A Pratica
Educativa
Como ensinar
Antoni Zabala
Licenciado em Pedagogia
Traducao:
Ernani F. da F. Rosa
Consultoria, supervisao e revisao técnica desta edicao:
Nalti Farenzena
culdade de Educagao da UFRGS.
ja em Educagao pela UFRGS.
Professora da
Doutore
ARIVED
Porto Alegre / 19981
A prdtica educativa:
unidades de andlise
OBJETIVO: MELHORAR A PRATICA EDUCATIVA
Um dos objetivos de qualquer bom profissional consiste em ser
cada vez mais competente em seu oficio. Geralmente se consegue esta
melhora profissional mediante 0 conhecimento e a experiéncia: o
conhecimento das varidveis que intervém na pratica e a experiéncia para
dominé-las. A experiéncia, a nossa e a dos outros professores. O
conhecimento, aquele que provém da investigacao, das experiéncias dos
outros e de modelos, exemplos e propostas. Mas como podemos saber se
estas experiéncias, modelos, exemplos e propostas sao adequados? Quais
so 0s critérios para avalid-los? Talvez a resposta nos seja proporcionada
pelos resultados educativos obtidos com os meninos e meninas. Mas isto
basta? Porque, neste caso, a que resultados nos referimos? Aos mesmos
para todos os alunos, independentemente do ponto de partida? E
levando ou nao em conta as condicdes em que nos encontramos e os
meios de que dispomos?
Como outros profissionais, todos nés sabemos que entre as
coisas que fazemos algumas estio muito bem feitas, outras sao satis-
fatorias e algumas certamente podem ser melhoradas. O problema esta
na propria avaliacao. Sabemos realmente 0 que é que fizemos muito
bem, o que é satisfatério e 0 que pode melhorar? Estamos conven-
cidos disso? Nossos colegas fariam a mesma avaliacdo? Ou, pelo con-
trério, aquilo que para nés esta bastante bem para outra pessoa é dis-
cutivel, e talvez aquilo de que estamos mais inseguros é plenamente
satisfatorio para outra pessoa?
Provavelmente a melhoria de nossa atividade profissional, como
todas as demais, passa pela andlise do que fazemos, de nossa pratica e do
contraste com outras praticas. Mas certamente a comparacdo com outros
colegas nao ser suficiente. Assim, pois, frente a duas ou trés posicées14 / Antoni ZaBALA
antagénicas, ou simplesmente diferentes, necessitamos de critérios que
nos permitam realizar uma avaliacao racional e fundamentada.
Em outras profissdes nao se utiliza unicamente a experiencia que da
a pratica para a validagao ou explicagdo das propostas. Por tras da
decisdo de um camponés sobre tipo de adubos que utilizaré, de um
engenheiro sobre o material que empregara ou de um médico sobre 0
tratamento que receitara, nao existe apenas uma confirmagao na pratica,
nem se trata exclusivamente do resultado da experiéncia; todos estes
profissionais disp6em, ou podem dispor, de argumentos que funda-
mentem suas decisdes para além da pratica. Existem determinados
conhecimentos mais ou menos confidveis, mais ou menos comparaveis
empiricamente, mais ou menos aceitos pela comunidade profissional,
que lhes permitem atuar com certa seguranca. Conhecimentos e saber
que lhes possibilitam dar explicacdes que nao se limitam a descricao dos
resultados: os adubos contem substancias x que ao reagir com subs-
tancias z desencadeiam alguns processos que...; as caracteristicas molecu-
lares deste metal fazem com que a resistencia a torgao seja muito superior
4 do metal z e portanto...; os componentes x do medicamento z ajudarao
na dilatagao dos vasos sangitineos produzindo um efeito que...
Nés, professores, dispomos destes conhecimentos? Ou, dito de outra
forma, temos referenciais tedricos validados na pratica que podem nao
apenas descrevé-la, como também explicé-la, e que nos ajudem a
compreender os processos que se produzem nela? (Alids, por que a nés,
educadores, produz tanto respeito falar de teoria?). Certamente a
resposta € afirmativa mas com certas caracteristicas diferentes: na
educacao nao existem marcos tedricos tao figis e comparados empiri-
camente como em muitas das outras profissdes. Mas me parece que hoje
em dia o problema nao consiste em se temos ou nao suficientes
conhecimentos tedricos; a questao é se para desenvolver a docéncia 6
necessdrio dispor de modelos ou marcos interpretativos.
Alguns teoricos da educacao, a partir da.constatagao da comple-
xidade das varidveis que intervém nos processos educativos, tanto em
ntimero como em grau de inter-relacdes que se estabelecem entre elas,
afirmam a dificuldade de controlar esta pratica de uma forma consciente.
Na sala de aula acontecem muitas coisas ao mesmo tempo, rapidamente
e de forma imprevista, e durante muito tempo, o que faz com que se
considere dificil, quando nao impossivel, a tentativa de encontrar
referéncias ou modelos para racionalizar a pratica educativa.
Neste sentido, Elliot (1993) distingue duas formas muito diferentes
de desenvolver esta pratica:
a) O professor que empreende uma pesquisa sobre um problema
pratico, mudando sobre esta base algum aspecto de sua pratica
docente. Neste caso o desenvolvimento da compreensao precede
a decisao de mudar as estratégias docentes.A prATica EDucATIVA /15,
b) O professor que modifica algum aspecto de sua pratica docente
como resposta a algum problema pratico, depois de comprovar
sua eficacia para resolvé-lo. Através da avaliacao, a compreensao
inicial do professor sobre 0 problema se transforma. Portanto, a
decisao de adotar uma estratégia de mudanga precede o desen-
volvimento da compreensao. A acao inicia a reflexao.
Elliot considera que o primeiro tipo de professor constitui uma
projecaio das inclinagdes académicas sobre o estudo do pensamento dos
professores, que supdem que existe uma atuacao racional na qual se
selecionam ou escolhem as agdes sobre a base de uma observagao
desvinculada e objetiva da situagao; marco tedrico em que pode se
separar a investigacao da pratica. Para 0 autor, o segundo tipo representa
com mais exatidao a légica natural do pensamento pratico.
Pessoalmente, penso que um debate sobre o grau de compreensao
dos processos educativos, e sobretudo do caminho que segue ou tem
que seguir qualquer educador para melhorar sua pratica educativa, nao
pode ser muito diferente ao dos outros profissionais que se movem em
campos de grande complexidade. Se entendemos que a melhora de
qualquer das atuagdes humanas passa pelo conhecimento e pelo con-
trole das varidveis que intervém nelas, 0 fato de que os processos de
ensino/aprendizagem sejam extremamente complexos — certamente
mais complexos do que os de qualquer outra profissao — nao impede,
mas sim torna mais necessario, que nés, professores, disponhamos e uti-
lizemos referenciais que nos ajudem a interpretar 0 que acontece em
aula. Se dispomos de conhecimentos deste tipo, nés os utilizaremos
previamente ao planejar, no proprio processo educativo, e, posterior
mente, ao realizar uma avaliacao do que aconteceu. A pouca experiéncia
em seu uso consciente, a capacidade ou a incapacidade que se possa ter
para orientar e interpretar, nao é um fato inerente a profissao docente,
mas o resultado de um modelo profissional que em geral evitou este
tema, seja como resultado da histéria, seja da debilidade cientifica.
Devemos reconhecer que isto nos impediu de dotarmo-nos dos meios
necessarios para movermo-nos numa cultura profissional baseada no
pensamento estratégico, acima do simples aplicador de formulas her-
dadas da tradicao ou da ultima moda.
Nosso argumento, e o deste livro, consiste em uma atuacao pro-
fissional baseada no pensamento pratico, mas com capacidade reflexiva.
Sabemos muito pouco, sem dtivida, sobre os processos de ensino/
aprendizagem, das varidveis que intervém neles e de como se inter-
relacionam. Os préprios efeitos educativos dependem da interacdo
complexa de todos os fatores que se inter-relacionam nas situagdes de
ensino: tipo de atividade metodolégica, aspectos materiais da situacao,
estilo do professor, relagdes sociais, conteudos culturais, etc. Evidente-
mente, nos movemos num Ambito no qual os modelos explicativos de16 / Antont ZaBALA
causa-efeito sao invidveis. Certamente nosso marco de analise deve se
configurar mediante modelos mais pr6ximos a teoria do caos - em que a
resposta aos mesmos estimulos nem sempre da os mesmos resultados —
do que a modelos mecanicistas. No entanto, em qualquer caso, 0
conhecimento que temos hoje em dia é suficiente, ao menos, para
determinar que existem atuacdes, formas de intervencio, relacdes
professor-aluno, materiais curriculares, instrumentos de avaliacao, etc.,
que nao sao apropriados para o que pretendem.
Necessitamos de meios tedricos que contribuam para que a andlise
da pratica seja verdadeiramente reflexiva. Determinados referenciais te6-
ticos, entendidos como instrumentos conceituais extraidos do estudo
empirico e da determinagao ideolégica, que permitam fundamentar
nossa pratica; dando pistas acerca dos critérios de andlise e acerca da
selecdo das possiveis alternativas de mudanca. Neste livro tentaremos
concretiza-los em dois grandes referenciais: a funcio social do ensino e 0
conhecimento do como se aprende. Ambos como instrumentos te6ricos
facilitadores de critérios essencialmente praticos: existem modelos
educativos que ensinam certas coisas e outros que ensinam outras, 0 que
ja é um dado importante. Existem atividades de ensino que contribuem
para a aprendizagem, mas também existem atividades que nao
contribuem da mesma forma, o que é outro dado a ser levado em conta.
Pois bem, estes dados, embora a primeira vista possam parecer
insuficientes, vao nos permitir entender melhor a pratica na sala de aula.
AS VARIAVEIS QUE CONFIGURAM
A PRATICA EDUCATIVA
Em primeiro lugar € preciso se referir aquilo que configura a
pratica. Os processos educativos sao suficientemente complexos para que
nao seja facil reconhecer todos os fatores que os definem. A estrutura da
pratica obedece a miltiplos determinantes, tem sua justificagao em
parametros institucionais, organizativos, tradicdes metodolégicas, possi-
bilidades reais dos professores, dos meios e condicg6es fisicas existentes,
etc. Mas a pratica € algo fluido, fugidio, dificil de limitar com coor-
denadas simples e, além do mais, complexa, jA que nela se expressam
miiltiplos fatores, idéias, valores, habitos pedagégicos, etc.
Os estudos da pratica educativa a partir de posigdes analiticas des-
tacaram numerosas varidveis e enfocaram aspectos muito concretos. De
modo que, sob uma perspectiva positivista, buscaram-se explicacdes para
cada uma destas varidveis, parcelando a realidade em aspectos que por si
mesmos, ¢ sem relacao com os demais, deixam de ter significado ao perder 0
sentido unitério do processo de ensino/aprendizagem. Entender a inter-
vencao pedagégica exige situar-se num modelo em que a aula se configuraA prATica EpucATIVA /17
como um microssistema definido por determinados espacos, uma organi-
zagao social, certas relagées interativas, uma forma de distribuir 0 tempo,
um determinado uso dos recursos didaticos, etc., onde os processos edu-
cativos se explicam como elementos estreitamente integrados neste sistema.
Assim, pois, 0 que acontece na aula s6 pode ser examinado na prépria
interagao de todos os elementos que nela intervém.
Mas desde uma perspectiva dinamica, e desde o ponto de vista dos
professores, esta pratica, se deve ser entendida como reflexiva, néo pode se
reduzir ao momento em que se produzem os processos educacionais na
aula. A intervencao pedagogica tem um antes e um depois que constituem
as pecas substanciais em toda pratica educacional. O planejamento e a ava-
liagao dos processos educacionais sao uma parte insepardvel da atuacao do-
cente, j que 0 que acontece nas aulas, a propria intervengao pedagdgica,
nunca pode ser entendida sem uma andlise que leve em conta as intencoes,
as previsdes, as expectativas e a avaliacao dos resultados. Por pouco ex-
plicitos que sejam os processos de planejamento prévio ou os de avaliagao
da intervencao pedagégica, esta nao pode ser analisada sem ser observada
dinamicamente desde um modelo de percep¢ao da realidade da aula, onde
estdo estreitamente vinculados o planejamento, a aplicagao e a avaliacao.
Assim, pois, partindo desta visio processual da pratica, em que
estdo estreitamente ligados 0 planejamento, a aplicacao e a avaliacao,
teremos que delimitar a unidade de andlise que representa este processo.
Se examinamos uma das unidade mais elementares que constitui os
processos de ensino/aprendizagem e que ao mesmo tempo possui em
seu conjunto todas as varidveis que incidem nestes processos, veremos
que se trata do que se denomina atividade ow tarefa. Assim, podemos
considerar atividades, por exemplo: uma exposicao, um debate, uma
leitura, uma pesquisa bibliografica, tomar notas, uma acao motivadora,
uma observagio, uma aplicacao, um exercicio, 0 estudo, etc. Desta
maneira, podemos definir as atividades ou tarefas como uma unidade
basica do processo de ensino/aprendizagem, cujas diversas variaveis
apresentam estabilidade e diferenciagao: determinadas relagoes interati-
vas professor/alunos e alunos/alunos, uma organizacao grupal, deter-
minados contetidos de aprendizagem, certos recursos didaticos, uma
distribuigao do tempo e do espaco, um critério avaliador; tudo isto em
torno de determinadas intengdes educacionais, mais ou menos explicitas.
E esta unidade elementar que define as diferentes formas de inter-
vencao pedagégica? E uma unidade suficiente? Sem diivida, as ativi-
dades tém importancia suficiente para proporcionar uma anilise ilus-
trativa dos diferentes estilos pedagégicos, mas para o objetivo que nos
propomos me parece insuficiente. As atividades, apesar de concentrarem
‘a maioria das varidveis educativas que intervém na aula, podem ter um
valor ou outro segundo o lugar que ocupem quanto as outras atividades,
as de antes e as de depois. E evidente que uma atividade, por exemplo,18 / Anton! ZABALA
de estudo individual, tera uma posicao educativa diferente em relagao ao
tipo de atividade anterior, por exemplo, uma exposicao ou um trabalho
de campo, uma leitura ou uma comunicagéo em grande grupo, uma
pesquisa bibliografica ou uma experimentacao. Poderemos ver de que
rraneira a ordem e as relacdes que se estabelecem entre diferentes
atividades determinam de maneira significativa o tipo e as caracteristicas
do ensino. Levando em conta o valor que as atividades adquirem quando
§s colocamos numa série ou seqiiéncia significativa, é preciso ampliar
esta unidade elementar e identificar, também, como nova unidade de
andlise, as seqiiéncias de atividades ou seqiiéncias didaticas como unidade
preferencial para a andlise da pratica, que permitira 0 estudo e a
Fvaliagao sob uma perspectiva processual, que inclua as fases de
planejamento, aplicagao e avaliacao.
AS SEQUENCIAS DIDATICAS E AS
DEMAIS VARIAVEIS METODOLOGICAS
‘A maneira de configurar as seqiiéncias de atividades ¢ um dos
tracos mais claros que determinam as caracteristicas diferenciais da
pratica educativa. Desde 0 modelo mais tradicional de “aula magistral”
(com a seqiiéncia: exposigao, estudos sobre apontamentos ou manual,
rova, qualificacao) até o método de “projetos de trabalho global”
fescolha do tema, planejamento, pesquisa e processamento da informa-
Gio, indice, dossié de sintese, avaliacao), podemos ver que todos tem
XGmo elementos identificadores as atividades que os compdem, mas que
adquirem personalidade diferencial segundo o modo como se organizam
e articulam em seqiiéncias ordenadas.
Se realizamos uma andlise destas seqiiéncias buscando os ele-
mentos que as compéem, nos daremos conta de que sao um conjunto de
atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a real jo de certos
objetivos educacionais, que tém um principio e um fim conhecidos tanto pelos
professores como pelos alunos.
Ao longo deste livro utilizarei indistintamente os termos unidade
didatica, unidade de programacao ou unidades de intervengao pedagogica
vara me referir as sequéncias de atividades estruturadas para a realizacao de
certos objetivos educacionais determinados. Estas unidades tém a virtude
de manter 0 cardter unitdrio e reunir toda a complexidade da pratica, a
mesmo tempo que sio instrumentos que permitem incluir as tres fases de
toda intervencdo reflexiva: planejamento, aplicacao e avaliagao.
Como vimos até agora, sistematizar 0s componentes da complexa
pratica educativa comporta um trabalho de esquematizagao das dife-
rentes varidveis que nela intervém, de forma que com esta intengao
analitica e, portanto, de alguma maneira compartimentadora, podem seA prdrica epucativa /19
perder relacées cruciais, traindo o sentido integral que qualquer intervengao
pedagogica tem. Neste sentido — mesmo que nas atividades, e sobretudo nas
unidades de intervencao, estejam incluidas todas as varidveis meto-
dolégicas — seria adequado identificé-las de forma que se pudesse efetuar
a analise de cada uma delas em separado, mas levando em conta que
sua avaliagao nao € possivel se nao forem examinadas em sua globalidade.
AS VARIAVEIS METODOLOGICAS
DA INTERVENCAO NA AULA
Uma vez determinadas as unidades didaticas como unidades
preferenciais de andlise da prética educativa, é preciso buscar suas
dimensoes para poder analisar as caracteristicas diferenciais em cada
uma das diversas maneiras de ensinar. Tem havido varias maneiras de
identificar as varidveis que configuram a pratica; assim, Joyce e Weil
(1985) utilizam quatro dimensées: sintaxe, sistema social, principios de
reagdo e sistema de apoio. Estes autores definem a sintaxe como as
diferentes fases da intervengao, quer dizer, 0 conjunto de atividades
seqiienciadas; o sistema social descreve os papéis dos professores e dos
alunos e as relagées € tipos de normas que prevalecem; os principios de
reacdo sao regras para sintonizar com 0 aluno e selecionar respostas de
acordo com suas agées; os sistemas de apoio descrevem as condicoes
necessarias, tanto fisicas como pessoais, para que exista a intervencao.
Tann (1990), ao descrever 0 modelo de trabalho por t6picos, iden-
tifica as seguintes dimensdes: controle, contetidos, contexto, objetivo/ca-
tegoria, processos, apresentacao/audiéncia e registros. Descreve 0 con-
trole como o grau de participacao dos alunos na definicao do trabalho a
ser realizado; 0 contetido, como a amplitude e profundidade do tema de-
senvolvido; 0 contexto se refere 4 forma como se agrupam os alunos em
aula; 0 objetivo/categoria, ao sentido que se atribui ao trabalho e a tem-
poralizacdo que lhe € dada; o proceso é 0 grau em que 0 estilo de en-
sino/aprendizagem esta orientado desde um ponto de vista disciplinar
ou de descobrimento e a natureza e variedade dos recursos empregados;
os registros se referem ao tipo de materiais para a informacao do trabalho
desenvolvido e as aprendizagens realizadas pelos alunos.
Hans Aebli (1988), para descrever 0 que ele denomina as doze
formas basicas de ensinar, identifica trés dimensdes: 0 meio do ensino/
aprendizagem entre alunos e professor e matéria, que inclui as de narrar
e referir, mostrar e imitar ou reproduzir, a observagao comum dos objetos:
ou imagens, ler e escrever; a dimensao dos contetidos de aprendizagem,
onde distingue entre esquemas de agao, operacées e conceitos; ¢ a dimen-
so das funcgdes no processo de aprendizagem, a construgao através da
solucao de problemas, a elaboracao, 0 exercicio/repeticao e a aplicagao.
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