaticano, dispunha de um ativo de um bilhao de délares. ) Os papas sto celibatirios, isto é, nfo se casam, no obstante ensinarem que 0 casa- ‘mento & um sacramento divino. ©) Os papas se consideram infaliveis nas suas decisées e decretos Conclusaio Desfeita a pretensfio romanista de ter sido 0 apéstolo Pedro o primeiro papa da Igreja Catélica Romana, cai por terra toda a pretenstio do papado quanto & sucesso apostélica. PERGUNTAS E EXERCICIOS ASSOCIE A COLUNA “A” DE ACORDO COM A COLUNA “B” one Cotuna “B" E1.16- A lpreja Catéliea Romana prega que Cristo fez de ‘A. apéstolo Pedro. Pedro, 0 B, mission C1.17- Para os catdlicos, o apéstolo Pedro foi o primeiro C. “Principe dos A- B.1.18- Sendo papa, Pedro nao teria aceitado orientagao dos péstolos”. lideres quanto & obra D. sacramento divino Du 19- Qs papas nao se casam, embora preguem que 0 ca- samento é um E, bispo de Roma. Pis1.20 «Os ape jaa psyarem co quiskoomessaiés do 14 LICAO 1:0 CATOLICISMO ROMANO TEXTO5 O PURGATORIO AA idgia do purgatorio tem suas raizes no Budismo e em outras antigas e falsas religides orientais, Até a época do papa Gregorio I, porém, o purgatorio nao tinha sido oficialmente reconhecido como parte integrante da doutrina romanista, Esse papa adicionow o conceito de fogo purificador ao lugar entre 0 céu e 0 inferno, para onde (segundo a crenga entio corrente) eram enviadas as almas daqueles que nao eram tio maus, a ponto de merecerem o inferno, mas também, nao eram tio bons, a ponto de merecerem o céu. ‘Assim surgiu a crenga de que o fogo do purgatorio tem poder de purificar a alma dos seus pecadlos, até tornd-la apta a se encontrar com Deus. Alegadas Razdes Desse Dogma Para provar a existéncia do purgatorio, a Igreja Romana apela para algumas passagens biblicas, das quais deriva apenas inferéncias, e nada mais, Entre os versiculos preferidos destacam- se os seguintes: ‘Uma Descricao do Purgatorio De acordo com a teologia romanista, além de ser um lugar de purificagdo de pecado 0 purgatério, é também um lugar onde a alma cumpre pena, pelo que o fogo do purgatério deve ser temido grandemente. O fogo do purgatorio sera mais terrivel do que todo o softimento fisico reunido. Um tinico dia neste lugar de expiago, podera ser comparado a milhares de dias de sofrimentos terrenos (SPIRITUAL BOUQUETE OFERED IN PURGATORY). Oescritor eatélico Mazzarelli, faz seus célculos referentes ao purgat6rio, & base de trinta pecados veniais do ser humano por dia, e, para cada pecado, um dia no purgatério, perfazendo LICAO 1: 0 CATOLICISMO ROMANO. 15 grande total de mil e oitocentos anos, caso 0 pecador tenha sessenta anos de vida na terra, devendo- se acrescentar aos veniais os pecados mortais absolvidos, mas nao plenamente expiados. Felizmente, 0 purgatorio ¢ ficticio, sem qualquer respaldo da revelago de Deus & humanidadle - a Biblia, Quem Vai para o Purgatério? A pergunta: “Que espécie de gente é que vai para o purgatério?”, responde 0 papa Pio IV: A despeito do fato das almas no purgatério, segundo o ensino da Igreja Romana, terem sido j4 justificadas no batismo e pelo batismo, a justica divina contudo nao fica plenamente satisfeita, Desse modo a alma, embora escape do inferno, precisa suportar, por causa dos seus pecados que ainda restam por expiar depois da morte, a punico temporétia do purgat6rio. [sso foi categoricamente afirmado pelo Concflio de Tren Concilio de Trento foi convocado para sufocar a reforma protestante. Sufraigios a Favor dos Que se Acham no Purgatério Entre os sufrgios para os que se encontram no purgatério, ha trés que se destacam no ensino catGlico, os quais listaremos a seguir. 1 Oragdes pelos mortos - E de se supor que a pratica romanista de interceder pelos mortos tem se gerado da falsa interpretacio de 1 Timdteo 2.1: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a pratica de siiplicas, oragdes, intercessdes, agdes de gracas, em favor de todos os homens.” 2, Missas - As missas sfo tidas como principais recursos empregados em beneficio das almas que esto no purgat6rio, pois, segundo o ensino romanista, a missa beneficia nao s6 & alma que sofre no purgatério, como também acumula méritos aqueles que as mandam dizer. 16 Ht LICAO 1: 0 CATOLICISMO ROMANO 3. Esmolas - Dar esmolas com a intengao de aplic4-las nas necessidades da alma que pena no purgatério, “é jogar 4gua nas chamas que a devoram”. Pretende a Igreja Romana que, “exatamente como a 4gua apaga 0 fogo mais violento, assim a esmola lava 0 pecado.” PERGUNTAS E EXERCICIOS ASSINALE COM “X” A ALTERNATIVA CORRETA 1.21 - Opurgatério nao foi oficialmente reconhecido como parte integrante da doutrina romanista, até a época do papa a. José Maria. < b.Bemard Conway. __c.0 Concilio de Trento, “do papa Pio XII. 2.02 - “Tanto Escritura como Tradigao devem ser aceitas e veneradas com igual sentido de pie- dade e reveréncia", afirma 0 ___a. Compéndio de Trento ~~ c.padre José Maria Dias Alegria. __b.Compéndio do Vaticano II. —d.teélogo Lietzmann. 2.03 - Em 1229, foi expressamente proibido o uso da Biblia pelos leigos, conforme decisio do _a. Concilio de Trento. __b.Coneilio de Verona, Concilio de Tolosa. Principe dos Apéstolos. 2.04 - O valor da Biblia como tnica regra de fé e pratica do cristio, foi exaltado pelo advento __a.da Reforma no século XVI. __b.dos dogmas. —_c.do Pentecostes. __d.Nenhuma das alternativas esté correta. 2.05 - A Igreja Romana reavaliou a decisio do Concilio de Tolosa, permitindo que os leigos les sem a Biblia, sob as seguintes condigdes: __a. que esta fosse editada e autorizada pelo clero. —__b.que 0s leigos nao formassem juizo proprio dos seus ensinos. ___c.que 0s leigos s6 aceitassem as interpretagdes da Biblia dadas pelo clero. ad Todas as alternativas esto corretas. a 26 LICAO 2: 0 CATOLICISMO ROMANO - CONT. TEXTO2 A VIRGEM MARIA A esséncia da adoragao da Igreja Catdlica Romana gira niio em torno do Pai, do Filho ou do Espirito Santo, mas da pessoa da virgem Maria. No decorrer dos séculos tém sido originadas as mais diferentes ¢ absurdas crendices em tomo da humilde mie do Salvador. 0 COMPENDIO DO VATICANO II, pagina 103, registra: “.. 0s figis devem venerar também a meméria primeiramente da gloriosa sempre virgem Maria, Mae de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo.” Dentre as muitas declaragdes em torno de Maria, mae de Jesus, citaremos algumas apenas: “Concebida Sem Pecado” “Maria, a Sempre Virgem” “Maria, Medianeira e Intercessora”” Hi alguns anos foi publicado na imprensa de uma capital latino-americana, o discurso de| uum cardeal cat6lico-romano. O iminente prelado recorda este sonho: que estava na cidade celestial. Ouviu-se bater na porta, Foi comunicado a Deus que um pecador da terra estava pedindo entrada. ‘Cumpriu ele as condig6es? Foi a pergunta. A resposta foi: Nao! Nao pode entrar, foi o veredito. esse ponto a virgem Maria que estava sentada a direita do seu Filho, falou: “Se esta alma nao| entrar, eu me pono fora.” A porta abriu-se eo pecador entrou. (A VIRGEM MARIA - Giovanne Miegge.) Heresias desse tipo privam a Igreja Romana de qualquer seriedade biblica e espiritual LICAO 2: 0 CATOLICISMO ROMANO - CONT. 27 Refutagio A falta de espaco nos impede de continuar citando o que de mais absurdo tem sido escrito a respeito da piedosa virgem Maria, a meiga e humilde mie do nosso Senor. Invocando 0 testemunho da Biblia, concluimos que: 1. Maria no foi concebida sem pecado, A declaragio biblica do assunto é que “... todos pecaram e carecem da gloria de Deus.”(Rm 3.23) S6 a respeito de Cristo pode ser dito: “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpdvel, sem macula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus.” (Hb 7.26). 2. Maria teve outros filhos além de Jesus. “Depois disto, desceu ele para Cafarnaum, com sua mde, seus irméos e seus discipulos...” (Jo 2.12). Além de Joo 2.12, 0 Novo Testamento se refere aos irmios de Jesus, em Mateus 12.46; 13.55,56; Marcos 3.31; 6.3; Lucas 8.19; Jodo 7.3,5,10; Atos 1.14; I Corintios 9.5; Galatas 1.19. Os ensinadores romanistas dizem que aqueles a quem o Novo Testamento chama de irmaos de Jesus, na realidade sfio seus primos. Esta interpretagio é errénea e visa fortalecer 0 dogma da perpétua virgindade de Maria, Leia Lucas 1.36, e veja que irmaos e primos no Novo Testamento sao distintos. O fato de Maria ser virgem no ato da concepgtio de Jesus, é firmado nas Escrituras, porém, afirmar que ela continuou virgem apés 0 parto, é antitese de Mateus 1.25: “Contudo, nao a conheceu, enquanto ela néo deu a luz um filho, a quem pos 0 nome de Jesus.” 3, Maria no exerce mediago a favor do pecador: “Porquanto hé um sé Deus e um sé Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” (1 Tm 2.5). “,, Se, todavia, alguém pecar; temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, 0 Justo.” (1 Jo 2.1). 28 LICAO 2: 0 CATOLICISMO ROMANO - CONT. 4. $6 Cristo intercede a favor do pecador: Leia também Romanos 8.34 Conclusio Epifinio, grande apologista do quarto século, diz. 0 seguinte aos catélicos de hoje: No mesmo tempo disse Ambrésio, de Milo: “Maria era 0 templo de Deus, ndo 0 Deus do templo. Deve-se adorar entéo somente Aquele que operava no templo.” PERGUNTAS E EXERCICIOS ASSOCIE A COLUNA “A” DE ACORDO COM A COLUNA “B” Coluna “A” Coluna “4 __2.06 - A ess€ncia da adoragdo da Igreja Catélica Romana A. Jesus Cristo. prevalece sobre B. Romanos 3.23. 2.07- O versiculo que confirma que “... todos pecaram e carecem da gloria de Deus.” C.1 Timéteo 2.5. 2.08 A prova biblica que Jesus é 0 tinico mediador entre D.a virgem Maria. Deus ¢ os homens est4 em __2.09- A Ginica pessoa que vive para interceder pelo peca dor: LICAO 2: 0 CATOLICISMO ROMANO - CONT. 29 TEXTO3 Dentre os muitos chamados sacramentos da Igreja Cat6lica Romana, destaca-se a missa; © que ela € no contexto geral do Catolicismo, é dito pelo padre Miguel Maria Giambel! “O que nés catdlicos hoje chamamos “Missa’, os primeiros cristéos de Jerusalém chamavam de “partir do pao”, porque foi exatamente isto o que fez Jesus na ultima Ceia: “Tomou 0 po, deu gragas e partiu...” S40 Paulo lembra aos corintios que todas as vezes que eles se retinem para comer deste pao e beber deste calice, anunciam a morte do Senhor, isto é, eles renovam o sacrificio do Calvatio. O apstolo Paulo alerta aos Corintios que aquele pao e aquele vinho, apés as palavras consagratorias, no sao mais pao e vinho comuns, mas s4o algo de misterioso, que escondem o corpo sagrado de Jesus, e quem portanto se atrever a comer deste pao e beber deste vinho sem as devidas condigées espirituais, comete uma profanagao tao sacrilega que o torna réu de um crime contra 0 corpo e o sangue do Senhor Jesus. Dai porque Sao Paulo continua alertando os corintios a tomar muito a sério 0 ato de comer deste pao e beber desta cdlice consagrados na eucaristia, porque quem os come e bebe sem crer firmemente que so corpo vivo de Cristo, e portanto sem fazer distingao entre o pao comum da padaria e pao consagrado “come e bebe sua propria condenagdo"! (A IGREJA CATOLICA E OS PROTESTANTES - p. 27.) Este ensino em resumo: a) Missa e Ceia do Senhor so a mesma coisa. b)A missa renova 0 sacrificio do Calvario. c) O pio e 0 vinho usados na missa sio transformados no corpo real de Cristo no mo mento da celebragio. 4) Quem nao diferenciar o pio que é servido na missa com o que vendido na padaria, “.. come e bebe para sua propria condenagao...” (1 Co 11.29 ARC). Este ensino € errdneo e contrério Aquilo que as Escrituras Sagradas ensinam. O recurso que a Igreja Cat6lica usa para confundir o significado da expressiio “... em meméria...” com a palavra “... renovar...”, constitui incoeréncia, primeiro & luz da Biblia e depois A luz da gramatica. Do DICIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA, de Augusto Miranda, a expressio 30 LIGAO 2: 0 CATOLICISMO ROMANO - CONT, em meméria tem como sinénimo a expresso em lembranga, enquanto que a palavra renovar tem| como sinénimo a palavra recompor. Portanto, uma, nada tem a ver com a outra. Se a morte de um amigo nos vem 4 meméria, isto ndio é a mesma coisa que renovar a sua morte. Ha varios versiculos na Biblia que mostram a impossibilidade de um novo sacrificio de Cristo, entre os quais se destacam: “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpével, sem mdcula, separado dos pecadores ¢ feito mais alto do que os céus, que ndo tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacri- ficios, primeiro, por seus préprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu.” (Hb 7.26,27). “Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um tnico sacrificio pelos peca- dos, assentou-se a destra de Deus, aguardando, dai em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. Porque, com uma tinica oferta, aperfeigoou para sempre quantos estio sendo santificados.” (Hb 10.12-14). “Pois também Cristo morreu, uma tinica vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espirito.”” (1 Pe 3.18). “sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, ji niio morre; a morte jé ndo tem dominio sobre ele.” (Rm 6.9,10). Nao ha um s6 versiculo em apoio a tese do Concilio de Trento de que 0 pio e o vinho usados na missa, ao serem consagrados, se tornem ou transubstanciem-se em Jesus, fisica ¢ espiritualmente, assim como Ele est no céu. Veja por exemplo: 1. Mesmo apés a ressurreigio, nao obstante gozando o privilégio de um corpo espiritual, Jesus nao bilocou-se, isto é, ele no esteve em dois lugares ao mesmo tempo: se estava em Emaiis, nao estava em Jerusalém. Ele estava fisicamente num s6 lugar de cada vez. Como pretende, pois a teologia vaticana provar que Jesus esteja fisicamente, tanto no céu como nas hastias espalhadas nos sacrérios dos templos cat6licos por todo 0 mundo? 2. Quando Jesus diz: “... E eis que estou convosco todos os dias até & consumagao do século”(Mt 28,20), Ele nao quer sugerir que est presente fisicamente através do pio e do vinho da missa, mas espiritualmente, como esteve com Paulo, conforme Atos 18.9,10. 3. O corpo de Cristo hoje, na terra, nao é o pio e o vinho usado na celebragiio da missa, mas a Sua Igreja, conforme mostram as seguintes passagens biblicas: 1 Corintios 10.16,17; LICAO 2: O CATOLICISMO ROMANO - CONT. 31 12.27; Efésios 1.22,23; 4.15,16. Outra prova de que “missa” e “Ceia do Senhor” sto ceriménias diferentes, é que na missa 0s comungantes s6 tomam o pao (a héstia), enquanto que o vinho é tomado pelo padre celebrante, quando a ordem novitestamentaria é: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pao, e beba do célice.” (1 Co 11.28). PERGUNTAS E EXERCICIOS ASSINALE COM “X” A ALTERNATIVA CORRETA 2.10 - Disse o padre Giambelli: O que nés, catélicos, hoje chamamos Missa’, os primeiros cris- téos de Jerusalém chamavam de __a. “partir do pao" __b. ‘memorial’ __¢. “sacramento” ___d. Nenhuma das alternativas esta correta. 2.11 - Prega erroneamente a Igreja Catdlica Romana que ___a. a missa ea Ceia do Senhor sao a mesma coisa. ___b. amissa renova 0 sacrificio do Calvario. __c. o pao ¢ o vinho usados na missa se transformam no corpo de Cristo. __ d. Todas as alternativas esto corretas. 2.12 - Ao dizer “E eis que estou convosco todos os dias...”, Jesus quis dizer que estaria presente __a fisicamente. __b. espiritualmente. __¢. bilocalmente. ___d. inteiramente. 2.13 - Namissa, o vinho s6 é tomado pelo padre celebrante, porém, a ordem novitestamentiria € que o homem examine-se a si mesmo, coma do pao __a. e dé-se por satisfeito. __b.e beba do célice (do vinho). _¢. e espere 0 julgamento. ___d. Nenhuma das alternativas esta correta. oo 32 LICAO 2: 0 CATOLICISMO ROMANO - CONT. TEXTO4 OS LIVROS APOCRIFOS Muitas perguntas tém sido feitas € muitas questées tém sido levantadas quanto aos livros apécrifos. Os catdlicos chegam a afirmar que a Biblia usada pelos protestantes € incompleta ¢ falha por faltar nela os livros apécrifos. Muitos dos evangélicos, por sua vez, por desconhecerem 08 fatos da Historia, perguntam porque a nossa Biblia néio contém os livros apécrifos. Esperamos que até o final deste Texto sejam tiradas as dtividas sobre 0 assunto. Uma Definiciio Necesséria Empregamos aqui o termo apécrifo num sentido restrito, evocando 0 significado original da palavra, e pondo de parte o cardter de certos escritos, aos quais 0 dito termo se aplicava. A. palavra apdcrifo, literalmente significa oculto, secreto, misterioso. Porém, no decorrer dos tempos e emraziio do uso, 0 termo jé ndio tem o mesmo sentido de oculto, mas de espirio, isto &: ilegttimo, {falsificado. No tempo da Reforma o termo apécrifo foi definitivamente aplicado aos livros contidos na VULGATA, que ndo faziam parte do c’non hebraico. Sua significagio oposta ao termo candnico, acarretou para aqueles livros, o desprezo que se sentia pela literatura simbélica, oculta, mfstica, tanto judaica como cristi-judaica, Relagio dos Apécrifos © nuimero de livros apécrifos vai muito além daqueles que a Biblia catélica contém, porém, por falta de espago, citaremos apenas os que foram aprovados pela Igreja Catélica, no Conetlio de Trento, em 1546. Destes, mais da metade so inseridos nas Biblias de edigio catélica, Alguns desses livros so também inseridos em Biblias de certos editores protestantes para estudo ¢ investigagdo da critica textual e devido ao seu relativo valor hist6rico. Os apécrifos consistem de livros completos, e de acréscimos a livros canGnicos. A sua aprovagio pela Igreja Catélica deu-se em 1546, no Concilio de Trento, em meio a intensa controvérsia, havendo inclusive luta fisica resultante de contenda e dos debates em tomo deles. 5 livros ¢ acréscimos a livros canénicos, aprovados, foram os seguintes: Livros completos: 03) Sabedoria de Salomao LICAO 2: O CATOLICISMO ROMANO - CONT. 33 04) Eclesistico 05) Baruque (inclui em apéndice a Epistola de Jeremias) 06) 1 Macabeus 07) 2 Macabeus Acréscimos a livros canénicos: 08) Ester (Et 10.4 a 16.24) 09) Cantico dos Trés Santos Filhos (entre os vv 23 ¢ 24 de Daniel 3) 10) Historia de Suzana (Dn 13) 11) Bel e 0 Drago (Dn 14) Sao 14 os principais apécrifos do Antigo Testamento. Destes, os niio reconhecidos pelo Coneilio de Trento, foram 1 ¢ 2 Esdras e A Oracdio de Manassés. As Biblias catélicas, como por exemplo Mattos Soares, inserem geralmente 11 destes apécrifos aprovados, os quais uns sao livros completos e outros so acréscimos a livros canénicos, como acabamos de mostrar. Razées a Considerar Por que estes livros so considerados apécrifos e nao canénicos? A resposta bvia é que eles ndo suportam uma prova de canonicidade, como mostramos a seguir: 1. Eles nunca fizeram parte do canon hebraico. 2. Eles nunca foram citados no Antigo Testamento. 3. Josefo, o historiador judeu, os omite em seus escritos. 4. Nenhum deles reivindica a inspiragiio divina para si. 5.Eles contém erros histéricos, geograficos e cronolégicos. 6. Eles ensinam e apoiam doutrinas contrarias as Escrituras em geral. 7. Como literatura, contém muito de mito e lendas. 8. Em geral, seu nivel espiritual e moral, deixa muito a desejar. 9. Jesus nao os cita em seus ensinos. 10. Os apéstolos ¢ escritores dos Evangelhos, das Epistolas e do Apocalipse, nao se referem a eles nos seus escritos. 11. Os famosos Pais da Igreja Primitiva nao se reportam a eles como fonte inspirada dos seus ensinos. 12.Bles foram escritos muito tempo depois de encerrado 0 canon do Antigo 34 _ LIGAO 2: 0 CATOLICISMO ROMANO - CONT. Testamento. Quem os Ié com temor de Deus, isengdo de Animo e sinceridade notard a auséncia de inspiragio divina. Conclu O uso e a opinito da Igreja Catdlica acerca da posigaio dos apécrifos no cAnon, eram um tanto diversificadas até 0 século XVI, quando, por decreto do Coneflio de Trento, onze deles, como ja vimos, passaram a fazer parte das Biblias de edigo romana. Nem todas as igrejas tém a mesma opinizio quanto o valor dos apécrifos. A Igreja Reformada, por exemplo, sempre considerou os livros nao candnicos como de valor, “para exemplo de vida e conhecimento de costumes, ainda que sem autoridade em matéria de fé.” PERGUNTAS E EXERCICIOS MARQUE “ ” PARA CERTO E “E” PARA ERRADO. 2.14 - Os catélicos afirmam que a Biblia dos protestantes € incompleta e falha por faltar ne- la os livros apécrifos. 2.15- A palavra apécrifo, literalmente, significa oculto; com 0 passar do tempo, em razio do uso, o sentido passou para esptirio (ilegitimo). 2.16 - No tempo da Reforma o termo apécrifo foi aplicado aos livros contidos na VULGATA que nao faziam parte do canon hebraico. 2.17 Mais da metade dos livros apécrifos estao inseridos na Biblia dos protestantes. ___2.18- Os principais apécrifos do Antigo Testamento so 14. LICAO 2: 0 CATOLICISMO ROMANO - CONT. 34 ASSOCIE A COLUNA “A” DE ACORDO COM A COLUNA “B” rw S _200- Ss eae amy _ 1. hls ely: 6106s Coluna “A” ~ Diz.o Compéndio do Vaticano II: ‘Dever ser veneradas igualmente com reveréncia Em 1229, 0s leigos foram proibidos de ler a Biblia em reunido do A Iereja Romana, prima pela adoragio a “Maria era o templo de Deus e nao o Deus do templo.” A firmagio de A Ceia é um memorial do sacrificio de Jesus no 0 pio ¢ 0 vinho nio se transubstanciam em Jesus, con forme a tese do O Concilio de Trento nao reconheceu dentre os apocri fos do Antigo Testamento: s apocrifos néo suportam uma prova de Coluna “B” A. Ambrdsio. B. Concilio de Tren- to. C. Coneilio de Tolosa| D. canonicidade. E. Calvario. F. aEscritura ea Tray digao.” G.le2 Esdras ea ragdio de Manas- sés. H, virgem Maria, | O ESPIRITISM! Espiritismo provavelmente & a mais antiga ilusdo religiosa j4 surgida, Porém, 0 seu ressurgimento ocorreu no final do ano de 1847, na forma em que & conhecida até hoje. O primeiro Texto desta Ligdo traz. um resumo hist6rico do Espiritismo, e da forma como ele tem se desenvolvido desde os dias de Margaret e Kate Fox, até os dias de Allan Kardec, 0 principal mentor do atual Espiritismo, estendendo-se até os nossos dias, Texto 2, aborda os principais elementos do Espiritismo, inclusive com um breve comentirio de cada particularidade das divis6es do referido Texto: a) Espiritismo comum; b) Baixo Espiritismo; c) Espiritismo cientifico; 4) Espiritismo Kardecista, (O Texto 3 trata da questo do embuste da reencarnaco que, segundo Allan Kardec, “fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurrei¢ao’. O Texto 4, sob o titulo “Joao Batista Era Elias Reencarnado?”, refuta com base biblica a impossibilidade da reencarnagdo, e mostra que cla nada tem a ver com ressurreigo do mortos, jé que aquela é a antitese desta, Finalmente, no tltimo Texto, trataremos da invocagao dos mortos, uma das principais trincheiras da doutrina espiritista, expondo o que as Escrituras dizem a respeito do assunto. ESBOCO DA LIGAO 1. Resumo Histérico do Espiritismo 2. Prinefpios do Espiritismo 3. A Teoria da Reencamagio 4. Joo Batista Era Elias Reencarnado? 5, Invocagio de Mortos ENT oe : aaeeeeeeeeeeees LIGAO 3: 0 ESPIRITISMO| OBJETIVOS DA LICAO Ao concluir 0 estudo desta Ligao, vocé deveré ser capaz de: 1. Fazer um resumo da histéria do Espiritismo, desde 1847 até os nossos dias; 2. Citar as divisdes do Espiritismo e citar os principais elementos dos pontos de cada 3. Escrever um resumo da teoria da reencarnagao, de acordo com 0 ensino espiritista; 4. Citar no minimo, duas evidéncias biblicas contra o ensino espiritista de que Joao Batista era Elias reencarnado; 5. Citar quatro passagens das Escrituras que refutem 0 en: 1 espiritista de que € pos-| sivel aos mortos se comunicarem com os vivos. LIGAO 3: O ESPIRITISMO 39 TEXTO1 RESUMO HISTORICO DO ESPIRITISMO O Espiritismo é, sem divida, o mais antigo engano religioso jé surgido. Porém, em sua forma moderna como hoje é conhecido, o seu ressurgimento se deve a duas jovens norte- americanas, Margaret e Kate Fox, de Hydeville, estado de Nova York. Estranhos Fenémenos Em dezembro de 1847, Margaret e Kate, respectivamente de doze e nove anos, comegaram a ouvir batidas em diferentes pontos da casa em que moravam. A princfpio julgaram que esses ruidos fossem produzidos por ratos e camundongos que infestavam a casa. Porém, quando os Iengéis comecaram a ser arrancados das camas por mios invisiveis, cadeiras e mesas tiradas dos seus lugares, e uma mao fria tocou no rosto de uma das meninas, percebeu-se que 0 que estava acontecendo eram fenémenos sobrenaturais. A partir daf as meninas criaram um meio de comunicarem-se com 0 autor dos rufdos, que respondia &s perguntas com determinado nimero de batidas. Expansio do Movimento Partindo desse acontecimento, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicagao da época, propagaram-se sessées espiritas através dos Estados Unidos. Na Inglaterra, porém, a consulta 40s mortos jé era muito popular entre as camadas sociais mais elevadas. Por conseguinte, os médiuns norte-americanos encontraram ali um solo fértil onde a semente do supersticionismo espiritista ia ser semeada, nascer, crescer, florescer e frutificar. Na época, outros paises da Europa também foram visitados com sucesso pelos espfritas norte-americanos. Allan Kardec Na Franga, a figura de Allan Kardec € a principal dos arraiais espiritas. Léon Hippolyte Denizard Rivail (0 verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Ligio, em 1804, filho de um advogado, tomou o pseudénimo de “Allan Kardec” por acreditar ser ele a reencarnagaio de um poeta celta desse nome. Dizia ter recebido a isso de pregar uma nova religidio, o que comegou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois publicou 0 LIVRO DOS ESPIRITOS que muito ajudou na propaganda espiritista. Dotado de inteligéncia e inigualavel sagacidade, estudou toda a literatura afim, existente na Inglaterra e nos Estados Unidos, e dizia ser guiado por espiritos protetores. Notabilizou-se por introduzir no Espiritismo 0 ensino da reencarnagio, De 1861 a 1867 publicou quatro livros: LIVRO DOS MEDIUNS, © EVANGELHO SEGUNDO 0 ESPIRITISMO, CEU E INFERNO E GENESIS. Homem dotado de caracteristicas fisicas e mentais de grande resisténcia, Allan Kardec foi ap6stolo das novas idéias que haveriam de influir na organizagio do Espiritismo. Fundou A ee 40 _LIGAO 3: 0 ESPIRITISMO REVISTA ESPIRITA, periddico mensal em varios idiomas. Ele mesmo assentou as bases da Sociedade Continuadora da Missio de Allan Kardee, Morreu em 1869. ibdivisao do Espiritismo 0 Espiritismo latino, ja separado do anglo-saxio pela doutrina da reencamagio, se subdividiu mais em duas correntes: a kardecista ou doutrinéria, e a experimental. ‘As priticas espfritas nos tempos biblicos eram chamadas de necromancia ou magia. Seus praticantes eram chamados de: magos, pitonisas, advinhos, bruxas, feiticeiros, etc. Os centros, tendas ou terreiros eram chamados ordculos, cavernas ou antros. Hoje, dependendo do ramo a que pertencem, os nomes diferem. 0 Brasil, hoje considerado o lider mundial do Espiritismo, tem os estados do Rio de Janeiro ¢ Bahia como os dois principais focos espiritistas da nagao. Uma estatistica publicada recentemente por uma das nossas revistas, afirma que mais de 70% dos catdlicos brasileiros sio freqiientadores de centros espiritas. PERGUNTAS E EXERCICIOS ASSINALE COM “X” A ALTERNATIVA CORRETA 3.01 - O ressurgimento do atual Espiritismo se deve a duas jovens norte-americanas: ___a. Hellen e Karin Fox. __b. Meyre e Mildred Fox. Cc. Margaret e Kate Fox. ___d. Nenhuma das alternativas esta correta. 3,02 - Na Franga, 0 principal lider espirita foi Ca. Allan Kardec. __b. Allan Poe. __c. Wood Allan. 4. Allan Prost. 3,03 - Allan Kardec notabilizou-se ao introduzir no Espiritismo o ensino da __a. encarnagiio. Cb. reencamagio. __c. reunificagio. "ad. ramificagio. 3.04 - Nago considerada, hoje, lider do Espiritismo: Frang: de. Br (I eo7E less _b. Suiga. Inglaterra. LIAO 3: O ESPIRITISMO. 41 TEXTO 2 PRINCIPIOS DO ESPIRITISMO Embora consideremos o Espiritismo igualmente inigiio em toda a sua maneira de ser, os proprios espiritas preferem admitir haver diferentes formas de Espiritismo. Assim sendo, para efeito de estudo, vamos dividir o Espiritismo da seguinte maneira: I. Espiritismo Comum. II. Baixo Espiritismo. IIL. Espiritismo Cientifico. IV. Espiritismo Kardecista, Cada uma destas quatro classes de Espiritismo possui praticas distintas através das quais sio identificados os seus seguidores, como passaremos a mostrar: Espiritismo Comum Dentre as muitas priticas desta classe do Espiritismo, destacamos 1. Quiromancia. Adivinhagao pelo exame das que quiroscopia. ihas da palma da mao. O mesmo 2. Cartomancia, Adivinhacio pela decifragao de combinagées de cartas de jogar. 3. Grafologia. Estudo dos elementos normais e principalmente patolégicos de uma personalidade, feito através da andlise da sua escrita. 4, Hidromancia. Arte de adivinhar por meio da agua. 5. Astrologia. Estudo e/ou conhecimento da influéncia dos astros, especialmente dos signos, no destino e no comportamento dos homens; também conhecido como “uranoscopia”. Baixo Espiritismo © Baixo Espiritismo, também conhecido como Espiritismo Pagao, inculto e sem disfarce, identifica-se pelas seguintes priticas: a) Vodu. Culto de negros antithanos, de origem animista, e que langa mode certos elementos do ritual catélico. Praticado principalmente no Haiti. b) Candomblé. Religitio dos negros ioruba, praticado principalmente na Bahia. ~~ ; 42. LIGAO 3: 0 ESPIRITISMC| c) Umbanda. Designacio dos cultos afro-brasileiros, que se confundem com os di macumba e dos candomblés da Bahia, xang6 de Pernambuco, pajelanga da Amaz6nia, do catimbé € outros cultos espftitas sincréticos. d) Quimbanda. Ritual de macumba que se confunde com o da umbanda, tendo ambas diferentes objetivos maléficos. * ©) Macumba. Sincretismo religioso afro-brasileiro, derivado do candomblé, con] elementos de varias religides pagis africanas, de religides indigenas brasileiras e do Catolicismo Espiritismo Cientifico O Espiritismo cientifico é também conhecido como “Alto Espiritismo”, “Espititisme| Ortodoxo”, “Espiritismo Profissional” ou “Espiritualismo”. Ele se manifesta, inclusive, come “sociedades”, como por exemplo a LBV (Legiao da Boa Vontade) fundada e presidida por muitos anos pelo jé falecido Alziro Zarur, Essa classe de Espiritismo tem sido conhecida também como: 1. Beletismo, Método filos6fico dos que no seguem sistema algum, escolhendo de cada sistema a parte que Ihes parece mais préxima da verdade. TI. Esoterismo. Doutrina ou atitude de espirito que preconiza que o ensinamento de verdade deve reservar-se a um ntimero restrito de inicia- dos, escolhidos por sua inteligéncia ou| valor moral. IIL. Teosofismo. Conjunto de doutrinas religioso-filos6ficas que tem por objetivo z unio do homem com a divindade, mediante a elevacio progressiva do espitito até a iluminacao. Iniciado por Helena Petrovna Blavatsky, mistica norte-americana (1831-1891), adepta do Budismec| e do Lamafsmo. Hoje a Nova Era é um ressurgimento do Espiritismo em grandes proporgdes. Esy mo Kardecista O Espiritismo Kardecista € a classe de Espiritismo comumente praticada no Brasil, ¢ tem como principais teses, entre muitas outras, as seguintes: 1. Possibilidade de comunicagao com espiritos dos mortos. 2. Crenga na reencarnagiio de pessoas falecidas. 3. Crenga de que ninguém pode impedir 0 homem de sofrer as conseqiléncias dos seus atos. 4, Crenga na pluralidade dos mundos habitad LIGAO 3: 0 ESPIRITISMO 43 5. A caridade como virtude tinica, aplicada tanto aos vivos como aos mortos. 6, Deus, embora exista, é um ser impessoal habitando um mundo longinquo, 7. Mais perto dos homens esti os espiritos “guias”. 8. Jesus foi um médium e reformador judeu; nada mais que isto. Conclusio Disse alguém que o diabo ¢ um demagogo muito versitil e maledvel, capaz de muitas transformagGes. Aos parapsicdlogos, ele diz: "Trago-vos uma nova ciéncia". Aos ocultistas, assevera: “Dou-vos a chave para os ultimos segredos da criagao”. Aos racionalistas ¢ tedlogos modernistas, declara: "Nao estou ai, Nem mesmo existo”. Assim faz o Espiritismo que, mesmo mudando de roupagem como o camaleo muda de cor de acordo com 0 ambiente, todavia no fundo continua sempre 0 mesmo: supersticioso, fraudulento, mau e diabélico. PERGUNTAS E EXERCICIOS ASSOCIE A COLUNA “A” DE ACORDO COM A COLUNA “B” Coluna “A” Coluna “B” _3.05- Quiromancia: adivinhag&o pelo exame das linhas A. Quimbanda. __3.06- Arte de adivinhar por meio da agua: B, Espiritismo Kardecista, __3.07- Ritual de macumba que se confunde com os da C. damio. umbanda: D. cientifico. __3.08- Ecletismo, Esoterismo e Teosofismo, pertencem classe do chamado Espiritismo E, Hidromancia, 3.09 - Jesus foi um médium e reformador judeu, nada mais que isto. Diz 0 —————— 7 44 LIGAO 3: O ESPIRITISMO, TEXTO3 A TEORIA DA REENCARNACAO. A teoria da reencarnagio € 0 cerne de toda a doutrina espiritista. Invalidade esta teoria, 0 Espiritismo niio poder sobreviver. Sobre o assunto, escreve Allan Kardec: Refutagio ‘A Béblia jamais faz. qualquer referéncia a palavra reencarnagdo; tampouco confunde-a com a palavra ressurreig@o. Segundo 0 DICIONARIO ESCOLAR DA LINGUA PORTUGUESA, de Francisco da Silveira Bueno, reencarnacao & 0 ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existéncia com um s6 espirito; enquanto que a palavra ressurrei¢do, no grego, € andstasis € égersis, ou seja: levantar, erguer, surgir, sair de um local ow de uma situagdo para outra. No latim, ressurreigdo € 0 ato de ressurgir, voltar & vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se 0 termo ressurreigdo como o mesmo que ressurgir dos mortos, ¢em linguagem mais popular, unio da alma e do esptrito ao corpo, ap6s a morte fisica. (DICIONARIO DA BIBLIA - LD.Davis.) Ressurreigdo na Biblia No decorrer de toda a Biblia so mencionados oito casos de ressurreigio, sendo sete, casos de restauragao da vida (ressurrei¢o para tornar a morrer) e um, de ressurreigiio no sentido pleno, final - 0 de Jesus. Esse foi diferente, porque foi ressurreigo para nunca mais morrer, nao somente pelo fato dEle ser Jesus, o soberano Senhor, mas porque, ao ressurgir, Ele tornou-se 0 primeiro da real ressurreico (1 Co 15.20,23). ‘A expressiio “ressurreigo dentre os mortos”, como em Lucas 20.35 e Filipenses 3.11, implica uma tessurreigio em que somente os justos participario. Os participantes da verdadeira ressurteigdo, no mais morrerio (Le 20.36). A dita expressdo € tradugdo correta do original. A palavra “dentre” indica que os mortos impios continuardo sepultados quando os santos ressurgirem LICAO 3: O ESPIRITISMO_ 45 vinda de Cristo, até que chegue a sua vez de ressurgirem para serem julgados Os sete casos de ressurreigdo, registrados na Biblia, por ordem, sfio: a) o filho da viiiwa de Sarepta (1 Rs 17.19-22); b) o filho da sunamita (2 Rs 4.32-35); c) 0 defunto que foi langado na cova de Eliseu (2 Rs 13.21); d) a filha de Jairo (Mc 5.21-23, 35-43); ¢) 0 filho da vitiva de Naim (Le 7.11-17); 0) Lazaro (Jo 11.1-46); g) Doreas (At 9.36-43). O caso da ressurreigdo de Jesus, que ¢ diferente, como ja dissemos, esta em Mateus 28.1- 10; Marcos 16.1-8; Lucas 24,1-12; Jo&o 20.1-10; 1 Corintios 15.4,20-23. Numa demonstragio de quiio contraditoria é a teoria da reencamago com aquilo que a Biblia registra sobre a ressurreigdo, escreve Allan Kardec: *A ressurreigao implica a volta da vida ao corpo j& morto - 0 que a ciéncia demonstra ser materialmente impossivel, sobretudo quando os ‘elementos desse corpo foram depois de muito tempo dispersos e absorvidos". Bevidente que esta teoria de Allan Kardec nao pode prevalecer, pois se baseia em conceitos de homens e ndo nas Escrituras que asseguram a ressurreigdo dos mortos. Nao vem ao caso citarmos aqui os casos de milagres, de mortos que ressuscitaram para depois morrerem. Vamos citar apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos ap6s quatro ¢ trés dias de sepultado: Lazaro ¢ Jesus. 1. Lazaro, O testemunho biblico no capitulo 11 de Joao é que Lazaro: a) estava morto (vy. 14, 21, 32, 37); b)estava sepultado, havia quatro dias (vv. 17.39); ¢) ja cheirava mal (v. 39); 4d) ressuscitou ainda amortalhado (v. 44); ¢) ressuscitou com o mesmo corpo e com amesma aparéncia que possuia antes de morrer (v. 44). 2. Jesus O testemunho das Escrituras quanto a pessoa de Cristo é que 1. 0s soldados testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19.33); 2. José de Arimatéia e Nicodemos, sepultaram a Jesus (Jo 19.38-42); 3, Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Le 24.6); 4, Mesmo apés ressuscitado ele ainda portava as marcas dos cravos nas méos, para mostrar que Seu corpo agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificagio, porém, glorifica- do (Le 24.39; Jo 20.27), Leia também a profecia messinica de Lucas 16.9,10 ¢ Atos 2.25-27. LICAO 3: O ESPIRITISMO Inocente Procurando dar sentido bfblico & absurda teoria da reencarnagao, Allan Kardec langa mio do capitulo 3 de Joao para dizer que Jesus ensinou sobre a reencarnacao. Os tradutores da obra de Allan Kardec O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, usaram a versio biblica do padre Antonio Pereira de Figueiredo como texto base da sua tradugo, ¢ assim grifa 0 versiculo 3 do citado capitulo de Jofio: Na verdade te digo que nao pode ver 0 reino de Deus sendo aquele que renascer de novo”, quando o versiculo naquela versio é escrito na seguinte forma: “Na verdade, na verdade te digo, que nao pode ver o reino de Deus, sendo aquele que nascer de novo.” Renascer jé significa nascer de novo; dat renascer de novo constitui-se numa intoleravel redundancia, mas nao sem propésito da parte do Espiritismo, que quer por tudo provar que a absurda teoria da reencarnagio tem fundamento na Biblia. Um morto ressuscitar, isso é possivel pelo poder de Deus; a Biblia 0 diz com toda clareza, mas quanto a reencarnagdo, a Biblia faz completo siléncio sobre isso. PERGUNTAS E EXERCICIOS MARQUE “C” PARA CERTO E “E” PARA ERRADO. 3.10 - A teoria da reencarnagiio é o cerne de toda a doutrina espiritista. ___3.11 - A Biblia nao faz qualquer referéncia a palavra reencarnagdo, tampouco confunde-a com a palavra ressurrei¢do. 3.12 - No latim, reencarnagao € 0 ato de ressurgin, voltar d vida, reanimar-se. 3.13 - A Biblia menciona oito casos de ressurreigao, sendo que sete, tratam de ressurreigaio da vida, e um, de ressurreigao plena: a de Jesus. 3.14 - Jesus tornou-se o primeiro da real ressurreigo. ___3.15 - Kardec se baseia falsamente em Joao 3.3, trocando a expres renascer de novo. Nascer de novo ja quer dizer renascer. 10 nascer de novo com LIGAO 3: O ESPIRITISMO 47 TEXTO 4 Este Texto é de certa forma uma continuacio do anterior. $6 que, naquele, tratamos da teoria da reencarnagio de uma forma geral, enquanto que, neste, o assunto seré tratado de forma mais analitica, tomando como ponto de partida, Mateus 17.10-13: “Mas os disctpulos o interrogaram: Por que dizem, pois, os escribas ser necessdrio que Elias venha primeiro? Entdo, Jesus respondeu: De fato... Elias jd veio, e no 0 reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram... Entéo, os discfpulos entenderam que lhes falara a respeito de Jodo Batista.” Citemos mais Mateus 11.14: “E, se o quereis reconhecer, ele mesmo & Elias, que estava para vir.” Prevalecendo-se do literalismo destas passagens, escreveu Allan Kardec: “A nog&o de que Joao Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na terra, depara-se em muitos passos dos Evangelhos, especialmente nos acima citados... Se tal crenga fosse um erro, Jesus ndo a deixaria de combater, como o fez com muitas outras, mas, longe disso, a sancionou com a sua autoridade ... E ele mesmo 0 Elias, que ha de vir. Ai néo hé nem figuras nem alegorias; 6 uma afirmacao positiva.” (O. EVANGELHO SEGUNDO 0 ESPIRITISMO - pp. 25,27.) Um dos prinefpios de hermenéutica mais conhecido € aquele que diz. que a Biblia interpreta asimesma. Portanto, somos impedidos de langar mio de recursos alheios ao espitito biblico para interpretar mesmo que seja 0 mais simples dos ensinos dela. A Bfblia mesma dé resposta ds suas indagacdes. A pergunta: Jotio Batista era Elias ou nao? O proprio Joao Batista responde, dizendo: “... Nao sou...” (Jo 1.21). Sobre Joao Batista, diz Lucas 1.17: “E ird diante do Senhor no esptrito e poder de Elias, para...converter os desobedientes & prudéncia dos justos e habilitar para 0 Senhor um povo preparado.” Isto nao quer dizer, em absoluto, que Joao fosse Elias, mas que em seus ministérios proféticos, haveria similaridades. De fato, a Biblia no trata de nenhum outro caso de dois homens 48 LIGAO 3: O ESPIRITISMO to parecidos como Joao Batista ¢ Elias. Lembra o refrdio popular: “Tal pai, tal filho”, Isto nao quer dizer que o filho seja absolutamente igual ao pai, ou que um seja a reencarnagio do outro, mas sim, que existem habitos e similitudes comuns a ambos. Cinco Pontos a Considerar Dentre as muitas razdes porque cremos que Joao Batista niio era Elias, queremos citar apenas cinco, 1. Os judeus criam que Joao Batista fosse Elias ressuscitado, nao reencarnado (Le 9.7,8). 2. Se os judeus realmente acreditassem que Jodo era Elias reencarnado e nao ressuscitado, nao teriam noutra oportunidade, admitido que Cristo fosse Elias ressuscitado. Joao Batista e Cristo, que viveram simultaneamente por trinta anos, no podiam ser Elias ressusci- tado ou reencarnado, ao mesmo tempo (Le 9.7.9). 3. Se reencarnagao é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existéncia com um 86 espirito, é evidente que um vivo ndo pode ser reencarnagaio de alguém que no morreu. Fica claro assim que Joao nao era a reencarnagao de Elias, jé que este ndio morreu, tendo sido trasladado vivo (2 Rs 2.11), 4, Se Jodo Batista fosse Elias, quem primeiro teria conhecimento disso seria ele mesmo e néio os judeus ou os espiritas. Aqueles que lhe perguntaram: “... Es tu Elias...?”, ele res-pondeu desembaragadament NéGo sou..." (Jo 1.21). 5. Se Joao Batista fosse Elias, no momento da transfiguragao de Cristo teriam aparecido Moisés e Joo e no Moisés e Elias (Mt 17.1-8).. Fica mostrado, portanto, que a Biblia nao apoia a absurda teoria espiritista da reencarnagio. Até mesmo os chamados “fatos comprovados” de reencanaco apresentados pelos defensores do Espiritismo, nao provam coisa alguma. PERGUNTAS E EXERCiCIOS ASSINALE COM “X” A ALTERNATIVA CORRETA. 3.16 - Allan Kardec afirmou que os profetas podiam reviver na terra, dando como exemplo Jodo Batista, que seria a reencarnagio de ___a. Josias. __b. Elias. . Ezequias. _4. Moisés i” —_l 3: OESPIRITISMO. 49 3.17- A pergunta se ele era Elias, Joao Batista respondeu: Eu sow..”” ba. Talves...” Nao sou.” a". Nao thes interessa...” 3.18- Sobre Jodo Batista, Lucas 1.17 confirma que no ministério dele, haveria similaridades com 0 ministério de __a. Elias. __b. Obadias. ec. Sofonias. 4. osias. 3.19- Se Joao Batista fosse Elias, quem primeiro saberia disto _a. seriam os judeus. __b. seria o proprio Joao Batista. __c. seriam os gentios. _d. seria Elias. TEXTO 5 INVOCACAO DE MORTOS Reencamagio e invocagdo de mortos siio as duas principais estacas de sustentaglio de toda a fraude espiritista, Se ambas forem removidas, o Espiritismo ruira irremediavelmente. Mostramos nos dois Textos anteriores como a teoria da reencarnagio nao prevalece diante da Biblia, Neste Texto, porém, trataremos da no menos fraudulenta invocagao de mortos. 0 Que a Biblia Diz ‘Aos hebreus que safram do Egito, ao se aproximarem de Canai, disse Deus por intermédio de Moisés: 50 LICAO 3: O ESPIRITISMO_ Com base nestas palavras de Moisés, no seu livro © CEU E O INFERNO, traduz Allan Kardec: *.. Moisés devia pois, por politica, inspirar aos hebreus averséo a todos os costumes que pudessem ter semelhangas e pontos de contato com o inimigo.” Refutagio ‘Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagios dos cananeus, simplesmente por azBes politicas, como afirma Allan Kardec, demonstragio de ignoriincia quanto as Eserituras, [A proibigdo divina de se consultar os mortos no prova que hiavia comunicagio com eles Prova apenas que havia a consulta aos mortos, o que nao significa comunicagio real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicagao, Na prética de tais consultas aos mortos, sempre houve embuste, mistificagdo, mentira, farsa e manifestagio de demOnios. Eo que acontece nas sessdes espititas, onde espiitos demonfacos, espiitos enganadores se manifestam, personificando pessoas amadas falecidas. Alguns desses espititos se manifestam, identificando-se com nomes de grandes homens, ministrando ensinos, e até apresentando projetos éticos ¢ humanitérios, que terminam sempre em malogro. Sao espititos enganadores a servigo do pai da mentira, Satanas. © povo de Deus, porém, possui a inigualével revelago de Deus pela quel disciplina a sua vida: “Quando vos disserem: Consultai os necromantes € 08 advinhos, que chilreiam e murmuram, caso, nao consultaré 0 povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultardo os mortos? A lei e ao testemunho! Se eles néo falarem desta maneira, jamais verdo a alva.” (Is 8.19,20). O Estado dos Mortos CO testemunho geral das Escrituras € que os mortos, devido ao estado em que se encontram, nfo tém parte em nada do que se faz € acontece na terra. Veja por exemplo que disseram ‘grandes expoentes do Antigo Testamento, sobre 0 assunto. 1, Salomio. “Porque os vivos sabem que hao de morrer, mas os mortos ... no tém eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol” (Ee 9.5,6). 2. Davi. “Mostrards tu prodigios aos mortos ou os finados se levantarto para te louvar? Serd referida a tua bondade na sepultura? A tua fidelidade, nos abismos? Acaso, nas trovas se manifestam as tuas maravithas? Ea ta justica, na terra do esquecimento?” (S| 88.10-12) 3. Ezequias. “A sepultura niio te pode louvar, nem a morte glorificar-te; ndo esperam em tua fidelidade os que descem a cova. Os vivos, somente os vivos, esses te lowvam como hoje eu 0 faa; 0 pai fart notéria aos filhos a tua fidelidade” (Is 38.18,19) 4. J6. “Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce d sepultura jamais tornaré a subir. Nunca mais tornard a sua casa, nem o lugar onde habita o conhecerd jamais.” (16 7.9,10). LICAO 3: 0 ESPIRITISMO_ Conclusio Nenhum dos textos biblicos até aqui citados contradiz com a esperanea biblica da ressurreigdo dos mortos, uns para a vida eterna, outros para vergonha e horror eterno (Dn 12.2). Oscitados textos mostram, sim, que o homem apés a morte, na sepultura, jamais poderd voltar a este mundo para viver como dantes, e que na sepultura nada poderd fazer por si mesmo € muito menos pelos vivos. PERGU) ASSOCIE A COLUNA “A” DE ACORDO COM A COLUNA “B” _3.20- Allan Kardec afirmou erradamente que Moisés se opunha aos cananeus por razdes 3.21 - Os espiritos que aparecem sob nomes de grandes homens esto a servigo de __3.22- As Escrituras afirmam que os mortos néio tém qualquer parte do que se faz debaixo do sol. __3.23- “A sepultura ndo pode louvar a Deus, nem a mor te _3.24- “... como a nuvem se desfac & passa, aquele que desce @ sepultura jamais tornaré a subir” "AS E EXERCICIOS 51 Coluna A. Salomao (Ec 9.5, 6). B. Satands C16 D. politicas. E. glorificar-Te”. 52 _ LICAO 3: 0 ESPIRITISMO. - REVISAO GERAL - ASSINALE COM “X” A ALTERNATIVA CORRETA 3.25 - A figura principal dos arraiais espiritas na Franga: __a. Margaret Fox. __». Allan Kardec. _—¢. Kate Fox. 4. Nenhuma das alternativas esta correta. 3.26 - Dentre as muitas priticas do Espiritismo comum, citamos ___a. astrologia. __b. grafologia. __c. quiromancia. _d, Todas as alternativas estio corretas. 3.27 - O Evangelho Segundo o Espiritismo afirma que a reencarnagao fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de __a. ressurreigao. __b. ascensio. __¢. Visio. 4d. Todas as alternativas esto corretas. 3.28- A pergunta se Jo%o Batista era Elias, a resposta negativa foi dada __-a. por Jesus Cristo. __b. por Joao mesmo. __¢. por Eliseu. __-d. Nenhuma das alternativas esté correta. 3.29 - Conforme Daniel 12.2, muitas pessoas cujos corpos estio enterrados, ressuscitarao, uns para a vida eterna e outros __a. fugirdio da sentenga com medo. ___b. se mostrario indiferentes. ___¢. recebero castigo eterno. __d. pedirao cleméncia. puree ofa oxe(Cont)* | onserarriss0 Na Lig&io anterior fizemos um resumo hist6rico do Espiritismo nos dias modernos. A partir do Texto 2, destacamos os principais elementos do Espiritismo; tratamos nos dois Textos seguintes acerca da falsa teoria da reencarnagao, e, concluimos com um Texto introdutério a invocagao de mortos, uma das estacas de sustentagao do Espiritismo. Nesta Ligiio, porém, trataremos de forma mais profunda, acerca da invocagao de mortos, tomando como ponto de partida a consulta feita pelo rei Saul 4 médium de En-Dor, conforme registra capitulo 28 de 1 Samuel. O Texto 2 responde a pergunta: “Podem os mortos ajudar os vivos?” Para respondé-la, langamos mao da histéria do rico ¢ Lazaro, contada por Jesus Cristo ¢ registrada no capitulo 16 do Evangelho segundo escreveu Siio Lucas. O Texto 3, “De Deus Nao Se Zomba”, trata do triste episédio das mortes do bispo episcopal, James A. Pike e seu filho Jim, apés 0 enyolvimento de ambos com o Espiritismo. O Texto 4 traz um resumido vocabulario do linguajar espiritista. E por fim, 0 Texto 5 contém um resumo doutrinério do Espiritismo, verdadeira negagdo das verdades imutaveis das Sagradas Escrituras. ESBOCO DA LICAO 1, Saul ¢ a Médium de En-Dor 2. Podem os Mortos Comunicar-se com os Vivos? 3. De Deus Nao Se Zomba 4. Vocabulario Espfrita 5. O Espiritismo e Suas Crengas | 33 —— ' 54 LICAO4: 0 BSPIRITISMO- CONT OBJETIVOS DA LICAO Aconcli estado desta Lic, vot d everd ser capaz de |, Provarbiblicamente que um esptito maligno e nfo Samuel apareoeu &médium na sessio espa de En-Dor, 2, Mostrar como ¢ impossvel ao morts ajuda os vivosnalguma cosa 3, Fazer um resumo do episddio envolvendo obispo episcopal James A. Pike e seu filo Jim, e do perigo que come campo do Espino; agueles que se dio & busca de expertncias no 4, Citar as palavras-chave do voca ii epitista 5, Refutar pela Biliaasprincpascrengas do Espntismo, LICAO 4: O ESPIRITISMO - CONT. 55 TEXTO1 SAUL E A MEDIUM DE EN-DOR No Texto 5 da Ligdo anterior tratamos da invocagio dos mortos, de uma forma geral. Neste Texto, vamos tratar do assunto de forma mais analitica, tomando 0 caso da consulta feita por Saul 1 médium espfrita de En-Dor. Para isto, ponha este livro de lado por um instante e tome a sua Biblia, abrindo-a no capitulo 28 de 1 Samuel. Leia atentamente todo esse capitulo e depois volte a este Texto, Concluida a leitura desta porgao das Escrituras, vem & mente perguntas, como: “E ou no possivel comunicar-se com os espiritos de pessoas falecidas?” “Foi ou no Samuel quem apareceu na sessiio espitita de En-Dor?” Muitas so as respostas que aqui poderiam ser dadas. Por exemplo “a comunidade judaica sempre acreditou que Samuel realmente apareceu naquela ocasiaio”. Essa também era a opiniiio de destacados Iideres da Igreja dos primeiros séculos, entre eles, Justino Martir e Origenes. Mas, por outro lado, Tertuliano, JerGnimo, Lutero ¢ Calvino acreditavam que um deménio apareceu ali em forma de pessoa, personificando a Samuel. Anilise Biblica do Caso Uma cuidadosa anélise de 1 Samuel 28, mostra com clareza que um espftito de engano, € no Samuel, foi quem apareceu na sessio espftita de En-Dor. Dentre as muitas evidéncias contra aqueles que ensinam que Samuel apareceu na sessio espfrita de En-Dor, vamos apresentar apenas algumas que se seguem: 1. Nem a médium nem 0 seu espirito de mediunidade tinham poder sobre Samuel. S6 Deus exerce esse poder, pelo que nao iria permitir que Seu fiel servo viesse a se tornar parte de uma pratica que o proprio Deus condena (Dt 18.9-14). 2. Apés informar a Saul que Deus o tinha rejeitado, Samuel nunca mais falou a respeito desse rei (1 Sm 15.35). 3. Se Samuel tivesse aparecido na ocasiao, ele nao teria mentido, dizendo que Saul perturbara seu descanso; nem dito que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte (vv. 15,19), 0 que nao aconteceu. 4, Saul mesmo dissera que Deus j4 n’o Ihe respondia nem pelo ministério dos profetas ¢ nem por sonhos (vv. 6,15). Deste modo, Deus, no ultimo momento, a) niio teria cedido ao desejo de Saul, de receber outra revelagiio; ») ni teria entrado em contradigao com a Sua Palavra que nega a possibilidade de vivos terem contato com os mortos (J6 7.9,10; Ec 9.5,6; Le 16.31). 56 ____LICAO 4: 0 ESPIRITISMO - CONT. ¢) nao teria criado a impressao que, tentar entrar em contato com os mortos no 6 to mau como antes Ele mesmo dissera (Dt 18.9-14); 4) nao teria afirmado que Saul deveria morrer por causa da consulta feita a médium, (1 Cr 10.13) 5, Saul disse @ médium a quem ela deveria chamar. A médium temeu: a) porque ela viu um espirito maligno naquela aparigao que, como “prodigio de mentira”, se fez passar por Samuel, isto é, personificando-o, Considerar bem a segunda parte do versiculo 8, Era uma auténtica sesso espirita. b) porque uma vez ela reconhecendo a Saul, lembrou-se que ele era inimigo das priticas espiritistas (v. 12). 6. Saul mesmo nfo viu Samuel. De acordo com a descrigio da médium, ele mesmo “entendeu” que a personagem descrita era Samuel (v. 14), 7. Quanto a profecia abordada durante a sesso de En-Dor, J. K. Van Baalen, no seu livro O CAOS DAS SEITAS, da as seguintes possibilidades: a) a mulher percebeu o medo de Saul, de que o seu fim era iminente. E isso ela predisse; b)amulher tomou conhecimento da profecia feita antes por Samuel a respeito de Saul (1 Sm 15.16,18). Depois dessa profecia ¢ dos fatos a ela subseqiientes, de 1 Samuel 15.19.35, Saul tornou-se hostil a Samuel, como est patente em | Sm 16.2. A pitonisa, sendo astuta e conhecendo esses fatos negativos contra Saul, disse-Ihe o que ele esperava ouvir; c) se um deménio se fez passar por Samuel e falou por meio da médium, ent&io a mulher lembrando-se da profecia de Samuel, fez uso da mesma, 8. Nao carecia que alguém fosse um perito ou estrategista em guerra para prever a iminente derrota de Saul e de Israel diante dos filisteus, tendo em vista os fatos de 1 Samuel 13.8-14¢ 15.18-28. Em todos os tempos 0 salrio do pecado é a morte. A questiio dessa guerra jé havia sido decidida bem antes de Saul consultar a médium. 9. A parte final do vaticinio da médium nfo foi verdadeiro no seu cumprimento, pois, nem Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos. LIGAO 4: O ESPIRITISMO - CONT. 57 Conclusio A melhor maneira de se definir o Espiritismo é chamé-lo de “Profundezas de Satands” (Ap 2.24 ARC). Assim devemos ter sempre em mente os fatos que mostram que Satands 1.60 pai da mentira (Jo 8.44); 2. sabe imitar a realidade com os seus embustes (Ex 7.22; 8.7); 3. se transforma em anjo de luz (2 Co 11.14); 4, tem poder de operar milagres, isto é, falsos milagres (2 Ts 2.9). Aqueles que se envolvem com 0 Espiritismo, estéo sob as malhas da rede de Satanés, correndo o perigo de jamais se verem livres delas. E 0 que dizer da aparigiio de Moisés e Elias, no momento da transfiguraco de Cristo? Devemos considerar que a) eles apareceram nao por influéncia de qualquer médium, mas pela vontade soberana de Deus; b) eles nao revelaram nenhum elemento novo ao sacrificio de Cristo; ) suas palavras ditas naquela oportunidade, no se acham registradas nas Escrituras. PERGUNTAS E EXERCICIOS MARQUE “C” PARA CERTO E “E” PARA ERRADO 4.01 - Analisando 1 Samuel 28, fica claro que um espirito enganador, apareceu na sessiio espfrita de En-Dor. 4.02 Amédium c 0 seu espirito de mediunidade, ndo tinham poder sobre Samuel. $6 Deus tem esse poder. 4.03 - Se Deus nao respondia a Saul pelo ministério dos profetas ou sonhos, também nao Ihe permitia outra revelagio. 4.04 - Espiritismo pode ser definido como “profundezas de Satands”. 4.05 - A Satands niio € dado poder de operar falsos milagres. ee. 58 LICAO 4: 0 ESPIRITISMO - CONT. TEXTO2 PODEM OS MORTOS COMUNICAR-SE COM OS VIVOS? No timo Texto da Ligdo anterior, e no primeiro desta, mostramos que a tentativa de se comunicar com 0 espirito de pessoas mortas, € nao s6 uma frontal rejei¢do a orientagio divina, ‘mas também um ardil de Satands, através do qual ele tem mantido enganados milhdes de pessoas em diferentes pontos da terra. ‘Neste Texto tentaremos responder & pergunta: Podem os mortos comunicar-se com os vivos e ajudé-los? Para isso, lancemos mao da hist6ria do rico e Lézaro, contada por Jesus ¢ registrada por Lucas no capitulo 16 do seu Evangelho, versiculos 19 a 31. s versiculos 22 ¢ 23, dizem: Um Quadro Contrastante ‘Veja que quadro contrastante! Lézaro morre e é levado ao parafso de Deus, enquanto que © rico, ao morrer, é langado no inferno, de onde, em agonias, clama: “... Pai Abrado, tem misericordia de mim! E manda a Lézaro que mothe em Ggua a ponta do dedo ¢ me refresque a Lingua, porque estou atormentado nesta chama.” (v.24). ‘Naguele instante de extrema dor, um pequenino favor de Lézaro poderia ajudar a amenizar © sofrimento daquela infeliz alma, porém, o pai Abraiio respondeu: Jé sem nenhuma esperanga de que o seu sofrimento fosse minorado, o homem rico clama agora em beneficio dos seus entes queridos: _ LICAO 4: O ESPIRITISMO - CONT. en 59 “\., Pai, eu te imploro que o mandes & minha casa paterna, porque tenho cinco irmaos; para que thes dé testemunho, a fim de ndo virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abrato: Eles tém Moisés e os profetas; ougam-nos. Mas ele insistiu: Nao, pai Abrado; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arre- pender-se-do. Abrado, porém, thes respondeu: Se néio ouvem a Moisés e aos Pro- ‘fetas, tampouco se deixardo persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.” (vv. 27-31). Feita uma andlise desta passagem, a conclusio a que se chega é a de que: 1. A vida no porvir sera uma conseqiiéncia natural da vida que se viveu aqui na terra: Lazaro que era piedoso e temente a Deus aqui, morreu € foi levado ao paraiso, enquanto que 0 homem rico, que vivia longe de Deus e era vaidoso e indiferente as necessidades dos outros, morreu e foi lancado no inferno. 2. O lugar onde ser langado os perdidos sera um lugar de sofrimento eterno, e nao um lugar de purificacZo e aperfeigoamento de espiritos. 3. Se ao homem aqui, vivendo impia e perversamente, abre-se-Ihe uma porta de escape aps a morte como admite o Espiritismo, 0 Evangelho de Cristo deixa de ser 0 que € ¢ 0 Seu sactificio torna-se desnecessério e absurdo quanto a salvar a raga humana. 4, Se um falecido pudesse ajudar de alguma forma os seus entes queridos vivos, 0 homem rico nao teria rogado a Abraio que enviasse Lazaro ou um dos mortos & casa dos seus, irmaos, a fim de adverti-los do perigo de cair no inferno; ele mesmo teria feito isso. 5. Se fosse possivel que o espfrito de um falecido pudesse ajudar os vivos, Deus teria permitido que Lizaro, um dos mortos, ou préprio homem rico, exercesse influéncia junto aos parentes deste. 6, Tudo quanto o homem precisa saber concernente & salvagdo e a vida eterna, acha- se exarado nos escritos de Moisés, dos profetas, dos evangelistas e dos apéstolos. Toda a revelagdo divina escrita, esté condicionada as seguintes palavras de Jesus Cristo: “Eu, a todo aquele que owe as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém thes fizer qualquer acréscimo, Deus Ihe acrescentaré os flagelos escritos 60 oe LICAO 4: 0 ESPIRITISMO - CONT] Assim os chamados “bons ensinamentos” dos espiritos dos mortos, defendidos pelo Espiritismo, nada mais so do que ensinamentos de deménios, pois apresentam-se como nova fonte de revelagdo, em detrimento da verdadeira revelagio de Deus, a Sua Palavra. PERGUNTAS E EXERCICIOS ASSINALE COM “X” A ALTERNATIVA CORRETA. 4.06 - Orico, em tormento, clamou pela misericérdia de Abraiio, a quem viu de longe, para man dar Lazaro __a. ficar em sua companhia. _b. refrescar-Ihe a Ifngua, ©. arrepender-se dos seus pecados. 4. Todas as alternativas estiio corretas. 4.07 - A pergunta: “Podem os mortos ajudar os vivos?”, a resposta encontra-se na parabola de Jesus sobre a. 0 rico ¢ Lézaro, __b. Lazaro e suas irmiis. __c. 0 lar de Betinia, __d.Nenhuma das alternativas est4 correta. 4,08 - O lugar reservado aos perdidos, é um lugar de ___a. aperfeigoamento do carter. ___b. sofrimento eterno. ©. aperfeigoamento do espirito. __d.Nenhuma das alternativas estd correta, 4.09 - Os chamados “bons ensinamentos”, dos espiritos dos mortos, defendidos pelo Espiritismo, so ___a ensinamentos de pessoas bem relacionadas. __b. verdadeiras ligées de altruismo. —_c.ensinamentos de deménios. __d. Nenhuma das altemativas esto corretas. LICAO 4: 0 ESPIRITISMO - CONT. 61 4.10- Apocalipse 22.18,19 registra a proclamagao de Jesus que aninguém é dado tirar ou acres- centar alguma coisa a Eseritura, Se 0 fizer, “... Deus tirard a sua __a. parte da drvore da vida.” familia...” —e: heranga dd. Todas as alternativas esto corretas. TEXTO3 DE DEUS NAO SE ZOMBA ‘Através deste Texto mostraremos o grande perigo que correm aquelas pessoas que se dio 4stristes aventuras espiritistas, Usaremos a historia do bispo episcopal, James A. Pike, envolvendo ‘= morte do seu filho Jim, no relacionamento de ambos com o Espiritismo. Esta historia foi escrita no ANUARIO ESPIRITA (1971). Reportamo-nos a ela como meio de oferecer subsidio ao aluno, ‘20 combater ao Espiritismo, e para advertir aqueles que estio se deixando iludir por esses ensinos de deminios. A Trigica Morte de Jim Coisas Estranhas Comegam a Acontecer Apés os funcrais do filho nos Estados Unidos, Pike voltou com seus problemas para Cambridge. No quarto do hotel onde antes estivera com o filho, coisas estranhas comegaram a ... foupas eram atiradas dos armarios, livros moviam-se das estantes’, relata 0 mesmo 62 LIGAO 4: 0 ESPIRITISMO - CONT. ‘Como toda pessoa que se envolve com o Espiritismo, Pike resolveu dar um passo desastroso na vida, Em vez de normalizar a sua situago com Deus, saiu & procura de alguém que pudesse explicar tais fendmenos. Foi assim que, com a ajuda de amigos, entrou em contato com a médium inglesa, Ena Twigg. Uma sesso foi marcada e Pike teve o primeiro contato com aquilo que ele julgou ser 0 espirito do seu filho. O espirito dizia: “Tenho sido tio infeliz”. Instado pelo pai, respondeu que nfo acreditava em Deus como uma pessoa, mas que, agora, acreditava na eternidade. Actescenta 0 Anuario: Pike Deixa a Sua Igreja Logo apés chegar a América, de volta da Inglaterra, Pike entrou em contato com omédium american Arthur Ford, com o qual teve participagdo num programa de televisio. No citado programa, Ford, em transe, transmitiu mensagens que diziam ser de Jim a Pike. O programa produziu um escéindalo tio grande, que deixou a imprensa americana e inglesa num verdadeiro i reboligo, A Igreja Episcopal protestou ¢ Pike resolveu deixé-la. ‘Nao muito depois da morte de Jim, apés ingerir forte dose de barbitiiricos, morre a senhora Maren Bergrud, secretaria de confianca de Pike. Bla sofria de céncer. Certo dia, estando ela bem melhor de saiide, os espiritos segredaram-Ihe ao ouvido que se pusesse fim a sua vida poderia perpetuar aquele estado, Foi o que ela fez. Com a morte do filho e agora da secretiria, Pike ficou quase arrasado; mesmo assim continuou buscando fendmenos relacionados ao além-tirmulo. “Do Outro Lado” Pike juntou todo o material de todas as sessées espiritas das quais tinha participado, escreveu 0 livro DO OUTRO LADO. Pike foi presa facil, caindo sob a armadilha do Espiritismo sem nenhuma resisténcia. ‘Ao abandonar a Igreja Episcopal, Pike decidiu fundar uma entidade para estudo psiquicos. Num dos seus didlogos com o suposto espirito de Jim, indagou se o filho ouvia falar de Jesus, a0 que ele respondeu: —L | LIGAO 4: O ESPIRITISMO - CONT. 63 O Salirio do Pecado Pike partiu para a Palestina a fim de fazer uma pesquisa a respeito de Jesus Cristo, nos proprios lugares por onde Ele andou e exerceu o Seu ministério. A Biblia ja no Ihe valia nada, Jesus, o Cristo Filho do Deus vivo, no passava de um mito, um mistico, um vidente. Ali aconteceu ‘© que certamente ele nao previa: no dia 7 de setembro de 1969 ele morreu e o seu corpo foi achado quase coberto de areia nos desertos préximos do Mar Morto. Vale lembrar as palavras de Paulo: PERGUNTAS E EXERCICIOS ASSOCIE A COLUNA “A” DE ACORDO COM A COLUNA “B” Coluna “A” «pr __4.11- Dois personagens envolvidos com o Espiritismo: ‘A. Nova York. ___4.12- Jim suicidou-se num quarto de hotel, em_ B. Arthur Ford. __4.13 - Ap6s os funerais do filho, Pike voltou para C. Pike e Jim. 4.14 - Médium americano com quem Pike fez contato, na D. Cambridge. América do Norte: E. DO OUTRO LADO. 4.15 - Pike juntou o material das sessGes espftitas em que participara e escreveu 0 livro 64 LICAO 4: 0 ESPIRITISMO - CONT. TEXTO4 VOCABULARIO ESP{RITA ‘Assim como a pessoa ¢ identificada pelo vocabulério que usa, também o Espiritismo € melhor identificado através do vocabuldrio que usa para comunicar os seus enganos. E evidente {que muitas das palavras seguintes, usadas no linguajarespiritista, pode ter diferentes sentios, por exemplo, de acordo com a ciéncia, Porém, na relagio a seguir, vamos dar 0 significado de cada palavra de acordo com a interpretago dada pelo Espiritismo. Médium. Pessoa a quem se atribui o poder de se comunicar com 0 espirito de um morto. Mediunidade. E o fendmeno em que uma pessoa recebe um outro espirito, supostamente de uma pessoa falecida, sendo que esse espitito recebido, passa a dominar a mente do “médium”, que perde o controle ¢ 0 dominio do seu proprio corpo. Clarividénoia e Clariaudigncia. Fendmenos espiritas segundo os quais uma pessoa pode sentir, observar e ver os espfritos que a rodeiam,servindo de elo de ligaglio e comunicagao entre o mundo visivel ¢ 0 invisivel. Levitagdo. Forga psiquica gerada por uma ou mais mentes na imposigdo de maos, onde um objeto ou uma pessoa pode se elevar do solo. £ muito praticada na parapsicologia, que 6 uma falsa ciéncia. ‘Telepatia. Comunicagdo por via extra-sensorial entre duas mentes & distancia. ‘Transmissio de pensamento. Criptestesia. E 0 fendmeno da sensagao do oculto, ou seja, 0 conhecimento de um fato transmitido por um morto, sem conhecimento de alguém vivo. Premonigdo. Sensago, pressentimento do que vai suceder. Metagnomia. E a resolugdo de problemas matemiticos, obras artisticas que se produzem e linguas desconhecidas que se decifram. Lembre-se de que isto nada tem a ver com rnenhum dos dons do Espftito Santo. ‘Telecinesia. Movimentos de objetos, toque de instrumentos musicais, movimentos «de balangos sem o toque de mis. Caracteristicas destes Fendmenos Céssio Colombo, espirita, no ESTUDO SOBRE 0 ESPIRITISMO, detalha a seu modo, que il LICAO 4: O ESPIRITISMO - CONT. 65 esses “fendmenos”, 1. no sfio fatos comuns da vida; antes, impressionam pela sua anormalidade; 2. ocorrem apenas com determinadas pessoas que também recebem o nome de lentes ou médiuns; 3. so, pelo menos na aparéncia, fatos inteligentes; 4, silo fatos que ninguém tem a consciéncia de causé-los. Daf atrit outrem, ou seja, ndio hé entidade responsavel pelos trabalhos; uiclos, cada qual a 5. os metapsiquicos, independem de espago e tempo. Neles, 0 conhecimento ocorre direto, imediato; 6. exigem condiges necessrias para as manifestagdes metapsiquicas: concentragio, penumbra, etc. © medo, a desconfianga e o sarcasmo perturbam essas manifestagdes; 7. quase sempre so chamados de projecia, isto é, os fendmenos sio objetivos € no subjetivos. Nao hd alucinagoes; 8. so mensagens meditinicas, muitas vezes apresentadas de modo simbélico. Exem- plo: para simbolizar uma morte, surge uma despedida; 9. varias vezes ocorrem na hora da morte, supondo-se, neste caso, que os fendmenos surgem por causa da tensiio emotiva e das condigdes vitais que, fugindo & regra, permitem a manifestagdo das forgas latentes do espirito, PERGUNTAS E EXERCICIOS MARQUE “C” PARA CERTO E “E” PARA ERRADO- __4.16- Médium, no vocabulério espitita, é a pessoa que tem o poder de se comunicar com um morto. __4.17- Ao espitita, telepatia significa comunicagao por via sensorial entre duas mentes a dis, tancia. __4.18- Premonigao é sensago, pressentimento do que vai suceder. __4.19- Conforme Cassio Colombo, os ““fendmenos” apontados pelo Espiritismo, impressio- nam pela sua anormalidade. ____4.20- Segundo o ESTUDO SOBRE O ESPIRITISMO, os “fenémenos” ocorrem apenas com determinadas pessoas. 66. LIGAO 4: 0 ESPIRITISMO - CONT. TEXTO5 JA dissemos que as duas principais estacas de sustentagto do Espiritismo sto reencamnagio € invocacio de mortos. Neste Texto vamos mostrar algumas das principais doutrinas do Espiritismo; doutrinas de negagdo e de distorgio da doutrina crista. “Ab-rogamos a idéia de um Deus pessoal.” (THE PHYSICAL PHENEMENA IN SPIRITUALISM REVEALED.) “Deve-se entender que existem tantos deuses quantas sao as mentes que necessitam de um deus para adorar; ndo apenas um, dois, trés, ou muitos.” (THE BANNER OF LIGHT, 3/02/1866.) “Qual 6 0 sentido da palavra Cristo? Nao ¢, como se supée geralmente, 0 filo do Criador de todas as coisas? Qualquer ser justo e perfeito é Cristo.” (SPIRITUAL TELEGRAPH, n? 37.) “Nao obstante, parece que todo o testemunho recebido dos espiritos avangados mostra ‘apenas que Cristo era um médium e um reformador da Judéia, e que agora 6 um espirito avangado na sexta esfera.” (Palavras do Dr. Weisse, citado por Hanson, em DEMONOLOGY OR SPIRITUALISM.) “Cristo foi um homem bom, mas nao poderia ter sido divino, exceto no sentido, talvez ‘em que todos somos divinos." (Mensagem por um espérito, citada por Raupert em SPIRITIST PHENOMENA AND THEIR INTERPRETATION.) “A doutrina ortodoxa da Exolagao é um remanescente dos maiores abusos dos tempos primitivos, e ¢ imoral desde 0 Amago ... A razao dessa doutrina é que o homem nasce neste mundo como pecador perdido, arruinado, merecedor do inferno. Que mentira ultrajante! ... Porventura o sangue nao ferve de indignagao ante tal doutrina?” (MEDIUM AND DAYBREAK.) LECAO 4: 0 ESPIRITISMO - CONT. “Nunca houve qualquer evidéncia de uma queda do homem.” (A. Conan Doyle.) “Precisamos rejeitar 0 conceito de criaturas caidas. Pela queda deve-se entender a descida do espirito a matéria.” (THE TRUE LIGHT.) “Posso dizer que o inferno esta eliminado totalmente, como ha muito jé foi eliminado dos pensamentos de todo homem sensato, Essa idéia odienta, to blasfema em relagao ao Criador, originou-se do exagero de frases orientais, e talvez tenha tido sua utilidade numa era brutal quando os homens eram assustados com chamas, como as feras sao espantadas pelos viajantes.” (A. Conan Doyle em OUTLINES OF SPIRITUALISM.) “Passo a passo avangou a lgreja Crista, e ao fazé-lo, passo a passo, a tocha do Espi- ritismo foi retrocedendo, até que quase nao se podia mais perceber uma fagulha rebrilhante em meio as trevas espessas ... Por mais de mil ¢ oitocentos anos a chamada Igreja Crista se tem imposto entre os mortais e os espiritos, barrando toda oportunidade de progresso e desenvolvimento. Atualmente ela se ergue como completa barreira ao progresso humano, como ja fazia ha mil e oitocentos anos.” (MIND AND MATTER, 8 de maio de 1880.) “Se o cristianismo sobreviver, o Espiritismo deve morre se 0 Espiritismo tiver de sobreviver, 0 cristianismo deve desaparecer. So a antitese um do outro. (MIND AND MATTER, junho de 1880.) “Asseverar que ela € um livro santo e divino, que Deus inspirou os seus escritores para tornar conhecida a sua vontade divina, é um grosseiro ultraje e um logro para com o publico.” (OUTLINES OF SPIRITUALISM.) “Gostamos pouco de discutir baseados na Biblia, porque além de a conhecermos mal, encontramos nela, misturados com os mais santos e sdbios ensinamentos, os mais descabidos e inaceitaveis absurdos.” (Carlos Imbassahy, O ESPIRITISMO ANALISADO.) 68 7 LICAO 4: O ESPIRITISMO - CONT, Refutacaio A Biblia Sagrada, a espada do Espirito Santo (Ef 6.17), langa a doutrina espiritista por terra, e declara em alto e bom som, que: 1. Deus a) € um Ser pessoal (Jo 17.3; SI 116.1,2; Gn 6.6; Ap 3.19). b) é um Ser tnico (Dt 6.4; Is 45.5,18: 1 Tm 1.17; Jd 25). 2. Jesus Cristo a) 6, sempre foi, e sera superior aos homens (Hb 7.26). b) € apresentado na Biblia como profeta, sacerdote e rei, e nunca como médium (At 3.19-24; Hb 7.26,27; Fp 2.9-11). 3. A Expiagio do Pecado a) foi um ato voluntario de Cristo (Tt 2.14). b) é alcangada através da fé em Cristo (At 10.43). c) € obtida pelo sangue de Cristo, segundo as riquezas da Sua graca (Ef 1.7). 4. A Queda a) sobreveio como conseqtiéncia da desobediéncia de Addo (Rm 5.12,15,19). b) decorreu da tentagio do diabo (Gn 3.1-5; 1 Tm 2.14). 5.0 Inferno a) foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41). b) fica nas profundezas abaixo (Pv 15,24; Le 10.15). ©) seré a habitagdo final e eterna dos impios (SI 9.17; Mt 25.41). 6. A Igreja a) foi fundada por Jesus Cristo (Mt 16.18). b) jamais sera vencida (Mt 16.18). »— LICAO 4; 0 ESPIRITISMO - CONT. 69 ©) € guardada pelo Senhor (Ap 3.10). 7.4 Biblia a) € a Palavra de Deus (2 Sm 22.31; SI 12.6; Jr 1.12). ) foi escrita sob inspiragdo divina (2 Pe 1.20,21). c) € absolutamente digna de confianga (SI 111.7). 4) € declarada como pura (SI 19.8); espiritual (Rm 7.14); santa, justa, boa (Rm 7.12); ilimitada (S1 119.96); perfeita (SI 19.7; Pv 30.5); verdadeira (SI 119.142); ndo pesada (1 Jo 5.3). Conclusao Conclufmos esta Ligdo citando as palavras do poeta Ifrico alemao Henrique Heine: PERGUNTAS E EXERCICIOS ASSOCIE A COLUNA “A” DE ACORDO COM A COLUNA “B” Coluna “A” «p _421- Deus é um Ser A. Tesus Cristo. __4.22- Ele sempre foi e serd superior aos homens: B, serd vencida, 4.23 - A queda sobreveio como conseqtiéncia da C. desobediéncia de Adao. _4.24- A Igreja, jamais D. inspiragao divina. __4.25 - A Biblia foi escrita sob E. pessoal e tinico. 10 LICAO 4: O ESPIRITISMO - CONT} = REVISAO GERAL - ASSINALE COM “X” A ALTERNATIVA CORRETA 4.26- Uma andlise cuidadosa de 1 Samuel 28, mostra que o espitito que apareceu na sesso em| En-dor, foi a. 0 de Samuel, __b.um espirito enganador, —_c.um espifito do bem. do de Saul. 4.27 - O caso do rico e Lazaro (Le 16), dé-nos prova de que ___a. 08 vivos podem ajudar os mortos. ___.0s mortos podem comunicar-se com os vivos. ___¢. 08 vivos no podem ajudar os mortos. _d.0s mortos podem ajudar os vivos. 4.28 - A histéria do bispo episcopal James A. Pike, deixa claro que —a.“... de Deus ndo se zomba...” __b. Deus tem compaixaio daquele que O despreza. __c.0 homem é suficiente para encontrar a sua felicidade. _—d.Nenhuma das alternativas est correta. 4.29 A pessoa que julga-se ter o poder de se comunicar com um morto, & —a. clarividente. —_b. médium. __¢. telepatico. __d.dado & premonigio. 4.30- A expiagio do pecado a. foi um ato voluntério de Cristo. __b.€ alcangada através da f& em Cristo. ___c.€ obtida pelo sangue de Cristo, segundo as riquezas da Sua graga. 4. Todas as alternativas esto corretas. A histéria do Mormonismo tem inicio com a pessoa de Joseph Smith, nascido a 23 de dezembro de 1805, no condado de Windsor, estado de Vermont, nos Estados Unidos. Filho de pais presbiterianos, Joseph Smith teve uma infancia perturbada, o que contribuiu para que cedo na vida se desiludisse com as igrejas que conhecera. Com a idade de 14 anos teve uma “visdo”, na qual Ihe teriam aparecido o Pai e o Filho, comissionando-o a restaurar a Igreja que, segundo 0 Mormonismo, estava decadente. As “visdes” se sucederam até que, segundo relata o préprio Smith, por meio do anjo Moroni, ele obteve umas placas de ouro, escritas num idioma primitivo, as quais traduzidas para o inglés, forma o que hoje & conhecido como O LIVRO DE MORMON. O Mormonismo comega assim com uma hist6ria fantasiosa. Com o surgimento do LIVRO DE MORMON, Joseph Smith organizou os seus seguidores em torno de uma igreja A qual chamou “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias”. Por todos os recantos da América corria a noticia da nova seita que fez do préprio Joseph Smith © seu “profeta”. No decorrer desta Lio, faremos uma andlise das “profecias” do Sr. Smith, estudando-as 8 luz da revelacao divina contida na Biblia Sagrada. Nos dois iiltimos Textos, faremos uma sinopse doutrinaria do Mormonismo, ao ensinar intoleraveis doutrinas completamente alienadas da Palavra de Deus. BOCO DA LICAO 1. Resumo Histérico do Mormonismo 2.0 Livro de Mérmon 3. O “Profeta” Joseph Smith 4. Principais Doutrinas do Mormonismo 5. Principais Doutrinas do Mormonismo (cont.) 71 22 LICAOS 0 MORMONISMO OBJETIVOS DA LICAO Ao concuir estudo desta Ligo, vooé deverd ser capa de |, Fazer um resumo hstGrico do Mormonismo, destacandoo papel desempenhado porJoseph Smith no surgimento deste movimento, 2, Darprovas conlusivas de que OLIVRO DE MORMON é obra de homem eno de Deus; 3, Mencionar as “profecias” de Joseph Smith qu orevelam como um flo profea 4, Destacaralgumas doutrinas flsas do Mormonismo. ; , 1 ota Hevdo~ (wate? y (S790 bri 90 7 ws LICAO 5: 0 MORMONISMO oaneesee 73 TEXTOL RESUMO HISTORICO DO MORMONISMO Para melhor conhecermos a histéria do Mormonismo, necessirio se torna estud-la partindo da sua base, isto é, a vida de Joseph Smith, fundador da seita. A Vida de Joseph Smith Joseph Smith nasceu no dia 23 de dezembro de 1805, na cidade de Sharon, Condado de Windsor, estado de Vermont, Estados Unidos. Tinha mais ou menos dez anos de idade quando, com seus pais, se mudou para Palmyra, no Condado de Ontario (hoje Wayne) no estado de Nova York. Quatro anos apés, mudou-se novamente para Manchester, também no Condado de Ontirio. Joseph Smith foi criado na ignordncia, pobreza e superstigdo, Ainda mogo, se decepcionou com as igrejas que conhecem. Foi nesse tempo que teve a sua primeira “visdo” quando, segundo ele, 0 Pai ¢ 0 Filho Ihe apareceram denunciando a falsidade de todas as igrejas, com as seguintes palavras: “Eles se chegam a mim com os seus labios, mas seus coragées esto longe de mim; eles ensinam mandamentos dos homens como doutrina, tendo aparéncia de santidade, mas negando 0 meu poder.” (O TESTEMUNHO DO PROFETA JOSEPH SMITH, p. 4.) A Segunda Visio Segundo 0 relato do préprio Joseph, apareceu-lhe o anjo Moroni, que vivera naquela mesma regidio ha uns 1.400 anos. Ainda, conforme o prdprio Joseph, Mérmon, um tal profeta pai de Moroni (que evoluiu tornando-se anjo), havia gravado a hist6ria do seu povo em placas de ouro, Quando estavam a ponto de serem exterminados por seus inimigos, 0 anjo Moroni enterrou essas placas ao pé de um monte préximo a Palmyra. Nessa visio, Moroni indicou a Joseph 0 lugar onde as placas haviam sido escondidas, e Ihe emprestou umas pedrinhas especiais, tipo lentes, chamadas “Urim" e “Tumim”, com as quais Joseph Smith poderia decifrar e traduzir os dizeres dessas placas. De posse das placas de ouro e das lentes, Joseph, sentado atras de uma cortina, ditou a um amigo a tradugo. Depois devolveu as placas e as lentes ao anjo Moroni, Uma vez traduzida, a obra foi publicada pela primeira vez em 1829, recebendo o titulo de © LIVRO DE MORMON. Foi com histérias desse tipo que comegou o mormonismo. Fundacio da Igreja Joseph Smith, cedo encontrou quem o aceitasse como profeta, pelo que fundou a “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias”. Desde a sua fundagiio, ficou estabelecido como um princfpio de doutrina que esta era a tinica igreja verdadeira e que fora dela nao havia meio de _ ie 4 LIAO 5: 0 MORMONISMO salvago para o homem, ‘Uma sie de “revelagdes” de Joseph Smith foi desenvolvendo a doutrina da igreja mérmon e transformando-a, através dos anos, numa forma de politeismo. Os crentes, segundo eles devem formar uma teocracia com o assessoramento de doze apéstolos. As pretensdes de dominio de Joseph Smith eram tio ambiciosas que ele chegou a langar a sua candidatura & presidéncia dos Estados Unidos. Joseph Smith e seus seguidores softeram no poucas perseguigdes, razio porque eram levados a peregrinar de um para outro ponto da América, para estabelecer uma colénia ¢ fundar ‘oque eles chamavam o reino de Deus. Encontraram acolhida no estado de Illinois, onde erigiram acidade “Nauvoo”. Ai acusados de grosseira imoralidade, de falsificagdo, de abrigar criminosos foragidos da justica, ¢ de outros delitos, Joseph Smith foi preso, porém uma turba invadiu a cadeia ¢ matou a tiros tanto Joseph Smith como seu irméo Hyrum, Divisio da Igreja Depois da morte de Joseph Smith, a igreja se dividiu. A primeira facgdo seguiu a lideranga de Brigham Young, fiel disoipulo do “profeta” Smith. Como ainda eram muitas as perseguigdes que softiam nessa época, Young ¢ aqueles a quem liderava, aps penosa peregrinagio, em julho de 1847 chegaram ao estado de Utah, na época, territério mexicano niio ocupado, ¢, ai, onde hoje fica a cidade Salt Lake City, fundaram a sede da igreja, uma espécie de quartel-general de onde © mundo seria alcangado pelos apéstolos do Mormonismo.. ‘A maioria decidiu ficar sob a diregdo de um filho de Joseph Smith, e se separou dos demais, permanecendo no estado de Missouri. Reorganizaram a igreja e estabeleceram sua sede em Independence, Missouri. Chamaram-na “Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias”. Esta igreja cresceu e ainda permanece, embora seja menor que a de Utah, Das varias facgdes que surgiram depois da morte de Joseph Smith, outra digna de mengio a “Igreja de Cristo do Lote do Templo”, com sede em Bloomington, estado de Illinois. Segundo as “revelacdes” recebidas, convenceram-se de que Sido, o lugar do regresso de Cristo a terra, seri em Bloomington, e nao na Palestina. Créem que ele teré o seu templo em certo lote da area onde esti a sede dessa igreja. PERGUNTAS E EXERCICIOS ASSINALE COM “X” A ALTERNATIVA CORRETA. 5.01 - O fundador do Mormonismo foi ___a. Moroni. __b.Brigham Young, “Se. Joseph Smith —-d. Joseph Menguelle. LICAO 5: O MORMONISMO_ 75 5.02 - Joseph Smith nasceu em 23 de dezembro de 1805, em Sharon, __a. Inglaterra, Xb. Estados Unidos da América. __c. Franga. __d. México. 5.03 - O anjo que apareceu a Smith, em visio, chamava-se

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