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ESTADUAL PADRE CARMELO PERRONE couesio CURSOS: Adminstragio, Informatica e Secretariado ratatho. CLASSIFICACAO DO TRABALHO CAPITULO 01 OQUEE TRABALHO? Toda atividade humana que resulte em bens ou servigos & considerada trabalho. fi trabalho tanto a atividade do perro de uma indistia como ado engenteiro que projetaos bens aserem produzidos pela fibrica ‘Todo trabalho resulta da combinagdo de dois tipos de aiividede: manual ¢ intelectual. O que varia ¢a proporedo com queesses dois aspectosentram noprocesso de produgéo. O trabalho de um operirio é mais manual do que intelectual; em alguns casos, quaseexclusivamente manual. Ainda assim, exigeumminimo de esforgo mental. 44 0 trabalho de um engenheiro & mais intelectual do que manual ~ a elaboragio e as edleulos necessitos para projetar ume ponte, por exemplo, Ainda assim, sta atividade tem um aspecto manual, seja no manuseio de seus instrumentosde trabalho, seianapassagemda concepyao do projeto para opapel. Concluimos ero que ro existe trabalho exclusivamente manual ou exclusivamente intelectual, mas, sim, predominantemente manualou predominantemente intelectual 1.UMACLASSIFICACAO DO TRABALH( Otrabathopode serclassficado conformeo grau de capacitagio exigide do rofissional, Assim, temos + Trabalho qualifieado:nio pode ser realizado sem certo grav de aprendizagem econhecimentotéenieo; 0 tabalho eum torneio mecnico, por exempio, enquadra-senessa categoria, + Trabalho nao qualificado: pode sr realizado praticamente sem aprendizagem; por exemplo,o trebalho de um servente de pedteiro, Essaclassficagdo no ¢ uma simples divisdoterica. Ela tinge profuntamentee vida das pessoas, pois diferentes salirios so atribuidos conforme o grau de capacitagio ou qualificagdo exigido pelastarefas a cumprit. Ao observar antincios de emprego, podemos avaliar as vantagens salariais que tem um tomeiro mecnico ou um técnica em informatica ~exjas fangdes exigem aprendizado prévio-, em relegdo a um operirio da construyo civil nio especializado, a) PERSPECTIVA HISTORICA DAS TRANSFORMAGOES capitutooz DOMUNDO DO TRABALHO 2.PERSPECTIVA HISTORICA DAS TRANSFORMACOES DO MUNDO DO TRABALHO. Podemos estudar as transformapdes dos medelos de produgio ¢ de trabalho de diversas manciras, com os mais variados enfoques, Vamos procurardelimitar um pouco esse processo historco, enfatizando apenas alguns pontos que nos sdo mais pertinentes, ou soja a8 mudangas que ocorreram no perfodo final da Tdade Médiee, que de uma forma ov outs, facilitowastrensformagies que passaram aser vistas partir prineipalmente do século XVII Se vamos pensar desde a Baixa Idade Média, temos que nos refer ao Renascimento Comercial que, em meados do século XII jé.comege aassumir relativa importincia no contexto histbrico que vamosinos deter agora, Esse florescimento comercial, impulsionado pelas inovardes técnicas na agricutura e pelo conseqiente crescimento populacionsl vio ser nosso pano de funda Tatimamentc lignan a esses Fatores, esteve nfo menos importante renascimento uthano® as cidades passaram a ser um centro dinimico de atividades artesanais ¢ comercisis. Os iltimos séculos medievais caracterizaram a Uissolugio dosistenn feudal ea formayaio do sistemacepitalisia, Assim, nesseprocesso demudangas o trabalho deestrutura familiar vai prevalecer. O espago temporal do trabalho & dia, condicionado pela lwzsolar; ao nascer do so] iniciase ajomnada de trabalho, que sé vai encsrrarse com o crepaseulo, AAs sociedades dessa época adoravam as forgas da natureza, elas acreditavam num misticismo mégico que orientava e regulamentava sus vidas —isso mesmo apesar de ser pritica comum tentarcaracterizar 0 Medievo como um periodo de tcoventrismo exacerbado, Se i satemos qual era. espayo temporal do trabalho nessa sociedade medieval, resta-nos saber qual era 0 espayo fisico dotrabetho: 80 espage de lar, daresidéncine dos arredores dacasa familiar. Vai ser nesse espago que o trabalho vei ser executado Se pensarmos em alguns tipes de trabalhadores dessa epoca, como os agricultores, os sapateiros ¢ os alfaiates, poderemos verificars real utilizagda do espago temporal do dia e doespago fisico do larparao trabalho. agricultor, com sua fumili,trabalha nos arredores de suacasa, num terreno concedido pelo sew senor, plantando buatatas, por exemplo. Trata a tera, semeia, cue do erescimento de sua lavours ¢ colhe as batatas, Seus familiares, sua mulher eseusfithes, ajuden-no sempre sapateiro, também com sua familia, teubatha na sua ensa, A offeina onde ele fubriea seus sapatos é agua casa: espago do lar © 0 espago do trabalho quase que se confundem, Em sua casa ele mora, alimenta-se, dorme ¢ trabalha, Podemos perceber, entéo, que o espago do crabalho éo espagodo lar, vice-versa, Naohavia uma fabrica de sapatos ou um lugar propriado exclusivamente destinado ao fabrico de sapatos. Damesmamuncira temos aliiate quejuntamente com seus familiares confeccions roupas no espaco do sear. importante ressaltar como o trabalho feminine ¢ o trabalho infantil esto presentes nessa sociedade, As necessidades de sobrevivéncia ¢ as obrigagSes servis eontripuem para isso. As eriangas, desde que jf possara exercer slgumn stividade lnkerativ, ingress na rund da trabalho pars auxiline na eeenonia familiar Nessa Logie, quant ‘mais flhos, maior pderia sero aproveiiamento produtivo. Pelo menos era assim quese apresenta aquela sociedade e, de smansira nio mute distance, pedemos observara mesma légica seado empregada nas comunidades rurais mats atrasadas ataalmente Como comércio eo erescimento urbario se destacandonas anos finais da Mdade Média, o mercado torna-se oespago porexceléncia das tracas, do comércio, ainda que incipiente. Ora, se o mercado assume relativa importancia no contexto das mucangas do tabalno, omercado também vai contribuir nesse processo. A utilidade do mercado, da praga do mercado, onde as trocas ocorriam, s6 se dé depois que a cidade assume, no interior daquela sociedade medieval, o papel de centro aglutinador de pessoas ¢ de produto, frutosdo trabalhodeagricultores eartesios, Acidade, porsi 6, vai sero espayo, cada vez mais, do trabalho, Rompendoas fronteiras do espago temporal do diae do espago fisico dos ares, o trabalho vai sendo executado no espago da cidade, seja dia ou seja noite, sejaem casa ou seja ‘as fibricas. Nao sb expago do trakalho¢rompido: a estruture feudal que vigoroudurante quase iodaaIdade Média ru, ‘Aruina do sistema feudal eede vez a0 surgimento do que costumamos chamar de sistema capitalist, A rainadeum ce surgimento de outro foi decisiva a transformagio efetivads pela agdo dos reis e da burguesia: a expansio comercial, patrocinads pelos reis ¢ enormements apoiada, quando nio financiada, pela burguesia emergente do ripide exescimento dasrelagSes comerciaisperticularmente citadinas (burgueses comerciantes, financistase industria) 0 declinio do sisters feudal tamibém faz com quedecline o poder descentralizado dos senhores feudais, dando ver suuam perindoem que 08 weit nes central do poder ‘Uma das evidéncias mais marcantes nesse processo histdrico foi a da transformagéo de uma bipolarizagio social ‘tipicamente feudal, a do senhor versus servo, para ums outta bipolarizagdo, que é« marca maior do capitalism: burgués versisproletitio. Anova estratara social, ado sistema capitalisa, ro surgiu imediatamente apés o declinio do sistema feudal, mes num prozesso lento nfo to longo. O crescimento comercial © urbano e a produge cada vez maior no foram o fator determinante: a produydo em larga escala € que vai caracterizar definitivamente a revolugdo capitalista, pois é na transfarmaydo dosprodutosem mercadorias que osistems capitalista vaise firmar,O velor de usodé avez a0 valor detroca, O trabalhonascciedade captalstaambém vai diferir do dasociedade feudal. Os trabalhadores, antes dtentores do seu propto trabalho e com dominio total do processo produtivo, passam a ser trabalhadores que irfo vender sua forga de trabalho em troca de um pagamenio. O tempo de trabalho e 0 espago para o trabalho so outros, O uso do relégie vai permitir ue se mensure a quantidade de trabalho em horas. O espacofisico,néo mais o lr, masa fibrica, vai condicioner os ‘rabalkadores a um disciplinamento constante. A propria atividade laborativa exigié disciplina na execuso de tarcfes, io enorme paver numa sos grandes Fsindas Nacianais, « Pslado Madero detentor mecanicamenterepetitves Um aspecto de coatinuidade pode ser aqui apreciado: todos os membros da familis do tabalhador também exam ‘tabalhadores, submetidos sem distingéo aos mesmostrabalhos, A diferenca & a intensa procura por mulheres e eriangas para fiviess,poisovbaixocusta compencava, endoem vista ques mulheres ganhavam muitamennsdaquens homens, cas crianges ganhavam muito menos que as mulheres. Um dos motivos, além do barateamento de custos, era a maior facilidade dese disciplina esses dois grupos de operitios. Disc inicio 20 processo de industalizayo que culminari, na Inglaterra de forma mais aparents, na Revolugéo Industriel Como se produziem eada ver mais mereadoras, foi sendo buscado pelos propritiios bungueses formas de se aumenta olustoreduzindo-seas despesas,fosse pels incrementagaotecnol6gica das uidades produtiva,fossepelamaxi- cxplorasodes cperries jomadasintermindveis de trabalho em locaisinslubres,combaixissima remunecayao). A introdusio de inovages teenoldgicas no vorpo das fabricas vai set muito cara para os trebelhadores de modo geral. Cade nova tecnologia representava, quase sempre, @ redusZo dos postos de trabalho em nome do aumento da produtividede. O pontoculminante dessa trajetéria fi, sem divida a introdugio da maquinaa vapor. © cantexto historico decorrente da Revolugdo Industrial inchow as cidades. Camponeses em busca de melhores condigdes de vida migravam c se deparavam com um cenério um tanto quanto esolador, Para descrever o cenério des fbricas que tanto atrairam camponeses,bastam duas palavras:periculosidade- insalubridad>. Periculosidadeéoestado.ou qualidade de algo que & porigoso. Insalubridade & a qualidade daquilo que origina daengas. Jornadas excessivas de trabalho; ritmo frenético das maguinas; a rotinado todo cia tudosempre igual; fabricas sombrias, com poaca laminosidade, quentes emidas, quase som nenuma vertilacio, O descontemtamentocra lugar comam na meio dos trabalhadores. Descontentes, expulsos de seus postos de trabalho, sem emprego e sem minias condigies de sobrevivéncia, os ‘trabalhadores operarios comegaram a se organizar. Hé, também, uma longa trajetoria nesse processo historico do trabatho atéos trabalhadores operérios definirem sua organi ‘Numa segunda fase, vamos perceber a introdugio de outras inovagGes tecnolégicas, como a uilizaydo de outres fontes de energia que nlo © vapor- a cleticidads ¢ o petréleo sdo bons exemplos. Gragas is novas fontes de energia foi possivel eriarnovas maquinas eferramentas, Em decorréncia disso, uma outraesinutura detrabelho ¢colosads em prtica, Logonas primeiras décaéas do sécalo XX, em Detroit, Henry Ford coloce em praticanasua fibrica de automéveisa produsio em série, através das famosas linhar de montagem. Essa nova forma ds trabalho consistia na avancada fragmentagio de tarefas entre os diversos operrios de sua fibrica, (Quseja, cad trabalhador seria responsive! por uma tnica taefa, que deveriaser repetida infinitamentede formaa sma maior prdutividade. © sistema fordista de produgio est diretamente ligado aos furdlamentos propostos isto se aleangs pelo conjunto de teorias desenvolvidas pelo engenbeiro norte-americeno Frederick Winslow Taylor para gumentar a produttvidede do trabalho andustal. "Na busca pela climinagdo do desperdicio e da ociosidade operiria e pela redugdo dos custos de produedo, Taylor inicio seus estudos sobre a Ciéncia da Administrago, no comego do século XX. Desenvolveu téenicasde racionalizegio do trabalho operitice, em 1903, analisou ¢ controlou o tempo co movimento do hemem eds maquina em cada arefa, para aperfeigose-los e racionalizi-los gradativamente, Com base na idsia de que a eficiéncia aumenta com a especializariio, Taylordividino trabalho limitoa cada operario &execusio de uma tnica tarefa, demaneira continua erepetitiva Pam obter 9 colsboragie dos fiancioniios, foram exabolecidos remunerapio © prince extras. A produgio individual, até 0 nivel de 100% do eficiéacia notempo pedro (tempo médio que um operirio levaparaexecutarastarefas), era remunereda conforme o némero de pegas produzidas. Acima dessa porcentagem, a remuneragdo por pela seria acrescidn de um prémio de produgio on incentive saleral adicional, que aumentava a medida que a eficiéncia doopertrio era clevada, Além de tacionalizat o trabalho do opetdtio, Taylor tentou muda o eomportarnento dos supervisores, chefs, gerentes ¢ diretores que ainda trabalhavam nos velhos padrées, criando, assim, a Administragio Cientifiea, que foi rapidamente aplicada na indistria americana, estendendo-se todos os paises e campos deatividade. Noentanto, seus principios de superespecializagdo foram criticades por robotizar o operévio, fizendo-o perder @ liberdde ea iniciativa de estabelecer sua propria manera de tabalhar, Na segunda metade do sécule XX, quase todas &s indistrias jé estavam mecanizadas ¢ a automagio alcangou todos 0s sctores das fibricas, As inovagdes téenicas ‘aumentaram a capacidade produtiva dasindastrias eo acimulo de capital. As poténcias industriais passaram abuscarnoves, mercados consumidores,finto do neocolenialismo, Os empresitios investiram em outtos paises. Os avanyos na medicine sanitisia favoreceram o crescimento dernogréfico, aumentandlo a oferta de opecirios. Nos paises desenvolwidos, surge 0 fantasma do desemprego. ‘A dobradinba Ford-Taylor orientou durante déeadae cstrutuma de trabalho no interior das fabricas. A busca pola agao do ficativamente: fai © Ford Modelo T, completamente produzito dentro da fibrica Ford erespeitandona sua fabricar todos os preceitos fordistas-taylorstas.A prodiiciodesss carro em séristinka,porém, maior produtividade com 0 menor custo levou a fabrica de Ford ¢ constrar um carvo que, gragas & racic trabalho, teve seu custo reduzido si Uuminconveniente, se assim podemos dizer: todos oscarroseram produzidos iguais,em todos 0s sentidos, Como oobjecivo principal era a redugio de custos ¢ o aumente da produtividade, o Modelo Tso poderia ser fabricado de um mesmo jeito, anclusive na sua cor sso levou Ford acriaruma cempanta publicitiria dizendo que todo americano podena ter seu Ford Modelo da corque quisesse,contanto que cor fosse preta, Fra oparadigmada produ em série para atendera demanda de uma sociedade tipicamente de masse, Uma pequens abservacio: todo americano poderia tero sea Ford Modelo T, no entento, os funciondrios da Ford cificilmente conseguiram compraro scu ModeloT. ssa etrulura de tal predomsinow ny mundo in jiu no mundy intsiruuté» Goal da Seguuls Gusta Mundial, quando, no outro lado do mando, no Jaro, surge um novo sisteme de tabalho, procurand otimizar 03 lueros a0 mesmo teripo ein que se reduziamn as despesas, Foi tanibéan no interior de uma fabica de automéveis que surgiuo novo sistema, conhecido comotoyotismo, ‘S¢ siatema fordisteteylorista foi snormements criticado por rebotizar os trabalhadorss, nao Iles dando a shanes de criar © patticipar do processo de produgéo de mancira livre © partivipativa, o sistema toyotiste se caractetiza Principalmente por delegar acs trabalhadores a possibiidade de decidirem qual a melhor meneire de exereerem seus trabaltos. Umponto que permanece valendo, tanto para um sistema quanto para outro, ¢ busca pela maiorprodugioalada comamenordespericio No sistems toyotsta, ao invés de otrabalhador participar unicamente com sua forgade trabalho sempre repetitva, cle em & chance de poder inovar deniro do processo de produgo. Surgem conceitos que orientam o trabalho dentro-des fbuicas. team work equal (otal su sinGuinuus du sisicmiatoyexista, Com issu, 0 uabally realizado por tines dentro da fabrica em busca ¢a qualidade total vai resolver alguns dos problemas da era fordista-tavlorista, mas trazer alguns outros. ;pareos trabalhadores, ear Noprimeiro sistema, aunidade fabril era o paleo exclusive de todo o provesso produtivo, Porexemplo, na Ford do inicio do ateulo XX, © Modelo-T era toialments fabricado no meamo lagar. Desde suas etapas ini final, ocarv ficava dentro do:mesmo complexo industrial. Na Toyota japonesa do pos-guerra,o carro ni & produzido inteiramente na mesmatunidade, Algumas pegasséo praduzidas em fibricas fonecedoras, locaizadas na mesma regio on em qualquer outro lugar do planeta, buscando mercados de mac-de-obra mais baratos ¢ livres de encangos sociais © tmahalhistas al6 0 acabamento A conseqiiincis imediata dessa fagmentagio & a dissolugio do poder operério que, parcelado em pequenss ‘unidades produtivas, perdeusua capacidade de organiza¢io,razlo da forga importantissima dos sindicatos, Enguantes que na Ford produzia-se um miesino eairo pata um piblico de massa, na Toyota ¢ produgdo foi senda 7adativamente personlizada,como intuito deatender maiores parcelas de um piblice consumidor. Sea Ford s6-prodazia cartos de cor preta, a Toycta conseguit produzir carros de todas as cores sem perder no quesito economia. A saida eneontrada foi & brusea redugio dos estoques, dinamizando as relagBes entre a Toyota central e suas fomecedoras. Um complexo esquems utilizando sede modemas teenologias de comunieasdo possibilitos tal empreendimento, dando vee. 0 quesecostuma chamar deers da informapéo, Arapidez cada vez maior com que se davam as mudangas no mando do trabalho fez com que uma parcela mito grande de trabalnadores ficasse sem empcego, Q sistema toyotista so foi aleanyar oOcidente com fortes impactos na decada de 1970 « 1980, principalmente na Inglaterra. Fase perfodo & conhecide como o tzrmino dos anos doarads, ou dos trinta slotiosos (periodoque compreendco fim da Segunda Gueers Mundial eque vai atémeados da década de 1970). ‘Accrise mundial do petréleo foi um dos fatores que condicionaram o término da estruruma fordista de produydo. A fabtice contralizada, de enomes dimensies, d ver: As fabricas descentralizadas, de dimensGes adequasias. O que maden neste processo de transformagSes? O muro do trabalho ¢ as condigdes dos trabalbadores, prineipslmente, A qualidade total introdazide nis Fabrica fez.com que o desperdicio fosse eliminado em grande escala: se em cada tréstrabalhadores slimina-se30% de desperdico no trbalho de cada um, ou, em ouras palavras, otencializa-s¢em30% otrabalho de cada ‘um, tom oe some reoultade a pooctvel climinagis de um doo tre tobsthedorse, pois oe dois que rectatiam prodeciiem ‘quasca mesma quantidade que os trés anteriormente. Entia, jantamente com a qualidade total tambim foram sendo intraduzides novas miquinas, mais precisa © mais ‘produtivas, Na época de Ford, os trabalhadores feziam carres com as miquinas. Na Toyota, os tabalhadores fariem com ueasmqninas fizessem cars A dicotomia asima apresentada vai gera: uma erescente diminuigdo dos postos de trabalho industiais, om © deslocamento desses trabaltadores para os setores de prestacio de servicos. De qualquer forma. a transferéncia de um ‘enorme contingente de trabalhadores de um setor para outro nfo resolveu os problemas de demanda de emprego, brineipalmente os problemas de qualifieae Reita-nosagor, naterceir fase da Revolugdo Indusval, cm que energis altemativas,plstico esilicio sion forga ‘matiz, buscar solugdes paraam mundo de desempregados¢trabalhadores sem qualificago, Resta-nos rabalhar no sentido de inciur essa grande quantidade de pessoas em um limite suportével de sobrevivéncia, antes cue o abismo entre clesses socins torne cada vez mais essencal ¢ utlizagdo de milicas particulaes de seguranga, de ercas elenicas ¢ cimeras indiscretas que nos controlam a vida, E o Grande Irmao apresentade em um novo contexto histérico. A permanéncia. ‘continua sendo a luta de classes, o motor da hist6ria _):., O SER SOCIAL, MUNDO DO #© TRABALHO & SOCIEDADE CAPITULO U3 3.0 SER SOCIAL, MUNDO DO TRABALHO EF SOCIEDADE © trabatto ¢ uma necessidade naturel ¢sterna de rege humana, sem. qual o bomemnie pode exisir,Difereats dos eins isecioueis, que oe alaplan possiveamak ao univ anbicule, boureas ales sobre ee ‘materiais necessdrios para sua existéncia com seu trabalho, que incuio isso e a fabricagdo de instrumentos especiais. A _ssisdad no sroothecatecinstrumentoaao acu ebitri; sada nova gereyde reocbs os inatrunsentoa de produydo qu foram criados por geragGesanterioreseque ela usa, modificae melhor, © progresse destes instumentor obedsce a uma certa ordem de seqiidncia, A humanidads aio pode paccar wvamiciic, ulead us bes diretamento do machado de peda para a centsal atimica; cada melhoramento ou invento & sonseqiiéneia dos anteriores, tem que se apoinrna gradatva acumalagio de experi produtiva, de hibits de trhalhne de conhecimenta dentea da prpria comunidade ou de outra comunidade mais avangada, Repetimos que os instrumentes de trabalho no funciona ‘0s. e que o papel central no processo da nroducdo corresponde aos trabalhadores que criam e colocam em aco esses insteumentos como seu esforgo cexpericncia aboviosa ‘A produdo nao & obra do homem isoladamente; tem sempre cariter social. No processo de produedo de bens ‘Tuateriais, os homens, com ou sem vontade, acabam se relacionando de uma forma ou de outra, ¢ 0 trabalho de cada produior converte-se nummaartcula do trabalho social, até nas sociedades mas primitivas ecom, maior fundamerto, nos processes industriais mais syangados. Assim, ahumanidade tem conhecido quatro regimes diferenciados de relagdes deprodugio: comunidade primitiva, escravidio, feudalismo e capitalismo, sendo que existiu uma experiéncia de um regime comunista cuja primeira etapa €0 socialismo, ‘REGIME DACOMUNIDADE PRIMITIVA regime da comunidade primitiva & historicamente, a primeira forma que a sociedade adota logo que homem separa-se do mundo propriamente animal, quando num longo processo evolutivo adquiriu as quelidades que o diferenciam dos outros seres vivos, Ahumanidade contava com elementos de trabalho muito rudimentares: pau, machado de pedra, fca de pederneira «elanga com ponta de pedemeira; mais tarde foi inventado oarcoes flecka. Aalimentagioera produto dacapae acolheits de fiutos silvestres; posteriormente comeca a agricultura na base do trabalho com picareta. A ‘nica forma conhecida era o ‘misculodohomem, Com somente ests instrumento ¢ armas, homem tinhe séras dificul dades para enfrentar as forgas da iaturezae fornecer seu slimento; unicamente o trabalho em comum podia garantira obtengo dos recursos necessérios para asua vida. O trabalho em comum traziatambém apropriedade comunitiria dos meios de produgao, que era‘ base das relacBes de produgdo na época. Todos os integrantes da comunidade estayam em condigdes iguais com relagio aos meios de produgdo; ninguém podia assumir a propriedade privede deles; cada elemento da comunidade revebie a sua quota de produedo conforme suas necessidades e normalmentendo ficave excedente embeneficiodealguém em particular. No decorrer do tempo, 0 regime da comunidade primitiva entra na fase da sua desintegrag0, devido 20 desenvolvimento das foxeas produtivas. Os homens aprendem aarte de fundies metais, melhorando a qualidade dasramss, « ferramentas agricolas; domesticam o cavalo e constroem um arado ristico aumentando enormemente o rendimento das, plantagdes. Este desenvolvimento das foryas produtivas provoca importantes mudanges sociais; a atividede pastoril separa-se da agricultura¢ inicia-se uma modesta industria artesanal, Comega o intercambio de produtos derivados do trabalho, primeiro entre as tribos e depois no centro da propria comunidade, A tribo descompde-se em familias que se ‘convertem em unidades econémices separadas, concentrando-se neles o trabalho, diferente do trabalho comunitétio &

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