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CURSO DE CORTE &COSTURA pagina 06 Editores: Domingo Aleugaray (Catia Alzugaray Dirotor de Redagso: Jose Victorino Autor: Gil Brando. Diresio de Arte: Francisco Jose da Siva Projeto Grifico: Teco Guerreiro Rodrigues Circulagse: regorio Franga ‘Sorvigos Editorials: Estidio Fotogréfica: Antonio Rui (fotografia), Raynat do Zoéga Filho (produeSo}, Odemil Soute Romo (la boratoristal. Sdnia Maria Péal (secretana). Coordena- so Gréfice: Wilma Santi. Revise: Antonio de Al- ‘meida Maia (chete}, Banedito Egydio dos Santos Ne- to. Carlos Alberto Recrigues da Fonseca, Elci Delon do Silva. Herctia Maria Conti, José Renato Porcica Passos, Maria Aparecida da S. Oliveira, Marcos Emilio. Gomes, Nictia Furquim de Almeida, Oswaldo da Ro- cha Diniz Filho, Previz Rodrigues Looes. Promocia: Alexandre Toribio (diretor), Isabel Helena Daver (reda- ‘oral, José Pereira da Godoy (produter!, Amanido dos Santos lerte-finalista), Rosana de Aragjo Cinura (secre aria) Responsével: Catia Aleugaray Curso de Corte & Costura Gil Brandéo ¢ uma puibicago Trés Lives © Fesclculos Lids. Re- 2¢to, Administagdo © Publicidade, wa Wiliam Speers, 1,000, fone: 260.0633, Cana Postal 223, Sto Paulo, SP, CEP 05065, Endarago Telagrafico: EDITRES. Os nimeros atrasados devem ser padites Giretamente & Editora Tris Lida. Caoa Postal 223, ‘Sto Paulo, SP. CEP 01000. DistibuigSo exclusiva om todo 0 Brasil: Femando Chinaglia Distibuidora S.A. tua Teodoro da Siva, 907, fone: 268.9112, Rio de Janeiro, Ru. Regisvo n® 431525, de 12/08/83, no 3 Centrio, de acordo com a Lei de Imprensa Composicio. fotalites, impress8o © acabamento; Ci- ‘cinas Gréficas do Grupo de Comwnicacdo Tits, ua Engenhsiro Fox, 138, CEP 05069, S80 Paulo, SP. pagina 07 seu espaco de trabalho, o universo seu mundo de criagao. Sim, porque conhego poucas culturas universais com tal versatilidade e dimensao, E Gil néo faz por menos. Achou pouco o portugués para expandir seus conhecimentos: recorreu ao inglés, ao francés e, as vezes, se permitirem, ele avanga pelo wniversalez, 0 consumez até atingir os pontos que sua insacidvel sede de saber alcance. Nao tivesse ele passado com honra e louvores por duas faculdades importantes: medicina e arquitetura. E achou pouco, enveredou pelos caminhos da forma anatOmica e desvendou o mundo encantado da vestimenta, grito eloqiiente da cultura, j4 que seu testemunho (o da moda) pode situar uma ¢poca, seus costumes e até mesmo o seu nivel de riquezas ou (quem sabe?) de misérias. Gil ¢ tudo isso e mais 0 ser humano muito rico de calor, confianga na vida, otimismo, carinho e respeito pelo semelhante. Gosta-se dele e nao € a toa. Sabe viver, vive e deixa que os outros vivam como querem e¢ gostam. Entretanto, cuidado: Gil Brandéo é um misterioso duende que conhece todos — absolutamente todos — os segredos do corpo e da alma humanos: com ele, bobeou, dangou. Ele sabe das coisas. Edna Savaget Prccsrace sua terra natal, o Rio ‘enquante os costureiros se estiolavam em ideias jovem que chega a ultrapassadas. Eles foram ‘adolescencia ¢ comega a pensar desapareeendo ans pouces ov, em qual camino profissional a —_ pelo menos, perdendo seguir dificilmente escolhe a opularidade, enquanto os noves Stividade do corte e da costura. _estilistas surgiam com uma fora Para elas, que ja se encontram na cada vez maior, apoiados era da emancipacio ou da principalmente "pela imprenss, Iiberacdo da mulher, tal o¢upagio que passou a dedicar um espago inda esti ligada 4 idéia de ada vez mais amplo & moda subjugasdo da mulher ao-homem — nacional. Nos dias de hoje. © por obrigi-la & permanéncia no enguianto # nossa chamads alta lar, empenhada num trabalho Costura conta com raros nornes.& eminentemente doméstico, confesgio pode mostra Mesmo quando a mulher humerosas etiquetas, muitas de costurava para fora — como se excelente qualidade — dicia—com 0 intuito de auxiliar as principalmente no tocante a finaneas da casa, a atividade corfecgio masculina — no #6 n0 continuava a ser considerada Rio como em Sia Paulo. doméstica, Oprét-d-porter” ous Recentemente, 0 “prét-i-porer” confecgaa, isto é, a roupa brasileiro tem-se expandido de tl comprada pronla para Vestit, era — maneira que suas talzes ji estiose estas titimas décadas de stculo XX, a praticamente inexistente até’ estendendo até Nordeste © 0 metade deste seculo, Havia xtreme Sul do Pas, pouguissimas fabricas de Conteceso, a mio-de-obra muita vezesy cspecializada tinha pouca nossa confecro dina Solicitagdo e as coslureiras 1 desejar em materi de cee beth erect ee qualidade e & feeqiientemente veerae Saad de copie . var cae jexcuradamente 4 moda europea ed aoa ndo podemes, em si consent Semen @ pungrama cust os nossos confeccioisat poucos profissionais da alta Ey irae eats Tas nossos estlistas © modest 2 Fost : stura (ha medida em que Se ee Pademos chamar de alta costura. Contam os pretendentes 4 = ArmemTEAuG cme DESO aco Europ os sl know-how que seria desejivel. Unie: eles dependem apenasdo a Seria desejavel préprio talento, criatividade ¢ possuirem, confeccionavam para OTe eee eae as mulheres da sociedade mais saute secede mus Tomine principiaram realmente a tomado grande impulso — fentir que perdiam terreno gosos tecidos, de algo podem-se incluir para as primeiras Confecodes que comegavam a surgir timidamente, para depois se multiplicarem entre o melhores do mundo — a indistia de aviamentes de catia, definitivamente no final clementos indispensives dos anos sesenia ¢ no ‘40 born resultado Principio dos anos da confecea Seven lafiencadas eee pile “Boom” do “pret incipicnte, quase seme 8 : scassa em variedude¢ anieular do frances © freqilentemente de ni eonfcecdes divulgaram idéi enna novas, impulsionadas pela Tiberdade que’o movimento hippie trouxe moda, © impedindo que as tba iniciantes, sem muito capital, se aparelhem convenientemente para enfrentar um mercado ja grandemente competitive, Em ‘quarto lugar, “last but not the least”, 0 grave problema da mao- de-obra que, se no € por demais eseassa, € por demais de mi qualidade. E esta a maior dor de Sabesa que allige a confecgio nacional: a absoluta falta de formagio profissional, em qualquer sentido, da. mao-de-obra especializada na indistria do vestudria, 5 nosso cursos profissionalizantes no setor sio primérios ¢ imsuficientes. A nossa literatura sobre a moda € 0 vesiuaria, sob seus miiltiplos aspectos,inexiste, O que existe, sim, e com muita forga, € um enorme preconceite a tude que diga respeito & moda, por ser um assunto frivolo¢ superficial, ou a0 conte ¢ a costura por ser uma profissio de menor estatura. Nada ‘mais errado. A moda, em scus \alrios aspectos, socials, religiosos, psicoldgicos, sexuais, econdmicos ou politicos, ¢ um objeto de estudo extremamente sério, jd que @ homem & um animal que se veste € 0 ato de vestir-se € umadas manifestagdes mais importantes do seu comportamento social. Eo corte © a costura, nesta transi da roupa,de um produto artesanal para um produto industrial, ganharam uma dimensio que ox elevou a um nivel erative € allamente eompensador. om esta obra, tendemos apenas jornecer todos os elementos bésicos da estrutura de uma roupa — 0 corte = como as informagdes para a montagem estes elementos — a costura - ndo 56 para os interessados no assunte como uma atividade domestica e amadora, como lambém para aqueles que © encaram como uma atividade profisional. Como informecao cultural complementar, comentaremos fatos sobre historia da mods, sent prescupagia de ordem eronoldgica, uma vez que tais fatos apenas contribuirdo pars uma melhor compreensio do atual fenémeno da moda, facil concluir que 0 resultado satisfatério da execugic jeuma roupa depende de um binémie: bom. corte ¢ bow, ‘costura, Quando um destes fatores Falha, o resultado falhard também, De nada servird um corte perfeito, se a costura é malfeita, as montagens defeituesas ou avabamentos negligentes. Faltars a0 seu trabalho aquele aspecto cuidado, resultante das maos habilidosas das costurciras competentes das grandes atelies. depende dé um cero raciocinio € uma boa dose de talento para reduzir a. wm plano aguilo que iri envolver um corpo em trés dimensoes, jd costura exige apenas pacién minucia e habilidade manual Mas, niio pense com isso. que ¢ corte ¢ a eestura so atividades complicadas (a menos que voce ndo gosie nem s¢ interesse por elas). Exigem pritica, é verdade, mas esta pritica vird naturalmente ¢ fard com que 0s primeiros trabalhos paregam ficeis medida que vocé vai adquirindo mais experiéneia. 5 ligdes contidas nestes fasciculos darfo a voce jinformacdes sobre todas as Teenjeas € todos os truques que fardio da sua costura um trabalho perieito e irrepreensivel. Aprenda o.corte basico de todos 03 tpos de € 0 corte perfeito roupa € de eomo empregi-lo para abter 0 modelo desejado, Aprenda a tirar 0 melhor paride das possibilidades de um tecido, 3 usar bem o ferro de passar, a fazer ‘os mais variados tipos de bolso.a, enfim, utilizar todos os trugucs ¢ Wécnicas, que podem parecer de menor importancia, mas. no imprescindiveis para um trabalho de boa qualidade, (es de terminar, uma Ikima observacde, Este nosso curso no tem nenhum compromisso com % moda Ou os medismos, mas sim com a estrutura da roupa dos nossas dias. Se alguns cortes ou modelos podem parecer fora de moda, isto ¢ inelevante. O que interessa realmente & que voe’ se familiarize com todos 0s tipos de corte € saiba adapti-los as flutuagdes da mods. Assim, poss, a0 chegar 4 ultima lilo, 0 resto dependeri de voré: da sua aplicagio, da sua criatividade e do COMO TIRAR AS MEDIDAS mes de tudo, queremos informar que, através das nossas ligGes, pro- ‘curaremos ensinar a mancira mais clara, Objeliva ¢ completa de como cortar ¢ costu- far, O corte dependerd da maior ou menor facilidade com que aprenda estas ligdese a costura es- tard condicionada ao trabalho ¢ & experiéneia, que sio, no final de constas, os melhores mesires. ‘Nido queremas que s¢ preocupe com 0 fato de que nao tem jeito nem conhecimentos ou pritica do ascunto. A exigéncia € uma s6: gostar ¢ qucrer aprender, pois cor- tar ¢ costurar bem se bascia num pequeno tridngulo, em cujos vérti- ces estio o trabalho perseverante, © gosto pela costura e, finalmente, um pouco de imaginagao. Nesta primeira ligdo, abordare= mos o problema das medidas, ponto de grande importan: pois € do cuidado cam que elas sio to- madas que depende a facilidade e & rapide da prova de uma roupa. Sendo assim, ensinaremos quis as medidas necessirias para o corte de um molde ¢ a maneira ade- quada com que estas medidas de- vem ser tomadas, Neste momento, ‘@ pessoa de quem se tiram us me- didas deve se livrar das roupas pe- sadas ou largas com que. esti ves- tida, ficande de preferéncia em trajes intimos. Nesta impossibili- dade, vestidos leves ou roupas jus- las a@ corpo, tipo “eollant™, ndo prejudicam a tomada das medidas, ‘Tais precaugdes também se apli- cam is criangas © aos homens. Existem dois tipos principais de medidas: Siio aquelas necessirias para 0 tragado dos moldes bisicos. Elas s¢ referem as medidas anatémicus, ou seja, do seu corpo, e, por conse: giiéncia, sua vontade nao interfere elas, Elas sio 0 que sio, a menos que vocé engorde ou emagrega. IL. Medidas Complementares So aquelas de que voce precisa para transformar os moldes basi- cas no modelo desejade, Referem- se agora aos detalhes do mo- delos, tais como folgas a serem da- das na roupa, largura de gola, ta- manho de bolsos, largura de pu- nho, comprimento de casaco ou de blusa e assim por diante. Aqui, portanto, a sua vontade interfere deliberadamente nelas, jd que € vyocé mesma quem as escelhe, Por isso, muito cuidado ao fazé-lo, para que os detalhes da roupa fi- quem equilibrados entre si e com ‘todo do modelo. Muitas vezes, roupa esta cortada corretamente, com bom caimento mas... esti feia, Isio porque as medias come plementares foram mal escolhidas, prejudicando a harmonia do con- junto. E claro que vamos ensinar ape- nas a tirar as medidas fundamen tais, obedecendo as observacoes feitas anteriormente. AS comple mentares, voce mesma as determi- nard sobre 0 proprio molde, ‘onemtando-se pelas linhas de cons: tru¢do ~ linhas do busto, da cin- tura, dos quadris, ete. ‘As figuras que ilustram estas pa- ginas servirdo de guia, bastando comparar 0s mimeros Correspon- dentes a cada medida 1. Comprimento a) Frente — colaque a extremi- dade da fita métrica no ombro, junto 4 base do pescogo, ¢ desga com ela até a cintura, passando bem por cima do busto. Nao farce a fita, delxando-a cair natural mente b) Costas — coloque a extremi- dade da fita méinica no ombro, junto & base do pescago — no mesmo ponto em que se tirou a medida da frente — e desga com ela até a concavidade natural da cintura, O comprimento das cos- tas é geralmente 2 a 3em mais surto que o da frente, embora poscam acontecer variagdes, Em caso de bustos grandes ou muito salientes esta diferenga aumenta, ou pode diminuir quando 0 busto € pequeno, Algumas vezes, frente € Gostas SHO iguais © até mesmo as COMO TRAM AS MEDIDA EH 12 COMO THRAR AS MEDIDAS. costas sio_mais compridas, quando a cintura tem um movi- mento de queda atris. 2. Ombra ~ coloque a fita métrica sobre 0 ombro € mega © seu com- Primento do peseogo até a extremidade. 3. Costado — soloque a extremi- dade da fita métrica na metade da distincia entre o ombro ¢ a dobra da axila nas costas ~ estando os bragos cruzados normalmente na frente = e, passando-a por cima dos omoplatas, meca a distancia de um [ado a0 outro. Existe uma intima relacdo entre as medidas do. ombro ¢ do costado, por ques- tes anatémicas: ombros largos correspondem a costades langos © ‘ombros cstreitos a costados estrei- 1 (a0 lado) da esta. 4. Peseoro ~ contome 0 pescogo, em sua base, com a fita métrica faga a medida, 5. Busto — passe a fita métrica por baixo das axilas ¢, apoiando-a por cima do busto sem apertar, leia medida do contorno. $c der um riimero impar, use 0 nimero par imediatamente superior. 6. Altura do busto — meca com a fita métriea, de baixo para cima, a distancia entre a cintura eo ponte mais ¢levado do busto. A medida mais encontrada é de ISem, 7, Separagio do busto — meg a distancia entre as pontas dos scios. E, cm geral, de 20cm. Agora, preste atencdo a um detalhe: se voe€ usa sutil, procure compré- los sempre do mesmo fabricante, uma vez que marcas diferenies ak teram a medida de altura e separa. cdo do busto, Evidentememte, tal cuidado nio tem sentide se usar roupas langas, folgadas e sem pen ees, §. Cintura — contorne a cintura com a fita métrica ¢ faga a me- dida, Se der um ndmero impar, use © nGmero. par imediatamente cima, 9. Largura do brago ~ faca esta medida, eontornando © Braco com a fita méirica na altura em Gut ele é mais grosso, ou seja, logo abaixg da axiia. Evite colocar 0 dedo por baixo da fita métrica, para nao akerar a medida, Il. MANGA 10, Altura do eotovelo — mande a pessoa, de quem esta tomando as medidas, colocar a mio na cin- tura, a fim de dobrar 0 braco. So- bre ele, coloque a fita métrica, no sentido do comprimento, desde 0 ombro até o punho. Mega entio a distincia entre © ombro ¢ a ponta do cotovelo, 11. Comprimento — Sem tirar a fita_ métrica da posicio anterior, faca irs medidas; manga curta. 4 meio-braco = metade da altura do colévelo —, manga trés-quartos — 10 can abuizo de ohure do cate. velo — ¢ manga comprida, deter- minando 0 comprimento do brago até © ossinho saliente do punho. Estas trés medidas servem apenas ‘de ofientagio, ja que o compri= mento de uma manga € uma me- dida_complementar, escolhida conform o madelo. 12, Boca da manga — mega © eon- torno do braco ni altura’ dos trés ‘comprimentos de manga: curta, trésquartos e comprida. Esta mes dida 36 serve de confronio, pois a boca de uma manga € sempre mais larga que o contorso do brago, para que possa oferecer conforto aos movimentos. 13. Altura dos quadris — é a dis- tancia enire a cintura © o nivel em que 0s quadris so mais largos, ‘exatamente por onde ¢ medido © seu contorno, Na msioris esmaga- dort dos casos, € sempre de 20cm 14. Quadris — contorne-os coma fita metrica na altura em que <0 ‘mais largos, medida feita no item anterior ~ 20cm abaixo da cintura na _maioria dos casos, Como 0 busto ¢ a cintura, se o resultado for um niimero impar, use 0 mi mero par imediatamente superior, a fim de faciltar as divisdes por 4 para o tragado das bases, 15, Comprimento ~ segure a fita métrica na cintura e tome a me- dida desejada para © comprimento a saia. Na realidade, isto ¢ uma medids complementar, 4 que a moda ou a sua preferéncia pessoal coloca a saia no comprimento que bem guiser. Mesmo assim, faca duas medidas fundamentais: altura do joslho, ou soja, a distincia da ciniura até © meio da rdtula, ¢ 0 comprimento da saia comprida, da cintura ao solo — neste caso, leve em conta a altura do salto do sapato. Assim, qualquer saia com um comprimenio: maior do que 10cm abaixo da altura do joelho ira cobrilo inteiramente, ¢ com lim comprimento menor do que 10cm acima deixard o joclho & mostra IV. CALA 16. Gancho — passe a fita métrica entre as pernas, sem aperter, © mega 0 contorns desde o meio dt cintura na frente ao meio da cin- tura nas costas, 17, Altura do ganeho — coma pes- soa sentada, tire a altura do gan- cho, medindo a distincia entre a cintura © 0 assento da cadcira, pelo lado do corpo. Hd outra ma- neirade determinar esta altura: di- vida a medida do gancho por 3 ¢ some § a0 resultade, A medida f- nal sera igual ou bem proxima da altura de gancho, tomada com a pessoa sentada. Por este motivo, € COMO TIRAR AS MEDIDAS 13. sempre conveniente fazer as duas medidas ¢ compardelas para verift ‘car a exatidio da altura do gan- ‘cho. 18. Comprimento — segure a fita métrica na cintura ¢ tome a me- dida desejada para ocomprimento da calea. Come asontese na sais, © comprimento da cala € uma medida complementar, pois varia com a moda e 0 tipo da calga. As: sim temos a calga pescador — 0 comprimento desce até 0 meio da perma —, a calca corsdrio — 0 com- primento € mais curto que o da calga anterior — ou entio a cha- mada “pedal-pusher”, cujo com: primente fiea um pouee acima do tomnozelo. ‘OBS. — Para tirar as medidas da calga, a mulher deve estar vestida som calcinhas ou, pelo menos, ‘com ealgas compridas justas, pagina 14 VESTIDO RETO EM BUAS CORES Narinalmente, esta parte do nosso curso esté vinculada as lipbes de corte bdsico. Funciona como exercicias ligadas ao que jé Joi comentado, semi utilizar nopses de corte qué sé serdo dadas posteriormente. Como nestas primetras tipées, ainda no temos subsidios necessérios para interpretarmos modelos mais tlaborades, yesrrgmoe cole: aqueles de corte simples e prdtico, que qualquer pessoa, mesmo sem ‘maiores conhecimenios de corte, poderd fazer. desde que siga nossas instrucdes. Note que @ ‘aneto nip bape ue naa impede que 0 modelo seja bem transado perfeitamente usdvel Apesar do corte simples, este vestida caé bem e é pratico para o uso didrio, Seu detathe principal estd no jogo de cores, marrom e ficsia — pode escolher outras cores ‘seu gosto —, dispostas em barras superpastas. Buas fongas tiras, na cordas barras exiventas, prendem se nas costuras laterais¢amarram 1 cintura em varias voltas. O decote retangular se harmaniza com as mangas curras. Se quiser, pode deixar fendas ‘as costieras laterais, Como o vestido: é sioso, qualquer tecido de vo género popelina, pode servir perfeitamente, METRAGEM 1,70m de tecido marrom © 070m de tecido flicsia, ambos com 090m de largura. retene ‘Trace o retiingulo de cada barra com as alturas mareadas nos es- quemas A, B ¢ C. A largura é a ‘mesma em todos eles, isto é, AB, GH ou EF devem medira quanta parte dos seus quadris mais | em de folga. Se as seus quadris medi- rem 96 om, por exemplo, serd 24 om ¢ a medida final 25 cm. A metade do retangulo A cor- responde & linha do ombro, de modo que ele j& compreende frente e costas da barra superior, Trace o ret”ingulo do decote pelas medidas do “esquema e orien tando-se pela linha dos ombros. Para as mangas, aumente 0 re- tngulo lateralmente em BC com 5 em © trace a altura CD com 35 om. Corte a barra superior A apenas uma vez ne tecide, mas as outras, B e C, devem ser cortadas duas vezes, uma para a frente ¢ outra para as costas, Tedas as barras po rém devern ser colocadas sobre 0 tecide dobrado pelo meio, tanto na frente quanto nas costas, Nao esburague o decote, deixando-o fechado, Para as costuras laterais, acrescente 1,5 cm de margem € para as bainhas 3 cm. Para as tiras da cintura, corte duas barras de 1,70m de compri- mento por 7 em de largura, costu- ras jf ineluidas. Essas tiras podem ser cortadas no comprimento do tecide que sobra apés o corte dos moldes. A altura de 45 cm na barra inferior = veja 0 esquema C — confere uma saia com o compri- mento de 60 cm no vestido. Se quiser aumentar ou diminuir o comprimento da saia, basta slterar a medida dada no que for neces- sdrio. INTERPRETACKO DE MODELOS 15, 1. Em primeiro lugar, prepare decate. isso, cole pequenos quadrados de entretela fina no avesso dos quatro angulos do de- cote. A seguir, corte- pelo centro até se dividir hos lados em Y para atingir 08 cantos, como mostra 0 desenho A. Dobre entdo as mar- getis formadas para o avessoe pes- ponte a | cm das bordas — veja o desenho B. Os pequenos quadra- dos de entretela colada vao impe- dir que © tecido possa se esgargar Aes cantos do decote. Chuleie as bordas internas. 2. Costure as barras, alter- nando as cores, com bastante ‘cuidade para que as larguras fi- gquem absolutamente iguais ns rente € nas costas. 3. Pegue as tiras © dobre-as ao meio, no sentido do compri- mento, contra direito. Costure a Lem da borda e feche apenas uma das extremidades. ire para 0 direito ¢ faga um pesponto em volta a 2mm das bordas, Alinhave cada tira pelo dircito, nos lados da barra cen- tral, a0 nivel da eintura, pela ex- ttemidade no-costurada, 4. Dobre o vestido pela linha dos ombros, direito contra di- reito, fazendo a perfeita coinci+ déncia das barras. Feche as cos- turas laterais e a pequena cos- tura inferior das mangas. Faca um pique na margem interna do Angulo desta pequena costura © vire © vestido para o dircito, Abra as costuras com o ferro chuleie as margens internas. 5. Faga uma bainha de 3 cm nas mangas © na barra inferior do vestido. ‘Veja como os esquemas A, B ¢ C—detalhados na pagina seguinte — se unem pelas letras Neste esquema vocé tem a parte superior do vestido, vendo-se claramente 0 decott ¢ a manga. Este molde corresponde a faina de Outta cor que divide 0 vestide em duas partes, Tem que scr Cortada duas vezes, uma para a frente ¢ outra para as estas, FE ow Esta ¢ a parte debaixo do vestido. Tem que ser cortada duns vezes, uma para a frente © outra para as costas, H DESENHO A OCANTINHO DE COSTURA Para que 0 see wrabaiho transcorra trangailo e sem saropelas, € preciso que voce reserve um local adequado para ele. O ideal seria: uma cantinho especial dfe costura, em que pudesse ter um isolamento natural fe deixasse os trabalkos como sido, sem necessidade de recolker e arrumar tudo, tadas as vezes que chega tina visita inesperada ou a familia comeca a reclamar que é hhora do almoco ou do jantar. POSSIBILIDADES DE ESPACO ‘Se puder, isto ¢, caso a sua casa. ou O seu ‘apartamento permita, destine um dos quartos para o seu lugar de costura, Mas se niio for possivel, escolha o recanto musis reservado do lar para 0 trabalho, num dos quartos de dormir, jamais na sala, seja na de jantar ou de es- tar. Quarto de costura — Deve ser claro, bem iluminado ¢ pintado de branco. Como sio quatro os prin- sipais elementos para 0 exercicio da costura — a maquina, a mesa de sorte, a tdbua de passar a ferro um atmirio para guardar tecidose roupas em andamento de confec- go — vocé deve distribuislos de maneira a obler @ maior tendi- mento possivel do sew trabalho. ‘A maquina de costura ea mesa de corte devem ficar proximas & janela, perpendicularmente a ela, de mancira a receber a luz pela die reila durante 0 dia, Procure evitar uluminosidade em excesso ou que a luz do sol incida diretamente so- ‘bre o seu trabalho. Se isso acon- lece — pela posicdo do quarto — a golocagio de persianas solucio- ard o problema. Quando traba- thar & noite, a luz artificial deve iluminar lugar de trabalho genc- rosamente, ser provocar zonas de sombras. Para a miquina de cox tura, a luz deve ser proxima e di reta pelo que, muitas delas jd vém equipadas com um_ mecanisme Para a iluminagio geral, de teto, a luz fluorescente € mais aconselhsivel do que a Kimpada ‘comum, porque difunde a luz.com mais uniformidade, Uma. lumi- aria, presa diretamente & mesa de corte, € muito util quando se trata de trabalhos -minuciosos, come bordados ¢ acabamemos. ‘Os demais elementos ~ tibua de passar e armario ~ poder ser 60> Iocados onde for melhor para a sua comodidade de movimenta- Go. Tenha bastante cuidado na disposigio dos fios da maquina de costura ¢ do ferro de passa, evi- tando tanto quanto posaivel, & pos- sibilidade de tropecar neles, Recanto de costura — Se tiver de reservar um cantinho de costura, ‘escolha um que tenha espago sufi= ciente para colocar a maquina de costura — em carater permanente ‘a mesa de corte © a tibua de assar — em eardter provisério —, sem prejudicar 0 seu conforto, A posigdo destes elementos devem ‘obedecer, tanto quanto possivel, as exigéncias ja mencionadas em elugio a0 quarte de costura. Para melhor remocio da mesa de ‘corte, 0 melhor é que ela seja do- Drivel, a fim de que possa ser fe~ chada ¢ acomodada num lugar acessivel, como atrés de uma porta ou embaino de uma cama. OS UTENSILIOS DE ‘COSTURA Além dos quatro clemento basicos, essenciais para o trabs Iho do corte © da costura, exist aquela grande variedade de utet silos € materiais, sem os. qua! as elementos buisicos no funcio niariam em absoluto: so as tesou ras, as agulhas, ax linhas, os be Ges, ete, Plunifique uma arrurt lo ‘racional © sistemuitica dele sem desperdigar espago ¢ de ms neira que estejam sempre 20 a cance da mio, sem perder ut tempo preciose em procurii-tos a em levantar-se a toda hora para apanhé-los. Ha alguns truques ou expedicn tes, baratos © simples, que vai pode usar para guardar se: utensilios de costura. Por exe Wo jogue fora seus potesé Limpeos bem © nex guarde botdes, carretéis de link fitas, ziperes, ete. Sio Gtimos manejar porque, sendo de vit revelam de imediato aquilo coniém, Se voeé nio dispe de espage vyre em seus armirios para gusré ortes de teeido ainda nao utils dos, fagaa em malas ow male cde Viagem que, praticamente e tem em todas as casas Para evitar possiveis acides durante 0 seu trabalho, nio fqueca de tomar sempre algut precaugées simples: 1) Verify se as tomadas € 0s fios elétricos: Ho em perfeitas condigées, p impedir choques ou cur sireuites. 2) Desligue 0s apared elétricos quando nio precisar! les. 3) Nao deine 0s flos eléts passarem por lugares onde Wo ppossa facilmente tropegar ne's nem estudou zoologia no colégio sabe que to- dos 0s animais sio clas- sificados em classe, familia, subfamilia, ete., até che- gar a uma divisio que é a do gé- nero, formado pelas espécies, Os snimais pertencentes a0 mesmo género guardam entre si carac- teristicas semelhantes, inclusive o tamanho. Sendo um anintal, 0 ho- mem no poderia fugir a classifi- nequins, tanto quanto possivel, proximas a uma meédia geral, isto 6, com pequenas variagbes. de confecelo para confeccdo. Por meio deste quadre poderd comparar as préprias medidas € verificar @ que manequim_per- tence 0 seu corpo, facilitando ss- sim 0 vorte por meio de moldes que ja vém com © manequim fixo Su enti. a compra dé roupas prontas, Naturalmente as medi- 19 das, muitas veres no combinario em todos os pontos, de modo que © manequim correspondente sera aquele em que as medidas coinci- direm em maior mimero de vezes, ou que mais se aproximarem no eonjunto, Na realidade as irés me- didas principais, que carregam atris de si todas as demais,s40 as do busto, cintura e quadris. Quando & moda ajusta a roupa ao corpo, a compra no “prét-i- porter" se torna mais dificil e os concertos mais freqiientes, porque 1 correspondéncia das medidas se torna mais exigente. Quando po- rém a moda solta a roupa do sorpo, tornando-a larga e confor- tivel, a industria da confecgdo ga- nha ruitocom isso, uma vezqueas roupas podem cair bem, sem que haja uma correspondéncia intima de medidas, ‘26 TABELAS DE MEDIDAS TABELA DE MEDIDAS MASCULINAS PARA CALCA MEDIDAS FUNDAMENTAIS QUADRIS MANEQUINS GANCHO, 72 ALTURA DO GANCHO ALTURA DO.JOELHO 52 63 | 53 COMPRIMENTO MEDIDAS FUNDAMENTAIS COMPR DO TORAX ‘OMBRO 14 | 44 | 145 cosTaDO 40 | 40 | 41 TORAX 80 | 84 | aa PESCOCO 34 | 35 ql 36 LARGURADOBARACO | 26 | 26 | 27 COMPA. DOBRAGG | 65 | 56 | 57 PUNHO 1s | 15 | 16 cCINTURA 70 | 74 | 76 Resolvemos fazer tabelas sepae radas para as medidas maseulinas POTGUE NOS Orientamos pelos pa. drées da nossa inchistria de roupas: mrtra homens, segundo os quais, os vamanhos com os quais se compra uma calga nunca so os mesmos: 20M 05 quis se compra uma ea. mist ou um blusio, Para quem quiser comprar roupa pronta, as medidas das nos sas tabelas j@ fornecem com bas: lanite preciso o tamanho de cada um para a-escolha da roupa desc~ jada. Se vai tentar costurar para seu marido, seus filhos ou irmios, as labelas ‘nao serdo de grande utili- dade, jd que itd aprender a costu- Tar as roupas nas medidas particu lares de cada um TABELA DE MEDIDAS FEMININAS JTABELAS DE MEDIDAS_ 2) MANEQUINS ‘As medidas que se encontram nesta tabela nile correspond: em sua totalidade, as medidas ut lizadas-em nossas Tabricas de con- ». Blas se aproximam o mais perio possivel de uma média, ja que nao hi uma uniformidade de para,as medidas de cada este motivo que ima brasileira tem um mane- fixo, podendo vestir, ora o vel pela fabricacio da roupa. Come, através do nosso curso, todas as pessoas aprenderio a cor- tar nas suas proprias medidas, esta tabela s6 the wai ser tl, se quiser uusar os moldes “Gil Brandio neo tral 22_TABIZAS DE MEDIDAS TABELA DE MEDIDAS INFANTIS IDADES MEDIDAS TUNE OMENI NE) 4 | 5 |@] 7/8 | 9 10] 11) 12 J 13 COMP. BLUSA FRENTE 24 25 29 | 30] 32) 34) 35) 36 | 37 Comp sLusacostas | 23 | 26 | 28 | 2a| 31 | 33] 34 | 35 | 30 OMBRO 65 ; i 8 185) 9 | 10) 10 }10.6)105 COSTADO 22 | | 26 | 27| 26 | 29] 30] 31 33] 3 BUSTO. 52 + GO | 62} 64168) 70] 72) 74 CINTURA 68 | 68] 60 | 60} GO| 62| 62 PESCOCO 27 [28] 28 30) 31} 32] 33) 34 ie | CAVA 23 27 |/28) 29/780) 21 | 92) 0 / 24 |: QUADRIS. 56 64 | 66] 68) 70} 72) 74| 78 | 82 COMPR, DA SAIA- 21 28 | 31] 34) 37) 39] 43) 47 | 50 GANCHO 38 44/45) 46) 48] 60 | 52] 54) 56 E COMPR. DACALCA 4 58 65) 70/72) 74 | 78) 82] 86 COMPR. DO BRACO 28 36 | 38 «/ | 44 | a8 | 50 | 52 © desenvolvimento infantil extremamente variivel, 0 que torna bastante dificil elaborar um infantil, las, esta s6 the servird no caso de pretender dedicar-se & confeccia id que, através do nosso sistema de medidas para cada metodo, aprender a a fazer roup- ‘dade, Disto tesulta ser freqitente criancas vestirem roupas para ida- des diferentes da sua idade real, ora maiores, ora menores. As me: didas desta tabela no s80 rigids mente especificas a cada idade, mas a uma média a mais préxima possivel do desenvolvimento nor- mal da crianca. ‘Come deantece nas outras tabe- has baseadas nas medidas parte culares de cada crianga. UTENSILIOS DECOSTURA Os bons utensilios, em qualquer espécie de arividade manual, ‘stinulam a perfeicdo de trabalho, a) mesma tempo que poupam tempo ¢ dinheiro, Nar costura, come em todos as demais ofictas, a profsionais, procurams ‘empregar somente os melhores wiensiltos — demira das posiilidades econdmiicas do jrofisional e das possibilidades avs de fabricagao — conservandowos sempre em boas soadigées, Por isso, nica se cesqueca deste bonr consetho: tenka sempre a médo bons utensilios de eostira, cuidando deles com o maximo de carinho, como se Jossem 05 objetas mials frdgels do mun Dos utensilios de costura, alguns sie absolutamente necessirios e indispensdveis, como avesoura, afta metrica, ojerra de passer, a maquina de costura, etc. fenguanto outros, apesar de extremamente siteis. ndo sao indispensaveis, como marcadores de bainha, tesouras de picotar, esquadros e muitos outros. A seguir. comentaremas alguns tiensilios indispensdveis € outros Jocaliaivos, mas de muita wtlidade para trabathos especiais — MESA DE CORTE ‘A mesa de corte ¢ um clemen- to de grande importincia para que © trabalho transcerra com factlidade, permitinde melhores resultados, Quem nde tiver uma mesa especialmente destinada para costura, pederd utilizar uma Uubua de dimensdes adequadas ou uma mesa com debradicas, que pode ser guarduda facilmente em qualquer lugar. Para coriar 0 lecide, ¢ indispensavel que a superficie da mesa ou da tibua mega aproximadamente 1.0m de comprimente por 0,90m de largura no minimo e 4 qual se possa ter acesso por todos os lados ou, pele menos, por dois deles, Em caso de necessidade, podera usar a mesa de corte para colocar a maquina de costura, se esta for dispuscr de mével préprie. Com isso, cconemizara espace. A mesa também é til para dispor as diversas partes de uma roupa, i propor¢do que se vai costurando, 4 fim de poder-se avaliar 0 clcito do trabalho, TABUA DE PASSAR Enguanto se costura, deve ser posta, sempre ao alcance da mi luna Libua de passar bem forrada, ‘As mais praticas sie as tdbuas dobriveis, dessus que se encon- tram facilmente ne comércio, por serem faeeis de guardar num canto discrete, sem ocupar muito espace. As de armacie de metal sdo mais durdveis do que as de madeira, embora sejam um Pouce mais caras. E aconselhavel recobri-la. com merim branco, de maneira a ser facilmente renevd- vel quando se suja: uma cobertura com sujeira pede provecar aci- dentes desastrosos. em tecidos claros Para completar @ service inestimavel que @ ferre presta’ a uma boa costureira, existem acesséries que complementam a Passagem a ferro, Os mais importantes sao: 4) © passa-mangas e 2 almofada ~ Estes elementos costumam vir incorporudos 4 tibua de passur, 4 qual se prendem por meio de um pino, que Ihes permite a rota- CS A maioria das mulheres, entretante, tem @ péssime hibito de colecé-les de lade, sem utilizagie, No entante, 0 passa- mangas — que os franceses chamam de “jeannette” — € de grande utilidade para pequenos detalhes: passagem a ferro de costuras ¢ detalhes em pegas csircitas da reupa, come ombros, mangas, uma bainha curta, pequenas pecas cilindricas, bem seme uma ou ouira costura recalcitrante, Em geral, essa tabuinha de passar vem apenas recoberta de tecide ordinane. preciso que vocé a envolva com uma eu duas camadas de um cobertor grasso ¢ depois recubra com morim brance. A almofada tem a forma de um grande eve recheado, servind® para a passagem de pecas galbeadas ou Para oO alisamente do embe- bimento em pegas curvas, como as mangas. >) Luva de costureira — E uma pequena almoruda, com techeio finme, tende embaixo uma belsa para a iniredugde da mio no momente de ser usada, Serve para passar a ferro pequenas superficies curvas da roupa, come a parte superior das mangas, por cxemple. } Almofada de alfaiate — £ uma almofada redonda, com ym diametro 5 cm maior do que a base do ferro. As bordas so mais delgadas do que o centro para que a superficie fique curva. E propria Para passur a ferro zonas mo- deladas, como as pences de busi ou de quadris e as costuras curva, Serve também para dar a forma wredondada das golas, antes de serem montadas, 4) Rolo de passagem a ferro - E uma almofada comprida, de forma cilindrica, recheada bem firmemente. E° utilizada para passar a ferro costuras em pegas muito estreitas ou longas cesturas curvas. Quando nie se possui role, voce pade substitui-le por uma revista grossa enrolada ¢ revestida por um pano limpa. ©) Batente — Consiste num bloco de madeira, de superficie suavemente arredondada, que se usa para obter wincos bem defi 24 COSTURAL nnidos em tecidos pesados, Nos ‘seus lados existe ranhuras que permitem, segurélo com mais firmeza. & usado- principalmente pelos. alfaiates, mas vocé pode Utilizilo para obter vineos acentuados mas suas calgas ou pregas bem marcadas em suas sais. FERRO DE PASSAR Saiba escolher bem o ferro de pussar com o qual voce vai Irabalhar. Gaste um pouco mais, porem adquira um de boa qualidade, que niio enguice a toda hora. Desnecessdrio dizer que os mais usados atualmente, uma gama enorme de modelos, sdo os fertos elétricos. Entre eles, os mais aconselhdveis so agueles que possuem: um termostato reguldvel automatico, permitindo que a temperatura do ferro nfo ultra- passe © nivel maximo suportado em cada espécie de tecido, Para isso eles possuem um pe- queno disco girdvel com as ne- cessarias indicagSes, Hai também os que possuem um teservaté= rio de gua ¢ apresentam a super- ficie de passagem cheia de pe- quenos furos, por onde escapa o vapor, ¢vitando assim a umi- dificagdo prévia doteeido ou a uti lizacio do pano amido, Se vocé adguirir um ferro desse tipo, 56 use digua filtrada no reservatcrio, pols a gua comum pode deixa um deposito que acaba por centupir 0s furos, Um bom ferro deve ter a alga de segurar bem isolada ¢ som uma forma bem adaptada & mio ~ quando esta alga € aberta, facilita cerios trgbalhos. A superficie de passar deve ter as bordas bisotadas que entio, comportam uma ranhura, ou scja, uma reentrdncia alongada coma um sulco, para facilitar a passagem do ferro. por baixo dos botdes, sem prejudica- los. Na Europa ¢ nos Estados Unidos, existem ferros especiais pura franridos, veludos, mangas: balio, etc, mas aqui no Brasil temos de nos contentar com os modelos comuns que se encontram & veda, TESOURAS © ideal & possuir quatro tesouras: duas tesourinhas de lamanhos diferentes para cortar linhas © pequenos arremates duas tesouras grandes, de 18 ¢ 24 em de comprimento, adequadas para cortar tecidos, Nio- as use para cortar papel, que as cega com facilidade, tendo para este trabalho, uma tesoura especial, Devem ser de aco de primeira qualidade, © que Ihes confere maior durabilidade embora as torne mais caras. Convém conservi-las sempre afiadas ¢, quando se pretende cortar tecidos mais pesados. & prudente mandar afid-las previamente, Deve-se tomar © cuidado de nio deixi-las air a todo momento, pois isto as Prejudices, Hi muitos tipos de tesoura: tesoura de Inja, que tem as pontas arredondadas ¢ andis iguais; tesoura de cortar, de pon- tas finas © com um dos. anéis maior para dar passagem @ dois dedos, 0 que di maior firmeza no ‘corte; tesoura de costura, de pontas finas ¢ anéis iguais, ideal para cconsertos, alteragbes © pequenos Trabalhos’ de corte; tesoura de cortar, de tamanho grande, com uma ponta fina ou outra’ are. dondada ¢ um dos anéis bem maior € ovalado, propria para 0 ‘conte de pecas grandes, uma vez que pode apoiar-se na superficie de corte; tesoura de cortar com ans revestidos de matéria plistica, mais moderna e mais leve do que @ tesoura tradicional € finalmente a tesoura de picotar, muito pratica porque, ao cortar 6 tecido, deixa uma borda em ziguezague, que evita a fuzenda se desfiar, poupando o trabalho do chuleio. E, por conseguinte, excelente para arrematar as bordas das. margens internas de costura e para fins dccorativos. Evidentemente, no deve ser usada para corlar moldes em papel ALFINETES Os alfinctes sio elementos indispensdveis na costura, Servem ara prender os moldes no tecido, ‘no momento do corte, como para Marcar as corregdes a serem feitas, na hora da prova, Devem ser finos e¢ inoxidaveis. Para poupar tempo ¢ trabalho, a leitora iio deve esquecer que as alfinetes so usados em profusio. Para que s¢ conservem limpos, depois de usi-les, guarde-os numa caixinha, uma vez que alfinetes. sujos ou ‘enferrujados mancham © tecido, No momento da prova, & aconselhavel, por ser muito pritico, usar uma pequena almofada de alfinetes, presa ao pullso esquerdo por uma fita. Este precedimento cvita que se coloquem os alfinetes entre os ldbios o que, alm de perigoso, impede de falar. alfinetes sGo fabricados em varios tamanhos, sendo os niimeros mais utilizados os 6, 7 ¢ 8. Quando vocé iabalha com tecides leves © delicados, dé referencia aos alfinetes pequenct ¢ finos. Os alfinetes podem sei feitos de latio, cm geral ni quelado, de ferro ou de ace inoxidivel. Estes sltimos sio 0 preferidos, jd que os de ferro enferrujarm com facilidade os de latio deixam, com freqiéncia, marcas no tecide, Existem também os alfinetes ‘de cabega redonda ¢ colorida — geralmente importades — que sto dimes para rmarcoxdes CARRETILHA A carretilha € um utensilio de facil aguisigdio pelo seu baixo preco. E constituida por um cabo de madeira e unia parte metdlica gue serve de apoio a uma roda wnutéria serrilhada ou dentada, destinada a fazer marcacdes de linhas. Prefira as cametiihas de dentes milidos € as de melhor qualidade, ji que as baratas tém uma roda que enguiga a toda hora, bamboleande para urh lado © para o outro, além de emperrar no rolamento, N&o & indis- pensive, mas é um dtimo auxiliar ma marcacio de linhas, sinais, etc. ‘assim como no transporte de con- tomos quando se traga os moldes no papel. Quando se corta o molde no tecido dobrado, pode-se passar 0: contomo com a carretilha para 0: outro lado, E eviderte que ito 36: pode ser feito nos tecidos firmes de alzodio, linho ¢ seda, ou nos sintéticos, Sendo completamente inttil nas sedas flexiveis — como o jérsei — ou nas la do tipo “tweed”, Nao use jam carretilha com 0 papel carbone (a rao ser no porque pode haver o perigo dos dentes da carretilha levarem a tinta do carbono para 0 direito do tecido. Para proteger a mesa © Permitir que as marcas da ‘carretitha fiquem mais nitidas, use or baixo do papel ou da tecido com que esté trabalhande, uma folha de cartéio ou matasborrao. GIZ DE ALFALATE Vale a pena voeé ter em sua cesta de costura, alguns pedagos de gir de alfaiate. E de grande Utilidade park o transporte de mareagdes do molde ¢ sio muito bons part marcar 0 comprimento das Salas amplas, principalmente as gods, Nia gostamos de utilizar © gle para contornar tado-o mold. no 56 porque © trago pode se apagar com facilidade. como a borda, a principio logo se torna rombuda, aumentando 0 contorno do moide, sobre tudo nas linhas curvas, que no ficam bem iracadas. As boas maneiras de transportar @ molde para o tecido serio dadas em licd proximas Outra utilidade do giz de al faiate, que no se deve despre~ zar, é auxiliar bastante nas mar- cagdes das provas, evitando © uso exagerado de alfinetes, Ha quem prefira, nfo sem uma certa ratio, usar kipis de cores com grafite mole, em vez de giz, porque o traco é mais duradouro ¢ rio se apaga com tanta facilidade. Como ainda nao dispomos de elementos para o corte de vestidos ou soupas com maiores detalhes, continuamos a dar a maneiea de executar vestidos extremamente siples, que nido.extjam nenhura conhecimento prévio de corte. Basta, evidentemente, saber manejar uma méguina de costura. Esie modelo, que agora propamos, é leve, bem decotado, ‘amplo e pode ser feita em duas horas wo maximo. E todo franzido nodecote, que se mantént na lugar fis eustas de uma fita de cetim amarrada nos ombros, Quica fita de cetim: amarra o vestide na ‘elaura dos quadris, depois de dar sdrias voltas em tornado corpo. Note gue a fita deve ser da mesma cor do vestide. Por outro lado, vocé poderd usdslo sotto, Como um vestide para gestantes, por exemple, TECIDO Jersci, crepe ou qualquer tecido de queda facil e flexivel, METRAGEM Meca no como a altura do wes- tide ¢ aerescente mais 14 6m, dos quais, 10 cm se destinam ao blu- santé do amarrado nos quadris — ou na cintura se assim desejar — ¢ os 4 em restantes para costura do decoie ¢ bainha, Compre entio duis vezes esta altura de um te- sido que tenha 140 a 160m de Targura, MOLDE, io hi necessidade de cortar 0 molde no papel. O esquema vai scrvir apenas de orientacdo, Pegue ciecidec corte-o ao melo, no-sen- ide atravessado, separando as duas aliuras. Aplique os dois pa- 105, um sobre o outro, direito cone tra direito © costure os lados, 36 longo das ourelas, a 3 em de dis- tingia das bordas. Se as ourelas re- puxam 0 tecido, no hesite em Corté-ias fora. Neste caso, chuleie entio as beiras internas das costu- as. As costuras devem parar a 16 em da borda superior, a fim de deixar aberturas, que vio funcio- nar como cavas, As préprias mar- ens de costura, dobradas para dentro, servirdo de arremate para as aberturas. Embaixo, faga uma bbainha de 2,5 om de largura, a md- quina ow a mio, se quiser um tra. Balho mais fino. Decote — Franza a borda supe> for, frente © costas, até reduzilaa distincia de axila a axila—cmme- dia 30 em, Corte quatro pedacos de uma fita ‘de cetim da mesma ‘sor do vestido, tendo cada pedago 1,00m de comprimento ¢ 2,5 a3 em de largura, Faga duas’tiras, aplicando as fitas, duas a duas, avesso contra avesso c fixe & borda superior com um pesponto a Imm da beira. Enfic a borda franzida do decote entre as duas espessuras da fita © prenda com outro pesponto que continuard fi- xando as duas espessuras 0 longo das pontas que ficam soltas, Arre- mate as extremidades, virando pe- quenas dobras para dentro © pes- pontando. INTERPRETAGAO BE MODELOS 27 Cinto — Multiplique a medida dos seus quadris por trés © some 80 cm ao resultado para fazer 0 1n6, Compre entao a mesma fita do decote, numa metragem igual 20 dobro’ da medida encontrada. ‘Conte a fita em dois pedagos iguais & aplique-as um sobre 0 outro, avesso contra avesso, Fixe-os en: Yio com dais pesponies, cada um a Imm da borda, Desta maneira, a fita ficara dupla e sem avesso. Ar- remate as extremidades de modo semelhante a da fita do decote. Observacio — Voce pode amarrar as fitas do decote sobre es bragos, horizontalmente ou puxdclts para cima a fim de amarrislas sobre os ‘ombros, Se nao gostar da fita em volta dos quadeis, pode substitui-ia por uma faixa Gu um simples into, ESQUEMA DO vEsTIDO As pences, como vocés sabem = ‘ou, pelo menos, a maioria deve sa bber — so prepas piramidais eostu- radas que formam um bojo em sua exiremidade pontuda, Por isso, sfo usadas em todas as pegas do molde que requeiram este bojo ‘para modelar uma saliéncia qual- ‘quer do corpo, como o busto, ‘quadsis, a omoplata, 0 cotovelo, ‘ete, Quando a moda tende para as roupas folgadas, soltas sobre 0 corpo, envolvendo-o sem contude modeli-lo, as pences perdem a sua funcdo ¢ desaparecem quase por completo. Quando, ao-contrario, & moda exige vestidos colantes, bus- tos em evidéncia, roupas bem truturadas, elas voltam 4 ser utili zadas, nem que sejam disfargadas dentro de recortes, como veremos fem nosso curso, Seja como for, ‘como 86 temos compromisso com a estrutura das roupas e no com a moda vigente, sentimosnos ma Obrigagio de abardar © problema das pences. Como no so muito bonitas, as pences precisam ser trabalhadas com bastante cui dado, para se tornarem delicadas quase invishveis, a menos que de- las se queira titar partido plstico, (© valor do bojo, maior ou me- nor, de uma pene, depends da relagHo entre a sua altura e a sua profundidade. A altura é a distin- cia entre a base e a ponta, medida no eixo da pence, ou seja, a Tinka que divide a pence exatamente na Mhotade € eoresponde a dobra do tecido no avesso, depois que a pence for costurada. A profundidade é a distineia entre os Iados da pence, tomes m sua base. Podemos dizer que 0 valor do bojo varia na raz inversa da relagfo entre a altura e a profundi« dade Isto quer dizer que, quanto mais alta a pence em relagio & profundidade, menor ¢ 0 bojo: & pence & fina, delgada, Quanto mais baixa, maior € 0 bojo: a pence € gorda, larga. Por este mo- tivo, vocé pode corrigit uma pence que esta formando um bojo excessive, aumentando-the um a altura ou diminuindo-the 2 profundidade. Faga o inverso ‘quando hd necessidade de aumen- tar um bojo deficiente. COMO ALINHAVAR UMA PENCE ‘Muitas costureiras tém seus mé- todas proprios de alinhavar uma pence. Contudo, reputamo: o mais pritico aquele que passamos acns ‘Como € mais, facil o trabalho pelo lado direito, torna-se neces- Sirio que a pence esteja marcada com alinhavos visiveis pelo direito, JH que no se pode indied-la com um trago de lapis que, inevitavel- mente, sujaria 0 direito do vestido. Nos desenhos, para maior clareza, ‘© contorno da pence foi feito com um trago fino continuo que, na realidade, indica 0 alinhavo mar- calor da’ pence. Pelo nosso processo, nio hii ne- cessidade de dobrar 0 tecido fechar a pence, © trabalho ¢ feito com ela aberta, Em primeiro lu= gar, cnfic a agulha pelo avesso n0 canto direito da base da pence, saindo com ela pelodireito (fig. 1) Torne a enfiar @ agulha no canto oposto pelo direito © saindo um pouco acima no proprio contorne dda pence (fig, 2), Ao puxar a agu- Tha, vocé lancou um fio horizontal ‘que cobre a base da pence ne lado direito da roupa, Mais uma ver, volte com a agulha para o lado ri6.3 posto, enfie-a ¢ saia com ela um pouco acinia, sempre no contorno da pence (fig. 3), Esti langado-as- sim © segundo fio horizontal, um pouco acima do primeiro, Torne a repetir 0 mesmo procedimento no lado contririo, a fim de langar o tereeiro fio horizontal (fig. 4). Fig. Continue assim até a ponta da pence, indo ¢ vindo de um lado para outro, de maneira a langar Fig. 5 fios horizontais, a disténeias regu- lores, sobre toda a superficie da pence no lado direito do tecido 5). No lado avesso, ficarao is apenas alinhavos que se- guem os lados da pence, feitos en- quanto a agulha caminhava (fig. 6). Chegando com a agulha na ponta da pence, basta puxar a li- nha ¢ a pence fechard com a maior facilidade, No faca 0 espa amento muito estreito entre os fios, nem irregular, porque a linha deslizari com dificuldade 0 ser puxada. Fig. 6 COMO ARREMATAR A PENCE Depois de alinhavada a pence, assim como 0 vestido, prove-o, Se nilo houver necessidade de corre~ Ses, voce agora vai costurar a pence d miquina, pelo avesso, dobrando-a como mostra a fig. 7. Tome © cuidade de nao terminar bruscamente a costura no ponto ‘A, prolongando-a suavemente junto a debra, para evitar a forma- gio de uma bolsa desgraciosa na ponta da pence. Na costura industrial, nio se ali- nhava roupas, pelo que cla exige @ostureiras experimentadas ¢ se- guras. A pence € fechada direta- mente, dobrando-se tecide pelo. eixo da pence, direito contra di- reito, © costurando-se pela marca- ‘do feita por meio de piques, __TRUQUES £ CONSELHOS 29 Muitas costureiras tm o habito reprovivel de dobrar 0 pano in- terno da pence, no avesso, para um lado s6 © passar a ferro. Isso toma a pence grosseira © marca 0 tecido pelo direito. Para que ela fi- que delicada ¢ quase invisivel — Principalmente em tecidos estame pados — corte com a tesoura o eixo ou a dobra interna da pence (fig. 7) até bem perto da ponta Abra as margens internas com a nha e depois passc-as bem a ferro {use © pano amido no avesso em tecidos grossos como a I ou gue vinguem com dificuldade), Chu- ‘as bordas para que ndo se des- fiem (fig. 8). Com isso, a pence fica bem chata e reduzida a um trago fino, pouco evidente, sem formar saliéncias desgraciosas quando € pequena em tecidos ESpessos, |M_TRUQUES E CONSELHOS | ‘ Fig. if PENCES MODELADORAS EM FUSO Slo aquelas que se usam para modelar eertas partes da. rou ‘Ao contririo das pences oi niirias, cuja base esta sempre apoiada numa costura, elas no atingem nenhum borda do molde (fig. 9), Comegam © terminam dentro da pega, com duas pontase um centro mais large, como se fossem duas pences unidas pela base, Para que fiquem bem exeeu- tadas, sem repuxar nem enrugar, alinhave-as © costure-as segundo técnica que acabamos de ensinar. Depois disso, ainda com a pence dobrada, faca no avesso uma série de piques na dobra interna da pence (fig. 10). Enfie a tesoura por lum dos pigues © abra a pence, cortando-a pelo eixo. Passe bem a. ferro, climimando qualquer rug que se forme pelo direito, como mostra a fig. 11. No esquega de chulear as bordas. BASE DA SAIA RETA at sala reta, como seu nome indica, é aquela que tomba em linkas retas dos quadris para baixo, E clissica © tem atraves: sado incélume quase todas as dé- sadas do século XX, mesmo levando-se em conta periodos de maior ou menor popularidade, sua base, apesar da grande simy cidade, € da maxima importin para 0 estudo futuro de muitos tis pos de saa. ae F 3 8 = MOLDE Vamos tragar a base da sai, frente © costas, simultaneamente numa pega dnica, para quesetenha liberdade de escolha. entre a saia com: costuras laterais ou entdo sem elas, como veremos mais a= diante. Comece desenhando © retin- gulo ABCD com as seguintes di- AB quadris AC = somprimento desejado para a saia metade da medida dos LINHA DOS QUADRIS ESQUEMA 1 Divida © retingulo ao meio, pela vertical EF, que representa & linha lateral da’ saia. AC serio meio da frente ¢ BD 9 meio das costas. Trace agora a linha dos quadris GH, colocada abaixo da. cintura AB na medida da altura dos qua. dris, ou seja, uma média de 20 cm, que serio colocados em AG € BH. Marque na cintura, frente € ostas, as distineias Al'e BJ, am- bas com a quarta parte da cintura mais 3 em destinados a uma pence, Ligue os pontos 1 ¢ J a0 MEIO DAS COSTAS ponto O por duas eurvas que re- ppresentario a linha dos quadris na frente ¢ nas costas, Note que estas curvas devem ser suaves — para no fazerem eulotes na hora da prova — c se prolongar pelas retas laterais sem provocar angulagées no ponto O, Para que as duas eur- vas fiquem absolutamente idénti- ‘eas, trace apenas uma delas, dobre ‘0 papel pela linha EF e passe por cla a carretilha para reproduzi-la AO lade oposio, Ou, endo, use 0 pape! carbono, Cavagio da eintura — Devide & concavidade natural da cintura na mulher, a linha da mesma no olde, em vez de permanecer em Ale BJ, deve ser encurvada para buixo. Esta cavagdo é, em media, de lcm na frente — AA’ —¢ de 2 em nas costas BB’ — uma ver que 4 cintura € mais marcada atrds Naturalmente estas medidas sio extremamente variaveis, podendo ‘até mesmo ser inexistentes, depen- dendo da conformagio corporal de cada pessoa. Neste caso, 6 a prova poderd dizer © quanto se de- verd cavar. Marcada a eavagi, I guc A’a Te B'a J por linhas lige Famente curvas. COLOCAGAO DAS PENCES Frente — A pence da frente tem normalmente 3 cm de profundi- dade. Como porém os corpos var Tam, exigindo que & pence forme um hoje maior ou menor, 0 com- primento pode ter trés compri- rents hasicos POUCO SALIENTE 10. a 12 cm VENTRE NORMAL l2.a14cm VENTRE CHATO ‘Quando a blusa tem pence vere tical de busto, esta deverd coineidir coma da saia, no caso de vestidos modelados com a cintura costu- jada, Assim sendo, a distancia A'M, que separa a pence do meio da frente, teri a mesma medida que ada blusa, ou seja, metade da separagio do busto, menes 2 em — arazio desta medida seré melhor compreendida quando estudar- tos a base dla frente da blust, Ob- ene um pequeno detalhe: para nelhor caimento da sala ¢ para que esta envolva melhor o a dondamento do corpo, € conve- ss niente que os lados da pence se- jam tragados ligeiramente encur- vados para denito. Isso no é obri- gutorio ¢ a propria indiistria da Confecgio usa a pence com 0s la- dos retos para facilitar o trabalho. Costas — A profundidade da pence nas costas depende da maiot ou menor cavagdo da linha da cimtura, uma vez que JB" ¢ maior do que JB. Fm termos ge- rais, podemos dizer que a profun+ didade € igual a 3em mais 0 ex- cesso de JB" sobre JB. Para facili dade da leitora, eis uma pequena tabela: Quanto ao comprimento da pence, como na frente, ele varia conforme © corpo exija um bojo maior ow menor para conter a sa- ligncia das nadegas. Por isso, te mos também tres comprimentos: brdsicos: 10 a 12 om. nadegas normais 12a14 cm. nadegas pouco salientes are] Uma ver marcada a profundie dade de ambas as pences, trace 0 eixo de cada uma na metade da marcagao, perpendicularmente curva da cintura e com 9 compri- mento desejado. Como, apés 0 fe- chamento da pence, forma-se um Angulo na cintura, torna-se neces- sdrio proceder a uma corregio na linha de montagem. Para isso, pro- fongue os lados da pence para cima da cintura em 0.5m ¢ refaga at linha de montagem em duas cur- vas, como mostra o esquema, 1A pence iinica de 3em de profundidade pode ser substituida or duas de 1,Scm ou por trés de lcm, enfim, por quantas desejar, desde que a soma das suas profun. didades seja sempre igual a 3cm. 2. Quando no howver necessi- dade de coincidéncia da pence da blusa com a da saia, esta ultima pode ser colocada a vontade, ralmente no meio da curva da cin- ura, Isto acontece quando a blusa € franzida na cintura ou $6 possui pence horizontal, como também quando a saia € independente 3. Quando a cintura nas costas é demasiadamente marcada ¢ as ni degas muito salientes, no-adiant iraumentande cada vez mais a ca- vagio da cintura no molde, pois a saia comegard a empinar nas co tas, repuxando para cima. Alem de 3.Scm de cavagio, a saia corre este perigo, uma vez que, 0 que la estd realmente a exigir € um maior bojo para conter 0 volume do corpo. Por isso, aumente a pro- fundidade da pence no que for ne~ cessirio — a prova o dird — como duas pences de 2,5 om,3 cm owate mesmo 4 cm de profundidade cada ums, Come este aursente vai diminuir a medida da cintura no molde, acrescente-o no lado, me- tade na frente © metade nas cos- ‘S¥ISOD S¥O OW a < = a > 8 wi 3LN3YJ YO O13N tas. Refaga as curvas do quadril. Por exemplo, se tiver de aumentar 3em na profundidade da pence, © lactéseimo lateral sera de I,Sem nat frente ¢ |,Scm nas costas. 4. Como foi ensinado na base, a linha da costura lateral esta colo- cada meio a meio, isto €, a frente € as costas da saia tém a mesma lar- ura, Isto pode ser usado sem pre+ juizo da_boa queda, quando 0 fecho-eclér — ou ziper, como de- sejar — estat colocado na costura do micio das costas. Quando, porem, ‘0 fecho tem de ser colocado na costura lateral esquerda, & linha do quadri fica ligeiramente detor- mada. Neste caso, € conveniente desviar um pouco a costura lateral em diregio is costa, a fim de es- condero fecho © a costura, ‘quando a saia € vista de frente. As: sim sendo, a frente se torna ligei- ramente mais larga do que as cos tas, Este procedimento, alids, deve ser rotingiro, sobretudo quando se trata de saids independentes. Pura obler-se a said mais larga na frente do que nas costas, o pro- ces0 € extremamente simples: basta que alargue a frente em lem, tragando a vertical A’C’ pa- ralela ao meio da frente — veja 0 esquema 2 — ¢ estreite as costas também em lem, tragando a verti- cal MD" para dentro do meio das costas. Com isso, a frente fica 2em mais larga do que as costas, Em ta manhos grandes — quadris_me- dindo acima de 106 cm — em ver de tom, use 1,5 cm, 0 que far frente ficar 3 cm mais larga do que as costas, Como a cintura acompanha au- tomaticamente esta modificagio, nio se esqueca de aumentar lem na frente da cintura da blusa e di- minuir lem nas costas ~ quando a saia € costurada numa blusa com Pences —. para que haja coinci- déncia das costuras laterais, Na frente, basta que diminua lem na profundidade da pence verti: 19 seu lado interno ~ 0 que nio alterard sensivelmente 0 bojo da pence ~e, nas costas, corte lem no lado, para que a coincidéncia das costuras no se altere, até mesmo a da pence da frente, se for 0 caso, CORRECOES Se vocé quiser possuir uma base de saia reta perfeita, faga-a primeiro em algodiozinho, experimente-a, corrija os defei- tos — se houver —, transporte as corregdes para 0 molde e corte- © em cartolina. Dai em diante, ndo haverd praticamente mais necessidade de provas, mesmo ue se trate de modelos que te- nham como base a Saia reta. Na hora da prova, pusse na cintura uma fita de ¢os ou ca- dargo com 3em de largura, fechando-a com colchetes. Ali- nhave a saia, sendo que nos quadris € no ziper, faga-o com equenos alinhavos, Os alinha- ‘vos largos podem ceder ~ se a saia estiver justa demais —, pro- vocando sirpresas desagrada- veis depois da costura definitiva maquina. Por fim, passe um alinhavo largo sobre’ linha dos quadris, para que ela fique vi vel pelo direito. Tomadas estas Precaugdes, s6 necessirias na primeira prova, vista a saia prenda-a com alfinetes na fita de 6s, pela linha de montagem = leia’ algumas ligées a frente como passar 0 molde para 0 tecido, No momento da_prova, © ponto de observagao impor tante se localiza na linha dos quadris, que deve ficar sempre bem horizontal. Quando. isto acontece, a queda da saia, dos quatdris para baixo, estari impe- civel, jd que a bainha ¢ paralela a linha dos quadris. Os defeitos. de uma saia reta se lovalizam, Portanto, ne zona intermediaria ‘entre 05 quadris © a cintura, Se- rio detectados com facilidade, observando com cuidado esta zona, Vejamos um exemplo. ‘A saia forma tras rugas hori- zontais entre os quadris e a cin tura, embora a linha dos qua- dris esteja absolutamente hori zontal, A conclusio é imediata: hha muta distancia entre os qua- dris ea cintura. Retire entao os alfinetes que prendem a saia a0 6s € alise-a para cima, desfa- zendo as rugas. Tore a pren- der os alfinetes e refaga com 0 giz de alfaiate a nova linha da Cintura. Verificaré que houve necessidade de aumentar a ca- vagio. Quando, a0 conteario, & cavagdo da base € muito forte ~ pessoas de costas retas — a sais levanta nas costas porque ali: nha dos quadris foi puxada pars cima, A corregio € inversa da anterior. Solte os alfinetes de 6s, pure a saia para baixo até horizomtalizar a linha dos qua dris e prenda novamente os ali- netes, a fim de refazer a linha da cintura com marcagées a giz. Retirando a saia, ‘nota que houve necessidade de dim nuir a cavacdo da cintura. Quando a saia forma lateral- mente as chamadas “barrigas” € que @ curva do quadril esta por demais pronunciada, Basta suavizi-la, retirando 0 excesso, Faca isso com allfinetes, na Prova, sobre © proprio corpo. _Com 0 exemplo destas corre- es, vocé jd pode ter um ro- teiro de como descobrir outros defeitos que a sua saia pode ter Basta um pouco de perspicicia © bastante atengao, 35 DE MODELOS, VARIAS MANEIRAS DE MONTAGEM DEUMA SAIA RETA O modelo eltssico de wna sata ex smn epoe patemmce aon moans, a nao ser nos diversas modos de mantagem das pecas. Estas ‘maneiras basicas de maritagen podem enti serar de pono de ‘para outros modelos, com @ Sain em dois panos — Separe a frente das costas pela costura la teral ¢ corte no tecido dobrado pelo meio da frente ¢ pelo meio das costas. Coloque o siper na costura lateral esquerda. Nao gos- tamos particularmente deste ti de montagem, porgue a colocacto do ziper na costura eurya do qua- deil exige muita pericia © nem sempre fica bem-feita, INTERPRETACAO DE MODELOS 37 Sala em um pano nico — Nao separe a frente das costas da base € corte-a no tecido dobrado pelo meio da frente, As costuras Tas inexistentes io substituidas por pences formadas pelas duas curvas do quadril, A sala tem uma. costura s6 no meio das costas, onde seri montado 0 ziper, Se cortar.a base da saia no tecido do- brado pelo meio das costas, entio 44 coslura passard a ficar no meio- dda frente, Saia em dois panos — E igual ao tipe anterior, apenas com a saia cortada em dois panos, tendo cos- turas contrais tanto na frente _quuamo nas costas ¢ costuras late- rais substituidas por pences. Colo- que © ziper na frente ow atrés, de acordo com @ modelo desejado. Saia em tr8s panos — Neste tipo de montagem, temos de fazer luma pequena alteragio na base, Nio separe a frente das costas. ‘Trace uma vertical desde o bic da pence da frente uté a bainha. ‘Comte esta linha © os dois lados da Pence, separando a base em dus partes! uma anterior, cortada uma Vez no tecido dobrado pelo meio da frente € outra létero-posterior, bortada duas vezes no tecido. De- pois de montada, esta sain fieard fom duus ¢osturas na frente, por Gina das coxas, € uma no meio as costas, onde serd colocado © Fiper. Nos lados, apenas pences de quadeil Sala em quatre panos — E pa- recida com a anterior, cortando-se as costas pelo bico da pence, exa- jamente como se procedeu na frente. E uma montagem original, porque a saia fica dividida em fquutro panos, com duas costuras hafrente ¢ duas nas costas.ou seja, um pano dianteiro, outro traseiro dois laterais. Nao hi costuras centrais nem laterais, O ziper pode ser colocado assimetricamente fuma das costuras ou, entiio tam- bam podem ser usados dois. zipe- tes menores nas duas costuras da frente ou das costas. Uma obser- vacdo: quando cortar as costas, arredonde o dingulo que se forma ‘os dois lados, na altura do bico a pence. Na frente, tal cuidado ispensivel, se os lados da pence foram tragados curvos, Como tivemos ocasiio de mencio- har na ligo biisica INTERFRETACAO DE MODELOS 39 ) sn Papel carbone — © papel car- bono é um bom auxiliar para a rae pidez do tragado de moldes no te- cido, embora seja bom tomar cer- tos cuidados ao trabalhar-se com ele, Como os moldes sfo sempre tragados pela metade — no consi- deramos a excecdo dos assimétri- cos —, sejam as pegas simétricas ou dobradas pelo meio na fazenda, 0 papel carbono, colocado 20 con- Iririo sobre 0 lado oposto, repro- duzird perfeitamente a outra me- tade do molde, © papel carbono escuro, preto ou marinho, quando Novo, suja sempre o-avesso do te- cido ¢, por isso, evite-os. Como ja dissemos anteriormente, no pro- cure transportar 0 tracado para 0 lado oposto com 0 carbono © a carretitha. Use, em vee dela, um estilete rombudo, como uma agu- ha de tricé, por exemplo, /| Agulhas — As costuras feitas a maquina si0, em geral, destinadas a armar 0 vestido e, para isso, dis- poem de agulhas especiais com 0 furo na extremidade pontiaguda Para os arremates finos, como as bainhas, 0 chuleio, os alinhavos, o pregamento de botdes ete, a cos- tura ¢ feita a mo, E como saber, a costura manual utiliza natural- mente as agulhas. Nao esque¢a, porém, que ¢ essencial usar ague Thas que sejam adequadas linha © 20 tecido, com 08 quais vai traba- Ihar, Por este motivo, existem muitos tipos de agulha, cada um se destinando 4 um fim especial. Es- tes lipos variados se diferencia pela forma do orificia — redondo ‘ou alongade — pelo comprimento, ppela grossura e pela ponta — pon+ ‘iaguda, redonda ou rombuds. -agulhas comuns de costura sio in- dicadas por nimeros: quanto maior for este mimero, menor € mais fina seré a agulha. As mais usadas variam de 8 a 10, sendo a de nimero 7 a mais comum. Ao escolher a agulha, considere 0 gé- nero de trabalho que vai executar, 6 tipo de tecido — sua estrutura ¢ peso —, como também a espessura da linha, Tenha sempre como re- gra que uma agulha adequada deve ser suficientemente fina para penetrar facilmente no tecide e sulicientemente forte para nfio en- curvar ou quebrar com freqiién- cia, AAs aguihas devem ser de ago de boa qualidade, pois duram mais © ndo entortam com facilidade. Para que nao enferrugem, os pa- cotes de aguihas devem ser con- servadas fechados, sempre que nfo estejam em usa, Se, entre- tanto, a agulha por acaso enfern- jar, pode ser repolida com a ajuda ide'um pacotinho de gesso. q ae Linhas — A escolha da linna a ser usada depende do tipo de te- ceido que ela vai costurar, Assim, use linha de algodio para os teci- dos de algodio, linhas de seda para os lecidos de seda ¢, para 0 ‘caso de tecidos & base de fios arti- ficiais ou sintéticos, a escolha deve recair nas linhas sintéticas, Além disso, a espessura da linha deve ‘sombinar bem com otamanho da agulha. Nada mais incmodo do gue transformar 0 momento de eenfiar a linha na agulha numa ver- dadeira_acrobacia de mios © de olhos, E € isso 0 que acontece quando se usa linha grossa demais Dara ofuady da aguiha eom cue se vai trabalhar, E preciso, tam: bém, muita atengdo na escolha da linha, que deve sér de cor bastante parecida com a da fazenda, para que 0s pontos no fiquem muito Misiveis, Para os alinhavos, porém, deve-se usar linha de cor dife- Tene, para que se tornem bem destacados. De uma maneira ge- fal, para os alinhavos, usa-se li- nha branca nos tecidos pretos ou de cor escura e linha preta nos beancos ou do cor clara UTENSILIOS DE MEDIDA Como qualquer trabalho bem feito tem de ser meticulaso, a questo das medidas & muito im. Portante no tragade dos moldes. O velho ditado de nossas avés, “meca mil vezes, mas corte uma sé vee” nunea deve ser esquecido por qualquer uma que se propo- nha & comar e costurar. Quando for cortar uma roupa qualquer, mega a farenda disponivel e tenha serteza absoluta de que é sufi- ciente para o modelo que deseja confeccionar. No cometa jamais a tolice de ir cortando um tecido sem saber qual a metragem exi- sida pelo modelo, afim de nio ter Surpresas desagradaveis, arriseando-se ainda 4 perder todo © tecido, pelo fato, bem freqente, de nijo encontri-lo mais & venda, Os principais instrumentos de me= dida sto: Fita métrica — & indispensivel para tirar as medidas do corpo © cotejar estas medidas quando os mokdes forem iragados com a ré- ua. As fitas métricas tém sempre 1,50m de comprimento com as ¢x- tremidades protegidas por metal As vezes so fabricadas de borra- cha sintética = as melhores — ou- tras de tecido revestido, que tm pouca duragio e comegam cedo a descascar. Régua métrica — Nao se destina A costura mas ao corte. Por este motivo, para sua maior comodida- de, possua duas réguas, uma de meio metro ¢ outra de um metro para tragar moldes maiores ¢ meno- res, E sempre conveniente comipa- rar as divis6es da fita métrica com as da régua, Se concordarem com exatidio, tudo bem, ¢ af pode tra- ar os seus moldes com a régua, uutilizando suas proprias divisécs, Se tal no acontecer, o que ¢ muito freqiente, use a régua ape~ nas para tragar as retas dos moldes ¢ faga as medidas com a fita mé- trica, pois foi com ela que tirou as dimensics do corpo da pessoa a quem se destina & roupa, Eviden- temente, isto s6 se refere &s medi das fundamentais, As complemen- ares. podem ser determinadas com as réguas, jd que nila interfe- rem decisivamente com o tama nho da roupa. CONFECCAO DEUMAROUPA: QUALQUER-1 Para que o resultado da confec- so de uma roupa qualquer seja satisfatdrio, sem defeitos ¢ com bom caimenio, € necessirio que, antes e durante 0 trabalho, sejam observadas algumas regras, que fax vorecem e simplificam 0 trabalho. Siio oito etapas ou fases que de- vem ser seguidas, tanto quanto possivel, cuidadosamente: ‘Aqui, abordaremos eada fase de maneira mais ov. menos superfi- cial, jd que elas serdo-objeto de li ‘cdc¥ especiais, se ja nfo o foram somo a tomada das medidas ¢, parcialmente, 0 preparo da fa- Zenda, 1, Escotha do modelo — Antes de tudo, quando vos resolve fa- zzer urna roupa, deve escolher, evi= dentemente, o modelo, Essa es¢o- tha é muito importante, porque & muito comum, ou melhor, & quase regra geral que se compre a fae zenda primeiro e 36 depois é que se escolhe 0 feitio, Este erro ndo é grave nem irremedidvel, a fim de oupar muita dor de cabega na es- cola de um modelo que se adapte ‘a0 tipo de fazenda e & metragem adquirida, Dai, ser aconselhavel fazer exatamente o inverso, ou seja, ¢ muito mais facil conseguir o teeido adequado a um modelo previamente escolhido do que en- ‘contrar um modelo que se ajuste ‘com perfeigdo a um tecido jd ad- quirido. ‘Antes de se decidir na escolha do modelo, niio se esqueca de le~ var em conta o seu tino fisico, 0 $2 tipo psicoldgico e a finalidade da roupa. Se vocé € gordinha, deve preferir as roupas de linhas simples, cortes verticais que alon- gam a silhueta © roupas muito jus- tas, evitando, ao mesmo tempo, os franzidos, os drapeados exagera dos. ¢ 08 detalhes que afogam a li- nha do corpo, como os babados ou as golas muito altas. Se é ma- gra, deve, ao contrdrio, escolher modclos amplos, mangas © saias fartas, muito franzido, drapeados a novia plas de gualgoer gS nero. Se voce ¢ baixa, fuja das saias volumosas ou mul redadas, dos modelos que cortam a silhueta. a0 meio ou que estejam sobrecar- regados de detalhes mas, se ¢ alla, fique com 0s modelos de linhas ‘horizontais ow assimétricas ¢ evite, claro, as linhas verticals ou os de- ‘talhes que avolumam © corpo. 2. Escotha da fazenda — Depois de escolhide 0 modelo, procure um tecido que no sd seja ade- quado ao feitio como também a0 pe fisico de quem vai usar a roupa. As mulheres baixas e/ou gordinhas devem esquecer as es- tamparias grandes e muito vistosas Ou 8 tecidas muito. encorpados, dando preferéncia ds estampari miuidas, género “pois” ou liberty, ou iis listras estreitas. Por outro lado, as mulheres muito magras para sua estatura podem usar em medo os esiampadies ¢ as fazen- das armadas, porque parecerio mais cheinhas. As cores também sfo importantes, jd que os tons es- cures ¢ s6brios ¢magrecem ¢ alon- gam a silhueta, enquanto 0 branco € as cores claras ou vibrantes en- gordam © aumentam © corpo. 3. Preparo da fazend — Depois de adquirida a fazenda ¢ antes de somegar a trabalhar com cla, ¢ preciso prepariela para o-corte. Jit ahordamos 9 assunto anterior- mente, embora restem alguns con- selhos'e detalhes que iremos co- mentar oportunamente, 4. Tomada das medidas e corte das pecas do molde — A tomada ‘das medidas deve ser uma opera sio cuidadosa para evitar surpre- sas desagradiveis na hora da prova. O modo de tomar ax medie das de uma pessoa jt foi assunto abordado detalhadamente em. nossa primeira lige, Quante ao corte dos moldes em papel, ele pode ser feito a partir de seus pro- prios conhecimentos ou os nos- sos moldes publicados em revistas especializadas, No primeire caso, seus conhecimentos serio justa- mente adquiridos através. das li- Ses do nosso curso. Para o tragade € 9 corte dos moldes no papel, vocé pode esco- Ther © papel manilha ou o papel Kraft, ambos em folhas de tama- ho duplo. © primeiro € mais ba- rato, porém 0 segundo € mais re- istente e, por ser mais encorpado, facilita_muite 0. transporte do molde para 0 tecido. Além disso, tenha sempre & mio algumas fo- thas de papel manteiga que sio de enorme utilidade na interpretagio de modelos, como veremos atra- vés de ligdes futuras, Tenha uma tesoura especial para cortar 0 pa pel, pois at fazendas so muito entes quanto ao fio-delas ¢ 0 par Pel gasta-o com mula rapidez. Mais adiante, voltaremos a esse assunto, importante para o bom desempenho durante feitura dé uma roupa, vaser" em francés signi- ee fica dilatar, aumentar alargar uma abertus um orificio ow um ele: mento qualquer. Conseqiiente er" uma saia quer di- zer alargicla para baixo, retirando- Ihe @ linha reta ou tubular, A saia evasé — vamos usar o termo aportuguesado, jd que no temos o equivalente em nossa lin gua —é, portanto, aquela que abre ligeirattiente para baixo, sem cone nie tudo) mar gomos, uma vez que a sua largura € relativam X, pois esta tuctas € pinturas murais na antiga Creta mostram que elas jd exis tiam naqueles tempos remotos. Pot volta de 1900 gozaram da ‘mesma popularidade que os espat- tithos © na primeira metade dos anos sessenta a mada ressuscitou as saias evasés que haviam caido no astracisme, 44 SAIAS EVASES, Hi varios tipos de saia evasé, dependendo da mancira com que # conada, Nesta ligio, comegare- ‘mos pelo tipo mais simples, & que chamamos de placado, E aquele ‘em que a sala abre apenas nos lax dos, num movimento lateral so visivel de frente, enquanto se torna achatada, quando vista de perfil (a menos que 0 carpo seja Uio redondo que arrebite a sala na frente ¢ nas cosias). E cortada em apenas dois panos, o da frente € 0 das costas, unidos pelas costuras laterais, fecho-ecler na lateral es- ‘querda, Como ma saia reta, hd a al- temnativa de cortar 0 pano das cos: tas duas vezes, criando assim uma costura. central, onde seri mon- tado o fecho. A saia deve cair bem armada, de modo que, se for confeccio- nada em iecidos moles, © forro deve ser encorpade para dar-the maior firmeza, Em “Jeans”, brins ou gabardines, o forra € dispensi vel, Seu corte ¢ de extrema simpli- cidade. Frente (esquems 1) ~ Trace, em primeire lugar, a frente da base da ‘sia reta, Em’ seguida, alangue a bainha na jateral, de'A. para B, numa medida que lhe dé visual- mente a abertura desejada para a saia, Note que, quanto mais cura, a stia, menores sdo as medidas para o evasé €, quanto mais longa, maiores as medidas. Numa saia de comprimento- médio — entre 60 a Oem =o alargamento para o evasé varia entre 4 € Iem, Abaixo: éedem, a saia ainda manterd uma linha quase retae, acima de 12em, ‘© peso natural do tecido Fars com que a tombe nas laterais, for- mundo “orelhas” deselegantes Uma vez marcada a distancia LINHA DOS QUADAIS AB para o evasé, levante uma reta partinds do ponte B até tocar a eurvatura do quadril, a fim de ob- ter a costura lateral, Atingindo o quadril, basta sepuir a sua curva até a cintura, Se a bainha perma- ecer reta, formara uma ponta la feral quando juntarse com a das costas. E preciso, entio, arredon- dar a bainha, subindo-a no lado, de B a D, Em saias de compri mento médio, com um evasé AB de 10 4 12cm, BD mede geral- mente 2em. Como, porém, o arn dondamenio da_bainha depende do valor do evasé, o mais pratico € Iragar a frente ¢ as costas, junti- las pelas costuras laterais ¢ tragar © arredondade naquilo que for ESQUEMA 1 MEIO GA FRENTE WOSRAD LINHA DOS QUADAIS ‘SAIAS EVASES 45 necessario. Costas (esquema 3) — Trace agora ax Costas da base da saia rete e, em seguids, intraduza ralmente de A para B as mesmas modificagdes que foram feitas na frente, inclusive 0 tragado da cose tura lateral, Para melhor clareza, basta observar o esquema 2. Conte no tecida — Corte a frente uma vez no tecide dobrado pelo meio da frente. Para as costas, yoo’ tem duas apgies: coma na frente, corte as costas uma ver com # fazenda dobruda pelo meio (fecho-ecler na lateral esquerda) Ou enide corte as costas dias ve- zes, colocando 0 ziper na. cost ura central que foi criada. ESQUEMA 2 {DOBRA OU ZIPER) MEIO DAS COSTAS wesamsevasts Ag contririo da anterior, a saia evasé cbniea é cortada em quatro anos que abrem pars baixo nas quatro costuras, de modo que o movimento se faz por igual em toda a volta da saia. Coloque os panos no tecide de maneira que o fio coineida com a vertical do ‘meio do molis, ficando todas as eosturas num meio vies Esta saia tanto pode cair mo- Jenga quanto armada. No primeiro caso, bast cortéela em. tecidos flexiveis ou entdo colocar 5 mol- des em pleno vids, sem usar forro No segundo casa, tornase conve- niente forrdla com tecidos bem firmes ou, entéo, optar por um trugue: eologue na sala uma bai- nha postica de 20 a 30cm de al- ura, com uma entretela eneor- pada colada sobre o seu avesso, Se no quiser costutas centrais, basta colocar as moldes sabre 0 tecido dobrado pelo meio, a fio eto ou em pleno vies, de acordo com # queds desejada. Freme (esquema 3) = Em pri mei lugar, trace a frente da base dasaia reta, upOs 0 que, slargue a bainka cm ambos os lados, de Ea Gede Da F, em medidas iguais, de modo a obter visualmene a abertura que deseja para a. saia, Come na. stia anterior, quanto mas curta ela for, menores sio as medidas dudas para 0 vase, © quanto mais longa, maiores as me- sis. Numa saia de comprimento smédio —entre 60 a 20cm — oalar. yamento para o evasé deve ‘ser, fm cede lado, a metade daquele ESQUEMA 3 ‘que indicamos para saia placada, ‘ou seja, uma variagdo entre 2 € scm. Uma vee marcadas as distancias EG © DF, ligue 0 ponto F ao ponto A no meio da cintura, por uma reta, que serd a costura do meio da frente, Para a costura la» teral, levante outra reta, do ponto G até Locar a curvatura do quadril © seguindo por esta linha até che- Rat fa cintura. Como a saia vai formar pantas ao nivel das costu- ras, ¢ necessdrio arredondar a bai- SAIAS EVASES 47 raha, subindo-a de Ga G'e de Fa F, em tem aproximadamente quando @ saia tem camprimento medio. © mais pritico mesmo, juantar 65 pat- ¢ arredondar a bainha na medida que for necessdria. Costas (esquema 4) ~ Trace as ‘costas da base da saia reta e mela introduza as mesmas modificagdes que foram feitas na frente para x ebtengiio da linha evasé. Observe bem 0 exquema 4, se ver qual- quer divida, LINHA DOS QUADRIS EsQueMa a INTERPRETACAO. DE MODELOS. Pritica, sem muitos detalhes, esta saia ¢ ideal para as suas alivir dades difrias. Livre de modis pade fazi-la em tecido resist pois no corre 0 perigo de cai moda. Coriada em panos evasés, 1 sai tem trés na frente € dois nas costas, Sobre 0 Os largo se apdiam dois enormes passadores, presos por “lic placs™ sobre us osturas da frente, Costuras ¢ bore das so sublinhadas por pespon- tos, que s€ cruzaim Ba parte supe- rior dos passadores. Querendo, pode pasar um. sinto delgado por cima do «6s. Tecido — “Jeans”, brim ciqui, verde-oliva ou gabérdine de alfo- dio, Metragem — Duas alturas da sais, incluinde tilha e os dentes impelentes. En- quanto 0 pe calcador segura o teeido, mantendo-o em posigdo para ser atravessado pela agus tha, que leva para baixo a linha que vai dar o ponto com a linha da bobina, os dentes impelentes fazem avangar 0 teeido para te ceber 0 ponto seguinte, depois que a aguiha torna a subir. Esta mancira de funcienae mento da miquina de costura diz respeita a0 ponto reto co= mum, mas constitul também as aperagbes bisicas para outros ti- pos de pontos, como o de zigue- rague, 0 flexivel, 0 corrente ou 9s pontos especiais para borda- os, pregar botdes, etc, ete, em- bora para estes pontos sejam ne= cessitios acessérios especiais. Para 0 ponta de ziguezague, a aguiha trabaiha movendo-se de um lado para © outro. Jé no ponte Mexivel, apesar de cla maver-se, tis vezes, de um lado para © dutro, a caracteristica principal se coloca nos dentes impelentes, que deslocam 0 te- cido nas dois sentidos da costu- ra, isto é para frente ¢ para twis. Todis as maguinas, que também executam o ponte flexi= vel ¢ @ de ziguczague, esto equipadas com dispasitives es- peciais que regulam 0 comprie mento € 4 largura dos pontos. 62 As miquinas de costura po- dem scr movidas a pedal ou a motor elétrico, Tanto podem vir montadas sobre uma bancada, como incorporadas a um mével, ou eno portdteis — bem priti= a5, para quem nao dispde de muito espago. Miquina de pedal — Sio as mi- quinas primitivas, totalmente em desuso 10s dias dé hoje com 0 ad- vento da eletricidade © a sua cx pansio para as eidadezinhas mais distantes. Sio _montadas sobre lima armagdo de ferro fundide, que suporta uma mesa de madeira © a cabeca da maquina. Podem também ser ineorporadas em um mivel. Neste caso, a cabeca ¢ bas- gulante para ser dissimulada. por baixo da mesa quando nio esté em uso, O pedal ¢ impulsionado pelo pé, para frente © para tras, a fim de fazer funcionar os diferen- tes: mecanismos por intermédio de uma correia que passa pelo vo lante, ‘Miquina elétrica — Nesta mi- quina, @ acio do pedal € substi (uida’ por um moter elétrico, acompanhado por um reastato eo" mandado-pelo pé. A miquina elé- triea pade ser, como a maquina de pedal, montada sobre uma arma gio ou dissimulada’dentro de um mével. Para 0 uso doméstico, cla geralmente portatil, para nio oe par muito espago nem se tornar Um estorve em apartamentos pe quenos. A cabeca © uma peque- nina mesa dobravel substituem a mesa de trabalho © todo con- junto est4_ colocado dentro de una mateta, OF reostato pode ser ¢0- mandado pelo pé ou pelo joelho, com aunilio de uma haste me. tdlica, chamada joelheira. ‘O motor elétnico, de pequens forga, encontra-se geralmente por Iris da cabega da maquina, A ve- lacidade que se obtém & de cerca de 800 a 1.000 pontes por minuto ras maquinas do tipo doméstico Nas industriais, a velocidade & muito maior, ebrigando as eostu- reiras nao habituadas a elas a um lreinamento previo, A CABECA DA MAQUINA Ea parte essencial da miquina de costura, F constituida pelos mecanismos transmissores, bem sincronizados, cuja aco permite a9 fio superior chegar ao fio infe- rior da bobina para, comele, dar a lagada que forma 0 ponto de cos- tura_conhecido como. “ponto 1. A aguiha, 0 guia-fio, o regulador de tensio © 0 estica-fo conduzem, freiam ¢ afrouscamn a li- ha superi 2. A bobina, a langadeira © 0 gancho da lancadeira armazenam, conduzem ¢ freiam a linha inferior. 3.0 pé caleador pressiona o te= cido sobre os dentes impelentes. 4, 08 dentes zem © tecido para a frente apés cada. ponto, condus 5. O volante, colocado A direita -da cabeya da maquina, transmite © movimento ao mecanismo, per= mitindo levantar ¢ baixar a agulha ‘com a mio para enfiar a linhs ou ‘enfiar a agulha no lugar desejado para dar inicio 4 costura, 6. O-enchedor da bobina — algu- mas méquinas possuem um botdo acionador que interrompe a ¢os- tura € agiona 0 enchedor da bo- bina automaticamenie, sem que seja necessirio remové-la, 7. A alavanca do pé calcador serve para levanté-to ou abaixé-o. 8. O fixador da agulha permite fixat ou retirar agulhas simples e duplas. 9, O-prendedor do carretel fixa 0 ccarrete! no pino que, em algumas ‘miguinas, € vertical e, em outras, COSTURA WV 43 PEGAS PRINCIPAIS: DE UMA MAQUINA DE COSTURA 1. Chapa da agulha 2. Pé caleador 3. Contador de linha 4, Farolete embutido de ilumina- Bo 5. Guie-fo: 6 Regulador da pressio do calca. dor 7. Esticacio ‘Alavanca reguladora da largure do ponto Guiaslinha de enfiarento auto- matco Prendedor do carretel Volante Alavanca de posic8o da agutha Botdo de retrooesso rapido Seletor do comprimenta do onto lntereuptor de uz @ foros Fixador da aguina Tampa dobrével Chapa corredica 20. Dentes impelentes: € horizontal, permitindo que a lie nha se desenrole suavemente, sent que o carretel gire. 10, Os que sto dis. positives para controlar a pressio do pé calcador, a tensio da linha, a largura € 0 comprimento do ponte, LI, © guiafio assegura a se- giiéncia do enfiamento antes da passagem da linha pelo estiea-to. 12. © extica-fio controla o fuxo da linha superior, Ha outras pegas de maior ou ‘menor importincia, como a chapa corrediga, que da acesso a bobina; © farolete de iluminagio, que ili- mina a regio da costura, etc, Es- tas pegas variam de marca para marca € se poderd tomar conheci= mento delas através do manual que acompanha todas as mé- quinas, 64 COSTURA AGULHAS. A agulha € a pega mais delicada da maquina e, para obter-se bons resultados na costura, escolha sempre uma agulha de niimero ¢ fonts adcquados para tcc ea inka que se vai utilizar, ‘A agulha ¢ constituida de duas partes principais, 0 tronco.ou parte superior ¢.a limina ou haste, parte inferior, ligadas entre si por um afunilamento chamado espalda. A ‘extremidade superior do troneo é a cabega ¢ 2 extremidade inferior da liming & a ponta, onde s¢ en- ‘contra 0 buraco ou o fundo, para passage da linha, Um dos lados do tronco € plano, enquanto 0 au- ‘to € abaulado, onde se encontra® uma ranhura, que desee ao longo da lamina até 0 buraco. Esta ra- nhura chama-se fresado, Nimero das aguthas — O ni= mero da agulha, marcado sobre o tronco, indica a sua grossura. HA dois sistemas de numeragdo, No sistema métrico ela ¢ dada em ‘centésimos de milimetro: ao n? 70 ‘eorresponde a agulha mais fina — usada em tecidos leves € deticados ‘quanto o n° 110 sorresponde aguiha mais grossa ~ utlizada ‘em tecidas pesados, No- outro sis- ‘tema de numerago, a agulha mais fina € a de n° 9 ¢ a mais grossa, a dent 18. Na costura usual, as agu- Thas mais utilizadas variam entre os ne 70 ¢ 90 (9 a 14). Tipos de = Conforme sua ponta, existem as agulhas de ponta fina (normal), indicadas para todos os tipos de tecidos fa- bricados por tecelagem; as de ponta arredondada, para as ma- has; © as de ponta facetada, para 08 couros € tecidos ou materiais sintéticos. Outros tipos de agulhas so as duplas ¢ as triplas, usadas para. pespontos duplos © pontos decorativos. tga ou agua bite aril somente ‘pensa eatemas wee garde oe ‘osteo noe coe sre ‘tira res pete ‘Use da aguiha — Nio & sufi- ciente que a agulha seja do tipo ¢ da grossura adequados a0 tecido com que se vai trabalhar. E tame bém importante que ela seja ade- quada & miquina onde vai ser co- locada. Em sua maioria, as agu- has de mdquina sio intermuté veis, mas € scmpre conveniente verificar na embalagem se elas sfio indicadas para a sua maquina, PES CALCADORES De acordo com 0 tipo de cos tura, existem pés calcadores com sapatilhas especiais, como a supa: tilha para costura eta (sapatilhe ordindria), a sapatilha para 0 2 guezague, a sapatilha para ciperes: a sapatilha para casas, a sapatilhs para pregar botdes © a sapatilhe especial para costuras decorativas, Sarat CHAPAS DE AGULHA Também existem em varios tt , conforme a costura a ser Feta. Assim temos a chapa de ape de ziguezague, que pode ser com qualquer sapatiha; & de aguiha para costura reta, 56 deve ser usada coma sapa 4 para costura reta; a chapa de para coment, que deve ser usada junto com os de- mais acessérios quando se deseja formar a correntinha ou costurar em ponto corrente; ¢ finalmente a cobertura dos dentes impelentes, usada para costuras com movie mente livre, pregar boides © eer- air, UTILIZAGAO E REGULAGEM DA MAQUINA Antes de comecar uma costura, manobre a maquina com a milo, girando © volante (faca-o sempre em sua diregio), a fim de que a agutha, com a linha superior, vi puxar a linha inferior ow da ‘bo- bina, Deslize os dois fios para trés do pé caleador. Coloque 6 tecido ‘em posicdo © baixe o pé ealcador sobre ele, a fim de dar inicio& cos tra, ‘Comprimento do ponto — Todas as méquinas de costura possuem dispositivos que permiter vari © comprimento do ponto, adaptando-o ao tipo de trabalh O comprimento do ponto para costuras simples varia de acordo Com o peso, & texturae a estratura ou processo de fubricagio do te- cido, De um modo geral, quanto mais pesado o tecido mais tongo deve ser 0 ponto, Pontos curios ou apertados, de 1a 1.5mm, sio usados com linhas finas"em tecidos leves © para o “cordonnet™, Os pontos normais, que variam de 1,5 a 25mm de comprimento, so utilizados para 0s tecidos de peso médio, como os crepes, 08 algoddes, 08 veludos, etc. Os pontos longos de 3.a 5mm servem para alinhavar ou para franzir, chegando mesmo, em cer- tas maquinas, a medir Sem, ‘trabalhar com couro e iateriais sintéticos, € conveniente sat um ponto relativamente longo, que reduz sensivelmente o perigo de esgarcar, uma Vee que a agulha perfura menos vezes. E asonselhdvel, quando: no se tem muita pritica, fazer uma expe via num retalho, para regu- an & t COSTURA IV 65 lar o comprimento do ponto em fungio da linha utilizada e do te- cido a costurar. © ponto estard bem formado quando 0 eruzamento das linhas se efetuar na espessura do tecido. Se a tensio das linhas no est correta, 0 cruzamento aparece 30 bre uma das faces, conforme a tensio errada esteja localizada na ‘2 superior ou inferior. Por este motivo, todas as méquinas pos- suem um dispositivo dé regulagem da tensio da linha superior © & maior parte delas também possui ‘outro para regular a tensio da lie nha da bobina. Quando a regula~ gem ¢ alla, a tensio torniase ex- cessiva e 2 linha fica insuficiente para a formagéo do ponto. Neste ‘230, 0 tecido franziri € os pontos se apresentam esticados, com ten déncia para se partirem, Ag con- tririo, quando a regulagem € baixa, a tensdo insuficiente pro- voca lum excesso de linha, € a cose tura ficard frouxa ¢ fraca. INCIDENTES NO TRABALHO DA MAQUINA a) A aguiha cega (poma rom- buda), teria, curta ow longa de- mais pode provocar pontos falha- dos, isto é, pontos em que a lagada ndo se verifica. b) Quando a linha parte, € po= que ela.esté mal adaptada a espes- sura do tecido, a0 didimetro do bue raco-da agulha ou, ento, porque a tensiio do ponto é forte demais, a ‘agulha estd mal colocada, torta Ou sem ponta. ©) Quando a agulha se quebi Porque esti montada obliqua- mente ou porque é fina demais para 0 tecido, 4) Quando.a costura fica ligeira- mente franzida, verifique a tensio das linhas ¢ modifique-a no que for necessirio, QUALQUER (CONCLUSAO) Ji comentamos as quatro pri- meiras fases ou tapas que devem ser seguidas antes ¢ durante a con- fecgio de uma roupa qualquer, que 0 trabalho transcorra fi cil ¢ répido. Abordaremos agora as quatro fases: finais. 5, Passagem dos rioldes para 0 tecido — Hib costureiras que eor- tam diretamente no tecido, ar= mando 0 vestido, muitas vezes, no Proprio corpo ou sobre um mane= quim, Este processo, entretanto, ¢ arriscado, exigindo muita periciae seguranca. Sua dnica vantagem € poupar tempo, Mas as principian- tes no devem tentar isso, porque podem desperdigar uma boa parte da farenda, se cometerem algum erro, E aconselhivel cortar sem- pre o molde em papel € depois transporticlo para © tecido, to- mando alguns euidados neste pro- cesso, Verifique s¢ as medidas cs- Ho correlas ¢ se a metragem total do tecido foi calculada com exati- dio. Como-0s moldes sio tragados cortados nas medidas exatas no papel, acrescente uma mangem de ‘costura de 2 a 3 cm a0 passé-los para o tecido, Para as bainhas, margem & extremamente wariivel Voltaremos a este assunto, com miiores detalhes, numa ligdo €s- pecial. Lembte-se de que certostecidos ‘estampados. requerem maior me= ‘tragem. Sio exatamente aqueles ‘cuja desenho tem pé, Neste cas0, quando 0 desenho for disposto numa diregio, a parte superior de todas as pegas do molde deve es- ‘ar voltads no mesmo sentido. Do mos a uma sain god’ em panos Jjustos nos quadris, INTERPRETACAO DE MODELOS, UMA MINISSAIA ESPORTIVA Emibora esta saia evase tenha sido interpretada como uma minéssaia, isto ado inpede que wood possa fart {a ent comprimerto mais forgo, sem pprejutzo do equltibrio de suas linkas gerals, Um ziper grosso, metalic, ‘montado de maneira a ficar inueicamente visivel, fecha 0 meio da frente. Pode ou nio ser de encaire wolto, a escofha & sua. Uma pala, ‘econipanhiando a cintura na jrente, ddesce em ponta nas castas. A frente & formada por dois panos evasés de ‘eada fado, enquanto as costas se ‘compéem de apenas dois, separados ‘por wma costara central que desce do ico da pala. Ainda nas costas, aplieam-se dois botsos, com tachasde metal nos cartas superiores. A elttura se arremiaia com wn cit largo, aberto na foente em dois bic Todas ax bordas ¢ costuras so ‘marcadas por wn pesponto dupto, fem branco ou noutro fom qualquer dda sua preferéncia. ‘Material ~ Brim de algodéo, do tipo jeans, seja 0 cldssico ou 0 “stone color”. Um ziper grosso de metal do mesmo comprimento da sai. Linha de torgal para os pes- pontos, “Metragem — Para tamanhos pe= quenos, basta uma altura de saia mais 35em (pala ¢ bolsos), Para ta- manhos grandes, compre duas al- turas da saia. O tecido deve ter 1,40m de largura, MOLDE Frente (csquema 4) — Trace frente da base da saia evasé sem pences, de acords com 6 que ens fnamos na ligho 5. A seguir, trace a linka da pala AB, paralela a cin- tura HC, de modo que largura HA seja igual a cerca de 7 Wem con- forme © comprimento da saia #0 manequim da pessoa, Marque © ponto D na metade INTERPRETACAO DE MODELOS 71 da AB c o ponto E na metade di bainha FG. Ligue 0 ponto D: 20 ponio E por um reta, determi- nando assim es dois panos, Corte linha ABa fim de separar a pala. Pano central da frente (esquema 5) — Corte o malde da frente pela linha, DE para separar os panos. 0 pano central seri o da esquerda. Corte esta pega duas vezes no te- cide. ‘MEIO DA FRENTE ESQUEMA 5 7 Pano lateral da frente (esquema 3) = Depois de cartado © molde da frente, o pano que sobrou, o da direita, serio pano lateral. Corte duas vezes no tecido. Pala (esquema 7) — Em pri- mneiro lugar, trace as eostas da oase da saia evasé sem pences, de EMPRETACAO DE MODELOS acordo coma lide S. Pegue a pala que recortou da frente ¢ com auxilio de fita durex, cole-a pelo lado CB na lateral do molde das costas, Prolongue a linha da pala, a partir do ponto B, numa reta in- clinada até 0 meio das costas ‘onde formard um bico. A altura do II — cerea de 12 cm — deve ser tal que permita 0 tragado da reta BJ num proiongamento natural da "AB, sem formar nenhuma angule- 40 no ponto B. Corte a pala uma. ¥ez no tecido dobrado pelo meio das costas a fio reto, de modo que a freme ficard envieseds, ESQUEMA 7 z 8 a 9 = ESQUEMA 9 INTERYRETACAO DE MODELOS 73 Costas (esquema 8) — As costas da saia sio constituidas pels parte inferior do molde anterior, depois de cortada a pala. Corte esta pega duas vezes no tecido. Bolso (esquems 9) — Trace 0 balso de acordo com as medidas do esquema, que também mostra a dispasigio dos pespontos. Conte duas vezes no tecido. Cais (esquema 10) — Trace 0 re~ tngulo ABCD, em que AB mede a metade da cintura e AC mede 4 a Sem, conforme se deseje um cos ‘mais largo ou mais estreito, Na ex- tremidade BD da frente, marque BE com lem e ligue D'a E por uma reta, prolongando-a para cima, até F, numa altura de 3 em, Trace a borda superior do cbs. i gando © ponto F ao ponto G, que deve estar na metade de AB. En- curve a linha ligeiramente ao nivel do ponte G, Corte 0 ois duuas ve- zes no tecido dobrado pelo meio das costas AC. Corte mais uma vez na entretela. MONTAGEM, 1, Dobre a bainha da borda su- perior do bolso (ela deve ter 7em de largura) para o avesso e fixe-a com as pespontes duplos, indica- dos no molde, Dobre as margens do bolso ¢ aplique-o sobre as.cos- tas da sta, de aeordo com as dis- incias indicadas no esquema 8, Prenda-o com pespontos duplos, lum deles rente & Beira ¢ ouiro a mm de separagio. Alii, todos of Pespontos da saia devern ter esta mesma separacdo, 2. Costure todes os panos da saia e pesponte as costuras 3. Monte a pala na saia e pes: ponte a costura de montagem. 4, Prepare o cos, entretelando- ©. Para isso, cole a entretela no avesso de ‘uma das. partes © aplique-as, uma sobre a outra, di- reito contra direito. Costure a borda superior, vire para o direito, passe a ferro ¢ monte na cintura da saia. 5. Na frente da saia, monte o af per, de modo que seus dentes fi quem inteiramente visiveis, SE iz COMO TRANSPORTAR QS MOLDES PARAO TECIDO Apesar de advertoncias & ceonselhos de costureiras mais experimentadas — profisstonais ou indo —, mullas pessoas continuam a evar as moles para o tecid de maneira inadequada. Por este motivo, © que vamos aBordar agui née se dirige espectficamiente as principiantes, max também aquelas ‘que, erabera castureni hd algum tempo, ainda comietems = por desinformacio ow pressa ~ certos erros no bom desenvolvimento do trabalho. Um desses erros & 0 hibito de recortar as pegas do matde no tecido, pasando a tesoura em torno do ‘molde afinetado, ser marcardo sta, Naa fa saat 4 roupa poderd apresenaar defeitos na ‘prove, que 9 molde mio continka. Para que o resultado do seu trabalho do the provoque dores de cabeca, procure marcar wo tecido, de ‘maneira clara e precisa, 0 contorna de cada peca com todo as seus detathes. [sto, inclusive, vaiethe oupar tenipe Fa Kora da execucdo ‘montagem do vestido PREPARO DO MOLDE Depois de cortado 0 molde no papel, faca piques nas ex- tremidades das linhas que mar- cam dobras, mcios de frente ou de costas, bem come piques in- temas nos pontos das casas de bolo, nos dngulos da montagem dos bolsos, ele, Se houver pences, ssburaque-as, iste &, corte 5 seus lados. Desta maneira, 0 molde pode ser lido pelos dois lados, ja que a maioria detes € cortuda em sentidos inversos para o lado direite e para 0 esquerdo (fig. 1), & ndo ser os moldes assimetricos. ‘TRANSPORTE DO MOLDE Hi duas maneiras de marcar os moldes ne tecido; com lipis ou com alinhavos, Antes, porém, prenda o molde na fazenda — respeitando a indicagio do sentida do fio = com auxilio de alfinetes colorados nos dngulos ¢ dep junto as bordas, de maneira a fide lo bem. |. Mareagio com bipis — & um prosesso rdpido, mas tem dois inconvenientes: 0 avesso fica riscado ¢ 0 molde na fazenda sé pode ser lido pelo avesso, 0 que ‘do facilita a montage. Uma vez preso 0 molde no tecido — como J8 ensinamos ~, contorne-o com ‘um trago de lapis, bem juntinho das bordas. Faga pequenos tragos indivativos ao nivel das piques das linhas de dobra. € dos meios, Com a ponta do lapis, marque as indicagdes internas de casas € bolsos, através dos buracos dos piques. Retire @ molde e, com uma régua, trace as linhas de marcagdo que porventura houver: meios, dobras, pregas, bolsos, ‘casas, cic, como mostra a fig, 2. ‘As linhas retas de contorno do ‘molde também devem ser tra- gadas com a régua, como os ‘ombros, as laterais de uma saia, 0 bolsos retangulares, etc. Para este tipo de mareaco, use lipis preto de grafite mole ~ SB ou oe Prguande 0 ieldo for ene corpado. Em. tecidos brancos, prefira o Mipis amarelo ou laranja, pois © preto pode transparecer elo direito, mesmo nas fazendas mais grossas. Em tecidos escuros, marinho, preto, marrom, et trabalhe com o kipis branco e, finalmente, em tecidos estam- pados, use um lipis de cor bem diferente dos tons da estam- aria a. O conte — Depois de marcado -0 molde, corte em volta, deixando ‘cerca de 2 a 3em para as-costuras ‘¢ § a cm para as bainhas (ig. 3). jf que os moldes so tragados nas medidas exatas, Bainhs de manga set reduzida para 3em e de saia godé pode chegar por veees a lem de largura. Em confeegio, os mokdes j4 so tracados no’ papel com margem de costura, porque so conados em grande quan- tidade, de uma vez 58, no tecido amontoado em camadss, 0 que s¢ chama de iesto. Quando © molde @ dobrado pelo meio, isto €, mio tem nem costura nem abotoamento central, pode ser cortado de duas ma. neiras: Primeira maneia — Quando o lecido € delgada, dobre-o pelo meio, pos ter marcado 0 con- tomo do molde pela metade prenda as duas espessuras com vérios alfinetes. Cologue uma folha de papel-carbono por bai xo (ele pode ser encontrado. no comércio em todas as cores, imelusive © branco) e passe uma ponta qualquer — como uma agulha de tried ou uma es- ferogrifica velha — por cima do lragado ja feito, reproduzindo-o, assim, no outro lado, Nao use lipis nesta operagio, porque a tragado ficark grosseiro'e muito acentuado (lig. 4). Tampouco use um papel- carbono inteiramente novo, so- bretudo se for de cor escura Porque o excesso de tinta pade sujar 0 evesso do recido. ‘Segunda maneira — Quando 0 tecido € muito. gros, desacon- selhamos © processo anterior (Lis, veludos, prineipalmente). E prefe- rivel agar um lado do mode, mae- ‘car @ linha eentra, ¢ virar 0 molde para o lado oposta, fazendo a coine sidéncia da linha do sentro, como mostra a fig. $. Isto se deve a0 fa to de que, em iecidos grossas, a obra flea muito redonda, fleando dificil prender 0 molde com exa tidio, ge +>. Vestido forrado — Quando 0 todas as pegas do molde no foro e marca _o contomo do molde no foro do vestde — ou simplesmente depois recond-las. A seguir, colaque ferro. Com iso, o conterno também de uma peed € costurade a peeasdo omoscbreoavesodo pale set voto pel Indo dcio. ‘i com o teeida, woos € prenda-as com alinhavos através das alinkavas, como pode Soc car pine hp; wat Keak setae Meee sr val an ly 6 Tee «oe, PAPEL CARBONO 76 seeuindo os contomos das pegas no forro. Quando @ forre € independente, 0 corte de suas pecas se [uri normalmente, como esta endo emsinado. F 0 caso dos forros de cusuas, paletds, mantis, sais, ete. Observagie — Ha certas montagens que s0 podem ser feitas pelo dircita, como casts de botdo, bolus, ete. Neste caso, passe pelo traco de lipis, feito no’ avesso, um allnhavo, que sera visto pelo direito, 2, Mlarcacio com alinkavos — A marcagi- com alinhavos. pode ser mais demorada do que com um lapis, tas em compensagao. traz dduas grandes vamtagens: primeira, 0 avesso do teeido permanece limpo pds a retirada dos alinhavos; e, Segunda, malde pode: ser fido ou observatio tanta pelo direita coma pelo avesso, 0 que facilita tremendamemte a montagem das © preparo do molde é exatamente © mesmo que ja ensinamos park a marcagdo com {ipis. Uma vez preparado, prenda-o no tecido — respeitando a indicacio do sentido do fio — cor auslis de alfinetes. pregados nos Angulos € depois junto as bordas, de maneira a fixdelo bem. Tanto faz agora colocar 10 molde sobre 0 direito ou sobre 0 ves do tecido, mats, em certo: casos (lisiras pouco visiveis no BveS0, por exemipla), & preferie! usar o luda dieito. Feito iss, marque com um alinhavo todo 0 cantorno do malde (Gg. 7). As marcacdes intesnas, tas ‘como bolsos, meios da frente ou du wostas, casas de botio, etc, deveria ser feitas a kipis, no avesso, e depois marcadas com’ um alinhavo, para ‘que possam ser observadas pelo dire, Para que a marcaglo com alinbaves possa ficar_perfeita, aconsclhamos a obscrvagio de ums série de regrinhas. simples, mas muito Ges: 4. 08 alinhavos devem ser feitos: com linha resistente e de cor bem diferente da do tecido, pura que fiquem bem visiveis; b. os alinhavos devem ser Peguenos nas curvas — decotes, ‘savas, etc. — para niio deformvilas,.o aus fatumente oerrera se ees sm grandes. Nos contomos reies, entretanta, podem ser bem muiores fig, 8), s. 9% alinhavos devem ser relatiamente frowxos perio dos Jngulos, para no repurar 0 tecido quande os pontos mudam de diregao (fig. 9). d. nos angulos do molde, deve hhaver sempre o inicio ou 0 final de um alinhavo, a fim de que as linhas da costura de montagem fiquem bbem defiridas em suas extremidades ig. 1 (8 dso de 0 mold ser dobmido pelo meio, na sua passagem para o tecido € sobre ele coloque 0 moide, Farendo coincidir 0 seu meio com & dobra dele, Prenda 0 molde com alfinctes © faga a marcacdo_com tecido, pode haver duas solucdes: |. em primeira lugar, dobre 9 ilinhives bem frowxos, apanhanda as duas camadas do tecido, Retire © 7 molde para depois afastar as duas expessuras da lazenda ¢ cottar 0: imhavos entre elas (fig. 11). Abrindo 0 tecido, 0 molde ficari mareado em. sua’ totaidade com pequenas slgas de linha, chamadas boucleties. 2. com a fazenda aberta, marque peimeciro um lado do mole com alinhaves. Solte 0 malde ¢ vife-0 em sentido contrinia, orientando-se pelo meie (eixo da dobra). Fixe-o rovamente com. alfinetese marque © lado oposto com novOS alinhavos, completando, assim, todo o ontorno dx pega, como indica a fig. 2. PROBLEMINHAS INCOMODOS COMA MAQUINA Muitas veres, vocé é obrigada a inierromper @ costura, porque o trabalho no corre Bem, apre- sentasse com defeitos © a miqui= na ndo funciona bem. Voce pen- st que ela esti com algum pro- bblema sério quando, na maioria das vezes, & uma questo simples, de ulguma regulagem, que voce mesma pode resolver, sem o aunilio do tt @ especializado. Aqui esto algumas dicas que poderio ajudivla a solucionar es tes probleminhas inesperades, que tanto incomedam o seu trabalho, 1. © tecido franze ao ser ‘costurado a. Muilos tecides franzem espon- laneamente quando so costura- dos, independentemente do fun cionamento da miquina. A pope- Jina acetinada tem essa tendencia, . Se 0 teeido for leve ou muito fino, no use pontos excessiva- mente compridas, 0 que certa- ‘mente provocari o franzimento da costura. Por outro lado, a pressio do pé caleador deve ser atenuada. ¢. A linha pode ser demasiada- mente grossa para o tecido com ue se trabalha. d. © enrolamento da linha na bobina foi feito de maneira irregue lar. €. A tensio do ponto esti dese- quilibrada, isto &, owa tensio da li- nha da agulha esta excessiva ou a da bobina esta muito frouxa, fA agulha pode serdemasiada- mente grossa paraumtecidomuito delicado, g No caso de tecidos com es- trutura compacta ou de trama muito apertada, se 0 franzido apa- recer nas costuras, é sinal de que o ponto esta excessivamente curto, h. Se wocé estiver utilizando o Ponto reto, verifique se o pé calca- dor é 0 indicado, com a respectiva chapa da agulha, Se no forem, faga a ca, i. No caso de uma malha leve € bastante clistica, aumente um Pouco a tense super J. Se depois de voeé fazer todos os ajusles a castura continuar franzindo, com toda probabili- dade, os dentes impelentes no es Go Tuncionando. sinsronizada- mente. Neste caso, o melhor & consultar o técnico, a, A agulha ndo é perfeita, pode estar torta ow eneurvada, b. Vocé pode estar puxando ou empurrando 0 tecido, enquanto costura, prejudicando 0 movie mento dos dentes impelentes. «©. Vosé no aperiou suficicnte- mente 0 pé calcador ¢ ele esta frouxo, -d. A pressio do péealeador esta excessiva ou, pelo conteirio, insu- ficieme. ‘c, As veees, 0 pé calcador pode estar torcide., Embora seja posst- vel endireité-lo, € mais aconselha- vel adquirie um novo, jf que seu custo ¢ muito acessivel, f. Para evitar problemas, para.o ponto reto utilize sempre o pe cal eudor de ponto reto e a respectiva chapa de agulha. a. Pode ser que vocé esteja cos- turando com rapidez demasisda, Diminua a velocidade da mAquina € aumente a pressio na parte su- perior, 'b.A pressio do pé calcador niio estd adequada. Possivelmente & excessiva ou, entio, insuficiente. Conrijasa para mais ou para me= nos, conforme © caso. ¢, Se o problema persiste, ape- sar de tudo, voot pode langar mio de um expediente que dé bons re- suRados. Pregue alfinetes de 10 em [Oem atravessadas sobre'a cos- tura, prendendo as duas espessu. ras de tecido. No caso de tecidos grossos, ¢ preferivel que voce vi retirando os alfinetes & medida que a costura se aproxima, mas, em tecidos leves ou de espessura média, voc poderd eosturar por cima dos alfinetes atravessades. i, Quando 0 tecido for muito leve ou muito aderente, use um truque pura resolver © problema: ‘coloque uma tira de papel de seda entre 0 caleador e 0 tecido. Ela ¢ facilmente retirada apés.a costura . Hii certas marcas que fabri- cam acessérios destinados a man- ter um avango uniforme com ‘qualquer tipo de tecido, inclusive 0s tecidos felpudos ou escorrega: dios. 8. A aguiha pode estar cepa, isto é, rombuda, sem ponta ou entio ter rebarbas, bb. A agulha pode ser extrema: mente grossa para 0 tecido ou ter uma ponta inadequada para cle, ¢. Examine a miquina e verifi- que se existe alguma farpa na pé calcador, nos dentes impelentes ou se hi algum defeito na chapa da agulha, especialmente no orifi- cio onde penetra a agulha, Se isto acontecer, substitua as pegas de- feituosas. “Pei poeta a, O pé caleador est sendo usado com demasiada pressio. b. Seo problema persistr, mesmo depois de diminuida & pressio do: pé calcador, deslize tuma tira de papel de seda entre © tecido e os dentes impelentes 0 momento da costura. ©. Com freqiéncia, 0 defeito localiza-se mos dentes impelentes que no se encontram em boss ‘condigdes. Neste caso, 0 melhoré ‘shamar © téenico, \Na iiftoma lipdo, a de a 6, que facilizava enormemente 0 trabalho de tracar 0 molde, Vamos ‘ensinar agora wna sala evast semelhate,crtada em panos, sé que desta vez 0: panas so tn mimero de sl, com lagu ferences, sem costuras laderais prezeianda tts cosas na rene € ards nas costas. Os panos Sib esvelss, corte efi Te enguanto os panos laterals so gods ¢ cortades ém pleno vies. Esta esirutura eonfere & safe wma queda save, lx, pneci com 0 da (80 SAIAS EVASES MOLDE Frente (esquema I) ~ Trace a base da saia reta (ligdo 3), frente ¢ ‘costas com Jargura igual e separe a frente das casias. Trace & pence da frente com os 3em normais de rofundidade ¢ um comprimento que sua ponta B fique distante da linha dos quadris em cerca de 5 a 6em, Note que, quante maior for esta distincia, mais largos ficarSo ‘95 panos em baixo, Em seguimento, prolongue para haixo os lados da pence até encon- rara bainha, obtendo, assim, duas linhas AC que sé eruzan no ponte B, Desia maneira estio tragados os dois panos da frente, um cen- tral e outro lateral, que se super- pBem pelo eruzamento das linhas AC, Par isso, © pano central serit passado part outro papel com auxilie da sarretilha, Pano central da frente (esquema 2)— Uma ver passada 0 pano een- tral para outro papel (compare as letras para melhor visualicar 0 procedimento), arredonde a bai- nha. Para isso, meca em AC’ a mesma medida do meio da frente DE ¢, depois, ligue E a C* por urna curva leve, Pano lateral da frente (esquema 3) — Depois que vocé retitou 0 pano central ficou no papel primi- tivo 0 tracado do pano- lateral Nesta parte do molde, prolongue a linha dos quadris de’ G a G' em lem ¢ ligue o ponto F na cintura 20 ponia G" por uma reta, prolongando-s para baixe até en- Contrar 0 seguimento dolado infe- rior dé retangulo no ponte I. Esta rela coniania curva do quacri, ‘mas isso no tem a menor impor= tancia, No lado esquerdo, mega AC” com a mesma medida de AC" no pano central (esquema 2) €, no lado direito, mega FI’ com 0 com- primento real da sia, Lembre-se de que 0 comprimente de AC tem lem menos que © compri- mento real por causa da cavacao da cintura na base, Marcados os pontos Ce I’ arredonde a bainha, figando esses pontos por uma cuna suave. Costas (esquema 4) — Na base das costas trace a pence de modo que o seu eixo seja vertical e no perpendicular 4 curva da cintura, como. acontece na base normal Neste caso, devide 4 inclinagio provocada pela cavagao, os lados dda pence nao fieam iguais. Iguale- os com a régua milimetrada, do- bre @ pence cuidadosamente ¢ faga a corregio da curva da cin- tura. Desdobre a pence e praceda exatamente como na frente. Em primeiro lugar, a ponta da pence 0 deve ficar a 5 ow 6em de distiincia da linha dos quadris, ou. seja, na mesma medida que a distancia na frente. Em seguida, prolongue os lados da pence para baixo até a bainha, resultande dai duas retas LM, que se cruzam no ponto 0. Deste modo, ficam tragados os dois panos das costas, um lateral € SAIAS EVASE'S 81 outro central, que se superpiem pelo cruzamento das linhas LM. Por este maliva, transporte © pano central para outro papel__com aunilio da carretilha, Pano lateral das costas (esquemna 5) — Retirado © pano central, fies no papel apenas © tragado do pano lateral. Proceda entie como ha frente, isto é, prolongue a linha dos quadris de G a G’ em lem ¢ li gue 6 ponto F na eintura 20 ponto G" por uma reta, continuande com ela para baixo aié encontrar © seguimento do lado inferior do retingule no ponto I, Esta rela também cortar a linha do qu: #2 SAMS EVASES dril, 0 que néo tem nenhuma im- portnei No lado esquerda, mega FT ‘com o comprimento real da saia e, no lade direito, marque LM" com © comprimento real menos lem. Arredonde a bainha, ligando I' a M? por uma leve curva, Pano central da frente (esquema 6) — No molde do pano central = que foi transportado para outro pape! — meca no lado esquerdo, LM’ com a mesma medida de EM’ no pano lateral das costas (esquema 5). Arredonde a bainha por uma curva suave entre os pon= tos M’¢ P. Pano lateral definitivo (esquema 7) ~ Pegue os dois panos laterais, da frente € das costas, junte-o5 pela linka do lado FM’ e ‘mantenha-os unidos com pedacos ddefita durex colocados a distancia regulares, Com isso, 0 molde desta saia fica reduzido a tres pegas, um pano central dianteiro, um pano ‘central trasciro © um pano lateral, eada um deles eortado duas vezes no tecido, completando assim os seis panos. O ziper fica geralmente colorado na costura central das costas, Podemos reduzir 0 nimero de panos para quatro, desde que cor- temos os panes Gentrais apenas uma vez com o tecide dobrado pelo meio. Neste caso, as costuras centrais desaparecerio, permane- cendo duas costuras na frente dduas nas costas. O fechamento da sain dependeri agora do modelo que tenha esta base como ponto de partida, INTERPRETACAO_ MODELOS, UMA SAIA RETA TRANSPASSADA Apesar oa sua tinka reta,aget esta uma scia cimoda e gostosa de ser ‘usada, principadmente nas auividades didrias, como o trabalho, a ida ao mercado ou a visita @ uma amiga intima. O ranspacce na Jrente, fechado até a metade da por dua carreiras de grandes plicplacs, permite uma boa ‘iberdade aos mosimentos. As pences ‘Go substcuidas por pequenos grcpos de franzidos. Um grande bolso, com ‘@ bainha pespontada, se aptica sabre 1 lado direito, assimetricamente, A ‘ciniura ¢ arrematade por wn largo ‘ais que, acompanhande 0 ‘ranspasse, também se fecha com dots plicplacs. 4_INTERPRETAGAO DE MODELOS Material — Qualquer tecido ‘mais ou menos encorpado, como ‘9 brim de linho ou de algoda ‘veludo, « camureina, ete. mais dez plic-plies grandes e entretela para Metragem — Para evitar uma costura feila no meio das costas 0 tecido deve ter sempre 140m de largura. Como 0 arremate do E 8 $ transpasse € muito fargo, compre duas aliuras da saia, Acreseente costura do eds bainha neste cil- cule. MOLD Saia (esquema 8) = Trace o re= angulo ABCD, no qual AB mede a metade da medida dos quadris mais 2¢m de folga ¢ AC 0 compri- 1300. ESQUEMA8 mento descjado para a saia. Como teferéneia, trace a linha do Indo EF na metade do retingulo. ‘A partir do meio da frente AC, actescente 0 transpasse até GH. A largura do transpasse AG deve ser igual & metade de AE menos 2 em, No meio das costas, marque BB’ com 1 em ¢ trace uma pe- quena cavacio na linha da cintura 4 partir do meio de EB. MEI0 DAS COSTAS (DORA) Marcagio. dos fransidos ~ Para cada lado do pooto E, marque El © EJ, ambos medindo a sexta parte de AE, Na frente, o trecho a ser franzido IM deve parar a 2.cm de distancia da linha do arremate do trangpasse. Nas eostas, 0 trecho a ser franzido JN deve parar a uma distincia do meio das costas, NB’, gual a0 dobro de EJ Marcagio dos plic-placs ~ A car- reirs externa deve ser colocada de maneira que cada pliceplac fique separado da borda do transpasse em L.Scm, A carreira interna deve ser colocada a uma distincia do meio da frente igual & da carreira externa, Verticalmente, a separa- gio entre os plic-placs deve ser aproximadamente de 7 em (um pouco mais ou um pouco menos, conforme a conveniéncia). Como © eds tem dom de largura ¢ tam- bém & fechado por plic-placs, os primeiros da saia devem ficar a uma distincia da cintura igual & separagio entre cles menos 2em, ou seja, metade da largura do 6s, Arremate do transpasse — 0 molde do arremate € unt ret gulo com a altura igual ae compri- mento da sais e a largura igual a0 dobro da transpasse (Veja a linha tracejada no esquerna 8), Corte w suia uma vez no tecido dobrado pelo meio das costas © 0 ‘arremate do transpasse duas ver Bolso (esquema 9) — Trace © molde num retingulo com as me didas indicadas no esquema. Estas medidas correspondem a um ta- manho médio da bolso. Se voce quiser akerar estas medidas, lembre=se de guardar sempre uma eerta proporgdo entre elas, ou seja, a altura ‘do bolso deve ter sempre 2em mais do que a lar. gura. Corte uma vez no tecido, deixando em cima Sem para a bai- nha do bolso, Cs (esquema 10) — Trace 0 re- tangulo ABCD, em que AB mede a metade da cintura © a largura 16 4 INTERPRETAGAO DE MODELOS 8% AA igual a Bem. A seguir, acrese eente o mesmo transpasse da saia em AG. Corte uma vez no tecido dobrido pelo meio das costas BB © mais uma vez na entretela, Carte — Ao passar os moldes para o tecido, acrescente uma margem de 2 cm para as eosturas ede 5 em para as bainhas da saa ¢ da borda superior do bolso, como ja assinalamos, MONTAGEM 1. Aplique os arremates do transpasse sobre a saia, direito contra direito, cesture ax bordas, vertical e inferior, rebata os arre- mates para o avesso. Dobre Sem da bainha da saia, achate a obra com 0 ferro ¢ fixe com pone tos em espinha de peixe. 2. Pelas marcagdes feitas na cine tura, faca 0s grupos de franzidos, regulando-os de maneira a reduzit a cintura & sua medida reall 3. Cole a entretela no avesso do £45, ¢ dobre-a a0 meio, no sentido do comprimento, dircito contra direito. Costure as extremidades, vire para o direite © monte 0 <0s nna cintura dat sai. 4, Coloque — se vocé dispuser do pequeno aparelho — ou mande colocar 05. plic-plues nos lugares mareados no cés ¢ no transpasse da saia, 1E = 1/6 de AE ‘wooo O QUE SE DEVE SABER SOBRE OS TECIDOS-1 © ceonhecimerto do tecido com 0 qual vai trabathar & ele muita imporidncia para evitar suepresas deseagrandivers durante a confergao de wna roupa qualquer. Quanto rio ouber corn seguranca qual: as caracieristicas de wn tecido, seja de algodia, linka, ti, seda ow fitra siniética, pegue um retalho da Fazenda, lave, passe a ferro, costure & fara bainhas. Numa meiar hora de crabalo conseiencioso, ficard sabendo muita coisa a respeito da reacio das fbras e da firmeza das cores. Essa experiéncia sera muito proveitosa ‘hava inipedir que os tectdos sejam demaviadamente amanaseados na preparacin de tuna roupa. E fevidente que, & medida que voee vat vamhardls experiéacta na costura € ni trato com 0 tecidos, esse trabalho previo vaiese toranddo dispensdvel. ESTRUTURA DOS TECIDOS J que o conheckmento prévio dos tecidos € um clement preli- minar essencial para o bom resul- tado do corte e da costura, é con- Neniente possuir algumas ‘nogdes basicas sobre a.estrutura deles, an- tes de manusei-los, Todo tecido ¢ formad pelo en- trelagamemto de dois fios que se eruzam_ perpendicularmente: um transversal, que forma a trama, © outro longitudinal, que forma a wurdidura, enquanto nas bordas fon- gitudinais se produz uma barrinha sssircita, firmemente Lecida, que s¢ chama ourela, Em certos tecidos ‘cares, sobretudo lis € “tweeds", & ‘ourela € (80 sofisticadamente trae halhada que 4 propria Chanel— a eélebre costureira francesa — a utilizava para debruar scus fam: $05 “ailleurs” O caimento do tecido depende da direcdo dos seus fios em rela G0 ao Solo, au seja, & ago da Vidade, Temos, assim, a queda a fio reto, quando a urdidura ow o fic longitudinal tomba perpendicular. mente ao solo ¢ a queda atravessada, quando € a trama ou 0 fio transversal que cai perpendi- cularmeme a ele. Hd um tereciro tipo de queda, muito especial, a queda enviesada, cm que nenhum dos dois fios cai perpendicular mente.mas|sim numa terceira diré- gio que se estabelece diagonal- mente ao cruzamento dos fios do- tecido. Disto. resulta trés tipos de comportamento da fazenda de acordo com a queda utilizads: 1. Offoreto — Quando a roupaé cortada.no tecido, dé maneira que © seu fio longitudinal tombe na. vertical, 0 seu eaimento é firme, mas nio muito rigido, 0 que 36 aconiece se a furenda € muito en- eorpada, como o jeans, por exemple, 2. 0 fio atravessado — Quando a roupa € cortada no tecido, de ma- neira que © seu fio transversal tombe na vertical, 0 seu caimento € armado, cfeito que muitas vezes pode ser aproveitade para arre: dondar saias franzidas ou preguea- das, O vies — Quando o tecido € TRAMA utilizado no seu sentido enviesado, a roupa cai mole € flexivel, 0 que Ihe confere alta dose de sensuali- dade s¢ cla € justi, Um vestido ¢o- ante, (rabalhado no vigs, adere a0 corpo, revelando-lhe as formas de manira altamente erdtica. Tais diferengas de_comporta- mento resultam da aga da gravi- dade sobre a estrutura do tecido. ‘Quando esta agio se verifica a0 Tongo de um dos fios — que deve estar na vertical, € légico = 0 te- ido cal firme, sem espichar. Eo ‘que acontece no fio reto € no fio atravessido, sendo que, por forea da tecelagem, 0 fio atravessado & mais firme € por esta razio, tomba mais armado. Assim sendo, sempre se costuma aconselhar a dio cortar uma saia reta atraves- sada no tecido, ficando o fio trans- ‘versal, mais firme, na vertical ¢ 0 fio longitudinal, menos firme, na horizontal, do que resulta wrt de- formagao ‘nas costas da saia, de- pois de certo tempo de uso, pela Tensdio resultante do ato de sentar- se sobre a estrutura do tecido, Hi certas fazendas que se comportam quase de mancira idéntica nos dois sentidos — como 08 de estru- FIO TRANSVERSAL COSTURAMI #7 a ee OURELA URDIDURA FIO LONGITUDINAL Fas ~ Um padeco de tecida. mosvanco as fins Jonatudral @ transversal. bern como a dinecsa do ws. que fora um Angulo de 45" com © sentido dos fos. A ours se forma paralalamence a0 fw longitudinal Vids — A doora do vis sata em diagonal se completa quando a urdidura (ho angrtucinal) 2. zame (ho vanaveruall foam na metme deeedo, tura_em diagonal — permitinde aparentemente certas facilidades de corte, Voc’ pode verificar com facilidade se 0 tecido se comporta ou nfo, da mesma maneira, nos dois sentidas, segurando-o ¢ franzinda-o com a mio, tanto pela borda atravessada como pela ou- rela, Seo franzido “incha’’ ‘quando vocé segura o tecido pela surela tomba ficil quando voce ‘9 faz pela borda atravessada, en- io o comportamento édiferente ¢ vvocé tem que tomar alguns cuida- dos no corte, como veremos pos- teriormente, ‘Quando & ago da gravidade se verifica, ndo ae longo de um dos fios, mas ao longo da diagonal que atravessa O cruzamento deles, o tecido se torna elistico € tomba 88 _COSTURA vi mole ¢ flexivel. E, como ja vimos, AS MALHAS falar, 0 que Ihes permite uma © viés, com o qual se pode obter grande elasticidade. Quanto a fa- belissimos efeitos num vestido. A estrutura das malhas é muito bricacio, existem dois tipos de Para que uma roupa tenha bom — diferente da dos tecidos fabrica- malha: as malhas abertas, como os caimento, ndo € necessario que to- dos em tear, de que acabamos de comuns, geralmente com das as suas pegas sejam cortadas no mesmo sentido.Se assim fosse, nGo seria possivel o jogo de listras ou de quadriculados. Algumas pe- as podem ser cortadas i fio reto e outras no viés, sem prejuizo da boa queda como, por exemplo, uma blusa a fio reto com mangas cenviesadas, ou entio, um vestido ‘com a blusa com listras na vertical a saia com listras na horizontal. E necessirio, ai sim, que todas as pegas de uma roupa sejam cor- tadas no mesmo sentido quando 0 tecido tiver brilho, que. provoca uma mudanga de tonalidade, se 0 tecido for utilizado num sentido ‘ou no outro, mesmo que as pegas festejam todas na mesma diregio do fio, Nenhuma pega pode ficar de cabeca para baixo em relacdo 4s outras. Isto acontece nos velu- dos, nos tafetés “changeamts” € em certos “jeans color”, Nos tec dos felpudos, também se deve pro- ceder da mesma maneira, isto é, OURELA URDIDURA todas as pegas devem ser cortadas TRAMA ‘no mesmo sentido e nia mesma di Tecido eomum de tear — Estrutura basica. mostiando 0 entrelacamento per regio, os pélos sempre voltados _pendiclar dos fos da urddure & ca vara para baixo, +— FILEIRA Matta — Esrutura bé sca, mostrando como 35 Taselea at Pear, Of games (a ucicure) e em fieras (a warra). 0 oe semelumento das fleas fem 38S. vai permite @ clticidado das malhas Gomo Jargura de 1,40m a 1 60m, fabrica- das em maquinas planas ¢ as imalhas tubulares, que se apresen- tam cilindricas ¢ so fabricadas em_mdquinas circulares. Quanio & slasticidade, as ma- has também podem ser de dois ti- pos: as que $6 tém boa clasts dade no sentido transversal © quase nenhuma no sentido longi- tudinal, como a maioria delas — sueding, meia-malha, a “inter lock”, 3 helanea, ete. — ¢ aquelas que possuem boa elasticidade em {Todos as sentidos, fubricadas sem- pre com flos sintéticos, como a Iyera, Por esse motivo, a lyera rmatéria-prima ideal para a fabri agi de eollants, maids, qualquer tipo de vestuirio que deva adenir completamente 0 "As malhas diferem dos tecidos Tecide clagona’ — Nesta vstvuturs, 06 fos so cruzan ‘de dois em dos. provoeando 9 forrmap8o da viseos on comuns pelo entrelagamento dos fios que, em vez de s¢ cruzarem perpendicularmente em linha reta, formam algas que penetram umas por dentro das outras, As lagadas Gu s¢ formam vericalmente 9 Chamam gomos ¢ se comparam urdidura dos tecides de tear, en- 89 quanto as lagadas que se forman horizontalmente se chaman filebras © correspondem a trami dos tecidos de tear. Os fios, po consequéneia, progridem num: ondulagao qué vai permitir, depoi da malha fabricada,« sa casi dade. _Difererca ce queda ros tcidas ~ 0 desento | masta a farenda frennda com a mbo No sentdo da curls, tomber- do om gomas “ichados”. erquanta 0 deserho 2 mosis a AINDA OS PROBLEMINHAS INCOMODOS COM A MAQUINA Ja tivemos oeaside de comentar alguns probleminhas que surgem durante a costura ede como soluciondslos. Muitas vezes, por desconhecimento de como. fun- ciona uma maquina, voeé chama um tenico © pags inutilmente uma consulta, quando voce mesma, com uma pequena opera ao, pode climinar odefeito, Veja nos mui alguns problemas, facil mente solucionaiveis, a. © pé caleador e/au a shapa agutha podem estar soltos ou inseficiemtemente apertados, 0 que provaca © scu deslocamento juntamente com a abertura de passagem da agutha, que ira de contro a superticie da chaps partindo-se b. A apulhia pode estar mal co locads no seu Suporte. ©. A agulha pode ser muito del eda pats a espessura do tevido, Principalmente quando ha mais de uas cumudas a penetrar. d. Voce pode, durante a cos suru, ter puxade o-tecido para tris, inadvertidamente, com demasiada fore, obrigando & agulha a vergar sean ut fest, ¢, A-ugulha pode, por qualquer motivo, ter eniertado de tal ma- neiru que a sua ponta se desviou & ponito de ir chocarse com o pe ealcador ou a chapa da apul [. Vose pode estar utilizando, distraidamente, um pé caleador ¢ uma chaps de agulh ade- sya em pan os on ln 40 ponto com que vai trahae That. Por exemple, voc Val sit 0 panio de ziguesague; (roca entio © pé caleador, de ponto reto para 0 de viguerague € xe equece de fazer @ mesmo com a chapa da agulha. Resultado: « agulha parter g. Verifique ds diferentes regula- gens da miquina porque ou po- dem ser inadequadas ou terem Sido modificadas por descuido du- ante 0 trabalho, h A apulha pode, de alguma maneira, estar defeituosa, vocé estd enfiando um compre mento de linha insuficiente na agulha para dar o primeiro ponto. No que voeé gira 0 volante ea agulha desce pura pewar o fio da obina “a linha corre © sai da agu- tha, A linha do carretel, quea for- rece a agulha, pode ter acabudo © mam nit zona da bol lio sendo_amistados durante 0 desenvolvimento da costura. Limpe a zona da bobina a interva: los regulares, contorme a intensi- dade do trabalho. b. O sistema de sineronizacio dos movimentos da maquina pode estar desligudo ou defeituoso, Neste caso, 0 mais aconselhiivel € chamar o téenico, c. A tensio das linhay pode ex tar inadequada. Ou entio a linha da agulha ¢ a da bobina podem estar enfiadas de maneira. improe ria, 4. Voce pode estar usando uma hapa da agus que nde sea cor fespondente a0 pe calcador. sagulha nao quebrou mas a ‘nha se embaraga, ¢. A linha dy bobina est che. gando ao fim, E 36 reenché-la ou substitul-la por outra cheia. apenas a, Na muioria dos easos este problema acontece quando voce, por distraggo, colocu a agulha ou sue © a cen mnta da agulha pode estar ombud ate «. Pode ser que a linha tenha fi cada presa.em algum ponte deseu Lrajeto entre o carretel e a agulha Nos modelos avangados de mi quina de costura, que se fabrieam hoje em dia, rarsimente a linha se parte por este motivo. d, Talver voc8 niio tena intro- duzido completamente a agulha ho seu suporte antes de apertar 0 finador. 'e. Muitas vezes a culpa é da propria linha que est velha, Ace algodio, principalmente, com o tempo tém tendeneia a Se torn rem quebradigas f, Por defeito de fabricagio a li ‘nha pode apresentar um equeno 1nd que no passa através de uma das guiss de linha ow através do bursco da agulha. linha fica tens ¢ se quebra, g. A linha € muito grossa para 0 buraco da agutha, Com a passa- gem continua, cla vaise desfiando le quebrarse. Isto acontece fre- giientemente com 0 torsal de seda ou de algodio, muito emprey para se fazer pespontes bert visi- eis, algPtde aver asperezas ou re rbus em algum ponto no érajeto a linha enire ocarretel ea agitha {no guia-fio, no buraco da agulha, etc.) Essa aspereza pode despas lar é até mesmo corar a linha. Procure localizila © substitua peca defeitudsa por outea em pet- feitas condigdes: ” So existe srés tipo de sata franzida: a reta, a evase © a trode. A. primeira parte de ur reldngulo, a segunda de wn teapézio enquanto a terceira, coma seu nome indica, parse do molde beisico che uma saia godé. Nesta ligdo, veremos apenas as duas primeiras, jé gue a siltna faz parte das saiés godt. que ensinaremosnas proximas dyes, 92_SAIAS FRANZIDAS SAIA RETA FRANZIDA A saia reta franzida no exige 0 molde cortado_previamente em papel. Ela & to simples — seu molde ndo passa de um mero re- tngulo — que pode ser cortada di- retamente na fazenda, De acordo com 0 fio do tecido, este género de saia tem duas variantes: a) Saia cortada no sentido do comprimento ou da urdidura — Neste caso, deve-se cortar tantas alturas de tecido quantas forem necessirias para a roda da sai Cada altura deve medit 0 compri- mento da saia mais costura e bai- tha, Se 0 tecido tiver 0,90m de lar- gura, duas auras dartio uma roda aproximada de 1,80m por causa dos centime:tos absorvidos pelas ESQUEMA 1 costuras.~ Mas, se tiver 140m, a roda aumentard para cerca ‘de 2,80m. Se as ourelas ndo repuxam © tecido, pode deixé-las como ar- remate das margens internas das costuras que unem os panos. b) Saia cortada no sentido atra- vessado ou da trama — Jd que esta saia € cortada no sentido da trama, pode ser feita com um pano ‘iinico, cujo comprimento serd a roda da saia e conseqiiente- mente a metragem do tecido. S6 haverd uma costura de fecha mento, Numa fazenda de 0,90m de largura, podero ser cortadas saias curtas, mas as compridas exi- girdo fazendas com 1,40m. No res- tante, que sobra da largura do te- cido, corte 0 c6s € quaisquer ou- tros “detalhes, como bolsos, por exemplo. As saias barradas sio sempre cortadas neste sentido por forca da propria estamparia, SAIA EVASE FRANZIDA Trace o molde desta saia numa pega sd, que tanto serve para a frente como para as costas. Na primeira etapa, trace as linhas de construgio (esquema 1); ¢,_na etapa final, trace o molde defini- tivo (esquema 2). Esquema 1 — Trace a vertical AC com comprimento desejado para a saia. Do ponto A, lance a horizontal AB, perpendicular- mente a AC € medindo o dobro da quarta parte da cintura (0 mesmo que a metade da medida da cin- DESENHO 1 45 ov 70 tura). Se desejar menos franzido. marque AB com a quarta parte di cintura mais a metade desta me- dda, Por exemplo, se «medida for Wem, AB mediri 32cm no pri- meira caso ¢ 24em no segunde-(ou seja, 16 mais 8). Do ponte C, lance outra hori« zomal, CD, cuja medida depende da largura do tecide ¢ se pretende gortar a sain com a fazenda do- brada pelo centro ou no, No caso a fazenda dobrada, CD deve me- dir no maximo dicm (se o tecido for de 0,90m de lareura) ou 68em (se 0 tecido for de 1,40m de lar- ura). No caso da fazenda aberta, as medidas de CD podem ir até 86cm (tecido de 0.90m de largura) ‘ou até 1,36m (tecido de 140m de langura. ‘| esauema 2 Umasvez decidido 0 compri- mento de CD, ligue B a D por uma. Feta, A seguit, trace BE, fa zendo iingulo ret em B, Para isso, Use 0 esquadro, como mosita o 63° quema. Marque o ponto F, na me- tade de EB, trace a horizontal FG, paralela a AB. Faquema 2 — Para o tragado fi- nal do molde, basta riscar a curva da eintura e a da bainha. A curva da cintura seri tragada entre os pontos B ¢ G, arredondande-se or cima do ponto F. Para tragar a bainha, prolongue a vertical AC até C' de modo que CC tenha a mesma medida de AG, a fim de restituir 0 comprimento real da saia, diminuido pela curvatura da cintura. Na linha tateral, mega __SAIAS FRANZIDAS 98 BD’ com o comprimenio da saia $6 resta agora ligar C’ a D’ pela curva da bainha, cujos pontos de- vem todos estar iimesma distancia da curva da cintura. Corte no tecido — Se trabalhar com a fazenda dobrada pelo cen- tro (veja 0 desenho 1), a frente Seri conada numa pe¢a Unica, 0 meio colocado na dobra do teeido € a8 eostas duas vezes com uma ‘costura central para © ziper, Ou, ‘entio, cortar frente © costas com fazenda dobrada pelo centro ¢, neste €as0, 0 ziper iri para a cos: tura lateral esquerda, Se trabalhar com a fazenda aberta, a saia serd sortada em quatro panos, distri buidos segundo 0 desenho 2, para economia de tecido, DESENHO 2 90 ov 140 vr aan O QUE SE DEVE SABER SOBRE OS TECIDOS-2 AS DIVERSAS ESTRUTURAS DE. TECIDO FIRME Peto que comentamos no inicio deste assunto, as tecides, de acordo com a sua estrutura, po- dem ser divididos em dois grandes ‘Erupos: os fies cu niio-eisticns 0s ehisticos ou malhas, As proprias denominagdes falam por si mes- mas, sem hecessidade de Expl ‘ebes superfluas, © que caracieriza basicamente a estrutura do tecido firme ‘0s fios, tanto da trama quanto da urdidura, se crazam perpendicu- nte, lisos e 0 que nio thes permite esticar como a malha, Sio também chamados tecides de tear, porus sito fabrica- dos em maquinas especiais deno- minadas teares. O- tear mais sim ples-¢ o manual, ainda enpregado por aldeas ou em comunidadesem que a atividade artesanal € domi« ante, Esse tipo de tear foi 6 nico usado até a segunda década do sé culo passado, quando 0 tear me- canieo enirou nos dominios da pratica, Atuwimente, as Ribricas léxteis empregam teares cnormes © complicados, movidos a lett dade ¢ capazes de produzir quilé. metros de tecido em vimte © quax tro horas, Pode-se mesmo: dizer que @ era industrial comecou com a invengio de tear meeanico, por Jacquard, em 1820, na Franga. Seja no tear manual, primitivo, seja no tear mecanico, moderno, © principio da teceligem & 0 mesma: 0 crucamena perpendi- cular do fio da trama que passa por cima © por baixo dos fios da urdidura, Para isso, estes iltimos (© primeiramente ‘estendidos no tear ¢ disposios de maneira que possam ser levantados ¢ baixados alternadamente, pela acto de bar- ras moveis chamadas lminas ou perchadas (cm madeira, nos teures manuais, © de ago, nos mecanie cos). Peipendicularmente a estes fios, a langadeira leva o fio da rama, que vai passundo por cima € por baixo dos fios da urdidura, conforme estejam levantados ow abaixados pelas laminas. A esteu- © pode, entio, ser modificada pela alteragao de mode com que os fios da trama ¢ da urdidura se eruzam, Existem (18s tipos de estruturs tafet, sarja c cetim — considerss das como fundamentals, que to- das as demais so varianites destas estruturas bisicas, com excegio da estrutura Jacquard, fabricads em tear do mesmo nome, en fi gem ao seu inventor, Todos os tetidos fabricados em teares apresentam um acabamento late ral no sentido do compriment, fortemente urdide, que constituia ourela em ambos 08 lados da fie SOSTURAVIL95 zenda, Verifique sempre, na hora da compra, se 08 fios da’trama se fhostram perpendiculares & ou rela, o que ¢ da maxima importa cia para 0 corte dos motdes. isto acontecer, @ tecido estd per- feito, com 0 fo reto. Caso con Iririo, ele esta torcido, Se no pu- der corrigi-lo, evite camprd-l, ‘Estrutura tafeti — Ea mais sim= ples ¢ a mais comum de todas as estruturas, cada um dos fios da trama passindo alternadamente por cima e por baixo de um fio da Urdidura. Constitui cerca de, oi- tenta por cento de todos os artigos de teeclagem, E, ao mesmo tempo, a mais forte das estruturas, jk.gue os fios se intercru:zam mais apertudos do que nas outras. Sé existe uma estratura tafetd, mas 0 nimero de possibilidades nas construgies téxteis com estrutura saja ou cetim so quase infinitas, A firmeza dos tecidos com es- trutura tafeté varia em funcao da resisténcia dos fios empregados ¢ da compuctagio da textura. Entre 08 lecidos com esta estrutura, os mais comheeidos sia a eambrais — de linho ow de algodio -, a fax ela, 0 “voile”, @ musselina — de algodio ou de Seda =o morim, a popelina, 9 organdi, @ chita,’ 0 brim de finho, 0 “shantung”, 0° fetd, 6 crepe da China, ete. Estrutura sarja — E waa esteu- tura fundamental na qual 0 fio da rama passa por cima ¢ por baixo de dois fios da urdidura — em ver ‘de um, como na estrutura tafetd as vezes trés, mas nunca mais de quatro fios. Em cada nova. passe gem, o fio da (rama avanga uma Unidade para a direita ou pars a ‘esquerda, 0 que propieia a forma- cdo de uma estria diagonal. Por €3t€ Motive, Os Lecides cam a es- trutura sarja sio conhecidos come ‘tecidos diagonals, A estrutura sarja é usada em aproximadamente doze por cento de todos 05 artigos de tecelagem. Sua resistencia A tensio é conside- ada muito prosima ada estrutura tafeta, embora o entrelagamento dos seus fios nao scja tdo firme. Cerea de oitenta ¢ cinco por centa dos tecidos com estrutura sarja apresentam 0 efeite das diagonais, para a direita, Isto és linhas obli ‘quis na superficie destes tecidos ‘correm do canto inferior esquerdo ‘para © canto superior direito da fa: zenda. Sio as sarjas ‘Quando as linhas correm tido inverso, do canto superior es. querdo para o canto inlerior di Feito, temos as sarjas inversas ou ‘canhotas. As sarjas podem ter, so» lbre a sua superfieie, ora a predo- mindincia dos fios da trama, ors da urdidura, ora de ambos. O dese- nho mostra a estrutura sarja na ‘qual os fios da trama e da urdidura apresentam igual predominincia, Entre as variantes desta estrus tura, que do indmerus, pademos ‘citar as sarjas em espinha de peixe. as sarjas trangads, ds satjas inter- rompidas, as sarjas ziguerague ete. 5 Levidos mais comuns, entre 0s trabalhados com a estrutura sara, sia as gabardines, os brins diago- ais de linho, « jeans, és atoalha- dos, 0 "surah, as proprias sanjias € muitos outros tecidos. Estrutura_cetim E a menos forte das rés estruturas.funda- ‘mentais, uma vez que os fios $10 ais largamente espagades do que nas anteriores. Encontrase em cerea de oito por cento de todos 08 artigos de tecelagem. Esta estrutura consiste de fios que nfo passam altemadamente por cima © por baixo do mesmo raimero de fios, comoacantece na sarja, Tem predominancia de lon- 208 saltos, ora pela trauma ora pela urdidura.” Um salta significa que tum fio silta ou pula por cima ou por baixo de um determinado nie mero de outros fios que eorrem em ditecdo perpendicular. Entre tum salto ¢ outro, 0 fie passa por haixo de um inico fio, como mos- tra 0 desenho. Os fios que predo- minam no lado direito do teeido. que recebem 2 denominacie de saltados, conferem ao cetim 0 seu brilho caracteristico. Entre os tecir dos comm esta estruturay tems 1o- as as especies de cetim, & maioria dos letidas de decoragio, ete. ESTRUTURA "“CHEVRI OU EM ESPINHA Além destas trés estruturas fun- damentais, a indistria téxtil conta ‘som um niimero infinite de suas variagdes. Aqui, porém, mostrare- ‘mos apenas ajgumas delas Estrutura de cesto — Bum ve riago da estrutura tafeud, Nesta siruturs, 0 cruzimente, em vee de s¢ fazer com um fio apenas da tama com o da urdidura, se faz ‘cam fies duplos ou milltipios, ¢o- Tocados lado a lado, sem que se- jam submetides a torgio, Tal pro- edimento proporciona uma es trutura mais aberta, menos firme, -¢, conseqtientemente, menos dus raivel que a esirutura talsté. Os te~ cidos com a estrutura de cesto apresentam um aspecto rlstico por vezes muito bonito. O ca nhamo é um exemplo. Estrufura em “chevron” ou esp nha de’peixe — Variagio da estru- ‘ura sarja. Os fios da trama © da COSTURA vi 97 urdidura, nesta estrutura, se entre- cruzam de maneira que as estrias em diagonal se desenvelvem em duas diregdes, formando um dese» nho ¢m."chevrons” — em francés, “chevron” significa a tesoura dos detalhes. — gu em_ riguezague. Quando se utiliza fios de cores contrastantes, como no desenho, © efeito denteada se torna ainda mais evidente. Certas casimiras ‘sdo feitas com esta estrutura. Estrutura canelada — £ também uma variante da esirutura tafeta, ra qual fios finos se entrecruzani com fios grossos ou entio fios sim ples com fios duplos ou muitiplos. As espessuras diferentes podem fi- car dispostas paralela ou perpen- dicularmente, Quando se dispoem paralelamente, como no desenho, © lecido aprestnta 9 efeito de cor- Bes. Neste caso, cle se torn fre Bil a0 atrito a qué Esto sujeitos 0 ON” ESTRUTURA CANELADA (96 COSTURA vit fics, 0 que the abrevia s duracdo: ‘0 “Taille” c 0 crepe otomano sic ‘exemplos desta estrutura, Estrutura felpuda — E aquela cuja superficie se apresenta co- berta de pequeninos pélos, o que The confere uma textura macia ¢ toda especial. Para consegui-, ‘acrescenta-se um fio de trama a uma estrutura bisica do tipo tafetd ‘ou sarja. Este fio € puxado, por tums peca especifica do tear, para co direito do tecide, onde aparece entre um ¢ outro fio da urdidura S00 a forma de uma alga. Estas al- gas podem ser cortadas, como na pelcia, aparadas, como no ve- ludo, ou mantidas em sua forma original, como no tecido ture. Muitos des tecidos com estrutura felpuda exigem euidados especiais de confecgio, passagem a ferro € conservagio. Entre tais tecidos, os mais comuns siio 0 veludo, a bel- butina, a esponja ou tecido de toa- ESTRUTURA DE GAZE ‘ha, as imitagBes de peles e outros, Estrutura de gaze — Como é for- mada de malhas bem abertas, os tecidos fabricados com cla sic le- vies, nos ¢ quase sempre transpa- renies, As malhas abertas so obti- das a partir de uma pega especial, acoplada ao tear, que vai mi dando constantemente a posicdo dos fios da urdidura, de modo que, ‘enquanto um passa por cima do fio da trama, 0 autro passa por baixo, formanda uma espécie de ‘ito em volta dele, So cxemplos de tecides com esta estrutura a marquisete e todas as espécies de guze. Estrutura corm relevo — Neste tipo, superficie apresenta dese- inhos em relevo, normalmente geo- meétricos. Os desenhos sio pro- duzidos pela maquineta, gue & um avess6rio especial articulado com tum tear de estrutura tafetd, A ma- quineta elevace baixa certos fios da urdidura, de mado que esta ¢ a trama se entrecruzam, formando um padrio geométrico que pode variar sempre, O fustdo. casa-de- abelhia € um exemplo tipico de te- cido com esta estrutura, Estrutura Jacquard — $6 pode ser produzida por um tear espe- cial, o tear Jacquard, nome do sew inventor. Esse tcar control sepa- radamente os fies da trama ¢ da urdidura, de modo a formar dese- hos extremamente elaborados. Por ixso mesmo, ndo deixa de ser uma variante complexa da estiu- twa cetim, Os desenhos, com fre giiéncia, saltam sobre a superficie em relevos suaves, Entre os tec dos Jacquard = que slo gerah mente bastante earos ~ ¢std0 08 brocados, os adamascados grande parte dos tecidos de deco- ragio. ISTRUTURA JACQUARD INTERPRETACAO DE MODELOS, UMA SAIA TRANSPASSADA EVASI Prévica, objetiva e econémica stio qualidades inerentes a esta saia, cxja Tinha evasé a torna extremamente conforravel ao uso, principalmente para aquelas que trabatham 0 dia inteiro sentadas. Esta comodidade é acentuada pela auséncia de umn cos apertando a cintura ¢ pela preserga de wn profundo transpasse na frente, Jfechade por quatro pitc-plaes’ bem grandes que se colocam ao nivel de uma paler que envolve os quadris. No lado ‘oposto ae transpasse. un grande bolso-sacola esta aplicado assimetricamente. Uma aba, cant os mesmos plie-plaes nos camtos, fecha @ superiormente, Costuras & bordas acentuadas por pespontos. 100_INTERPRETACKO DE MoDELOS Material = Qualquer tipo de bri, desde 0 jeans até o linho, indo. elas gabardines, Seis pliceplacs grandes, que sc poderd mandar aplicar ém armarinhos, ‘caso ndo se possua © aparelho, En- tretela de colar. Metragem — Duas auras da saia (acrescente costuras e bai- ha), num tecido de 140m de lar gura ¢ trés alturas, se ele liver ape- nas 090m, MOLDE E CORTE, Frente (esquema 3) — Trace @ frente de uma saia evasé sem pen- ces, como ensinamos na liglo 5,€ depois aerescente um transpasse 8 partir do mei da frente. Para isso, prolongue a linha da cintura de A até B, numa medida que pode vae riar de 7em (tamanhos pequenos) dade do transpasse, part que se possa_ ir acostumando a tomar decisiies proprias. Depois disso, prolongue a bainha, de C a D, uma medida igual ao dobro de AB. Ligue B a D por uma reta, na Qual BD" tenha a mesma medida do somprimenio da sais no meio da frente. Arredande a bainha. ‘Trace a linha da pala EG, paralela a cintura, numa distancia de cerca de 10cm, Corte 0 molde, sepa- rando a pala, Arremate do transpasse (¢s- ‘quema 4) ~ Trace 0 molde do Uranspasse pelo molde da freme até a linha do meio, sem comtar a pala, como mostra o esquema, Costas (esquemna $) — Trace as costas de uma sia evasé sem pen- ces (licfo 5) ¢ depois a linha da pala GJ. paralela 4 cintura, numa distancia igual ada Frente, ou seja, Tem, Recorie, separands a pala. Pala dos quadris (esquerna 6) — Pegue as duas partes da pala ¢ junte a frente com as costas pela fins lateral FG, Fixando-ae com pequenos pedagos de fita du Marque a posicio dos quateo pli placs a distdncias iguais do meio da frente, Bolso (esquema 7) — Trace um retingulo de 18cm de largura por 20cm de altura, Em volta, marque dduas espexsuras de 2em cada uma, para formar as dobras do fole Cruze as linhas nos dingulos, para gjudi-la a desenhar as costuras que vao formar us pregas do fole nos cantos inferiores da bolso. Ob- servando 0 esquema, nie encon- ‘ard dificuldades Aba do bolso (esquerna 8} — Trace © molde num retdingulo, de acordo com as medidas do es- quema. Marque 0s plics Corte a pala quatro vezes no te- cido (duas num sentido ¢ duas no sutro); a frente, as costas € 0 arre- mate do transpasse, duas veres (em sentidos opostos); © balsa ¢ a aba, apenas uma vez. Acrescemte luna margers de 2em para as cos- twras ¢ de dem para a bainha. |ONTAGEM. 1. Ligue as partes da pala, duas aa duas, pela costura do meio das costas. Aplique as dus partes ob- tidas, uma sobre a outra, direito contra direite, Costure as bordas da cintura ¢’ dss extremidades. Vire para 0 direito, passe a ferro € pesponte. Mande colocar os plic- placs nas marcagdes, 2. Aplique os arremates sobre as frentes da saia, direito contra direito, Costure a borda vertical ¢ x bainha. Vire para 0 direito, passe Ferro ¢ pesponte, 3. Costure todos os panos da sala € pesponte apenas 2 costura central das costas, em continua- cio a da pal 4, Monte a pala na saia, INTERPRETACAO BE MODELOS 101 ESQUEMA 8 5. Dobre as pregas do fole para © avesso part poder costurar os ngulos dos cantos inferiores, di- reito contra dircito, Vire para 0 dix feito, achate as dobras com o ferro ¢ faga um pesponto juntinho 4 dobra superior para vincar bem 9 fole, Dobre, entio, as margens de costura da dobra int costura lateral oposta ao trans Passe, metade para a frente © me tade para as costas 6, Cole a entretcla no avesso da metade da pala, dobre-a ao meio, ireito contra direito, ¢ costure as extremidades, Vire para o direito, passe a ferro, pesponte ¢ aplique ha saia, lem acima do holso. Mande colocar os pliceplacs nas mureages, OUTROS Prop MINAS INCOMODOS COM A MAQUINA Para finalizar este assunto, é bom lembrar que uma boa manu- Leng ¢ um uso cuidadoso da sua maquina de costura impedirio que esses probleminhas corriquei- ros de funcionamento prejudi« quem © bom andamento do seu trabalho, Leia com atengio 0 ma ual gue acompanha a méguina de costura, pega o maximo de in- formagées ao tecnico responsive! da marca ¢ proceda sempre de acordo com ambos, Com isso, pode ficar certa de que esses pe- quenes defeitos de funcionamento rmuiquina a que nos referimos antenormente desaparecerie ov, pelo menos, se tormario pouco freqdentes, a nde ser que s¢ trate de um produto de ma qualidade de falbricagto, Antes de darmos alguns conse Ihos sobre 9s cuidados que uma maquina exige, vale a pena abor- dar alguns problemas que surgem nas pontos, a.) E bem possivel que haja fias, fiapos ou uma obstrucao qualquer ‘nos dentes impelentes, 'b) A pressiio do pé calcador pode estar, em relagao ao tecido, : insuficiente ou exage «,) Enquanto costura, voce deve estar purando ou empurrando 0 tecide com demasiada forga, ‘d,) Os pontos de tamanhe dife- rente podem indicar que s¢ trata, na realidade, de pontos em false. a.) Aparecem normalmente na costura quando a agulha ¢ de tipo ‘ou de tamanho inadequado uo te- ‘eido com o qual se esth traba- Ihando. 'b.) O pé ealeador exerce pres s&o insuficiente sobre o tecido. c.) A agulha pode estar torta ou rombuda, sem ponta. di) Vocé pode estar costurando com velocidade irregular. €.) A agulha pode ter sido colo- cada no suporte de maneira incor- reta, isto €, ao contritio ou mal in- serida no Suporte, f) Com muita probabitidade, vocé pode estar puxando 0 tecido com demasiada forga ao costurar. g.) A chapa da agulha pode nio ser a indicada para o ponte que se estd usando: Ten sho KORMAL TENSAO SUPERIOR FRACA TRUSKe SUPERIOR EXAOERADA JOUVVT 300 Lina DA AGULMA QUERRAZA ms (A DA BOBINA QUEBRADA, hy Mesmo que aparentemente nao haja qualquer problema com a agulha, pode ser que a penugem © a goma do tecido tenhain-se acumulado sobre ela. Isto cos- tuma acontecer quando 9¢ trabae Tha com certas fibras sintéticws, te- vidos aderentes ou de vinco per- manente. Limpe a agulha ou ¢n- ‘Go. substitus-a Como ja dissemos, vocé pode tornar todos esses problemas com miquina de costura muito raros, se tomar os devidos cuidados du- rante'e entre os periodos de uso. ‘A freqiéncia com que deve lin par ¢ lubrificar sua miguina de- pende da intensidade do uso ¢ de onde a guarda. Se o use for de s horas por dia, limpe ¢ fique-a diariamente, mas, s¢ for intermitente — algurnas vezes por semana —, a limpeca © a lubri- fieagao podem ser menos freqien- tes, Nao se esqueca de desligar a tomada, antes de inisiar estas ope- ragdes, para evitar 0 nsco de cho- ques elétricos. Una vez por semana, retire os detritos ¢ os flapos das partes ex- postas. Com um pano macio, tipo Hanela, limpe as seguintes pegas’ @ Discos de tensio: # Esticarfiay Barra de pressio e barra de agulha: © Caixa da bobina, pois € im- portante que esteja sempre limpa para evitar muitos dos problemas ineémodos com 0 funcionamento da maquina; © Limpe toda a superficie da ‘quina com um pano timido, 3¢ for mecessiria, Nunca use qual quer especie de detergente; @ Remova a chapa de agulha para limpar os dentes impelentes ¢ a area da langadeira rotativa: Depois dit limpeza, proceda i lubrificugio, colocando uma gota de leo nos lugares indicados no manual. Uma vex por més, lubrifique as partes intemas da maquina con forme as insirugSes do manual. A exce respeito, aconselhese previte mente com 0 Kéenico. quina por algum tempo: © Desligue a miquina da to mada ¢létrica. ® Limpe todas as partes inter nas ¢ externas. % Passe leo com @ pineel por todas as partes externas ¢ por {ris da tampa frontal, saturando-as de leo para protegé-tas contra a fer. rugem e 2 corrosio, sobretudo se mora perto da arla martina. SAI GOD! pregas, gomas ou fotes muma Fazenda ow papel e godet indica cada prega ou gomo. Por analogia, passourse a chamrar godet toda sata BRAN DAS — ro Goder. eon francs, significa fazer ea ‘que tontbasse, formando gonios e dabras, Commo mio temas a ‘correspondence em nossa fingwa, 0 jello € aportuguesar a palawra pare ‘Bode, coma o fizemos anteriormente 101 Salas coves ‘com oevase. E para que woot sinta 0 fue € exatameaue ume god, pegee tum gedlaco de papel e faca, com a sesoura, um pequene corte ‘2 wwe das bordas. Vibra o corte e imediatamente wm [pode se Jormara no final do corte. “A sala pode esta sempre sofrendo tum movimento de vai nas twragdes da mada do rosso século. AS wezes, gozando de muita pogttaridade, oatras vezes caindo fom completo esquecimnente, ela, na feianto, possi indiscuitvelrente tama linha graciose, cheia de ‘mobilldade e muito feminina, Como, este curso, ndo nos interessa o que ‘std on nao ma moda, as saias godé dhesent ser detathadannente estudadas, wma ve que voces devern feviar a par de todos es detaes que Constituent a estruura da roupe uae dominou todo 0 mundo ocidental por ode 0 século XX. “A sala godé @ sempre cortada num circle on numa parte dele. Por isso, SALA GODE EM UM QUARTO DE RODA A sta godé em um quarto de roda tem 0 seu moide cortado ‘com a forma de um quarto de cir culo, geralmente num pano tinico, Pode, entretanto, também ser cor- ada ¢m dois ou até em quatro pa- ros, bastando, para isso, vortar 0 ‘molde a0 meio ou em quatro par- tes iguais. Ea mais estreita de to- das as. seias godé, chegando- mesmo, pelt sua pouca largura, & se aparentar com as saias evasd. Molde {esquema 1) — Aprovei- tando © angulo do papel, trace dua linhas perpendiculares entre 5, OAA‘e AEE” Para determinar a distancia OA ou OE (sio ipuais), divida a medida da cintura por 1.3 € diminua 2em do resul- ado. Por exemplo, se a cintura medir 650m, OA serd igual a 66 + 13 = ddem’- 2m = 426m, ‘Mareadlos OA © GE, ambos com © resultado do célculo, pro- Tongue as duas linhas de mode que AA’ e EE" tenham ambas © con Primenio desejado para sala Feito isso, festa unit Aa Ee A’ E” por duas eurvas regulares, ov melhor, por dois arcos de circulo Para facilitar o tracado destas duas curvas, risque outras retas, todas partindo do ponto O, ¢ nclas mega respectivamente OB, OC e ‘OD, com amesma medida de OA. Em seguida, também mega BB’, CC! ¢ DD’, com o comprimemta da saia, Depois, ¢ 56 unir 05 pon- tos A, B, C, De E pela curva da cintura ¢ A’, B’, C’, De E* pela curva da bainba, HA outra mancira, muito mais ritica, de tragar as duas curvas. Pegie tne fia antics 6 preade, com a ale ena aes a. divisio ci jente 4 me: dida desejada, sobre © ponto O. ‘Pon a ponta do lapis junto & ex- tremidade livre da © gira. O lipisjacompanhando o giro, traga- com pericigao a curva AE. Pro- ceda da mesma maneira ° tragado ds curva A'E” da bainha, prendendo sempre a divisio dese- jada da fita métriea sobre 0 ponto oO ‘Como vernos, 0 eorte é muito simples. O molde se compe nor- malmente de uma pega tnica, ‘com uma sd costura de fecha- mento no meio das costas — ou da frente, se 0 modelo assim o exigir. Sendo assim, a medida de AE deve corresponder 4 medida total da ‘cintura. fechamento se faz costurando 0 lado AA’ do molde com @ lado EE’ ‘Ha trés manciras: Primeira — O molde seri colo- cade sobre o teci gue AA’ c EE” coincidam com 0 fio reto, um dos lados se colo- cando paralelo 4 ourela e outro atravessade ou paralelo a trama, como mostra a fig. 1. Nestas con digdes, a costura central das cos- tas ficard a flo reto e a frente em pleno viés, como exige a saia Rodé. Esta disposigdo exige teci- dos largos, com um minimo de 120m a |,4om delargura, a menos que se coloque uma emenda ex- tremamente deselegante (em. tra- cejado na fig. 1), quando se trata de tecidos mais estreitos, ‘Segunda — Quando = largura do tecide nw permilir a disposi- gio anterior, a fim de evitar a emenda desgraciosa, a que nos re- SALAS GODES 105 ferimos, basta dar uma toreio no linha CC" no esquema | — e depois molde € colaci-lo sobre o tecido, colocar as duas partes sobre 0 te= de maneira que os lados AA’ ¢ cido, segundo mostra a fig. 3, um EE" fiquem no pleno vies, como se para cima e outro para baixo. Esta pode ver na fig. 2. Esta, aliés,€ a colocagio, que os franceses cha- Sisposigo obrigatéria para os te- mam ttebéche, € Muito usada Cidos listrados. quando se procura_economizar ‘Terceira, Esta disposigio € — tecido, com a condigao de que ndio também utilizada quando se trata tenha pé, se for estampade ou lise de tecidos estreitos, com 80cm ou trade, Nestas condigdes, # saia te- ‘90cm de largura, ou entio listra- ri dtas costuras no meio vies, que dos. Aqui, langamos mio de um poderdo ficar uma no meio da expediente, ou seja, cortar o frente € outra no meio das costas, molde pela metade = 20 longo da ou, ento, ambas nas laterais. OURELA cA 1 OUMELN FG. 2 aurea OUFELA counts fig.3 “OURELA,

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