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JOAO PAULO DAVIM TAVARES DA SILVA ESTUDO DA MAQUINABILIDADE DOS COMPOSITOS DE MATRIZ DE ALUMINIO FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO 1997 JOAO PAULO DAVIM TAVARES DA SILVA ESTUDO DA MAQUINABILIDADE DOS COMPOSITOS DE MATRIZ DE ALUMINIO Dissertagdo apresentada & Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto para a obtengo do grau de Doutor ‘em Engenharia Mecfnica, na especialidade de Tecnologia Meciinica DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECANICA E GESTAO INDUSTRIAL FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO 1997 Agradecimentos Em primeiro lugar desejo apresentar os meus agradecimentos ao Prof. Doutor Antonio Paulo Monteiro Baptista, supervisor deste trabalho ¢ meu orientador cientifico ao longo destes tiltimos dez anos, pelo incentivo e gosto pela investigagéo que me transmitiu e, ainda, pela orientagéio e pelos meios materiais e humanos que me proporcionou para a realizagéio do programa da presente dissertacao. Ao Prof, Doutor A. Augusto Fernandes, Professor Catedréitico da FEUP e Presidente do IDMEC-Pélo FEUP, 0 meu reconhecimento pelos meios materiais imprescindiveis que proporcionou para a realizagéio deste estudo e pela insergito do projecto que esteve na base desta investigagao no Instituto a que preside. Ao Doutor Carlos Sa pela colaboragéio e gosto pela investigagdo evidenciado nas diversas sessdes de trabalho efectuadas no microscépio electrénico de varrimento instalado no CEMUP-Centro de Engenharia de Materiais da Universidade do Porto. Estou muito grato ao Eng? Rui Neto nito sé pelos ensinamentos e conselhos dados na Grea dos compésitos de matriz metilica mas também pelos trabalhos preparatorios de seccionamento do material no CETECOFF-Unidade de Fundigéo e Novas Tecnologias. Estou igualmente grato ao Director Geral desta Unidade, Prof. Doutor Barbedo de Magalhées, Professor Catedrdtico da FEUP. A Monsieur J. F. Verpillot do INSA de Lyon, bolseiro do programa ERASMUS, e aos Eng.os Arnaldo Pinto e Miguel Lopes, bolseiros PEDIP, agradego toda a colaboragdo prestada na execugdo do trabalho experimental na oficina ao logo das suas diversas fases. Ao Eng? Fernando Oliveira, Director das Oficinas Mecdnicas e do LET-Laboratério de Ensaios Tecnolégicos, pelas facilidades concedidas na wilizagao dos equipamentos. Uma palavra de aprego para os funciondrios das oficinas pela prontidéto e cuidado colocado na fabricagdo das iniimeras pegas solicitadas ao longo do estucto. Desejo também agradecer, em especial, ao Eng J. Gabriel colega da SAIC-Secgdo de Automagéio Instrumentagao e Controle a ajuda prestada na fase inicial do trabalho. A todos os meus colegas da SMPT-Seceiio de Materiais e Processos Tecnolégicos desejo agradecer o incentivo e bom ambiente de trabatho que me dispensaram. Em particular, ndo quero deixar de expressar a minha gratidao ao meu colega de gabinete Eng? Miguel Figueiredo pela ajuda e apoio constante prestado no dia @ dia durante a realizagio I desta dissertagéo, Ao Prof. Doutor José Gricio, Professor Associado da Universidade de Aveiro ¢ Responsdvel pela Secgdo Auténoma de Engenharia Mecénica, pelas facilidades concedidas em termos de servigo docente de modo a permitir a finalizagdo da redacgdo desta dissertagéio. A Reitoria da Universidade do Porto pela dispensa de servigo que me proporcionou apés quase nove anos de servigo docente ininterrupto, para a realizagdo de parte deste estudo. A JNICT-Junta Nacional de Investigagdo Cientifica e Tecnolégica por ter aprovado ¢ Jinanciado 0 projecto PBIC/C/TPR/17 1/92-Maquinabilidade de Compésitos de Matriz Metiilica que esteve na base do programa de trabathos previsto para esta dissertagdo. Ao programa PRODEP II por me ter atribuido um estégio de seis meses para completar trabalho experimental indispensdvel para concluir os trabalhos. Estou grato & Sandvik Portuguesa pelas facilidades concedidas na aquisigdo e selecedo de grande parte das ferramentas de corte utilizadas no programa experimental e & AIP-Associagdo Industrial Portuense pela ajuda na pesquisa nas bases de dados. Ao INETI-Departamento de Materiais pela producto de compédsitos por via pulverometalirgica para ensaio neste trabalho. Ao DEMEGI-Departamento de Engenharia Mecénica e Gestdo Industrial, na pessoa do seu Presidente, Senhor Prof. Doutor Vasco Sé, Professor Catedratico da FEUP, agradeco pela aprovagdo para preparagdo deste estudo. A todos os colegas do Departamento pelo bom ambiente de trabalho que proporcionaram ao longo destes tiltimos anos quero exprimir 0 meu apreco. A minha colega Eng® Isabel pelo apoio prestado ao longo da realizagéo deste wrabatho. A minha Mée pelo incentivo e pela ajuda na revisdo final do texto. Finalmente, a minha gratidao vai, de um modo geral, para todas as pessoas que estiveram comigo e me auxiliaram e incentivaram na realizagdo deste trabalho. 0 Estudo da maquinabilidade dos compésitos de matriz de aluminio por Jo&o Paulo Davim Tavares da Silva Dissertagdo submetida para satisfagdo dos requistos do grau de Doutor em Engenharia Mectnica, especialidade de Tecnologia Mecinica, pela FEUP e realizada sab a supervisto do Prof, Doutor Ant6nio Paulo Monteiro Baptista Resumo A presente dissertagiio tem como objectivo fundamental o estudo experimental da maquinabilidade dos compésitos de matriz de aluminio, ‘Na prossecugo deste objectivo foram adquiridos meios experimentais e efectuados desenvolvimentos para aquisigdo expedita dos valores das forgas de corte, medigao do desgaste das ferramentas e medigao do acabamento superficial, obtido nos provetes do compésito. Desenvolveram-se varios programas de aquisigao de dados, especificos para ensaios de maquinagem que permitem a obtengdo directa e continua com visualizagio grafica da evolugdo das forgas de corte, quer em toreamento quer em furagto. programa de ensaios envolveu o teste de, aproximadamente, meia centena de brocas ¢ sessenta pastilhas de corte (cerca de 150 pontas) criteriosamente seleccionadas. Ensaiaram- se, quer ferramentas de carbonetos sinterizados das classes K 10/20 com e sem revestimento de TiN, quer ferramentas com insertos de diamante policristalino ou com revestimento de diamante produzido por via quimica. Os compésitos de matriz de aluminio ensaiados foram, no que respeita a matriz e reforgo, dos seguintes tipos: AA3S6/SiC/17p ou 20p; ‘AAG061/SiC/20p; AA383/A1203/208, Os resultados obtidos, sobretudo na maquinagem dos compésitos AA356/SiC/17p ou 20p, permitiram: identificar o tipo e mecanismo de desgaste preponderante nas ferramentas; obter curvas de vida segundo o modelo de Taylor, analisar a evolugéo das componentes das forgas de corte ao longo do tempo de maquinagem; codificar o tipo e forma da apara obtida; determinar débitos das ferramentas, efectuar a modelizagtio em corte ortogonal, calcular 0 indice de maquinabilidade; correlacionar o desgaste na face de saida com a forga de avanco; aplicar ¢ exemplificar a técnica da andlise em frequéncia ao sinal da forga de avango como método indirecto de avaliagao do estado da ferramenta. Foi feita uma comparagio da maquinabilidade dos diversos tipo de compésitos ensaiados. Concluiu-se que para a maquinagem dos compésitos reforgados com particulas de SiC, era indispensavel utilizarem-se ferramentas com insertos de diamante policristalino para se poderem obter pegas mecénicas com qualidade superficial. Identificou-se como desgaste preponderante, por determinar a vida da ferramenta, 0 que se desenvolve na face de saida Palavras Chave: “Maquinabilidade”, “forgas de corte”, “desgaste de ferramentas”, “ ferramentas”, “aparas”, matriz de aluminio”, la das ‘acabamento superficial”, “diamante policristalino”, “compésitos de ™ Study of the machinability of aluminium matrix composites by Joo Paulo Davim Tavares da Silva Dissertation submitted for satisfaction of requirements for PhD. degree in Mechanical Engineering, specialtiy of Mechanical Technology, of the FEUP, under the supervision of Professor Anténio Paulo Monteiro Baptista Abstract The main goal of this dissertation was an experimental investigation of the machinability of aluminiun matrix (metal matrix) composites, To achieve this objective experimental equipment was acquired and developed to allow fast and accurate measurements of the cutting forces, cutting tool wear and surface finish. Many computer programs were developed, specifically for the machining tests, to allow a direct and continuous visualisation of the cutting forces encountered both in drilling and in turning operations, For the test program approximately fifty drills and sixty inserts of cutting were criteriously selected. Cutting tools of the cemented carbides (K10/20) with and without TiN coatings and cutting tools with PCD (polycrystaline diamond) or CVDD (chemical vapour deposition diamond) coatings were tested. The following types of aluminium matrix composites were tested: AA3S6/SiC/17p or 20p, AAGO61/SiC/20p and AA383/A1203/208. The results obtained, particularity for the AA3S6/SiC/17p or 20p composites, have allowed the main type and mechanism of cutting tools wear to be identified, the tool life to be predicted through Taylor's model and the components of cutting forces to be analysed during machining. In additional it has been possible to classify the type and shape of the chip produced, to determine the cutting tool rate, model in orthogonal cutting, calculate the machinability index, correlate the flank wear with the feed force, and utilise the technique of frequency analysis to the feed force signal as an indirect method of evaluation of the state of the cutting tool A comparison of the machinability of the different types of composites tested was made, It has been concluded that for machining SiC reinforced composites it is necessary to use cutting tools with PCD inserts to produced a good surface finish. The main wear was identified to be the flank wear as it determines the too! life. Keywords: “Machinability”, “cutting forces”, “tool wear”, “tool life”, “chips”, “surface finish”, “polycrystalline diamond (PCD)”, “aluminium matrix composites” v Etudie de l’usinabilité des composites 4 matrice d’aluminium par Jofio Paulo Davim Tavares da Silva Resumé Rapport de thése submit pour la satisfation de requis du degrée de docteur en Ingenerie Mécanique, specialité de ‘Technologie Mécanique, par FEUP et realisé sous la supervision du Professeur Anténio Paulo Monteiro Baptista L'objective de cette dissertation c’est l'étude experimentale de lusinabilité des composites a matrice d’aluminium. Pour atteindre cet objective des moyens experimentales ont été acquis et développés pour l’acquisition rapide et precise des valeurs des éfforts de coupe, pour la mesure d’usure et pour mesure de I"état de surface obtenu dans les éprouvettes en composite, On a developpé des programmes d’acquisition de donnés specifiques pour les essais d’ usinage qui permettent Pobtention directe et continuée avec visualization graphique de I’évolution des éfforts de coupe en tournage et en percage. Le programme d’essais a inclu le test, d’environs cinquante foréts et soixante pastilles critterieusement selectionées. On a testé des outils en carbures des classes K10/20 avec et sans revétement de TiN et des outils avec inserts de PCD ou revétus de diamant. Les composites matrice d’aluminium testés etaint, en ce qui concerne la matrice et le renfort, des types suivants: AA3S6/SiC/17p ou 20p, AA6061/SiC/20p; AA383/A1203/20F. Les résultats obtenus, surtout lors de I'usinage des composites AA3S6/SiC/17p ou 20p, ont permis: d’identifier le type et le mécanisme de I'usure prédominant dans les outis, obtenir des curves de durée de vie avec le modéle de Taylor; d’analyser I’évolution des composantes des éfforts de coupe pendant le temps d’usinage; de codifier le type et la forme des coupeaux obtenus; de determiner le débit des outils; d’efectuer la modelization en coupe orthogonal; de calculer I'indice d’usinabilité; de corrélationer la largeur de la zone d’usure en dépouille avec I’éffort d’avance; d’apliquer et exemplifier la technique d’analyse dans le domaine des frequences au signal de |’éffort d’avance comme méthode indirect d’évaluation de l'état de loutil, On a fait une comparaison de I’usinabilité des differents types de composites testés. On a conclu que pour I'usinage des composites renforcés avec SiC, il était indispensable @utilizer des outils avec des inserts de PCD pour l’obtention de pidces mécaniques avec sufisante qualité superficiel. On a identifié comme usure predominant celle qui se dévellope dans la face de dépouille principale parce qu’elle determine la durée de vie de l’outil. Mots clef: “usinabilité”, éfforts de coupe”, “’usure des outils", “durée de vie", “copeaux”, “T'état de surface”, “diamant polycristalline”, “composites a matrice d’aluminium”. vo Indice Agradecimentos. Resumo. Abstract. Resumé, indice, Nomenclatura. indice de figuras. indice de tabelas. 1. Introdugio. 1.1 Consideragées gerais. 1,2 Objecto e organizaco da presente dissertacao, 2, Introdu¢io aos compésitos de matriz de aluminio, 2.1 Generalidades. 2.2 Matrizes e reforcos, 2.2.1 Matrizes metalicas. 2.2.2 Reforgos. 2.2.2.1 Fibras continuas. 2.2.2.2 Whiskers e fibras curtas 2.2.2.3 Particulas, 2.3 Interfaces nos compésitos de matriz de aluminio, 2.4 Processos de fabrico/microestruturas obtidas. 2.4.1 Infiltragdo de preformas. 2.4.2 Processamento no estado semi-s6lido. 2.43 Pulverometalurgia, 2.5 Sintese. 3. Fundamentos do corte por arranque de apara, Maquinabilidade. 3.1 Generalidades. Perspectiva histérica. 3.2 Formagao da apara 3.2.1 Corte ortogonal. 3.2.1.1 Analise vectorial das forgas x 13, 3 16 16 18 18 20 21 22 24 25 27 30 32 37 37 39 40 41 3.2.1.2 Tensdes no plano de corte. 3.2.1.3 Angulo de corte. 3.2.1.4 Deformagao angular (distorgao). 3.2.1.5 Relagoes cinematicas 3.2.1.6 Velocidade de deformagao, 3.2.2 Corte tridimensional 3.2.3 Tipos e forma de apara, 3.2.4 Apara aderente ou aresta postiga de corte (APC). 3.2.5 Balanco energético. 3.3 Materiais para ferramentas de corte. 3.3.1 Agos rapidos. 3.3.2 Carbonetos sinterizados (metal duro). 3.3.3 Cerémicos. 3.3.3.1 Cerdmicos base de alumina, 3.3.3.2 Cerdmicos a base de nitreto de silicio, 3.3.3.3 Ceramicos reforgados com fibras, 3.3.4 Ultra duros, 3.3.4.1 Nitreto de boro cibico (CBN). 3.3.4.2 Diamante policristalino (PCD). 3.4 Desgaste e vida das ferramentas de corte 3.4.1 Tipos de avarias ¢ desgastes. 3.4.2 Mecanismos de desgaste. 3.4.2.1 Adesio. 3.4.2.2 Difusao. 3.4.2.3 Abrasio 3.4.2.4 Oxidagto. 3.4.3 Curva de vida. Lei de Taylor. 3.5 Maquinabilidade 3.6 Sintese. 4, Maquinabilidade de compésitos de matriz. de aluminio. Pesquisa bibliografica. Estado da arte. 4,1 Introdugio. 4.2 Pesquisa bibliografica, Estado da arte. 4.3 Influéncia do material das ferramentas 4.4 Influéncia do material a maquinar. 4.5 Influéncia do fluido de corte. 4.6 Sintese e algumas conclusdes da revisio bibliografica. 5. Desenvolvimentos e meios experimentais, Laboratério de ensaios de maquinagem, 5.1 Introdugao. 5.2 Maquinas-ferramenta utilizadas 5.3 Medigao das forgas de corte. 5.3.1 Dinamémetros extensométricos $,3.1.1 Dinamémetro para torneamento, 5.3.1.2 Dinamémetro para furagao, x 43 44 46 47 48 49 50 53 35 57 60 61 64 65 66 67 67 68 69 70 70 74 75 75 76 7 1 80 82 87 87 90 104 105 106 107 wu i 113 1s 17 118 121 5.3.1.3 Algumas consideragdes. 5.3.2 Dinamémetros piezoeléctricos, 5.3.2.1 Dinamémetro para tormeamento. 5.3.2.2 Dinamémetro para furagao. 5.3.2.3 Caracteristicas dos dinamémetros piezoeléctricos. 5.3.2.4 Sistema de amplificagao do sinal. 5.3.3 Aquisigdo e tratamento de dados, 5,3.3:1 Placa de aquisigio de dados AT-MIO-16. 5.3.3.2 Programa de instrumentagao virtual 5,3,3.2.1 Programas (médulos) desenvolvidos. 5.3,3.2.2 Interligagdo dos programas desenvolvidos. Esquema de utilizagao 5.4 Medigdo € observagao dos desgastes. 5.5 Medig&o do acabamento superficial 5.6 Sintese. 6. Programa experimental. 6.1 Introdugao. 6.2 Compésitos de matriz de aluminio. 6.3 Ferramentas de corte. 6.3.1 Ferramentas de corte diamantadas, 6.4 Preparagio dos provetes para os ensaios de maquinabilidade, 6.5 Condig&es operativas, 6.6 Sintese e algumas justificagdes do programa de ensaios. 7, Resultados obtidos e sua discussio. 7.1 Introdugao. 7.2 Desgaste das ferramentas de corte, 7.2.1 Tipos de desgaste. 7.2.2 Mecanismos de desgaste. 7.2.3 Critérios de vida das ferramentas. 7.23.1 Curvas de desgaste. 7.2.3.2 Curvas de vida, 7.2.3.3 Percurso de core. 7.3 Forga e poténcia de corte. 7.3.1 Forgas de corte, 73.2 Pressto especifica de corte 7.3.3 Poténcia de corte. 7.4 Tipos e forma da apara obtida 7.4.1 Generalidades. Codificagio de apara. 7.5 Acabamento superficial. 7.5.1 Generalidades. 7.5.2 Furagao. 7.5.3 Torneamento. 7.6 Débito (volume de material removido). 7.7 Modelizago experimental em corte ortogonal xI 125 125 126 130 132 134 134 135 136 137 144 145 149 152 155 155 155 159 160 164 166 170 115 175 1 177 183 197 197 204 208 212 212 225 228 232 232 237 245 245 246 251 259 264 7.8 Desgaste das ferramentas de corte e sua relagdo com as forgas de corte. 7.8.1 Analise em frequéncia 7.9 Uma comparagao da maquinabilidade dos diversos tipos de compésitos de matriz de aluminio ensaiados 7.9.1 Furagio. 7.9.2 Torneamento. 8, Discussio global dos resultados obtidos, 9 Sintese, conclusdes e futuros trabalhos de investigacio. 9.1 Sintese dos trabalhos desenvolvidos. 9.2 Conclusoes gerais. 9.3 Perspectivas para futuro trabalho de investigagio Referéncias bibliogrficas. Anexo A - Programa CNC de furagio. Anexo B - Ensaios de furagabo. Anexo C - Ensaios de tomeamento. Anexo D - Estatitica descritiva, Anexo E - Exemplos de graficos de forgas de corte. xt 273 275 278 280 286 297 307 307 308 312 317 329 333 345 355 359 Nomenclatura Na redacgdo desta dissertagiio, sempre que possivel, foram definidos os simbolos ¢ as abreviaturas empregues. Contudo, para facilitar uma consulta & posteriori apresenta-se, de seguida, a maior parte dos simbolos e abreviaturas utilizadas e 0 seu significado. Simbolos a avango d diametro da broca D débito da ferramenta de corte e espessura de corte (da apara nfo deformada) e espessura da apara obtida Fr forga no plano de corte Fy forga tangencial a face de ataque Fm forga de maquinagem Fe forga de corte (principal) Fp forga de penetramento (passiva) Fa forga de avango frequéncia h viscosidade K permeabilidade especifica KB largura da cratera KT profundidade maxima da cratera KM distancia do eixo da cratera a aresta de corte Ks pressio especifica de corte 1 largura da apara (nao deformada) r Jargura da apara (deformada) Le percurso de corte L comprimento de infiltrago xi binirio forga normal & face de ataque forga normal ao plano de corte penetramento poténcia de corte pressdo raio de bico (curvatura da ponta) inverso do grau de encalque rugosidade média aritmética nugosidade média aritmética tedrica amplitude maxima da rugosidade amplitude maxima da rugosidade tedrica profundidade média da rugosidade grau de encalque acgiio de ferramenta de corte sobre a pega acgdo da pega sobre a ferramenta de corte fea da secgo da apara rea da secgo do plano de corte tempo vida da ferramenta velocidade de corte velocidade de saida da apara velocidade no plano de corte desgaste médio na face de saida desgeste maximo na face de saida desgaste no entathe na face de saida desgaste no bico da ferramenta Simbolos Gregos Room 2 Angulo de saida (Folga) deformagio velocidade de deformagao deformagio efectiva Angulo de posigdo da aresta de corte Angulo de posigao da aresta secundaria (lateral) de corte indice de maquinabilidade angulo de corte xiv Abreviaturas AA APC ASM ACS AISI CETECOFF CNC CBN CMM. cvpD cvD DIN DEMEGI DMA ER ES EPMA FEUP FHT FET HSS IDMEC INEGI Angulo de ataque Angulo de ataque normal Angulo de ataque efectivo Angulo de desvio da apara Angulo de inclinagdo da aresta de corte coeficiente de atrito plano de conte Angulo de atrito Angulo da ponta da broca tensilo normal ao plano de corte tensdo de corte no plano de corte constante de tempo Aluminium Association Aresta Postiga de Corte American Society for Metals American Ceramics Society American Iron and Stee! Institute Unidade de Fundigdio e Novas Tecnologias (do INEGI) Comando Numérico Computorizado Cubic Boron Nitride Compésitos de Matriz Metalica Chemical Vapour Deposition Diamond Chemical Vapour Deposition Deutsche Institute Norming Departamento de Engenharia Mecanica e Gestio Industrial Direct Memory Acess Electrdes Rectrodifundidos Blectres Secundérios Electric Probe Microanalysis Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Fast Hilbert Transform Fast Fourier Transform High Speed Steel Instituto de Engenharia Mecinica Instituto de Engenharia Mecdnica e Gestdo Industrial xv Iso JNICT LabVIEW LET MEV MO MA MC NTIS PC PCD PVD PREV PS International Organization for Standartization Junta Nacional de Investigagio Cientifica e Tecnolégica Laboratory Virtual Instrument Engineering Workbook Laboratério de Ensaios Tecnolégicos (do DEMEGI) Microscépio Electrénico de Varrimento Microscépio Optico Movimento de Avango Movimento de Corte Movimento Efectivo de Corte National Technical Information Service Personal Computer Polycristaline Diamond Phisical Vapour Deposition Plasticos Reforgados a Fibras de Vidro Power Spectrum XVI Fig. 1.1 Fig. 2.1 Fig. 22 Fig. 2.3 Fig. 24 Fig. 2.5 Fig. 26 Fig 2.7 Fig. 28 Fig. 29 Fig. 3.1 Fig. 3.2 Fig. 3.3 Fig. 3.4 Fig. 3.5 indice de figuras Microestrutura de dois compésitos de matriz de aluminio com diferente tipo de reforgo. a) Fibras curtas de Al203. b) Particulas de SiC. Classificagio dos CMM de acordo com 0 tipo de reforgo [3] Principio bisico do “Squeeze casting infiltration” [13]. Aspecto geral da microestrutura do compésito AA383/A1203/20F Detalhe da microestrutura da zona néo reforgada (matriz-AA383). Detalhe da microestrutura da zona reforgada (matriz+reforgo)- ‘AA383/A1203/20f. Aspecto geral da microestrutura do compésito AA356/SiC/20p, Detalhe da microestrutura da zona representada na Fig. 2.6 do compésito AA3S6/SiC/20p. Aspecto geral da microestrutura do compésito AA6061/SiC/20p. Detalhe da microestrutura do compésito AA6061/SiC/20p. Esquema do modelo de corte ortogonal [53] Diagrama de corpo livre da apara [54] Esquema das forgas no corte ortogonal (54]. Decomposigio das forgas R e R’ [53]. a) Plano de corte. b) Face de ataque. Relagdo entre 0 angulo de corte (6) ¢ 0 inverso do grau de encalque (1) [54] 26 28 28 28 29 31 33 33 41 4 2 4B 4s Fig. 3.6 Fig. 3.7 Fig.3.8 Fig.3.9 Fig.3.10 Fig.3.11 Fig.3.12 Fig.3.13 Fig.3.14 Fig.3.15 Fig3.16 Fig. 5.1 Fig. 5.2 Fig. 5.3 Fig. 5.4 Fig. 5.5 Fig, 5.6 Fig, 5.7 Fig. 5.8 Fig, 5.9 Representagdo da deformagao angular [53]. a) Conceito. b) Corte ortogonal, Tringulo de velocidades relativas no corte ortogonal [53] Modelos de corte (52]. a) Corte ortogonal. b) Corte tridimensional. Tipos de apara, Formas de apara segundo a ISO 3685 Rotura da apara aderente ou aresta postica de corte (APC). Principais fontes de calor e zonas de deformagio plastica [52] Campo de aplicagao de diversos materiais para ferramentas de corte. Formas tipicas de degradagdo das ferramentas de corte [88]. Formas de desgaste tipicas das ferramentas segundo a ISO 3685 [68] Evolucdo do desgaste na face de saida (VB) com o tempo de corte com a velocidade de corte Aspecto do posto de ensaios de torneamento. Aspecto do posto de ensaios de furagio. Sistema de forgas aplicadas na ferramenta durante 0 tomeamento Sistema de forgas aplicadas na broca durante a furago. Esquema de colocago dos extensémetros no elemento tubular, Instalagdo ¢ dispositivo utilizado na calibragdo do dinamémetro extensométrico de tormeamento. Dinamémetro carregado a’=30° e B'=30°. Evolugo do sinal de forga de corte e de avango com a carga aplicada para varias inclinagdes B do dinamémetro com a'=0. Esquema de colocagio dos extensémetros nas células de carga superior € inferior, Instalagdo € dispositive empregue na calibrago do dinamémetro extensométrico, para fiuragao. 47 47 49 31 52 34 55 59 7 2 3 14 us 116 116 19 120 121 122 123 Fig, 5.10 Fig. 5.11 Fig. 5.12 Fig, 5.13 Fig. 5.14 Fig. 5.15 Fig, 5.16 Fig. 5.17 Fig, 5.18 Fig. 5.19 Fig. 5.20 Fig. 5.21 Fig, 5.22 Fig, 5.23 Fig. 5.24 Fig. 5.25 Fig. 5.26 Fig, 5.27 Fig. 5.28 Fig, 5.29 Evolugio do sinal da forga de avango e do binério. a) Binario aplicado nulo, b) Carga na direc¢ao de avango nula. Principio de funcionamento dos dinamémetros piezoeléctricos. a) 3 componentes (Fx, Fy e Fz). b) 4 componentes (Fx, Fy, Fz e Mz) Desenho do dinamémetro piezoeléctrico (9257B+9403) para torneamento [133] Aspecto de montagem do dinamémetro no toro. Curva de calibragao do dinamémetro piezoeléctrico 9257B utilizado em torneamento (133] Desenho do dinamémetro piezoeléctrico (9272) para furagio [134] ‘Aspecto da montagem do dinamémetro na fresadora/furadora, Curva de calibragao dos bindrio (Mz) do dinamémetro piezoeléetrico 9272 utilizado em furagao [134]. Curva de calibragfo das forgas (Fx, Fy, Fz) do dinamémetro piezoeléctrico 9272 utilizado em furagio [134]. Amplificador de cargas de quatro canais (5019A) utilizado nos ensaios efectuados. Programa FUR 1, painel frontal Programa FUR.1, diagrama, nivel 1 Programa TOR.1, paine! frontal. Programa TOR 1, Diagrama, nivel 1 Programa ARAP., painel frontal Programa A.RAP,, detalhe do painel frontal Programa A.RAP., diagrama, nivel 1. Programa A.RAP,, diagrama, nivel 2 Programa ANALYSIS, painel frontal Programa ANALYSIS, diagrama. 124 127 128 128 129 130 130 131 132 134 138 138 139 140 140 141 141 142 143 143 Fig. 5.30 Fig. 5.31 Fig. 5.32 Fig. 5.33 Fig, 5.34 Fig, 5.35 Fig. 6.1 Fig. 6.2 Fig. 63 Fig. 6.4 Fig. 6.5 Fig. 6.6 Fig, 6.7 Fig. 68 Fig. 6.9 Fig. 6.10 Esquema funcional do equipamento experimental e dos programas desenvolvidos para tratamento das forgas de corte [145] Aspecto do microscépio da oficina Mitutoyo utilizada para a medigéo do desgaste. Medida do desgaste linear da face de saida (folga) numa pastilha de torneamento (segundo a norma ISO 3685), Medida do desgaste linear na face de saida (folga) numa broca. Rugosimetro portatil TS00 a operar no posto de trabalho de tomeamento Visualizagio do perfil de rugosidade e dos valores dos critérios (Ra, Rze RtISO/DIS 4287/1) com recurso ao “software” Turbo datawin, Microestrutura do compésito AA356/SiC/20p que sofreu o tratamento 6. Dureza =151HB. Microestrutura do compésito AA3S56/SiC/17p que sofreu o tratamento 76. Dureza =148HB. Microestrutura do compésito AA6061/SiC/20p que sofreu o tratamento 76. Dureza = 64 HB. Microestrutura do compésito AA383/A1203/20f. Dureza ~ 117HB. Esquema de corte ¢ fixaglo do inserto PCD numa pastilha de corte Pastilha de corte com inserto de PCD. (TCMW 16T308F), De cima para baixo podemos cbservar a camada rica em PCD, seguida da base de WC com 6% Co e da zona de brasagem com uma liga de Zn/Cu e AgiCd. Aspecto da pastilha TCGX16T308-AL de carbonetos da classe K10 revestide de diamante por via quimica (CVD). Aspecto do revestimento de diamante obtido por via quimica (CVD). As dimensdes dos cristais de diamante variam entre 6 a 8 jim. Microestrutura do compésito AA3$6/SiC/20p. Aglomerado de particulas de SiC. ‘Microestrutura do compésito AA3S6/SiC/20p. Distribuigdo heterogenea do reforgo de SiC. 144 146 147 148 150 151 156 157 158 159 161 162 163 163 164 165 Fig. 6.11 Fig, 6.12 Fig. 7.1 Fig. 7.2 Fig. 73 Fig. 74 Fig. 7.5 Fig. 7.6 Fig. 7.7 Fig. 78 Fig. 79 Fig. 7.10 Fig. 7.11 Fig. 7.12 Fig. 7.13 Fig, 7.14 Diversos tipos de provetes, preparados no compésito AA356/SiC/17p ou 20p, para os ensaios de torneamento, em diversos estados de maquinagem, Pastilha de carbonetos sinterizados da classe K20, N1S1, utilizada nos ensaios de corte ortogonal. Estado novo, face de ataque. Face de saida, broca N°3, K10/20,Vc=40m/min., a=0,2mm/rot., (to=12s). Face de ataque, broca N°3, K10/20, N°3, Ve=40m/min, a=0,2mm/rot,, (to=128) Face de saida, broce N°l, PCD, Vc=40m/min., a=0,1mm/rot., (to=15min.) Face de ataque, broca N°l, PCD, Ve=40m/min, a=0,1mm/rot., (to=13min.). Face de saida, pastilha N°3, KIS com revestimento de TiN, ‘Ve=70m/min., a=0,2mm/rot., p=1 mm, (to~50s). Face de ataque, pastilha N°3, K15 com revestimento de TiN, ‘Vo=70m/min,, a=0,2mm/rot., p=Imm (te=50s).. Face de saida, pastilha N°17, K15 com revestimento de TiN, Ve=40m/min,, a=0,4mm/rot, p=2 mm -situagdo de desbaste-, (te~90s), Face de ataque, pastilha N° 17, K15 com revestimento de TiN, ‘Vo=40m/min., a=0,4mm/rot., p=2 mm -situagao de desbaste-, (to=90s). Face de saida, pastilha N°7, K15 com revestimento de TiN, e quebra- aparas, Vo=70m/min., a=0,2mm/rot,, p=1 mm, (to=30s) Face de ataque, pastilha N°7, K15 com revestimento de TIN, € quebra- aparas, Ve=70m/min,, a=0,2mm/rot., p=1 mm, (to=30s). Face de saida, pastilha N°57, K10 revestida a diamante (CVD) com quebra-aparas, Vo=5Om/min., a=0,2mm/rot., p=1,5 mm, (to~4,Smin.). Face de ataque, pastilha N°57, K10 revestida a diamante (CVD) com quebra-aparas, Ve=SOm/min., a=0,2mm/rot., p=1,5 mm, (te=4,Smin. ). Face de saida, pastilha N°28, com inserto de PCD, Vo=250m/min., a=0,lmm/rot., p=1 mm, (te=45 min.) Face de ataque, pastilha N°28, com inserto de PCD, Vo=250m/min., ,1mm/rot., p=Imm, (te=45 min.). xx 166 169 179 179 180 180 181 181 182 182 184 184 185 185 186 186 Fig. 7.15 Fig. 7.16 Fig. 7.17 Fig. 7.18 Fig. 7.19 Fig. 7.20 Fig. 7.21 Fig, 7.22 Fig, 7.23, Fig. 7.24 Fig, 7.25 Fig. 7.26 Pastilha N°l, K1S com revestimento de TiN, Vc=40m/min., =0,2mm/rot., p=Imm. a) Vista geral, face de ataque e face de saida b) Face de ataque. Pastilha N°L7, K15 com revestimento de TiN, Ve=40m/min., a=0,4mm/rot., p=2mm. Microanalise por Raios X das trés zonas observadas na interface da superficie desgastada da face de ataque da pastilha N°17 com o revestimento de TIN. Pastilha N°17, KIS com revestimento de TiN, Vc=40m/min., a=0,4mm/rot., p=2mm, a) Superficie desgastada na face de saida. b) Detalhe das estrias de abrasto, Pastilha N°54, K10 com revestimento de diamante, Vo~60m/min., a=0,2mmi/rot, p=Imm. a) Superficie de desgaste na face de saida. b) Zona do bico, delaminagem do revestimento, Pastilha N°S4, K10 com revestimento de diamante, Ve=60m/min., a=0,2mm/tot, p=Imm. a) Zona do bordo (aresta de corte) b) Zona de interface do perfil da superficie desgastada com o revestimento de diamante. Pastilha N°40, com inserto de PCD, Ve=350m/min,, a=0,1mm/rot., p=Imm. a) Superficies de desgeste na face de ataque e saida. Lascamento de ponta, b) Aspecto detalhado da superficie de desgaste da face de saida, Pastilha N°38, com inserto de PCD, Ve=700m/min,, a=0,Immi/rot,, p=Imm. a) Superficies desgastadas na face de ataque e saida, Extensa zona de material aderente na face de saida, b) Aspecto detalhado da superficie de desgaste da face de saida junto ao bico da ferramenta, Curvas de desgaste para brocas K10/20, na furagio do compésito AA3S6/SiC/20p, 8=0,2mm/rot. com emulsdo Alusol-B 8%, Curvas de desgaste para brocas K10/20, na furagio do compésito AA3S6/SiC/20p, Vo=40 m/min, com emulséo Alusol-B 8%. Curvas de desgaste para brocas com insertos de PCD, na furagdo do compésito AA356/SIC/17p, a=0, lmm/rot, com emulsfo Alusol-B 8% Curvas de desgaste por brocas com insertos de PCD na furagéo do compésito AA356/SiC/17p, Vo=5Omv/min. com emulsao Alusol-B 8%, 189 190 191 192 193 194 195 196 198 198 199 200 Fig, 727 Fig. 7.28 Fig, 7.29 Fig. 730 Fig 731 Fig. 732 Fig. 7.33 Fig, 734 Fig. 735 Fig. 736 Fig. 7.37 Fig. 738 Fig, 7.39 Fig. 7.40 Fig. 7.41 Fig, 7.42, Curvas de desgaste para pastilhas K15 com revestimento de TiN com e sem quebra aparas (UF), no torneamento do compésito AA356/SiC/20p, a=0,4mm/rot., p=2mm com emulsio Alusol-B 8%. Curvas de desgaste para pastilhas K15 com revestimento de TiN com e sem quebra aparas (UF) e K20 com quebra-aparas (UR) no tomeamento do compésito AA356/SiC/20p, a=0,2 mnv/rot., p=1mm com emulsio Alusol-B 8%. Curvas de desgaste para pastilhas K15 com revestimento de TiN, no torneamento do compésito AA3S6/SiC/20p, Vo=70m/min., p=1mm com emulsio Alusol-B 8%, Curvas de desgaste para pastilhas K10 com revestimento de diamante com quebra-aparas, no torneamento do compésito AA356/SiC/17p, a=0,2 mm/rot, p=1mm com emulsiio Alusol-B 8%. Curvas de desgaste para pastilhas K10 com revestimento de diamante com quebra-aparas, no torneamento do compésito AA 356/SiC/17p, Vc=50 m/min,, p=Imm com emulsdo Alusol-B 8%, Curvas de desgaste para pastilhas com inserto de PCD, no torneamento dos compésitos AA3S6/SiC/I7p, a=0,mmy/rot., p=Imm com emulsdo Alusol-B 8%, Curvas de desgaste para pastilhas com inserto de PCD, no torneamento dos compésitos AA3S6/SiC/17p, Ve=300m/min., p=Imm com emulséo Alusol-B 8%, Curvas de vida, na furagao, em fungao de velocidade de corte. ‘Curvas de vida, na furago,em fungio do avango, Curvas de vida, no tomeamento, em fungdo da velocidade de corte Curvas de vida, no tomeamento, em fungio do avango Percurso de corte, na furagdo, em fungao de velocidade de corte. Percurso de corte, na furagio, em fungao do avango Percurso de corte, no torneamento, em fungao da velocidade de corte. Percurso de corte, no torneamento, em fungao do avango. Evolugdo bindrio 0 longo do tempo de furagdo, do compésito AASS6VSiC/20p, com brocas de carbonetos sinterizados da classe xxl 200 201 202 202 203 203 204 205 206 207 207 209 210 210 21 213 Fig. 7.43, Fig. 7.44 Fig. 7.45 Fig. 7.46 Fig. 7.47 Fig. 7.48 Fig. 7.49 Fig. 7.50 Fig. 7.51 Fig. 7.52 Evolugdo da forga de avango ao longo do tempo de furagaio do compésito AA356/SiC/20p com brocas de carbonetos sinterizados da classe K 10/20. Aspecto da face de saida da broca N°1 de carbonetos sinterizados da classe K10/20 apis a exeougo de 25 furos, tempo de corte (=1,5 min.), no compésito AA3S6/SiC/20p. Evolugdo binario ao longo do tempo de furagdo do compésito AA3S6/SIC/17p com brocas com insertos de PCD. Evolugao da forga de avango ao longo do tempo de furago do compésito AA356/SiC/17p com brocas com insertos de PCD. Evolug&o das trés componentes de forga de maquinagem (avanco, penetramento e corte) em fungao do tempo de corte, no torneamento do compésito AA3S6/SiC/17p com pastilhas de carbonetos sinterizados da classe K 10, com revestimento de diamante, a=0,2mm/rot., p=lmm com emulsao Alusol B-8%, Evolugdo das trés componentes de forga de maquinagem (avango, penetramento ¢ corte) em flung&o do tempo de corte, no tormeamento do compésito AA3S6/SIC/17p com pastilhas de carbonetos sinterizados da classe K10, com revestimento de diamante, Ve=50m/min., p=Imm com emulsdo Alusol B-8%, Comparagéo da evolugdo das trés componentes da forga de maquinagem (avango, penetramento € corte) 20 longo do tempo de corte, no torneamento do compésito AA356/SiC/17p com pastilhas de carbonetos da classe K10 com revestimento de diamante por via quimica (CVDD) e com insertos de PCD (condigdes de corte: Vo=250m/min,, a=0,lmmvrot, p=Imm com emulsdo Alusol B-8%), Evolugio das trés componentes da forga de maquinagem (avango, penetramento e corte) em fungdo do tempo de corte, no torneamento do compésito AA356/SiC/17p com pastilhas com insertos de PCD, a=0,lmm/tot., p=1mm com emulsio Alusol B-8%, Evolugéo das trés componentes da forga de maquinagem (avango, penetramento e corte) em fungdo do tempo de corte, no torneamento do compésito AA3S6/SiC/17p com pastilhas com insertos de PCD, ‘Vo=500m/min., p=1mm com emulsio Alusol B-8%, Evolugéo da forga de avango ao longo do tempo de corte, no toreamento do compésito AA356/SiC/17p, com pastilhas com inserto de PCD. 214 214 215 21s 217 218 219 221 222 223 Fig. 7.53 Fig, 7.54 Fig. 7.55 Fig. 7.56 Fig. 7.57 Fig. 7.58 Fig. 759 Fig. 7.60 Fig. 7.61 Fig. 7.62 Fig. 7.63 Fig. 7.64 Evolugdo da forga de penetramento ao longo do tempo de corte, no torneamento, do composito AA3S6/SiC/17p, com pastilhas com inserto de PCD. Evolugdo da forga de corte ao longo do tempo de corte, no torneamento do compésito AA356/SiC/17p, com pastilhas com inserto de PCD. Evolugdo da pressio especifica de corte ao longo do tempo de furagao do compésito AA356/SiC/20p com brocas de carbonetos sinterizados da classe K 10/20. Evolugdo da pressio especifica de corte ao longo do tempo de furagaio do compésito AA356/SiC/20p com brocas com inserto de PCD. Evolugio da pressdo especifica de corte ao longo do tempo de corte, no torneamento do compésito AA3S6/SiC/17p, com pastilhas com carbonetos sinterizados da classe K10 com revestimento de diamante. Evolugo da pressdo especifica de corte ao longo do tempo de corte, no torneamento do compésito AA356/SiC/17p, com pastilhas com inserto de PCD. Evolugao da poténcia de corte ao longo do tempo de furagio do compésito AA356/SiC/20p com brocas de carbonetos sinterizados K10/20. Evolugao da poténcia de corte ao longo do tempo de furagio, do compésito AA356/SiC/17p, com brocas com insertos de PCD. Evolugio da poténcia de corte ao longo do tempo de corte, no toreamento do compésito AA3S6/SiC/17p, com pastilhas de carbonetos sinterizados da classe K10 com revestimento de diamante, Evolug&o da poténcia de corte ao longo do tempo de corte, no torneamento do compésito AA3S6/SiC/17p, com pastilhas com inserto de PCD, Influéneia do avango na forma da apara obtida no torneamento, do compésito AA356/SiC/17p, com a pastilha N°47 com inserto de PCD,Vc=120 m/min, p=Imm com emulséo Alusol-B 8%. a) a=0,2mm/rot. b) a=0,4mm/rot, Influéncia da velocidade de corte na forma da apara obtida, no torneamento do compésito AA3S6/SiC/17p com pastilha N°47 com inserto de PCD, a=0,2mm/rot,, p=1mm com emulsio Alusol-B 8% a) Ve=60nvmin. b) Ve=500m/min. 223 224 225 226 227 228 229 230 231 231 234 235 Fig. 7.65 Fig. 7.66 Fig. 7.67 Fig. 7.68 Fig. 7.69 Fig. 7.70 Fig. 7.71 Fig. 7.72 Fig. 7.73 Fig. 7.74 Fig, 7.75 Influéncia do penetramento na forma da epara obtida, no tormeamento do compésito AA356/SiC/17p com a pastilha N°47 com inserto de PCD, Vo=120 m/min., a=0,2mm/rot, com emulsto alusol-B 8%, a) p=Imm, b) p=2mm Aspecto da forma da apara obtida, na furagio do compésito AA3S6/SiC/17p, com a broca N°4 com insertos de PCD, apés ter realizado 183 furos. Vo=40m/min,, a=0,1mm/rot, com emulsto Alusol-B 8%, Panordimica geral de parte da apara de torneamento do compésito AA356/SiC/I7p obtida com a pastilha N°28 com inserto de PCD. Vo=250m/min,, a=0,!mm/rot., p=lmm com emulsao Alusol-B 8% Detalhe da apara da Fig. 7.67. a) Zona de deformagio priméria (face rugosa). b) Zona de deformago secundaria (Face lisa) Pormenor da zona de deformagdo secundéria. Particulas de SiC a rasgarem a face lisa da apara provocando uma estria, Panorimica geral de um fragmento da apara de furagio, do compésito AA3S6/SiC/17p, com broca N°1 com insertos de PCD, Vo=40 m/min., a-0,lmmi/rot. com emulsdo Alusol-B 8%. a) Zona de deformagao primaria (face rugosa), b) Zona de deformagao secundaria (ace lisa). Detalhe da apara da Fig. 7.70. a) Zona de deformago primaria (face rugosa) b) Zona de deformagao secundaria (face lisa). Face brilhante da apara de furagéo, do compésito AA3S6/SiC/20p obtida com a broca N°3 de carbonetos sinterizados da classe K10 com revestimento de TiN, Vo=40m/min., a=0,2mm/rot., com emuls&o Alusol-B 8%. a) Aspecto geral. b) Detalhe - rasgos (cavidades) e 0 estriado, Face rugosa da apara de furago, do compésito AA3S6/SiC/20p, obtida com a broca N°3 de carbonetos sinterizados da classe K10 com revestimento de TiN, Vo=40m/min,, a=0,2mm/rot com emulso Alusol- B 8%. a) Aspecto geral, b) Detalhe - incrustago superficial de quatro particulas de SiC no material deformado plasticamente da matriz. Evolugio da rugosidade média aritmética (Ra) ao longo do tempo de furagGo, do compésito AA356/SiC/20p, com brocas de carbonetos sinterizados de classe K10/20 Evolugdo da amplitude maxima da rugosidade do tempo de furagao, do compésito AA356/SiC/20p, com brocas de carbonetos sinterizados da classe K10/20. 236 237 238 239 240 241 242 243 244 246 247 Fig. 7.76 Fig. 7.77 Fig, 7.78 Fig. 7.79 Fig. 7.80 Fig. 781 Fig. 7.82 Fig. 783 Fig. 7.84 Fig. 785 Evolugio da rugosidade média aritmética (Ra) ao longo do tempo de furagio, do compésito AA3S6/SiC/17p, com brocas com insertos de PCD. Evolugio da amplitude maxima de rugosidade (Rt) ao longo do tempo de furagio, do compésito AA3S6/SiC/17p, com brocas com insertos de PCD. Relatorio de caracterizagio do acabamento superficial. Critérios ISO (Ra, Rze Rt), perfil de rugosidade ¢ curva de Abbott e Firestone (érea suporte). a) Furo 189 no compésito AA356/SiC/20p efectuado com broca N°I de carbonetos sinterizados ds classe K10/20, Vo=40m/min, =0,lmmi/rot,, com emulsio Alusol-B 8%, to=1min.(16 furos de =12 mm), b) Furo 296 no compésito AA 306/SiC/17p efectuado com a broca Nl com insertos de PCD, Ve~40m/min, a= 0,1mm/rot., com Alusol-B 8%, to=Imin, (16 furos de ~12mm) Aspecto da entrada de varios furos obtidos, no compésito ‘AA356/SiC/20p, com brocas de carbonetos sinterizados da classe K10/20, incluindo o furo 189. Aspecto do furo 189 obtido nas condigdes indicadas na Fig. 7.78 a). a) entrada, b) saida 8) Aspecto de varios furos obtidos, no compésito AA3S6/SiC/20p, com brocas com insertos de PCD incluindo 0 furo 296 do lado direito. b) Detalhe da entrada do furo 296 obtidas nas condigdes indicadas na Fig, 7.78b) Evolugdo da rugosidade média aritmética ao longo do tempo de maquinagem, no torneamento do compdsito AA356/SiC/17p com pastilhas de carbonetos sinterizados de classe K10 com revestimento de diamante, Evolugdo da amplitude maxima da rugosidade ao longo do tempo de maquinagem, no torneamento, do compésito AA356/SiC/17p, com pastilhas de carbonetos sinterizados de classe K10 com revestimento de diamante. Evolugdo da rugosidade média aritmética ao longo do tempo de maquinagem, no torneamento do compésito AA356/SiC/17p, com pastilhas com inserto de PCD. Evolucdo da amplitude maxima da rugosidade ao longo do tempo de maquinagem, no torneamento do compésito AA3S6/SIC/17p, com pastilhas com inserto de PCD. 247 248 250 251 252 253 255 256 257 258 Fig. 7.86 Fig. 787 Fig. 7.88 Fig, 7.89 Fig. 7.90 Fig. 7.92 Fig. 7.93 Fig. 7.94 Fig. 7.95 Fig. 7.96 Fig. 7.97 Comparagao do débito obtido na furacio do compésito AA3S6/SIC/20p, com brocas de carbonetos sinterizados K10/20 e do compésito AA3SE/SiC/17p, com brocas com insertos de PCD, em funcao da velocidade de corte Comparagao do débito obtido na furagao do compésito AA3S6/SiC/20p, com brocas de carbonetos sinterizados da classe K 10/20 e do compésito AA356/SiC/I7p, com brocas com insertos de PCD, em fungao do avango. Comparagio do débito obtido, no torneamento do compésito AA356/SiC/20p, com pastilhas de carbonetos sinterizados da classe K15 revestidas a TiN e do compésito AA3S6/SiC/17p, com pastilhas de carbonetos sinterizados da classe K10 revestidas a diamante e de insertos de PCD, em fungio da velocidade de corte. Comparagéo de débito obtido, no torneamento de composito AA356/SiC/20p com pastilhas de carbonetos sinterizados da classe K15 revestidas a TIN € do compésito AA356/SiC/17p com pastilhas, de carbonetos sinterizados da classe K10 revestidas a diamante e de insertos de PCD, em fungio do avango. Esquema da obtengo de corte ortogonal com provete preparado com perfil recortado, Angulo de corte experimental () e deformagao angular (e) em fungao do grau de encalque (Ro) Grau de encalque (Re), deformagio angular (e) e velocidade de deformagao (é) em fungao da velocidade de corte, para uma espessura de corte de 0,14 mm, Grau de encalque (Re), deformagio angular (e) ¢ velocidade de deformagio (é) em fungio da espessura de corte, para uma velocidade de corte de 40 m/min, Tensées de corte normal, médias, no plano de corte, em fung&io da velocidade de corte, para uma espessura de corte de 0,14 mm. Tensées de corte e normal, médias, no plano de corte, em fund da espessura de corte, para uma velocidade de 40m/min. Comparagdo do angulo de corte pela via experimental e pela teoria de Emest/Merchant (equagao 7.24). XXVI 261 262 263 264 265 267 268 268 270 271 272 Fig, 7.98 Fig, 7.99 Fig. 7.100 Fig, 7.101 Fig, 7.102 Fig. 7.103 Fig. 7.104 Fig. 7.108 Fig. 7.106 Fig. 7.107 Analise em frequéncia do sinal da forga de avango (Fa) obtida em torneamento, do compésito AA356/SiC/I7p com a pastilha N40 com inserto de PCD, Ve=350m/min., a=0,1mm/rot. e p=Imm com emulsao Alusol-B 8%. Andlise em frequéncia do sinal da forga de avango (Fa) em furagao do composite AA356/SiC/17p com a broca N°2 com insertos de PCD, Vo=SOm/min., a=0,1mm/rot, com emulsio Alusol-B 8%. Aspecto do perfil de desgaste na face de saida da broca N°%2 de ago rapido revestida a TiN na furagio do compésito AA383/Al203/20f, aps 36 furos cegos de 15mm (to~l min), VBméx.=0,40mm. Curvas de desgaste, obtidas em furagiio, para os trés tipos de compésitos ensaiados, AA356/SiC/20p, AA383/A1203/20F & AA6061/SiC/20p. Evolugio da forga de avango ao longo do tempo de corte, na furagio, para os trés tipos de compésitos ensaiados AA356/SiC/20p, ‘AA383/A1203/20f e A6061/SiC/200p. Evolugao do bindrio ao longo do tempo de furagaio, para os trés tipos de compésitos ensaiados, AA356/20SiC/20p, AA383/A1203/20f e AA6061/SiC/20p. Evolugio da pressio especifica de corte ao longo do tempo de furagéo para os trés tipos de compésitos ensaiados, AA3S6/SiC/20p, ‘AA383/A1203/20f e AAG6061/SiC/20p. Evolugio da poténcia de corte a0 longo do tempo de furagao, para os trés tipos de compésitos ensaiados, AA356/SiC/20p, AA383/AI203/20F e AA6061/SiC/20p. Evolugdo da rugosidade média aritmética (Ra) a0 longo do tempo de furagdo, para dois tipos de compésitos AA356/SiC/20p AA383/A1203/20f. Aspecto do perfil do desgaste na face de saida e da aresta postiga de corte formada, no tomeamento do compésito AA6061/SiC/20p com a pastilha N°31 de carbonetos sinterizados da classe K15 com revestimento de TIN Fig, 7,108 Curvas de desgaste obtidas em torneamento para os dois tipos de compésitos, em torneamento, para os dois tipos de compositos ensaiados, AA3S6/SiC/20p ¢ AAGO61/SiC/20p. 277 279 281 282 282 282 284 285 286 287 288 Fig. 7.109 Fig. 7.110 Fig. 7.111 Fig. 7.112 Fig. 7.113 Fig. 7.114 Evolug&o da forga de avango ao longo do tempo de corte, em torneamento, para os dois tipos de compésitos ensaiados, ‘AA3S6/SIC/20p ¢ AAGO6I/SiC/20p. Evolugdo da forga de penetramento ao longo do tempo de corte, em torneamento, para os dois tipos de compésitos ensaiados, ‘AA3S6/SiC/20p € AA6061/SiC/20p. Evolugio da forga de corte ao longo do tempo de corte, em tommeamento, para os diversos tipos de compésitos ensaiados, AA356/SIC/20p e AA6061/SIC/20p. Evolugdo da pressdo especifica de corte ao longo do tempo de corte, para os dois tipos de compésitos ensaiados, AA3S56/SiC/20p e ‘AA6061/SiC/20p Evolugio da poténcia de corte ao longo do tempo de corte, para os dois tipos de compésitos ensaiados, AA3S6/SiC/20p e AA6061/SiC/20p. Evolugio da rugosidade média aritmética (Ra) ao longo do tempo de corte, para os dois tipos de compésitos ensaiados, AA356/SiC/20p e ‘AA6061/SiC/20p. 289 289 290 291 291 292 Tabela 2.1 Tabela 2.2 Tabela 3.1 Tabela 3.2 Tabela 3.3 Tabela 3.4 Tabela 4.1 Tabela 4.2 Tabela 4.3 Tabela 4.4 Tabela 4.5 Tabela 4.6 Tabela 5.1 Tabela 5.2 indice de tabelas Propriedades fisicas e mecanicas de algumas ligas empregues como matrizes. Principais tipos de reforgos utilizados e algumas das suas propriedades fisicas e mecdnicas, Propriedades fisicas e mecdnicas de alguns materiais para ferramentas de corte. Composigiio quimica e caracteristicas fisicas e mecnicas dos carbonetos sinterizados segundo a ISO, Combinagdes de revestimentos mais vulgares [56] Valores limites de desgaste recomendaveis na pritica para diferentes materiais de ferramenta (85] Condigdes de corte para tomeamento e fresagem com PCD [113]. Comparagdo da maquinagem da matriz © do compésito (AA2014/SiC/15p) [116] Compésitos de matriz de aluminio ensaiados por [111] Compésitos, tratamentos térmicos e condigdes de corte utilizadas nos ensaios de fresagem segundo [117] Comparagiio da adaptabilidade dos materiais de ferramentas para a maquinagem de compésitos de matriz de aluminio [128], Comparagdo das caracteristicas dos diferentes insertos de PCD em fung&o do tamanho de grao [128]. Caracteristicas do tomno paralelo “convencional” EFI DU 2010, Caracteristicas da fresadora/furadora CNC Easimil XXXI 7 19 59 63 64 14 95 99 99 101 102 103 14 11s Tabela 5.3 Tabela 6.1 Tabela 6.2 Tabela 6.3 Tabela 6.4 Tabela 6.5 Tabela 6.6 Tabela 6.7 Tabela 6.8 Principais caractetisticas dos dinamémetros piezoeléctricos utilizados nos ensaios de tomeamento ¢ furagao Caracteristicas dos compésitos de matriz de aluminio ensaiados, Comparagao das propriedades fisicas e mecénicas do material da matriz, e dos compésitos AA336/SiC/17p e 20p. Caracteristicas das brocas utilizadas nos ensaios de furaco dos compésitos de matriz de aluminio Caracteristicas das pastilhas de corte utilizadas nos ensaios de tomeamento dos compésitos de matriz de aluminio, Condigdes de corte empregues nos ensaios de furagiio Condigdes de corte empregues nos ensaios de tomeamento longitudinal exterior em acabamento ou semi-acabamento, Condigées de corte empregues nos ensaios de tomeamento longitudinal exterior em desbaste Condigdes de corte empregues nos ensaios de corte ortogonal no compésito AA3S6/SiC/20p. 133 156 158 160 161 167 168 168 169 Capitulo 1 Thtrodugao. Capituto 1 1. Introdugao. 1.1 Consideragdes gerais. 1.2 Objecto e organizagao da presente dissertagao. Capitulo 1 -Inerodugae. Capituto 1 Introducao. Ll Consideragées gerais. Os materiais compésitos nos quais se incluem os compésitos de matriz metalica tém vindo, nos tltimos anos, 2 ganhar um grande potencial de investigagao ¢ desenvolvimento estando a utilizar-se como materiais altemativos em certas aplicagdes especificas. Ultimamente foram desenvolvidos alguns processos de produgdo de pecas em compésitos de matriz metilica, estando as aplicagdes mais correntes destes materiais ligadas as industrias de ponta aeronaiitica e aeroespacial, e a industria automével. Entre outros aspectos, no primeiro caso a utilizagdo destes materiais deve-se as elevadas propriedades mecdnicas e & menor dependéncia destas em relagio & temperatura e, no segundo, as elevadas propriedades mecanicas e resisténcia ao desgaste. Grande parte da investigagdo e desenvolvimento na area dos compésitos de matriz metilica inside, actualmente, nos compésitos com matriz em liga de aluminio reforgos descontinuos - fibras e particulas de carboneto de silicio e/ou alumina (éxido de aluminio), Fig. ‘A maioria das pegas obtidas com compésitos de matriz de aluminio, através dos diversos processos de fabrico, em particular os processos derivados da fundigao e da enformago plastica, tém geometrias diversificadas e nao dispensam, geralmente, operagdes de maquinagem para atingirem a forma final com a preciso dimensional, a preciséo geométrica e 0 acabamento superficial requerido. Também por maquinagem, so obtidos pormenores de grande relevancia para o funcionamento das pegas mecdnicas, como por exemplo, pequenos furos toleranciados ou roscados, roscas exteriores, escatéis ¢ rebaixos. Capitulo I -Iatroduca. As particulas ou fibras cerdmicas introduzidas nos compésitos para melhorarem as suas propriedades mecanicas, Fig.1.1, tém, geralmente, elevada dureza devendo-se a esse facto 0 intenso desgaste abrasivo nas ferramentas usadas na maquinagem destes materiais. a) MO: ampliagdo 350x s/ataque b) MO: ampliagdo 350x s/ataque Fig. 1.1 Microestrutura de dois compésitos de matriz de aluminio com diferente tipo de reforgo. a) Fibras curtas de Al203. b) Particulas de Os reforgos de carboneto de silicio ¢ de alumina usados, com frequéncia, nos materiais, compésitos, s8o mais duros que os carbonetos de tungsténio « mesmo que a maioria dos restantes materiais usados em ferramentas de corte, sobretudo os agos rapidos, Como excepeaio, temos por exemplo, o diamante em ambas as variedades possiveis - policristalina ou monocristalina, A tendéncia actual para a maquinagem de pegas destes materiais contempla o recurso a ferramentas com insertos de diamante policristalino (de custo muito elevado), ou revestidas a diamante por via quimica (de aplicagao muito recente e de menor custo). Em alternativa, no caso de produgao unitaria ou préxima, poderdo utilizar-se ferramentas vulgares de carbonetos sinterizados da classe K10/20, revestidas ou nfo @ TIN, de boa resisténcia & abrasio, que tém, no entanto, um comportemento muito inferior. Capitulo I -Introducao. ‘A avaliagdo da maquinebilidade (aptid’o do material para ser processado por maquinagem) ¢ feita, habitualmente, através dos seguintes critérios desgaste e vida da ferramenta, forgas de corte e poténcias consumidas. acabamento superficial. produtividade (taxa de remogio de material para uma determinada vida), + forma e tipos de apara. 1.2 Objecto e organizaciio da presente dissertacio. Esta dissertagZo tem como objectivo fundamental o estudo experimental da maquinabilidade dos compésitos de matriz de aluminio, Na prossecugao deste objective foram adquiridos meios experimentais ¢ efectuados desenvolvimentos para aquisigao expedita e precisa dos valores das forgas de corte e medicdo do acabamento superficial, obtido nos provetes do compésito. Na sequéncia da instalagao de parte da instrumentagdo associada ao estudo (dois dinamémetros piezoeléctricos sendo um para furago e outro para tomeamento, assim como 0 amplificador de carga correspondente) e do “software” apropriado -LabVIEW-, desenvolveram-se varios programas de aquisicao de dados, especificos para ensaios de maquinagem que permitem a obtengdo directa e continua com visualizagao grafica da evolugdo das forgas de corte, quer em torneamento quer em furagio. Foram efectuados ensaios de corte ¢ obtidos resultados em furagao e torneamento. O programa de ensaios de maquinagem envolveu o teste de, aproximadamente, meia centena de brocas e sessenta pastilhas de corte (cerca de 150 pontas) criteriosamente seleccionadas. Ensaiaram-se, quer ferramentas de carbonetos sinterizados das classes K10/20 com ¢ sem revestimento de TiN, quer ferramentas com insertos de diamante policristalino ou revestimento de diamante produzido por via quimica, Os compésitos de matriz de aluminio ensaiados foram, no que respeita A mattiz e reforgo, dos seguintes tipos: + AA356/SiC/17p (Fundigo continua) Capitulo I -Introducao. + 4A356/SiC/20p (fundig&o continua), + AA6061/SiC/20p (pulverometalurgia), + AA383/A1203/208 (“squeeze casting infiltration” ). A maior parte dos resultados descritos nesta dissertagao diz respeito ao ensaio dos compésitos AA3S6/SIC/17p ou 20p, por se tratar do material que ao longo dos ensaios preliminares revelou a pior maquinabilidade, Mostrou-se que as ferramentas com insertos de diamante polictistalino so indispensdveis no corte destes tipos de compésitos de maquinabilidade reduzida, Para a satisfag4o do objectivo fundamental, o trabalho evoluiu de acordo com a concretizagdo do seguinte conjunto de objectives parcelares: + identificagao do(s) tipo(s) de desgaste predominante(s) nas ferramentas. + estudo do(s) mecanismo(s) de desgaste + obtengio de curvas de desgaste para os diferentes materiais de ferramentas ensaiadas, + obtengio de curvas de vida, segundo o modelo de Taylor, para os diferentes materiais de ferramenta ensaiados, incluindo o diamante policristalino, Obtengao de equagdes com base na experimentagao que relacionam a vida da ferramenta com as condigées de corte (velocidade de corte e avango) quer em furagZo quer em tomeamento, + determinagio dos peroursos de corte obtidos com as diferentes ferramentas de corte (brocas e pastilhas) + obtengao da evolugo ao longo do tempo de maquinagem das forgas de corte (forga de avango, forga de penetramento e forga de corte, no tomeamento, ¢ forga de avango € binério, na furagio), da pressio especifica de corte e da poténcia cconsumida. + codificagao e anélise da textura da apara obtida, quer em torneamento quer em furagao. Capttuto t -Introdugéo. + andlise do acabamento superficial nos furos e nas superficies torneadas obtidas nos Provetes de compésito, Observagio do estado das entradas e saidas dos furos obtidos com diferentes tipos de brocas, Comparaco entre os valores da amplitude maxima da rugosidade e da nugosidade média aritmética experimentais, e tedricos previstos pelo modelo geométrico adequado para as superficies torneadas. + célculo do débito (volume do material removido para uma determinada vida) com base em critérios de desgaste admissiveis para as ferramentas de corte, quer para as. brocas quer para as pastilhas de corte, para os diferentes materiais da ferramenta, em situagdes de acabamento * modelizagao experimental em corte ortogonal. Determinagdo do angulo de corte, da deformagao, da velocidade de deformagio e das tensdes de corte e normais no plano de corte em fungdo das condig&es de corte (espessura e velocidade). Calculo do indice de maquinabilidade do material * aplicagao da anélise em frequéncia as forgas de corte, como método indirecto de avaliar o estado da ferramenta, no que respeita ao desgaste * comparagio da maquinabilidade dos diversos tipos de compésitos ensaiados. Observagao do interesse da utilizagao do revestimento de nitreto de titénio nas ferramentas de carbonetos sinterizados e do emprego dos fluidos de corte, na maquinagem destes materiais A presente dissertagao encontra-se di ida em nove capitulos, acrescida da listagem das referéncias da bibliografia consultada. Assim, apés a introdugao efectuada neste capitulo, segue-se no Capitulo 2 uma introdugdo aos compésitos de matriz de aluminio. Referem-se os principais tipos de matrizes ereforgos empregues € apresenta-se 0 problema das interfaces nos compésitos de matriz de Aluminio. O capitulo é concluido com a referéncia aos processos de fabrico dos compésitos ensaiados neste trabalho e as microestruturas obtidas. No Capitulo 3 apresentam-se os fundamentos do corte por artanque de apara e mostra- S@ 0 conceito de maquinabilidade. Trata-se a modelizag&o em corte ortogonal e refere-se como esta se pode efectuar em corte tridimensional, Faz-se referéncia aos tipos e formas da §para ¢ a0 balango energético durante 0 processo de corte. De seguida, apresentam-se os ‘materiis de ferramentas de corte com especial énfase nos materiais mais recentes - ceramicos Capitulo 1 -tnereducdo. e ultra-duros. Os tipos e mecanismos de desgaste e as avarias das ferramentas sio abordadas também. E descrito o modelo de Taylor para determinar a vida das ferramentas de corte, Por fim, sfo apresentados os critérios de avaliagdo da maquinabilidade de um material No Capitulo 4 apresentado 0 estado de arte da maquinabil matriz de aluminio 0 qual foi identificado através de uma intensa pesquisa bibliografica que contemplou a consulta a varias bases de dados internacionais, tendo sido escolhidas dez, para pesquisa. Foram selecionados 153 registos e adquiridos mais de trés dezenas de artigos actuais ¢ relevantes para o estudo em causa. Efectuou-se uma sintese com as principais conclusdes obtidas até 4 presente data, Os desenvolvimentos ¢ meios experimentais adquiridos e criados para o desentolar desta investigaglo sto apresentados no Capitulo 5, Referem-se aspectos do dimensionamento, Projecto e calibragdo de dois dinamémetros extensométricos e caracteristicas de outros dois piezoeléctricos utilizados para medigio das forgas de corte, em furago e toreamento, S40 apresentados detalhes do sistema de aquisigao de forgas de corte implementado. Mostram-se 08 programas desenvolvidos em “software” LabVIEW e a sua interligagdo para aquisigao e tratamento estatistico das forgas de corte, quer em furagdo quer em tomeamento, Finalmente, apresentam-se os equipamentos € os critérios utilizados, para a medigao do desgaste das ferramentas de corte e do acabamento superficial obtido nos compésitos, O Capitulo 6 & dedicado a apresentagdo do programa de ensaios desenvolvido. Sio apresentados os compésitos de matriz de aluminio ensaiados. Sao definidas as ferramentas empregues (brocas ¢ pastilhas de corte) no que respeita ao material ¢ a geometria de corte. E feita uma alusio especial as ferramentas com insertos de diamante policristalino ¢ as revestidas a diamante por via quimica, Apresentam-se com detalhe as condigdes de corte ¢ operativas empregues, quer em furago quer em tormeamento, dos compésitos mais ensaiados (AA3S6/SIC/17p © AA3S6/SiC/20p) assim como 2 geometria dos provetes maquinados. Os resultados obtidos sto apresentados e discutidos no Capitulo 7 que, para esse feito, se encontra dividido em nove secgdes: + secgio 7.1, (Introdugao) * seco 7.2, (Desgaste das ferramentas de corte). Tipos de desgastes. Mecanismos de desgaste, Critérios da vida das ferramentas. Curvas de desgaste. Curvas de vida. Percursos de corte. Captulo 1 -Introdugdo. + secgdo 7.3, (Forga © poténcia de corte). Forgas de corte, Pressdes especificas de corte. Poténcia de corte. + secgdo 7.4, (Tipos e forma da apara obtida). Codificagio da apara. Anilise da textura da apara obtida + secgdo 7.5, (Acabamento superficial). Furagao. Torneamento. + secgio 7.6, (Débito-volume de material removido para uma determinada vida), Furagao. Torneamento. + secgio 7.7, (Modelizagao experimental em corte ortogonal), + secgo 7.8, (Desgaste das ferramentas e a sua relaglo com as forgas de corte). ‘Anilise em frequéncia + secgio 7.9, (Comparagio da maquinabilidade dos diversos tipos de compésitos de matriz de aluminio ensaiados). Furagdo. Torneamento. No Capitulo 8 efectua-se uma discussto global dos resultados obtidos e apresentados anteriormente. Finalmente, a presente dissertago encerra com 0 Capitulo 9, onde se sumariam as principais conclusbes e se indicam algumas sugest@es para futuros trabalhos de investigacao. C apitulo 2 Tatrodugao aos compésitos de matriz de aluminio. Capitulo 2 2. Introducio aos compésitos de matriz de aluminio. 2.1 Generalidades. 2.2 Matrizes e reforgos. 2.2.1 Matrizes metilicas. 2.2.2 Reforgos 2.3 Interfaces nos compésitos de matriz de aluminio, 2.4 Processos de fabrico/microestruturas obtidas 2.4.1 Infiltragao de preformas. 2.4.2 Processamento no estado semi-sélido, 2.43 Pulverometalurgia. 2.5 Sintese B 16 16 18 22 24 25 27 30 32 Capitulo 2- Introdusao aos compésitos de matriz de alumtnio. Capitulo 2 Introdugdo aos compésitos de matriz de aluminio. 2.1 Generalidades. Desde a antiguidade que os materiais compésitos nas suas formas mais simples estiveram presentes nos mais variados processos produtivos da humanidade. No entanto, a sua utilizagdo no aspecto cientifico/tecnoldgico é relativamente recente. A era moderna dos materiais compésitos e, em particular, os plasticos reforgados com fibras, tem inicio apds a segunda guerra mundial (1939/45) e 0 seu advento dé-se com a sua utilizagao na industria aerondutica e aeroespacial [1] De um modo geral, os materiais compésitos so formados por uma mistura ou combinagio de dois ou mais materiais distintos que diferem na forma e composigo quimica, mas que nfo reagem entre si. Nestes materiais ha que distinguir 0 reforgo constituido, normalmente, por fibras, whiskers! ou particulas e a matriz que poderé ser polimérica, metalica ou ceramica Os materiais compésitos apresentam propriedades especificas extremamente elevadas, superiores aos materiais de construgdo mecdnica tradicionais (materiais metélicos) e, daqui, resulta a vasta investigago que Ihe tem sido dedicada com vista a explorar as suas elevadas potencialidades. Entre algumas das caracteristicas fisicas e mecanicas que pretendem set melhoradas pela adigio do reforgo citam-se a resisténcia mecdnica, a rigidez, a resisténcia ao desgaste e a corrosio, a vida a fadiga e A fluéncia, 0 coeficiente de dilatagdo térmica e a condutibilidade térmica, Destas caracteristicas apenas algumas sio melhoradas | Monocristais praticamente isentos de defeitos com propriedades meciinicas extremamente elevadas, 1B Captiulo 2 tnirodugdo aos compositos de matriz de aluminio, simultaneamente, Segundo Lloyd D. [2] 0 desenvolvimento dos compésitos de matriz metilica (que passaremos a designar por CMM) pode considerar-se uma das maiores inovagdes em termos de materiais, nos tltimos trinta anos, Entende-se por CMM um material cuja matriz apresenta um cardcter predominantemente metilico ¢ em cuja estrutura se encontram dispersos agentes de reforgo de natureza diferente da matriz, geralmente, ceramicos [3]. De acordo com Clyne T. e Withers P. [3] podem também incluir-se nos CMM as ligas metilicas reforgadas com outros metais. A priori, qualquer liga metélica pode ser utilizada como matriz de um CMM. Na Pratica, porém, as aplicag&es concretas tém-se restringido ao uso de ligas de aluminio, cobre, magnésio, zinco, titfnio, niquel e chumbo [4 e 5]. Dependendo do objectivo visado, os reforcos podem apresentar caracteristicas geométricas diversas. Desde as fibras continuas as microparticulas, particulas (esférulas, lamelas ou poliedros mais ou menos irregulares), passando pelas fibras curtas até aos wi ers, praticamente tudo se tem experimentado para se obter aquele conjunto tinico de propriedades que permite resolver um problema concreto. Também ao nivel dos materiais propriamente ditos, um razodvel niimero tem sido utilizado como reforgo. A grafite, 0 tungsténio, a alumina (Al203), 0 carboneto de silicio (SiC), a silica (SiO2), 0 carboneto de boro (B4C) sao alguns exemplos. Trata-se, geralmente, de materiais com maior resisténcia mecanica e rigidez e também com propriedades menos dependentes da temperatura do que os usados na matriz. Segundo alguns autores [3, 6, 7, 8 € 9] os CMM podem ser classificados em trés grupos, Fig, 2.1, em fungio do tipo de reforgo utilizado para a sua fabricagao: * compésitos com reforgo de fibras continuas ou longas (mono ou multifilamentos) que tém em geral grande diametro (50 a 400m). * compésitos com reforgo de whiskers ou fibras curtas. No primeiro caso os elementos reforgadores sio monocristais, materiais de elevada resisténcia mecanica, de dimensGes reduzidas (didmetros entre 0,1 a 10m e relagio comprimento/diametro 50 2 250). No segundo caso os reforgos so fibras curtas de pequeno diémetro (23m) telago de comprimento/didmetro 150 a 200 vezes. 4 Capttulo 2- Inrrodugdo aos compésitos de matriz de alumtnio. + compésitos com reforgo de particulas onde sfo, geralmente, consideradas duas classes. Uma, com reforgo de microparticulas, em que a dimensio das particulas reforgantes varia entre 0,01 ¢ 0,lpim e outra, com reforgo de particulas, caracterizada pelo facto das particulas dispersas na matriz terem dimensao superior a lpm. Assinale-se que, para a dimensdo entre 0,1 a 1pm nao existe designagio especifica ficando ao critério de cada investigador a sua incluso numa ou noutra classe. Monofilamentos Fibras curtas/Whiskers _Particulas Fig. 2.1 Classificago dos CMM de acordo com o tipo de reforgo [3]. Outros autores [10 e 11] preferem classificar os CMM relativamente ao reforgo de um modo mais simples. Muito utilizadas so as designagdes de continuo ou descontinuo, aplicadas geralmente ao reforgo, distinguindo compésitos reforgados por fibras continuas dos reforgados por fibras curtas, particulas e whiskers. Ha que distinguir também as situagdes em que todo 0 componente é em compésito, daquelas em que apenas uma parte apresenta reforgo, como no vazamento centrifugo em que se da a segregagdo de particulas para a periferia ou para o interior, conforme elas sejam mais ou menos densas do que a matriz, Mais apropriada 6, neste caso, a designaglo de CMM com reforgo selectivo ou parcial, como é também referido na literatura [5 e 12] Os CMM aplicaram-se a partir dos anos 70 com sucesso nas industrias aeronatitica ¢ aeroespacial [13 14] devido as suas propriedades mecanicas especificas elevadas e a menor dependéncia destas em relagiio @ temperatura, Trata-se de uma primeira gerago destes materiais e utilizavam-se sobretudo em pegas obtidas pelo processo “diffusion bonding”?, Em meados dos anos 80 uma segunda gerago atingiu e indastria automovel (produgao de um 2 Proceso de elaborago do compésito com aplicagdo simulténea de calor € pressio, 15 Capitulo 2- Iniroduugdo aos compésitos de matriz de alumtnio pistdo para motor da Toyota [13] em liga de aluminio reforgada com 5% de fibras curtas de Al203), devido as elevadas propriedades de resisténcia mecnica especifica ¢ a boa resisténcia ao desgaste, Neste caso, a fabricagio das pegas em CMM, efectua-se especialmente pelo processo “squeeze casting infiltration”3, Actualmente, para além das aplicagdes anteriormente referidas nas indistrias de ponta os CMM apresentam um emprego, que embora reduzido, comeca a ter algum significado, nomeadamente, em artigos de uso comum [13 e 14], por exemplo, quadros de bicicleta ou motociclos (4A6061/A1203/10p ou AA2124/SiC/20p)* , raquetes de ténis (aluminio reforgado com 20% de particulas de SiC) Conforme ja se referiu, os materiais utilizados como matriz ou como reforgo foram muitos, apresentando-se as ligas de aluminio como o material mais usado para a matriz e as particulas € fibras curtas de Al203 bem como as particulas e os whiskers de SiC, como os materiais mais promissores empregues como reforgos. 2.2 Matrizes e reforcos, A seleceio do par matriz metilica/reforgo mum CMM, é fungo das caracteristicas finais pretendidas, dos processos de fabrico conhecidos ou disponiveis (vidveis do ponto de vista econ6mico) ¢, ainda, da compatibilidade entre a matriz eo reforgo 2.2.1 Matrizes metilicas. De acordo com [3, 4, 5, 13, 15 © 20] tém sido diversos os materiais metélicos uillizados como matriz nos CMM, ligas de cobre, de titénio, de magnésio, de aluminio, de ferro, de zinco, de niquel e de chumbo. As ligas leves (aluminio e magnésio) sfo, no entanto, as mais uiizadas por apresentarem algumas vantagens: as propiedades especificas elevadas, o balxo custo © a facilidade de processamento, Em aplicagées até 450°C as ligas de aluminio. © magnésio sao de primeira preferéacia. No entanto, para aplicagses a elevadas temperaturas, © Hitanio (600°C) e as ligas de niquel (=1000°C) sdo as que apresentam melhores caracteristias, Na Tabela 2.1 podem observar-se as propriedades fisicas e mecdnicas de algumas ligas empregues como matrizes nos CMM. No grupo das liges de aluminio, a escolha de uma determinada liga ou séie de ligas, é funoto das propriedades especificas desta ¢ da sua aptidlo para o processamento Segundo a “Aluminium Association” os grupos e composiggo qui ——____** 3 Influagto de preformas sob pressfo earesh# Segundo a “Aluminium Association” (liga da matiz/eforgltacgso volimica(%) ¢ tipo de ica das ligas de aluminio sao 16 Capitulo 2+ Introducdo aos compésitos de matriz de alumtnio designados por uma forma numérica (quatro digitos). Tabela 2.1 Propriedades fisicas e mecnicas de algumas ligas empregues como matrizes. Modul | Tensio| Coeficiente | Condutibitidade Matriz de ‘de | Densidade | de expansio| térmica elasticidade| rotara térmica (GPa)_| @vPay aoe) | ovimk) ‘ATC100) 70 170 [37 236, 230 TAUCu(AA2004) 73 470 28 23.6 190 TAUMaySi (A661) | _70- 380 27 23.6) 180 AUZn (AA7075), 2 570_| 28 22.0) 130 ‘ALi (AAB090), 80 = 255, = = ‘Cu (C1010) uz 220 | 8.9 10 391 Me 45 130 [18 266 107 Fe (ago macio) 208430] 7.8 172 60 Ti Lig) 240 [a5 95 22 TWGAUAV. is [ 950 [4 9.0 6 Zn 105; T20—| 7,1 | 31,0 120 Ni 214 300 [8.9 13.0 89 Ni Sopertigas) 214 300_[ 7.9 12,0 im Pb 14 20 [13 30.0) 25 Fontes: + M.Taya and R, Arsenaut (1989), Metal matrix composites thermomechanical behaviour, Pergamon, Oxford. An Engineers Guide to Composite Materials, ASM, Ohio + T, Clyne and P. Withers (1994), An introduction to metal matrix composites, Sc. séries, Cambridge. © aluminio puro comercial (série 1xxx) é utilizado como matriz nos seus diversos graus de pureza [16, 17 ¢ 18]. A sua propensio para a deformagiio plastica torna-o um material adequado na fabricagdo de compésitos por processos que envolvem deformagao plastica da matrz. As ligas de aluminio/cobre ¢ aluminio/cobre/magnésio (série 2xxx) tem como principal caracteristica 0 endurecimento por precipitagdo, So geralmente utilizadas as ligas com percentagens de cobre inferiores a 5,65% [21]. A liga 2024 é talvez uma das mais citadas nesta série devido a sua aplicagao em aerondutica O grupo das ligas aluminio/silicio devido a sua aptidao para a fundig&o apresenta-se como escolha preferencial nos processos de fabrico que utilizam técnicas proximas da fundig&o. No geral, estas ligas apresentam boa colabilidade, uma tendénca para o rechupe concentrado e uma quase nula fissuragdo a quente. As ligas mais empregues so as parcialmente eutécticas (AA356.x)$ ou eutécticas, por exemplo (AA359.x)S € a (AA383.x)’) 5 Alsi7Mg S Asi 7 AIsiloMg 7 Capitulo 2- Introdugao aos compésttos de matriz de alumtnio. Este grupo de ligas, dentro das ligas de aluminio é o mais utilizado industrialmente nos CMM (3, 13, 17, 19 e 22] As ligas de aluminio/magnésio/silicio (série 6xxx) podem softer como as da série 2xxx endurecimento por precipitagiio. No Departamento de Materiais do INETI (Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial) decorreu um projecto de investigagao desenvolvimento com o titulo “Produgio de compésitos Al 6061/SiC e Al 6061/Al203 por sinterizagao directa de pds e/ou forjagem” (23, 24, 25, 26, 27 e 28]. Foram produzidos diversos compésitos que utilizaram como mattiz a liga 6061 e estudado 0 seu comportamento mecinico e tribolégico, Outras ligas de aluminio foram também ja utilizadas como matrizes sendo, no entanto, menor 0 niimero de estudos efectuados, Nesta situago, encontram-se as ligas complexas aluminio/zinco/magnésio/cobre (série 7xxx), as ligas aluminio/magnésio (série Sxxx) e as ligas aluminioflitio (série 8xxx), ‘No que respeita as outras ligas metalicas, os estudos e os trabalhos publicados so em numero reduzido quando comparado com as ligas de aluminio. Existem varios estudos Telativos a ligas de titinio, de cobre e de magnésio (3, 13 ¢ 15]. 2.2.2 Reforgos. O tipo de reforgos empregues nos CMM tem variado ao longo do tempo. Inicialmente, utilizaram-se monofilamentos de tungsténio ou de SiC (revestidos a boro) [4]. Os multifilamentos de carbono apareceram no comego dos anos setenta [4]. Actualmente, 0 interesse da investigacdo recai essencialmente nas particulas ¢ fibras curtas de Al203 & Particulas e whiskers de SiC [4 e 13]. Esta evolugo teve em considerago sobretudo 0 custo associado & produgdo dos ditos reforgos e 4 fabricago dos compésitos. Na Tabela 2.2 podem observar-se algumas das propriedades fisicas e mecénicas de diversos reforgos jé utilizados em CMM. 2.2.2.1 Fibras continuas, Nos CMM as fibras continuas podem apresentar-se como monofilamentos ou multifilamentos, Alguns dos monofilamentos sto obtidos, como é 0 caso dos de boro, por 8 Capitulo 2- Introducdo aos compdsitos de matriz de alumtnio. Tabela 2.2 Principais tipos de reforgos utilizados e algumas das suas propriedades fisicas e mecénicas. Didmetwo | Medulo | Tensio Coef. de_| Condutibiidade Reforgos | ou de | derotura| Densidade | expansio | térmica dimensto | elasticidade térmica um | GPay_|_ oiPay work) | __ (Wim) Wore falamentos | B(CvD- | sooo | 400 | 27007 | 26 30 =38 miicleo W) 7000 Bors 109 as 2930 | 2,77 30 38 (CVD) SiC (CVD-| 150 35 3800 | 325 40 16 niicleo C) SiC 100 as 3800 | 3.29 a 16 Fios medlicos ago 100 Tm] a2007 | 79 Tas 3 13000 W | 25880 | 405 | i700 | 19.3 a5 168 3900 Fibres curtas ‘A203 3 785 1500 [35 TF = Satfil®) ‘A203 20 380 [13007 | 40 33 = (DuPontFP) 2100 Cpitch | 53] 380690 | 2000 | 20 | -1,4010,00) CPAN 7 230__| 4800 19 | -1200,00) SiC is 180 | 24007 | 2,55 30 (Nicaion) $300 Particulas ‘Anos | 150 80 = 38 70 =100 Bac 150 380 700 | 25 = = SiC 150 #0 = 32 40 =100 Tie =| 350870 [= a ar =100 Tic = [33000 [= a 5 = We = 330 = 137 | es Waiskers SIC Oi] 4307700 [ si00 | 3.2 a0 | 316 21000 Sana [oo | 350585 [20007 | 3.1 = | = 14000 Fortes + M, Taya and R. Arsenaut (1989), Metal matrix composites thermomechanical behaviour, Pergamon, ‘Osford.An Engineers Guide to Composite Materials, ASM, Ohio + T. Clyne and P. Withers (1994), An introduction to metal matrix composites, Sc. séries, Cambridge. 9 Capitulo 2+ Introdugdo aos compésitos de matriz de alumtnio. deposigdo por via quimica (CVD) sob um nicleo de carbono ou tungsténio, Os multifilamentos (fios) j utilizados so de ago e de tungsténio. 2.2.2.2 Whiskers e fibras curtas. Os whiskers so fibrilas, monocristais praticamente isentos de defeitos cristalinos lineares ou de faltas de empilhamento, que apresentam propriedades mecénicas extremamente elevadas. Os whiskers de SiC, por exemplo, podem apresentar tenses de rotura entre 3,1 e 21 GPa © médulos de elasticidade entre 450 a 700 GPa. Os whiskers mais utilizados sto os de SiC, existindo ja diversos estudos com estes materiais como reforgo [8, 29]. Provavelmente outros ainda em desenvolvimento. As fibras curtas séo utilizadas livres ou em preformas fibrosas, (arranjos tridimensionais) dispondo-se as fibras segundo uma, duas, trés ou mais direcgBes preferenciais. Estes arranjos séo mantidos através de ligantes, dando uma consisténcia a Preforma que permite o seu manuseamento sem deteriorago. Esta ¢ caracterizada pelo didmetro ¢ comprimento médio das fibras que a constituem e pela fracgdo voluimica, que corresponde & razio entre o volume das fibras ¢ o volume envolvente da preforma As fibras curtas que aparecem referidas na literatura [4, 13] so as de carbono, Al203 © Al203/Si02 As fibras de carbono podem ser classificadas segundo dois tipos em fungiio do material empregue na sua obtengdo, PANS ou Pitch’. As fibras de carbono PAN apresentam clevada resisténcia mecanica enquanto que as Pitch tém elevada rigidez (médulo de elasticidade) As fibras mais empregues sio as de Al203 fabricadas pela ICI e designadas por Saffil Nestas fibras em fungao da sua qualidade sto considerados trés graus o RF, 0 RG 0 RD. O Srau RF em 1203-8 apresenia uma gama de qualidade apertada (fibra homogénea na Preforma) ¢ é utilizada quando se pretende elevada resistncia mecanica [30]. O grau RG & constituldo por Al203-8 ¢ Al203-c sendo estas fibras utilizadas quando se pretende elevada resisténcia ao desgaste, O grau RD em Al203-n nifo tem ainda campo especifico de utilizacao Bu ee eee § 0 material de base é 0 poly achrilonitrile ou seu copolimero, 9 O material de base é o alcatrdo. Capitulo 2- Introdugdo aos compésitos de matriz de atumtnio. As fibras Al203/Si02 embora nao apresentem propriedades mecfinicas tio elevadas tém como principal vantagem o seu menor custo [4]. Nestas fibras temos a considerar duas variantes, a Fiberfrax e a Fibermax, que diferem na percentagem relativa de Al203 e SiO2 € no grau de cristalinidade!® 2.2.2.3 Particulas, Apesar das fibras continuas permitirem obter éptimas “performances” em termos de propriedades mecanicas, a maior parte dos compésitos actualmente comercializados utilizam particulas como reforgo [4]. Este facto deve-se & facilidade com que os CMM reforgados com particulas so processadas por métodos de fabrico préximos dos convencionais, tais como a fundig&o, a pulverometalurgia e os processos de enformagao plastica enquanto que os compésitos reforgados com fibras continuas, apresentam um processamento mais dificil ‘As particulas empregues apresentam uma grande variedade tanto na forma ¢ dimensdes como na composig&o quimica, Tém-se utilizado diversos oxidos (SiO2, TiO2, MgO, Al203) e carbonetos (TiC, BSC, SiC). Estas particulas embora melhorem, em geral, as propriedades mecdnicas das ligas as quais so adicionadas, trazem muitas vezes problemas de interface com a matriz assim como problemas de decantagao ou de flutuacdo [4] ‘Actualmente, so 0s CMM fabricados com particulas de grafite em aplicagdes especificas e sobretudo os de Al203 e SiC que apresentam os resultados mais encorajadores obtidos, por exemplo, nos laboratérios de investigagao da Duralcan (BUA) [32, 33 ¢ 34] € Hydro Aluminium (Noruega) [35] As particulas de grafite, quando adicionadas as ligas de aluminio, especialmente as de aluminiolsilicio permitem obter boa resisténcia a gripagem. Por esta razdo estes compbsitos podem substituir as ligas utilizadas no fabrico de pegas em que a minimizagao de atrito seja importante [13]. A principal dificuldade existente na obtengao destes compésitos com reforgo de grafite reside na auséncia de molhagem entre o par matriz/reforgo, 0 que provoca dificuldades de incorporagao e de rejeic&o (acentuadas pela baixa densidade da grafite ~ 2,2). ‘As propriedades fisicas e mecénicas das particulas de Al203 SiC, Tabela 2.2, € especialmente a sua dureza (Al203 ~1800 HV e SiC =2600 HV) permitem obter compésitos com boa resisténcia ao desgaste (tanto mais elevada quanto maior for a dimensio média das particulas) [13]. Segundo Kelly [4] a sua dimenséo varia, geralmente, entre 1 a SOum, no 10 (49,2% A1203/50,5% SiO2, amorfa-72% A1203/27% Si02, policristalina). 21

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