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Figura 72 Exemplos do ‘egos de fae: G)onctl (RZ. (©) polar (RZ (bipolar (2), (@) ont RZ}, {©} polar (NR. Pfincipios de Transmissio de Dados Digitais 302 “aba AtAa oon. ff Oo vo 0 uu o_O O U Ur © I © oH to _ © 7.1.2 Codificador de Linha ‘A saida digital de um codificador de fonte & convertida (ou codifi ‘onda) para fins de transmissiio no canal. Esse proceso recebe a d codificacio de transmt jcada) em pulsos elétricos (formas de jenominasio codificago delinhz ou 'H4 muitas formas posstveis de alocar formas de onda (pulses) eos da- {dos digitais. No caso binrio (2 simbolos), por exemplo, a codificagio de linha concettualmente mais simples ¢ on-off (liga-deslign), em que 1 ¢ transmitido por um pulso p(é)e 0 ¢ transmitido por ausén~ ‘ia de pulso (sinal malo), como mostrado na Fig. 7.2a. Outro eédigo de uso muito comum & 0 polar, fin que 1 é transmitide por um pulse (4) ¢ 0 6 transmitide por um pulso (0) (Fig. 7.28). © esquema polar 0 eédigo com a maior eficiéncia de poténcia, pois, para um dado grau de imunidade a0 aldo {(probabilidade de erro), requer a menor poténcia. Outro cddigo p« opular em PCM éo bipolar, também conhiecido como pseudoternario ou inversio alternada de sinal (AMI—alternate mark inversion), tm que 0 é codificado por auséncia de pulso e 1 é codificado por um pulso p() ou -p(0, dependendo se 01 anterior foi codificado por ~p(t) ou p(t). Em resumo, pulsos que representam 1s sucessives tém ‘sina alternados, como indicado na Fig, 7.2c. Esse c6digo tem a vantagem de que, se oconrer wm: ‘co exto na detecgao de pulsos, a sequéncia de pulsos recebida violara a regra bipolar e o erro poder set detectado imediatamente (embore no possa ser corrigido).* ‘Ontro cédigo de linba que, inicialmente, pareceu promissor & 10 duobinirio (e duobinstio modifica- 40), proposto por Lendet’* Esse cbdigo 6 melhor que © bipolar em termos de eficitncia de largura de banda, Sua versio mais proeminente, o ¢6digo de linha duobindrio modicado, tem sido aplicada em ceanais de leitura de hard disc drives, em transi io Sptica a 10 Gbitls para redes metropolitanas, ema “Fiupo adunto nfo mais que um erro em sequencin.Mtipfos errs em sequéncis podem caneclar 0 repectivos efitos «2, assim, no serem detectados. Contado, a probobilidade de miltiplos errs & mito menor qe ade apenas um ere- ‘Mesmo pare um ero, 20 podemos identifiers localizneo exatament. eros isclados, mas nfo &capaz dz corigi-los. Portanto, ese ego detect apresenga de 304 Capitulo 7 primeira gerago de modems para rede digital de servigos integradas (ISDN—integrated services digi tal networks). Detalhes de cédigos de linha duobinérios sexo discutidos mais adiante neste capitul Até aqui, em nossa discussto, usamos pulsos de mia Iargura somente para facilitar a ilustrago, Podeinos selecionar outras farguras. Pulsos de largura completa sto usados esn algumas aplicagdes, ‘Sempre que pulsos de largura completa sto ulizados, a amplitude do pulso é mentida em wm valor Constante durante toda a duragio do puso (isto é, a amplitude nflo retorna a zero antes do inicio do pulso seguinte). Por essa razio, (ais esquemas sto denominados sem retorne ao zero ou esquemas NRZ.(non-rettrr+-to-zerc), em contraste com esquemas com retorne 20 zero ou RY, (refwn-fo-sera) (Pig. 720-c).A Fig, 7.2d mostra um sinal NRZ. on-off e a Fig, 7.2e, um sinal NRZ polar. 7.1.3 Multiplexador Em termos gerais, a capacidade de um canal fisico (por exemplo, cabo coaxial, fibra éptica) para transmitir dados & muito maior que a taxa de dados de uma fonte. Para utilizar essa capacidade de modo eficaz, combinamos vétias fontes por meio de um multiplexador digital. A mulfiplexagao digital pode ser feita por divisto em frequéncia ou por divisfo no tempo, como jé discutimos. A diviso em digo (a ser discutida no Capitulo 11) também é uma altemnativa pritica e eficiente. Um canal isico 6 pottanto, compartithado por virias mensagens simultiness. 7.1.4 Repetidor Regenerador Ropetidores regeneradores sio usados em intervalos regularmente espagados, 20 longo de wens linha de transmissio digital, paca detectar o sinal digital que chega e regenerar novos pulsos “limpos” para ‘ransmrssdo em mais um trecho da links. Bsse provesso peri6dico elimina, portaato, combate, o aci- ulo de ruid ¢ distorgao de sinal na extensio da rota de transmissfio. A capacidade de eliminagtio de ruldo ¢ efeitos de distorsio de sinal desses repetidores regencradorcs é uma das maiores vantagens de sistemas de comumicacio digital em relago aos sistemas analdgicos. Se forem transmitidos pulsos a ums taxa de Rs pulsos por segundo, necessério ter informagfo de {temporizagio periédica ~ o sinal de rel6gio na frequéncia R, Hz — para amostrar os pulsos que che- ‘gam ao receptor. Essa informagao de temporizagio pode ser extraida do pr6prio sinal recebido, desde que 0 ebdigo do linha soja escolhido de forma adequada. A reificaco do sinal polar RZ ua Fig. 7.2b, por exemplo, produz tm sinal de reldgio periédico de frequéncia Ry Hz, que contém 0 desejado sinal perkédico dc temporizacdo de frequéncia Rs Hz. Quando esse sinal é aplicado a um circuit ressonan- sede EN LIL ie aL eandmico (6) nae ® saiosore ete relégio(c), I at a ° ve} ponnnannanon— F e Principios de Tranemisséo de Dados Digitais 305 2 | te sintonizado na frequéncia Ry, a seid, que & uma senoide de frequencia Ry Hz, pode ser usada para 1 temporizagio, O sinal on-off pode set expresso como a soma de um sital periéico (na frequéncis: do reldgio) ¢ um sinal polar on randémico, como mostado ia Fig. 73. Devido & presenga da compo- nente periddica, podemos extrair a informagdo de temporizagao desse sinal com 0 so de umn circuito ressonante sintonizado ne fiequéncia do zeldgio. Um sinal bipolar, a0 ser retificado, se torma um sinal ‘on-off Portanto, a informedo de temporizagio pode ser extraida da mesma forma como para um si- nal on-off © sinal de temporizaso (aida do cireuito ressonants) sonsivel ao padrio de bit de chegads. No caso on-off ou polar, um 0 & transmitido por “auséncia de pulso”. Assim, se houver um grande nfanero de 0s cm uma sequeéncia (auséncia de pulsos), nfo baverd sinal na entrada do cireuito ressonante ¢ sua aida senoidal passa a decair, otiginando erro na informagio de temporizagdo. Mais adiante, diseuti- romos forinas dé solucionac esse problema. Dizemos que cédigo de Sinha é transparente quando 0 7 pacino de bits ndo afeta a preciso da inforragio de temporizacao. O esquema polar RZ (em que cada bit 6 transmitide por agama pulso) é wansparente; os esquemas on-off bipotar nil so transparentes. S 7.2 CODIFICAGAO DE LINHA 7 Dados digitnis podem ser transmitidos por véries cédigos de linha ou de transmissii, Vimos exem- plos de cbdigos on-off, polar bipolat. Cada eédigo de linha tem suas vantagens ¢ desvantagens. Bo- fre outras propriedades desejéveis, um cédigo de linha deve ter as seguintes: + Largura de banda de transmissao to pequena quanto possivel. 2 Bfeiéneia de poténcia. Para dadas largura de banda e taxa de eros de detccsao, a poténcia transmitida deve ser to baixa quanto possivel. * + Capacidade de detecgiio ¢ correcdio de erros. ¥3 descjivel que eros scjam detectados ¢, de | referencia, corrigidos. No caso bipolar, por exemplo, um erro isolado eausaré violago da regra | Eipolare poder or facilmente dtevtado, Cbdigos corrtares deers scriodiscolides om detathe no Capitulo 14. + Densidade espectral de poténcia favorivel. B desejivel ter densidade espectmal de poténcia (PSD) zer0 em /~ 0 (de), pois acoplamente e transformadores ac S90 usados nos repetidores.® ‘Poténcia significativa nas componentes de frequéncias baixas também deve ser evitada, pois causa \ ‘ondulaglo de (de wander) na sequéncia de pulsos quando acoplamento ae é usado. + Conteido de temportagéo adequado. Deve ser possivel extrait a informaglo de temporizagio ou de regio do sina. ~ + Transparéncia. A teansmissto correla de wn sina digital deve ser possivel, independentemente do pudsto de 1s ¢ 05. Vimos, nos casos de eédigos on-off e bipolar, que uma longa sequéncia de {pode causar problema para a extrgto de temporizagio. Um cédigo é transparento se os dados orem codlficados de modo que, para qualquer sequéncia possivel de bits, o sina endificado posse ser detectado com fdelidade. 7.2.1 PSD de Diversos Cédigos de Linha No Exemplo 3.19, discutimos o procediméato para delerminar a PSD de um trem de pulsos polares Usemos um procedimento similar para detcrminar uma expresso gera para PSD de sinaisresultantes v {da modulagzo em banda base (codificagdo de linha), como ilustrado na Fig. 7.L. Em particala, apli- amos direlamente a relagdo entre PSD e a fungi de antocorrelago do sinal da modulago em banda base, dada na Seeio 3.8 (Ea. @.85)]- - ‘Na discussio a soguit, onsideramos umn pulso genético p(), cua transformada do Fourier é PQ). C Denotames o simbolo do cédigo de linha no instante de tempo i por a. Se taxa de transmissio for y= 1/Ts pulsos por seasndo, o eédigo de linha gera um trem de pulsos construfdo a partir do pulso TRevolomento ae 6 necessisio porque as rota de provides por pares de cabo extreestagies repetideres sto nad | transmit poténcia necesssia A opsreio dos repetidores, 308 Capitulo 7 io Figura 74 I ‘inal modutada en t fem amplitude } por sequéncia | siesta do 5 pulses e sua 5B | ‘geragée por um Oo) ites trem do impussos PAM, © © 7 20 xo =P p—— 0 SO= POR , © ps bésico p(), com amplitude aye iniciando no tempo f = AT; em outtas palavras, 0 k-ésimo simbolo é transmitido como aep(t— &7,).A Fig. 74a fornece uma ihustragzo de um pulso especial p(), enquanto a Fig. 7.4 mostta 0 correspondente trem de pulsas gerado pelo codificador de fina na banda base. _ Como mostrado na Fig. 74b, contando umna sucesso de transnissGes de simbolos espagados por Ts, ‘seguucdos, o sinal em banda base ¢ 1m trem de pulsos da forma YO =D auplt — 5) ay Reparamos que o codificador de linha determina o simbolo {a,} como a amplitude do pulso p(t— Ki). (s valores de a so aleatérios c dependem da entrada do codificador de linka e do proprio de linha; y(@ € non sinal modulado em amplitude de pulso (Sinal PAM). Os eédigos de lia on-off, polar e bipolar, sio casos especiais desse trem de pulsos y(1), em que ay assume os valores 0, 1 ou —1 de modo aleatrio, sujeito a algumas condigses. Podemos, portanto, analisar muitos eédigos de Tinba segundo a PSD de »(). Infelizmente, a PSD de y(/) depence de a ¢ de p(). Se a forma do pulso p()) for alterada, pode ser necessirio refazer todo o célculo da PSD. Essa dificuldade pode ser contornada com o simples artificio de selecionar um sinal PAM x(t) que use um impolso unitério como 0 pulso bisico p(@) (Fig. 7.40). Os impulsos ocorrem a intervalos 77 € a intensidade (drea) do k-ésimo impul- 80 € a, Se(0) for aplicado & entrada de um filtro cxja resposta zo impulso seja H() = p(0) (Fig, 7.40), ‘1 saida sexd o trem de pulsos y() na Fig, 7.45, Além disso, aplicagio da Eq, (3.92) permite caleular 2 c PSD de 340) como Sy = PPS j Principios de Transmissao de Dados Digttais 307 ssa relacdo nos pemite determinar $,(9, a PSD de um edigo de linba que corresponde a uma for- sma de onda p() qualquer, uma vez.que conhegamos S,().A generaidade dessa abordagem a toma atrativa, ‘Agora, precisamos determinar 72,(2), a fungio de autocorrelago temporal do trem de impalsos (0) 180 pode ser feito com certa facilidade se considerarmos o impuiso como uma forma limite de pulsos retangulares, como mostrado na Fig. 7.5a, Cada pulso term uma largura e— 0, ¢ a altura do ‘eésimo pulso € dada por kato Com isso, garantimos que a intensidade do k-ésimo impulso soja ay ou chy = ae Se dosignannos o correspomdente trem de pulsos retangulores por (1), entio, por definigdo [Eq. (6.82) na Sesto 3.8], on im tf" xeox@— oar @2) 2 Reo) PT Lory Como ‘Rs(z) uma funcgo par de + fq. (3.83)], basta que consideremos somente valores positivos de. Inicialmente, consideremos 0 caso + < ¢. Nesse enso, a integral na Eg, (7.2) 62 érea sob o sinal 5(¢) multiplicado por 3(¢) atrasado por x (x < ¢). Como visio na Fig. 7.5b, a rea associada 20 ke mo pulso ¢ Hee), € 7 Files os one oa (7A) Daee.030, non jing od a3) : CObservemos que # some ¢ feita com NV pulsos. Portanto, Ny é a média temporal do quadrado das am~ plitudes a, do pulso, Usando a notagtio de média temporal, podemos expressar Re como Ro= ine Ses a (76) ‘Também sabemos que Ree) € uma fimpio de + [ver Eq. (3.83)}. Logo, a Bq. (7.3) pode ser expres- ‘sucomo on 308 Capitulo 7 Figura 735 Dedugie de PSD eum sinal PAM fleatro com largura de pulso ‘miko eareta ee luca m= fe Este € um pulso retangular de altura Re/eZ,, largura 2¢ ¢ centrado em he DT wll wT] = De he we] i . &) pig yo h—; HE * a Rall y Lee iT ct Ty=2 © © Rally =0 (Fig. 7.54). Isso 6 es- perado, pois, a medida que raumenta além de €, no hd sobreposigao catre o sina atrasado 2(t~7) © 3(1); logo, Rete) , como visto na Fig, 7.54, Contudo, & medida que eumentamos ainda mais, ‘observamos que o f-ésimo pulso de 2(r~r) comegari a se sobrepor a0 (k++ 1)-ésimo pulso de (7), ‘quando © se aproximar de 7; (Fig, 7.50). Repetindo esse argumento, vemos que Re(=) teré outro pul- so relangular de largura 2e centrado em 2B m= a, = in Baan jy com altura Ry/eT;, em que Principios de Transmissao de Dados Digitals 309 Observemos que R; & obtido ca multiplicagio de cada intensidade de pulso (ay) pela intensidade de seu vizinho imediato (ay), da soma de todos esses produtos ¢, entio, da divisto pelo mimero total de pulsos. Isso ¢ claramente 2 média temporal do produto ayaqy; € 0 resultado, em nossa nolarto, & ‘Bia. Algo similar ocorre em tomo de T= 27, 37}, .. Assit, R(t) consiste em uma sequéncia de pulsos triangalares de largura 2c, centrndos em Ty 227, A-atura dos pulsos centrados em inf é RJT em. que ‘Ry, essencislmente, 2 fang de sutocorrlagto disereta dos simibolos do cédigo de lina (a). Paracaloular R,(0),fazemos €—- 0 em R(x). A medida que €—» 0, alargura de eada pulso wian- ular 0 e@ altra > 2, de modo que a érea permanece finita, Assim, no limite ¢ —» 0, os pulsos ‘tiangulares se tomam impulsos. Para o n-ésimo pulso centrado em nf, aaitura ¢ Ryle Ty © area, Rly. Portanto, (Fig. 75), Ree) =f YS Ree a7) 78) APSD S,(f) é trensformada de Fourier de 72,(1). Logo, SE Lembrando que Rn Ry, {pois (#) é uma Fungo parade} eros a sin= [a saSoece vant] 0) = ‘A entrada x(1) do filtro com resposta a0 impulso (0) = p(d) resulta na saide y(9, coxio mostrado na Fig. 7.4d. Se p() ==> P(), a fanglo de transferéncia do filtro é Hi) = PQ) €, segundo a Bq, (3.91), 5 = POPS na) OPT Sp wenn HOEY $ ne oa 7 wor [» 425 2R 008 vent] ne) = Pottanto, a PSD de um oédigo de linha ¢ totalmente caracterizada pelo correspondiente R, © pela se- legio de forme de pulse de P(/).A seguir, usaremos esse resultado geral para detcrmivar as PSDs de vvirios cbdigos de linha espectficos, a partir da determinagfo da autoconrlagio entre simbolos. 7.2.2 Sinalizagéo Polar Na sinalizagéo poles, 1 € transmitido por um pulso p(d ¢ 0, por umm pulso -p(). Nesse caso, a tein gual probabilidade de ser | ou-1, ¢ af seté sempre 1. Assim, hn inna 340 Capitulo 7 7 ‘Hi N pulsos, ¢ af = 1 para cada um, de modo que a soma no lado direito da equagio anterior é 7. Logo, 7 1 Fo = Jim 7) =1 (7.128) 7 Além disso, tanto ag como ays 820 1 ou~1. Logo, avai: € 1 ow ~1. Como a amplitude ag tem, em mé- ia, igual probebilidade de ser 1 eI, considerando WY termos, 0 produto aay & igual a 1 para N/2 ‘erimos ¢ igual a -1 para os restantes N/2 termos. Portanto, Posstveis valores do apa cn aH im 2a Me st n= ja 5 [FO+zen]=0 cam) : in ‘Com esse raciocinio, podemos ver que 0 produto cays, também tem igual probabilidade de ser 1 ou | =1Assim, (7.420) lee Pontnto, da Bg. (7.110, i (143) a Pata efeitos de comparagio de varios esquemas, considcremos uma forma de palso especifica Seia p(#) um pulso retangular de largura 72 (pulso retangular de meia langura), ou seja, 1) af 7 roan) -™(5) 119-22) ay | Portanto, a 30) = 2 sinc? CC®) 7.15) A Fig. 7.6 mostra o espectro S(). Bica claro que a maior parte da poténia do sinal polar se concentra ‘as frequéncias mais baixas.Teoricamente, o especro se toma muito estreito & medida que a freque- noia eumenta, mas sua largura jamais iguala zero acima de uma dada frequfacia. Para termos uma ‘medida representativa de langura de banda, consideramos a primeira frequéncia de nulo ndo de como a largura de banda essencial.* “A rigor, primeira frequéncia de nulo acim de de nem sempre é uma boa medida daIxgura de banda de wa sina. A quentidade de sina coutds no Isat principal (primero) da PSD é que detennina seo primeiro no ilo de sera media signifcaiva de lnrgura de bands, como veremes mais adianie, a0 comparaemos a PSD de vitios c6digos | de linha (Fig. 7.9). Na maioria dos casos prticos, essa aproximapio &acetdvel para os céidigs olin «formas de | plsos usados comumente, a Figura 76 Donsicade spectral do poténeia doum Sina pote, Principios de Transmiss%o de Dados Digitais 311 WAR BRp “BR ity 0 RyRy OR AR fm Do espectro do sinal polar, a largura de banda essencial do sinal é calculada como 22 He (em que Ry &a frequéncia do relégio). Isso é 4 vezes a largura de banda teérica (largura de banda de Nyquist) exigida para transmitir 2, polsos por segundo. O aumento da largura do pulso reduz,a largura de ban- a (expansiio no dominio do tempo resulta em compressio no dominio d frequéncis). Para um pul- so de largura completa” (mixima largura de pulso possivel) a largura de banda essencial é a metade, ou seja, Ry Hz. Esta, no entonto, ainda ¢ 6 dobro da largura de banda todrica. Assim, sinalizagio polar fo é a mais eficiente do ponto de vista de langura de banda. ‘Uma segunda defici€ncia da sinalizago polar & no ter capacidade de detecgio ov comeetio de erro, Outta desvantagem ca sinalizacfo polar ¢ ter PSD no mula em de (f= 0). Iss0 impede 0 uso de acoplamento ac durante atransmissio. O modo de acoplamento ac € muito imporiante na pritica, pois pemnite que transformadores ¢ capacitores de bloqaeio auxiliem no casamento de impedtincia © nare- ‘mogiio de polarizago, assim como a slimentagto de poténcia dos repetidores em linha por meio dos pares de cabo. Mais adiante, mostraremos como & PSD de umn cédige de Tinka pode ser forgada a zcr0 ‘em de por meio de escolha adequada da forma de p(0). Quanto aos aspectos positives, a sinalizayo polar ¢ o esqquema mais eficente do ponto de vista de consumo de poténcia, Para uma dada poténcia, podemos mostrar que-a probabilidade de detecyio de erro em um esquema polar & a menor dentre todas as téenicas de sinalizacto (Capitulo 10). A si- nalizagio polar também é transparent, pois sempre hi algum pulso (positivo ou negativo), qualaxer aque sejaa soquéncia de bits. Nao Ia wma componente discreta do religio no espectto do sinal polar Contudo, a reificago do sinal polar RZ produz um sinal periédico na frequéncia do relégio c pode ser usado prontamente pera exiair a terporizegi 7.2.3 Construg&o de um Nulo DC na PSD via Formatagao de Pulso Como $(), a PSD de um cédigo de tinha, contém um fetor JP()F, podemos forgar a PSD a ter um paulo de se selecionarmos um pulso p(0 tal que P{f) seja zero em de (f= 0). Como a= [woe 0 caquema quo ues pulso de Targure completa p(?) = T(t) & wm exeroplo de um esqaema sem reroroo eo 2et0 (087). 0 esquerna de mia largun de puso, por sua Vez, & um exemple de um etqueens com retomne a0 zer0 (RZ). 312 Capitulo 7 Figura 77 ‘Sina ifésico| (Menchoster ou de fase siemade) (@) Puso Basico para sinazato o Manchester (©) Forma do ‘onda anes para eoquincia binsia de coe ween sinakzacio Monchester a oo t a ot to 6 9 a a ALP o temos Po =f na Portanto, se a érea sob p(#) for feita igual a zero, P(0) seri zero, ¢ teremos um nulo de na PSD. Para ‘um pulso retangalar, uma possivel forma de p(#) para obter este efeito é mostrada na Fig, 7.72, Quan- do usamos esse pulso com codificao de linha polar, o sinal resullanie 6 conhecido como sinal em e6digo Manchester, bifisica, ou de fase alternada. O leitor pode usar a Eq. (7-13) para mostrar que, ‘para esse pulso, a PSD do cédigo de linha Manchester tem um nulo de (Exereicio 7.2-2), 7.2.4 Sinalizagao On-Off ‘Na sinalizagio on-off, um 1 é transinitido por um pulso p(/) e um 0, pela ausBneia de pulso. Assim, a amplitude de pulso a: tem igual probabilidade de ser 1 ou 0. Dentre N pulsos no intervalo de F'segun- dos, ay é 1 para N/2 pulsos e 0 para.os restantes V2 pulsos, em média. Portaito, 7.16) Para calevlar 0 valor de 2, precisamos considerar 0 produto 4,214. Como a ¢ aes, tém igual probabi- lidade de serem 1 ox 0, 0 produto aya, tem igual probabilidade de ser I x 1, 1 0,0.x 1 on 0.x 0,04 s¢ja, 1, 0,0, 0. Portanto, em média, o produto aap, ¢ igual a 1 para N/4 termos ¢ 0 para 3/4 termes, € Ra = fim nae or Fo]=} oan Portanto [Eq. (7.9)}, wage te St een (7.82) " aad Fenn sy r nm—e0 Principios de Transmisséo de Dados Digitale 243 ALRg, (7.188) 6 obtida da Eq, (7.18a) dividindo em dois o termo 1/27, comespondente a Ry: V/47, fora do somatirio c 1/47, dentro do somatério (correspondendo a n= 0). Agora, usamos a formula (ver a nota de rodapé para a prova*) 7 So roma ES 5p Eerrnn Els) A substtuigto deste resultade na Ea, (7.186) leva a 1S n aL tl-%) (7.198) ¢& desejada PSD da forma de onda on-off )() [da Bq. (7.11a)] (7.198) Reparemos que, ao contritia do espectro continuo da PSD da sinalizagio polar, a PSD do sinal on-off nna Eq, (7.196) tem uma parte disereta adicional, que pode ser amalada se a forma do pulso for esco- Iida de modo que sin Beane (fiat ¥ o(r-$)| 729) ‘Acresultante PSD & mostrada na Fig. 7.8. A componente continua do espectro ¢ (Ty/16) sine? (71/2). {Isso & igual (exceto por um fator de escala) ao espectro do sinal polar (Eq. (7.15)}. A componcate discreta 6 representada pelo produto de um trem de impulses pela componente continua (7/16) sinc? (afl). Assim, essa componente aparece como impalsos periédicos, tendo a componente contimia como envelope. Além disso, a frequéncia de repeti¢go dos impulsos ¢ a frequéneia do rel6gio Ry Ty, pois sua frequéncia fundamental 6 2nTy rad/s ou 1/7, Hz. Base & um resultado l6gico, pots, ‘como mostra a Fig. 73, um sinal on-off pode ser expresso como a soma de uma componente polar ‘com ima componente periddica. A componente polar yi() exatamente a metade do sinal polar dis- cutido anteriormente. Logo, a PSD dessa componente é um quarto du PSD na Eq. (7.15). A compo- nente periddica tem a frequéncia do rel6gio Rs, ¢ consiste em componcates diseretas de equéncia R, ‘eseus harménicos. SO'aum de inpusoe aig 5.25 do Exemplo3.11 6 (1) = Z2.-m9(¢~n7,)-Além dso série de Ponies pare PPM eet ems Biffy). Isso leva Emr 8) 314 Capitulo7 * =e, ss wing Bite ky A sinalizacio on-off no tem muito do que se gabar. Para ursa dada poténcia transmitia, tem me- nos imunidade ao rufdo do que o esquema polar, que usa um pulso positive Para 1 ¢ um pulso negat- vo para 0. Isso decorre do fato de que a imunidade ao ruido depende da diferenca entre as amplitudes ‘que representam 1 ¢ 0, Portanto, para a mesma imunidade, se a sinalizago on-off usar pulsos de amz- plitude 2 e 0,2 sinalizagto polar precisa apenas de prlsos com amplitudes 1 ¢ —1. E simples mostrar que a sinalizago on-off requer 0 dobro da poténcia da sinalizagao polar. Se um puso de amplitude | ou=I tiver energia £, 0 pulso de amplitude 2 tem energia 2)2E™ 46. Como UT, digits sto transmi- tidos por segundo, a poténcia do sinal polar € (£){ ITs) = EIT, Para o caso on-off, a energie de cada ppulso € 4£, embora, em média, um pulso seja transmitido na metads do tempo, enguanto nada ¢trans- ritido na cutra mefade, Assim, « poténoia média de sinal on-off 6 Last ep. 8) 28 B(Brtea)s que 6 0 dobro da poténcia requerida pela sinalizacio polar. Além disso, ao contrario do caso polar, a Sitlizapo oa-off nao & trmnsparente. Usa looga sequéncia de Os (ou of) causa anseocia de sia c pode Jevar a eros na extragiio da temporizacdo. Adicionalmente, todas as desvantagens da sinali- “ayo polar (por exemplo,excesiva lrgura ds banda de tansmisslo, espero de poténcia nt nulo todo, incapacidade de deteopto ou conejo de eros também est presentes na snalizaeto on of 7.2.6 Sinalizagao Bipolar ‘© esquema de sinalizagiio usado em PCM para redes de telefonia é denominado bipolar (pseudoter- nério ou inversio altemnada de sinal). Um 0 & transmitido pela auséncia de palso c um 1, por um pulse PC) 04 -(O, dependendo se o 1 anterior foi transmitido por ~p() ou p(@). Com pulsos consecutivos alternados, podemos evitar ondulacto de ¢, assim, causar um nulo na PSD. A. sinalizagzo bipolar, na ‘verdade, usa t8s simbolos {p(0, 0 =p(O] ¢, portanto, ¢ uma sinalizacio temétia, endo bindtia. Para calculara PSD, temos Principios de Transmissio de Dados Digitais 315 Em média, metade dos as io 0 ea outta metide & 1 on—1, com af =1. Logo, 1 2 Re dois bits tém igual probabilidade de ocorréncia: 11, 10, 01, 00. Como o bit 0 é codificade por austn- significa que 0 produto ayéies; = ~1 para N/4 combinagées. Portanto, | Para calcular Ry de modo similar, devemos analisar 0 produto aay. Para isso, precisamos considerar ‘todas as possiveis combinagies de nés bits em sequencia. H oito combinagies com igual probabil tds de cconacia: 111, 10, 110, 100, 011,010, 00,000. As limos ses combinagSes tm 0 como cee pee dition bis ogo, ene = O para todas essas sels combinaptes As duas primera so yale combinagBice qu tim mas nfo ule. Dada a eg bipolar, o primero © o mo bits na sebinaggo IH tema mesta polaridde,resutando em ces 1, Contd, em 1,0 primeira © 0 ‘hoon bls ian pouaidades open, reson em ayange “1 Asim, em media, acta 1 pa NB terms, ~1 parm NB termos 0 para 3N/4 trmos. Logo, LPM Ney gM me int [For zens Zo] =o Bm ger, : 1 hem fing ane Para n> 2,0 produto aan» pode ser 1, -1 01 0. Além disso, um niimero igual de combinagdes tem ‘valores 1 ¢ =I. Isso causa R, = 0. Portanto, mao not ever Eg. (110) 50) = SOE 1 — os an) (7218) = wor sea? (Ts) 7210) Reparemos que S,(f) = 0 para f= 0 (de), qualquer que seje.P¢f). Logo, # PSD tem umn nulo de, © que é ddossjvel para acoplamento a. Além disso, sen® (x/75)= 0 em f= 1/7}, ow seja, em/= VT, = Ry Hz ?Portanto, independentemente de P(), fica garantida a largura de banda Ry Hz para. primeiro mulo no de. Para 0 caso de pulsos de meia largura, ITN sex? (xf (7.22) Si= Bie ( L ) sh) (7.22) {sso 6 jlustrado na Fig. 7.9. A larguta de banda essencial do sinal é Ry (R= 1/7), que éa metade da largura de banda do esquema polar que usa 0 mesmo pulso de meia largura ou da sinalizaglo on-off & co dobro da minima largura de banda teGrica, Observamos que pudemos caloular a largura de banda Ry para o caso polar (ou on-off) com pulso de lergura completa. Para o caso bipolar, a largara de banda Ry Hr, tanio para pulso de mefa Iargura como de largura completa, 316 Capitulo 7 Figura 7.9 PSO ge sais Dipole, poor ceiasico sormakzedos ava iguale paténcias. Puisos retangulares de meta iarsura ‘0 usados Figura 7.10 {)Sinal #039 f(b) sua PSO, B 2B f— A sinalizagio bipolar tem diversas vantagens: (1) seu espectro tem um mulo de; (2) sua Jargura de banda nio é excessiva, (3) tem capacidade de detec¢Zo de erro isolado. Isso se deve 20 fata de que ‘mesmo umn erro isolado viola a regra de pulsos alternados e serd detectado imedistamente. Se um si- nal bipolar for retficado, obtemos um sinal on-off que tem uma componente discreta na frequéncia do rel6gio, Entre as desvantagens de um sinal bipolar esta a exigncia do dobro da poténcia (3 4B) usa- és por um sinal polar. fss0 decorre do fato de a deteegSo ser essencialmente equivalente & da sinaliza- ‘so on-off, sob 0 ponto de vista de detecgio: a distingio 6 entre +p(0) an ~p(0) e 0, e nilo entre 6). Outra desvantagom da sinalizagio bipolar’é ndo ser transparente. Na pritica, varios esquemas ‘substitutos foram usados para evitar que Tongas de zeros légicos permitissem que sinais de relégio se desviassem. A seguir, discutiremos dois desses esquemas, Digitos de entrada 010111000910110100000000001014010100001 Digitoscoaiscados 04 04110 00VK 011 os OOVEO OV 0101107 01a OT oem do onde teas Prineipios de Transmissac de Dados Digitais 317 Sinalizagdo Bipolar de Alta Densidade (HDB) © esquema HDB (high-density bipolar} & um padrdo ITU-T (antigo CCIXT— Comité Consultivo In- temacional de Telofonia e Telegrafa). Nesse esquema, o problema de falta de transparéneia da si- nalizagio bipolar é eliminado com a adigao de pulsos quando o némero de puisos consecutivos @s ultrapassa N. Esse c6digo modificado & denominaco codificagio bipolar de alta densidade (IDEN), ‘em que N pode essumnir qualquer valor 1, 2,3, ... O c6digo HDB mais importante é o formato HDB3, adotado como padi internacional, ‘A ideia bisica do oddigo HDBN é que, na ocorréncia de uma sequéncia de N+ 1 zeros, esse gru- po de-zoros 6 substituido por uma das sequencias especiais de N+1 digitos bindrios. Para aumentar © conteiido de temporizagito do sinal, s sequéncias sto escolhidas de modo a inclu alguns 4s bindrios. Os 1s incluidos deliberadamonte violam a regra bipolar para facilitar a identificagto da sequéncia sub- | sequente, Na codificagtio HBS, por exemplo, as sequéncias especiais usadas 280 000V © BOOV, em | {que B= 1, que respeita a regra bipolar, e V=1, que viola a regra bipolar. Aescotba da sequéncia @00V | (ou BOOV é feita de forma que os pulsos V consecutives tém sinais altemados para evitar ondulagio éc.e manter 6 nulo de na PSD. Isso requer que a sequéncia BOOV seja usada quando hé wm mimero par des apés a tltima sequéteia especial, ea sequércia O0OV é usada quando ha um niimeso fmpar Ge 1s apés a tltima sequéncia. A Fig. 7.10a mostra um exemplo desse eédigo. Reparemios que, na se- quéncia BUOV, B c V sto codificados pelo mesmo puso. O decodificador deve verificar duss coisas: fas violagbes bipolares e o ntimero de Os que antecede cada violagdo, para determinar se 0 1 anterior também era uma substituigdo, “Apesar das deliberadas violagSes da regra bipolar, a sinalizagtio HDB mantém a capacidads de detecgio de erro. Qualquer erro isolado inseriré uma violagao bipolar espiria (ow removers uma das | ‘violages deliberadas). Isso sc tomard aparente quando, na préxima violaglo, a altemincia de viola- | ‘ges no desaparecer. isso também mostra que violagbes detiberadas podéin ser detectades, apesar de trros isolados. A Fig, 710b mostra a PSD de HDB3 juntamente cox a de um sinal bipolar, para {aci- Jitar acomparagao? : Sinalizagao Binaria com Substituigdo de N Zeros (BNZS) ‘Uma classe de c6digos de linha similar a HDBN 6. biniria com substituleso de.N zeros, on BNZS binary with N zero substitution). Nesse c6digo, se ocorrerem W zeros em sequen, estes so subs tuidos por uma das duas sequéncias especiais que contém alguns 1s para aumentar 0 contetido de tem- porizagto. Hs violacbes deliberadas da rogra bipolar, assim como em HDBN. A codificagio bindria om subsituigdo de oito zeros (B8ZS) é usada em sinais DS1 da hierarquia de telefonie digital, dis- ; ccutidos no Capttulo 6. Essa codificagio substitu quaisquer sequéneias de oito zeros por uma sequén- Ja de uns e zeros que contém duas violagGes bipolates. # improvével que uma sequéncia desse tipo ‘seja afetada por erros, e qualquer uma que seja recebida é substituida por uma sequéncia de oito zeros antes da decodificagio, A sequ@ncia empregada como substituigso consiste nos padres 0O0VBOVD. Do mesmo modo, no cédigo BGZS usado em sinais DS, uma sequéncia de seis zeros é substituida por OVBOVB; um c6digo B3ZS ¢ aplicado x sinais DS3. O eédigo B3ZS éum pouco mais complexo ‘que 0s oulsos, pois use BOV ou ODY, sendo a escotha feita de modo que o niimero de pulsos B entre pulsos V consecutivos seja impar. Esses cédigos BNZS, com = 3, 6 ow 8, envolvem violagées bi polarese, potanto, devem ser euidadosamente substituidos pelascorrespondentes sequéncas de zero no receptor. $Ha muitos outros c6digos (de linha) de transmissio, em mimero demasiadamente grande para se- ‘rem Tistados aqui. Uma lista de cédigos e referencias apropriadas pode ser encontrada em Bylanski e : Ingram? 7.8 FORMATAGAO DE PULSO APSD Si) de um sinal digital y(@ pode ser controlada por uma escotha do éédigo de binka ou por (fsa forma do pulso, Na tkima seco, discutimos como a PSD é controlada por um cédigo de lis, 318 Capitulo? : ‘Na presente segdo, examinaremos como 5,{j) é influenciada peta forma do pulso p(f), © aprenderemos como formatar um pulso p(@) para obier uma S,() desejada. A PSD 5) € forte e dietamente influen- ciada pela forma do pulso p(), pois $3(/) contém o termo |P{f) P. Assim, em comparagio com a natu- reza do obigo de linha, a forma do puso & um fator mais direto e poderoso para formatar a PSD S,(). 7.3.1 Interferéncias Intersimbdlicas (ISI) e Efeitos ‘Na ikima se5ao, por convenincia, usamos um simples pulso retangular de meia largura p(). A igor, niesse caso, a largura de banda S,() & infnita, pois () tem largura de banda infinite. Contudo, vimos ‘que a largura de bands essencial de 5,() era fnita. Por exemaplo, a maior parte da poténcia de um.sinal Dipolar esta contida na largura de banda essencial entre 0 ¢ R Hz. Notemos, no entaxto, que a PSD ‘pequena, mas nao nula, no intervalo f> Ry Hz. Portanto, quendo um sinal desse tipo 6 transmitido ‘em um canal de largura de banda R, Hz, uma porgo significativa de seu espectro é transmitida, en- ‘quanto tuma parcela pequena ¢ suprimida, Nas Segdes 3.5 e 3.6, vimos que uma distorgo espectral ‘como essa tendls a espalhar o pulso (dispersto). Espathamento de um pulso além da janela de tempo ‘ya cle alocads causaréinterferencia com pulsos vizinhos. Isso é conhecido como interferéncia in- tersimbéliea ou ISI (intersymbol interference). TSI do é ruido. IST & causada por canais nao ideais que nao sfo livres de distorgzo em toda a lar- gura de banda do sinal, No caso de um pulso retangular de meia largura, a largura de banda do sinal 6, estritamente falandh, infinite, AISI, como uma manifestagao de distoredo do canal, pode causar eros za deteoedo do pulso, caso sejasuficientemente grande. Pararesolver a dificuldade associada a ISE,redefinamos nosso problessa, Precisamos transmit um pul- 02 cada J; segundos, sendo ayp{¢— £7) 0 eésimo pulso. O canal tem largura de panda finita,e devemos detectar a amplitude de pulso 0, cometamente (ou sea, sem ISI), Em nossa discussto até aqui, considera- ‘mos pulsos limitades no tempo. Como tais pulsos no podem ser limitados em frequencia, parte de seus ‘spectros € suprimida por um canal de largura de banda finita. Isso causa distorgao dos pulsos (que se es- ppalharn c, em consequéncia, a ISl, Podemos,inicialmente, tentar resolver essa dfieuldade usando polsos ‘que tenhom largura de banda finita, de modo que possam ser transmitidos intact pelo canal de banda f- nite, No eatanto, pulsos limitados em frequéncia nfo podem ser limitados no temopo. Obviamente, virios ppulsos se sobreposio e causario ISL, Porianto, quer usemos puls0s limitados no temppo ou pulsos limitados ‘em frequénca, perece que a ISI no pode ser evitada: 6 inerente& transmisso em largura de banda fnita. Por sorte existe ume escapatéria desse bovo sem saida. Amplitudes de pulso podem ser detectadas correta- -mente apesar de espal-arento (ou sobreposigtio) dos pulsos, desde que nao haja IS n0sinstantes de toma- da de decisto. 1550 pode ser aleangado por meio de puss limitados em frequéacia cam forma apropriads. Para eliminar ISl, Nyquist prop6s tts diferentes critérios para formatagao de pulsos.*sendo permitida so- breposisdio de pulsos. Todavia, as pulsos so formetados de modo a cansarinterferéncia zero (ou contro- Jada) em todos os outros pulsos nos instantes dc tomada de decisio. Assim, 20 limitar a exigéncia de nfio intecferéncia somente nos instantes de tomada de deciso, climinamos a neeessidade de no sobreposigd total dos pulses. Consideraremos apenas os dois primeiros eritéios. 0 terceiro é menos itil? e, por conse ssuinte, no seré analisado aqui. 7.3.2 Primeiro Critério de Nyquist para ISI Nula ‘No primeiro método, Nyquist cbtém ISI zero ao escolher ums forma de pulso que tena amplitude ‘io nala no centro (digamos, em ¢= 0) amplitudes mules em £= ui (2 1,2, 3), em que Tyéa separacio entre pulsos transmitidos sucessivos (Fig. 7.11a). Assim, 1 t=0 : = 1 123 PO= 15 soaan (5-2) (723) iy, ‘Um patso que satisfaga esse crtério causa ISI zero nos centtos de todos os outros puisos, ou instantes de sinalizaco, como mostrado na Fig. 7.11, na qual ilustramos varios pulsos sucessivos (linha tra-

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