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Introdugao 1.1 AINDUSTRIA ELETROELETRONICA recente surto de tecnologias em Wall Street é uma evidéncia clara de que a indiistria letroetetronica teré um efeito extremamente amplo sobre os avangos futuros da maior parte das areas do conhecimento que afetam nosso modo de vida, satide e educagio profissional. Voc® seria capaz de imaginar um campo de atuagao, hoje em dia, mesmo Aaqueles onde as pessoas tentam reduzir ao minimo 0 uso de tecnologia, que nao procu- ra alargar seus horizontes através do uso de inovagdes técnicas tais como gravadores, copiadoras, computadores e instrumentos de andlise de dados? Todos os aspectos das nossas vidas parecem ser influenciados por avancos tecnol6gicos que surgem a uma taxa cada vez maior. Para um leigo, 0 aperfeigoamento ais ébvio dos tltimos anos foi a redugo do tamanho dos sistemas eletroeletrénicos. Hoje em dia, existem televisdes pequenas 0 suficiente para serem transportadas com facilidade, com um sistema de alimentago que as torna ainda mais portdteis. Compu- tadores com uma meméria razoavel podem ser agora menores do que este livro. A dni- ca limitagdo no processo de redugd0 no tamanho dos rédios € imposta pela necessidade ddo usudtio de ler os nimeros no mostrador. Os aparelhos para surdez sao praticamente invisiveis, ¢ os marcapassos sio atualmente muito menores e mais confidveis. Toda esta redugdo em tamanho é devida essencialmente a uma inovagdo espetacular que apare- ‘ceu nas titimas décadas —o circuito integrado (C1). O CI, que apareceu na década de 1950, alcangou agora um estigio em que pode ser subdividido em linhas de 0,5 micré- ‘metro de largura. Em uma polegada (= 2,5 em) podemos acomodar cerca de 50,000 destas linhas. Tente visualizar a divisio de uma faixa de uma polegada de largura em 100 subdivisies e considere entdo 1.000 ou 25.000 divisoes — é realmente uma faga~ nha inerfvel. O circuito integrado da Fig. 1.1 possui cerca de 1,2 milhdo de componen- tes e no entanto sua largura é de apenas cerea de meia polegada (= 1,25 em). E natural, quando consideramos as mudangas ocorridas nestas iltimas décadas, que desejemos saber quais os limites desta tendéncia. Em vez de seguir uma curva monéto- na que tornaria possiveis algumas previsdes, o desenvolvimento industrial esté sujeito a turbuléncias que revolucionam os avangos importantes no campo em questao. Atual- ‘mente a evidéncia é de que a miniaturizagio continvar, mas a uma taxa moderada. O interesse dirige-se agora para o aumento da qualidade e do rendimento (percentagem de circuitos integrados de boa qualidade obtidos no processo de produs0). ‘A hist6ria nos mostra que t8m havido maximos e minimos no crescimento industrial ‘mas os lucros continuam a crescer constantemente ¢ os fundos destinados a pesquisa e desenvolvimento constituem uma parte cada vez maior dos orgamentos. Estas mudan- ‘¢as répidas implicam a necessidade de uma reciclagem constante dos empregados, de: de 0s iniciantes até os diretores. Muitas empresas instituiram seus prOprios programas de treinamento e encorajam universidades préximas a desenvolver programas que as- segurem que 0s conceitos e procedimentos mais atwalizados sejam ensinados a seus n 2 I INTRODUGAO_ Fig. 1.1 Circuito integrado, (Cortesia de Motorola Semicondutor Products.) cempregados. Um periodo de relaxamento pode ser desastroso para ‘uma companhia que atua em um campo tao competitive quanto este. ‘Noentanto, por maiores que sejam as presses sobre alguém que trabalha neste campo para que se mantenha em dia com os iltimos avangos, existe uma vantagem que logo se tomnaré Gbvia: uma vez {que um conceito ou um procedimento tena sido clara ¢ comreta- mente compreendido, cle dara frutos durante toda a carreira do in- dividuo, em qualquer nfvel. Por exemplo, uma vez.que uma rela- ‘¢40 fundamental como a lei de Ohm (Cap. 4) seja compreendida, cla nunca serd substituéda por outra equagao & medida que consi- derarmos teorias mais avancadas. Esta lei é uma relagio entre quan- tidades fundamentais, que pode ser aplicada em qualquer nfvel.* ‘Além disso, uma vez que um procedimento ou um método de ané- lise seja claramente compreendido, ele pode, em geral, se aplica- «do auma grande (se nao infinita) variedade de problemas, fazendo ‘com que seja desnecessério aprender uma técnica diferente para cada ppequena variagdo no sistema. O contetido deste livro é tal que cada fragmento de informagao terd aplicagdes em cursos mais avanga- dos. Ele nio seri substituido por um conjunto de equagoes e de procedimentos diferentes, a ndo ser que isto seja uma necessidade de uma drea especifica de aplicagdo. Mesmo quando isto aconte- cer, os novos procedimentos serio quase sempre uma Versio ex- ppandida dos conceitos ja apresentados no texto. Deste modo, é extremamente importante que o material apre- sentado neste curso introdut6rio seja entendido com clareza e preciso, Ele ¢ fundamental para se obter um bom desempenho nos cursos seguintes, e vocé o aplicaré no seu dia-a-dia como profissional deste campo sempre em desenvolvimento. 1.2 UM POUCO DE HISTORIA ‘Uma vez que uma hipstese cientfica tenha sido testada e se tor- ne consensual entre os profissionais de uma determinada rea, cla se torna um dos fundamentos desta rea, permitindo que se realizem investigagées adicionais e que se obtenham novos re- sultados. E claro que quanto mais pecas de um quebra-cabeca estiverem disponiveis, mais fécil serd a sua solugio. De fato, a hist6ria demonstra que as vezes um pequeno avanco isolado pode ser a chave para levar a cincia a um novo nivel de compreen- so, aumentando também o seu impacto sobre a sociedade, “Desde que os materiisenvolvidos obedegam lei de Ohm, o que nem sempre éverdade. (N.S > Se tiver oportunidade, Ieia alguma das muitas publicagées sobre a histéria do assunto tratado neste livro. Aqui, por causa das limitagdes de espaco, s6 poderemos apresentar um pequeno resumo. O ntimero de pessoas que contribuiram é muito maior do que aquele que podemos mencionar, e seus esforgos resulta- ram com freqiiéncia em contribuigdes significativas para a solu- ‘do de problemas importantes, ‘Como ja mencionamos anteriormente, existem periodos ca- racterizados pelo que parece ser uma explosio de interesse e de desenvolvimento em certas éreas particulares. Mais adiante ve- remos que no final do século XVIII e no comeco do século XIX invengdes, descobertas ¢ teorias apareciam répida e furiosamen- te, Cada novo conceito aumentava o niimero de possiveis éreas de aplicagao, até que se tomou quase impossfvel rastrear a ori- ‘gem de um certo desenvolvimento, a ndo ser que fosse escothida ‘uma firea de interesse particular. Quando vocé estiver lendo mais, adiante acerca do desenvolvimento do rédio, da televisdo e do computador, nao se esqueca de que a mesmo tempo estavam ‘ocorrendo avangos semelhantes nas dreas da telegrafia, tlef nia, geragao de energia elétrica, gravacio de dudio, eletrodomés ticos e assim por diante, ‘Quando lemos alguma coisa sobre os grandes cientistas, in- ventores ¢ inovadores, existe uma tendéncia para acreditar que suas contribuigées foram resultado de um esforgo completamente individual. Em muitos casos, no entanto, isso nao é verdadeiro. De fato, muitos dos individuos que deram grandes contribuigdes, ceram amigos ou colaboradores e se apoiavam mutuamente em seus esforcos para investigar vérias teorias. Eles estavam, pelo ‘menos, cientes dos esforgos uns dos outros, até onde era possi- vel numa época em que uma carta era quase sempre @ melhor forma de comunicagio. Observe em particular como as datas importantes sio préximas entre si durante perfodos de desenvol- vvimento répido. Um dos investigadores parecia estimular 0s es- forgos dos outros ou as vezes fornecia o avango fundamental necessério a0 desenvolvimento de uma certa érea de interesse, ‘As pessoas que deram contribuigdes durante os estégios ini ciais neste campo niio eram engenheiros eletricistas,eletrOnicos ‘ou de computacao tais como os conhecemos hoje. Na maioria dos casos, eram fisicos, qutmicos, mateméticos ou até mesmos fil6- sofos. Além disso, ndo pertenciam a apenas um ou dois paises do Velho Mundo. Quando nos referimos as pessoas que deram grandes contribuigdes citamos, na maior parte dos casos, 0 pais, de origem para mostrar que quase todas as comunidades com um. razodvel grau de organizagio tiveram algum impacto sobre a aquisigio de conhecimento sobre as leis fundamentais dos celts elétricos. A medida que voce for lendo os outros capitulos deste livro, pperceberd que muitas unidades de medida receberam o nome de Ccientistas importantes nestas reas — 0 Conde Alessandro Vol- ta teve seu nome associado A unidade de d.d.p, 0 volt, o ampere homenageia André Ampére, o om homenageia Georg Ohm, € assim por diante — em reconhecimento & importincia de suas contribuigdes para este grande campo do conhecimento, ‘Na Fig. 1.2. mostramos gréficos temporais onde indicamos um certo niimero de avangos notaveis, com a intengo principal de ‘dentificar periodos especificos de desenvolvimento répido ¢ tam- bém ressaltar os avangos das iiltimas décadas. O “estado da arte atual &, em esséncia, o resultado de esforgos que tiveram inicio hd aproximadamente 250 anos, endo o progresso nos itimos 100 anos sido quase exponencial A medida que voc€ for lendo o breve hist6rico que se segue, tente sentir o interesse crescente, o entusiasmo ¢ 0 alvorogo que UM POUCO DE HISTORIA iil 3 Desenvolvimento i Gitbert oN ° Tob Too ak Ta) oo Fanny ® — ae 1600 1700 1300 i300 rs © Fig. 1.2 Gréficos temporais: (a) de longo alcance; (b) expandido. devem ter acompanhado cada nova revelagio. Alguns dos ter- ‘mos utilizados serdo novos e poder, portanto, ndo ser ainda bem compreendidos; nos capitulos seguintes, porém, todos terao seus, significados esclarecidos O Comego fendmeno da eletricidade estética era conhecido desde a anti- ‘guidade, sendo naquela época encarado quase sempre como uma brincadeira, Os grezos denominavam elektron a resina fossil usada freqiientemente em demonstragdes dos efeitos da eletrici- dade estética, mas nenhum estudo sistematico foi feito até que William Gilbert retomou a pesquisa sobre o assunto em 1600. A eletrostética foi continuamente investigada nos anos seguintes por pesquisadores como Otto von Guericke, que construiu o primei- ro gerador eletrostitico capaz de gerar uma quantidade aprecis- vel de carga, e Stephen Gray, que conseguit transmitir cargas elétricas a grandes distdncias utilizando fios de seda. Charles, DuFay demonstrou que existem cargas que se atraem e que se repelem, o que o levou a acreditar que existem dois tipos de car- ‘ga — teoria aceita até hoje; as duas espécies de carga stio deno- minadas positiva e negativa ‘Muitos historiadores defendem o ponto de vista de que 0 comeco da era da eletricidade deve ser associado as pesquisas, de Pieter van Musschenbroek e Benjamin Franklin, Em 1745, van Musschenbroek apresentou a garrafa de Leyden, destina- daa armazenar carga elétrica (0 primeiro capacitor), e demons- trou os efeitos do choque elétrico (e assim 0 poder desta nova forma de energia). Aproximadamente sete anos depois, Frank- lin utilizou a garrafa de Leyden para demonstrar que 0 relém- pago é simplesmente uma descarga elétrica ¢ também para aper- feigoar varias outras teorias importantes, incluindo a denomi- nagio de positiva e negativa para os dois tipos de cargas. A partir deste ponto, 3 medida que crescia o nfimero de pesquisadores, nesta rea, novas teorias e descobertas comegaram a aparecer ‘com rapidez crescente. Em 1784, Charles Coulomb demonstrou em Paris que a forga centre duas distribuigbes de carga esfericamente simétricas € inver- samente proporcional &distncia entre seus centros. Em 1791, Luigi Galvani, professor de anatomia na Universidade de Bolonha, Ité- lia reaizou experiéncias que mostravam que exist eletricidade no corpo de qualquer animal. A primeira bateria, apaz de produzir cletricidade a partir da reago quimica de um metal com um écido, foi desenvolvida por outro italiano, Alessandro Volta, em 1799, A febre de descobertas continuou no comego do século XIX com Hans Christian Oersted, um professor de fisica sueco que descobriu em 1820 uma relagao entre magnetismo c eletricidade fundamental para a teoria do eletromagnetismo tal como € co- nhecida atualmente. No mesmo ano, um fisico francés, André Ampére, demonstrou que condutores percorridos por correntes se atraem e repelem do mesmo modo que imais permanentes. No perfodo de 1826 a 1827, Georg Ohm, um fisico alemfo, apre- sentou uma importante relacdo entre diferenga de potencial, cor- rente e resisténcia, conhecida atualmente como lei de Ohm. Em 1831, o fisico inglés Michael Faraday descobriu a indugdo ele- tromagnética, observando que uma variaco de corrente em uma bobina pode induzir uma corrente variavel em outra bobina, ‘mesmo que a segunda nio esteja eletricamente conectada & pri- meira. O professor Faraday trabalhou também extensamente no aperfeigoamento de um componente destinado a armazenar car- gaelétrica, a que ele denominou condensador e conhecido atual- mente como capacitor. Ede Faraday a idéia de introduzir um dielétrico entre as placas de um capacitor para aumentar a capa- cidade de armazenamento (Cap. 10). James Clerk Maxwell, um professor de filosofia natural escocés,* realizou uma anilise ‘matemitica exaustiva que desembocow num conjunto de equa- ‘ees conhecidas atualmente como equagdes de Maxwell, coro- ando 0s esforgos de Faraday para relacionar os efeitos elétricos « magnéticos. Como conseqiiéncia de suas equagées, Maxwell "Filosofia natural era6 nome dado naquelsépoce a conjunto da isc, qui cae biologia. (NT) 4 il INTRODUGAO também desenvolveu, em 1862, a teoria eletromagnética da luz, segundo a qual todas as ondas eletromagnéticas se propagam no vacuo a velocidade da luz (3 X 10" metros por segundo). As pre- visGes das equagSes de Maxwell foram testadas com sucesso em 1888 pelo fisico alemio Heinrich Rudolph Hertz, que realizou cexperiéneias com ondas eletromagnéticas de freqliéncia menor do que a da luz (conhecidas atualmente como microondas). Em meados da década de 1800, 0 professor Gustav Robert Kirchhoff introduziu um conjunto de leis sobre tenses e correntes em cir- ‘cuitos que encontram aplicagao em todas as éreas ¢ niveis deste campo (Caps. 5 ¢ 6). Em 1895, outro fisico alemao, Wilhelm Rainigen, descobriu ondas eletromagnéticas de alta freqéncia, que foram por ele chamadas de raios X, denominagao usada até hoje. No final do século XIX, jé estava estabelecido um grande mimero de equagbes, leis e relagées, ¢ vérias dreas de estudo, incluindo a eletronica, a gerago de energia elétrica ea constru- slo de mAquinas de calcular, comegaram a se desenvolver como Campos de pesquisa respeitaveis A Era da Eletrénica Radio A determinagio precisa da época em que a era eletrd- nica verdadeiramente se iniciou considerada uma questo em aberto, sendo algumas vezes associada aos primeiros trabalhos nos quais cientistas aplicaram diferencas de potencial a eletro- dos implantados em invélucros de vidro onde se tinha feito vé- v0, Muitos, no entanto, preferem associar este infcio a Thomas Edison, que inseriu um eletrodo metalico no bulbo de uma lam- pada de filamento e descobriu que, quando a Kimpada estava acesa € uma tensio positiva era aplicada ao eletrodo, aparecia uma corrente elétrica no circuito. Este fendmeno, observado em 1883, ficou conhecido como efeito Edison. No perfodo que se segui, foi dada grande atengao a transmissd0 de ondas de radio c 20 desenvolvimento de aparelhos transmissores ¢ receptores. Hein- rich Hertz, em 1887, durante suas tentativas de verificar os efei- tos previstos pelas equacdes de Maxwell, efetuou em seu labo- ratério a primeira transmissio de ondas de rédio. Em 1896, um cientista italiano, Guglielmo Marconi (freqlentemente denot nado o pai do rédio) demonstrou, utilizando uma antena aterra- da, que sinais telegréficos podiam ser enviados sem a utilizagao de fios através de distincias razoaveis (2,5 km). No mesmo ano, ‘Aleksandr Popov enviou o que pode ter sido a primeira mensa- gem radiofénica através de uma distincia de aproximadamente 300 metros. Ele transmitiu as palavras “Heinrich Hertz”, home- nageando as contribuigdes pioneiras de Hertz. Em 1901, Marco- ni conseguiu estabelecer comunicagdes de radio através do Atan- tico.* ‘Em 1904, John Ambrose Fleming aproveitou as idéias de Edi- son para desenvolver o primeiro diodo, conhecido usualmente ‘Em 1893, ts anos antes a primeira experitncia de Marcon, 0 cientista bra sili Roberto Landell de Moura wansmltiysinals e sons musicals através de ‘uma dstncia de oto qulémetros na cidade de Sio Palo, etre a Avenida Pau- listae o Alto de Santana. Em 1901, Landell de Moura patenteou no Servigo de Patenes dos Estados Unidos, sob os nimeros 771.917, 75.337 e 775.846, és invenos originals: um “ransmissor de ondas", um “tlégrafo sem ios” € um modelo de “elefone sem 0". "Além disso, os esquemas constantes de pedidos de patentes demonstra Claramente que fot Landell de Moura o verdadeiro inventor da valvula todo. Tnformagies adicionas sobre Landellde Moura podem ser obtidas, por exer plo, no enderego Internet tp:/vvww. virtual com-bricone/cartashim, (NT) ‘como veilula de Fleming — na realidade primeiro dos compo- rnentes eletrénicos.* Este componente teve um profundo impacto sobre o projeto de circuitos para receptores de rédio. Em 1906, Lee De Forest adicionou um terceiro elewodo a valvula de Fleming ecriou © primeiro amplificador, 0 triodo. Logo depois, em 1912, Edwin Armstrong construiu o primeiro circuito regenerativo para melho- rara qualidade dos receptores, tendo depois utilizado estes mesmos circuitos para desenvolver o primeiro oscilador néo-mecfinico. Em 1915, sinais de rédio j4 eram transmitidos através dos Estados Uni: dos, ¢ em 1918 Armstrong solictou a patente do circuito super- heterédino, um circuito empregado em praticamente todos os apa- relhos de dio etelevisto para permitraamplificagdo somente numa banda estreita de freqifncia, em vez de em toda a faixa de sinas. Com isto, quase todos os componentes dos réidios modems esta- ‘vam disponiveis, eas vendas de receptores cresceram de uns pou- cos milhges de délares no comego da década de 1920 para cerca de 1 bilhao de délares na década de 1930. Esta hima década compre endeu os assim chamados anos dourados do rédio, durante os quais| havia uma enorme quantidade de opgdes para os ouvintes. Televisio A radattelevisio também comegou para valer na década de 1930. O desenvolvimento do tubo de imagem, no en- tanto, foi inicindo bem antes por Paul Nipkow com seu felescd- pio elétrico, em 1884. John Baird conseguiu em 1927 transmitit imagens de televisio através de linhas telefnicas ¢ em 1928 re- alizou o mesmo feito utilizando ondas de radio. Além disso, em 1930, realizou uma transmissdo simultanea de sons e imagens. ‘A primeira antena de televisdo comercial do mundo foi instala- daem 1932 pela NBC no topo do Empire State Building, em Nova York. Em 1939, a RCA iniciou as primeiras transmissOes regu- lares. A Segunda Guerra Mundial refreou um pouco este desen- volvimento, mas por volta de 1946 o nimero de aparelhos de televisio domésticos havia aumentado de alguns milhares para alguns milhdes. A televisio em cores tomou-se popular no co- rego da década de 1960. Computadores _ E costume associar o nome de Blaise Pas- cal 4 primeira calculadora mecdnica, construfda por ele em 1642 para adicionar e subtrair nimeros. Em 1673, Gottfried Wilhelm ‘yon Leibniz inventou a roda de Leibniz, um aperfeigoamento da ‘méquina de Pascal que permitia também realizar multiplicagdes e divisdes. Charles Babbage desenvolveu, por volta de 1823, 0 projeto do calculador diferencial, que permitia calcular senos, co-senos, logaritmos e vérias outras fungdes. Apesar dos aper- feicoamentos que se seguiram, todas as méquinas de calcular per- ‘maneceram essencialmente mecanicas até a década de 1930, quan- do foram introduzidos os primeiros sistemas eletromecanicos, que utilizavam relés. Os sistemas totalmente eletrénicos 86 comega- ram a ser utilizados na década de 1940. £ interessante notar que ‘embora a IBM tenha sido fundada em 1924, ela s6 entrou na in- dtstria dos computadores em 1937. Em 1946, um sistema total- mente eletrOnico conhecido como Eniac foi construido na Univer- sidade da Pennsylvania, Ele utilizava 18,000 vélvulas e pesava 30 “Na ealidade, parece mais justo atiburainvengo do diodo a Edison, primeirs tempos do rio ea frequente a ulizago das assim chamadas “im- Pidas de efeito Edison” para substtuir valvlas dio, com resultados plenamente ‘atsfatrios. Este cours ats interessantes sobre Edison esto relatos no livr0 “Incandescent Genius, de. B. Wal, Appeton-Ceatury-Crofts Ine, Nova York, 1959, Uma edigio condensada em portugus deste livro foi public em 1958, ha niologia Os 20 Melhores Livros de Selecdes, Eaitora Ypiranga S.A, Rio de Janeio-Sto Paulo. (N.7) Fig. 1.30 primeiro ransisior. (Coresia de AT &T, Bell Laboratories.) toneladas, mas era muitas vezes mais rpido que a maioria dos sistemas cletromectinicos. Embora tenham sido construidos outros computadores a vélvula, somente depois do aparecimento dos ‘componentes semicondutores foi que os computadores sofreram -variagSes aprecidveis de tamanho, velocidade e capacidade de pro- ccessamento. A Era dos Semicondutores Em 1947, 0s fisicos William Shockley, John Bardeen e Walter H. Brattain, que trabalhavam nos laborat6rios da Bell Telephone desenvolveram 0 transistor de contato de ponta (Fig. 1.3), um amplificador construido inteiramente com materiais semi-con- ‘dutores, sem a necessidade de bulbos de vidro, vacuo ou tensio para aquecer o filamento. Devido & grande quantidade de conhe- ‘cimentos disponiveis a respeito do projeto, andlise e sintese de circuitos a valvula, a inddstria teve uma atitude relutante no inf cio, mas acabou abragando a nova tecnologia. O primeiro circuito integrado (Cl) foi desenvolvido em 1958 na Texas Instruments, © o primeiro circuito integrado comercial foi construfdo em 1961 pela Fairchild Corporation. spossivel fazer uma revisio apropriada de toda a histéria do campo da eletroeletrénica em umas poucas paginas. Utilizan- doo textoe os grificos da Fig. 1.2, tentamos mostrar o impressio- nante progresso ocorrido nos iltimos 50 anos. A partir do comego do século XX, o crescimento parece ter sido realmente exponen- cial, o que nos leva a fazer a pergunta: o que aconteverdino futuro?” A Fig. 1.2 sugere que muitas inovagdes importantes aparecerdoem ppoucas décadas, causando provavelmente um crescimento ainda mais répido do que o que experimentamos agora. 1.3 UNIDADES DE MEDIDA FE de importincia vital no estudo de qualquer ramo da ciéncia e tecnologia a compreensio do valor das unidades de medida. Os “Transfer resistor, resistor de wanseréacia. (NT) UNIDADES DE MEDIDA II 6 efeitos de substituigdes, em formulas bésicas, de niimeros sem unidades, ou com unidades incom rados, 0 que conduz a erros grosseiros. Considere, por exemplo, ‘uma férmula fundamental como a que define a velocidade média: 7] v = velocidade =) a = distanci 1 = tempo an) ‘Suponha que, apés realizarmos medidas em um objeto em mo- vimento, obtivemos os seguintes dados: a ' .000 pés ‘© que desejamos calcular vem milhas por hora.* £ comum que © estudante, sem pensar duas vezes, simplesmente substitua 0s valores numéricos dados acima em (1.1), obtendo = 4 — 4000pés _ ont De 7 ama ‘A resposta assim obtida esté, como indicamos, totalmente in- correta, Se desejamos obter a velocidade em miias por hora, & ‘unidade de medida para 0 deslocamento deve ser a milha, a uni- dade de medida de tempo deve ser a hora. O erro absurdo obtido ‘acima demonstra a importincia de nos assegurarmos de que ovalor numérico de um dado substituido em uma equagdo deve estar na unidade de medida apropriada para obtermos a res- posta nas unidades especificadas pelo problema. ‘A questo que se apresenta a seguir &, normalmente, como converter 0 deslocamento ¢ 0 intervalo de tempo dados para as, unidades de medida apropriadas. Em uma segdo posterior deste ‘capitulo, apresentaremos um procedimento mais sistemético; por ‘enguanto, é suficiente saber que 1 mi = 5.280 pés 4000 pés = 0.7576 mi Imin = wh = 00167 Substituindo na Eq, (1.1), obtemos d _ 0.7376 mi ; 1 oo1eTh = “37m ue difere apreciavelmente do resultado obtido com as unidades incorretas de antes. ara complicar um pouco as coisas, suponha que o des- Jocamento seja dado em quildmetros, como acontece agora ‘com a sinalizago em muitas auto-estradas norte-americanas. Primeiramente devemos nos lembrar de que 0 prefixo quilo significa multiplicar por 1.000 (ver a Segdo 1.5), ¢ depois devemos encontrar 0 fator de conversa entre quilémetros ¢ milhas, Se este fator de conversio nio estiver prontamente acessivel, devemos efetuar os céleulos da conversio utilizan- do a relagio entre metros e pés ou polegadas, descrita na Segio 1.6. 0s Estados Unidos so o nico pas que ainda no adotouoficialmente 0 Siste- sma Métrco Decimal (N.) 6 Ill INTRODUGAO Antes de substituir valores numéricos em uma equagao, tente fazer mentalmente uma estimativa razodvel da faixa de valores possiveis para a solugdo, comparando-a com 0 resultado obtido. Se um veiculo percorre 4.000 pés em 1 minuto, parece razoavel ‘que o médulo de sua velocidade seja 4,000 mifh? F claro que nao!* Hoje em dia é particularmente importante fazer previamente estas estimativas pois 0 uso bastante disseminado de maquinas de cal- cular pode fazer com que um resultado absurdo seja aceito sim- plesmente porque apareceu no mostrador da calculadora Finalmente, se uma unidade de medida esté associada a um conjunto de dados, ela deve ser explicitamente mencionada quando um desses valores for utilizado na solugao de um problema. A afirmativa v = 45,37 6, se nio indicarmos a unidade (mi/h, km/h, mis etc.), desprovida de significado. ‘A manipulagio da Eq, (1.1) ndo apresenta qualquer dificulda- de. Um procedimento algébrico trivial nos permite explicitar qual- ‘quer uma das trsvaridveis. No entanto, tendo em vista o niimero de questoes suscitadas por uma equacio tao simples, o eitor pode estar querendo saber se as dificuldades associadas a uma equacé ‘aumentam na mesma taxa com que aumenta 0 ntimero de termos. Em geral, isso ndo acontece. E claro que ¢ mais provvel cometer- mos um erro quando lidamos com uma equagio mais complexa, porém, uma vez que tenhamos escolhido o sistema de unidades apropriado e cada um dos termos tena as suas unidades expressas neste sistema, existirio poucas dificuldades adicionais associadas ‘uma equacao que exija um maior nimero de célculos. “Estas estimativassupdem,€ claro, que a pessoa que faz os eeulos tena bas- ‘ante vivncia com as undades de medida empregadas. Uma pessoa acostumada com 9 Sistema Metrco Decimal teria difculdade em fazer esimativas com = tes dads. Veja a nota anterior. (NZ) > Em ropes, ants de subs valores mses em ume guy cages Sega 1. Todas as quantidades estejam expressas no sistema de unida- des apropriado, de acordo com as equagies que as definem. 2, Tenham sido substituidos na equagao 0s valores corretos de cada uma das quantidades. 3. Os valores numéricos de todas as quantidades estejam ex- ressos no mesmo sistema de unidades. 4. 0 valor numérico do resultado seja razodvel quando com- parado com os dados do problema. 5. Oresultado esteja expresso no sistema de unidades correto. 1.4. SISTEMAS DE UNIDADES Os sistemas de unidades mais utlizados no passado eram o sis- tema inglés eo sistema métrico, ilustrados na Tabela 1.1. Obser- ‘ve que enquanto o sistema inglés é baseado em um conjunto tinico de padrdes, o sistema métrico utiliza dois conjuntos de padrées inter-relacionados, o MKS e o CGS. As quantidades fundamen- tais nestes sistemas, juntamente com suas abreviaturas, io com paradas na Tabela 1.1. As siglas MKS e CGS sio derivadas das tunidades de medida utilizadas em cada sistema: as unidades fun- Comprimento: {Janda Ge) = 0914 mewo cn) = 3 pes) es RR TA © MKS Im TT a_i san 1 slog = 14,6 quilogramas 1 quilograma = 1.000 ¢ M 1 she cs iis emperatura: a xs Ings fa a enigo MTF Sie | TSK cade) (Congeamento ge? F wre 23,15K cag ie a0 Sfrotto) asst HBanise Hox Falveaben —Celsusou KeWvin ents ‘SISTEMAS DE UNIDADES Ill 7 Im = 100m = 39337 in. 2S4em = Vin Forgas Ings The ay lien) = 44 newton) 1 newton = 100000 ti) ste aK Tr 1 ina (C65) nats Tub ste 1 pei = 1386 joes 1 joule (J) ‘joule = 10” ergs Bost 1 erg(€O8) F eta eras C= §CF - 32) K = 7315 +°C Fig. 1.4 Comparagdo entre unidades dos varios sistemas de unidades. periodicamente a Conferéncia Geral de Pesos e Medidas, 2 qual ‘comparecem representantes de todos os pafses do mundo. Em 1960, a Conferéncia Geral decidiu pela adogio de um sistema chamado Le Systéme International Unites Sistema Internacio- rnal de Unidades), cuja abreviatura em todo mundo € SI. Nos Estados Unidos, este sistema vem sendo utilizado pelo Instituto ‘de Engenheiros Elétricos e EletrOnicos (IEEE) desde 1965 e tam- bbém, desde 1967, pelo Instituto Americano de Normas Técnicas como um padro em toda literatura técnica ¢ cientfica.* ‘As unidades de medida do SI, juntamente com suas abrevia- turas, foram incluidas na Tabela 1.1 para fins de comparag ‘Tomamos 0 cuidado de escolher as abreviaturas mais comumente utilizadas. Logo, é importante que elas sejamn utilizadas sempre ‘que poss{vel, para assegurar a compreensao universal das expres s6es. Observe as semelhangas entre os sistemas St e MKS. Sem- pre que for possivel e pratico, empregaremos neste livro as uni- =A ABNT, Associago Brasileira de Normas Técnicas, adoa este sistema prati- camente desde a sua eviagio.(N.T) dades ¢ abreviaturas do SI, num esforgo para contribuir para 0 uso de um sistema universal. 'AFig. 1.4 pode ajudar o letor a desenvolver um sentimento tuitivo sobre as relacées entre as unidades de medida em cada sis- tema de unidade. Observe nesta figura como as unidades do siste- ma CGS séo relativamente pequenas. Existe um padro para todas asunidades de medida de cada sistema. Os padres de algumas uni- dades (especialmente as inglesas) io bastante pitorescos. (O met foi definido originalmente em 1790 como sendo igual 4 1/10.000,000 da distancia entre o equador e qualquer um dos polos, ao nivel do mar; uma barra construfda com uma liga de platinae iridio, econsiderada uma expresso material deste pa- ro, é mantida no Escritério Internacional de Pesos e Medidas em Sevres, na Franca. Atualmente 0 metro 6 definido com base no valor da velocida- de da luz no vacuo, que € considerado como sendo exatamente 299,792,458 mis. 0 quilograma é definido como a massa igual a 1.000 veces a massa de um centimetro ciibico de dgua pura a 4°C. 8 i INTRODUGAO Um cilindro também de platina iridiada é mantido como quilo- grama padrio em Sevres. ‘O segundo foi inicialmente definido como sendo igual a 1/86.400 do dia solar médio, No entanto, como o perfodo de rotaciio da Ter- ra estd diminuindo cerca de um segundo a cada dez anos, o segundo foi redefinido em 1967 como sendo igual a9.192.631.770 veces 0 pertodo associado & radiagdo eletromagnética emitida por uma certa transigéo entre niveis do dtomo de césio. 1.5 _ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS, PRECISAO E ARREDONDAMENTO. Nesta seco, vamos enfatizar a importincia de conhecermos a fonte de um conjunto de dados, de sabermos como um nimero apareceu e como deve ser manipulado. Freqiientemente escreve- ‘mos ntimeros em formas variadas sem nos preocuparmos muito com o formato utiizado, com o nimero de algarismos incluidos ‘com a preciso resultante dos edlculos. Se expressarmos 0 resultado de uma medida como 22,1" ou ‘como 22,10", por exemplo, estaremos expressando niveis dife- rentes de precisao. O primeiro resultado sugere que a medida foi feita com um instrumento que s6 € preciso até a casa dos déci- _mos; 0 segundo resultado foi obtido com um instrumento capaz de efetuar leituras precisas até a casa dos centésimos. Logo, de- ‘vemos ter cuidado com o uso de zeros em um ntimero que ex- pressa 0 resultado de uma medida, devendo ser bem compreen- didas as implicagdes deste uso. Existem dois tipos de niimero, os exatos € os aproximados. Os ntimeros exatos tém a mesma preciso, independentemente do nimero de algarismos com que sto representados; sabemos por exemplo que existem 12 mags em uma diizia, e nfo 12,1 Neste texto, os nimeros que aparecem nas descrigées, diagra- mas e exemplos so considerados exaros, de modo que uma bbateria de 100 V pode ter sua tensio escrita como 100,0 V ou 100,00 V e assim por diante, pois convencionamos que a ten- so é 100 V em qualquer nfvel de preciso. Os zeros adicionais, 1do sao escritos por razbes priticas. No entanto, em condigdes realisticas, como por exemplo em um laboratério, varias medi- das sio efetuadas, e o grau de precisio pode variar de um ins- trumento para outro, sendo assim importante saber trabalhar corretamente com os resultados. Qualquer resultado obtido no laboratério deve ser considerado uma aproximagdo. As esca- Jas dos instrumentos analdgicos com seus ponteiros podem ser de leitura dificil, e muito embora os instrumentos digitais apre- sentem somente algarismos no seu mostrador, todos eles pos- stem limitagées no nimero de algarismos, no nos dando qual- quer informagao sobre os algarismos que no aparecem no mostrador. A precistio de uma medida pode ser determinada pelo nt- mero de algarismos (digitos) significativos presentes no resul- tado. Os algarismos significativos so os inteiros (de 0 até 9) que se podem presumir precisos no caso da medida em ques- {Gio, Como resultado, todos os algarismos diferentes de zero $80 con-siderados significativos, enquanto os zeros sao significa- tivos somente em alguns casos, Por exemplo: os zeros em 1.005 so considerados significativos, pois definem o “tamanho” do niimero ¢ esto ladeados por algarismos diferentes de zero. Jé «em um niimero como 0,064 0s dois zeros nao so considerados significativos porque sao utilizados somente para definir a lo- calizagio da virgula, ndo informando nada sobre a preciso da > ‘medida. No caso do niimero 0,4020, 0 zero & esquerda da vit- gula nao é significativo, mas os outros dois so, pois definem a ‘magnitude do mimero ¢ a preciso da medida até a quarta casa decimal. Quando adicionamos niimeros aproximados, ¢ importante que tenhamos certeza de ter levado em conta a preciso das parcelas, de modo coerente. Ao adicionarmos um resultado cuja preciso 86 vai até a casa dos décimos a outro cuja precisio vai alé a casa dos milésimos, obtemos um resultado cuja preciso chega somen- te A casa dos décimos. Nao podemos esperar que um resultado ‘com maior grau de preciso melhore a qualidade de outro com preciso menor. Ao adicionarmos ou subtrairmos niimeros aproximados, a precisao do resultado € determinada pela parcela de menor precisao. No caso da multiplicacao e da divisto de nimeros a- proximados, 0 niimero de algarismos significativos do resul- tado € igual ao do nimero com menos algarismos significati- vos. Aparece com freqiiéncia a necessidade de arredondar niime- 10s aproximados (isto também acontece com mimeros exatos); ou seja, voc8 deve decidir qual o grau de precisio apropriado & alterar 0 resultado de modo coerente com a sua escolha. O pro- cedimento consensual é simplesmente observar o algarismo que se segue ao siltimo que desejamos manter na forma arredondada e adicionar | a este tltimo algarismo se o seguinte for maior ou igual a5, deixando-o inalterado no caso de o seguinte ser menor ‘que 5. Por exemplo, podemos arredondar 3,186 = 3,19 = 3,2 ,150E3 ‘Vamos agora introduzir a notagao de engenharia, onde to- das as poténcias de dez devem ter expoentes miltiplos de 3 ¢ a mantissa deve ser maior ou igual a 1, mas menor que 1.000. Esta restrigio sobre as poténcias de dez € devida ao fato de que certas poténcias especificas tém associados a elas certos prefixos que serio introduzidos nos préximos pardgrafos. As operagdes acima, em notagio cientifica com ponto flutuante, ficam asst $= 933333333336-3 5 Se utilizarmos a notagio de engenharia com preciso até a terveira casa decimal, obteremos: Tabel Prefixono SI Simbolo no St 7.000, 000,000.000, ‘era T 1.000,000.000 = 10" tiga G 1.000.000 = 108 mega M 1.000 = 10° ‘ito k 0.001 = 10 mil m 6.000.001 = 10° inicro i 0,000,000.001 = 10° ano a £0,000,000,000.001 = 10° pico 4 =3333338-3 = 62,5008-3 75% - 1asoes Prefixos Na notagio de engenharia foram associados a algumas poténcias ‘de dev. especificas certos prefixos e simbolos, listados na Tabela 1.2. Estes prefixos e simbolos permitem que se reconhega facil- mente a poténcia de dez. envolvida facilitam a comunicaglo en- tre as pessoas que trabalham em tecnologia EXEMPLOS 1,000,000 ohms = 1 10° ohms I megohm (MQ) 100,000 metros = 100 x 10° metros 100 quitémetros (km) 0,0001 segundo = 0,1 X 10~? segundo = 0,1 milissegundo (ms) 0,000001 farad = 1 107° farad = I microfarad (WF) amos a seguir alguns exemplos com niimeros que no sto poténcias exatas de dez, EXEMPLOS 4. 41.200m éequivalente 01,2 x 10m = 41,2 quildmetros = 44,2 km. b, 0,009564¢ equivalente 19,56 x 10"*J = 9,$6:ijoules = 9,56 mI. ©. 0.000768 5 é equivalente a 768 X 10°* s = 768 microssezundos = 768 ys. 4, 8400m _ 84% 108m -(8)x( 10 ote ei” (6)* (io = 14% 108m = 140 x 10? m = 140 quildmetros= 140km ©. (0.0003)'s = 8 x 10-5 = 81x 10°" s = 0.0081 x 10°" s = 0,008 picossegundos = 0,0081 ps ‘CONVERSAO ENTRE POTENCIAS DE DEZ Ill 11 1.7 CONVERSAO ENTRE POTENCIAS DE DEZ E muito comum termos necessidade de converter um resultado ‘em uma poténcia de dez para outra destas poténcias. Por exem- plo, se umn frequencimetro s6 fornece resultados em quilohertz (KHz), pode ser necessério transformar o resultado da medida para ‘megahertz (MHz); se um aparelho para medidas de pequenos intervalos de tempo esti calibrado em milissegundos (ms), pode ser que tenhamos a necessidade de expressar essa medida em microssegundos (tis), por exemplo, para tracar um gréfico. Esta conversio nao ¢ dificil; basta que tenhamos sempre em mente que um aumento ou uma diminuigdo no expoente da poténcia de dez é sempre acompanhado por um efeito oposto sobre o fator que multiplica a poténcia. O procedimento fica mais claro se examinarmos alguns exemplos. EXEMPLOS a. Converter 20 kHz para megahertz. Solugdo: Na notagtio com poténcias de dez: 20 kHz = 20 10° Hz Para efetuar a conversio, devemos encontrar o fator mul- tiplicativo que deve preencher o espago vazio na expresso se- guinte: 20 x10 Hz > x 10° Hz pease ‘Como o expoente da poténcia de dez aumenta por um fator de trés, o multiplicador deve diminuir deslocando-se a virgula tus casas para a esquerda, como ilustra a expresso a seguir: 224 = 002 20 x 10° Hz = 0,02 x 10° Hz = ,02 MHz . Converter 0,01 ms para microssegundos. Utilizando poténcias de de: 0,01 ms = 0,01 x 10°? s Perens geal oorx1os= __ x 10*s ‘Como 0 expoente da poténcia de dez diminui por um fator de trés, 0 multiplicador deve aumentar, 0 que se consegue deslo- ceando-sea virgula ts casas para.adieita, como vemos a seguir: 42 INTRODUGAO 0010,= 10 O12 e 0.01 x 107s = 10 X 10% s = 10 ps ‘Alguns estudantes t@m tendéncia de pensar que a poténcia de dez aumentou quando o expoente passa de ~3 a ~6; lembre-se, no entanto, quando estiver comparando poténcias de dez, que ‘quando 0 expoente for negative, quanto maior 0 valor absoluto do expoente menor ser 0 niimero representado pela poténcia deez. ‘¢. Converter 0,0002 km para milimetros. Solugao: 0,002 x 10%m > x 10m cr iiicees No caso deste exemplo, temos que ser bastante cuidadosos, pois a diferenca entre +3¢ ~3 € 6, o que toma necessério alte- rar o fator multiplicativo do seguinte modo: 0,092000,= 2.000 0,002 x 10° m = 2000 x 107? m = 2000mm 1.8 _CONVERSOES DENTRO DO MESMO SISTEMA E ENTRE SISTEMAS DE UNIDADES [Nao € possfvel evitar, quando estudamos qualquer érea da cién- cia ou tecnologia, as conversdes entre varias unidades, tanto den- tro do mesmo sistema quanto entre sistemas de unidades dife- rentes, Noentanto, os erros decorrentes dessas operagies so tio freqiientes que incluimos esta segdo, onde apresentamos um método que, se aplicado corretamente, levard sempre ao resulta- do corre. Existe é claro, mais de um método para efetuar a conversio, 'Na verdade, algumas pessoas preferem efetuar 0 processo men- talmente, Para conversdes elementares, este método é aceitével, mas € bastante arriscado nos casos mais complexos. ‘O método que desejamos introduzir pode ser entendido com ‘mais clareza examinando-se um problema relativamente simples, como a conversio de polegadas em metros. Para sermos mais, especificos, vamos converter 48 polegadas (4 pés) em metros ‘Se multiplicarmos as 48 polegadas (in.) por um fator 1, ‘magnitude desta quantidade nao se alter: 48 in. 48 in(1) (10) No caso deste exemplo, o fator de conversio é 1 mh = 39,37 in. x Dividindo ambos os lados desta expressio por 39,37 polegadas, obtemos: Note que o resultado final nos diz que arazo 1 m/39,37 in. € igual 1,0 que € dbvio, pois estas duas quantidades sio idénticas. Se substituimos agora este fator (1) na Equagdo (1.10), obtemos: 6 que resulta no cancelamento das polegadas, deixando apenas ‘metros como unidades de medida. Devemos agora efetuar a di- visio de 48 por 39,37, para completar a operagao: eee 39,37 219 m ‘Vamos agora rever 0 método passo a passo: 1. Coloque 0 fator de converséo numa forma que tenha 0 va- lor numérico (1), com a unidade de medida a ser removida no denominador. 2. Bfetue as operagdes mateméticas necessdrias para obter 0 valor correto da quantidade em questo na unidade de me- dida remanescente. EXEMPLO: a. Converta 6,8 min para segundos. Solugéo: 0 fator de conversio é: I min = 60s ‘Como 0 minuto deve ser removido do resultado final, ele deve parecer no denominador do fator (1), como ilustramos a seguir: Passo I _Os_\_ ( on ) @ Passo 2: a 60s 68 min(1) = 68 a) (6,8)(60) s = 408 s b. Converter 0,24 m para centimetros. Solugdo: 0 fator de conversio &: 1m = 100cm ‘Como o metro no deve aparecer no resultado final, ele deve estar no denominador do fator (1), ou seja: (fs")- Passo 2: 0.28 my = 024 9 AP ) = (0.24)(100) em 24cm 0s produtos (1)(1) ¢ (1)(1)(1) sfo todos iguais a 1. Usando este fato, podemos efetuar varias converses no decorrer da ‘mesma operagao. EXEMPLOS: 1. Determine o niimero de minutos equivalente & metade de um dia, Solugao: Utilizando os fatores de conversio apropria- dos e tomando o cuidado de colocar sempre as unidades a serem removidas no denominador, obtemos a seguinte se- quéncia: aaa b. Converta 2,2 jardas para metros. Solugéo: Utilizando novamente os fatores de conversio apropriados entre jardas, pés, polegadas e metros, obtemos: 3H _\/ Rik \y_Im_)_ @.2@02) 22;ards( 1 ea) 1 i a1) 3937 =2,012m ‘Vamos agora dar alguns exemplos que sao aplicagdes préti- cas dos anteriores. EXEMPLOS: Na Europa, no Canad, na América do Sul e em muitos outros lugares, a velocidade maxima permitida é dada fem quilémetros por hora. Qual o valor, em milhas por hora, de 100 knvh? (Soom : (na) ‘aa | aan 7) Cae = 62,14 mi/h ‘TABELAS DE CONVERSAO Il 19 ‘Muitas pessoas utilizam o fator de convers4o aproximado 0,6 para simplificar as contas; assim, ((100 kmm/h)(0,6) = 60 mish e (60 kmn/h)(0,6) = 36 min Determine a velocidade em mithas por hora de um cotredor {que percorre uma milha em 4 minutos. Invertendo 0 fator 4 min/I mi, obtemos: Imi \/ 605m) 60 (om) : ) © nim = 15 mil 1.9 SiMBOLOS Utilizaremos neste livro varios simbolos, ¢ € possivel que nem todos sejam de conhecimento prévio do leitor. Alguns destes simbolos so definidos na Tabela 1.3, ¢ outros se- rio definidos no texto & medida que se fizer necessirio. 1.10 TABELAS DE CONVERSAO ‘Quando limitagBies de tempo ndo permitem o uso dos métodos des- critos neste capitulo, tabelas de conversdo como as que aparecem n0 ‘Apénice B podem ser muito tieis. No entanto, muito embora estas tabelas paregam ser éceis de utilizar, éfreqiente a ocoréncia de eros, porque 2s operagSes indicadas natabela nao sio efetuadas comreta- Tabela 1.3 Simbolo Significado * Difereme de 6.12 # 6.13, > ‘Maior que 4.78 > 4.20 S > Maito maior que 840 16 ‘ < Menor que 430 < 540 Me < Muito menor que 0,002 < 46 . = Maior ov igual a x= yé satsfeta para y = See = ‘Menor ou igual a x5 yé satisfeita paray = 3er= “Aproximadamente igual a 3.14159 2 3.14 Somat6rio EU +648) =18 1 Valor absoluto, ov modulo, de dou +4 = Tgual por definigio. Estabelece uma relagio entre duss ou mais dquantidades 14 IIL INTRODUGAO, ‘mente. Sempre que estver utilizando estas tabelas, tente fazer men- talmente uma estimativa da ordem de grandeza da quantidade a ser determinada em comparaco com a magnitude desta mesma quanti- dade no sistema de unidades original. Este cuidado tao simples pode evitaro aparecimento de resultados absurdos que podem ocorrer sea ‘operacao for feita de maneira incorreta. Considere, por exemplo, o seguinte procedimento obtido de uma tabela de conversa. Para converter de Para Multiplique por Milhas Metros 1,609 x 10" Para converter 2,5 milhas em metros é necessério multiplicar 2,5 pelo fator de conversio, isto é, 2,5 mi(1,609 x 10°) = 4,0225 x 10° m A conversio de 4.000 metros em milhas implica um processo de divisio: 4000 m Te09 x 19% 7 2486.02 10"? 2.48602 mi Nos exemplos acima éfécil perceber que 2,5 milhas equivalem ‘uns poucos milhares de metros, e também que 4.000 metros equi- vvalem a umas poucas milhas. Como mencionamos anteriormente, estas estimativas eliminam a possibilidade de resultados absurdos oriundos de uma utilizagao incorreta dos fatores de conversio. 4.11 ANALISE POR COMPUTADOR Nos tiltimos anos, 0 uso de computadores em processos educa- cionais tem crescido exponencialmente. Sio pouquissimos os textos em nivel elementar que nao incluem alguma discussio sobre as técnicas de computagiio mais populares na época de sua publicacio, Na realidade, acredibilidade de qualquer trabalho em cigncia e tecnologia é, hoje em dia, uma fungo, embora nio exclusiva, do quanto os métodos computacionais foram utiliza- dos na sua confecgio. Nao ha divida de que qualquer estudante deve, ao se formar, ter adquirido um conhecimento basico de métodos com: putacionais. Todos os empregadores esperam, hoje em dia, que 0s profissionais recém-formados tenham pelo menos um conhe- cimento bésico do jargao computacional e também alguma ex- perincia pritica no assunto. Para alguns estudantes, 0 simples fato de pensar em ter que aprender a usar um computador provoca desconfortiveis sensa- ‘ees de inseguranca, normalmente associadas a0 medo. Pode estar certo, no entanto, que se vocé aprender a utilizé-lo de maneira apropriada, 0 computador pode se tornar uma ferramenta muito Util e “amigavel”, que o ajudaré a desenvolver e aplicar as suas habitidades em um ambiente profissional, ara. principiante em computagao existem duas opgdes para ‘o desenvolvimento das habilidades necessdrias: 0 estudo de lin- guagens e 0 uso de “pacotes” de software. Linguagens [Existem varias linguagens que fornecem uma linha direta de comu- nicago com o computador e com as operagées que ele pode efetu- ar, Uma linguagem € um conjunto de simbolos, palavras ou enunci- > dos que o usuério utiliza para entrar com os dados no computador, O sistema do compatador “entendera” estas ordens e as cumprira na seqiéncia estabelecida por uma série de comandos denominada programa, O programa diz. a0 computador o que fazer seqtien- Pacotes de Software O segundo método de utilizar um computador evita a necessida- de de aprender uma linguagem em particular; de fato, 0 usuario no necessita saber qual foi alinguagem utilizada para escrever ‘8 programas que compdem o pacote. Tudo que ele precisa sa- ber € como entrar com os pariimetros apropriados, defini as, ‘operagées a serem efetuadas e extrair 0s resultados; 0 pacote faz todo 0 resto. O usudrio nao precisa saber os passos intermedi- rios que levam a uma solugo — tudo que precisa é saber como ‘colocar os parimetros apropriados na meméria do computador € como obter os resultados. E af que esto as duas coisas que preocu- pam o autor no que diz respeito ao uso de pacotes de software: 0 fato de que o estudante muitas vezes obiém uma solugzo sem ter ‘a menor idéia de como ela foi obtida e o fato de que freqiiente- mente nao sabe se se trata de uma solugdo razosvel ou totalmen- te absurda. E imperativo que o estudante compreenda que 0 com- putador deve sempre ser considerado uma ferramenta para auxi- liar o usuério— nunca se deve permitir ue ele controle os obje- tivos e o potencial do usuério! Logo, & medida que for progre- dindo nos capitulos deste livro, certifique-se de que entendeu claramente os conceitos antes de recorrer a um computador. ‘Todo pacote de software tem um menu, que informa a respei- to.dos principais procedimentos e as situages nas quais 0 paco- te pode ser aplicado. O sistema esté pré-programado para, uma vez carregado no computador, executar todos os provedimentos ‘que aparecem no menu. Note, no entanto, que se voce desejar algum tipo de operagdo que nao esteja no menu, o pacote nio poderd efetud-la, jé que as funcies do pacote se limitam Aquelas desenvolvidas pela equipe de programadores que o criou. Em tais situages, podemos procurar a solugdo em outro pacote de software ou escrever um programa utilizando, por exemplo, uma das linguagens mencionadas anteriormente, Em termos gerais,se jd existe um pacote de software dispont- vel para efetuar uma determinada tarefa, ¢ prefertvel utilizé-1o, em vvez de escrever um programa. Boa parte dos pacotes de software ‘mais populares é o resultado de muitas horas de trabalho de equi- pes de programadores com anos de experincia. No entanto, se 0 pacote nio forece os resultados na forma desejada ou nao é ca- paz de oferecer todos 0s resultados desejados,o ususrio deve usar seus talentos criativos e desenvolver ele proprio um pacote de sofware. Como jé mencionamos anteriormente, qualquer progra- mma feito pelo usuério, depois de devidamente testado quanto &faixa {dos resultados e & preciso, pode ser considerado um pacote de sua autora, disponivel para uso posterior. ‘O pacote de sofware a ser empregado com este texto 6 0 PSpice (verses para Windows para DOS), que € uma versio educacio~ nal de um pacote comercial maior conhecido simplesmente como SPICE (Simulation Program with Integrated Circuit Emphasis — Programa de Simulagao com Enfase em Circuitos Integrados). Na edigdo anterior deste livro, s6 nos referimos a versdo para DOS. No entanto, a versio para Windows tornou-se tio popular que achamos apropriado dedicar-Ihe a mesma atengio dedicada & ver- ‘io para DOS. Na Fig. 15 vemos uma foto da versio 6.2.do PSpice em CD-ROM (que nos foi enviada pela MicroSim Corporation. Este software também esta disponivel em disquetes de 3,5". No Apéndice A formecemos uma lista condensada de informagées sobre 0 PSpice. O contetido da lista foi limitado aos assuntos relacionados a este livro, de modo que pudéssemos dar o maior nimero possi- vel de detalhes dentro desta subdivisdo do pacote. © menu do PSpice é bastante extenso, e este software pode efetuar muitos PROBLEMAS II 15, Fig. 1.5 PSpice versdo 6.2.em CD.ROM. (Cortesia de MicroSim Corp.) dos procedimentos que descrevemos neste texto, Quando algu- ‘ma operagio necesséria ndo estava incluida no pacote, 0 autor utilizou as linguagens C++ ou BASIC para construir um pro- grama que realizasse a tarefa, Na realidade, em varias ocasibes Utilizamos tanto © PSpice quanto a constru¢o de um programa para resolver o mesmo problema, a fim de que 0 estudante per- cebesse as principais diferengas entre os dois procedimentos. tratamento dado ao PSpice neste livro é, em muitos casos, suficiente para a aplicago do pacote a circuitos de corrente con- ‘fnua ou altermada. Apds a aquisigao de conhecimentos basicos sobre o equipamento e o suporte dispontvel, quando necessério, ‘grande parte do texto pode ser analisada utilizando tanto a ver- sio Windows quanto a versio DOS do PSpice, ¢ além disso muitos dos problemas podem ser solucionados do mesmo modo. ‘Os manuais que acompanham o PSpice tém melhorado nas tlti- mas verses © podem aumentar a capacidade de utilizagéo de ‘comandos e operagées especificas. Existem outros pacotes de software sobre este assunto disponiveis, entre eles 0 BREAD- BOARD e 0 ELECTRONICS WORKBENCH, que utilizam ambos a configuragao Windows. (Os métodos ¢ as simulagdes computacionais constituem uma parte importante do texto. Uma vez que voeé tenha entendido per- feitamente um conceito bésico, dedique algum tempo a investigar a ligago deste conceito com os métodos com-putacionais e tente adquirirfamiliaridade com a terminologia ¢ o formato basico de ‘um programa, ou ainda com o uso de um pacote de software, Este serd um tempo bem empregaido, ue o prepararé para o aprendiza- do mais profundo sobre sistemas computacionais que voce certa- mente necessitaré receber no futuro, PROBLEMAS: (Observagdo: Os problemas mais dificeis esto assinalados com um as- terisco (*), 46 III INTRODUGAO SECAO 1.2 Um Breve Histérico 1, Visite a biblioteca mais proxima e faga um relatério descrevendo ‘cxtensio relativa da literatura e do suporte computacional dispo- niveis sobre o assunto tecnologia —em particular sobre cicuitos elétricos,eletrinica, eletromagnetismo e computagio. 2, Escolha uma drea particular de interesse para os assuntos tratados neste livro¢escreva uma pequena monografia sobre ahistria desta Selecione 0 nome de uma pessoa que tenha dado uma contribui- importante para o campo da eletroeletrénica e escreva uma ‘pequena biografia dela, essaltando suas contribuigdes, SECAO 1.3 Unidades de Medidas. 4, Um vefculo se move a 50 mish durante 1 min, Determine a distin- cia percorrida em pés '8, Seuma pessoa percorre uma milha, em média,em 15 min, quantas hhoras levaré para caminhar 12 milhas? SEGAO 1.4 Sistemas de Unidades 6, Exitem vantagens relatives associadas a0 uso do sistema méiticg em relago ao sistema inglés, no que se refee as unidades de co Primento, massa forgae temperatura? Em caso afirmativo, expi- Que quas so. 7, Dentre os quatro sistemas de unidades que aparecem na Tabela 1.1, qual tem as menores unidades para comprimento, massa ¢ forga? Em que situagbes seria mals apropriada a utlizagdo deste sistema? (Qual dos sistemas de unidadeslistados na Tabela 1.1 tem maior semelhanga com o SI? Quas as diferengas entre esses dois siste- thas? Na sua opinido, por que as unidades de medida do SI foram escolhida como ilusira aTabela 1.1? DB a melhor razBo que voce pier imaginar sem consult nenhum outa texto, 9. Qual o valor da temperatura média ambiente (68°F) nos sistemas MKS, CGS e SI? Qual o valor em pés-libras de uma quantidade de energia igual a 1.000? 11, Um comprimento de meia jada equiva a quantos centimetres? 10. SEGAO 1.6 Poténcias de Dez 12. Expresse os nimeros a seguir como poténcias de dea: a. 10.000 b. 0,001 ©. 1000 4. 1,000,000 . 0,0000001 . 0,00001 13, Utilizando somente as poténcias de dez que aparecem na Tabela expresse os nimeros a seguir na forma que Ihe parecer mais apropriada para uso posterior: a. 15.000 b. 0,03000 7.400.000 «. 0,0000068 e. 0,00040200 . 0,0000000002 14, Efetue as operagbes a seguir, expressando os resultados como po- tncias de dez: a. 4200 + 6,800,000 b. 9X 10° + 3,6 x 10° © 05 X 10° = 6X 10° d. 1,2 x 10° + 50,000 x 10-* — 0,006 x 10° 15. Execute as operagdes indicadas, expressando suas respostas como poténcias de dez. 16. 7. 18, w. a 2, = 1. (100,100) b. (0.011000) ©. 100%) 4. (1.00040,00001) e. (107%X10.000.000)f (10,000)(10"%(10*) Exccute as operagées a seguir uilizando poténcias de dex para expressar os resultados: a. (50,000)(0,0003) b. 2200 x 0,08 ‘. (0,000082)(0,00007) 4. 0 x 107*0,0002\7 x 10%) Efetue as operagSes a seguir, dando as respostas como poténcias de der: 100 p, 20 1.000 * “100 10.000 ‘a, 020000001 10,00001 “100 105 100)" © “Gooor00 © oor Efetue as operagdes a seguir, dando as respostas com a utilizago de poténcias de der: 2000 , 2.0408 * “0.00008 * 60.000 0.900215. x10 = 0,00005 ax i0e Efetue as operagdes a seguir, dando as respostas como poténcias de der a. (100)° . (0,0001)'* . (10.000)* 4. (0,00000010" Efetue as operagies a seguir, expressando as respostas com a utili- zagdo de poténcias de dez: 1» (2.2 x 10° . (0,0006 10)¢ © (0.0046 x 10°F 4. (@ x 107}0,8 X 10°)0,003 x 105)* Execute as operagies a seguir, dando as respostas em notag ci- entifica: a. (—0,0017° b. (0.001)74100) 4, 207)20.000) * ~"10.000 + 0.001 «, {0,0001)'100) a, Laooyo.0n7* 1,000,000 *(€100)°1(0.001] Eretue as operagdes a seguir, expressando as respostas em notagio de engenhaia: a, -Go0fao) » ((40.000)7120)"% c, Le y a (0,000027)' Con 210000 ¢, £4000711300) 002 F. [(0,000016)'}{100.000)*}(0,02) (0,003)"I{(0,00007)°11800)"1 a, desafo) 5a ODKOOnO eer rrr > SEGAO 1.7 Conversdo entre Poténcias de Dez 23, Preencha as lacunas nas seguintes conversdes: x 108 24, Efetue as conversdes a seguir: 1, 2.000 4s para milissegundos 'b, 0,04 ms para microssegundos . 0,06 uF para nanofarads 4. 8400 ps para microssegundos 0,006 km para miltmetros £. 260 X 10° mm para quilometros SECAO 1.8 Conversées Dentro do Mesmo Sistema e Entre Sistemas de Unidades. Nos Problemas 25 a 27, efetue as conversOes pedidas: 25. a. 1,5 min para segundos , 0.04 h para segundos 0,05 s para microssegundos 4. 0,16 m para milimetros 0,00000012 s para nanossegundos 3.620.000 s para dias 1020 mm para metros 0.1 uF (microfarad) para picofarads (0.467 km para metros 63,9 mm para centfmetros J. 69 em para quilémetros 3.2 h para milissegundos 0,016 mm param 60 em? para metros quadrados 100 in. para metros 4 ft para metros 6 Ib para newtons 60,000 dyn para tibras 150,000 em para pés 0,002 mi para metros (5.280 ft = 1 mi) 7800 m para jardas “27, Bmp AO eR RAP RO eR BD 28, Expresse um comprimento de uma mitha em pés, jardas, metros ‘ quilémetros. 29, Calcule a velocidade daluz.em milhas por hora, utilizando o valor dado na Segao 1.4 PROBLEMAS Ill 17 30, Um compo percorre 50 pés em 20 segundos. Ache sua velocidade ‘em milhas por hora, ‘31, Em quantos segundos um carro a 100 mifhatravessa um campo de futebol americano (100 jardas)? 32, Converta 6 mish em metros por segundo. 33. Scumatleta pudesse nadara 50 m/min, quantos dias levaria para atravessar 0 Atlantico (= 3.000 milhas)? 34. Um corredor percorre uma milha em 6,5 min. Quanto tempo le- varia para corter 10 km, supondo que mantenha esta velocidade? 35, Quanta laascilindricas de uma polegada de didmetro podem ser Colocadas lado lado, em pé, de modo a atravessar um campo de futebol americano de um extremo a outro (100 jardas)? 36. Compate o tempo necessério para atravessar os Estados Unidos de costa a costa (= 3.000 mihas) a uma velocidade média de 5S ‘mifh com 0 mesmo tempo no caso de a velocidad média ser 65 mifh, O que vo? acha da relacio entre os tempos necessirios & (0s respectivos fatores de seguranga? CCalcule o deslocamento em metros de um corpo que se move a {600 cm/s durante 0,016 hora, "Anualmente, na primavera, édisputada uma competicio que con- sisteem subir 86 andares pelas escadas do Empire State Building, ‘em Nova York. Se voe8 fosse capaz de subir dois degraus por ‘segundo, quanto tempo levaria para chegar o 86.° andar se cada andar mede 14 pés e cada degrau, cerca de 9 polegadas? ( recorde para a competigio citada no Problema 38 € 10 minu- tos e 47 segundos. Qual é a velocidade do corredor em milhas por minuto neste caso? ‘Sea corrida do Problema 38 fosse disputada na horizontal, quan- to tempo levaria um atleta que percorre uma milha em 5 minutos para completar a distincia equivalente? Compare este resultado ‘como recorde citado no Problema 39. Certamente a gravidade é tum fatora ser levado em conta! 37. 9. 40. SECAO 1.10 Tabelas de Converséo 41. Usilizando 0 Apéndice B, determine o niémero de Bau em $J de energia 'b, metros ctbicos em 24 ongas Muidas de um liquido. ce segundos em 1,4 dia. 4. quarilhos em 1m? de um liquido. SECAO 1.11 42, Observe o fluxograma do seu curso e veja a disponibilidade de ccursos sobre computago e a carga horéria destes cursos. Quais as linguagens mais usadas e quais 0s pacotes de software mais populares? 43, Escreva uma lista com cinco linguagens de programago bem conhecidas, dando algumas caracteristicas de cada uma. Que ‘motivos, na sua opinio, fazem com que algumas linguagens se- {jam melhores para a construgio de programas que analisam cit- uitos elétricos do que outras? Andlise por Computador 18 Il INTRODUGAO GLOSSARIO BASIC Uma linguagem que emprega expressdes familiares em inglés para dirigi a operacdo de um computador. C++ Uma linguagem de computador que toma muito eficiente a co- ‘municagio entre o usuério ¢ a linguagem de maquina da unidade central de processamento (CPU) do computador. Caleulador diferencial Um dos primeiros ealculadores mecanicos. CGS Sistema de unidades que tem o centimetro, o grama eo segundo ‘como unidades de medidas fundamentais. Cireuito integrado (CD) Uma estrutura subministurizada, que contém ‘um grande nimero de componentes eletOnicos, projetada para efe- ‘war um conjunto particular de tarefas. feito Edison Fluxo de elétrons entre dois eletrodos no interior de um bulbo de vidro onde se fer vacuo. Eletricidade estética Fenémeno causado por cargas elétricas em re- pouso. Eletromagnetismo Estudo dos fendmenoseléticos e magnéticose das relagdes entre eles. Eniac Primeiro computador totalmente eletronico. Garrafa de Leyden Um dos primeiros dispositives para armazenar carga elética. Joule (J) Unidade de energia nos sistemas SI e MKS; é igual a 0.7378 ‘és libra (sistema inglés) e a 10” ergs (sistema CGS). Kelvin (K) Unidade de temperatura no sistema SI, Para converter uma, temperatura em Kelvins para graus Celsius, devemos somat 273,15 & temperatura dada, O grau Celsius 6 utlizado nos sistemas MKS e CGS, Libra (Ib) Unidade de forga no sistema inglés. Corresponde a 4,45 newtons, Linguagem Forma de comunicago entre usuério e computador para definir as operagies a serem efetuadas e os resultados a serem im= ‘pressos ou exibidos na tel. > ‘Menu Lista de instrugSes que acompanha a execueio de um pacote de software, que possibilita ao usuério escolher o passo seguinte

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