You are on page 1of 54
NORMA ' ABNT NBR BRASILEIRA 45749 Primeira edigao 13.08.2009 Valida a partir de 13.09.2009 Medicao de resisténcia de aterramento e de potenciais na superficie do solo em sistemas de aterramento Ground resistance and soil surface voltages measurements in earthing systems Qe-09 iE Doe menTaCoo € inforag) REVA KOBLITZ IS 17.20.20; 29,080.01 ISBN 978-85-07-01690.8 ecsie noisy ati CRY) ease Aan tasers TECNICAS 49 paginas @ABNT 2009 ABNT NBR 15749:2009 © ABNT 2009 Todos os direitos reservados. A menos que especifcado de outro modo, nenh ou utlizada por qualquer meio, eleténico ou mecanico, incluindo fotocépia @ m ma parte desta publicagdo pode ser reproduzida ‘ofime, sem permisséo por escrito da ABNT ABNT Ay. Treze de Maio, 13 - 28° andar 2031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel: + 85.21 3974.2300 Fax: + 85 21 3974-2346, abnt@abnt.org.br ww abnit.org.br ii © ABNT 2009 - Todos os dretos reservados POPP POP PPP PPP PPP PPP PPP PPP PEP RRP EPP PEEP PEEP eee ABNT NBR 15749:2009 Sumario Pagina Protacio 1 2 3 Termos © definigB08een nen sen 4 Geral. . 5 Seguranga.. ee 54 Durante as inedigoes. ea 52 Dos equipamentos utilizado: 6 Medicao de resisténcia de aterramento. Método da queda de potencial.... Circuito de potenci Procedimento...... Levantamento de curvas tipicas de resistencia de aterramento.. Interferéncias de elementos metalicos enterrados. Sentido de movimentagao do eletrodo de potencial S. Acoplamento entre os cabos dos circuitos de corrente e potencial. ‘Aumento da corrente de ensaio.. Correntes parasitas nnn. Limitagées na aplicagao do método da queda de potencial Método da queda de potencial com injecao de alta corrente... Principio Circuito de corrente. 62.3 Circuito de potencial. A resistencia do sistema de aterramento sob ensaio £ 6... 6.2.4 Medicdes em sistemas de aterramento interligado: 62.5 Medicao em sistemas de aterramento com terrometro tipo alicate.... 7 Medico de potenciais na superficie do solo TA Principio de corrente. de potencial . a 7.4 — Medigao da tensao de toque .. TS — Medigao da tensao de passo. 7.6 Fonte de injegao de corrente. — 1.7 Comentarios ¢ observagées adicionais para a execucao das medig6es em subestagoes. 18 78 — Corregao dos valores de tensio medidos 7.9 Determinagao das resisténcias de contato pé-bri Medicdes om instalagées energizadas. Condigdes de seguranga em instalagées energizadas ....... Condigdes especificas para realizagao de medicées em instalagoes energizadas Planejamento e programacao 5 s Divisdo da corrente pelos elementos do sistema de aterramento.. RUidos @ t0$808 eeecnene e Religamentos, Sensibilizagao de relés de alta sensibilidade (51GS ~ ground sensor ou outros) Possibilidade de retorno remote... i Métodos adequados & medigao de aterramento de instalagdes energizadas nn nnnannna 23 (ou solo). 19 (© ABNT 2009 - Todos os iretos reservaces iti ABNT NBR 15749:2009 Anexo A (normativo) Método sincrono a freqiiéncia industrial Anexo B (normativo) Compensagao capacitiva. ‘Anexo C (normative) Especificagdes dos equipamentos para a medicao de resisténcia de aterramento para ‘Anexo D (normative) Método do batimento Da D2 Anexo E (informative) Terrémetro alicate.. EA sistemas elétricos de baixa tensao (até 1 000 Vem c.a.e 1500 Vem c.c.) Escopo e campo de aplicagao .. Termos e definigdes. Requisitos ... Marcacées e instrucoes de funcionament Marcagées : Instrugées de funcionamento Métodos de ensaio Principio .... Método do batimento . Principio de operagio Detalhes construtivos . Restrig6es wenn. ‘Anexo F (informativo) Método de medigao com injegao de corrente com amperimetro e voltimetro e F6A F62 FT Fra F72 Fra Fra FITS insercao de wattimetro adicional.. Disposicdo basica dos componentes Descricao do método.... Localizagao dos terminais de medicao, Terminais (1) ¢ (3).. Terminal (2). Terminal (4). Fator de corregao das medigées Fator de corregao hi. Fator de corregao he Fator de corragao ky... Metodologia para eliminar 0 erro de medicao devido as correntes e tensdes externas (ruidos)...... Impedancia de terra das linhas (Z,) e da malha de aterramento do sistema de aterramento (maiha, linhas e demais componentes int. Matha de aterramento do conjunto interligado (R.)... Impedancia de terra equivalente da linha de transmissao (2 Potenciais perigosos. Gradionto maximo produzido (VG) .. Potencial de passo maximo produzida (VP). Potencial de toque maximo produzido (17). Potencial de malha maximo produzido (VM). Potenciais reais... Anexo © (normative) Métodos shemativos de mecizéo de ressténcia de aterramento potenciais no solo ‘om instalagées energizadas....... = 46 Método da queda de potencial com baixas correntes e onda quadrada..c0ecnsnnonn 46 \do de injecdo de baixa corrente em alta freqiéncia....... : 46 Medicao em alta frequiéncia....... 48 Metodologia... 48 Caracteristicas do instrumento.... —_ Método da medigdo simultanea de correntes do sistema... 8 48 (© ABNT 2009 - Todos 08 aivolts reservados VORP OPP P HRP PRR PREP P HHP PREP RRR PRR H REE PPO ABNT NBR 15749:2009 Prefacio ‘A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasileiras, cxjo conteido € de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNTICB), dos Organismos de Normalizacéo Selorial (ABNTIONS) e das Comissdes de Estudo Especiais (ABNTICEE), so elaboradas por Comissdes de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvides, delas fazendo parte: produlores, consumidores €neutros (universidade, laboratério e outros) (Os Documentos Técnicos ABNT s&0 elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. A Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atencao para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT nao deve ser considerada responsavel pela identificagao de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 15749 fol elaborada no Comité Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissao de Estudo de Seguranga no Aterramento de Subsstagdes c.a. (CE-03:102.01). O seu 1° Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 10, de 08.10.2008 a 08.12.2008, com o nimero de Projeto 03:102.01-006. © seu 2 Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Ecital n® 04, de 09.04.2009 a 08.05.2009, com o nimero de 2° Projeto 03:102.01-006. © Escopo desta Norma Brasileira em inglés 6 0 seguinte. © Scope This Standard establishes the criteria and methods for measuring the ground resistance and the soil surface voltages in earthing systems. It defines the general characteristics of equipment that can be used for those ‘measurements and the criteria for evaluating the results This Standard also prescribes precautions to be fakon for the safety of the personnel involved. © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados v NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15749:2009 Medicao de resisténcia de aterramento e de potenciais na superfi em sistemas de aterramento 1 Escopo 4.4. Esta Norma estabelece os critérios e métodos de medigao de resisténcia de sistemas de aterramento e de potenciais na superficie do solo, bem como define as caracteristicas gerais dos equipamentos que podem ser uilizados nas medigdes e os conceitos para avaliagao dos resultados. 1.2 Esta Norma prescreve também os cuidados que devem ser tomados quanto @ seguranga do pessoal envolvido. 2 Referéncias normativas (Os documentos relacionados a seguir so indispensaveis a aplicagao deste documento. Para referéncias datadas, aplicam-se somente as edicdes citadas, Para referéncias nao datades, aplicam-se as edigdes mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5410, instalagdes elétricas de baixa tenséo ABNT NBR 5456, Elotricidade geral ABNT NBR 5460, Sistemas elétricos de poténcia IEC 61010-1, Safety requirements for electrical equipment for measurement, control, and laboratory use ~ Part 1: General requirements IEC 61857-1, Electrical safety in low voltage aistribution systoms up to 1 000 V a.c, and 1 500 V d.c. ~ Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures ~ Part 1: General requirements IEC 61557-5, Electrical Salely in Low Voltage Distribution Systems up to 1 000 V ac. and 1 500 V dc. ~ Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures - Part 5: Resistance to earth 3. Termos e definigées Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e defin 0 seguintes, igdes das ABNT NBR 5456 e ABNT NBR 5460, € 34 aterramento ligagdo intencionel de parte eletricamente condutiva terra, através de um condutor elétrico, 93) condutor de aterramento condutor ou elemento metalico que, nao estando em contato com 0 solo, faz a ligagao elétrica entre uma parte de uma instalago que deve ser aterrada e 0 eletrodo de aterramento ‘© ABNT 2009 - Todo os dros reservados 1 ABNT NBR 15749:2009 33 corrente de interferéncia (no processo de medieao de resisténcia de aterramento e de resistividade do solo) qualquer corrente estranha ao processo de medi¢0, capaz de influenciar seus resultados 34 eletrodo de aterramento Elemento ou conjunto de elementos do sistema de aterramento que assegura 0 contato elétrico com © solo © dispersa a corrente de defeito, de retomno ou de descarga almosférica na terra. 35 eletrodo natural de aterramento elemento condutor ligado diretamente a terra cuja finalidade original nao é de aterramento, mas que se comporta naturalmente como eletrodo de aterramento 38 maha de aterramento Conjunto de condutores nus, interligados ¢ enterrados no solo 37 Potenciais perigosos potenciais que podem provocar danos quando aplicados ao elemento tomiado como referéncia 2008) 38 potencial transferido ‘valor do potencial transferido para um ponto remoto de um dado sistema de aterramento 8108 39 resisténcia de aterramento de um eletrodo relagdo da tensao medida entre o eletrodo e o terra remolo e a corrente injetada no eletrodo 3.10 resistividade aparente do solo resistividade vista por um sistema de aterramento qualquer, em um solo com caracteristica de resistividade homogénea ou estratificado em camada, cujo valor ¢ utlizado para o calculo da resisténcia de aierramento desse sistema ant lade elétrica do solo resistividade do solo © resisténcia entre faces opostas do volume de solo, consistindo em um cubo homogéneo @ isdtrape cuja aresta mede uma unidade de comprimento 32 resistividade média do solo a uma dada profundidade valor de resistividade resultante da avaliacao das condi¢des locais @ do tratamento estatistico dos resultados de diversas medigdes de resistividade do solo para aquela profundidade, efetuadas numa determinada area ou local, © que possa ser considerado representativa das caracteristicas elétricas do solo 3.43 sistema de aterramento Conjunto de todos os eletrodos condutores de aterramento, interligados ou nao entre si, assim como partes metalicas que atuam direta ou indiretamente com a funcao de aterramento, tais como: torres e pérticos, armaduras de edificagdes, capas metalicas de cabos, tubulagdes e similares 3.44 5 tensao de passo diferenca de potencial entre dois pontos da superficie do solo separados pela distancia de um passo de uma pessoa, considerada igual a 1,0 m |ABNT 2009 - Todos 0¢ direitos reservados » 2. 2 2 2, 2, vod DOD ABNT NBR 15749:2009 3.15 tensao de toque diferenca de potencial entre uma estrutura metalica aterrada e um ponto da superficie do solo separado por uma distancia horizontal equivalente ao alcance normal do brago de uma pessoa. Por definicao considera-se esta distancia igual a 1,0 m 3.16 tensao maxima do sistema de aterramento tensdo maxima que um sistema de aterramento pode atingir relativamente ao terra de referéncia, quando houver ‘ocorréncia de injegtio de corrente de defeito, de retomo ou de descarga almosférica para 0 solo 347 terra de referéncia para um eletrodo de aterramento (ou ponto remoto) regiao do solo suficientemente afastada da zona de influéncia de um eletrodo ou sistema de aterramento, tal que a diferenca de potencial entre dois quaisquer de seus pontos, devido a corrente que circula pelo eletrodo para a terra, seja desprezivel. E uma superficie praticamente equipotencial que se considera como zero para referéncia de tensdes elétricas 4 Geral 4.1. Quando da ocorréncia de uma falta para terra numa instalagdo, as correntes dispersas pelo sistema de alerramento provocam 0 surgiment de diferencas de potencial entre: a) pontos da superficie do solo (tonsao de paso); ») partes metalicas aterradas da instalago e o solo (tenso de toque) - caso de estruturas-suporte, carcacas de equipamentos e outros; @) circultos que de alguma forma estejam ligados ao sistema de aterramento pontos distantes da superficie do solo ou outros sistemas de alerramento afastados (por potencial transferido), de modo geral. E 0 caso dos Circuitos de controle © comunicagao, cabos para-raios, blindagem de cabos de poténcia e outros conforme Figura 1 (© ABNT 2008 - Todos 0s direitos reservados 3 ABNT NBR 15749:2009 Lensearent toads “reads tice da maha de atamement ob eneaie Arca se frosrsin se elev0%0 ecorens 0 (Pedi Legenda I, Corrente de ensaio (A) ¥,ElevagSe de potencial da malha de aterramenta (V) = = & = & = & = = & & Ey Tens8o de toque (V) Fp Tenses de passo (V) h—_Profundidade da maiha de aterramento (m) ¢ Figura 1 — Tensdes que podem aparecer em uma instalacao ee 4.2 A medie3o no campo 6 0 procedimento mais eficaz para verificagao dos valores da resisténcia éhmica do eletrodo de aterramento dos valores dos potenciais de passo e toque calculados em projeto, para determinagao de valores com finalidade de pesquisa, verificagao de niveis de seguranca em instalagées antigas ou, ainda, em ensaios de comissionamento de instalagdes novas. Assim, a resisiéncia do eletrodo de alerramento © 08 potenciais na superficie do solo de uma instalagao sao grandezas a serem medidas, visando basicamente’ 4) _verificar a eficacia do eletrodo ou do sistema de aterramento; b) definir alteragSes para um sistema de aterramento existente; 4 /ABNT 2009 - Todos 0s airotos reservados ABNT NBR 15749:2009 ©) detectar possiveis tensdes de toque e passo perigosos; 4) determinar a elevago de potencial do sistema de aterramento em relacdo ao terra de referéncia, objetivando garantir a protegao do pessoal que mantenha ou ndo contato com as instalagdes, circuitos de comunicacdo, controle e outros, NOTA _ Nesta Norma dois métodos de medigao so apresentados: método da queda de poiencial e metodo da queda de potencial com injecao de alta corrente 5 Seguranca 5.1 Durante as medigdes Medidas de seguranga devem ser tomadas para diminuir 0 risco de acidentes relativos a potenciais perigosos que possam ocorrer nas proximidades de sistemas de alerramento ou em estruturas condutoras aterradas. ‘Como medidas de seguranca, recomendam-se: a) utilizar calgados e luvas com nivel de isolamento compativel com os valores maximos de tensdo que possam ‘ocorrer no sistema sob medicao; b) evitar a realizagdo de medigdes sob condicdes atmosféricas adversas, tendo em vista a possibilidade de ‘ocorréncia de descargas atmosféricas; ©) evitar que pessoas estranhas ao servigo e animais se aproximem dos eletrodos utiizados na medigdo. 5.2 Dos equipamentos utilizados Em 6.35 € CA esto especificados os requisitos aplicaveis aos aparelhos destinados a medir a resisténcia de aterramento utiizando uma tensdo de c.a. AS limitagdes de tensdo elou corrente estabelecidas garantem a seguranca dos operadores durante @ madigao sem exigéncias adicionais. Autiizacao de equipamentos de medigao em desacordo com os requisites do Anexo C toma necessaria a adogao de medidas de seguranca adicionais, tais como as utlizadas para trabalhos em areas energizadas. 6 Medigao de resisténcia de aterramento 6.1 Método da queda de potencial 644 Pri © método da queda de potencial é recomendado para medica de resisténcia de aterramento através de equipamento especifico (terrémetro). © método da queda de potencial consiste basicamente em fazer circular uma corrente através da malha de atetramento sob ensaio por intermédio de um eletrado auxiliar de corrente e medir a tensao entre a malha de aterramento 0 terra de referéncia (terra remoto) por meio de uma sonda ou eletrode auxiliar de potencial ‘conforme indicado na Figura 2. ‘© ABNT 2008 - Todos 08 eto reservados 5 ABNT NBR 15749:2009 TERREMETRO ‘Sond ou leone lero aunt Serene oestrce ensse Sevorenie Legenda 1 Corrente de ensaio 5 Bore para a sonda ou elettodo aunlar do potoncial ra Bore para 0 eletrodo auxilar de corrente E Borne para a matha de alerramento sob media. Figura 2— Método da queda de potencial = 612 Circuito de corrente O eletrodo de corrente ¢ constituido de uma ou mais hastes metélicas interligadas ¢ cravadas firmemente no solo, 2 fim de gatantir a menor resisténcia de atarramento do conjunto. Em C.3.3 indica-se a maximo valor que um temOmetro deve admitir para a resisténcia de eletrodo auxiiar de corrente, 6.1.3 Circuito de potencial O eletrodo de potencial é constituido de uma ou mais hastes metaiicas inierligadas @ cravadas fimemente no solo, a fim de garantir a menor resisténcia de aterramento deste eletrodo, Em C.3.3 indica-se 0 maximo valor que um terrmetro deve admitir para a rosisténcia de aletrodo auxilar de potencial 6.14 Procedimento No processo de medica, 0 eletrado de potencial deve ser deslocado ao longo de uma diregao predefinida, a partir > > 2 2 2, a PPR 2 2 ABNT NBR 15749:2009 instrumentos de banda estreita séo também altemativas vidvels. Para os instrumentos que utllizam uma corrente de frequéncia superior a industrial, recomenda-se, além de utilizar filtro de banda e do sistema de retificago sincrdnica, que cumpram com a equaco abaixo: (2n+1) po Gatt p Ql onde F 6a freqiiéncia do instrumento, expressa em hertz (H2): f €2 frequéncia industrial, expressa em hertz (Hz): a 6ndmero inter Em C.3.3 @ determinado 0 valor maximo de tensiio espiria, provocada por corrente parasita, minimo admissivel para um medidor de resistencia de aterramento sem provocar erro. 6.1.11 Limitagées na aplicago do método da queda de potencial 641.114 Em determinadas situacdes torna-se muito dificil ou mesmo impossivel a aplicagao do método da queda de potencial conforme descrito anteriormente. Entre estas situagdes, destacam-se as seguintes: 2) _instalagdes urbanas em regides densamente povoadas: em regides densamente povoadas, freqiientemente 6 impossivel langar 0s circuitos de corrente ¢ potencial nas distancias necessarias para se fazer uma medig0 confidvel; b) sistemas de aterramento de grandes dimensées’ a medicdo da resist8ncia de aterramento de sistemas de grande porte apresenta varias diffculdades. A mais evidente & a nevessidade de se estender os circuitos de corrente © potencial a distancias muito grandes, as vezes de varios quildmetros, o que dificuta enormemente a medigao. Outro aspecto importante & que estes sistomas apresentam, usualmente, resisténcias de aterramento muito baixas (inferiores a 1,0 0). Nestes casos, a incerteza quanto aos resultados oblidos em decorréncia de varios fatores (acoplamento, impedancias 4e circuito de ensaio, sensibilidade do instrumento e outros) pode ser apreciavel. Além disso, em sistemas de aterramento de grandes dimensdes, a reatancia pode ser significativa quando comparada com a resisténcia e, neste caso, é mais adequado analisar a impedancia (que € fungdo da freqiiéncia) cuja medi¢ao deveria ser feita injetando-se correntes com frequéncias préximas de 60 Hz. 6.1.11.2 Nos casos de subestagdes onde so evidentes as limitagdes apresentadas em 6.1.11.1-a) € 6.1.11.1-b), existe a alternativa de se utilizar como circuito de corrente uma linha de transmissao desenergizada que chegue @ instalagao e, come circuito de potencial, um circuito de comunicago (por exemplo: telefénico), ‘9u mesmo uma linha de transmissao cuja rota seja afastada do circuito de corrente, 6.1.11.3 A utlizagao de instrumento em alta freqiiéncia entre 20 kHz © 30 kHz permite a obtengéo de patamares em menores disténcias em comparacéo com as distancias obtidas com frequéncias proximas a industrial 6.41.114 _ Entretanto, tais solugées so muito mais adequadas ao método de injegdo de alta corrente, descrito em 62. Tal método, em fungdo dos niveis bem mais elevados de correnie injetada no sistema de aterramento, associado a procedimentos para correcdo dos resultados, pode propiciar medicbes bastante confidveis, superando as mitagbes inerentes ao método da queda de potencial (© ABNT 2009 - Todos 08 diretos reservados "1 ABNT NBR 15749:2009 4 6.2 Método da queda de potencial com injegao de alta corrente 6.2.4 Principio © método consiste em circular uma alta corrente entre o sistema de alerramento sob ensaio e 0 solo, através de um eletrodo auxiliar de corrente, medindo-se as poienciais na supericie do solo, oblendo-se a resistencia de aterramento, © metodo de injegao de alta corrente @ recomendado para a medigSo dos potenciais na superficie do solo, bem como da resisténcia de um sistema de aterramento particular ou impedancia de um sistema de aterramento global (envolvendo subestagdes com cabos para-raios das linhas de transmissao, neutra de alimentadores © outros), Havendo limitagGes importantes na aplicagao do mélodo da queda de potencial com baixas correntes, a injacao de alta corrente consiste em altemativa confiavel para a determinagao da resisténcia ou impedancia de sistemas de aterramento. 6.2.2 Circuito de corrente Oeletrodo de corrente, de modo geral, consiste numa torte, um trecho de uma linha de transmissao, numa malha de aterramento de subestagéo adjacente ou malha de aterramento auxliar construida especificamente para este fim. Para nao limitar demasiadamente a corrente injetada, 0 eletrodo de corrente deve ter uma resisténcia baixa, de valor compativel com o sistema de medigao. Para se evitar a superposi¢do entre as regiées de influéncia, a conexdo do circuito de corrente com o eletrodo de ccorrente deve estar a uma distancia minima superior a cinco vezes a maiar dimensao do sistema de aterramento sob ensaio; observa-se que esta distancia é fungéo da configuragdo do sistema de aterramento, do sistema elétrica € do tipo de solo. O procedimento usual ¢ utilizar como citcuito de corrente as fases de uma linha de transmissao desenergizada pertencente @ instalacao sob ensaio, ligando-as @ estrutura (simulando um curto-ciculto) a uma distancia adequada do sistema de aterramento, conforme indicado na Figura A.1 623 Circuito de potencial Oeletroda do potencial consiste em uma haste metalica cravada firmemente no solo, No proceso de medieao, 0 eletrodo de potencial S deve ser deslocado radialmente, a partir da periferia do sistema de aterramento sob ensaio F, fazendo-se a leitura da tensdo entre Se F com um voltimetro de alte impedancia de entrada, rererrrerererrrererrrerrrrrer reer Tendo em vista a caracteristica fisica do eletrado de corrente (usualmente, uma linha de transmissdo (LT) desenergizada), 0 eletrodo de potencial deve se desiocar numa direcac que faga um Angulo entre 90° © 180° ‘em relagao a direcdo do eletrodo de corrente, para evilar possiveis acoplamentos entre os dois circuitos. et Aresisténcia do sistema de aterramento sob ensaio F 6 so exclusive - Koblite SIA -11.134.145/0 1] one fs toate moat, nes emote AF scorer histor de sloramaro hens expsee am amples NOTA Para efoto da mecigao da resistencia de aterramerto, quanto maior a corrente injotada, malor a confabildade dos valores ebiides, devia a menor infiuBncia rolativa das eacrentes de interferéncia, Entratanto, além das possivais limtarSes a fonte de injogao de corrente, existem os problemas retalivos 2 soguranca do pessoal envolvide nas medigoes. 12 © ABNT 2009 - Todes 8 direitos reservados ABNT NBR 15749:2009 6.2.4 Medicdes em sistemas de aterramento interligados 6.2.4.1 Conforme ja dito anteriormente, os ensaios de injegdo de corrente se aplicam especialmente as malhas de aterramento de subestagdes, usinas @ outros. Nestes casos, por razbes praticas, de modo geral, @ corrente @ injetada exclusivamente entre a malha e o eletrodo de corrente auxiliar, desconectando-se daquela todos os caminhos alternativos de retorno. Entretanto, muitas vezes ha interesse em se verificar comportamento do sistema de aterramento como um todo, envalvendo nao so a malha, mas também os cabos para-raios, de linha de transmissao, neutros de alimentadores, blindagem de cabos de poténcia isolados e outros que porventura a ela estejam ligados em condigdes operativas normais, ‘A.Gnica maneira direta de se fazer esta verificagao 6 realizar os ensalos de injecdio de alta corrente com todos os ‘caminhos de retomo ligados a malha, conforme indicado na Figura 6, selecionando-se uma linha de transmiss30 como circuito de corrente. NOTA No caso de se ter varias lithas de transmisso saindo da subestaco, a rigor, @ simulacdo de curto-crcuito (circuito de corrente) deveria sor feita om cada uma delas, verificando a influéncia do acoplamento da LT com as correntes de retorno polo solo, na distibuicdo de corrente pelos condutores da malha e, portanto, nos potenciais na superficie do solo. Contudo, devido as dificuldades inerentes, tal procadimento raramente 6 uilizado, >in oy 5. iow: ten F-Aily suet sua? ) Pode-se usar come eetrode aur outa subestagsc 2 atic da 2 aubesagso dove ser mar quo 20. ) sbi is ns om os no pes"— cama abet Figura 6 — Método de injecdo de grandes correntes ®ABNT 2008 -Tados 08 diretos reservados 13 0 (Pacide 19478: args ABNT NBR 15749:2008 62.4.2 As correntes retomando pelos diversos caminhas do sistema de aterramento interligados (para-raios de L's, neutros de alimentadores e autros) padem ser determinadas diretamente através de amperimetros para corrente eficaz. Entretanto a corrente que retorna pela malha n&o pode ser determinada diretamente. Um procedimento aplicave! ¢ instalar um circuito de medigae diferencial através de transformadores de corrente (TC) nos diversos caminhos de retorno, confarme indicado na Figura 7. NOTA —_Devido as grandes areas abrangidas pelos sistemas de aterramento interigados, pode ser necesséria a utilizagao do uma das fases da linha de transmisso coma circuit de potencial Te ‘a ay - re " . » e inte: te he Te a) LJ . 4 {Gabos praraios le fy srecadesma ‘Crouito 69 corronte mad Fonte ——6) Matha de tertamenta sob ensaia —) Ree 4 IM Legenda J, Corrente do onsaio (A) yy Corrente de malta (A) Ins ig Comrentes pelos cabs p8rs:raios (A) Reg Resistencia de aterramento da instalacso (2) Figura 7 —Monitoragao da corrente de malha 14 © ABNT 2009 Todos 0s dirotos reservados ereerere RKKPKP PRRRRR Re 7 ~ 2 2 2 2 :2009 6.2.5 Medigao em sistemas de aterramento com terrémetro tipo alicate 0 Anexo E descreve 0 prinaipio de funcionamento e aplicagao do citada medidor. 7 Medicao de potenciais na superficie do solo 7.1 Principio E aconselhavel que o levantamento dos perfis de potenciais na superficie do solo das tensdes de toque e passo seja realizado com injegao de alta corrente Para medicéo de tensdes de passo ¢ de toque em determinados locais, como casas, edificagdes simples ¢ locais onde nao ha suspeita de fortes correntes parasitas, também se pode introduzir a medigao com terrémetro comum, deixando para o fabricante a instrugao para medigao. Nas medigées de potenciais na superficie do solo devem ser utilizados voltimetro e amperimetro ou instrumento dedicado que cumpra com as condigdes descritas em 7.2 € 7.3. 7.2 Circuito de corrente © circuito de injecdo de corrente deve ser estabelecido de uma forma andloga & da medicéio da resisténcia de aterramento, devendo, quando. necessario, receber tratamento adequado com o objetivo de possibiltar ‘a circulagéo de um valor de corrente compativel com o sistema de medicao. 7.3 Circuito de potencial ‘As medigées de potenciais devem ser efetuadas nos pontos assinalados em projeto ou em regides estratégicas de subestagées existentes com voltimetro de alta impedancia de entrada, de modo geral, ndo inferior a 1 MOV (Particularmente adequados $40 os voltimetros eletronicos). 7.4Medicao da tensao de toque Esta medigdo deve ser feita entre a6 partes metalicas, estruturas metélicas, carcagas de equipamentos ligadas 20 sistema de aterramento sob ensaio 0 eletrodo de potencial cravado no solo conforme indicado na Figura 8, ou utiizando-se conforme indicado na Figura 10, a 1 m de distancia da parte metalica envolvida. (© ABNT 2008 - Todos 08 otis reservados 15 » ABNT NBR 15749:2009 Fa Conti da aha be - e vw Fis do ptona s na & ] | e | & an Uy — Pete 3 ton = 2a eon & NN | PR l — Pete na pete do oh Figura 8 — Medico de potencial de toque 16 © ABNT 2009 - Todos os dirotos reservados RHMHOSWVMPSHOSOSSHESEPSPH PELE ABNT NBR 15749:2009 7.5 Medicao da tensao de passo No caso das tensées de passo, a tensdo deve ser medida entre dois eletrodos de potencial cravados no solo © afastados em 1 m, conforme indicado na Figura 9, ou utilizando-se conforme a Figura 10. laa [—Bevarse de pot da maha wy Poteei na syportete do soo aim) Figura 9 — Medico de potencial de passo 7.6 Fonte de injegao de corrente 7.6.4 A fonte de injegdo de corrente deve ter poténcia © tenso adequadas para fornecer corrente suficientemente elevada, de modo a reduzir os eros nas medigées, devido as correntes de interferéncia que normalmente circulam no solo 7.62 A fonte pode ser um grupo motor-gerador ou um transformador isolador (abaixador ou nao) ligado a uma rede primaria ou secundaria de distribuig3o que passe nas proximidades do sistema de aterramento sob ensaio. No Anexo A apresenta-se um exemplo ilustrativo de montagem, utilizando-se um transformador com chave reversora, cuja finalidade ¢ inverter a corrente injetada, eliminando-se, através de calculos, o efeito das correntes de interferéncia (método sincrono a frequéncia industrial, ver A.1). 7.6.3 Erecomendavel que se utlize uma fonte de alimentagao com tensdo de saida ajustavel. 7.64 © Anexo B apresenta uma allernativa para se elevar a corrente injetada, reduzindo-se a impedancia do circuito de corrente através de compensacéo capacitiva 7.8.5 © Anexo D apresenta alguns métodos aplicaveis no caso das correntes de interferéncia serem significativas em relago & corrente injotada no ensaio. © ABNT 2008 - Todos os direitos reservados 7 ABNT NBR 15749:2009 7.7 Comentarios e observagées adicionais para a execugao das medigdes em subestacées 7.71 Os cabos péra-raios e contrapesos de linhas de transmiss4o, neutros dos alimentadores, blindagem © capas metalicas de cabos isolados que chegam a instalagao devem ser desconectados do sistema de aterramento sob ensaio. 7.1.2 Para efeito de medigao dos potenciais na superficie do solo, quanto maior for a corrente injetada maiores sero as tensdes medidas e, portanto, maior a confiabilidade dos valores obtidos devido 4 menor influencia felativa das correntes de interferéncia. Entretanto, além das possiveis limitagdes da fonte de injegao de corrente, existem os problemas relativos a seguranca do pessoal envolvido nas medicBes. 7.7.3 Para produzir tensbes na superficie do solo desde fragdes até dezenas de volts, pode-se estabelecer ‘como regra pratica, uma tensdo de ensaio do geradorffonte de alimentagao da ordem de 100 V. 7.1.4 Os locais preferenciais para medigéo dos potenciais na superficie do solo sao os descritos a seguir: a) ¢ fato bem conhecido (¢ comprovado nao sé por simulagdes teéricas, mas também por ensaios de campo) que as maiores tensdes na superficie do solo (tensées de toque, passo e outros) surgem nas regides periféricas dos sistemas de aterramento. Assim, desde que, por limitacdes de tempo, nem sempre & possivel se fazer um mapeamento completo da instalagao, tal fato deve ser levado em conla na selegao das regides a serem investigadas. Naturalmente, o fato de selecionarem-se as regides periféricas como preferenciais nao significa que a regio central deva ser ignorada, mas sim que pode ser pesquisada com menor detalhe: NOTA No caso de sistemas de aterramento projetados com técnicas de esparamento no uniforme, onde a densidade do Condutores é muito maior na penferia do que no centro, a regiao central deve também ser investigada com rigor, tendo em vista a possiblidade de se encontrar tensdes signficativas nesta regido. b) outro aspecto importante diz respeito @ medicao das tensdes de toque nas partes metélicas aterradas conforme indicado anteriormente. Desde que, de antemdo, ndo se saiba em qual ponto, em tomo da parte metalica investigada, € obtida a maior tenséo, recomenda-se realizar varias medicoes (no minimo trés) em diregdes diferentes (particularmente as diregdes que se afastem dos condutores enterrados do sistema de aterramento e/ou as que se aproximem da periferia); ©) cabe lembrar que para os ensaios com todo o sistema de aterramento interligado, correntes acima de 100 A ‘so, de modo geral, necessarias para que as tenses medidas na superficie do solo sejam desde fragdes até dezenas de volts, 7.8 Corregao dos valores de tensdo medidos = As medidas devem ser referidas ao valor real de corrente de malha /,, determinada para a pior condigao de efeito para a terra. Desta forma obtém-se 2 equagao abaixo: Vela Te 14) onde Vg @ a tensdo real durante uma falha para a terra, expressa em volts (V); ¥,. 2 tensdo medida durante 0 ensaio, expressa em volts (V); Jy 6a corrente de maiha, expressa em ampéres (A); Exermplar para 1, @a.cortente de ensaio, expressa em amperes (A), 18 (© ABNT 2009 - Todos os dretos reservados ABNT NBR 15749:2009 7.9 Determinacao das resisténcias de contato pé-brita (ou solo) 7.9.1 Uma das investigagSes que podem ser realizadas no ensaio de injecdo de corrente é a determinagao da resisténcia de contato pé-brita (ou solo), bem como a tensao aplicada diretamente sobre a pessoa, 7.92 Neste caso, utiizam-se dois pesos de 25 kg, barra de contato da base de 200 om? cada e duas resisténcias, uma de 1 000 © (simulando a resisténcia do corpo humano) outra de 3 000 £2, conforme montagem indicada na Figura 10. Para melhorar a resisténcia de contato peso-brita, @ comum utilizar-se um feltro umedecido solugo salina saturada. Além disso, é interessante fazer a investigagao com a brits primeiramente seca e depois molhada no ponto de medicao. 7.9.3 A tensdo que surge sobre a “pessoa” € a tensdo medida nos terminais da resistencia de 1 000 2. Para a determinagao da resisténcia de contato peso-brita, so necessarias duas medigdes: com a resisténcia de 1 000 © e com a resisténcia de 3.000 0. Reportando-se aos circuitos equivalentes representados na Figura 10, ‘as seguintes relagdes podem ser obtidas: a) no circuito para a tensao de toque, obtém-se as equagdes 5 ¢ 6: Vy Rey faVyg tole x [oT 1000" 2 Ve Re ax _, Rot 6 ** 3000" 2 & b) _resolvendo-se o sistema, obtém-se a equacao 7: Ren = 2A =Von) TY Vox) 7 (1000 3 000 c) no circuito para a tense de passo, obtém-se as equagies 8 ¢ 9 MK "4 000 Ve x2Rep [8] Vo Vi =Vs OR 1 = Van +3365 *2Rop 8] Resolvendo-se 0 sistema, obtém-se a equagao 10: Vay — Vax nl Max Vax) 1000 3.000) Rep = (10) Vix. @a tensdo medida nos terminais do resistor de 1 000 0, expressa em volts (V); Vix. @ a tensdo medida nos terminais do resistor de 3 000 ©, expressa em volts (V); Rox @ a resistencia de contato pé-brita, simulando a tensao de toque, expressa em ohms (2); Rcp@ a resisténcia de contato pé-brita, simulando a tensdo de passo, em ohms (2). NOTA Na realidade, a tenso Fx aplicada com uma resisténcia de 1 000 © ndo é exatamente a mesma que a existente no caso de 3.000 0, tendo em vista nfo sa tratar de fonte de tenso constants e sim resultado de queda de tensdo provocada pla dispersdo da corrente pelo solo. Contudo, a aproximago considerada 6, para fins préticos, admissivel ‘© ABNT 2009 - Todos 0s direitos reservados 19 ABNT NBR 15749:2009 nde: - estrutura metsieasterada yr Rep Rep Me Legenda 8 solo Bpedra brtada (brita) F — feltro embebido em aguae sal P peso de 25kg L 1,0 mparatensdo de paso ¥_voltimetro eletrénico Figura 10 — Medica das tensdes de toque e passo 20 (© ABNT 2009 - Todos os dietos reservados © 0 tke Sy TKR sy — © e rrrreerere PEPPornner yee www wee ¥ Vd ae E 009 8 Medigées em instalagées energizadas Cada vez mais é necessario realizar medigées com instalagdes energizadas, de modo a manter a continuidade do servigo. Esta situaco tem importancia maior quanto maior é 0 impacto da descontinuidade do servico. Isto feito, devem ser adotadas providéncias para que seja possivel realizar as medigies sob diversos condicionantes, que sao determinantes nesse tipo de atividade. Além disto, as medigdes em instalacdes energizadas introduzem situagdes e peculiaridades que ndo exisiem ou sd0 muito inferiores quando ndo esto energizadas, como, por exemplo, a presenca de tensdes entre neutro e terra ou ruidos e harménicas. Assim, toda medigéo de aterramento a ser realizada em instalagdes energizadas deve ser realizada apenas se todos 08 condicionantes dos ilens a seguir forem obedecidos. Adicionalmente, todos 0s preceitos citados anteriormente nesta Norma devem ser seguidos e, quando necessario, adaptados a situac4o de instalacoes energizadas. A escolha do método de medigao deve levar em consideragao aspects de seguranga dos profissionais, praticidade de medi¢ao e 0 seu escopo, seja ele voltado ao estudo de fendmenos em frequéncia industrial ou de transitérios. A etapa de planejamento é crucial na definigao do método a ser utilizado. 8.1 Condigées de seguranca em instalagdes energizadas Toda instalagao energizada esta sujlta a eventos dos sistemas aos quals esta conectada, ou seja, pode estar sujeita a curtos-circuitos, elevagées de potencial ¢ sobretensdes transilérias. Em especial, qualquer instrumento conectado a esta instalagao também estara sujelto a tals sobretensbes e, portanto, tera em seus dornes tensdes elevadas e perigosas para os seres humanos @ equipamentos. Deve-se considerar que os circuilos de medida envolvidos no processo de medigao estarao_sujeitos, por consequéncia, a elevadas tensdes. O circuito de corrente, caso utilizado, trara um problema adicional: ele estard sujeito as tensbes de transferéncia, chegando ao limite da elevacao de tenso da malha (Ground Potencial Rise - GPR), ou seja, & maior elevago de potencial do sistema. Portanto, ¢ necessério prover a todos os circuitos envolvidos na medi¢a0’ de protecaio de sobretensao © sobrecorrente, através de dispositivos adequados as tensdes e correntes envolvidas. A malha auxiliar de corrente entao também tera sua elevagao de potencial e criara tensdes perigosas ao seu redor, com possiveis tenses de passo e toque perigosas. Essa malha, portanto, deve estar sob supervisao e sinalizada, 0 eletrodo de potencial, caso exista, também estaré sujelto a potencials perigosos e, portanto, também deve estar sob supervisdo e sinalizado. Todos os cabos também estardo sujeites a tensOes perigosas e sua isolagdo deve ser adequada aos niveis de tensdo envolvidos. No se deve permitir a aproximacao de pessoas aos circuilos de medigao. Os profissionais envolvidos na medigéo devem utilizar equipamentos de protege individual (EPI) adequados as tensdes que serao desenvolvidas em situagdes de curto-circuito. Deve-se expor pelo minimo tempo possivel os profissionais as situacdes de risco, adotando-se chaves seccionadoras ou disjuntores para abrir os circultos de ‘mediedo envolvides. Desta forma esses circultos estarao energizados apenas nos instantes quando a medi¢ao € ‘ofetivamente realizada. 8.2 Condigées especificas para realizagdo de medi¢des em instalacées energizadas As instalagdes energizadas estéo sob forte influéncia dos sistemas aos quais se conecta. Deve haver tensdes ¢ correntes fluindo pelos diversos elementos do sistema de aterramento, e deve-se considerar os efeitos das harménicas e sub-harménicas, caso existam. Pode ser dificil desconsiderar essas influéncias no processo de medigao, caso nao sejam adotadas agdes mitigatérias descritas em 8.2.1 2 8.2.6. 8.2.1 Planojamento e programacao Toda medigao om instalagdes energizadas deve ter um cuidado maior nas etapas de planejamento e programagao, ‘Toda a instalagdo deve ser inspecionada, e todas as conexdes entre os elementos do sistema de aterramento ‘© ABNT 2009 - Todos 0s ditt reservados 24 ABNT NBR 15749:2009 devem ser identificadas, inclusive aquelas provenientes de blindagens de cabos de poténcia, Deve-se avaliar a possibilidade de estas conexdes estarem ou nao efetivas. As areas envolvidas devem ser previamente escolhidas, assim como 0 encaminhamento dos cabos ou a utilizagao de estruturas de linhas de transmissao (cabos fase ou guarda), A etapa de planejamento deve determinar o métoda de ensaio a ser utilizado. A possibilidade ou ndo de desconexao de elementos do sistema de aterramento, a dificuldade de utlizacdo de circuitos de medicao etc, devem ser verificadas e consideradas nessa etapa. 8.2.2 Divisao da corrente pelos elementos do sistema de aterramento © sistema de aterramento de uma instalacdo energizada pode estar conectado a diversos elementos de alerramento, como neutros de alimentadores, cabos-guarda, blindagens de cabos de poléncia e interligagdes entre malhas. Essas conexdes possibilitam uma divisdo da corrente de curto-circuito e, portanto, de correntes injetadas em medig6es de aterramento. Essa diviséo pode ser fundamental na determinago da corrente que efetivamente flui peta malha para o solo. Isto significa que, escolhida a metodologia de medicao, pode ser necesséria a desconexdo dos circuitos de aterramento da malha a ser medida, ou escolher um método alternativo que permita a medi¢ao simultanea das correntes que fluem pelos diversos elementos, para que seja considerada apenas a corrente que flui da matha para o solo. A desconexto dos elementos do sistema de aterramento deve ser realizada com procedimentos adequados a instalagdes energizadas, como aterramentos temporarios, pois estara abrindo correntes de valor consideravel E estas correntes serao téo maiores quanto maior for o desequilibrio do sistema, incorrendo em maior corrente do neutro para o sistema de aterramento, e maior para cada elemento desconectado. O ultimo elemento deve ter, portanto, a maior corrente de circulagao, & Especial atengfio deve ser adotada quando da desconexo de cabos ou conexbes que podem estar corroidos ou mecanicamente deteriorados. Cabos-guarda sob tensdo mecanica so potencialmente perigosos quando da sua desconexao, e podem romper-se e cair sobre os cabos de fase, causando tensdes perigosissimas diretamente ros profissionais envolvides. Essas desconexdes devem ser planejadas e executadas sob rigorosa supervisdo, ‘A desconexao de elementos do sistema de aterramento da instalagao nao deve ser um fator impeditivo na escolha do método de medi¢ao, mas pode ser determinante na sua definigao. Caso soja necessaria a desconoxao, ola pode ser realizada, desde que obedecidas as condi¢ves de seguranca para essa tarefa, Em casos onde a desconexao de elementos seja perigosa ou de dificil execugdo, deve-se adotar outro método de medicao, com a instalapao energizada ou nao, em que a desconexao nao seja necesséria NOTA No se deve desconectar os neutros dos translormadores de poténcia, sob pena de deixar os sistemas isolados @, portanto, sem referencia de terra, inclusive com impossibiidade de delecca0 de corrente de curto-circuito pelos relés do protegao da instalacdo. 8.23 Ruidos e tensdes Koblite S/A -11.134.145/0007-00 (Pedido 194783 As instalagdes energizadas estao sujeitas a ruidos e tensdes, espurias ou de desequilibrio, harménicas ou outras. Esses ruidos introduzem uma dificuldade adicional e podem até impossibiltar determinados métodas de ensaio. Os medidores devem suportar 0s ruidos e ser seletivos com os sinais injetados, de modo a filtrar os resultados decorrentes do sinal injetado. Caso os ruidos ou mesmo os niveis de tense entre terra e neutro impossibilitem ou dificultem sobremaneira 0 ensaio, deve-se adotar a utiizagao de métodos e/ou equipamentos compativeis com as condigSes de seguranga locais ou a medigao ser realizada apenas com a instalagao desenergizada. Um equipamento para efetuar esse tipo de ensaio deve ter sensibilidade suficiente para detectar tensdes da ordem de milivolts (mV) geradas pela injecao de corrente da ordem de dezenas de miliampéres (mA), ® seletivamente filtrados dos ruidos presentes no sistema, 22 (© ABNT 2009 -Todes os direitos reservados er LOK KK LI & € © & & & & € e e € e e e & e e e e & e € e € ABNT NBR 15749:2009 824 Religamentos No periodo em que a instalacao estiver sob ensaio, deve-se bloquear os religamentos dos circullos aos quais se conectam a instalaga0. Depois, torna-se necessario contaclar as areas de operagdo das concessionarias envolvidas para que os circuilos que se conectem a instalagao tenham seus relés de religamento desabilitados, de modo a bloquearem imediatamente no primeiro evento que houver na rede. A injecdo de grandes correntes pode sensibilizar os relés de alta sensibilidade. Deve-se considerar possibilidade da atuaco desses relés quando da injec3o da corrente de ensaio. 8.2.6 Possibili jade de retorno remoto Deve-se avaliar a possibilidade de haver uma energizacdo remota em instalagdes conectadas a instalagao sob ensaio. Caso exista, como no caso de geragao em ponios intemos ou externas a instalagdo, essa possibilidade deve ser considerada como tal ou deve-se proceder a desconexao do circuito sob suspeita. 8,3 Métodos adequados a medicao de aterramento de instalagées energizadas Os métodos de queda de potencial, de medicao simultanea de correntes do sistema ou de injegao de corrente de altas freqiiéncias sao possibilidades a serem consideradas para a realizagao destes ensaios, alem de outros que obedegam aos critérios citados. (Os métodes descritos nas segdes anteriores. podem ser adequados as medicoes de instalacdes energizadas, desde que obedecidas as condigdes descritas em 8.1 e 8.2. Outros métodos podem ser utlizados, desde que ‘obedecidas as mesmas condigdes e que 0s resultados possam ser separados dos efeitos das correntes ¢ tensdes {que fluam pelos sistemas. Cada método possui caracteristicas mais adequadas ao escopo final e facilidades ¢ dificuldades que devem ser avaliadas quando do planejamento da medigao. ‘© ABNT 2008 - Todos 08 direitos reservados 23 1148/0001-00 (Peaido 194783 ABNT NBR 15749:2009 Anexo A (normativo) Método sincrono a freqiiéncia industrial e-@ 5 Cato pirates Legenda CH AVGH 6 chaves para inversdo de polaridade da fonte com Intertravamento CHC chavo de by-pass da Fonte 16(A)_cortente de ensaio Ree _resisténcia de atorramonto da instalagao R resisionca de atorramonto das estruturas da nha do transmissa0 Figura A.1 — Método sincrono a freqiiéncia industrial ~ Circuito de corrente AA A ccorrente de ensaio na freqiéncia de 60 Hz deve ser fornecida por uma fonte em que se possa mudar a polaridade, por exemplo, transformador. Inicialmente devem ser medidas a corrente de interferéncia /,¢ a tensao de interferéncia ¥, com 3 fonte de alimentagao desconectada. A fonte de alimentagao ¢ ligada e so lidas atensao ¥, © acorrente /, 2 _Invertendo-se a polaridade da fonte, sao feitas as leituras da tensdo Ve da corrente /,, A3 Acorrente de medigao /, fomecida pelo sistema de alimentacao e a tensdo V, provocada pela passagem dessa corrente pelo sistema de aterramento sao calculadas pelas equagbes a seguir: 24 ‘© ABNT 2009 - Todos os dreios reservados ABNT NBR 15749:2009 (12) € a corrente de ensaio, expressa em ampéres (A); 6 a corrente de medigo numa determinada polaridade, expressa em amperes (A) € a corrente de medigo de polaridade defasada de 180° da corrente J, expressa em ampéres (A): 6 a corrente de interferéncia, expressa em ampéres (A): €.a tensdo de ensaio, expressa em volts (V}; 6a tensdo de medi 10 numa determinada polaridade, expressa em volts (V); @ a tensdo de medigdo de polaridade defasada de 180° da tensdo ¥,, expressa em volts (V) 64 tensdo de interferéncia, expressa em volts (V). Ad A Figura B.1 exemplifica o circuito de corrente utlizando-se 0 métedo sincrono a frequéncia industrial para eliminagao de interferéncia. © ABNT 2009 - Todos 08 direitos reservados 25 134.145/0001-00 (Pedide 194783 im lusivo - Ke ABNT NBR 15749:2009 Anexo B (normativo) Compensagao capacitiva B.1_ Pode ser estabelecida uma compensagao capacitiva visando diminuir a impedancia da linha de transmisso utiizada para servir de circuito de corrente (ver Figura B.1). Legenda Ry(Q/Km) resistencia de seqiiéncia zero X6(@/Km) reatincia indutiva de seqiéncia zero uke) ccomprimento de crcuite de corrente ColuF) capactténcia de compensagso Figura B.1 — Esquema basico da configuracao de um circuito de corrente com compensagao capacitiva B.2_ No caso do circuito de corrente utlizar-se das trés fases interligadas de uma linha de transmissdo por um determinado comprimento, tem-se 2 equacao abaixo: Ken =Xq%L 13] conde Noy 6 reatancia indutiva de sequéncia zero, expressa em ohms (0); X 6 a reatncia indutiva de seqiéncia zero por unidade de comprimento, expressa em ohms por quilometro (A/km) 6.0 comprimento do circuito de corrente, expresso em quildmetros (km). 26 © ABNT 2009 - Toss 08 dretes reservados ¢ e © e& € € “ € €& « € € & KK LI RPV HPCE HOLES ABNT NBR 15749:2009 B.3 Na corregao da reatancia indutiva para freqiéncia da fonte deve ser ullizada a seguinte equagao: Xu = (14) onde ("a1 6a reatncia indutiva de seqiéncia zero para freqiiéncia da fonte de medigao, expressa em ohms (0) J’ @afrequéncia da fonte de medi¢ao, expressa em hertz (Hz); f 6a freqiéncia industrial, expressa em hertz (Hz). B.4 0 valor da capacitancia de compensacao é dado pela seguinte equacao: 10° — ~ 2xHxf'xXy, (18) onde Co @a capacitancia de compensagao, expressa em microtarads (uF) ‘© ABNT 2008 - Todos 0¢ crits reservados 27 ABNT NBR 15749:2009 Anexo C (normativo) Especificagdes dos equipamentos para a medigdo de resisténcia de aterramento para sistemas elétricos de baixa tensao (até 1000 Vem c.a.e 1500 Vem c.c.) C.1 Escopo e campo de aplicagao Este Anexo define os requisitos aplicaveis aos equipamentos destinados a medir a resisténcia de atorramento e/ou resistividade especifica do solo, utiizando uma tensao de c.a. C.2 Termos e definigées Para os efeitos deste Anexo, aplicam-se 0s termos @ definigSes da Segao 3 @ os seguintes. 24 tensdo de medida tensdo existenle entre os bornes (F) ¢ (5) do equipamento de medigao 22 tensao de interferéncia em modo série jonsaa alheia ao sistema que esta superposta 3 tens3o de medida 783 Impresso: 2/09/21 c23 resisténcia total de aterramento resisténcia entre © bore principal do aterramento e terra de referéncia 0001-0 C.3 Requisitos Além dos requisitos de seguranga que devem nortear o projeto de qualquer equipamento de medigao, aplicam-se (08 abaixo indicados. iad €.3.1 A tensao de saida presente nos bornes (£) ¢ (H) deve ser uma tensdo alternada < Tanto a freqdéncia como a forma de onda do sinal, deve ser escolhida de maneira que as interferéncias elétricas, em particular as procedentes de instalagdes funcionando a frequéncia da rede de distribuicao (60 Hz), nao afetem 05 resultados das medigdes de forma excessiva. €.3.2 0 fabricante do equipamento deve mencionar no manual de instrugdes se a influéncia das tensées perturbadoras de c.a. na freqUéncia industrial ou continua ultrapassa os requisites indicados em 3.3. €.3.3 Dentro do campo de medida marcado ou estabelecido, 0 maximo erro de operagdo em valor percentual nao deve exceder 30 % do valor medido (tido come valor convencional) e determinado segundo o estabelecido na Tabela 1 Exemplar para uso exch 28 ‘© ABNT 2009 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 15749:2009 O erro de funcionamento deve ser aplicavel dentro das seguintes condigées de funcionamento: — injegdo de tensdes de interferéncia no modo série para as freqléncias da rede de 60 Hz e 50 Hz ou para uma fensao continua entre os bores (£), (H) ¢ (5). O valor eficaz da tenso parasita em modo série deve ser menor que 3 V; a resisténcia de aterramento do eletrodo auxiliar de corrente e da sonda de potencial nao deve ultrapassar 100 vezes a resisténcia que se pretende medir, para um maximo de 50 k0. €.3.4 O aparelho de medida deve permitir determinar se as resisténcias maximas admissiveis dos eletrodos auxiliares de corrente ¢ tensao sao ultrapassadas, €.3.5 Durante as medidas, nao devem aparecer tensdes de contato perigosas. Este objetivo pode ser alcangado alravés de um projeto adequado da fonte de tensao de saida medianto as sequintes providéncias: limitar 0 valor da tensdo de saida de circuito aberto a um valor eficaz de 50 V ou um valor de pico de 70 V: NOTA _ Estes valores, quando 0s ensalos forem realizados em locals com terrenos dmidos, ndo devem ultrapassar um valor eficaz de 25 V ou um valor de pico de 35 V, como indicado na Tabela C.2 da ABNT NBR 5410:2004. quando o valor da tensfio de saida de circuito aberto exceder 50 V eficazes ou 70 V de pico (25 Vou 35 V {de pico conforme NOTA acima), 0 equipamento deve limitar 0 valor maximo da corrente injetada no terreno a7 mA eficazes, ou 10 mA valor de pico; — quando a condigao anterior ndo se cumprir, deve produzir-se uma interrupcdo automatica do processo de medida nos tempos admissiveis que se indicam na Figura 1 da IEC 61010-1:1990. NOTA Esta Norma aplica-se a0 projeto e fabricagdo de equipamentos dedicados & medigo da resistencia de atorramento das instalagies de baixa tensdo (até 1 000 Ve.a ou 1 600 Vcc) como indicado no comego deste Anexo. Porianto os ‘equipamentos destinados & medigao da resisténcia de aterramento de subestagdes ou torres de linhas de transmissao de energia ficam fora do escopo deste Anexo. A aplicacao deste Anexo em baixa tenso independe da condicao de energizacao ‘ou nao da instalagao sob ensaio. O contetido deste Anexo visa evitar acidentes etricos potencialmente fatais com 08 operadores ou as pessoas presentes na vizinhanga. €.3.6 0 usuario ndo deve estar exposto a uma tensdo que exceda a tensdo de contato admissivel e o aparelho de medi¢so nao deve sofrer danos quando qualquer borne disponivel para conexao a rede de alimentacao for conectado a uma tens&o igual a 120 % de sua tensdo nominal. Os dispositivos de protegdo no devem ser ativados. C.4 Marcagées e instrugées de funcionamento C44 Marcagées ‘Além da marcago definida na IEC 61557-1:1997, 0 equipamento de medicao deve ter as seguintes informacdes marcadas sobre ele, de forma indelével: a) tipo de equipamento; ) unidades da magnitude de medida; ©) campos de medica J) tipo de fusivel e corrente marcada para fusiveis intercambiaveis; ©) tipo de bateria, o acumulador @ polaridade da conexao no local da bateria; © ABNT 2009 - Todos 03 direitos reservados 29 ABNT NBR 15749:2009 f) tense nominal da rede de distribuicdo e o simbolo para duplo isolamento de acordo com a IEC 61010-1 para equipamentos de medicao com alimentagao de rede de distribuigao: 9) nome do fabricante ou marca registrada; h) _ntimero de modelo, nome ou outros meios para identificar o equipamento (interna ou externamente); i) referéncia as instrugdes de funcionamento com o simbolo de acordo com a IEC 61010-1; a seguinte informagao deve ser indicada sobre o equipamento de medida, LAN 2) o campo de medida dentro do qual se aplica 0 erro maximo de funcionamento 1) 3) a freqiéncia da tensao de saida; 4) a designagdo dos bornes (se houver espago) ou conforme C.4.2.4: i) (E): bome da tomada de terra; 18/2008} li) (£9): borne do eletrodo mais proximo 8 tomada de terra; il) (5): borne do eletrodo auxiliar de tensdo; iv) (H): borne do eletrodo auxiliar de corrente. 2 C.4.2 Instrugdes de funcionamento Alem das indicagdes especificadas na IEC 61557-1, as instrugdes de funcionamento (manual) devem subministrar as informagées seguintes a} os campos de aplicagéio (por exemplo, para locais secos, Umidos ou outros, conforme Tabela 19 da ABNT NBR 5410:2004) dos apareihos destinados a medir a resisténcia de terra b) se for aplicavel, a influéncia das tensdes de interferéncia em modo série quando estas so superiores aos, valores indicados em C.3.3: ©) as indicagées relativas ao bom funcionamento do gerador manual (se for utiizado). & d) as designagdes dos bornes, quando diferem do indicado em c.4.1-4). C.5 Métodos de ensaio Dever ser realizados os ensaios de C.5.1a 0.56. 5.1 © erro de funcionamento deve ser determinado segundo 0 indicado na Tabela C.1. Neste método, 0 erro intrinseco dave ser determinado dentro das condigoes de referéncia seguintes: a) valor nominal da tens3o de alimentagao, b) quando se utiliza para alimentagao um gerador manual, a velocidade nominal em rpm ©) freqdéncia nominal da tensao de alimentacao para equipamentos de medida alimentados pela rede, segundo © indicado em C.3.3; 30 © ABNT 2009 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 1574: :2009 d) temperatura de referéncia, 23 °C + 2°C; €) posi¢ao de referéncia de acordo com o indicado pelo fabricante; f) resisténcias das hastes auxiliares, 100 Q; 9) tensao de interferéncia 0 V; fh) erro de funcionamento assim avaliado nao deve ultrapassar os limites especificados em C.3.3 5.2 Comprovar se as condigdes estabelecidas em C.3.5, referentes @ tensao em circuito aberto, a corrente de curto-circuilo e 0 retardo na desconexao se cumprem em cada um dos alcances disponiveis (ensaio de rotina) €.5.3 E necessério comprovar se as resisténcias maximas admissivels S20 superadas para as hastes auxiiares {ensaio de tipo). €.5.4 A protecao contra sobrecarga, de acordo com 0 indicado em C.3.6 (ensaio de tipo) ©.5.5 A conformidade com os ensaios desta parte deve ser registrada. Tabela C.1 — Calculo do erro de funcionamento ] Requisitos ou ensaios Erro intrinse¢® | Congigées de referéncia ou campo de | Cédigo de | S*9Undo segdesoU | Ting ye cymenninde funcionamente especiicade | designacao | ¢4,,cUMseeOes | ensaio IEC 61557-5 | Err intinseco | Condigbes de referencia a 564 [_R [Posigao | Posigao de roferéncia + 90° E, 1.42 R |Tensio de Jets2.22, | Nos ites insicados pelo abricante & 1.42.43 Jor Temperatura [0° e35° Es 142 T TTensio parasita , gansta parastt | Ver 42043 & | saaaa | oT | fe pe Resisténcia das [0 100 RA: | hastes auxiares Es 5,43 Jt ° orem < 80 ke Frequéncia d2 | o9 % a 101 % da freqigncia nominal E 5.43 t | : | —__| [Tensdo da rede [85 % a 110 % da tensto nominal & | 5.43 [7] | — — | | Ero e (a | | |femeionomento | B=#{|Al+1S Vet +63 + £3 +23 +63 + £3 +7 | | 5.43 R ‘A= ero intinseco | a : | R= ensaio de rotina valor convencional | T= ensaio de tipo | © ABNT 2009 - Todos 08 direitos reservados: au 28109) 194783 Impre ABNT NBR 15749:2009 €.5.6 Os equipamentos e seus acessérios devem estar projetados @ fabricados com dispesitivos de protegao dimensionados para categoria de tenso compativeis com as condigdes dos ensaios a serem realizados NOTA Para equipamento destinado a pesquisas em grandes profundidades alraves da medicao de resistvidade. Nestes casos pode-se considerar que sao aplicaveis todas as especificagées destinadas aos equipamentos para Medicdo de resisténcia de aterramento, exceto aquelas que limitam 0 uso por falta de sensibilidade ou por pouca tensao de sinal de teste, as quais se enumeram a seguir: Em C.3.1, a tensao poderia ser de uma freqiiéncia 180 baixa (alguns Hz) que em alguma literatura pode-se encontrar como de corrente continua chaveada ou com inverso de polaridade com frequéncia abaixo de 15 Hz. E desejavel que 0 equipamento possa cumprir com os requisites de C.3.2, C.3.3, C.3.4 e C.3.5, porém, a limitagao da tensdo até 60 V ou a corrente de curto-circuito a 7 mA podem ser superados para aleancar os objetivos de Medi¢a0 desejados. Para tanto, devem ser tomadas medidas de proteco individual visando minimizar os riscos de choque elétrico. feerrrrrrerererrerer rer or 32 (© ABNT 2009 - Todos os direitos reservados ed 2% cM Prat ue Stuswo ?, ABNT NBR 15749:2009 Anexo D (normativo) Método do batimento D.A Principio Via de regra, as medigbes descritas nesta Norma devem ser feitas a frequéncia industrial. Contudo, em areas que tenham sistemas energizados, onde ha corrente de desequilibrio circulando no solo, estas podem perturbar as medigdes. Assim, 6 recomendavel que a.corrente de ensaio seja a maior possivel, a fim de minimizar o efeito das correntes de interferéncia, Entretanto, no caso da utilizago de instrumentos tipo terrémetro para ensaios de aterramento, a corrente de ensaio é baixa. Assim, o terrémetro deve operar a uma freqéncia nao harménica da industrial. Quando nao for disponivel fonte de corrente de valor adequadamente alto para minimizar suficientemente as eventuais correntes de interferéncia, 6 indicado um dos seguintes métodos opcionais, D.2 Método do batimento D.2.1_ Este método envolve a utiliza¢do de uma fonte, por exemplo, uma unidade geradora de emergéncia, que fornega uma corrente cuja freqiiéncia seja de 0,1 Hz a 0,5 Hz acima ou abaixo da freqiiéncia industrial. D.2.2 Segundo a freqiéncia de batimento, a corente @ a tensao apresentam, cada uma, um maximo € um minimo, devido @ defasagem entre a corrente injetada /, as correntes parasitas criadas pelo sistema em funcionamento normal D.2.3 Se 0 tempo de resposta do instrumento de medigao for bastante curto para assegurar a obtengaio dos valores de corrente maximo @ minimo (Imax @ Iris), SMSO: 4 Umax Fin) Bara Ty > 116) in) ALB Ie F, 118) = 3 Van ao 1 = Wan -¥ rev 19 (oes ~Fomn) BARB Ve <1; (19) conde 1, € a corrente de ensaio, expressa em ampéres (A); 7, 6a queda de tensdo provocada pela corrente de ensaio, expressa em volts (V) Imax @ @ maxima indicagao de corrente, expressa em ampéres (A); (© ABNT 2008 - Todos 0s direitos reservados 33 ABNT NBR 15749:2009 Vinx 6 @ maxima indicagao de tensdo, expressa em volts (V}) Iain & & minima indicagao de corrente, expressa em ampéres. (A\) Ving, 6 € minima indicagao de tensao, expressa em volts (V) 1, 6a comente de interferéncia, expressa om ampéres (A); F; @ a tensao de interferéncia, expressa em volts (V). NOTA Os valores de 1, de ¥, ndo dependem dos valores de /,@ Fj. sendo que estes so medidos somente com o fim e determinar quais férmulas devem ser usadas 34 © ABNT 2009 - Todos 08 ciretos reserved ABNT NBR 15749:2009 Anexo E {informativo) Terrémetro alicate E.1 Principio de operagao principio de funcionamento de um medidor deste tipo consiste em um gerador de c.a. que aplica uma tensao numa bobina com .V espiras, cujo ndcleo ferromagnético envolve um circuito fechado como o indicado na Figura E.1, a qual representa a nica espira do secundario de um transformador com relagao N:1. A tensao aplicada na bobina produziré no circuito fechado uma forga eletromotriz (fe.m) conhecida, Figura E.1 — Injegdo de uma f.e.m num eircuito fechado, através da bobina Com outra bobina com (M) espiras, pade-se medir a corrente que circula no citcuito. Figura E.2 — Principio de funcionamento de um terrémetro alicate 35 ‘© ABNT 2009 - Todos 08 direitos reservasos ABNT NBR 15749:2009 Assoma das resisténcias R, + R, pode ser obtida pela relagdo entre a tensdo gerada e a corrente circulante. Quando , representar um conjunto de eletrodos em paralelo (condigao caracteristica de sistemas mulliaterrados), pode-se considerar R, muito maior que R, . Nesta condi¢ao, 0 instrumento indicara o vaior da resistencia de aterramento R, procurada. A Figura E.3 representa um sistema multiaterrado. Figura E.3 — Sistema multiaterrado O circuit elétrico correspondente pode ser representado pela Figura E.4 esse: 28/09/2009) = a 8. = ‘ Figura E.4 — Circuito elétrico & Noste circuito, o conjunto de eletrodos 2... esta substituind , da Figura E.2. Quando se aplica uma tensdo F no eletrado R, através de um transformador especial sobre o solendide, uma corrente / citcula através do circuito e podendo-se escrever a seguinte equagao: Ena (29) (21) 36 ‘© ABNT 2009 - Todos os direitos reservados ne meen DOMOMOOMMOMROROONH THOR OMOOEe POOH OOOOH Co R. ABNT NBR 15749:2009 pode-se admitir que: [22] E.2 Detalhes construtivos ‘A maicria dos medidores deste tipo se apresenta como um alicate de dois niicleos partidos dimensionados para poder envolver o eletrodo de aterramento. Um dos niicleos gera a f.2.m, que por sua vez produz a corrente que circula no circuito, e 0 outro é um transformador de medida de corrente. Para alenuar as perturbagées provocadas pela presenca de tensdes espiirias, os equipamentos geraimente irabalham com freqiiéneias de medigaio diferentes da frequéncia industrial (tipicamente entre 1 500 Hz e 2 500 Hz) @ possuem fitros adequados E3 Restrigdes A principal @ grande vaniagem de nao ter necessidade de cravar hastes auxiliares leva alguns usuarios fa acreditarem que todos os sistemas de aterramento podem ser medidos com este tipo de medidor. No entanto deve-se ter em conta que no minimo sejam cumpridas as seguintes premissas: a) 0 método pode ser aplicado para medigao de resisténcia de aterramento quando existe um circuite fechado (lago), incluindo a resisténcia do aterramento que se deseja medir. O equipamento néo pode ser aplicado na medigao de eletrados qué ndo formam parte de um tago, como & 0 caso do aterramento simples de um para-raios; b) a resisténcia do sistema de aterramento que fecha 0 lago deve ser muito menor que a resisténcia do aterramento sob medigo; ©) a distancia entre o aterramento sob medigao o mais préximo dos aterramentos que fecham o lago deve ser suficiontemente grande para que as fespectivas zonas de influéncia nao apresentem sobreposicao. No caso de aterramentos de miultiplos életrodos (por exemplo, uma malha de alerramento}, nao ¢ valida a medigaa de cada eletrodo por separado para caleular a resisténcia do conjunto: 4) a resistencia do sistema sob medigao deve ser petCorrida pela totalidade da corrente injetada no terreno, No caso de um edificio com miliplas descidas do SPDA, ndo se pode aplicar o métado para determiner a resistncia de atorramento de conjunto. Se 0 conjunto esiiver interconectado em anel, pode-se incorrer no ferro de se estar medindo a resisténcia do lago fechado quando se envolve a descida do SPDA. ‘8 ABNT 2009 - Todos os direitos reservados: 7 ABNT NBR 15749:2009 Anexo F (informativo) Método de medigao com injegao de corrente com amperimetro e voltimetro ¢ insergao de wattimetro adicional ‘As subsecdes F.1 a F.5 tém por finalidade apresentar 0 método de madigao com waltimetro adicional © os procedimentos necessarios para a determinacao da resisténcia do sistema de alerramento, (0 método de medica 6 0 de injacdo de corrente descrito em 6.2, com a insereao de wattimetro. F.1. Disposigao basica dos componentes A Figura F.1 apresenta a disposi¢ao dos components. MALHA SOB MEDIGAO 3 Elotrodo auxilar de corrente Elotrodo auxliar do tensi0 dos componentes F.2 Descrigéo do método F.21_O métado € apropriado para os casos om que os cirouitos de corrente © potencial possuem consideravel acoplamento mittuo, condigao em que a corrente de ensaio (/7) € a elevagao de potencial (£7) ndo esto em fase. F.22 0 metodo consiste, basicamente, na circulagao de uma corrente altemada (/7) entre a malha de terra © oeletrodo auxiiar de corrente (4), com a medigao simulténea da Uso exctusive - Kok a) elevacao do potencial total (£7) da maiha de terra, em relagao ao terra de reteréncia (terra remoto), através do voltimetro e do eletrodo de potenciat (2); b) poténcia total dissipada (?7) na resisténcia (R) entre a malha ¢ o terra de referéncia (terra remoto) 38 (© ABNT 2009 - Todos os drtes reservadon LROKPH KOLO HHL HHO HSS ererrrrreecerrrrrrercerereerrerrrr ee 9999 9. ABNT NBR 15749:2009 F.23 Para este método: F.23.1 —Aresisténcia de terra do sistema deve ser obtida por: Pr Rag = hy kg x EE xky (0) 22) ‘ea 2% re “ke (22) F.23.2 — Aimpedancia de terra do sistema deve ser obtida por: Er ra) 123) 2yq = hy %hy * F.2.3.3 Areatancia de terra do sistema deve ser obtida por: Xe f2ag (0) 24 onde ky, kz @ hs 880 fatores de correcio calculados conforme F.4.1, F.4.2. 6 F.4.3 F.3. Localizagao dos terminais de medigao F.3.4 Terminais (1) e (3) Estes terminals devem ser ligados individualmente ao condutor da periferia da malha de terra, bem espagados e, se possivel, a nés da maiha constituides de diversos subcondutores, F.3.2 Terminal (2) © tetminal (2) do circuito de medigo deve ser instalado na terra remota em relagao a malha de terra (1), ou seja, ‘em solo com potencial zero ou préximo deste valor. A localizagao do terminal (2) deve ser isenta das infiuénoias oriundas da circulagdo da corrente na malha de terra em medigéo (1), nas malhas adjacentes, nos sistemas de aterramento das torres das linhas de transmisséo @ no terminal de corrente (4). F.3.3 Terminal (4) © terminal (4) deve ser instalado em um ponto remoto, espacado da malha de terra em medigao e do terminal (2), de maneira que a circulago de corrente pelo menos nao altere o potencial da rede (1) € do terminal (2) F.4 Fator de correcao das medigées F.4.1 Fator de corregao hy 0 ator &; tem por finalidade considerar a influéncia da resisténcia interna (RV) do voltimetro e a do eletrodo vertical (Rssces)ligado a0 terminal (2). = BY (25) ‘© AANT 2008 - Todos 08 aralios reservados 39 (Pedide 19478: 398.145 0 exclusive - Koblite SiA ABNT NBR 15749:2009 R, Paints) (a) [26] todo ~ $8.1 2 onde Ps €a resistividade aparente do solo, expressa em ohm x metros (8 x m) 1 60 comprimento do eletrodo, expresso em metros (m); 4 €0 didmetro do eletrodo, expresso em metros (m).. Observa-se que, para (RV) muito maior do que (Rewoosc), @ aplicagdo do fator de corregdo (&;) torna-se desnecessaria, ou seja: ket F.4.2 Fator de corregao ke O fator kz deve corrigir as medigdes efetuadas, com base nas distancias (112), (X 14) e (X24) utilizadas. fator ko obtido supondo que a maiha de terra e os terminais (1) e (4) Sao constituidos de semi-esferas, € que estas dispersam correntes pelo solo produzindo superficies eqliipotenciais esféricas. Para malhas de terra de grandes dimensées, essa suposicdo s6 é valida quando a distancia (X 12) ¢ maior que duas vezes a sua maior dimensao: k= 1 er 1s x24 X12 X14 onde r 60 aio de uma semi-esfera, instalada na superficie do solo, cujo valor ¢ igual a metade do raio de um circulo com area (A) igual a da malha de terra ros" (m) 28] [a Ve F.4.3 Fator de corregao ks Este fator tom por finalidade determinar a resisténcia do caminho de retorno pela terra, que deve ser subtraida do resultado obtido, quando os terminais (2) ¢ (4) estéo na mesma direcao ou paralelos. Observa-se que esta resisténcia ¢ colocada om série com a resisténcia da malha de terra, quando se utiliza este método de medigao. =008»1 (a) 29] onde 1 0 menor comprimento dos circuitos de medicSo (2) e (4), expresso em metros (m), Para os esquemas de medigo em que, por exemplo, os terminais (2) e (4) estejam diametraimente opostos, ou 2 90°, deve ser considerado &; 40 ‘©ABNT 2009 - Todos os dries reservados vy DOOORDD Toe CROKE OOO Oe ee rereere et reerrerrrreere ABNT NBR 15749:2009 F.5 Metodologia para eliminar o erro de medicao devido as correntes e tensdes externas (ruidos) Estes erras so produzidos por correntes de fuga através da malha de terra e/ou tensdes induzidas por linhas paralelas, e devem ser eliminados por circuitos de medigdo especiais, como os apresentados nas Figuras F.2 e F.3. a na . a» \Z\ / | | + eno | v) set | ws i 2 | exermo00 oe PR PR os povencui, _ELETRODO DE + rn lorciony conser Ls 7 llc 3 4 r + + ‘CHAVES MEDIGOES ct P= ao ‘CHO cut CH Alwiy WALEASOB 2 Fechada | Abera | Avera | 0 | PO | Eo weDIgdo | conzcrana umcaso De suama carenepracieal] | Abeta | Fechada | Abeta | | Pi | E1 Feohada | @ | P2 | 2 | : Figura F.2— Esquema basico de medicao com fonte interna ‘© ABNT 2008 - Todos os direitos reservades a ABNT NBR 15749:2009 OMe CHAVES: MEDIGOES & & co | ow | oa | a |w]v : & —_ 4 ee : rasa Tamm Tare Tw role] | ian em & }__t |} _t e ‘Reena | Feonowa | Avon | [Pi fer] i ai. e ava |e [ema [a] || 1 & + 1 & = € dss & e fu ons € e | >. w | ‘wees — EE} mer & rumen 2 Fonte de Comment oreo & Extorna owe : MALHA S08 : ns : MEDIGAO Hi > 4c } xr if e rierno0o 08 = e CONESTARA UM CABO BE ~ seneeure SUBIDA Da REDE PRINCIPAL & € Figura F.3— Esquema basico de medigéo com fonte externa F541 Aseatiéncia de medicdes que deve ser adotada € a seguinte: a) chave CHO fechada e chaves CH1 e CH2 aberias Devem ser medidas a corrente (/,), @ tensdo (£4) ¢ a poténcia dissipada (P,) na malha de terra, antes de aplicar a corrente de ensaio (7). & b) have CHI fechada ¢ chaves CHO e CH? abertas e Deve ser aplicada a fonte de alimentacdo e medidas a corrente de ensaio (/\), a tensto (1) € a poténcia dissipaca © (P:) na malha de terra, & ©) chave CH? fechada e chaves CHO e CH1 abertas e © Deve ser aplicada a fonte de alimentagao e medidas @ potencia dissipada (P:) € a corrente de ensaio (3). § elreulando 180° defasada de (1), e a tenséo (£2). 3 € § — Acorrente real de ensaio (/7) deve ser obtida por: e . € ea) [30] e e A potencia real dissipada (P7) deve ser obtida por: oF =) oe 2 ARNT 2000 Todos on rates resevados co . ABNT NBR 15749:2009 Py (w) 31] — Attensio real de ensaio (£7) deve ser obtida por: fEP+eF =r -(€.F (wv) [32] F.5.2 A Figura F.4 exempliica as medigbes a serem executadas, ‘AS chaves Cha, CHb, CHc devem fomecer as medigSes de corrente, potencial e poténcia que possibilitaro eliminar “os ruidos” eventualmente existentes. Figura F.4 — Seqiiéncia de medigdes ©ABNT 2008 - Todos os direitos reservados 43 2/2009) 145/0001-00 (Pedido 194783 Impresso: 264 Koblitz SIA 11.194 exemple ABNT NBR 15749:2009 F.6 Impedancia de terra das linhas (Z,) ¢ da malha de aterramento do sistema de aterramento (malha, linhas e demais componentes interligados a malha) A partir das mediodes da corrente de ensalo (i), das correntes de fuga pelos cabos péra-raios (31) ¢ do célculo da resisténcia de terra equivaiente do sistema (Rex), pode-se caloular a resisténcia especifica da malha enterrada assim como a das linhas de transmissao, por F.6.1 € F 6.2 F.6.1 Matha de aterramento do conjunto interligado (Re) Re 133] F.6.2 Impedancia de terra equivalente da linha de transmissao (Z.} Rgg XIE Z-— id 4] F.7 Potenciais perigosos A densidade de cortente difundida na terra aumenta nos condutores perféricos, em fungao dos acoplamentos resistivos © magnéticas entre os conidutores da malha de tera, Desta forma, embora o potential do condutor da periferia e dos intemnos sejam 0 mesmo em relagao a terra remota, observa-se que as diferencas de potencial no solo nas proximidades dos condutores perifericos sao malores. Face ao exposto, apés as medices de potencial da maiha de terra em relacdo a terra remota, 0 terminal (2) deve ser ligado a eletrodos de prova que toquem a superficie do terreno nas proximidades do condutor periféico, para doterminagao das diferencas de potencial entre pontos ou entre pontos do solo e condutor da maiha para determinacao dos potenciais relacionados em F.7.1, F.7.2, F.7.3 8 F.04 F.7.1 Gradiente maximo produzido (VG) Corresponde a uma diferenga de potencial (ddp) entre um ponto localizado no extremo da malha, notadamente nos seus vértices, € um ponto a 1 m para fora da malha F.7.2 Potencial de passo maximo produzido (VP) Correspondente a uma ddp entre dois pontes separados de 1 (m), sobre uma perpendicular intema do condutor periférico da malha Observa-se que um ponio deve estar diretamente sobre o condutor periférico. F.7.3 Potencial de toque maximo produzido (V7) Correspondente a uma ddp entre um ponto do solo situade a 1m do condutor periférico, no interior da matha € 0 poltencial da superficie do condutor. F.7.4 Potencial de malha maximo produzido (VM) Correspandente a uma ddp entre a superficie do condutor periférico @ um ponto do solo situado no centro de uma reticula da malha, situada entre 0 condutor periférico e condutor subseqiente. Estas medigdes permitiio avaliar a eficiéncia do espacamento adotado entre condutores da malha, para controlar 08 potenciais perigosos na instalagao, 44 © ABNT 2009 - Todos 0s diretes reservados ABNT NBR 15749:2009 F.7.5 Potent reais Os valores reais dos potenciais (VG,, /P,, VT; @ VM,) devem ser obtidos considerando a relacao entre a corrente de malha (Iams) @ 8 Corrente de ensaio (/7) ‘nara Kor [35] onde ¥6,-Kxv6 (Vv) £38) ve, -KxvP (v) 87] Vie=KxvT (W) (38) vat, =KxvM (V) (39) ee cee 2 OAENT2009- Todos os dretos reservados 45 2 ABNT NBR 15749:2009 Anexo G é (informativo) & @ Métodos alternativos de medigdo de resisténcia de aterramento e potenciais &F no solo em instalagoes energizadas e e & Esse Anexo descreve brevemente as caracteristicas de alguns métodos de medicao de resistencia de aterramento € potenciais do solo para medicées em instalagées energizadas, e serve como um guia referencial para definicdo mK do método a ser escolhido no planejamento da medica, e & Apesar da quantidade de métodos citados,”acredita-se estar contribuindo com o estado real da arte. Outros métodos podem ser utilizados, desde que comprovem sua eficacia. § & ; e G.1 Método da queda de potencial com baixas correntes e onda quadrada a 3 Esse método pode ser apicado em instalagbes enerpizadas ou nfo. A iadigl 6 através da injec de conentes & alias (da ordem de ate dezenas de amperes (A)] ou baixas {da ordem de dezenas de miliampéres (mA)], desde gs 3 que essa corrente injetada seja de forma de onda e freaiiéncia diferentes das do sistema, e que o medidor possua & iltos adequados para selecionar os resultados advindos apenas do sinal injetado, fitrando os ruldos e tensdes ‘3. presentes na instalacde sob ensaio. e & Especificamente, essa medicao pode ser efetuada com instrumento dedicado, baseado em uma fonte de corrente, & para manter 0 médula da corrente constante, com forma de onda nao senoidal e com freqiéncia que seja & diferente, porém préxima da industrial. Como exemplo, pode ser utizado um instrumento que injete uma corrente 5 de 50 mA com forma de onda quadrada. Alternativamente, um gerador pode ser ulilizado, desde que possua © as mesmas caracteristicas do instrumento dedicado. 2 Para poder exocutar ac medigdes com esti pide Indumento é Febessdrio desconectar o atarremento sob ensaio dos demais elementos do sistema de aterramento — cabos para-raios, neutros, blindagens, contrapeso etc, Em contrapartida, com baixas correntes injetadas, tanto o instrumenta quanto seus acess6rios so muito mais leves € praticos de serem manuseados, permitindo umn rapido levantamento das caracteristicas do aterramento. G.2 Método de injegao de baixa corrente em alta freqiiéncia (© método deve permitir a determinagao da resisténcia de aterramento e potenciais de superficie do sistema constituido de todos os aterramentos intercanectados. A configuragao para este método € similar 4 medigao de resisténcia de aterramento de um sistema qualquer, com a particularidade de que os pontos de fixagéo dos eletrodes de potencial serao nas regides limitrofes da malha < 3 Importante registrar que nao sera necessario especificar a quantidade © o tipo dos aterramentos dos sistemas interconectados, visto que para a medicéo da resisténcia da malha, a alta freqliéncia injetada deve garantir ‘o desacoplamento das demais instalacées, 6.2.1 Medi¢ao em alta freqiiéncia 0 instrument a utilizar neste método opera numa frequéncia tal que a impedancia indutiva do(s) cabo(s) para raios de uma ou mais linnas de transmissao acopladas 4 subestagao, em um vo de comprimento normal, seja razoavelmente alla a ponto de se reduzir 0 eleito dos aterramentos adjacentes ao que se esta medindo, 46 @ABNT 2009 - Todos 08 direitos reservados REKLLHT COCKS HTL CC OC CCC CRE ABNT NBR 15749:2009 Dessa forma, os pardmetros (resistOncia + reatancia) dos cabos para-raios tendem a infinito, ou seja, sua influéncia passa a ser minimizada na medicao em alla freqiiéncia, sem a necessidade de seu desacoplamento fisico, com conseqiiente ganho na operacionalidade. Assim sendo, a corrente de alta frequéncia tendera a circular ‘na sua totalidade pelo circuito formado pela malha de terra e o eletrodo auxiliar de corrente, elevando os potenciais de superficie junto 4 malha de terra e ao eletrodo auxiliar. Em conseqiiéncia, ao se deslocar o eletrodo auxiliar de potencial numa regido livre das influéncias tanto da malha 4e aterramento sob ensaio quanto do eletrodo aunxilar de corrente (patamar da curva), obtém-se o valor procurado para a resisténcia da malha 6: 1.1 Elementos envolvidos na medigao de aterramento No esquema da Figura G.1 encontram-se de forma simplificada os parametros que compéem a medigao de alta frequéncia. — Gr Rep RatEc —— Figura G.1 — Esquema simplificado da medi¢ao com alta freqiiéncia Neste esquema é possivel identificar os parametros envolvidos na medigao, sendo que: — L;..[,fepresentam a parte indutiva da impedancia do circuito formada pelas torres (cabos para-ralos das linhas de transmisso) — Ry...Rq fepresentam uma parte da resistencia do circuito (cabos para-raios das linhas de transmissao); — Raty...Rat, representam as resisténcias dos aterramentos de cada torre das linhas de transmiss2o; — Ing Fepresenta a parte indutiva da impedancia da malha de aterramento sob ensaio; © ABNT 2009 - Todos os dries reservasos 47 9200) = ABNT NBR 15749:2009 — Ry representa a parte resistiva da impedancia da malha de aterramento sob ensaio, —_LF, representa a parte indutiva da impedancia do eletrado de corrente; i, representa a parte resistive da impedéncia do eletrodo de corrente; até representa a resistencia de alerramento da eletrodo de corrente; —_ LE, representa a parte indutiva da impedancia do eletrodo de potencial; —_ Rk, representa a parte resistiva da impedancia do eletrodo de potenciat; — Roti, representa a resisténcia de aterramento do eletrodo de potencial; Cy, CG, Cy representam 0 banco de capacitores que pode ser utiizado para compensar a parte reativa da circuito (conforme Anexo 8). G.2.2 Metodologia Essa metodologia se aplica a sistemas de alerramento, nas condigdes de energizados. em locais com poucas © pequenas areas disponiveis para colocagao dos eletrodos de retorno de corrente e de potencial, tais camo areas em regides semi-urbanas ou curais. Nessa metodologia de medigio, utiiza-se 0 método convencional da queda de tensao, aplicado, porém, a eletrodos de corrente posicionados “relativamente prdximos" do sistema de aterramento sod ensaio. © levantamento da curva de resisténcia de sterramento em fungao da distancia do eletrodo de potencial se processard tal como definido no levantamento com as instalagées deseneraizadas (ver 6.1.6) G.2.3 Caracteristicas do instrumento 6.23.4 0 instrumento deve possuir um médulo gerador de sinal de alta frequiéncia (aigumas dezenas de kHz), com sinais de corrente da ordem de algumas dezenas de mA, controlado por um cristal que dé estabilidade a frequéncia e possua filtros allamente selelivos, dimensionados para eliminar o efeito das correntes parasitas de frequéncia industrial presentes no so'o. G23.2 _ Paralelamente ao requisito constante em C.3.3, que trata, entre outros, da resisténcia dos eletrodos auxiliares, 6 recomendavel que o instrumento permita a medigdo com altos valores dessas resisténcias, G233 Como se trata de um instrumento dedicado, a corrente de medicéo nao necessariamente deve aiender 20s requisitos do Anexo C, podendo alcangar algumas dezenas de mA G.3 Método da medigao simultanea de correntes do sistema Neste método, adequado para medigBes de instalagdes energizadas, a corrente de ensaio € a corrente injetada pelo sistema — tipicamente a corrente de desecuillorio que circula pelo neutro dos transformadores de poténcia, Essa corrente € medida e somada velorialmente através de transdutores corrente/tenisdo do tipo alicate em pontos relevantes da instalagao sob ensaio, ‘Simultaneamente, mede-se também a tenséo da malha com relacao a um eletrodo remoto. Os sinais de corrente (fs) @ tensa0 (Vq) 830 observados em osciloscépia, de modo a verificar sua comespondéncia. O valor da resistencia da malha (iq) pode ser dado por " Ry = i 48 {© ABNT 2009 - Todos os diratos reservados ABNT NBR 15749:2009 | Comparativamente aos métodos com injecao de corrente, o eletrodo remoto pode situar-se mais proximo dd instalagao sob ensaio, além de ndo ser necessério 0 uso de fonte de corrente para a realizagao da medicéo. Em contrapartida, deve-se desconectar 0 aterramento sob ensaio dos demais elementos do sistema de aterramento — cabos péra-raios, neutros, blindagens, contrapeso etc. Adicionalmente, serao necessarios tantos transdutores quanto forem as fontes de corrente de seqiéncia zero da instalacéo. Esse método nao se aplica, portanto, em instalagdes que ndo possuam fontes de corrente de seqiiéncia zero, ‘como no caso de subestacses de seccionamento de circuitos sem transformadores de poténcia, A Figura G.2 ilustra a utiizacao do método, Lp Alimentador | Alimentador 2 “5 3 Elerodo eto Potencial = Figura G.2 — Aplicagao do método de medigao simulténea de correntes do sistema 49 {© ABNT 2009 - Todos 08 diretos reservados

You might also like