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ISSN 2238-2569 Revista Internacional de Direito Ambiental @REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITO AMBIENTAL EDITORA PLENUM LTDA, Caxias do Sul- RS - Brasil Pubicesto quadimestal de doutrna. Todos os dreitos reservados @ Etora Plenum Lida, € vodada a reproducéo parcial ou total sem ckagao da fone Os conceitos emitidos nos trabalhos assinados so de responsabilidade dos autores. Dados intornacionais de Catalogagéo na Publicado (CIP) R454 Revista internacional de Direito Ambiental - Ano Il, 0.8 (maiolago. 2014). - Caxias do Sul, RS : Plenum, 2014 336p.; 23cm. N. 8 (2014) - Quadimestral ISSN 2238-2569 1. Diroito ambiontal internacional. 2. Dircito internacional cou: 349.6:341 Indice para o catélogo sistematico: 4. Direito ambiental internacional 349.6:341 2, Direto internacional 341 Catalagagao na fonte elaborada pelo Bibliotecdrio Marcos Leandro Freitas Hiibner - CRB 10/1253, Editoragao eletronica: Editora Pronum Lida. Distribuida em todo territério nacional Servigo de atendimento ao cliente: 54-3733-7447 Revista Internacional de Direito Ambiental ‘Ano ill -niimero 08 - maio-agosto de 2014 EDITORES Alvaro A. Sanchez Bravo - Universidade de Sele, US, Sola, Esparha ‘Sérgio Augustin - Universidade de Caxias do Sul, CS, RS, Bras CONSELHO EDITORIAL ‘Alexandre Kehrig Veronese Aguiar - riverside de Brasil, UNE, OF, rast Alvaro A. Sanchez Bravo - riverside de Seis, US, Sela, Espanta Antnio Carios Wolkmer- Unversdade Federa de Sania Catia, UFSC, SC, Basi Belinda Pereira Cunha -Uniersiade Feral da Peala, UFPB, PB, rast Hugo Echeverria Portia UnitesdadeCalsca de Quit, PUC-Quito, Quit, Equador José Rubens Morato Leite - Universidad Federal ce Sart Catan, UFSC, $C, Bras! Luiz Fernando Scheibe - Universidade Federal de Santa Catana, UFSC, SC, Bra Roséngela Angelin - Universidade Regional ntgrada do Alo Uragual e das Missbes, URI, RS, Bes! Sérgio Augustin - Universidade do Caxias do Sul, UCS, RS, Bras Susana Borrés Pentinat- Universidade Rovira | Virgil, Cataunna, Espanta Vincenzo Durante - Universidade de Padova, Padovs, ia Editora Plenum Lida. ‘Aw. Italia, 460 - 1° andar CEP 95010-040 - Caxias do SullRS plenum@plenum.com.br www plenum.com.br CONSELHO CONSULTIVO (AVALIADORES AD HOC} ‘Aguinaldo Alemeat- riverside Fedral do Ubotinda, UFU,NG, Basi ‘Alexandre Kehrig Veronese Aguiar -Uiversitate Feel inerse, UFR Brash ‘Alvaro A. Sanchez Bravo -Usversate de Sota, US, Seva, Espana ‘Ana Maria D'Avila Lopes - Unrrsdade de Frtateza,UNIFOR, CE, Sas ‘Anténio Catlos Wolkmer- Universidade Federal de Santa Catrina, UFSC, SC Bras ‘Aquino Vazquez Garcia - Uiversad Tesnoigca bel Conde Mico, UTEC, Celaya Guanajuato, Meso Beatriz Souza Costa - Eso Supetor Dor Heder Cama, ESOHO, MG, Brash Belinda Pereira Cunha Unverscade Fx! d Pata, UFPS, PB rash Bruno HeringerJinior-Fundarao Escola Super co nto Pico, FHP, 8S, Brash Carlos Eduardo Peralta Montero - Universidade Foal de Santa Cater, UFSC SC Bras Celso Antonio Pacheco Fiorillo -Potfie Universidade Cats de Séo Pauls, PUCSP, SP. Basi ‘Cesar Augusto Ball -Tsbnol Regional Federaida 4 Regio, TRFS, RS resi Eduardo Manuel Val- riverside Fodor Fuminers, UFF,RJ, Bast Elcio Nacur Rezende - Escia Supercr Dom Helder Cémara, ESOHC, MG, Brest Enzo Bello -rsersidade Feral Fuinensee Unive de Caxias o Sul, UFFUCS, RRS, rast Fabianne Manhies Maciel -Unvessdade Eiatuado Ri de ane, UEP, Rl, Bri Felipe Chiarello de Souza Pinto univeridade Presbeerana Moker, MACKENZIE, SP, Basi Flavia da Costa Limmer - Universidade Estadual do Re de Jae, UERY, FU, Bast Hugo Echeverria - Ponta Unnersidade Calica de Quite, PUC-Ot, Cuts. Equador Jacson Roberto Cervi- Unvorsdade Regional ntarada do Alt Urguae das Mssios, URL, RS, Bast Jeferson Dytz Marin - Uiversitade de Cais o Su, UCS, RS, Bas! ‘Jesus Jordano Fraga - Universidade de Sei, US, Sevila Esperia Jorge Luis Mialhe - Unvestda Estatual de Sto Palo, UNESP o Universidade Metta do Praciaba, UNEP, SP. ras José Filomeno de Moraes Filho -Uversdate do Fra, UNFOR, OF, Brash ‘José Gustavo de Oliveira Franco - Ponta Uiversitade Catica do Peran, PUCPR, PR, Bras Leticia Gongalves Dias Lima -Facudades FTEC, TEC, RS, Basi Liton Lanes Pilau Sobrinho- Unversdade de Passo Fund, UPF, RS, Bros Luiz Fernando Scheibe riverside Feral de Sana Ctra, UFSC, SC, Bras! Marcelo Dias Varella- Cerro Univestr de rasa, UCEUB, OF. Bras Marciano Seabra de Godbi - Ponta Universidade Catia de Minas Gerais, UC, MG, Bras Maria de Fatima Schumacher Wolkmer - riverside de Cais do Su, UCS,RS, Brel Matia Fernanda Salcedo Repolés- Universidade Federal do Mines Gras, UFM, MG, rai Maria Luiza Alencar Mayer Feitosa -Uniorsiade Federal da Paribe, UFPB,P8, Bri MirioLicio Quintdo Soares -Porifcia UnvesadeCaica de Minas Gerais, PUCMG, MG, Sas! Martonio Mont Alverne Barreto Lima -Usiversdade de Fortaleza, UNIFOR, CE, Bes lena Petters Melo Uriverstae de lumenav, FURB, SC, Bas! Nilton Cesar da Silva Flores - Universe Esti de Sa, UNESA, Bras Oscar Correas Vazquez - Universidad Nacional Autonoma de México, UNAM, Cidade do Mion Mica thon Enry Leonards - Ceo de Deservovinento Sustentvel de Universidade ce rast, (CDS-Un, OF, Bras Patricia Nunes Lima Bianchi - Cento Urierssa Seesan de So Paulo, UNSAL, SP, Ba Patryck de Araujo Ayala- Universidade Federal de Noo Gress, UFMT, MT Bri Paulo Affonso Leme Machado - Univesade Meola de Praicabo, UNMEP. SP Bri Pedro Curvello Saavedra Avzaradel- Universite Estaiual do Rio e fare, UERJ, Rl, rash Ricardo Nery Falbo- Univesiado Fever do Rye Universite Estadal do UFRIUERL Rl, es Roberta Lopes Augustin Faculte Murdo, FAMUR, RS, Brest ‘Sérgio Augustin - Universite de Caxias do Su, UCS, RS, Brest Sivana Raquel Brendler Colombo - Uiversiate do ese de SartaCataina, UNDESC, SC, Ba Sirlane de Fatima Melo - Urivrsiddo do Plena Calarnese, UNPLAG, SC, Bras Solange Teles da Siva -Universiate resbiiane Macken, Masten, SP, Sas) ‘Tereza Rodrigues Vieira -UnesdadePeranonse, UNPAR, PR, Bast ‘Tiago Antunes -Facucale de Delo de Usb, FOL, Lisoo, Poti Vincenzo Durante. Urner do Padova, UP, Padova, tia See ee FBP mmmaa an = SUMARIO Presentacién a nee 9 Lineaminios generals sobre mecenismos insttuconales de cooperaién para el desarolo de as epresashidroelécicas en ls cursos de agua interna conaies ‘ALBERTO TALAJAPAZ 1 Larelacion entre la calidad da vida (pxvada) y el deteriro medioambiental a Taluz dela jrsprudencia del Tribunal Europeo de Derechos umanos ‘ANA GARRIGA DOMINGUEZ. 4 Perspectvas do estado de dito ambiental no antropoceno CARLOS E. PERALTA. % Morossstemeprocessual e efevidade na revaragéo por «anos inivduais de natureza ambiental no Estado do Amazonas: uizados Especiais Feder DIMIS DA COSTABRAGA - : 101 ‘Abordagem técnica e legal anerca do fraturamento hidréulio no Bras EDUARDO SANBERG, -UIZ ALBERTO VEDANA, NARA RAQUEL ALVES GOCKS, SERGIO AUGUSTIN 13 El derecho de acceso a ia nformacién en materia medioambiental como t&ctica de protecién integral delmedio ambiente aspectos mas esefiables de su aplcacion y potencalidades fturas a desarolar FERNANDO GARCIA-VORENO RODRIGUEZ. ree 133, {La regulacién europea del tansporte por carretera ayuda a mitigar el cambio ciation? JUAN JOSE MARTIN ARRIBAS 167 Democraciadeliveratvaejustiga ambiental LEONARDO DAROCHA DE SOUZA 187 ‘Anter-elagdo do dreto, economia residuos solids. Ei testo: I Cométco, economia e meio amtiente LORAINE BENDER. 205 Incidéncia de medida compensatéria ambiental ‘LUCIOLA MARIA DE AQUINO CABRAL. 218 Modelos de gest de bens comurs e UCs de uso susentavelpoteniadades ra.a consolidagao da gesldo comuritra patcipativa AL ANDERDAAL CFRISTHANN, REAROO STANZIOLAVIEIRA....237 La contratzion electra: una apuesta del Derecho Europeo pola sosient tilidad dela administracion pablica MARIA FUENSANTA GOMEZ MANRESA. 261 Interdscipnaidade de dirt para ciangas e adoescentese 2 potegz0 dos temas NALBIA ROBERTA ARAULO DA COSTA, BELINDA PEREIRA CUNKA. ..27 Posbildades de gestion dels conficlos medioambiontales en un contesto de desarrollo sostenible ‘NURIA BELLOSO MARTIN DIRETRIZES PARA SUBMISSAO DE ARTIGOS. 303 333 APRESENTACAO. ‘ARevsta Ifernacionaide Dito Ambiental RIDA) chega 20 seu tavonimero, Utrepassando grandes desafios. Os textos permanecem sendo analisados por dois pareoeristes, no minimo, sem que saivam o nome do autor (oaga apostando-se na excelbncia ‘AcilaboragSo estrangeira & cada vez maior. Neste nimero, por exer, fol necessriaaandlse de atgos europeus e su-americanos, A periodcidade esté manta e refirmada, a insergao profssional eacadéica cada vez maior. Relteradas as Gtagbes de artigos publicados, ndo s6 em decides iuciciais, ras prncipalmente em trabalhos téricos e académicos. 0 antigo projeto & real. Trabalhaso, mas real. Exigene, mas rel. Complexo, ‘as real Registo mais um agradecimento as Institughes Académicas parcairas e & Editore Plenum, Regist, mais uma vez, um agradacimento tater 20 colega coedtor Professor Doutor Alvaro Sanchez Bravo, da Universidade de Sevitha - Espanha. ‘Ans autores, pela existéncia da Revista PROF, DR. SERGIO AUGUSTIN DDoutor em Dirito (UFPR) Dovente e Pesquisadr do PPGDIR - ‘Mestrado em Direito Ambiental e Sociedade da UCSIRS shiz de DireitorRS 214 Reva teraconal da Dieta Abia - sh. -n2CB- me agosto de 20¢4 MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE, Plano Nacional de Residvos Sélidos. Brasilia, DF, ago. 2012 Dison:

. Acesso em: 05 mat. 2014, MOREIRA, M.S. Esttégia #implaniago do Sistema de Gost Ambiental (Modelo NUSDEO, ‘Ana Maria de Ofveta. Pagamenio por senigos ambientsis no Basi: elementos para uma ‘egulamentagdo ambientamente integra e socaimontejusta. 2010, Tse - Faculdade de D- ‘eo da Universidade de Sto Paulo, Sao Paul, 2010, |S 14000, Belo Horizonte: Edtora ce Desenvovimento Gerencial, 2001 TTONAN|, Paula, Responsable decorrente da plugdo por residuossdlidos: de acordo oom 4 Lei 12.305/2010 rst’ a Poliica Nacional de Residues Sdidos, 2. ed. ov alual.e aml ‘So Paulo: Método, 2041 YOSHIDA, Consuelo. Competéncia © as dretizes da PNRS: detizes e cririos de hamno- nizagéo entre as demas legislagbes © normas. in: JARDIN, Amalco: YOSHIDA, Consvelo, MACHADO FILHO, José Vaverde (Org). Poilica nacional: gestae gerenciamento de esis ‘bids. Barve: Manole, 2012 LEGISLAGAO; ‘BRASIL. Lei 12.205 de 02 ce agosto de 2010 Initia Poltica Nacional de Resldvos Sdldos; ails a Lei n® 9.605, de 12 de fevereco de 1998; e dd ouras provdéncias, Didrio Oca da ‘Unido Disponivel em: bien 6.1 Da constucioalidade do cspostvo da Le Municipal, 5. 20a contigo ‘vl como ativdade poludora- Concluséo - Referéncias. RESUMO: No presente trabalho sero anaisados os fundamentos,aincidéncia, bem como as fineidades da medida compensatéia ambiental, em decarténcia da \mplantagéo de obra, empreendimento ou atvdades. Seréenfatzada aincidéncia da ‘medida compensatéra ambiental cobrada pela Secretaria Municipal de Urberismo e Meio Ambiente de Fortaleza - SEUMA, cua legaidade 6 questinada sob o argumento e que se tala de uma taxa de compensagdo ambiental e quedo ha fundamento legal Fara amparéa. Afima-se que a alvidade de construgao civil indubtavelmente causa oluigao ambiental, sobretudo ao meio ambiente artificial (ou sela,& cidade como um {odo}, como, por exemplo, & gigantesca quentdade de residuos e dejetos que sto lariamente descartados em va publica, as escavagBes, ao consumo exacerbado de energia e agua, além da uilizagao de matéria prima que causa alts impactos 20 meio anbente, zis como ago, alumna, cient, dente cuts. Mora estes, pode-se 'mencionar 0s impacts relacionados & ocupagdo e ao uso do solo, como a redugao as areas verdes e pemedve's a alteregdo do perfil natural do terreno ea poluigao dos recursos hidioos devido ao carteamento de material sido. € possivel mencionar ainda, a produedo de vidos acima ds niveis permitdos pala lecislaco ambiental © avetaveis pera a saide humana, bem como a emisséo de particles e 96 na a- "mosfera,além do inevitével desmatamento. Nao hé como negar que a cabranca de ecida compensatéria ambiental é compativel e adequada para empreendimentos da indistria da construgzo cl, dai porque se afima a consiucionalidade do at, 10 da Lei Municipal n 8738/08, ‘Data dorecebimenia da rigo: 07.95.2014 Data 2 paroares de provapin: 21 05.2014 8 1.052014, Dela de aprovagio pot Conse Ecker 23.98 2054 * Pronairado Munspo 6 Fonaleza, Dota am Det Contuconal Dil doin Sraiero 216 Revista real de Ook Antiontal-vol. Ih €8-mai-agosio de 2018 PALAVRAS-CHAVE: compensago ambiental; exteraidades; fundamentos ‘constiucionls;cenciamento ambiental, medida compensatiria. ABSTRACT: In this article we analyzed the foundations, the incidence as wel as the goals of environmental compensation measure, due tothe implementation of work, project oF actiites. Wil emphasize the incidence of compensatory measure environmental charged for the Municipal of Urbanism and Environment - SEUMA, \whose legal is questioned on the grounds that itis an environmental compensation fee and there is no legal basis o support her. tis sai thatthe construcon activity wil Lndoubtedty cause environmental pluton, especialy the artifical environment (hich means, the ty asa whole), for example, the massive amount of residues and wastes thatareciscarded every dayin te steal, the excavations, the excessive consumption of energy and waler and the use of raw materials that cause high environmental impacts, such a8 steel, aluminum, cement, among others, Aside from these, one can mention the impacts related tothe occupation and use of and, such a the reduction of green axeas and permeable, changing the natural profi of the land and polkiton of water resources due fo the dit of solid male. is also possible to mention te producton of noise above the levels permitted by environmental legislation and acceptable for human health, as welas he emission of dust particles inthe atmosphere andin addon the inevitable deforestation, There is no denying thatthe recovery of compensatory measure is environmentally compatible and suitable for enterprises ofthe construction industry, hence why ffs the constittionaltyofart. 10 of Municipal Law n° 8.73803, KEYWORDS: environmental compensation; exteraities; consttutonal funda ments; environmental censing, compensatory measure, INTRODUCAO Muitos s40 08 questionamentos apresentads relatvamente & incdéncia de media compensatira ambiental em decorréncia do licenciemento ambiental Nopresante trabalho serao analisados os fundamentos, a incdéncia, tem coro as fnaidades da mecida compersalsia ambiental, em decoréncia daimplaniagao do ‘obra, empreendimento ou atvidades, cu, quando da celebragao de termo de compra mmisso mado para promover a adequagao necesséra @ legislacéo ambiental, Serd enfaizada a incdéncia da medida compensatéria ambiental cobrada pela Seoretaria Muniipal de Urbanismo e Meio Ambiente - SEUMA, cujalegafdade & questionada 0b 0 argumento de que se trata de uma taxa de compensado ambiental e que n@0 he fundamento egal para ampardla, Este trabalho est divdido em cinco itens, O item 1, Sistema Ambiental Br- sileko, explcta 2 estruturagao do sistema normativo ambiental no Brasil, visendo teal @ conformidade da lei municipal com o orcenamento jurcico patro. No item 2, Compensagdo ambiental ra jurisprudéncia brasileira, sao analisads os efeitos da decsto do Supremo Tribunal Federal na ADI n? 3.378, considerando-se sua impor Uancia para 0 escarecimento da mati, No item 3. Fundamentos da comnensaraa INCIDENCYAOE MEDIDA COMPENSATORUAAMBIENTAL an “ambiental, demonstra-se a fundamentagdo tebrica desse importante insrumento de poltica ambiental. No tem 4, Natuteza juridica da compensagao ambiental, pde-se em destaque o regime juridico @ que esté submelida,realgando-se sua naturezain- Cenizalbria ero rbutria, No item 5, Medida comoensetéria ambiental, faze breve Aisingdo enre os dois instrumentos de potitea ambiental: compensacdo ambiental € rredida compensatbria,visando trezer ao debate a constiucionalidade as disposigses Constants do at. 10 da Lei Municipal 8.738, de 10 de julho de 2003, do Municipio Ce Fortaleza, que regulamenta a cobranga da medida compensatia ambiental para as aividades passives de lcenciamento ambenta. ‘Aaralise do tema enfocado neste vabalno permit conch que a cobranga de rnedida compensat6ria ambiental com base no art. 10a Lei Municipal i? 8.738, de 10 ejuho de 2003 ndofere nem viola prncipios consuconls expressosina Consituigao de 1988, ceracerizando-se eciente instrumento de politica ambiental 1, SISTEMA AMBIENTAL BRASILEIRO Em primero & preciso destacar que o Sistema Ambiental Bresiito finial inentereguamentado pela LeiNacional°6.998, de 31 de agosto de 1981, ue dspoe sobre a Poitica Nacional do Meio Ambiente, devendo ser ressaltado que a relerda Lei, embora anterior a Constuigao Federal Brasiera de 1986, foi recepcionada pelo ‘xdenamento jurtico patio. 'Nesse contexte, o Municipio de Forileze, no exerccio de sua competéncia consilucional, conforme prevséo constante do at 30, da Constituigto de 1988, cuidou ¢e implementa polticas pibiicas ambientas © uma vasta legislacSo ambiental, em eoorténcia mesmo de sua condigao de enidadelocelintegrente do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, Em segundo, a atvdade de cenciamento ambiental no Amite do Municipio de Fotsleza encontra-serequismentada desde 1998, quando a Lei Municipal n® 6230, 46 29 de dezembxo de 1998, criou a taxa Ge lcenciamento ambiental e defniu um rol de alvdades passives de icenciemento. Alteraydes foram reaizadas por maic da Lei Municipal r® 8.497, de 18 de dezembro de 2000 e pela Lei municipal n° 8.738, de 10 de julho de 2003, meracendo destaque as disposigdes constantes do at. 10, da Lei Municipal n* 8.738, de 10 de julho de 2003. 0 ctaco dispostvo estabelece que as avidades, obras e empreendimentos potencialmentepoludores,sujeios ao iencia- mento soterdo incidéncia da medida compensat6ria ambiental Observa-se, portato, que as Leis Municiais Gtadas acima apenas regua- rmentam, na esfera municipal, 0 licenciamento ambiental, estando em consondncia coma norma constitucional inserda no art. 225 IV, da Consttuigo de 1988, que diz expressamente que as atvdades causadoras de significative degradaceo ambiental sto passiveis de lioanciamento ambiental ‘Assim, aincidénca da media compensatia ambiental erconte-se egalmente ciscioinada nela Lei Municioal n° 8.738, de 10 de ina de 2003, fundamentando-se, 218 Revs itracion de Deo Anbial-ol - mB -nko-agan de 21 ainda, nos princiios consitucionais da precaugdo © do poluidor-pagador, ambos insetids no texto consttuciona Inimeres autos precetos de ordem legal amparam a pretenséo da municipa- lidade no sentido de fazer init 2 compensagéo ambiental sobre atvidades, obras e empreendimentoslicencaves ‘A medida compensetéra insituida pelo Municipio de Fortaleza fundamenta- -se em dois pares: |) 0 uso dos recursos natura I) potencial degradag80 do meio ambiente em virtude do uso dos recursos raturais. Assim, a obrgagao de compensar resulta de fatores explctamente considerados pela legislagdo municial ambiental, ‘atendendo aos princpios constiuionais e aos preceios da Lei n® 6.938, de 31 de ‘agosto de 1961, que dispbe sobre a Politica Nacional do Meco Ambiente ‘Amedida compensatéria ambiental enconra-se prevista no art. 10 da Lei Mu nicipal a® 8 692/02, aterado pela Lei Municipal n® 8.738103, o qual dispbe, in verbs ‘At 10, Para fazer face &reparagio dos dancs ambient, causados pels atvidades utizadoras ou degradadoras do meio ambien, 0 Keenciemento das alvidades defridas em Leltera como requsto a destnagdo de percenuai ndpinfor 4 0.5% (meio por cent) dos cuss tolls prevsos ara a im antago do empreendiment,vsando a cigSo, conserago «preserva de areas especeimenteprotegas ea proterzo ‘domeioamtients naturale arial reverto em favor do Fundo Municipal de Defesa do Mao Amberte Como se ve, @ legislagéo municipal exige do empreendedor a destnagio de lu percentual nao inferior a 0.5% (meio por cent} dos cusos totals previstos para a implantagao do empreendimento para fazer face aos danos embientais que possam decorer de sua atvidade. Tal percentual corresponde, precisamente, a chamada medida compensatéria ambientl, a qual se configura como requisioindispensavel para olcenciamento ambiental de alvidades efeiv au patencialmente pouidras. Essa prevstio encontre-sealihada com o que dispbe a Consivigdo Federal de 1988 © a lgisagéo federal espectca. Observa-se, portanto, ue a cobranca da Ccompensago ambiental da forma como ¢feita pelo Municipio de Fortaleza hermoniza- -se com o sistema nermativo constiuconal de protopio do meio ambiente, em especial com o principio do usuaro-pagador. Segundo tal preceito, os dnus amblentaisdecorrentes da implantagao de em- preendimentos potenciaimente lesivos 20 meio ambiente devem ser suporados por todos aqueles que usufuem desse empreencimento. Tai argumentos so sustentados or Guithermo Cano citado por Paulo Afonso Leme Machado? © poludor que usa gretutamente o meio ambiente para nee langaros pluetes invade a propiedade pessoal de todos os ‘ros que nde poem, confscardo o dreto de propiedade MACHADO. Paulo Afonso Lem Pinto amination 44 a CSn@nite nnn 209 = 20 INCIDENCIADE MEDIDA COMPENSATORIA AMBIENTAL 29 _albeia.Guthermo Cano -um dos pions docireto ambiental ra Amica Latina alma: quem causa adeteioragaopagas ‘cusio exis para preven cong. Edovioque quemassim € onerado redstibuiré esses custas ente as compradores de 5008 produos [se @ uma indista, onerando os pregos}, ov 0S usuésos de seus serviga (por exemplo, una Municipaidade, ‘om relaedo a seus serigas de rede de esgots, aumentando -0as tanfas);a equidade dessa alemativa reside em que ndo pagam aqueles que no contibiram para a deteriorapao ou Bo se benefiaram dessa deterior azo ‘Aerxigéncia da compensatria ambiental no deve ser comoreendida apenas como instrumento de utela do meio ambiente, mas sim como mecanismmo de expresso de ustica social, considerando-se que tanto os responsdveis datos, bem como todos ‘aqueles que sejam benefciarios diretos ou indices pela implantagdo do empreend- ‘mento potencialmente poluidor deverdo arcar com os custos da compensaléria. Este enlendimento decor das disposigdes contdas nos artigos art. 4, Vile, IX, da Le Federal n’ 6 938/81, a qual dspde sobre a Politica Nacional do Melo Ambiente, seus fins e mecanismos de formulagao e apicagéo: ‘AA. 4°APoliica Nacional do Meio Ambiente visara VIl-& ipesigéo, a poluidar e 20 predador, da obigarao de recuperar ou indenzar os danos causados e, 30 usuario, €a contibuigéo pela uiizago de recursos ambientais com fins ‘ecandmicos. ‘At Sac nstrumenos da Polica Nacional do Meio Ambiente 1-38 penaiades disciplnares ou compensatras a0 no cu pimento das matidas nevessaras a preservagao ou coregao a dogracagéo amtiertal Por outro lado, 0 legislador federal estabeleceu no art 36 da Lei n® 9.985(00 (Lei do Sistema Nacional das Unidades de Conservacao) que: ‘A. 36. Nos casos de loencamenlo ambient! de empreendi- menios de signicatvo impacto ambiental, assim considerado pelo érgéo ambiental competenis, com fundamento em estudo e impacto ambiental erespectvo relat -EWRINA, 0 em Dreendedor& cbigado a apciar a implaniagdo e manuiengao de unidado de conservagaa do Grupo de Protegzo Integra, de _avordo com odsposto neste ago eno reguamenta desta Le. Constala-se, por conseguinte, que a legislaréo municipal ndo diverge nem em sua esséncianem em seu conte das detizes ixadas pl sistomajxico nacional ppodendo-se amar que encontra-se em sintonia com as regras do sisterna normative de protegdo ao meio ambiente em 2mbto constitucional federal 220 Resta traconado Deel Ambntal- M-108 -msi agp 2016 Hé que se cstnguir,porém, entre compensagdo ambiental ex ante -vinculeda 4208 precaitos contidosno art. 36 da Lei Federal n*9,985/2000, que insttuiuo Sistema Nacional de Unidades de Conservagd0~ SNUC, da mecida compensatria usualmente imposta pelos 6rg30s ambientas como condicionante do icenciamento ambiental €Embora possuam semelhangas e tenham orgem comum, apresentam tragos

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