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Cédigo de Etica da OPBB PREAMBULO A Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, fundada em 1940, é uma Associacao Civil federativa, de carater religioso, formada das Secdes existentes no &mbito das Convengées Batistas Estaduais, ou Regionais, composta de Pastores Batistas, membros de Igrejas filiadas 4 Convenco Batista Brasileira. 2. Cédigo de ética é um conjunto de normas indicativas da identidade relacional de um grupo. Seu objetivo € explicitar como aquele grupo se compromete a realizar os seus objetivos de modo compativel com os principios éticos gerais. Um cédigo de ética geralmente é um documento que se inicia pelas disposicées preliminares, com definigies basicas, seguido por dois eixos de normas ~ direitos e deveres, Os direitos delineiam, basicamente, o perfil do grupo. Os deveres mostram @ amplitude de relacionamento que o grupo possui, indicando, também, as virtudes exigiveis e necessarias no exercicio da atividade do grupo, de modo a abranger o relacionamento com os mais variados ambientes e pessoas relacionadas com cada componente do grupo. 0 presente Projeto, que é aplicado ao ministério pastoral batista, se fundamenta nos ideais éticos biblicos. © Cédigo de Etica, da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, tomou por base 0 Cédigo anterior, bem como 0 Cédigo preparado pela Seco de Séo Paulo. A sua organizacéo, a indicagéo de Artigos demais dispositivos seguem as prescricées da Lei Complementar n° 95 (25/02/1998) e do Decreto n® 2,954 (29/01/1999). DAS DISPOSICOES PRELIMINARES Art, 1° - O presente Cédigo de Etica, doravante Cédigo, regulamenta os direitos e deveres dos pastores inscritos na Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, formada das Secdes existentes, no Ambito das Convengées Batistas Estaduais ou Regionals, aqui chamadas de Ordem e Secies, respectivamente. § 1° - Compete 4 Ordem zelar pela observancia deste Cédigo e seus principios; firmar jurisprudéncia e atuar nos casos omissos. § 2° - Compete 4 Ordem e as Secées zelarem pela observancia dos principios, diretrizes e aplicacéo deste Cédigo, § 3° -Cabe ao Pastor Batista e aos interessados comunicar, conforme instrugées deste Cédigo, diretamente, ou através de suas Secdes, 8 Ordem, com clareza e embasamento, fatos que caracterizem a inobservancia do presente Cédigo e das normas que regulamentam o exercicio do ministério pastoral nos seus mais variados aspectos. § 4° - A Ordem podera introduzir alteracdes no presente cédigo, nos termos do art. 45, por meio de discussées com seus filiados ou propostas das SecGes. Art. 2° - Os infratores do presente cédigo sujeitar-se-o as penas nele previstas. DOS PRINCIPIOS GERAIS Art. 3° - O Pastor Batista, de que trata este Cédigo, é o ministro religioso, que atua na pregacdo e comunicago do Evangetho, no ministério eclesiastico e denominacional, reabilitando e aperfeicoando vidas, sem discriminagao de qualquer natureza. Art. 4° - O Pastor compromete-se com o bem-estar das pessoas sob seus cuidados, utilizando todos os recursos licitos e éticos disponiveis, para proporcionar o melhor atendimento possivel, agindo com 0 maximo de zelo eo melhor de sua capacidade, assumindo a responsabilidade por qualquer ato ministerial ou pessoal do qual participou. Art, 5° - O Pastor tem o dever de exercer seu ministério religioso com honra, dignidade e a exata compreensdo de sua responsabilidade, devendo, para tanto, ter boas condigdes de trabalho, fazendo jus & remunerago justa. Art, 6° - O Pastor deve aprimorar sempre seus conhecimentos e usar, no exercicio de seu ministério, o melhor do progresso técnico-cientifico nas pesquisas biblicas e teolégicas. Art. 7° - 0 Pastor deve honrar sua responsabilidade para com os outros colegas de ministério, mantendo elevado nivel de dignidade e harmonioso relacionamento com todas as pessoas. DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO PASTOR Art. 8° - So direitos fundamentais do Pastor: I - exercer 0 seu ministério religioso sem ser discriminado por questées de cor, raca, ordem politica, social, econémica ou de qualquer outra natureza; II - ter condigdes de trabalhar em ambiente que honre e dignifique seu ministério; III - resguardar o segredo de ordem profissional; IV - ser cientificado de qualquer dendincia ou documento que a Ordem vier a receber sobre sua pessoa ou ministério; \V - defender-se em processo ou julgamento a seu respeito; VI - ser cientificado por colega que sabe de informagées ou fatos que venham desabonar seu nome, ministério ou familia; VII - recusar submeter-se a diretrizes contrérias a0 exercicio digno, ético e biblico do ministério pastoral; VIII = exercer 0 ministério com liberdade dentro dos principios biblicos, néo sendo obrigado a aceitar fungées e responsabilidades incompativeis com seus dons e talentos ou contra sua compreensao doutrinaria e consciéncia; 1X ~ apontar falhas nos regulamentos e normas das instituicées em que trabalha quando julgar indignas no exercicio do ministério ou prejudiciais s pessoas, devendo, nesse caso, dirigir-se aos 6rgdos competentes; X - requerer & Ordem desagravo piblico quando atingido no exercicio de seu ministério ou vida pessoal, por outro colega DOS DEVERES FUNDAMENTAIS DO PASTOR, Art, 9° - Constituem deveres fundamentais do pastor: I exercer 0 ministério mantendo comportamento digno, zelando e valorizando a dignidade do ministério pastoral; II - manter atualizados os conhecimentos biblicos, teolégicos, ministeriais e culturais necessarios ao pleno exercicio de sua fungdo ministerial; III - zelar pela satide espiritual e pela dignidade das pessoas que lidera e com quem se relaciona no exercicio de seu ministério; IV ~ guardar segredo profissional, resguardando a privacidade das pessoas que sejam ou ndo membros da igreja que pastorcia; V - promover a satide espiritual coletiva no desempenho de suas fungées, independentemente de exercer 0 ministério dentro ou fora do ambito eclesiastico, bem como no ambito denominacional; VI - propugnar pela harmonia entre os colegas de ministérios; VII - abster-se da pratica de atos que impliquem mercantilizaco do ministério pastoral e eclesidstico ou sua ma conceituagio, pois o exercicio do ministério pastoral é incompativel com qualquer procedimento de mercantilizacio; VIII - assumir responsabilidade pelos atos praticados; IX ~ afastar-se do tratamento de situagdo em que esto envolvidos parentes e a prépria familia, especialmente se tiver algum cargo ou fungo deciséria; X - no utilizar indevidamente 0 conhecimento obtido em aconselhamento ou prética ministerial equivalente ou mesmo 0 conhecimento teolégico e da autoridade emanada do cargo ou funcao ministerial, como instrumento de manipulagdo de pessoas ou obtenc3o de favores pessoais, econémicos ou familiares; XI - nunca fazer ou se utilizar de dentincias anénimas, mas seguir os principios biblicos, especialmente os descritos em Mateus 18.15-17, para corrigir 0 erro de um irmao na fé ou colega de ministério; XII - no faltar com 0 decoro parlamentar, sempre agindo de modo equilibrado nas participagdes parlamentares, seja na Igreja, seja na vida denominacional; XIII - no ser conivente com erros doutrinarios ou ministeriais; XIV - no anunciar e utilizar titulos que ndo possua; XV - no se utilizar de dados imprecisos, ndo comprovados ou falsos para demonstrar a validade de pratica ministerial ou de argumentos em sermées, palestras, etc. XVI - nao divulgar publicamente, nem a terceiros reservadamente, casos que esto sendo tratados ministerialmente ou em aconselhamento, mesmo que omita nomes; XVII - responsabilizar-se por toda informac&o que divulga e torna publica ou a terceiros reservadamente; XVIII - no utilizar palavras chulas e torpes na pregacao, em palestras e no trato piiblico; XIX - no aceitar servico ou atividade ministerial que saiba estar entregue a outro Pastor, sem conhecer as razées da substituicao ou da impossibilidade do substituido; XX - quando convidado a pregar, dar palestras, consultoria ministerial ou qualquer outro servigo em Igreja que possua o seu prdprio Pastor, indagar de quem faz 0 convite se o Pastor concordou com 0 convite e, em seguida, procurar o Pastor e acertar com ele os detalhes da tarefa a executar; XXI - indenizar prontamente o prejuizo que causar, por negligéncia, erro inescusdvel ou dolo; XXII - apresentar-se ao ptiblico de modo compativel com a dignidade do ministério pastoral, sendo cumpridor de seus compromissos e sdbrio em seu procedimento; XXIII ~ evitar, 0 quanto possa, que membros da Igreja que pastoreia, pratiquem atos reprovados pelas leis do Pais e pelos principios éticos biblicos; XXIV ~ abster-se de pronunciamento tendencioso ou discussdo estéril sobre assuntos doutrindrios e ministerials; . XXV ~ consultar a Comissio de Etica de sua Seco, quando em diivida sobre questées nao previstas neste Cédigo; XXVI — atuar com absoluta imparcialidade em todo aspecto ministerial e envolvimento denominacional, ndo ultrapassando os limites de sua atribuigéo e competéncia, quando no exercicio de cargos eletivos ou executivos, eclesidsticos ou denominacionais; XXVII - nao acobertar erro ou conduta antiética de outro Pastor; XXVIII - no se utilizar de sua posico para impedir que seus subordinados e membros da Igreja atuem dentro dos principios éticos biblicos; XXIX - no se aproveitar de situacdes decorrentes do relacionamento pastoral para obter vantagens financeiras, politicas ou de qualquer outra natureza; XXX -abster-se de patrocinar causa contraria a ética biblica e as leis do Pais, que venham prejudicar a reputacdo do ministério pastoral; XXXI = evitar a participago em demandas judiciais contra irmaos na fé, colegas de ministério, igrejas, entidades, instituicdes ou qualquer érgo denominacional, conforme principios ético-cristaos em I Corintios 6, 1-11. Paragrafo Unico - No caso de demanda justa ou reclamagao contra Igreja, entidade, instituicéo ou executives no exercicio de sua funcdo, o pastor deverd preferir utilizar-se dos érgdos cristéos, preferencialmente, os denominacionais, para apresentar suas reclamagées e exigéncias. DOS DEVERES DO PASTOR PARA COM A SUA VIDA PESSOAL Art. 10 - Em relac&o & sua vida pessoal o Pastor deve: I desenvolver uma vida devocional, aplicando-se conjinua e regularmente & oragdo e ao estudo da Palavra de Deus (I Timéteo 4.7; Atos 6.4); II - ser estudioso, mantendo-se atualizado com 0 pensamento teoldgico, a literatura biblica ea cultura geral (II Timéteo 3.16, 17; I Timéteo 3.2), participando, na medida de suas condigées, em encontros e conferéncias, que contribuam para o crescimento de seu ministério;

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