You are on page 1of 27
PETER HABERLE Professor titular de Direito Pablico de Filosofia do Direito da Universidade da Augsburg-RFA HERMENEUTICA CONSTITUCIONAL A SOCIEDADE ABERTA DOS INTERPRETES DA CONSTITUIGAO: CONTRIBUICAO PARA A -INTERPRETAGAO PLURALISTA E_ “PROCEDIMENTAL’ DA CONSTITUIGAO Tradugao de Gilmar Ferreira Mendes Doutor em Direito pela Universidade de Minster-RFA Professor da Universidade de Braslia ‘Sergio Antonio Fabris Editor Porto Alegre / 1997 Reimpressao / 2002 © Peter Haberle Dic offone Gecellichaft dev Verfsungsinterpreten Fin Beitrag zur pluralisischen und “prozessualen” Verfessungsinterpretation As caracteristicas gréficas desta obra e 0s direitos de publicacio, total ou parcial, em ingua portuguesa, pertencem ao editor. Editoragao eletrOnica: Formato Artes Grificas Reservados todos os direitos de publicagéo, total ou parcial, a SERGIO ANTONIO FABRIS EDITOR Rua Riachuelo, 1238 - Centro Fones (Oxx51) 3227-5435 — 0800-516118 CEP 9010-273 — Porto Alegre — RS aoe Rua Sanco Amaro, 345 ~ Bela Vista Fones (Qxx1 1) 3101-5383/3101-7039 ~ 0800-7712421 CEP 01315-001 ~ Sao Paulo ~ SP SUMARIO Abreviaturas Apresentagio 1. TESE FUNDAMENTAL, ESTAGIO DO PROBLEMA 1, Situagdo atual da teoria da interpretagdo constitucional 2. Novo questionamento e tese 3. Esclarecimento da tese e conceito de interpre: TOS PARTICIPANTRS NO PROCESS DE INTERPRETAGAO CONSTITUCIONAL 1, Consicleragdes preliminares sobre 0 método, 2, Catdlogo sistem ated 43. Esclarecimento do catilogo sistematico ... IIL APRECIAGAO DA ANALISE DI 1. Possiveis objegbes ¢ criticas .. 2. Legitimagio do ponto de vista da teoria do direito, da teo: ria da norma e da teoria da interpretacio .. 3, Legitimagdo decorrente das reflexdes teorético-constitucio- Soot enn 4, Reflexdes sobre a Teoria da Democricia como Leg cio TV, CONSEQUENCIAS PARA A HERMENEUTICA CONSTITUCIONAL JURIDICA 1, Relativizacdo da interpretagdo juridica ~ novo entendimen- to de suas tarefas, un R 4B i 20 2B 29 30 33 36 n face cli medic de participagio 4. Conseqiéncias para a conformagio € utiliza processual consticucional V. NOVAS INDAGACOES PARA A. TEORIA CONSTITUCIONAL |. Sobre a cxisténcia de diferentes objetivos ¢ utilizaga Uiversos métodos de interpretacio 2, Fungdies da teoria constitucional 6 sin © Intensidhice do controle judicial ~ Diferencia- 40 do direito 44 51 38 AOR Bad Grn, GAG BGH BRD BYcriGE BverlG Dov DVB. FS Gs Hess. GHG ie NI NT Verw. Arch, WDsiRL. ABREVIATURAS Archiv des 6flentlichen Rech Gesetz des Baden-wirtembergerisehen Staatsgerichtshofs (Lei da Corre Constitucional do Estado de Baden-Wirttemberg) Bundesgerictishof (Superior Tribunal de Justica) Bundesrepublik Deutschland (Repiblica Federal ca Alemanha) Bundesverfassungsgerichtsentscheidungen (Decisoes da Corte Constitucional alesna a primeito nimero refere-se a0 volume, 0 segundo as paginas) : Bundesverfassungsgericht (Corte Constitucional alemay’ Die Offentliche Verwaltung Deutsches Verwaltungsblatt Festscheift (Estudos em Homenagem) Gedlichtnisschrift (Estudos em Meméria) Gesetz des Hessischen Staatsgenchtshof (Lei Orginica aly Corte Consttucional do Estado de Hessen) Juristenzeitung Neue Juristische Wochenschrift Notas do Tradutor Verwaltungsarchiv Vercinigung der Deutschen Stiatrechtslehrer (Assoeiagio das Professores alemaes de Direito Piislico) APRESENTACAO, Acredito que em boa hora decidiu o editor Sergio Fabris publicar a tradugao de um dos textos mais instigantes do Dircito Constitucional moderno, da lavra do Professor Peter Hiberle ‘Trata-se de “A Sociedade aberta dos Intérpretes da Constituicie’ (Die offene Gesellschaft der Verfissungsinterpreten), que, desie sua publicagio inaugural, em 1975, desperta grande interesse c ciscussio na literatura juridlica, Como 0 Icitor poderd apreender, Haberle propugna pela adogio de uma hermenéutica constitucional adequada dtl pluralista Gu a charnacla sociedade aberta, Tendo em vista 0 papel fundante da Constituigdo para a socicdade € para 0 Estaclo, assenta Hiberle que todo aquele que vive a Constitucio é um seu legitimo intérprete. Essa concepgio exige uma radical revisio cla metodologia juridica tradicional, que, como assinala aberle, esteve muito vinculada a0 modelo de uma sociedade fechada. A interpr tagio constitucional dos juizes, ainda que relevante, nio & (nem deve set) a tinica. Ao revés, cidadios ¢ grupos de inte esse, Orgios estatais, o sistema publica e a opiniéo publica constituiriam forcas produtivas de interpretacdo, atuando, pelo menos, como pré-intérpretes (Vorinterpreten) do com- plexo normativo constitucional. :m outro trabalho, jé havia anotaclo Hiiberle que nao existe norma juridica, sendo norma juridica interpretada (Es gibt keine Rechtsnormen, ¢s gibt nur interpretierte Rechtsnormen)*, res * aberie, Peter, Zeit und Verfassung, in: Dreier, RallSchwegmann, Friedrich, Probleme der Verfassungsintespretation, p. 295 (313) saltando que interpretar um ato normativo nada mais € do «que coloci-lo no tempo ou integri-lo na realidade publica (Einen Rechssarz “iuslegen” bedeutet, thn in die Zeit, di. in die Offcniliche Wirklichkeit stellen — um seiner Wirksamkeit willen)* Assim, Se se reconhece que a norma no & uma decisio prévia, simples © acabada, temvse, necessariamente, dle indagar sobre os participantes no seu desenvolvimento funcional sobre as forcas ativas da tw th public action, & ampliagio do circulo de intérpretes constituiria para Hiiberle apenas uma conseqiiéncia da necessidade de integracdo da realidade no processo de interpretacio. Bvidentemente, essa abordagem tem conseqiiéncias para o proprio processo constitucional. 1iberle enfatiza que os instru. mentos de informagio das julzes constitucionais devem ser am. pliaclos © aperfeicnados, especialmente no referente as forma gradativas de participagio © a propria possibilidade de inter Pretagdo no pracesso constitucional (notadamente nas aue digncias ¢ nas “intervengdes”). Impse-se, pois, para Hiiberle,, um relinamento do proceso constitucional, de modo a se estabe. lecer uma comunicagio efetiva entre as participantes desse pro: cesso amplo dle interpretagio. Portanto, o processo constitucional torna-se parte do dhireito de participacio democritica, Essas_breves notasservem para demonstrar_ peculiar significado da proposta de Hiberle para uma democratizagao da interpretagio constitucional, ou, se se quiser, para uma herme- néutica constitucional da Sociedade aberta. Esperamos que a presente obra suscite uma proficua discussio sobre a hermenéutica constitucional entre nés, conuibuindo tame bem para uma refle is aprofundada sobre o afizer dos érga0s Integrantes da jurisdigio. constitucional © sobre a necessidade de modemizagio do prdpria dlircito processual-constitucional Gilmar Ferreira Mendes Brasilia, fevereiro de 1997 = Haherle, Zeit und Verfassung, in: DreleeSchwegmann, Probleme der Vertassungsinterpretation, eit, p. 293 (309) Ww I. TESE FUNDAMENTAL, ESTAGIO DO PROBLEMA 1. Situagao atual da teoria da interpretacio constitucional A teoria da interpretacdo constitucional tem colocado até aqui duas questies essenciais = a indagagdo sobre as tarefas € os objetivos da interpre jo constitucional’, © =F indagagao sobre os métod lo constitucional) (regras dle interpretagio) interpreta Jo relati iro (novo) Ni se conferiu até aqui maior significado & quest va ao contexto sistemdtico em que se coloca um fer problema relative wos participantes da interpretagio, questo que, cumpre ressiltar, provoca a prixis em geral. Uma andlise genérica demonstra que existe um. circulo-muito. amplo de articipantes do processo de interpretacio pluralist, process este que se_mostta_muitas vezcs difuso. Isto ja seria razio Como tres devem ser mentionacks: sia, elke, euler de ners restiices sitishtorios, ramsabiidade (ef, por esemplo, BVeMGE 44, 269 O57 s.) 1975, 62, 665, ser minha nota sobre KUbles), peatcabiade, justign mareril (Guchgerechined), seguenea juidica,previsblidade, eanspartnda, capackdale Spero, cet mele abet, fre ete SThcuner WMI Cb, p12), fh ons Cet, cee face prt fc Hberdates es xn publ wha op 3 suficiente part a doutrina tratar de maneira destacada esse tee a, tendo cm vista, especialmente, uma concepgdo tebrica, cientifica © democritica. A_teoria da interpretagio. constitucional esteve muito vinculacla a um modelo de interpretagio de uma Sociedide fechada™. Bla reduz, ainda, seu Ambito de investiga- Gio, na medida que se concentra, primariamente, na interpre- {cio constitucional clos julzes ©’ nos. procedimentos. formal zados. Se se considera que uma teoria da interpretacao constitu: Clonal deve encarar seriamente © tema “Constituicio e realida. ‘le constitucional” ~ aqui se pensa na exigéncia de incorporacao clas cléneias sociais’ ¢ também nas teorias juridico-funcionais!, bem como nos métodos de interpretacao voltaclos para atendi, mento do interesse piiblico e do benvestar geral® —, entio hi de se penguntar, de forma mais decidida, sobre os agentes conformadores da “realidade constitucional” 2. Novo questionamento ¢ tese Nesse sentido, permite-se colocar a questio sobre os par Uicipantes do processo da interpretagao: de uma sociedade fechada dos intéspretes da Constitui¢io para uma intenpreta. Ch, orem, obseragto de Ehmke CHVDSERL 20 (1963), p. $8 (2) 15) voada para a "comenidale ttl (auf das yance Cecio nee ve sks "os penstores raoanels © yan Denkenden’) Dever sla compleme P Para Caller’ Vemuinfdig und Gereche. Nar: ¢ fatuamtes (“Hlandeinden EL, a propsisto, cole rons inca Rechtswissenschaft Und Nachbarwissenschaften wm), Vol. 1, 1973, Ver, porém, Schelsky JZ 1974, 410.6 42 Lgl ptenelto, Bhmke VYDSIRL. 20 (1953), p. 58 (73); Hesse op. ct. p. 28. 22g Sobre 8 felts processenis © materials ds divkdo funciona de techs Try, findesettessungsgeriche ¢outeos éxgiosconstnuconais BVeH CL 3 1 (1459: 35, 257 615); 4, 157 (168s. = 121955, 419, 418)}, 36, HO OSG CF Apropsste,P Usrle, Zt und Vertssung, 2 24 (1974), 111 (121 ay n cio constitucional pela ¢ para_uma sociedade aber (von der geschlossencn Gesellschaft der Verfissungsintcpreten zur Verfissungsinterpretation durch und fiir die olenc Geselischaft). Propdese, pois, a seguinte fese: no _processo de inter pretagio constitucional esto potencialmente vinculados to: dos 0s Grgios estatais, todas as porencias piblicas, todos os cidadaos © grupos, ndo sencdo possivel estabelecerse um clen co cerrado ou fisado com numenus clausus de intérpretes a Constituigao. ~ Interpretagio constitucional tem siclo, a cientemente, coisa de uma sociedad fechada. Del SS OS intérpretes juridicos “vinculadas &s corporaghes ige Interpreten) ¢ aqueles participantes formais do. process constitucional. A interpretacao constitucional & em realidade, mais um elemento da sociedade aberta, Todas as poténcias publicas, participantes materiais do processe’ social estilo nela envolvidas, sendo ela, a um s6 tempo, elemento resultante da sociedade aberta © um elemento formador ou constituinte dessa sociedade (...weil Verfassungsinterpretation diese offene Gesellschaft immer von neuem mitkonstituiert und von ihr konstituiert wird). Os critérios de interpretactio consti tucional aabertos. quanto mais. pluralista 1 agora, cons: tomuim par 3, Esclarecimento da tese © conceito de interpretagao © conceito de interpretacio reclama um esclarecimento que pode ser assim formulado: quem vive a normit acaba por interpreticla_ou pelos menasporcadnterpretivla (Wer dic Norm “lebi", interpretiert sie auch (mit). Toda atualizagio da Constituigdo, por meio da atuagio de qualquer individuo, B constitul, ainda que parcialmente, uma interpretagio constitu: clonal antecipada. Originariamente, indica-sé como interpreta Glo apenas a atividade que, de forma consciente © intencio- nal, dirige-se & compreensio © A explicitacio de sentido de mma norma (de um texto)’. A utilizagio de um conceito de interpretacao delimitado também fiz sentido: a pergunta sobre © metodo, por exemplo, apenas se pode fazer quanda se tem luma interpretacio intencional ou consciente. Para_uma_pes- quisa_ou_investigacio_realista_do desenvolvimento _da_inter- pretacao_constitucional, pode ser _exigivel_ um _conceito mais_amplo —dehermenéutica: cidadios e grupos, érgios estatais, © sistema puiblico © a opiniao publica (..) represen. tam forgas produtivas de interpretagéo (interpretatorische Produktivkrifte); eles sio intérpretes constitucionais em sentido Jato, atuando nitidamente, pelo menos, como ‘pré interpretes (Vorinterpreten). Subsiste sempre’ a respon- sabilidade da jurisdigio constitucional, que fornece, em geral, a Ultima palavra sobre_ainterpretagio (com a ressalva da forca hormatizadora do voto minoritirio), Se se quiser, tem-se aqui uma democratizagio _da_interpretagio constitucional’. Isso significa que a teoria da interpretacao deve ser garantida sob a influgneia da teoria democritica, Portanto, & impensavel uma interpreta¢io da Constituicio sem o cidadio ativo © sem as poténcias ptiblicas mencionadas Psa concepgio interpectativa estita & precontzada por Hesse, Grundig, p21 Ble denomina agile que, em sentido, lito, & considerado interpretache, como tealieio" (aualizagio) (Versieklchung) Mkeualsierung) , baseado na ebservagio segundo a qual um processe estruturada de forma cfetivamente dialetica Crealdialekusch gegliederte Ravionalsievungsvertahsen") pressupée a atuagio processual da acusagao, da defesa edo juz, Cf, « propésito, meu “Offentiches tnteresse als Jurstsches Problem", 1970, especialmente sobre a forca normatizadora da peanis estaal, cla publicidad © do interesse publico, p. 475 s., 678 s., 418 s, $72, 5845, $898, € 215s, 2605 20 --~| 2) 0 participantes do processo de: decis digdo, 6rgdo legislative (Submeticly a controle em consonancia com abjeto de atividade): rio do Exe cutivo, especialmente na (pré) formulagao do inte resse puiblico”™ 0 nos casos I ¢ c no so, necessaftamicnte, Srgios do Fstaclo) isto & ‘© requerente ou recorrente € o requerido ou recorrido, no recurso constitucional (Verfassungsbeschewene autor ¢ réu, em suma, aqucles que justificam a sua pretensdo e obrigam o Tribunal a tomar uma posigio ou * aassumir um “didlogo juridico” (“Rechtsgespriich”); b) outros participantes do processo, ou scja, aqucles que tém direito de manifestaco ou de integracio a lide nos termos da Lei Orginica da Corte Constitucior (g., $8 7, 85, n° 2", 94, n° 14, §§ 65, 82, n° 2, 83, n” 2, 94, n° 5), ou que sito, eventualmente, convocacos pela propria Corte Constitucional (vg, § 82, n® 4, da Lei do Bundesvertissungsgericht); ©) pareceristas ou experts, tal como se verifica nas Comissdes Fspeciais de Estudos ou de Investigacio (§ 73, do Regimento Interno do Paramento Federal); d)peritos © representantes de interesses nas. audiéncias publicas do Parlamento (§ 73, n° 3, do Regimento Interno do Parlamento Federal alemio), peritos nos ‘Tribunais”, associagdes, partidos politicos _(fracdes mH © cr, sobre a realidade jurisdicional dos tetbunais administrativos, meus ‘Offentlches Interesse", p. 475.5 6785 "Bm relacio A peitica da Corte Constitncional, ver BVeHHGE 35, 342. (353, 3548). Flucidativa revelase a crientagin da Coste Constiional sobre chamaite ‘reserva constituida dos expers"(eingebute Sachverstandingernorbehal Gn BVeAGE 35, 202.219) 21 parlamentares), que atuam, sobretude, mediante a longa manus” da eleigao de juizes” (NT 2); ©) 08 grupos de pressio organizados (§ 10, do Regimento Interno do Governo Federal); 1) os requerentes ou partes nos procedimentos administra: tivos de carter participative” ; (3) @ opinido publica democritica ¢ pluralista e.0 processo politico Como grandes estimuladores: media (imprensa, radio, televisio, que, em sentido estrito, ndo sio purticipantes do processo, © jornalismo profissional, de um lado, a expectativa de leitores, as cartas de leitores, de outro, as iniciativas dos De forma manifestamente consequiente, ef, propesita, minhas eit 1973, 413 (450). Bo sentido de uita vinwulagto politico YODStHL 9 (1952). p. 17 (102, 106, nora 25). (NT 2) Nos termes da Lei Fundamental (art. 94), 08 jus da Corte Constitu onal alema devem ser escolhides pelo Parkumento Federal (Bundestag) e pelo CConsetho Federal (Bundeseat). A Let do Bundesterfussungsgericht estabelece, por seu turn, que a Corte Constitucional sera composta por das Camaras ott ieas ins JZ 3, oe Beaty, Senadles (Senaten), integrados por oita jhizes, eseolhidas dentre pessoas que possum qualficagio para o exercicio da funsio jerisdicional, com mais de 40-« menos le 68 anos. Trés julzes em cada Senada deverie ser escelhides entre os Iintegrantes dos Trbunais Pedersis Superiores com mais de trés anos de anvidade (2). Apas a escolha por una das Casas, 08 jizes sio nomeadlos para lum mandito de 12 anos, vedada a recondugio. (§ 4). Enquanto. os juizes cescolhidos pelo Conselho Federal (Bundesrat) devem scr cleitos por uma aioria de dois tercas dos votos (§ 7), of juires escalhides pelo Parlamento Federal so cletos, mediante processo indireto, por uma Comissio parlamentar especial (Wethlausschuss) composta por 12 membros. Considerase «lelto 0 ‘candidate que Tograr obter pelo menes ito votas dos membros ds Comissaa especial. Assinalesse, por oportuno, que os membros dessa Comissio — provavelmente, uma das mais importante do. Parlimento ~ sia indicados pelas 1s parlamentares ¢ eleitos pelo Parlamento com observineia do erterio proporcional (Verhaltniswah) pee sistema d Hon ® Sobre a questio: Schmitt Glaeser, VVDSIRL 31 (1973), p. 179s, CF, também, 2 tipologia no men “Offentiches Interesse", p. 88 5 2 cidadaos, as associagdes, os partidos politicos fora do seu ambito de atuacao onganizaca (CE. 2, d), igrejas, teatros, ecitoras, as escolas da comunidade, os pedagogos, as associagoes dle pais”; (4) cumpre esclarecer, ainda, o papel da doutrina const tucional nos ns 1, 2.¢3; cla tem um papel especial por tema tizar a participacio de outras forgas €, ao mesmo tempo, parti cipar nos diversos nivets 3, Esclarecimento do catalogo sistematico aqui_descnvolvideemonstra_que-a inter _niio_¢_um_“evento_exclusivamente Seja do ponto de vista te6rico, seja do ponto cle vista pritico. A esse proceso tem acesso potencialmente todas forcas a_ Comunidade politica”, O cidacio que formula” uny rete da Constieulcao cal como o (0 que propde um conflite entre Grgios"* (NT 3) ® ‘Significaiva, a proposito, ¢ a relvindicagio de Kegitimagie ativa por parte da assocagio de pais, FR de 183.1975, po Cf, porém, a recuse de Porsthoff a uma ‘cemocratigio" da interpretagio constitucional em reli, por exemplo, aos eientistas politicos, in. Der Stat ler Industiegeselschalt, 1971, p. 9, ve, « propésito, minha erica In; ZHR 136 (1972), 425 445), Se se roma a serio a exigendia de A, Amdt, quanto a elscusao juries, entice lever as partes do processo atuar, em primeiro lugar, como os "pensadores suoaveis © justos’ no sentido de Ehmke (Cf. Roellecke, FS fur Gebh. Muller 1970, p. 323 2285, * Laumann, Justiz ~ Die stille Gewalr, 1972, p. 118, indica as partes do provesso como “fornecedores de alternaivas" ("Hleferancen fir Akernativen") “CE, no sentido da decisio proferida, in: BVerfGE 4, 27 30); 20, 56 (1138), jurisprudéncia consoliada do Tribunal (NT 3) 0 *conflito entre Onios” (Onganstreltgkeid) & um provesso especial que se desenvolve perante a Corte Constitucional, destinada a solver complexas {quests relacionadas com a competéncla e as atnbuighes de 6rgios estatas 9 2B OW contra 0 quall se instaura um proceso de proibigo de fun- Gionamento (NT 4). Até pouco tempo imperava a idéia de que o processo de interpretagio constitucional estava reduzido aos 28 cstatais OU aos participantes diretos do processo. Tinh Sc, pols, uma fixagao da intespretagao constitucional nos “Sr. ios oficiais", naqueles drgios que desempeaham o complexo jogo juridico-institucional das fungies estatais, Isso nao signifi fa que se nao reconheca a importncia da ‘atividade descn. volvida por esses cntes, A interpretagio constitucional €, toda: Via, uma “aris ci diz respeito a todos. Os grupos _mencionados ¢_o_préprio individu podem ser Considerios intérprctes constitucionais indiretos ou a longo prizo. A conformacio_da_tealidade cla Constituigdo torna-se fambém parte da_interpretacio_das_normas_constitucion pertinentes 4 essa realidadle, Fambém nas fungdes_estatais. (Legislacio, Governo, tal como a Administragao e Jurisdicio) © nas relagdes a elas subjacentes ndo se podem perder de vista as pessoas concretas, peviores (Let Pundamentl Em geral, si0 at 93, I Lel Organica da Corte Constitucional § 63). artes” nese process os chamados orgies constitucionals: (Verfassungsorganen): Presidente da Republics, Parlamento Federal, Conselho Federal e © Governo Rederal, ou “partes integrantes™ desses Grgios, como we nissdes, as fragSes parlamentares, os membros do Govern, e, até mesmo, 08 Parlamentares, desde que tentem fazer valer nio 0 direito decorrente de seu Proprio "status", mas “direito” do proprio. Parkmento, Segundo. a furisprudéncia da Corte Constitucional, os pripeios partidos dispoem de ‘eajtimidade para instaurar o conflto entee érgios, desde que postulem direitos decorrentes dle seu peculiar “situs” consttucional (CE, a propésite, Sehsichy ‘lous, Das Bonlesverfassungygerici, 3a. edigio, Munique, 1994p. 534). (NT 4) A Let Fundamental confere competéncla 10 Bundesverfassungsgericht pars decidir sobre a atuagio inconstitucional de partido politico, entenvlida como tal aquels desenvolida com o objetivo de ameacar ou de suptimir a piclem hiberaldemocritica vigente ou a existéncia da Reptibica Federal da Alemanha (LF, art 21, (2)). A tei da Corte Constitucional confere lehtimidade Dara instauragio do precesso. de proibigio de funcionamenta le parte (Partetverbotsrerfahren) a0 Parlamento Federal, a0 Consetho Federal ou, Governo Federal ($8 13, 192, 6 43.47). mM 0s parlamentares, os funciondrios piiblicos, os juizes” (pers nalizago” da interpretagio constitucional). O chamado debate constitucional do parlamento alemao de fevereiro de 1974 (Verfassungsdebatte des Deutschen Bundestags im Februar 1974)" constitui, nesse sentido, uma interpretagio constity cional antecipada, Parlamentares tornamsse aqui intérpretes clit Constituigdo. As suas manifestagSes podem ter efeito ~ ainda que sem um significado juridico-formal especifico ~ sobre, vg a controvertida questo da admissa0 dos chamados inimigos «la Constitui¢ao no servico piblico, afetando, de maneira inques tionavel, a praxis aciministrativa (NT 5), * Ch, a propésito, tentatisa de Kommers (The Federal Constitutional Court fm he West Gere = Organizadores: Grossman 1 Tancrhats, 993, p. 738), decom has Gm una anise “beavers da sociologla lca sey, penguin concep Corte Constuiona lem Crtic, sob 0 sn, Wit Pte” Rden yrange AD 5 (1969), p. 157 (158s). Sobre as ierentesaboragens cific rea enn ak: tandem, Rotate, Nefathes Pan, 4738 & Fp. Seaio do > Palmer, de 142.1974, nosing. 2 a, sobre tors aspen, exe Cong do Miso Cotta do ater Maye p 3099 (Vo, ambem, Eke, Seas os" Para Gon15 21974 Nos taguigeens 139 (0) 5140 (0) eames: coo anes See cae se oa te he 25 © muitas vezes referrido processo politic, que, quase sempre, € apresentaclo como uma sub-espécic de processo livre em face da interpretago constitucional”, representa, consti is impor- tante do que se supde geralmente - da interpretagio consti tucional, (politica como interpretagdo. constitucional)”. Esse processo politico nio & eliminado da Constituigio, configu- rando antes um elemento vital ou central no mais puro sentido da palavra: cle deve ser comparado a um motor que impul- siona csse proceso. Aqui, verificam-se 0 movimento, a inova- fo, a mudanga, que também contribuem para o fortalecimento € para a formagio do material da interpretagio constitucional a er desenvolvica posteriormente. Esscs impulsos sio, portanto, parte da interpretacio constitucional, porque, no scu quadro, Jo criadas realidades publicas ¢, muitas vezes, essa propria realidade ¢ alteracla sem que a mudanga seja perceptivel. O poder de conformacao de que dispde legislador enquanto intérprete da Constituicio diferencia-se, qualitativamente, do espago que se assegura to juiz constitucional na interpretagio, porque este espaco € limitado de maneira diversa, com base em argumentos de indole técnica”, Isso nao significa, porém, que, tucione lata ¢ de fato, um elemento importante — mai “ Tambem Laufer (Verfassungsgerichtsbackeit tnd poltischer Process, 1968), investiga de maneira especial, a influgneia exercida pela Come Constitucional sobre 0 processe politico, io existe apenas politica por meio de interpretacio constitucional, mas também interpretagio constitucional por meio politic © Para o legislador, existe o controle “técnico” da Corte Constivucional e 6 con: {role *nfe-técnico” exercico por meio de eleigies, pela eapacidade de austen: tasio de coalizies © pelo processo interne de formagao da vontade paliticn ppartcira, Para o juiz dia Corte Constitucional nido existe tim controle téenico, Fle tem sua condita “regulada” pela “espace publica” Cale Otfentlchkeit), A csfera publica estruturse, porém, para ele, cam fuindamento em sta concepelo Drofissional, sta socialzagio na ciencia do Digeito Consttucional, a expectativa te conduta profissional a que se cncontra submetido (CE, a propdsito, em outro context, F. Kibler, Kommunikation und Verantwortuing, 1973) 26 funchamental de uma perspectiva quantitativa, exista diferenga funday centre as duas situacbes. ; cco tie ‘© processo politico ndo € um processo libe vituigio; ele formula pontos de vistas, prowoest ¢ impulsions desenvolvimentos que, depois, se revclam importantes «| rn ndo, por exemplo, © juiz constitu itucional, quando, por exemplo, 0 juiz no Ambito clas dest ou » da Cons :va con Rial revonhece que € mss do lepton alternativas compativeis com a Constuigio, attr dest oy daaquela forma”, © legisiador era uma parted esters pMDI (Offentichkeit) e Wa realidad da onstinuigio, ele coloea accu) tos para_o posterior desenvolvimento dos principios cv tucior "Ble atua como clemento precursor da interpreta F 0 constitucional e do processo de muragto consttucional” He ae ossibilitar eventual interpreta a Constituigio, de modo a possblitar eventual revisio, por exemplo, na concretizagio da vinculacio soc propriedacle, Mesmo as decisbes em conformide com a Cons a cnte relevantes e suscitam, a médio {tiuigao so Constitucionalme médio ca Tongo. prazo, novos desenvolvimentos cla realidade © « publicidade (Offentichkeit) da Constitute, Muitas vez, s5 concretizaches passam a integrar 0 préprio contetido «ka Consth tuicio. © Sobre a figura argumentativa da “alternativa pr tue, Vorerstanns 655132 131 (com referent 4 Poppet) fener FRSRON'D low a] inn 39, ca ron foie Ap darter abs pac pi confor tt Se ce n const fa lene dos pan pis rant cvet mt un to or pedo estar CHG feos) © re ons abe 9 C970, 8 4579 4 Cf, a propésito, minha tese: Die Wesensgehaltsgaranti¢ des Ar, 19 Abs: Gta cig, an ego gia 17, 178.2135 Fator essencial e muito ativo & a prépri Constitucional. A jurisdigto cons sencial, ainda que nao_o nico, situcion: influ Cigneia do Direito catalisador es que io. Direito Cons- Como interpretacio cOnstitucional”. A sua efetiva ‘cit interpretativa suscita indagacdO Sobre a sua leg co, questdo que também se aplica para as outras forcas participantes do processo de interpretaca © que reclama uma inlise dos pontos até aqui desenvolvidos. in Fxemplos famosos: a recepgio da idea de ditetos fundamen ss de Dut (saun/Dong/tlerang, det 1°, n°5 8) pela Corte Cansttuetonal o4 198 [204 1,21, 62 [871 a 1m IZ 196, 59%, con, do rine da unidade da sao (F 46 42 [62 19, 206 220) 1. 14 [2 5), do emersimento bbe 0 tata pari, de Libhoke (We 1,208 228 2, 1 (01, 784 5) a 87cm tec fs ‘hamada “lealdadle federativa” “bunclestreundiiches V : ane alten") no sentide de 28 IIL, APRECIACAO DA ANALISE DESENVOLVIDA 1, Possiveis abjegdes € criticas ‘Uma possivel objecio poderia ser a de que, dependendo da forma como seja praticada, a interpretagao_constitucionall podera “dissolver-se” num grande nimero de interpretago de intérpretes. Uma t Snstitucional que fem por eScopo a producio de uma unidacle politica € que afirma ¢ reitera 0 postulade da unidade da Constitut a subme terse a esta critica. Tal situagio, todavia, ndo se ha de verificar apenas no quadro de um inventério realista, Essas objecoes devem ser avaliadas de maneira diferenciada, terido em vista a legitimagio dos diferentes intéspretes da Constituicio. “A quiestio da legitimagio coloca-se para todos aqueles que nao estio formal, oficial ou competencialmente nomeados para exercer a fungdo de intéepretes da Constituicao. Compet formais tém apenas aqueles érgios que estio vinculados Constituicio que atuam de acordo com um procedimento pré-estabelecido — legitimagdo mediante procedimento const tucional”’, Sio_os_érgdios_estatais (art. 20, n®s 2 ¢ 3 da Lei Fundamental — vinculagio da ordem constitucional a Ici ¢ 20 direito), ‘Também os parlamentares (art. 38, n? 1, da Lei Fundamental) estio vinculados 4 Constituigéo de: le que cles, % Tanto © conceito de legiimagio quanto 0 de procedimento deven ser cententllos cm um sentido materia, tal como em Lahmann, Legztimation durch, Verfahren, 1969. CE, « proposito, in ca, especialmente, nota 48 2» mio postulem sua alteragio, Vinculados & Constituigio também esto os partidos politicos, os grupos, os cidadios, ainda que de forma diferenciuda, A maioria estd vinculaca apenas por intermédio do Poder Estatal sancionador. Resta eviclente aqui clue uma vinculagio limitada 2 Constituigo corresponde a una legitimacio igualmente mais restrita, 2. Legitimacao do ponto de vista da teoria do diteito, da teoria da norma e da teoria da interpretacio A estrit correspondéncia entre vinculicio (4 Constituigio) & lesitimacio para a interpretagao perde, todavia, o seu porter dle expresso quando s¢ consideram os novos conhecimentor Ai feorla da interpretacio: interpretagio & um processa alert Nio ¢, pois, um processo de pussiva submissio, nem se con, funde com a recepes0 de uma ordem“. A interpretagio conhece possibilidades e altemnativas diversas/A_vinculacio se converte em liberdade na medida que se reconhece qu ‘que a no- 1 orientacio hermenéutica consegiue contuaie ideologia da subsuncio./A ampliacio do circulo dos intérpretes aqui Sustentada ¢ apenas a conseqiiéncia da nec ssidade, por todos Acfendida, de integragio da realidade no. provesso “de interpretagao™. E que as intérpretes em sentido amplo com- poem essa realidade pluralista. Se se reconhece que 1 norma mio € uma decisio prévia, simples ¢ acabacta, hi de se indagar CF. 8 peepdsito, principalmente, a discussie sobre por Bsser Vorvers interpretagio inerouuzida ndnis ‘und Methodensahl, 1970, -anteriormente jr Tare Meat Gundsats und Norm, 1956; Ehmkee VVDSERL 29 (1509) 6. $ Tort chet der Rechtsgesinnung 1967; F, Miler, Jorstische Meshes? 1971: Viehweg, Topik und Jurispradenz, 5a, edigao, 1994 CE, a peopaisito, Hesse, in: FS fli Schey "7; ver, tam, Holy REI. Beri und Stason, 1938, . 15, 16 8. 29 (umbearon ate (1 ee DOV 19565, p 0606), ef, props, minha erica DOV 196, 1505. tuner, 1973, p. 123 (14 30 esenvolvimento funcional, sobre icipantes no seu dese sobre % in public_action (personal zz > constitucionall) er ela tworia © pela priixis Pew Qualquer intérprete é orientado pela to a pel pes ‘Todavia, essa_prixis nfo \cialmente, co inténpretes oficiais da Constitui “seme penal eR vineulagio judicial lee a independé pessoa € funcional dos juizes no podem cramer) tote o juz interpreta a. Constituigdo.na_esfera publica realidadle (in der Offentlichkeit und Weer ra Verfissung, interpretiert)” . Seria errno seeps ne ts Auéncias, as expectatvas, as obrigagdes sociais 2 que es. tio submetidos os juizes apenas sob o aspecto de um ameaga a sua independéncia”, Rssas infuéncias conten também uma parte de legitimagio” ¢ evitam « a * [sso nfo € contemplado na analise de Massing (Recht als Korrelat or ne As 7 nia interpretativa da Corte Constitucional, 0 aprerico po “ ae ise eum easy conser pela pinto publica “le t-pain, cm Pennings room al tatu om it CaegT ar prone a 5 ial, COM bunals do mesmo nivel, Com os tobunsis: roar aera a 0 a a aah an wT possibilidade de se verificar uma comunicagao mais autént en ntido de Luhmann € uma Ini de ser entendkds apenas em sentido formal, resulta ch pariciagio, it ed 31 trio” da interpretagaa juctieis to" A garantia da independén- ‘a dos juizes somente € tolerivel, porque outtas fun, Shee cual ¢ esters (pibliea pluraista (pturalitiche stents) ti terial para a lei (...Material Tem-se aqui uma derivagio da tese segundo a qual todos €stdo inseridos no processo de interpretacio constitucional ate mesmo aqueles que nao so diretameente por ela afetados. Quanto. tnals_ampla for, do ponto de vista objetivo © metodolégica, a interpretagho constiucional, mais aniple Hi ae See . ue delas_devam participa, E que se cuida de Constituicio enquinto processo piiblico (Verfassung as dtfentlichen Prozess)”" Diante da oBjeGao-de que a unvdade te Constituigio se perderia com a adogio desse entendimento, deve-se observar que as regras bisicas de interpretagio remetem ao(“conceno que resulta da conjugagio desses_dlferentes_imérpeeteda_Constiuigio. no exerccio de sus Ridges expecttens. A propsts atone ae cone Uitwigdo demonstra que no apenas o constitucionalsta partcine dese proceso de intetpretacao! A unidade da Constituigio™ tor unspent” ds parkpans, asd prena por pare dx fice ds dieses paicpantee Che apaetn sericea Esser, Vorverstiindnis und Methodentwahl, death, wl Methodermal, 199, p. 302 se Redcar Nechtswissenschal als Socilissenschaf, 1973, p. its Meee Vina ena ves ue fg end nc sic djs A nope Leclne aiciee casualidades” (Podlech, ASR 95 [1970], p. 185 0 propésito, tae Sif us ora tg)? WED CF 2 repent, Iso sige esting rc se Inxs tenn de eso ull € cme creas aoe judicial, Kaupen’ Raschorn, Die Juste fac Rap + Die Justic zwischen Obigkcitsstar und Demokrate, ” Cha pe 2969), p. 2735, Sito, minha contibuicdo “Ofentlichkeit und Veefassung, ZAP 16 CE, apropesito, Hesse, Grundig, p55, 28 32 sunge da conjugacio do provesso © das hinges de diferentes intéapretes. Aqui devem Ser cesenvoWVihas reflexoes sob a pers iva da Teoria dt Constituigio e da Teoria de Democracia 3. Legitimagao decorrente das reflexdes teorético-constitucionai Do ponto de vista teorético-constitucional, a legitimacio fundamental das fongas pluratistas da sociedacle para participar da interpretagio constitucional reside no fato de que essas Forgas representam um pedaco da publicidade e da realidade da Ci tituigo (ein Stiick Offentlichkeit und Wirklichkeit der Verfassung), niio podendo ser tomadas como fatos brutos, mas como) elementos que se colocam dentro do quadro da Constituiga integragio, pelo menos indireta, da “res publica” na intespretagio constitucional em geral € expressao € consequénera da onientagao constitucional aberta no campo de tensio do possivel, do real e do | necessirio (“in das Spannungsfeld des Méglichen, Wirklichen unc Notwendigen gestellten Verfassungsverstiindisses’y”. Uma Consti tui estrutura no apenas o Estado em sentido estrito, mas também a propria esfera piiblica (Offentlichkeit), dispondo sobre a organizacao cla propria sociedad e, diretamente, sobre setores di vida privada, néo pode tratar as forgas sociais € privadas como meros objetos. Hla deve integri-las ativamente enguanto sujeitos, Considerando a realidade ¢ a publicidade (Wirklichkeit und Offenulichkcit) estratutadas, nas quais © “povo” atua, inicialmente de forma difuisa, mas, a final, de maneira “concertada’, hid de se reconhecer que essas forcas, faticamente relevantes, io igual: mente importantes para a interpretagio constitucional. A prixis| atua aqui na legitimacéo da teoria € nJo a teoria na legitimagio ca CE, a proposita, P, Hibeste, 2 21 (1974) , p. 111 (121s), kdem, critic de Hartwick, Sazialstaatspestulat Und gesellschaftcher Status gti, 1970, in: Ack 100 (1925), 11.2 GB). 33 prixis, Como esas forgas compoem uma parte da realidade constitucional ¢ da publicidade (konstitutionelle Wirklichkeit und Offentlichkeit), tomam elas parte na interpretagio da realidade e da publicicladke da Constituigao! Blas participam desse processo até esmo quando sio Formalmente excluidas, como ocorre com os partidos que podem ter © seu funcionamento proibio por de- cisto da Cone Constitucional. Sao exatamente esses aspectos que exigem um esclarecimento sobre 0 contetido da Constituigho € influenciam o desenvolvimento de uma concep. liberal-democritica™ Limitar_a_hermene nalmente pelo Estado significaria_um_empobrecimento-ow-um autoengodo. De resto, um entendimento experimental da ciéncia do Direito Constitucional” como ciéncia de normas e da realidadle no pode renunciar a fantasia ¢ fora eriativa los intérpretes *niio corporativos” (*nicht-ztinfige” Interpreten) Constituigio é, nesse sentido, um espelho da publicidade ¢ dia realidade (Spiege! der Offentiichkeit und Wieklichkeit), Ela ngo é, porém, apenas o espelho. Bla &, se se permite uma metifora, a propria fonte de luz (Sie ist auch die Lichtquelle). Ela tem, portanto, uma funcéo diretiva eminente™ Uma questio especial refere-se 4 legitimagio da Ciéncia Cons- titucional, Bla tem uma funcdo catalisadora e, por traduzir ~ publicamente — a interpretagio metodicamente refletida ¢ simultaneamente, conformar a preparacio. dos intérpretes oficiais, atua de maneira singular em todos os campos da também aqui constitui exemplo a discusso do Parlamento alemio de 14/15, de Fevereiro 1974, Ela é apenas uma parte cs disetssio. constitcional, que, em. Fhuo dla confrontagao com alternativas radicals, envolveu todas os nels © tds ‘0s Ambitos da comunicade politics “Sere tentacle incoqporartteora cs Const o racionsmo eco em favor i uma sociedacke bert ex minha conte in AP 2 (1074), p, HM (1325) * Sobre esse conceit constitucional, ver Hesse, Die normative Kraft der Verfusting, 1959; ver, também, P. Haherle VUDSERL 30 (1972), p43 (56 8) 34 interpretagio. Como se deixa fundamentar ess peculiar legit magi? Com base no proprio art. 5°, II, da Let Fundamental (NT 6). Constituicio cnquanto objeto & (também) coisa da ciéncia, O JAmbito da cigncia deve scr considerado como elemento aurdnome integrade da comunidade politica Gemeinwescn). Nesse contexto, a sua autonomia ~ relativa — em face da Lei Fundamental é concebida descle 0 principio; ela se legitima menos de “fora” do que por meio de processos € mecanismos intemos de controle Constitui, porém, tarefa da Ciencia formular suas contnbuigies de forma acessivel, de modo que ela passa ser apreciada & esfera publica (Gtfentlichkeit). O conceito de teorka (Lehre) clo ar 52, II, da Lei Fundamental, desempenha um papel importante ele impoc a Cigncia do Direito Constitucional um clever de formagio, que ¢ realgado pela elfusula de fidelidade constirucional (Treueklausel) * (NT 7). 6NT6) Oat 54 I, ca Let Fundamental, assegura a Werdade seis, lem, a lbereade de pesquisa ea iberdade de ensino. © GE, apropésito, F. Kubler, Kommunikation und Verantwortung, 1973p. 385; ver, também, Luhmann, Selbststeucrung der Wissenschaft, in: Sozikygische AuiKbirung, 1970, p. 232 s. = A Associagio dos Professores de Direto Pubcn {Vereinigungs cer Deutschen Startsrechtslehrer) considera com “ponte instieuccnal para o saber € conseignei tennetionannsttucional de nossa gomunidde clemocritc Ehake, op ft ps 135. Para Popper, a objeivdade cietifia ni € prodate da imparcialidade do fientist, mas resthads do caviter socal © ptbliea do metodo cientiicn, A. limparcsdscle do clentists indiidualmente considerado, quando exstente, ni consti forte seni resutado. dessa objetividade cientfca social ot insitbcio» nalmente orginizada (Falsche Propheten, Die offene Gesellschaft und ihre Feinde vo IL, 1958, p. 270, © Todlavia, a formagio espectica do juiz constitucional nio configura presst posto de qualificasso, Ver, porém, a esigénela de "pecullar conhecimento de Direito Pablico” © de “experiéncin a vida poblica® constante de algumas lei lorginicas de Cortes Constitucionais dos Lander (vg. § 3, 1(D, da Let da Corte Comstitucional de Hamburgo) © § 3, @2) da Lei do Bundesvezfussungsgeriche Ver, ainda, nota 89, (NTT) O art 5° II, in fine, estahelece que a lberdxle de ensino nio disper Dobsersdincia do principio de fidelidadle constiucional (Die Preiheit der Lehr lemindet nicht von der Trete 2ue verfassung). Ver, a propesito, nota n° 5. 4, Reflexdes sobre a Teoria dh Demoeracia como Leg No Estado constitucional-democritico colocase, uma vez vais, ad questio da legitimago sob uma perspectiva demoer: tica (da Teoria de Democracia). A Ciéncia do Direito Consti- tucio: Ciencias da realicade, os cidaddos e os grupos em eral nao dispécm de uma legitimagio democratica para a inter: pretacdo da Constituica » ePSeATS estrito, Todavia, a demo- cracia ndo se desenvolve apenas no contexto de delegacao de responsabilidad formal do Povo para os érgios estatais (leg timagdo mediante eleicées)”, até o tiltimo intérprete formal- mente “compctente”, a Corte Constitucional”, Numa sociedade aberta, cla se desenvolve também por meio de formas refinadas de mediacao do processo ptiblico & pluralista da politica e da prixis cotidiana, especialmente mediante a realizacho dos Direktos Fundamentais (Grundrechtsverwirklichung), tema mui tas vezes referido sob a epigrate do “aspecto democritico” dos Dircitos Fundamentais", Democracia desenvolve-se mediante a controvérsia sobre altgmativas, sobre possibilidades e sobre necessidades da realidade © também © “concerto” cientifico sobre questées constitucionais, nas quais nio pode haver Vela, agora, sobre a questio, 0 julgado da Carre Constitucional de Bre. men a respeito da formagio académica do juista, N)W 1974, 2223 (2228 +), ct, também, BVerfGE 33, 125 (158) (decisio sobre médico espectalizado — Pacharzrentscheidung.; ver, a propésito, minha critica DVBL. 1972. p. 909 joup, vc Pesala de Bling (Das Preble der Richter! um Bundesvefasungspeicht, 1980) parte dessa concepso p. 935. (rms, deforma cferencila,p 115, Sobre a contravérsia, ef, de um lado, Hesse, Grundztige, p. 122 f P. Haberle, Die Wesensgehaltgarantie, p, 17 s,, ce outro, IL. Klein, Dic Grundrechte im demokratischen Staat,. 1971 critica, DOV 1974, 1529 5, Yer, 4 propésita, minha P. 3435), por ultimo, B-W. Bockenfirde NW 1974, 36 interrupgio € nas quais nfo existe © new deve existir diti gente “Povo” nao & apenas manifesta no dla da eleigdo € que, enquanto tal, confere legit midade democritica ao processo de decisio”. Povo € tambem um elemento pluralista para a interpretacio que se faz presente de forma legitimadora no process constitucional: como partido politico”, como opiniao cientifica, como grupo de interesse, como cidada0. A sua cofpeténcia objetiva pari a interpretagio constitucional € um dircito «a cidadania_no sentido do art, 33 da Lei Fundamental(NT 8), Dessa forma, os Direitos Fundamentais sdo. parte da base de legitimacao democritica para a interpretagio aberta tanto no que se refete 20 resultado, quanto no que, diz respeito ao citculo de participantes (Beteiligtenkreis)*. Na democracia liberal, 0 cidadao € intérprete da Constituigdo! Por essa razdo, tormam-se mais relevantes as cautclas adotadas com 9 objetivo de garancir tum referencial quantitativo que se comes" dis opines cents e poles” (cL, prop, Sehefld JUS 1972, T"[gp, © deve (e pole apens) etar a Wo. Jecanida “solkaiedade democrats” © Por isso, a questo relativa a Jegitimagio democtitica da jutisdigao no € esolvida, de forma definitiva, com a ampliagio do pracesso de eleigio de juizes (cL, & proposito, F. J. Sicker ZRP 1971, 145 5}. Sobre a rehagio entre demacracia ¢ independéncia do julz, er, também, Eichenberger, Die richterliche Unabhiingigkeit als staatsrechtliches Problem, 1960, p. 103s © Nesse ponto, concordase com 0 conceito de Leibholz sobre a doutrina do tado partdirio (Parteienstaatslehre) (Strukturprobleme der -modernen Demokratie, 3a. edigio. 1967, especialmente, p. 78 s):© povo somente se to#na capa, de articularse ede agir sob determinadas formas de organizagio, Tal constatagio nio legitima, porem, a idewrificagio do poo ¢ patios populares: ccomuinidade pluralist ¢ fortemente dliferencinds (NT 8) O art. $3, 1, da Lei Fundamental consagea a igualdade de direitos obrigagies do cielo alerio © Sobre interpretacio constitucional aberta, P, Habedle JZ 1971, 145 6 20 21 (1974). p. 111 (221.5): cf também, Schlaich, op. cit. p. 120, 37 a liberdade: a politica de garantia dos direitos fundamentais de cariter positive” da socie blico”” Isto ndo quer significar a “destronizacao” ou deposi¢io do Povo. Tal idéia correspond, todavia, a concepgio de soberania popular de Rousseau, que atribui ao Povo poderes equivalentes aos poderes divinos, Povo enquanto uma dimensio deter- minada (verfasste Gréisse) atua, universalmente, em diferentes niveis, por diferentes razdes € em diferentes formas, espe- cialmente mediante a cotidiana realizacio de direitos fanda- mentais. Ndo se deve esquecer que democracia é formada pela associacio de cidadios. Democricia € 0 “dominio do cidadao” Glerrschalt des Burgers), 130 do Povo, no sentido de Rous. scau. Nao haverd retorno a Rousseau. A democricia do cidadao € mais realista do que a democracit popular (Die Birger. demokratie ist realistischer als die Volks-Demokratie), A democracia do cidadio esté muito proxima da idéia que concebe a democracia a partir dos direitos fandamentais € ndo a partir da concepgio segundo a qual o Povo soberano limitase apenas a assumir o lugar do monarca. Essa perspectiva é una conseqiiéncia da relativizacio do conccito de Povo — termo sujeito a entendimentos equivocos — a partir da idéia de cidadio™! Liberdade fundamental (pluralismo)” © nao “o Povo” lade, vg., na estruturagio do setor econémico pt: © fh, a proposito, minha conferéncia (Koreferst) in: VVDSERL 30 (1972), p. 43s. (9s), Pluralismo deve ser organizado e conformado, For isso, deve ser superada a confrontagio entre “estratégias democriticas", que trazem em si 0 perigo da politizagdo toraitéria de todos 08 setores, ¢ 2s concepgbes restitivan que ppeetendem limitar a democracia a uma ideia resultante da vonteaposigho entre Sociedade e Estado (Hennis, Die missverstandene Demokratic, 1975), * Fortemente orientada pela idéia tricicional de "povo" revcla a tentaiva de foralecer a legitimacio democritica da jursigio metante utlizagso de perquloas cemoscoplcas, f. W, Uitke, Richteriche Rechtsanwendung und geselschaftiche: ‘Aufassungen, 1968, p. 45s. Contra uma crientagio assent na “wontade majorities 38 liberdade de opinigo, a constitucionalizagao- converte-se em ponto de referéncia pari Consticuigio dem cratica. Essa capitis diminutio da concepgav monarquica exacer hada dle povo situa-se sob o signo dla liberthide do eidadhio © do pluralismo. Portanto, existem muitas formas de legitimacio dene: critica, desde que se liberte de um modo de pensar linear ¢ "eruptivo” a respeito da concepgio tradicional de denier Aleanca-se uma parte significa da democracia dos exlulios (Bargertdemokratie) com o desenvolvimento interpretative «lis hormas constitucionais”. A possibilidade e a realidade de wnt Alo powo" com findamenta em reflexes teoxétco democratic, cf, tamhen F Stee ZH? Tsp. 8 Gabe), Cem ela ; pmo ‘Ducane, fewie it Zid Veen Sted ol (970, ps 18a ny mt 9. se 9a Ne Chimes) st al emai comb 2 "toon concep apcase tama frie denis ‘concen demectitics de Popper «si siege no contest dt de siencn © dy conhecimento mio porem ser atl sets. sobre tlmoctaly Die offene Geveechaft unl se Fein, ol 1 0987), spect theme p25, 1566, 1908, so) TICDSH), p57, 1595, 1858, 1975, 2995) Irigurse suienc a contac de que 0 conceto de circa defend pot Popper revelase pend de wma perpen Teoretcodemoctaticy, Me Concsto de demortoia plas, conan, ier, Paseo ma cist de posers at defi, pc ds med Init © ont Cemocrica por ek adoro, capecalmente quando dexenwoe ume eon de Gcmocracin contra os daginar“elsncos” dh sobernia pope. RECs © acapges de Popper na cuss sobre denocrac sob et Fondren Bon fs reds de forme mak meses inet, pits islets sobre a prognosis Comunista (RED ~ Yer 5). proces of etl and error cL Talmon) ¢p. 138), “permonentes © recptocos controle © eta como a melhor garatia pars uma hr pti Craven) fost” py 135), Aurelie formas de pensar Set peregoadasereclamam melhor no contest Je at exorg Comin iivel cp. 197), A recente conespeao segundo x qual w desenvoinent Iistoreo ¢ determina por uma cinnkade cetcamenteeecoahect (p) TOT), “compromiss socal” (p. 198), “thera” cs onde [odes (p. 20) 39 lwre discussio do individuo e de grupos “sobre” ¢ “sob” as hoFMas constituCiOnais c Os efeitos plurilistas sobre elas em. prestam i atividade de interpretagio um carter multifacctado (Acentue-se que esse processo livre esté sempre submetido ameaga © que também a nossa ordem liberal-clemocritica apresenta déficit em relacao 10 modelo ideal). Teoria de De- mocricia © Teoria de Interpretagdo” tornam-se conseqtiéncia dla Teoria da Ciéneta, A sociedad € livre e aberta na medida sue se amplia 0 circulo dos intérpretes da Constituicéo em sentido lato, cava consstécin ronal de tds também 12,115 125: fomacto de ain pub peng B20 proceso de fmacio de opin ede vemalelies sete Da kena Simson, WDSIRL29 (107, p30), Din lem, ps) eee omgerbarkei ind eorerbareit lem, in Neumiblng ecg eae {m8 210 parm a cbteno. do dso), Nao € eek cee ag hovament o principio da faiiagto de Popper ial ant coor ee ad retin,» sun permanente poser, Wie Fe ae oe ea humile "pecmel ol engin apa et ogi scien do plancameano gba sus cents einen ‘perimental de pi, Sud dees prs una reo wena ee su areca en fiver ch paca de tkrana€ steno una soda sera enquno‘icon eerie. os cede eee Merentes iis itereses gaat ihe de etn tee ssi, em favor da bride to 6% human dean sepa ipotnch sede "Tech No wal, sates ee ae oe ckscnvolrr 4 teria dh cnc de Poppet de uns pean tempo, na eos norma e Intrprctate Ch sence Contigo R99 (904) pbs Hash VoNer a fetes de Bist 30 tela de “ttanterne’ de Poppen Xnerindns p11 sgn cio urgent des fap ¢ ae 205 [215] = NJ 1975, 582583), * 921975 We 1975, I opinies politicas” (p. 206). Ver, 40 TV. CONSEQUENCIAS PARA A HERMENEUTICA CONSTITUCIONAL JURIDICA 1. Relativizacao da interpretacio juridica — novo entendimento de suas tarefas, As reflexdes desenvolvicdas levam a uma relativizagio da hermenéutica constitucional juridl st relativizaci Se nas seguintes ruzdes. 1, © juiz constitucional ja constitucional, de forma isolada: muitos processo; as formas de participagto ampliamse acentua damente; 2. Na posicio que antecede a interpretacio constitu cional “juridica” dos juizes (im Vorfeld” juristischer Verfassungsinterpretation der Richter), sia. muitos os inter Pretes, ou, melhor dizendo, todas as forgas pluralistas Publicas s4o, potencialmente, intérpretes da Constituicio, O conceito de “participante do processo constitucional” (am Verfassungsprozess Beteiligte) relativiza-se na medida que se amplia 0 circulo daqueles que, efetivamente, tomam parte na interpretacio constitucional. A esfera publica pluralis. ta (die pluralistische Offentlichkeit) desenvolve forca norma tizadora (normierende Kraft). Posteriormente, a Corte Cons titucional haveri de interpretar a Constituiciy em cor respondéncia com a sua atualizacio publica: vio interpreta, no proceso 10 0s participantes do 41 3. Muitos problemas ¢ diversas questoes referentes: Constituicio material nao chegam 2 Corte Con por falta de competéncia especifica da propria Corte, seja pela falta de iniciativa de eventuais interessados. Assim, a Consti: my interpretucio constituei parte do ult, Consideremse. 38 dspesigoer dos, regione tos parlamentares! Os participantes do processo de interpre- tagio constitucional em sentido amplo ¢ os intéxpretes. d Constituigio desenvolvem, autonomamente, dircito constitu: cional material. Vé-se, pois, que 0 processo constitucional formal nao é a tiniea 50 a ss pretagio i a via de acesso ao processo cl process cle interpretac’ onstitucional stitucional, seja Colocado no tempo, o proceso de interpretacio constitu- ional € infinito, © constitucionalista & apenas um mediador Cischentigen © resultado de sua interpretago esté s netido reserva da consisténcia (Vorbehalt Bewaung, devendo. cla, no. caso singulan most, adequada © apta a fornecer justificativas diversas v variadas” ou, ainda, submeter-se a vas rucionais. © process mediante alternativas 1 < (© constitucional deve ser ampliado para além do processo constitucional concreto™.'O. fio de interpretagio normativa_amplia-se gragas’ 40s intérpretes cla Constituigao da sociedade aberta”, Eles sio 0s participantes fundamentais no processo de “trial and error", de A jug consti esr sforase pun, mest viiagin de ober org in des pat 3 en rep nas ra sitet ain pein een, ( Popaty, pa de te Const, Kl, PSAPs IT, p21 nade epg) ® “Expressio utilizada por Habermas, Legit ere or Habermas, Legitimationsprobleme im Spitkapitlsmas, st ia fsa coco eal nos cones de_“precompreensts (arverstndnis) ede “péscompreensio® (Nachverstindhs), ” Haberie ZP 21 0974), p- 111 C266). las omens Pitas tambem de poste MAS MO aPonen ep 2 descoberta ¢ de obtengio do dircito”. A sociedade forniese Aberta e livre, porque todos esto potencial ¢ atualmente aptos ft oferecer alternativas para a interpretacio constitucional, interpretagdo constitucional juridica tracluz (apensis) a plurt lidade da esfera publica € da realidade (die pluralistise te Offentlichkeie und Wirklichkeit), as necessidcles © as post pilidades da comunidade, que constam do texto, que ante cedem os textos constitucionais ou subjazem at eles, A teorks cht interpretagdo tem a tendéncia de superestimar sempre o significado do texto” "Assim como 0 processo de interpretagiio constitucional se afigura disciplinado e disciplinador pela utilizacio de métodos “juridicos”, assim também se afiguram vaiados © clifusos os eventos que precedem a esse processo: rekativamente racionas se afiguram 08 processos Iegislativos, clescle que se trate de interpretagio da Constituicio. E isto se df freqiientemente; também a Adiinistragzo cnquanto Administragio “interpretativa do bem-estar (interpretierencle(Gemeinwoht-) Venwaltung)” ope ma de forma racional; outras formas de atuagio estatal devem ser considerdas. A forma de participagio da opiniaio publica esti Tonge de ser onganizada ou disciplinada, Aqui reside uma parte da garintia de sua abertura © espontaneidade. Nio obstante, 0s princfpios © métodlos de interpretagiio constitucional preservim 0 Seu significaclo, exercendo, porém, uma nova funcio: cles so 0s “fitros” sobre os quais a forca normatizadora da. publicidade > cha propesito, Esser, Ververstindnis, p25, 151s > Gf, também, sobre a problemstica do texto enquanth limite eonsticacional, Hesse, FS fe Scheuner, p. 123 (139s). Sobre 9 pou “igificado da expressio literal para coneretizgio dos dirctos fundaments, GS fur imboden, 1972, p- 191s Ch, a propasita, mew “Ol, Interesse," p. 475 s., 67 85 Ossenbahl ADK 9 (1967), pL Ver, também, discussio do pleno do Superior Tbunal de fast 2.1992, 655 s:), hem como de Tribunal Superior Administrativo QZ, 1972, 204 5) (Bachaf J2 1973, 64s, © 208 s,; Ossenbthl DOV 1972, 401 5 Erichsen Ver 387 5, Ballinger NJ 1974, 769). hon vende Kraft der Offenlichkeit)” atua e ganha confor. Inacio. Bes disciplinam ¢ canalizam as mittiplas formas de nfluéncia dos diferentes participantes do proceso, 2. Dimensio Intensidade do ns si controle judicial — Diferenciacio em face da medida de par ipacto som ee eat 7 interpretucio constitucional que _pretenda Tne Bah num mesmo context, a questio dos abjetvos e meé Jaales de interpreticio © a questio referente aos panicipantes dt nterpretacio constitucional ha de tirar conseqiiéncia dessa sit Gio part 0 métoclo da hermenéutica constitucional. Algumas Possiveis conseqiiéncias devem ser en iqui em forma de is ias deve las oes Ser enunciadlas aq ma d Uma Corte Constituciona ate fer leindade de ntexpcaga ce wate One He oe Icatimidade rpreeaglo cle outro Ong, deve's var eres mets, tendo em vista ceiuienis ce for cee erbreagio submeta a sua apreciagio®. Io J Finca Pate, superficalmente, de uma perspectivajurcico- Tacoma: os trbunais devem ser extremamente cautelosos. na ico da Iegitimidade das devises do legislador democritico”. Chto a tone 260 6: po imo, vg, 38,20) Gao eae 311 (124s); 51,29 @425), 3,179 ODD), emgerd, oa me ee 304 6; 419, ote Sin 386 3 > ota 3, $58 8, 5728) BAB oe asa hee ‘Wortenberger (nota. 93), p, 36 (39 s,). 888 88 bem como in © Semethante contest € rested por G wo Si SR Pr Gelman andesetsingseich idesverfssungsgeriche’ estahelece titerenciada, deperendo de queen ed 22.8) ede quem tenha de Ihe confer orte Constitucional in: ASR. 95 a min te ph hana honme abe ite a norma (Cf, a propésito, espectalmente : contetxho. (p. 149 8), : "e © Difereniteme leis pis constinion ki ntememe chs leis pe ie I constiicicnais, 45 kis Asim cla eel no so um eee a sum teatamento proses ré-constitucionas ional do legistador literenciad (ef, Art “4 © mesmo raciocinio se aplica a aferigao: dha legitimidade do direito estadual pela Corte Constitucional’. No desenvolviments dessa Orientaclo algumas consicieragoes clever ser feitas: existen leis — a lei sobre ensino superior (Hochschulgesct7), 3s reformas do Cédigo Penal, como aquelat referente ao § 218, que des criminalizava parcialmente o aborto, a Ici que disciplina o fun Gonamento do comércio (Lacenschlussgeset) —, que esper tam grande interesse ma opiniio publica, Esses leis pro vocam discusses permanentes € sio aprovatlas com apart! 10 ¢ sob 0 controle rigoroso da opinidio publica pluralista, Av cxaminar essas leis, a Corte Constitucional deveria levar em conta a peculiar legitimacio democritica que as ora, decorrente cht P dlc intimeros segmentos no processo demoeritien de interpretacio constitucional (am demokratischen Prozess der Verfissungsausiegung). Em relagio aquelas leis menos polemics, isso poderia significar que elas no devem ser subbmeticas a um controle tio nigoroso, tal como se Ui per tam pouca atengio, porque sie aparentemente desinteressia tes (W. g. normas técnicas) ou com aquelas regulagdes que jd " com as leis que dk tam esquecidas Peculiar reflexio demandam as leis que provocam pro- fundas controvérsias no seio da comunidade, Considere-se © “consenso constitucional” (Verfassungskonsens) a respeito do § 218 do Cédigo Penal ou em relacio a algumas disposighes da let sobre ensino superior, ou, ainda, relativamente 4 lei sobre co gest. paritdria (paricitische Mithestimmung). Nesses casos, deve a Corte exercer unt controle rigoroso, utilizando gene rosamente a possibilidade de concessio de liminar (§ 32 da Lei 100 LE), como tambéin exigem um cxame mals rigoroso quanto a0 seu con rewlo. © CF, a propésito, Bhinke VDSIRL 20. (1963), p. 58 5. (753; Klumpp, Landesteche vor Bundesgerichten im Bundesstaat des GG. 1969, p. 179.9. Pas 9 tics eivista (outta) 34.260 281.) felugio entre Corte Gonstitucional ¢ a 4 Superior Tribunal de lustica (AGH), ver RVer 4s (lo Bundesverfassungsgericht)” (CE, a Propdsito, infra n° 3). fluc. no caso de uma profunda divisio da opinide pliblica, cabe 0 Tribunal a tarefu de zelar paca que se nao perea 0 minima indispensdvel da funcao integrativa da Cor tituicao, Ademais, a Come Constitucional deve contiolar participaco leal (faire Beteitigung) dos diferentes Bhupos na interpretaco da Constituigho, de forma que, na sua devi 10, Se leven em conta, interpretativamente, os interesses daqueles que nao. ‘icipam do. processo (interesses nao representadas au nao representiveis)"* Consicerem-se algumas questaes como aquelas relacionadas com a defesa do consumictor ou a defest do meloambiente, Aqui segundo a terminologia manifestam-se os “imeeresses priblicos” ou, de Mabermas™ (82), os interesses aptos a serem ‘eneralizados (rerallgemeinerungstihigen intcressen) Lim minus dle efetiva participagao deve levar a um plus de Controle constitucional, A intensidade do controle de constitucio- nalidade hi de variar segundo as pussives forms de Participagao, 3. Conseqiéncias para a conformacio e utilizagao do direito processual constitucional Para a conformagio e a aplic: io do direito progessual resultam conseqiiéncias espect lais. Os instrumentos cle informa- © Profundo dissenso, tinucional’, evelase « io da proteso judicial Ein azo do ores te ed cea ee plaifcadorse caneamacora do Baca na Peo: patepanae ett mo por mio de um contsk a postenen ey mediante a rocedimentos présios (Vorverfiren) (D, Habee 5%) 125 5); Schmit Glaeser WDSIRL st chserincia do processo "comet! ra ‘lve ser couminacla pelen Tibunats Git, especialmente, 153 5 bermas, op ° — nfo apesar, mas ent nize aa Gio dos juizes constitucionais® — nfo apesar, m mio PaO 4 evel pliadlos © aperfeigniudos, 6 Tei —devem ser ampl propria vinculagao & : ad SS c se refere as formas grachativa sspecialmente no que se re rach ele an a pao e i proprt pessilidade dle paretpacio'" (3) " como constitucional” (especialmente nas audiéneias © 0 ‘Organica do. Bundeswerfsssunesgricht (BVeHG), ro apt Cone Constitucional de assegurat a érgios e instituighes © ‘incite de late {G22 59531, 305 (U7 sab ow? 4 30,22 G36 Tens sin in ’ Se 4 participagio do Parlamento Federal (ou de sua interferemse © se sobrepdem aqui de forma evidente. (um 0 ing eb Recta a inter wa Schann (Soziasaton “nd. Leptin Siete, Zur Beker fs Resi hie te alte oe are ekt eq acronis itha do, ideram a oracle © 9 weve Rechtstheor da interac 47 imtervengdes"). Devem ser desenvolvidis novas formas de participacio das poténcias publicas pluralistas enquanto intér- pretes em sentido amplo cla Constituigdo. O direito processual constitucional torna-se parte do direito de participagdo demo- crdtica, A interpretacio constitucional realizada pelos juizes pode-se tornar, correspandentemente, mais ekistica © amplia- tiva™ sem que se ceva ou possa chegar a uma ilentidade de posiges com a interpretagio do legislador. Igualmente flexivel ha de scr a aplicacio clo direito processual constitucional pela Corte Constitucional, tendo em vista a questo juridico-material as partes materiaimente afetadas (atingidos). A intima relacio contextual existente entre Constituicdo material e direito consti- tucional processual faz-se evidente também aqui”. «agit comunicativy concebida dle forma racional burocnitca em tina Constituiglo dla sociedade”. Talvez, oferegi-se, no processo constitucional, mais do. que em fobtras serores, a oportunidace de se obter unit comuinicigle nin dstorcida no sentido de Habermas (ef, tambem, BachoF ep. ait, shes, nts 47), Existe uma relagio contextual entre os instrumentos de investigagao ¢ de prognese 8 disposigio da Corte Constitucional e a intensidade de aplicagio do pariimeteo juricormaterial por ele estabelecidas enquuanta as novas leis instituidoras de tefarmas cconémicas (especialmente naguelas leis de conjuntoray temse aplicade um criteria de adequacin (Geejgnetheity ext: nimente benevolente (BVerfGE 29, 402 (410 5); 36, 66 CI), procurot © ‘Tribunal, na decisio sabre a limitazso de farmcias (ApotheKenurted) (E 7, 377 8 [= 14 1958, 472 s.)), adlotar Investigacio © prognose ealcadas em dads cempiricos bem fundamentadas (of Philippi, Tatsachenfeststelungen les LVerf6, 1971, p. 37 5). Isto the permitin estabelecer parimettos jurckeo. nates mais rigoroscs © haa proposito, minha contribuigie ins Wz 1973, 451s, 1 mesmo sentido, “Zack 12.1974, 360 (364). Impostante Foi a presersigao da class que permite 0 ‘exereicio do cargo de Juiz da Corte Constitucional por professores universtarios 48 3,1N, da Lei do Bunctesvertissungspericht) 48 10 dit atividaade jurisdictional cht Indubitavelmente, a expans Corte Constitucional significa uma restrigio do espace de inter pretacdo do legislador”. Em resumo, unit Stima conform legislativa ¢ o refinamento interpretative clo direite constiticio nal processtial constituem as condigdes biisicas para asseguurar pretendlicla legitimagao da jurisdigio constitucional no context de uma teoria de Demoeraci * A questio sobre © dever dliferenciade do legislator dle fundamentar¢ produzir 0 material necessirio deve set repensada. Também aqu tem-se un fontexto ainda nao plenamente diferenciado entre © direito parlamentar © 6 drei constitucional processtial 4” V. NOVAS INDAGACOES PARA A TEORIA CONSTITUCIONAL 1. Sobre a existéncia de diferentes objetivos € utilizagio de diversos métodos de interpretacto Da associacio das questées sobre objetivos, métodos © participantes dla interpretagio constitucional resulta novas indagacGes nfo apenas para a jurisdi¢ao constitucional ¢ scus metodos, mas também para a teoria constitucional que deles se ocup: J se referiu & possivel objegio relativa ao fato de a “is solugio”(Auflésung) da interpretagdo constitucional ni converter, sem tenses, em uma teOria constitucional que bus a produgdo do consenso ¢ a obtengao da unidade politica como fim do processo constitucional ¢ do prdprio proceso politico”. Essa teoria constitucional nao deve ser, todavia, simplificada ¢ (mal-) entendida como uma concepcio simples mente harmonizadora, Consenso resulta de conflitas © com Promissos entre participantes que sustentam diferentes opi nides ¢ defendem os proprios interesses, Dircito Constitucio nal €, assim, um direito de conflito © compromisso (Konflikt und Kompromissrecht). Afigurase evidente que requerentes € requeridos perseguem objetivos diversos no processo cons titucional ¢, por isso, ho de eleger métodos diferenciados de ” Of Hesse, Grundatige, 5 s.,p 28 st interpretacin, procurando abrigar © contexido da controvérsia dentro desses diferentes madclos ou métodos. © mesmo s aplica a representantes de diferentes interesses em hearings perante Comissdes do Parlamento. Isso vale, igualmente, para 0s partidos majoritérios € para a oposi¢to no proceso parla- mentar. Nesse panto, existem similaridades entre © processo constitucional e o direito parlamentar. Disso resultam repercussdes dos principios ce herme- néutica de carter juridico-funcional para a interpretacd titucional material (materielle Verfassungsinterpretation)”. Elas clevem ser mais fortemente discutidas do que vinham sendo até enti, em consondncia com as repercussdes dos pressupostos processuais sobre a interpretacao material da Constituicao”. O Direito Constitucional material — vivido ~ surge de um nimero enorme de fungSes “corretamente” exerciclas: aquelas desem- penhadas pelo lekistador, pelo juiz constitucional, pela opinito publica, pelo cidadao, mas também pelo Governo © pela oposicio, Essa reflexio sobre a interpretacdo constitucional de- monstra que, de uma perspectiva funcional-processual, corre- lo funcional da interpretagio constitucional leva praticamente a uma diversidade da interpretagio constitucional, A inter pretacio correta depende, pois, de cacla dmgdo, do procedi- mento adotado, de sua funcao e de suas qualificagbes. * Sobre a democracia parlamentar como uma “teansposici sobre 9 processo judicial para o process politica da legislagio"; Kricle YWDStRL, 29 ISTH), p. 46 (5). Corretamente, cogita Ehmke (VYDSIRL 20 (1963), p. $3 (73) de um contesto Inuissoctavel de_principios muteriais © processus de interpretaglo. Ver, tambem, p. 76: bilateralidade (Doppelvetigher. Ct, « propesita, P. Haber, Zeit und Vexfassung, 24° 21 (1974), p. 111 (8 sysidem, JZ 1975, 451 (452.6); DYBL 1973, 288s 32 2, Funcdes da teoria constitucional F, ainda que de for ichnigkeit der a questa E legitimo indagar se se poderia cogita r mma relatvizada, dle uma interpretagio corer Islegung), Para a tcoria constitucional, colocise fedeneatl sobre a possibilidade de vincular normativamente & diferentes forcas politicas, isto, de apresentarthes “bons métodos de interpretagio. - . Dewe'sc indagar sobre a amplitude que se hi de emprestar cieeulo de interlocutores da cloutrina constiucional, que, sexundo 6 seu proprio entenclimento, atuou, até aor’, como enti conselheira, como “partner” da discussiio € do consenso cla Corte Constitucional - ; cons identemente, a resposta a essa indagagio també "0 ria produzir conseqiiéncias para a conformagio clo proce constitucional ‘sem david, uma fixagio exclusiva na jurisd 7 superaca. B possivel cogitar de uma opinigto pionein, na qual a Goutrina constitucional integce também a teoria du legislagio, isto é, seja admitida como uma intcrlocutora do legislador ‘A relevancia da questao sobre os diferentes objetivos © métodos dos diferentes participants demonstrasse com bise tem alguns exemplos: a “preferred-freecoms-doctrine™” ¢ 0 pos: tulado da “seif-restraint” aplicamse tlo-somente 2 jurisdicio ¢ no a legislagio, Nesse aspecto, 0 problema ja fo! contemplado por Hesse ¢ Ehmke: se a interpretagio constitucional est sub metida ao principio da “corregdo funcional’, entdo o Grkio dvs interpreta com base em uma competéncia especifica cleve fare n pode: © Sobre a Teoria da Legislcio: P. Haberl, in: Th, Wurtenberget

You might also like