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Reprodugao permitida desde que citado o DNER como fonte MT - DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM /Avaffagdo Estrutural dos Pavistentos Flexiveis - Volume I ‘Norma Rodoviiria Procedimento - A DNER-PRO 010/79 p. 0131 1 OBJETIVO Esta Norma estabelece os procedimentos necessérios para a avaliagZo estrutural dos pavimentos flexiveis existentes, aponta as causas de suas deficiéncias e fornece elementos para o célculo da vida restante ou do reforgo necessirio para um novo nimero de solicitagdes de eixos equivalentes ao eixos padrao durante 0 periodo considerado (mimero N). 2 REFERENCIAS DNER-TER 001/78 - Defeitos nos Pavimentos Flexiveis e Semi-Rigidos-Terminologia, DNER-PRO 008/94 - Avaliagao Objetiva da Superficie de Pavimentos Flexiveis e Semi-Rigidos. DNER PRO 007/94 - Avaliagdo Subjetiva da Superficie de Pavimentos. DNER-ME 024/94 - Determinago das Deflexdes no Pavimento Pela Viga Benkelman. DNER-ME 061/94 - Linha de Influéncia Longitudinal da Bacia de Deformagao por intermédio da Vign Benkeiman. DNER-PRO 102/94 - Sondagem de Reconhecimento pelo Método Rotat 3 CONCEITUACAO E DEFINICOES Estes procedimentos foram baseados no critério de deformabilidade, pois, em que pesem as suas limitagdes, a experiéncia tem demonstrado haver uma razoavel relacdo entre a grandeza das deflexdes recuperiveis ¢ ‘0 desempenho dos pavimentos flexiveis. Considerando-se um pavimento satisfatoriamente projetado e bem construido, a evolugdo do seu nivel de deflexio durante a exposigao as cargas e aos agentes do intemperismo, envolve a consideragao detrés fases Aistintas a saber Fg. 1); TEWO DE EXPOSIGIO __ FASES DA VIDA DE UM PAVIMENTO FIGURA 1 DEFLEXAO ADMISSIVEL PAVIMENTO NORMAL FASE DE re FASE OE Feercsemgag hE RTCA ne Aprovada pelo Consslho Administrative do DNER em 29/01/78 | Autor : DNER/DrDTe (IPR). Resolugdon? / , SessionCA// Proceso n° 20100028446/78 Reprodugdo permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 02/31 3.1 Fase de Consolidagao Fase que sucede imediatamente a construgao, sendo caracterizada por um decréscimo desacelerado do valor da deflexio, decorrente da consolidagao adicional proporcionada pelo trafego nas diversas camadas do pavimento, O valor da deflexio tende a se estabilizar ao fim desta primeira fase. 3.2. Fase Elastica Fase que sucede a de consolidagdo e, ao longo da qual, o valor da deflexio do pavimento se mantém aproximadamente constante ou, na pior das hipéteses, ctesce ligeiramente, se nfo houver influéncias sazonais. Essa fase define a vida itil do pavimento, tendendo a se alongar na medida da diferenga verificada entre a deflexio admissivel ¢ a deflexio suportada pelo pavimento. 3.3. Fase da Fadiga Fase que sucede a elistica, caracterizando-se por um crescimento acelerado do nivel de deflexio do pavimento, na medida em que a estrutura comega a exteriorizar os efeitos da fadiga, representados por fissuras, trincas e aciimulos de deformagdes permanentes sob cargas repetidas. Caso nio sejam tomadas, em tempo habil, medidas para recuperagdo do pavimento, 0 processo de degradagio tende a softer, nessa fase, aceleragao marcante. Evidentemente, um pavimento flexivel bem projetado seré tanto melhor, técnica e economicamente, quanto mais longa for a sua fase eldstica. ‘A durago dessa iltima serd influenciada pelo mimero de solicitagdes das cargas de roda incidentes sobre © pavimento, a cujos efeitos sobre a estrutura se somario os decorrentes da agiio dos agentes de intemperismo. © modo como as solicitagdes das cargas de roda atuam em um pavimento flexivel, pode ser ilustrado conforme é mostrado na fig. 2, que representa, esquematicamente, um pavimento flexivel, constituido de revestimento betuminoso, base ¢ sub-base granulares, construido sobre um subleito suposto homogéneo. A ago de uma carga de roda, P, aplicada sobre a superficie da estrutura promoverd, na face inferior do revestimento, o desenvolvimento de uma tensio de tragio o,, responsivel pela decorrente deformagao de tragio e, ¢ na superficie do subleito, uma pressio vertical EFEITO DA CARGA SOBRE 0 PAVIMENTO FIGURA 2 Reprodugo permitida desde que cltado © DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 03/31 Admitindo-se que os materiais integrantes das camadas do pavimento atendam as especificagdes, no que conceme a respectiva resisténcia ao cisalhamento, a possibilidade de deformagées plisticas, ou rupturas, restringir-se~é ao subleito, Tais rupturas slo evitadas sempre que o valor da pressio vertical atuante, c,, for mantido abaixo do valor da pressio vertical admissivel pelo material do subleito, 6,,,. Para garantir essa io, o pavimento deve ter espessura igual ou superior 4 dimensionada, por exemplo, em fungio do ISC (indice de Suporte California) do subleto, Para quenio surjam trincasno revestimento, énecessirio manter a deflexio, d, abaixo deum valor miximo, dyin, € 0 Taio de curvatura, R, do pavimento, acima de um certo valor minimo, Isto garante que a tensio de tragio o,, correspondente 4 deformacio ¢,, na face inferior do revestimento, nfo ultrapasse um determinado ‘valor, acima do qual o revestimento betuminoso romper-se-A por fadiga. 4 ESTUDOS s estudos para a avaliagio estrutural dos pavimentos flexiveis e de suas deficiéncias compreendem os seguintes procedimentos: 4.1 Estudos Preliminares Os estudos preliminares do pavimento existente tém como objetivo fornecer uma idéia geral de sua constituigao 20 longo do trecho, das solicitagdes por ele ja suportadas, bem como do mimero daquelas que ird suportar durante um novo periodo de exposigao ao irifego. Estes estudos compreendem: 4.1.1 Levantamento Histérico do Pavimento Existente levantamento histérico do pavimento existente deve ser efetuado, junto as organizagdes rodoviérias encarregadas de sua construgio © conservagio, ou por estudos e reconhecimento “in loco”, visando 4 obtengio das seguintes informagdes principais: a) data da entrega do pavimento existente ao trafego; b) mimero N de projeto; ©) trifego atual e futuro (novos mimeros N); 4) informagées sobre o projeto, incluindo, principalmente, as caracteristicas do subleito, das diversas camadas do pavimento e dos dispositivos de drenagem, bem como a segao transversal adotada; ©) informagées a respeito da geologia da regiao; f) informagGes a respeito das caracteristicas climiticas da regio; 1g) informagdes a respeito do estado de conservagio do trecho e dos trabalhos ja executados com esse | objetivo; h) Fotografias; i) outras informages julgadas procedentes. 4.1.2 Prospecgio Preliminar do Pavimento Existente A prospecgao preliminar deve ser realizada por intermédio da abertura de pogos de sondagem, com pi ¢ | picareta, localizados nos bordos do revestimento da pista de rolamento, dispostos altemadamente em | relagdo a0 eixo, e espagados longitudinalmente de 2 km. Nos referidos pogos devem ser providenciadas: | tid desde que citado o DNER como fonte lugdo permi Reprod IER-PRO 010/79 p. 04/31 8) a identificagio expedita e a determinagio da espessura das camadas que compdem o pavimento Propriamente dito, bem como dos 60 cm superiores do subleito; b) a determinagao das umidades naturais ¢ massas especificas aparentes secas, “in situ”, das camadas granulares do pavimento ¢ das camadas que comp6em os 60 cm superiores do subleito; ©) acoleta de amostrasrepresentativas dos materiais componentes das camadas granulares do pavimento e das camadas que compdem os 60 cm superiores do subleito, para a realizagio de ensaios de caracterizagio, compactagao e ISC; 4) acoleta de amostras representativas dos materiais betuminosos das camadas de ligago (binder) e de revestimento para a realizagio de ensaios de extrago de betume e granulometria. 4.2. Estudos Definitivos Os estudos definitivos compreendem os seguintes procedimentos: 4.2.1, Demarcagio das Estagdes de Ensaio Na rodovia de pista tinica com duas faixas de trafego, as estagdes destinadas A visualizagio dos locais de ensaio e demais determinagdes devem ser demarcadasem ambasas faixas de trafego, alternadamente, de forma que o espagamento longitudinal entre duas estagdes consecutivas localizadas em uma me: faixa de tréfego seja igual a 40 m e, consequentemente, o afastamento longitudinal entre duas estagdes, consecutivas, consideradas ambas as faixas de trafego, seja igual a 20 m. Nas rodovias de pista dup! as estagdes devem ser demarcadas nas faixas externas de cada pista, com um afastamento longitudinal de 20 m. 4.2.2 Determinagao das Deflexdes Recuperiveis Devem ser determinadas as deflexdes recuperiveis, na tritha de roda extema, em todas as estagoes demarcadas ao longo do trecho em estudo, salvo nas que se situem sobre obras-de-arte especiais. Caso seja julgado necessirio, podem ser obtidas, também, medidas de deflexo nas trilhas das rodas intemas, Durante amedida de deflexio devem ser obtidas medidas que possibilitem o calculo do Raio de Curvatura, de acordo com osmétodosjé aprovados, Osraios de curvatura sto determinados com espagamento de 200 m, devendo ser feitas determinagdes adicionais sempre que ocorram raios de curvatura inferiores a 100 m. Com o objetivo de ensiquecer os subsidios proporcionados pelo levantamento das deflexdes recuperiveis, podem ser efetuadas, também, determinagdes que possibilitem o delineamento da linha de influéncia longitudinal inerente parcela transitéria da deformacio ocasionada pela carga de prova aplica superficie do pavimento (Bacia de Deformagio). Neste particular, a extenso estudada deve ser subdividida em segmentos de cerca de 1 km, devendo ser selecionadas, em cada um deles, duas estagdes que apresentem, sempre que possivel, diversidade no que tange ao estado do pavimento. Nota - A determinagdo das deflexdes do pavimento deve ser executada com a Viga Benkelman, pelo método jé normalizado pelo DNER, podendo ser usadas outras aparelhagens jé normalizadas por aquele drgio, desde que seja estabelecida a devida correlagio com as deflexdes recuperiiveis medidas com a Viga Benkelman, 4.2.3 Inventério do Estado da Superficie do Pavimento Existente Paralelamente ao levantamento das deflexdes recuperiveis, deve ser efetuado um inventario do estado apresentado pela superficie do revestimento da pista de rolamento do pavimento existente. Reprodugdo permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 05/31 Este inventirio, que é destinado complementagio do levantamento deflectométrico, deve ser feito segundo a metodologia descr na norma de Avainyio Objetva da Superfci de Pavimentos Flexves¢ Semi-Rigidos. 424 Sondagens Complementares a Pi e Picareta Conforme o resultado dos estudos precedentes, pode ser verificada a impossibilidade do uso do critério deflectométrico para a avaliagio estrutural do pavimento estudado e o célculo de um novo reforgo. Neste caso, devem ser feitos pogos de sondagem complementares com um espagamento méximo de 200 m, sendo dispensado aos pogos em questio o mesmo tratamento concedido aos pertinentes a prospecgo preliminar e que foi detalhado em 4.1.2. 4.2.5 Sondagem Rotativa Processada nas Camadas Betuminosas Integrantes da Superestrutura do Pavimento (A sondagem rotativa seré utilizada apenas neste método). 4 prospeccto deve ser efetnads com sonda rtative equpads com coros damantads de 10cm (*") de jametro, s pontos de sondagem devem situar-se, sempre, sobre o exo da trilha de roda extema, sendo dispostos altemadamente em relagio ao eixo da pista de rolamento. O espagamento longtitudinal entre pontos de sondagem consecutivos deve ser de 200 m. Em todos os pontos de prospecedo a sonda rotativa deve ser mantida em operagao, até que a coroa atinja a face inferior da camada betuminosa mais profunda. s testemunhos colhidos devem ser examinados, permitindo 0 conhecimento da natureza e mimero das camadas betuminosaspresentesna superestrutura do pavimento, assim como uma estimativa dasrespectivas espessuras, Nos casos em que o ponto programado para a sondagem incidir sobre remendo ou “panela”, o equipamento de prospecgiio deve ser deslocado sobre o eixo da trilha de roda extema, devendo o deslocamento imposto ser suficiente para que o testemunho extraido possa representar efétivamente a superestrutura tipica ocorrente na area. Nos locais onde for impossivel a obtengo de testemunko inc6lume, a natureza das camadas betuminosas eas respectivas espessuras podem ser inferidas a partir de observages efetuadasno furo aberto pela sonda rotativa, 4.2.6 Representagio Grafica dos Resultados dos Estudos Os resultados dos estudos de deflectomeria, de superficie, e das prospecgdes efetuadas, devem ser representados graficamente em prancha apropriada, (fig. 1 do Apéndice A), onde devem ser incluidas, no minimo, as seguintes informagdes: ) informes sobre as unidades geolégicas ¢ litologias ocorrentes ao longo do trecho em estudo; b) caracteristicas do subleito do pavimento existente; ©) elementos referentes a constituigéo do pavimento existente; 4) indicagdes sobre a existéncia de agua freética no subleito; ©) informes relativos a configuragio da terraplenagem; £) estages, estaqueamento ou quilometragem; Reprodugao permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 P. 06/31 2) poligonais representativas da variagdo das deflexdes recuperiveis, obtidas na trilha de roda extema de cada faixa de trifego; h) valores do raio de curvatura; i) ocorréncias verificadas na superficie da pista de rolamento, constantes da avaliagio objetiva da superficie do pavimento (Ver item 4.2.3); i) poligonais representativas da variagao das flechas nas trithas de roda (s6 neste procedimento). 4.2.7 Definigies dos Limites dos Segmentos Homogéneos ‘A extensio total estudada deve ser subdividida em segmentos que possam ser considerados razoavelmente /homogéneos, com vistas as medidas corretivas que estejam a requerer. Esta noo de homogeneidade esta, Portaito, estretamente vinculada ao valor residual do pavimento, o qual depeade, em grande parte, tanto da constituigdo da estrutura e do subleito, quanto do seu estado de deterioragio. Considera-se impraticavel a proposigao de diretrizes rigidas no que diz. respeito ao estabelecimento dos limites de tais segmentos, tendo em vista a inevitavel subjetividade ditada pela natureza do problema, ‘Recomenda-se que a tarefa seja executada levando-se em conta, principalmente, os resultados da anilise simultinea dos seguintes elementos, propiciados pelos estudos precedentes e representados na prancha recomendada em 4.2.6: ) a configuragao das poligonais representativas da variagdo das deflexdes recuperiveis, ‘b) valores dos raios de curvatura; ©) aconstituigdo do pavimento existente; 4) 0s contatos entre as litologias que constituem o subleito; e) anatureza ea frequéncia dos defeitos verificadosna superficie do revestimento da pista de rolamento. Por motivo de ordem construtiva, sempre que posivel, deve-se conferir aos segmentos homogéneos uma extensio minima da ordem de 200 m. ontrados segmentos menos extensos, a0 longo dos quais os niveis de deflexio ou 0 jo se mostrem notoriamente discrepantes, quando comparados com aqueles exibidos pelos segmentos adjacentes, tais sezmentos devem ser considerados isoladamente. Nao devem ser tomados segmentos homogéneos com extensio superior a 2000 m. 4.2.8 Anélise Estatistica das Deflexdes Recuperiveis, Avaliagio das Deflexdes Recuperiveis. Caracteristicas Em principio, devem ser consideradas como pertencentes a um tinico universo as deflexdes recuperiiveis encontradas nas trilhas de roda extema de ambas as faixas de trifego, em cada segmento homogéneo. ‘Excepcionalmente, a anilise simultinea dos cinco elementos relacionados em 4.2.7 pode conduzir 0 Projetista ao tratamento em separado de cada faixa de tréfego. Em tais condigdes, a avaliagao da superficie, 0 célculo das deflexdes caracteristicas e a defini¢ao dos parametros de trifego devem ser estabelecidos em separado, por faixa de trifego. Nesses casos, a extensiio minima desejivel de cada segmento homogéneo passa a ser 400 m. Reprodugo permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 07/31 Para cada uma das distribuiges assim definidas, deve efetuar-se 0 célculo estatistico do valor caracteristico correspondente, adotando-se o seguinte procedimento: 4) tabulam-se os valores individuais das deflexdes recuperiveis encontradas (4); b) calcula-se a média aritmética, d, dos valores individuais (média da amostra); ry n onde n representa 0 mero de valores individuals computados (aimero de indvduos components dx amostra); ©) determina-se o valor do desvio-padrio da amostra C, através da expresso: Vf E(dj-d)? net 4) estabelece-se o intervalo de aceitagio para os valores individuais, definindo-o através dos limites d+ 26, onde z é estimado em fungio de n mediante o critério constante da tabela a seguir ° apresentada: Tabela I —Eee——EE 2 z 3 4 | 5 - 6 | 5 7-9 5 220 €) segue-se a climinagio de todos os valores individuais da distribuigao situados fora do intervalo anteriormente definido, procedendo-se 0 novo cilculo de de c com os valores remanescentes, bem como a fixagio dos novos limites do intervalo de aceitagao, d + 20, para a nova situagao. Esse procedimento deve ser repetido, em cada caso, tanta vezes quantas forem necessirias para o ‘enquadramento de todos os valores individuais remanescentes no intervalo d + zo determinado. Os valores de de ¢ assim encontrados sio considerados, respectivamente, como a média aritmética e 0 desvio-padrio da amostra. Aos pontos correspondentes aos valores desprezados maiores que d + 20, seré dado tratamento especial. £) 0 valor do coeficiente de variagio (cv) é determinado, para cada uma das distribuigdes através da expressiio: wae d 2) © valor da deflexio caracteristica ¢ determinado, para cada uma das distrubuigées, através da expressiio: dp=d+o Reprodugso permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 08/31 onde de o representam, respectivamente, a média aritmética ¢ o desvio-padrio da amostra, 4.2.9 Deflexiio de Projeto - Corregao Sazonal A época mais indicada para a realizagio das deflexdes é a imediatamente posterior & estagio chuvosa, quando 0 subleito permanece com o maximo de umidade. Como isto, porém, nem sempre & possivel, costuma-se utilizar fatores de corregio sazonal para as deflexdes obtidas em qualquer época, a fim de corrigi-las, tendo em vista a época mais desfavorivel. Estes fatores de corregao sazonal dependem de pesquisas regionais, quase inexistentes no Brasil, para serem corretamente aplicados. Desta maneira, sugerem-se 0s seguintes valores: Tabela Fator de Correo Sazonal - Fs Natureza do Subleito Estagao seca | Estagao chuvosa Arenoso e Permedvel 1,10-1,30 1,00 Argiloso e Sensivel a Umidade 1,20-1,40 1,00 Aeescolha do fator de corregio sazonal, F,, mais adequado para a correo das medidas de deflexiio deve ser feita levando-se em conta as seguintes informagdes; 8) distribuigdo das precipitagdes mensais médias correspondentes a regio onde se acha implantado 0 trecho em estudo; b) as precipitagdes mensais ocorridas nos meses durante os quais foi efetuado o levantamento deflectométrico e nos trés meses que antecederam 0 levantamento; ©) as caracteristicas da estrutura do pavimento existente e de seu subleito. A deflexio caracteristica corrigida, ou deflexo de projeto, (d,), ¢ calculada pela formula: d= d.x F, onde: 4,= deflexio caracteristica corrigida, ou deflexio de projeto, em centésimos de milimetro 4,= deflexio caracteristica referida & época do levantamento deflectométrico, em centésimos de milimetro | F = fator de corregio sazonal Nota - Os valores constantes da Tabela I originam-se do “Highway Research Board” - Report 17. Nota - Os valores constantes da Tabela II foram adaptados de um relatério do “Centre Experimental de Recherches et d’Etudes du Batiment et des Travaux Publiques - Paris, France” para reforgos dos pavimentos flexiveis na Africa Tropical e Madagascar, e da publicagao n ° 428 do IPR ‘“Variagdes Mensais de Deflexdes Medidas com a Viga Benkelman”, a respeito de pesquisas realizadas no Estado do Rio de Janeiro, tid desde que citado o DNER como fonte lug permi Reprod DNER-PRO 010/79 p. 09/31 5 CONSIDERACOES SOBRE OS CRITERIOS DE PROJETO DO REFORCO DO PAVIMENTO EXISTENTE - CALCULO DA VIDA RESTANTE s procedimentos que em conjunto possibilitam a avaliagdo de um pavimento visam, primordialmente, & definigio das medidas a serem tomadas no sentido de restaurar as condigdes de serventia da estrutura, mediante o fornecimento de respostas a algumas questées bisicas, a exemplo das seguintes: 1) Deve ou nio ser aproveitado o valor residual da estrutura do pavimento? 2) Em se decidindo pelo aproveitamento do valor residual da estrutura existente, esse aproveitamento deve ser parcial ou total? 3) Estabelecida a convenigncia de um aproveitamento total da estrutura primitiva, deve ou nfo ser a mesma reforgada? 4) Que critério é aplicavel 4 concepgao do reforgo quando esse tiltimo resultar necessirio? Infelizmente, ndo se disp0e de critériosuniversalmente aceitos que possibilitem facil tomada deposiglo, com. rrespeito as quest6es anteriormente formuladas. ‘Nao h, por exemplo, normasrigidas que permitam defnis com precisio a frontira que separa os campos de aplicagio dos critérios de deformabilidade e de resisténcia ao projeto de reforgos de pavimentos existentes. Emtese, élicito aceitar-se que osmétodos de projeto baseadosno criterio de deformabilidade sejam vilidos, quando a esruturasubjacente ao reforgoestiverfuncionando em regime aproximadamenteelistico ou, em outras palavras, quando as, cargas incidentes ocasionarem, exclusivamente, deformagdes de carter ‘transitério, Averificagio de deformagGes significativas decorrentesda evolugao de processosde ruptura ao cisalhamento, ‘ou mesmo, em certos casos, de consolidagao, evidencia a presenga, no pavimento existente, de problemas situados fora do escopo dos métodos de dimensionamento, alicergados no critério de deformabilidade. ‘No que pesem as dificuldades que cercam o problema, propde-se, em cariter de tentativa, um critério para a fixagdo das diretrizes a serem assumidas para efeito de projeto que é baseado, tanto nos resultados do inventario do estado do pavimento, como nos da andlise deflectométrica. critério proposto acha-se resumido no quadro anexo. No que conceme ao quadro citado, cabe esclarecer que a nogao de aproveitamento total do valor residual do pavimento existente, a menos dos reparos locais que se fagam necessérios, subentende que nfo havera remogo de camada ou camadasda estrutura primitiva, e, portanto, que o estabelecimento de suas condigdes de serventia, conforme o caso, sera assegurado mediante sobreposigio, a ela, de um tratamento de rejuvenecimento, ou de um reforgo estrutural, continuos. Por sua vez, a nogio de aproveitamento parcial do valor residual do pavimento existente pressupée a necessidade de remogio previa continua de uma ou mais camadas de estrutura, assim como a subseqiiente sobreposigio de uma nova estrutura a parcela remanescente da primitiva Aos simbolos incluidos no quadro que sumariza 0 critério para a fixagio das diretrizes de projeto ‘correspondem os seguintes significados: IGG - “indice de gravidade global” correspondente a extensio considerada. F - valor médio das flechas nas trilhas de roda da extensio considerada. Reprodugao permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 10/31 'AP% - porcentagem de estages inventariadas na extensio considerada, apresentando afundamentos plisticos (locais e/ou nas trithas de roda) de reconhecida gravidade. 4, - deflexio de projeto, correspondente a extensio considerada, referida & carga de eixo de 6,8 t d,,, - deflexo admissivel pelo pavimento existente, referida a carga de eixo de 6,8 t, em se considerando o'ffafego que ele suportaria durante o periodo compreendido entre a data de sua colocagio em servigo ea data correspondente ao final do perfodo de projeto, estabelecido para efeito de anilise. Ovvalor de d, seré considerado a partir do conhecimento do valor da deflexo de projeto correspondente A extensio cOnsiderada, referida a carga de eixo de 8,2 t, d, através de: 4,=0,7xd, [A determinagio do valor de d,,,, por sua vez, seré feita a partir da estimativa dos seguintes valores do ‘nimero “N” (niimero de solicitagdes de eixos equivalentes ao eixo-padrdo de 8,2 t, na faixa de trafego de projeto, calculado com base nos fatores de equivaléncia de carga do DNER): N,- niimero “N” correspondente ao trifego suportado pelo pavimento existente desde a sua colocagio em servico até a data correspondente ao inicio do periodo de projeto assumido. N, ~ mimero “N” correspondente ao trfego previsto ao longo do periodo de projeto considerado. Ovalor do niimero “N”, que expressa o efeito do trifego incidente sobre o pavimento existente, desde a sua colocagiio em servico até o final do periodo de projeto arbitrado para efeito de andlise, &: N=N,+N, Ovalor do “indice de tréfego” californiano, IT, correspondente ao valor de N, encontrado, é estimado, de forma aproximada, através da equagio: log IT, = 0,127 log N, + 0,166 Nota - O “indice de tréfego” californiano, IT, é definido através de: IT = 1,30 (EWL)** onde: BWL- niimero de solicitagdes de eixos equivalentes ao eixo-padrio de 4,54 t, na faixa de projeto, calculado ‘com base nos fatores de equivaléncia de carga californianos, Desde que a camada critica do pavimento existente, no que conceme a flexibilidade, seja constituida por conereto betuminoso, a avaliagio de d_,. sera efetuada através do nomograma 1 (vide Apéndice A). Para tanto, ser selecionada no referido nomograma a curva correspondente ao valor do IT igual a IT,, seguindo-se a determinagdo da sua ordenada que corresponde a abscissa igual ao valor da espessura da camada de concreto betuminoso do pavimento existente (h.,, = h,). A ordenada em questo expressaré 0 valor de d,,, procurado. | O nomograma 1 constitui, também, recurso bastante para permitir que seja feita uma estimativa da restante do pavimento existente, no que dizrespeito a fadiga, nos casos em que a estrutura em estudo este} ainda funcionando na fase eléstica. Reprodugéo permitida desde que citado o DNER como fonte Critério para o Estabelecimento das Diretrizes do Projeto IGG Fo onl x ded Decisio quanto ao aproveitamento da estrutura existente e quanto as “m ‘medidas corretivas a serem levadas em conta no Projeto Ise < 180 Fssom AP 538% 1, Aproveamanto ttl do valor recidaal do pavimerto extents dy $ dain 2. Programasto depres ocis, se neous. 3. Programagio de tratamentoderejuvenesimanto,sencesico, 1. Aprovetament taal do valor residual do pavimento ecient | 3d sim > d,>d aim 2. Programagto depres locas, se neces. 3. Projet de nferyo cam baeno ert de deermabiidade 1. Agrovaitamato ttl ou peril do valer rae do pevimesto cxtente 2. Programasto de reparcs locas, se neces. do > 3d ato, 9 rgd aoc pono tide emai Poder cm ano ito ‘retain can de rover eal o var esa o prvinas catate js mrad sea cr drei ca de grovel do alr F>30mm AP%> 33% 1, Aprovetemnto ttl do valr recidasldopavimarto existent 2. Propramagio de reparcs las 3. Projet derdory combasenocritéroderesistnca,n0 cas de mroveamentottl do valores dopevinare editene. rj mova gembaseno ili de rests 0 can de grveanetot al do aor residual dopavinento ectens. - Remogéo purcial ou cal do pavimento existe sua sabatitaigio paral on tal por nove ‘srutra yj com tase no chao de rentinia ae a d 6L/010 ONd-AING Ts/IE Reprodugao permitida desde que citado © DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 12/31 O primeiro passo em dirego ao objetivo visado, consiste na determinago do ponto do nomograma 1 de coordenadas respectivamente iguais a: Man 4, © valor do IT correspondente a curva do nomograma que passa pelo ponto retromencionado expressa, teoricamente, 0 méximo tréfego que o pavimento existente pode suportar, IT,,., antes que os efeitos da fadiga se fagam sentir. Ovalor IT,,, poder ser convertido ao do mimero correspondente, N,,., mediante a equagao: Jog N, ,, = 7,874 log IT... - 1,307 Se o pavimento existente estiver funcionando ainda na fase clistica, o trafego correspondente ao valor Nox deve ser superior ao trafego ja suportado pela estrutura, ao qual corresponde um valor de N igual aN, Nessas condigdes, verifica-se a desigualdade: Nug>N, € 0 trifego que o pavimento pode ainda suportar, N,, deve ser avaliado através da diferenga: Nr=Nu"N, Desde que se disponha da curva que representa a variagdo do nimero “N” acumulado em fungo do tempo de exposigo do pavimento ao trifego, é possivel estimar-se a sua vida restante. Basta, para tal, determinarem-se, na curva mencionada, as abscissas , e t, dos pontos de ordenadas respectivamente iguais aN,+N_eN, A diferenca entre as duas abscissas, t,-'t, representa, na unidade de tempo utilizada, a expéctativa da’ vida restante do pavimento em estudo fio que respeita a fadiga (vide figura 3). io de d,,, © dos demais © nomograma 2, incluido no Apéndice A, possibilita, por sua vez, a determin: is constifuidos por um elementos requeridos para a avaliagio da vida restante de pavimentos fl tratamento superficial sobreposto a camadas granulares. 6 _PROJETO DO REFORCO DO PAVIMENTO EXISTENTE COM BASE NO CRITERIO DE DEFORMABILIDADE 6.1 Anélise Destinada Verificagdo da Viabilidade da Construgio do Reforgo Exclusivamente com Concreto Betuminoso As extensdes do pavimento existente que, a luz do critério anteriormente estabelecido, comportarem 0 jeto do reforgo com base no critério de deformabilidade, devem ser, primeiramente, submetidas a uma andlise destinada verificagao da viabilidade da constituigdo do reforgo exclusivamente com concreto betuminoso. A anilise em consideragio envolve as seguintes etapas: 6.1.1 Definigio ou Calculo dos Elementos a seguir Relacionados, cujo Conhecimento Decorre dos Estudos Precedentes a) -N, -mimero “N” calculado para o periodo de projeto assumido. Reprodugao permitida desde que citado © DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 13/31 b) -IT, - “indice de trafego” correspondente ao periodo de projeto assumido, Ovalor de IT, pode ser estimado em fungio de N, através da equagao: log IT, = 0,127 logN, + 0,166 ©) Espessura da camada critica do pavimento existente, no que conceme a flexibilidade, h,, Em se tratando de pavimentos flexiveis cujo revestimento é constituido por misturas betuminosas densas, a espessura h, deve ser considerada igual A da camada (ou camadas) integrada por esse material. ‘No caso de pavimentos flexiveis cujo revestimento & constituido por tratamentos superficiais, por macadames betuminosos por penetragao ou por misturas betuminosas abertas, a espessura h, deve ser considerada, para efeito de andlise, igual a zero, 4) Nivel de deflexiio sobre o pavimento existente, d., referido & carga de eixo de 6,8, e determinado pelo processo californiano. Ovalor de d, deve ser estimado, em cada caso, a partir da deflexio do projeto, d,, Como esse tiltimo valor é calculado com base em determinagdes efetuadas sob carga de eixo de 8,2 e com tempo de aplicagao diferente do adotado no processo californiano, a estimativa de d, deve ser feita através da expressiio: 4, = 0,7xd, ©) Porcentagem da area do revestimento existente, na qual o estigio de fissuragio mais severo é 0 correspondente a classe 1. ‘A poroentagem em apreo, FC-1, deve ser considerads como igual freqiénciarelativa da oconrnci dortpo 1, calculada de acordo como disposto no tem 5.4 da norma “Exeougao da Avaliagao Objetiva da Superficie de Pavimentos Flexiveis e Semi-Rigidos”” f) Porcentagem da area do revestimento existente, na qual o estigio de fissuragio mais severo & 0 correspondente a classe 2 A porcentagem em aprego, FC-2, deve ser considerada como igual a freqiiéncia relativa da ocorréncia do tipo 2, calculada de acordo com o disposto no item 5.4 da norma “Execugdo da Avaliagdo Objetiva da Superficie de Pavimentos Flexiveis e Semi-Rigidos”. 8) Porcentagem da érea do revestimento existente, na qual o estdgio de fissuragio mais severo é 0 comrespondente a classe 3. A percentagem em aprego, FC-3, deve ser considerada como igual a freqiiéncia relativa da ocorréncia do tipo 3, calculada de acordo com o disposto no item 5.4 da norma “Execugio da Avaliagio Objetiva da Superticie de Pavimentos Flexiveis e Semi-Rigidos”. DNER-PRO 10/79 Pag. 14/31 i 8 j i i ; NA TAKA be PROWETO F- 4 + ‘TEMPO DE EXPOSICAO AO TRAFEGO te- DATA DE COLOCAGAO EM SERVICO DO PAVIMENTO ‘ti- DATA DE INICIO DO PERIODO DE PROVETO t= 0874 00 Flt 00 PERIGDO De PROVETO Frouna 3 Reprodugao permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p- 15/31 h) “indice de Fissurago”do revestimento existente, IF. O “indice de Fissuragio”deve ser definido e calculado através da equagio: IF = 0,250 x (FC-1) + 0,625 x (FC-2) + (FC-3) i) Porcentagem da rea do revestimento existente, cuja continuidade se acha comprometida pela presenga de trincas interligadas. A porcentagem em questio deve ser considerada como igual a0 somatério: (€C-2) + (FC-3) Nota- Nao se pode deixar de levar em conta, que um intervalo de tempo significativo pode separar a data em que é realizado o inventirio do estado da superficie do pavimento existente, que sera sobreposto a esse tiltimo o reforgo projetado. Nessas circunstincias, cabe ao projetista decidir se & ou nfo, conveniente proceder & avaliagao das porcentagens FC-1, FC-2 e FC-3, a partir das respectivas freqiiéncias relativas, previamente, afetadas por um fator de expansio subjetivamente arbitrado. 6.1.2 Estabelecimento da Condigio de Fissuragio do Revestimento do Pavimento Existente, no que se Refere as Trincas Interligadas, Através da Anilise dos Valores de FC-3 e do Somatério (FC-2) + (FC-3). Devem ser levadas em consideragio as quatro condigdes alternativas seguintes: Condigio (a) ‘Quando: FC-3 <20 % e (FO-2) + (FC-3) 2 80% Condigio (b) ‘Quando: FC-3 < 20 % e (FC-2) + (FC-3) < 80% Condigio (¢) Quando: FC-3 > 20 % e (FC-2) + (FC-3) 2 80% Condigio (4) Quando: FC-3 > 20 % e (FC-2) + (FC-3) < 80% 6.1.3 Determinagiio da Espessura Minima de Reforgo a ser Levada em Conta na Anilise das Condigées | de Deformabilidade ‘A determinagao da espessura minima de reforgo, suposto constituido exclusivamente por concreto | betuminoso, a ser considerada na andlise das condigdes de deformabilidade, deve ser efetuada tomando-se como ponto de partida a estimativa da porcentagem da area do revestimento existente afetada por trincas | de classe 3. Dois casos distintos devem ser considerados: Reprodugo permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 16/31 6.1.3.1 1° Caso; FC-3 < 20 % (condigées (a) e (b) ). Quando FC-3 <20%, nfo élevada em conta apossibilidade de ocorréncia, no reforgo, de trincas de reflexao. Neste caso, se no pavimento existente a camada subjacente a constituida por mistura betuminosa densa for integrada por material granular, por macadame betuminoso por penetragdo ou por pré-misturado aberto, a menor espessura de reforg0, (lg)ago @ Ser considerada na anilise de deformabilidade, deve set determinada com 0 procedimento seguinte: 4) Scleciona-se, no nomograma 3, inclusono Apéndice A, a linha correspondente ao material constituinte da camada do pavimento existente, subjacente & integrada por mistura betuminosa densa. b) Determina-se a menor espessura de concreto betuminoso, h,, suposta suficiente para proteger 0 material constituinte da camada do pavimento existente, subjacente a integrada por mistura betuminosa densa. A espessura em apreco é igual 4 ordenada do ponto da linha referida no item anterior, cuja abscissa corresponde ao valor do IT assumido para efeito do projeto reforgo, ou seja, IT, ©) Determina-se a espessura efetiva da camada do pavimento existente constituida por mistura betiuminosa densa, h,, através de: xf, onde: h,- espessura real da camada do pavimento existente, constituida por mistura betuminosa densa £.- fator de redugio, avaliado em fungio do “indice de fissurago”, IF, do pavimento existente, através da equagio: f, = 1,000- 0,007 x IF 4) calcula-se a diferenca: Ah = he - hef | Se Ah> 4,0 cm, a espessura minima de reforgo a ser levada em conta na anilise de deformabilidade é: Banta = Ab | Se Ah < 4,0 om, a espessura minima de reforgo a ser levada em conta na anilise de deformabilidade é: (hexdan “40 em | 6.13.2 2° Caso: FC-3 = 20%, é levada em conta a possibilidade de ocorréncia de trincas de reflexiio no | reforgo, Nesse caso, considera-se que a prevengio do fendmeno exige uma espessura de reforgo nio inferior a 10,0 cm. Ah= h,- hy Se Ah > 10,0 om, a espessura minima de reforgo a ser submetida a andlise de deformabilidade é: nia = Ab Se Ah < 10,0 cm, a espessura minima de reforgo a ser objeto de anilise de deformabilidade é: | Calcula-se, adotando o mesmo procedimento sugerido para 0 1°. caso, a diferenga: (ca) 710,00 itida desde que citado o DNER como fonte lupo permi Reprod p. 17/31 6.1.4 Estabelecimento do Critério de Avaliagao da Deflexio Admissivel Sobre 0 Reforgo A avaliagao da deflexio admissivel deve ser levada a efeito com base na estimativa da porcentagem da area do revestimento existente afetada por trincas interligadas. Devem ser considerados dois casos: 6.1.4.1 1° Caso: (FC-2) + (FC-3) 2 80%, condigdes (a) ¢ (c) Quando (FC-2) + (FC-3)2 80%, considera-se que a intensidade de fissuragiio do revestimento do pavimento justifica considerar o reforgo como funcionando, no que diz respeito & flexibilidade, independentemente do Tevestimento existente. Em outras palavras, admite-se que a deformagio de tragfo critica ocorra na face inferior do proprio reforgo. Nessas condigdes, a deflexio admissivel sobre o reforgo, para o pariimetro de trifego considerado, deve ser determinada pela sua propria espessura, b... 6.1.4.2 2° Caso: (FC-2) + (FC-3) < 80% (condigdes (b) (4)) ‘Quando (FC-2) + (FC-3) < 80%, admite-se que a intensidade de fissuragio do revestimento do pavimento existente nao ¢ suficiente para consideré-lo como atuando independentemente do reforgo, no que conceme A flexibilidade. Supde-se, no caso, que as duas camadas operem em conjunto, ou seja, que a deformagao de tragiio critica se desenvolva na face inferior do revestimento existente. ‘Assim sendo, a deflexdo admissivel sobre o reforgo, para o parimetro de trifego considerado, deve ser determinada pela soma das espessuras do revestimento existente ¢ do proprio reforgo: ha +h,=h, 6.1.5 Pesquisa dos Valores Extremos Permissiveis para a Espessura do Reforgo, Suposto Constituido Exclusivamente por Concreto Betuminoso, a Luz das Condigées de Deformabilidade. ‘De acordo com a condigao de fissuracdo do revestimento existente, duas possibilidades distintas sto consideradas: 6.1.5.1 1* Possibilidade © revestimento do pavimento existente encontra-se na condigdo de fissuragio (a), ou na condigio de fissuragio (c). COMDIGAO (@): CONDIGAO (¢ O34 Sfmt suk DNER-PRO 010/79 | tid desde que citado o DNER como fonte Reprodugao permi DNER-PRO 010/79 p. 18/31 A pesquisa dos valores extremos permissiveis para a espessura do reforgo envolve as seguintes etapas: 8) Determinagio de (h.,),4, de acordo com o procedimento detalhado anteriormente em 6.1.3. b) Através da utilizagio do nomograma 4 (ver apéndice A), determinam-se, para o valor de (Bes)au, encontrado, os valores de (d,),., € (dyy)n,, Cotespondentes. © nomograma 4 foi elaborado com base na consideragio de um valor para o fator de equivaléncia estrutural do concreto betuminoso, com relagio ao pedregulho, igual a 1,70. ©) Cotejam-se os valores de (4,),,, € (d,,,)qg, - Duas hipdteses podem ocorrer: I" Hipétese: Gade ‘Nesse caso, é viével a proposi e a espessura minima exe io de um reforgo constituido exctusivamente por concreto betuminoso, el igual a (boy) 2 Hipotese: aus > Cet ‘Nessas circunstincias, considera-se impraticavel aproposigdo de um reforco integrado exclusivamente or concreto betuminoso. 4) Caso tenha se verificado a 1*, hipétese, determina-se, por intermédio do nomograma 4, os valores de aa® Chop)a0 4ue & possivel, sempre que (4), for menor que (4)... Sio consideradas satisfatdrias as espessuras de reforgo que atendam 4 condigio: Bepain bee S Cea) ie A solugdo mais econémica é a que corresponde a tomada da menor espessura de reforgo praticavel, Reprodugao permitida desde que citaclo o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 19/31 6.1.5.2 2* Possibilidade revestimento do pavimento existente encontra-se na condigio de fissuragdo (b), ou na condigéo de fissuragao (d). CONDICaO (b): Cary 4 TRIAS: * A pesquisa dos valores extremos permissiveis para a espessura do reforgo, suposto constituido exclusivamente por concreto betuminoso, envolve, no caso, as etapas seguintes: 8) Determinagio do valor de (h,.),» d¢ acordo com o procedimento anteriormente estabelecido em 6.1.3, b) Traga-se no nomograma 4, uma curva auniliar, cujas ordenadas devem ser respectivamente iguais as da curva correspondente ao IT assumido, para efeito de projeto de reforgo, IT, menos o valor de h, ©) Determinam-se, para ovalor de (h,,),,,considerado, osvaloresde(d,),,,ede(d,,,),,,correspondentes, utilizando a curva auxiliar previamente desenhada no eet 7 saint d) Cotejam-se os valores de (4,)...€ (de,)nse * Duas hipdteses podem ocorrer: 1° Hipétese: Qe aide ‘Nessas circunstancias, 6 vidvel a consideragio de um reforco integrado exclusivamente por concreto betuminoso, e a espessura minima exeqiivel ¢ igual a (bao 2 Hipotese: (auc > Gran)nte Neste caso, esta configurada a impossibilidade de constituigio do reforgo exclusivamente a custa de concreto betuminoso. ©) Caso seja verificada a 1* Hipétese, determinam-se os valores de (d,)_,.€ (Hop)aq> através da curva auxiliar desenhada no nomograma 4, que é possivel sempre que (d,),,. for menor que (d,),.,.. Sao consideradas satisfatdrias as espessuras de reforgo que atendam a con: epain $ Bop S Bowats A solugio mais econémica éa correspondente & tomada da menor espessura de reforgo praticivel, ou seja: Bes = Wes) Reprodugao permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 20/31 NOMOGRAMA 4 | Ye by > doom ~ doom | Cay int (Cam) min + a (yds . Ee | ee (ogg) age = 6.2 Concepgio de Reforgo Constituido por Camadas Integradas por Materiais Distintos Sempre que o pavimento existente comportar um reforgo projetado a luz do critério de deformabilidade, 4 vidvel, pelo menos tecnicamente, concebé-lo mediante a utilizagio de camadas constituidas por materiais distintos. Dependendo das circunstincias, essa solugdo pode resultar mais econdmica que a representada pelo emprego exclusivo de concreto betuminoso na estrutura a ser sobreposta a antiga, representando, além disso, uma altemnativa sempre viével nos casos em que essa iltima solugo mostrar-se inexequivel em termos de deformabilidade, s requisitos de deformabilidade de um reforgo, composto de camadas de materiais distintos, podem ser cumpridos satisfatoriamente mediante a seguinte associagio: 1) Camada de rolamento, de espessura previamente selecionada, constituida por misturas do tipo concreto betuminoso, considerada a camada critica da estrutura, no que diz respeito a deformabilidade; 2) Camada subjacente a primeira, integrada por material de alta flexibilidade, como por exemplo, misturas betuminosas abertas, macadame betuminoso por penetrago, ou mesmo materiais granulares de base, |A deflexio admissivel na superficie do reforgo assim configurado deve ser determinada, exclusivamente, pela espessura selecionada para a camada de rolamento, desde que seja considerada uma determinada fego. Prefixada essa espessura, a camada inferior deve ser dimensionada adequadamente, de forma a permitir a obtengo, na superficie do reforgo, de um nivel de deflexdo igual ou menor que o valor da deflexio admissivel, | Nessa circunstincas, deve adotar-se a metodologi constante das etapas sequintes para o eileulo do reforgo: 8) Tabulagem dos elementos seguintes: - “indice de trafego”, referente a vida de projeto, IT,. - Nivel de deflexao sobre o pavimento existente, referido a carga de cixo de 6,8 t, d,. - Fator de equivaléncia estrutural do concreto betuminoso, em relagio ao pedregulho, f.,, Reprodugdo permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 21/31 b) Estabelecimento da espessura de concreto betuminoso para a camada de rolamento, by. Acespessura om aprego deve ser consderada em fant, tanto do parimero de trifego previsto, IT, como do material selecionado para a camada subjacente a de rolamento. Para tal, deve ser escolhida, no nomograma 3, a linha correspondente ao material cogitado para a camada subjacente a de rolamento. valor da espessura h., é o da ordenada h, da linha em questi, correspondente a abscissa igual ao valor do IT levado em Conta para efeito de projeto, isto é, IT, ©) Céilculo da espessura de pedregulho, H.,, equivalente & espessura de concreto betuminoso constituinte da camada de rolamento. A espessura em questio deve ser calculada através do produto: H,= ea * fog 4) Avaliagio da deflexio admissivel sobre a superficie do reforgo, d,,.. valor de ds levando-eem conta as premissts de constitu doreforo,dependeexchsivamente da espessura prefixada para a camada de concreto betuminoso e do parimetro de tréfego, IT, O valor de d,,., nessas circunstancias, deve ser determinado mediante utilizagio do nomograma 1 ¢) Determinagio do nivel de deflexiio desejado sobre a superficie do reforgo, d,. Por razdes Sbvias, admite-se que: 4 dan f) Célculo da redugio porcentual da deflexio requerida, A (%): 4(%)._ 40 = 4h x 100 dy g) Avaliagio da espessura total do reforgo requerido, H, expressa em termos de pedregulho. O valor de H deve ser determinado através do nomograma 5 (ver Apéndice A), em fungao do valor de A (%) previamente calculado. h) Céloulo da espessura requerida para a camada subjacente a de rolamento, H., expressa em termos de pedregulho. Evidentemente: H-H-Hy Sendo: H> H., i) Céloulo da espessura real requerida para a camada subjacente a de yolamento, h A avaliagio de h, deve ser feita de acordo com a formula: hy Bi Ge ‘Onde f, representa 0 fator de equivaléncia do material selecionado para a camada subjacente a de rolamento com relagio ao pedregulho, Reprodugo permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 Pp. 22/31 3s fatores de equivaléncia estrutural dos materiais mobilizados podem ser inferidos a partir do quadro ¢ dos diagramas correspondentes as figuras 2, 3 ¢ 4, incluidas no Apéndice A. 7 PALAVRAS-CHAVE Deflexio, Deformagio, Pavimento, Recalque. PVER-PRo 0140/79 A: 2344 FIGURA 1 Reprodugéo permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 010/79 p. 24/31 Fatores de Equivaléncia Estrutural com Referéncia ao Pedregulho 0 Fator de Equivaléncia Estrutural, com relagio ao pedregutho, de um dado material, é definido pela relagio: 7 eit Onde: h- Espessura real do material considerado; H_-Espessura do pedregulho equivalente, ou seja, a espessura de pedregulho capaz de proporcionar uma distribuigio de carga e um efeito sobre a superficie subjacente, idénticos aos suscitados pela agdo de placa desenvolvida pela espessura “h” do material considerado. MATERIAL FATOR DE EQUIVALENCIA~ (Revestimento ou Base) © MACADAME HIDRAULICO 1,10 SOLO-CIMENTO (RCS, 4,221 ke/en*) 1,10 ‘TRATAMENTO SUPERFICIAL 1,10 MACADAME BETUMINOSO POR PENETRACAO 1,20 PRE-MISTURADO A FRIO ABERTO (% Vy > 8%) 133 PRE-MISTURADO A QUENTE ABERTO (% Vy > 8%) 1,35 PRE-MISTURADO A FRIO SEMI-DENSO (5% <% Vy < 8%) 136 AREIA-ASFALTO A QUENTE ( % Vy $ 8% ) 142 PRE-MISTURADO A QUENTE SEMEDENSO( 5% <% Vy 8%) | 158 CONCRETO BETUMINOSO (% Vy < 5%) 4,70 RCS, 4,, -__ RESISTENCIA A COMPRESSAO SIMPLES AOS 7 DIAS %Vy — - PORCENTAGEM DE VAZIOS DNER-PRO 10-79 Pég. 25/31 es oes cer FIGURA 2 FATORES DE EQUIVALENCIA ESTRUTURAL, PARA SUS-BASES GRANULARES E REFORCOS DO SUBLEITO FATORES DE EQUIVALENCIA ESTRUTURAL PARA BASES GRANULARES TRATADAS COM CIMENTO 280, 2 30 35 40 45 505560 70 RCS ons FIGURA 4 DNERPRO 10-79 Pég. 26/31 DNER?RO 10-79 Pag. 27/31 NoMocRAMA 1 VARIACAO DA DEFLEXAO ADMISSIVEL EM _FUNGAO DA ESPESSURA DA CAMADA CRITICA E DA INTENSIDADE DO TRAFEGO (COM BASE NO NOMOGRAMA " B DA COH—TEST METHOD NO CALIF 356-A) MATERIAL : CONCRETO BETUMINOSO XRO ADMISSIVEL : 4, (om .01ma ) j—its6 je? OEFLED —IT38 iT:9 -—IT=10 fie —its12 j—ite13 l—itsi4 ITs, 2 3 354455 6 10 2 4 16 1820 ESPESSURA DA CAMADA ‘hey Com em) OBSERVAQOES =A CAMADA DE CoNCRETD BETUMINOSO £ A CAMADA EUPEIOOR Dk ESTHUTURA 27 68 PERSE SOUSA SF EERE AC NA SUPERFICIE DA CAMABR DE CONCRETO BETUMINGSO, 3A CAMADA DE CONCRETO BETUMINOSO E A CRITICA No’ QUE CONGERNE A FLERIBLIDADE: 4“AS EXTREMIOADES TRACE ADAS, DAS CURNAS RESUL ARAM BE EXTAAPOLASIO bo DNER-PRO 10-78 3 60 solt |i ijlijit LL S88 es TS INDICE DE TRAFEGO, IT oRsERVACoES | A CAMADA DF TRATAMENTO SUPERECIAL € CAMADA SUPERIOR DA ESTRUTURA. 2 AS DEFLEXOES ADMISSIVEIS SE REFEREM A_ Bec De EXO De 6.8010 {IS kpe), FSO CONSIDERADAS NA ‘Da'CAlAADA DE TRATAMENTO 3A GAMADA DE TRATAMENTO SUPERFICIAL E A Caf NO GLE SORGEINE A PELE” NOMOGRAMA 3 DNER-PRO 10-79 . Pag. 29/31 ESPESSURAS MINIMAS DE CONCRETO BETUMINOSO SUFICIENTES PARA A PROTEGAO DO MATERIAL SUBJACENTE, CONTRA DEFORMACOES PLASTICAS E/OU DEGRADAGAO GRANULOMETRICA © GRANULAR ac MACADAME BETUMINOSO POR PENETRAGAO NOMOGRAMA 5 REDUCAO PERCENTUAL DE DEFLEXAO {(SEOUNDO & COH — TEST METHOD NO CALE 956—A) 8 & REDUCKO PERCENTUAL DE DEFLEXAO : (%) ‘o 0 20 30 a0 30 0 707 ESPESSURA DO REFORCO SOBREPOSTO AD FAMENTO BXISTENTE, PRESSA EM TERMOS DE PEDREGULHO: H 4. NIVEL DE DEFLEXRO SOBRE A SUPERFICIE Do PRVIMENTO EXISTENTE ( CEFLEXAO CARACTERISTICA | ‘ty — NIVEL DE DEFLEXAO SOBRE A SUPERFICIE D0 REFORCO SOGREPOSTO AO PAVIMENTO EXISTENTE, H— ESPESsURA Do REFORGO ExeRESSA EM ‘TERMOS DE PEDREGULHO ("GRAVEL"). REDUGAO PERCENTUAL DE DEFLEX#O— de = da Aime 100

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