You are on page 1of 344
oud CIP-Brasil . Catalogacdo-na-Fonte Camara Brasileira do Livro, SP Oaklander, Violet. Descobrindo criancas : abordagem gestaltica com criangas e adolescentes / Violet Oaklander ; [traducao de George Schlesinger ; revisdio cientifica da ed. e direc da colegdo de Paulo Eliezer Ferri de Barros]. — Sao Paulo : Summus, 1980. (Novas buscas em psicoterapia ; 22) Bibliografia. 1. Gestalt-terapia 2, Psicoterapia do adolescente 3. Psicoterapia infantil 1, ‘Titulo. Af. CDD-618.92891 1B. 618. 928914 80-0559 NLM-WS 350 Indices para catélogo sistematico: - Adolescentes : Psicoterapia : Medicina 618.92891 (17.) 618.928914 (18.) . Crianeas : Psicoterapia : Medicina 618.92891 (17.) 618.928914 (18.) 3. Gestalt : Psicoterapia do adolescente : Medicina 618.92801 (17.) 618.928914 (18.) 4, Gestalt : Psicoterapia infantil : Medicina 618.92001 (17.) 618.928914 (18.) 5. Psicoterapia do adolescente : Medicina 618.92891 (17.) 618.928914 (18.) 6. Psicoterapia infantil : Medicina 618,92891 (17.) 618.928914 (18.) Apresentac&o da Edicdo Brasileira Apresentar um livro de terapia infantil de enfoque gestaltico no constitui tarefa muito fécil para alguém que sempre orientou seu trabalho com criancas a partir de uma perspectiva psicana- litiea. 1 poder olhar o diferente a parlir de seu referencial pré- prio, evitando a tentaco de um reducionisme, Caso contrario, corre-se 0 risco de desconsiderar tude 0 que de novo esta pers- pectiva. pode oferecer. Apesar deste risco, foi para mim uma experiéncia bastante gratificante e enriquecedora poder acompanhar Violet Oaklander dirigidos, procura abrir & crianga um espago a expresso livre de suas, fantasias_e. sentimentos, para que, quase como uma. conse- qiéncia espontanea, possa emergir 0 conflite de base, Poder favo- recer a crianga sair de sua soliddo e encontrar no outro.um eco ‘aos seus anseios mais escondidos, seria este o projeto da autora? Parece que sim. Tendo por linha mestra seguir o curso da propria experiéncia infantil, ela utiliza argila, areia, Agua, tinta, estérias, gravuras, ferramentas, toda uma gama de materiais \Gdieos que Ihe permite ver e responder as pistas dadas pelas criancas, funcionando como um continente & ecloséo daquele sen- timento ou daquela vivéncia, que, por alguma razo, a crianga nao se permite experimentar. Sem davida a prética de Violet aponta para além disso; apesar da importincia, talves excessiva, que ela empresta aos sentimentos no plano tedrico, 0 que nos aparece em seus relatos de caso é a erupcao de varias linhas de associa- cdo de idéias, sempre caminhando no sentido de favorecer & crianca a simbolizacdo do conflito no qual se encontra enredada. © que nos mostra gue, se a fantasia & seu campo de aca @ se a expresso afetiva é o seu guia terapéiitico, a experiéncia de Violet acaba conduzindo sempre a possibilidade de a crianga exprimir em palavras_aquilo que antes era sem nome e sem lugar. E, neste sentido, poder se situar melhor no complexo de circunstancias que a cercam e, por vezes, a coartam. N&o espere o leitor encontrar aqui uma elaborac&o teérica rigorosa; conforme ja disse, a pratica, muitas vezes, aponta para além da teoria. Espere encontrar, entretanto, uma mulher cheia de vida que tem a coragem de se despir dos esteredtipos e preconceitos do aduito, para tentar des-ccbrir, em toda sua intensidade, 0 complexo 'maravilhoso e intrincado do universo infantil. Maria Julieta Nébrega Naffah Maio de 1980 Este livro é dedicado a meméria do meu filho Michael indice Apresentag&o da Edigdo Brasileira 7 Prejacio 13 Introduedo 15 1, Fantasia 17 2, Desenho e Fantasia 35 O Seu Mundo 35, Desenhos da Familia 40, A Roseira 46. O Rabis- co Sl. Figuras de Raiva 57. Minha Semana, Meu Dia, Minha Vida 58. 0 Traco a Completar (Squiggle) 59. Cores, Curvas, Linhas e Formas 59, Desenho em Grupo 60. Desenho Livre 61. Pintura 62, Pintura com os Dedos 65. Pintura com os Pés 66. 3. Meu Modelo de Trabalho 69 Mais Idéias para Fantasia e Desenho 79. 4, Fazendo Coisas 85 Argila 85, Outros Exercivivs com Argila 98. Massa Plastica de Modelagem 94. Massa de Farinha 96, Agua 96. Escultura e Cons- trucées 97. Madeira e Ferramentas 98. Colagem 99, Figuras 102. Cartas de Tarot 103, 5, Estérias, Poesia e Bonecos 105 Estérias 105. Livros 111, Redacio 115. Poesia 118. Bonecos 124, Teatro de Bonecos 126. 6. Ezperiéncia Sensorial 131 ‘Tato 132. Visdo 133, Som 136. Masica 137. Paladar 142. Olfato 142, Intuicdo 143, Sentimentos 145. Relaxamento 146. Meditacao 148. Movimento Corporal 150. 7. Representacéo 159 Jogos Dramaticos Criatives 159. Tato 162. Viséo 162. Som 162 Olfato 163. Paladar 163. 0 Corpo 163. Mimica de Situagdes 164. Caracterizagie de Personagens 165. Improvisages com Palavras 165. Sonhos 168. A Cadcira Vazia 174. Polaridades 180. 8. Ludoterapia 183 A Mesa de Areia 190, Jogos 196. ‘Testes Projetivos como Técnica Terapéutica 199. 9. O Processo de Terapia 205 A Crianga entra em Terapia 205. A Primeira Sessao 209. Como ¢ ‘Meu Consultério 216, 0 Proceso de Terapia 216. Resisténcia 220. ‘Termino 223. 10. Comportamentos Problemdticos Especifices 231 Agressdo 232. Raiva 235. A Crianga Hiperativa 248, A Crianca Retraida 257. Temores 265. Situagdes de Tensao ou Experiéncias ‘Traumaticas Especificas 274. Sintomas Fisicos 280. Inseguranca; Grudar-se as Pessoas; Agrados Excessivos 288. 0 Solitério 292. Solidéo 296. A Crianga’ que Esté Dentro e Fora da Realidade 299. Autismo 302, Sentimento de Culpa 304. Auto-estima; Autoconceito: Auto-imagem 309. LL. Outras Consideragées 315 Grupos 315, Adolescentes 321, Adultos 329. Os Adultos Mais Velhos 330. Irmaos 331. Criangas Muito Pequenas 331. A Familia 334, Escolas, Professores e Treinamento 341, Sexismo 347. 12. Uma Nota Pessoal 349 Sobre a Autora 355 Ribliografia 357 Prefacio Quando lio manuscrito deste livro pensei: ‘“Todo mundo deve estar interessado nele — todo mundo que tenha alguma coisa a ver com eriangas”. Nao notei que o meu “todo mundo" tinha deixado alguém de fora. Quando as provas de paqué estavam sendo lidas em voz alta para serem comparadas com o manuscrito, Summer, de 7 anos, entrou. Ela comecou a fazer desenhos com pastel. Nao fez ba- rulho nem alvoroco; nao perguntou & mae quando ia para casa Ficou perfeitamente quieta, escutando a leitura do livro. Mais tarde, disse que tinha gostado. ‘Uma parte substancial deste livro sao criangas falando de si mesmas, com a honestidade que Violet Oaklander thes possi- bilita, Quem mais do que outra crianca poderia estar interessado nisto? Todavia, quando pensei nas pessoas que se interessariam, enxerguei apenas adultos: terapeutas, professores, pais. Nao in- celui a8 pessoas de quem o livro trata. Violet mostra que esta é 2 vasica de muitas das dificuldades em que as_crian- _§a8 se envolvem, Nos adultos freqiientemente Ihes .negamos in- formacao e expressdo, deixando-as. confusas. “Pare um instante e recorde a sua propria inféncia, e 2s suas lutas para entender o mundo da “gente grande” Violet tem recordacies claras, e esta é uma parte impor tante do seu conhecimento e compreensao das criancas. Ela pos- sui todas as credenciais oficiais, mas as_suas experiéncias com criangas eas suas memérias de’ infancia so muito mais impor- fantes. 1 nisto que ela se apbia na sua comipreensfo inica de “eomo foi que elas se perderam”. Alguns adultos nunca chegaram a encontrar a si préprios. Para eles, este livro pode ser o inicio de uma auto-descoberta; 13 um reencontro com partes suas que foram abandonadas na infancia. Violet afirma que nao criou nenhum dos métodos que em- prega. Mas a maneira como os emprega é altamente original e criativa, uma gestalt viva e flexivel: “Eu vou aonde a minha observacdo e intuicio mandam, sentindo-me livre para mnudar de direcéo a qualquer momento". Toda a sua gama de sentidos esté em ago quando ela se move com as criancas na redesco- berta do experienciar. Ela se sente & vontade com seus erros, menciona-os de passagem e diz: “Eu acredito que nfo ha c cometer um erro se vocé tem boa vontade e_abstémse de i terpretagdes e julgamentos”. (A mi poucos absterno-nos de julgamentos, ou sequer notamos que estamos interpretando.) ‘Violet conversa com as criancas de maneira simples e~direta de iima maneira qué a maioria de nés gostaria de ouvir o tempo todo, mas que raramente temos a possibilidade de expe- rienciar, até mesmo com nossos amigos mais intimos. “Eu disparo numa explicagao enorme... e finalmente digo: “Debby, na realidade eu nfo sei bem ao certo’.” “"Nés conversamos um pouco sobre a sua soliddo, e entio eu vocé, bem como para as criangas com quem voce esta. Barry Stevens Junho de 1978 14 Introduc&o Debby (9 anos): “Como vocé faz as pessoas se sentirem melhor?” “© que vocé quer dizer com isso?" (Obviamente estou sen- do evasiva.) . Debby: “Bem, quando as pessoas esto com vocé, elas se seatem melhor. O que vocé faz para isso acontecer? E muito dificil?” “Parece que vocé se sente melhor.” Debby: (fazendo que sim com a cabega, vigorosamente): “Sim! Agora eu me sinto melhor. Como é que pode?” Eu disparo numa enorme explicacdo a respeito de fazer as pessoas falarem sobre seus sentimentos, como faco isso, como fiz com ela, e finalmente digo: “Debby, na realidade eu nfo sei bem ao certo”. Sei que ha necessidade de um livro deste tipo porque sem- pre que entrava numa livraria, eu o procurava, Um dia percebi que estava procurando confirmag&o de algo que estava dentro da minha propria cabeca e do meu proprio corag&o, de como fazer terapia com criangas; eu queria uma afirmagao daquilo que estava dizendo em aulas e workshops. Meu trabalho com criangas tem sido para mim uma experién- cia de crescimento, Toda vez que uma crianca abre seu coragdo para mim e compartilha essa assombrosa sabedoria geralmente mantida oculta, eu sinto uma profunda reveréncia. As criancas ‘com quem trabalhei talvez ndéo saibam, mas elas me ensinaram muita coisa a respeito de mim mesma. Sinto-me privilegiada por ter. descoberto formas efetivas de ajudar as criangas a atravessar com mais facilidade algumas passagens dificels de suas vidas. Escrevi este livro para com- partithar @ minhas experiéncias, na esperanca de que mais adul- 15 tos encontrem meios de dar as criancas a assisténcia que estas necessitam para lidar com seu mundo, piblico e particular. Este livro é escrito para todos vocés que trabalham e vivem com criangas: orientadores e terapeutas que buscam novas for: mas de trabalhar com criangas; professoras que reconhecem que os sentimentos da crianga desempenham um papel importante na sua aprendizagem; pais que desejam encontrar métodos para se aproximar de seus filhos, e que talvez estejam curiosos para sa- ber o que passa numa relacao terapeuta-cr-anca; e aqueles que estéo no campo da satide mental e se afastaram do trabalho com gente jovem — nao porque nao gostem de eriangas, mas porque precisam de mais familiaridade com formas de proceder. O livro é escrito, também, para os adultos que possam querer entrar em contato com suas préprias infancias no sentido de uma melhor compreensio de si proprios hoje em dia. Espero que o compromisso com 0 meu trabalho, bem como a minha excitagéo com ele, com minhas idéias e com meus jo- vens clientes, fiquem claros nestas paginas, saindo delas e indo tocar vocé. 16 “Daqui a pouquinho pedirei a todos vocés no grupo que fe- chem 0s olhos, e vou leva-los para uma viagem imagindria de fantasia. Quando tivermos acabado vocés véo abrir os olhos ¢ desenhar alguma coisa que esteja no fim da viagem. Agora, gos- taria que voces ficassem o mais confortavel possivel; fechem os olhos.e entrem no seu espago. Quando vocé fecha os olhos, existe um espaco onde vocé se encontra. B o que eu chamo de seu espaco. Vocé ocupa esse espaco nesta sala, ou em qualquer lugar’? que_esteja, mas geralmente ndo o nota, Com os olhos fechados, nsegue ter a sensacdo desse espaco — onde o seu corpo esta, @ 0 ar que esta em volta de vocé. E um lugar gostoso de estar, porque ele é 0 seu lugar, 0 seu espago. Note o que esta aconte- endo no set corpo. Note se existe tensdo em alguma parte. Nao tente relaxar estas partes em que vocé talvez esteja tenso e rijo. # s6 noté-las, Percorra o seu corpo da cabeca até os dedos dos pés, e procure notar. Como vocé est& respirando? Esta dando respiradas profundas, ou respiradas curtas e répidas? Agora eu gostaria que vocé desse algumas respiradas bem profundas, Dei- xe o ar sair com um som. Haaaaaaah. Muito bem. Agora vou contar uma pequena estoria, e levar vocé para uma viagem de faz-de-conta. Veja se consegue acompanhar. Imagine aquilo que estou contando, e veja como se sente ao fazélo. Perceba se esté gostando ou nao dessa viagenzinha. Quando vocé chegar a algu- ma parte que néo goste, ndo precisa ir. Basta escutar a minha voz, acompanhar se vocé quiser, e vamos ver 0 que acontece. “Quero que voce imagine que est caminhando numa floresta, Arvores por todos os lados e passarinhos cantando. O sol passa através das rvores, e ha sombra, & gostoso caminhar nessa flo- resta. Ao longo da trilha hé flores, florzinhas do mato. Vocé esta caminhando por essa trilha. Dos lados hé rochas e de vez em a iW quando vocé vé um pequeno animal fugindo em disparada, um coelhinho talvez. Vocé esté caminhando, e logo comeca a perce- ber que a trilha estA subindo, e que vocé esta indo montanha acima. Agora vocé sabe que esta escalando uma montanha, Quan- do vocé chega no topo da montanha, vocé se senta numa rocha enorme para descansar. Vocé olha em volta. O sol esta brilhando; aves voam em torno de vocé. Bem na sua frente, com um vale no meio, ha outra montanha. Vocé pode ver que nessa outra monta- nha hé uma caverna, e fica desejando estar 14. Vocé nota que os passaros voam para la com facilidade, e gostaria de ser pAssaro. De repente, pois isto aqui é uma fantasia e tudo pode acontecer, vocé percebe que se transformou num passaro! Vocé experimenta ‘as suas asas, e com toda certeza pode voar. Entdo vocé decola e voa facilmente para o outro lado. (Pausa para dar tempo ao voar.) “Do outro lado vocé aterrissa sobre uma rocha, e instantanes- mente se transforma em vocé mesmo outra vez. Vocé trepa nas rochas procurando uma entrada para a caverna, e enxerga uma equena porta, Vocé se agacha, abre a porta e entra na caverna. La dentro h& espaco de sobra para vocé ficar de pé. Voce d& uma volta examinando as paredes da caverna, e de repente nota uma passagem — um corredor. Vocé anda por esse corredor e de repente nota que hé filas e filas de portas, cada uma com um nome escrito, De repente vocé chega a uma porta onde esta escrito 0 seu nome. Vocé fica parado na frente da sua porta, pen- sando nela. Vocé sabe que j4, j4 vai abri-la e passar para o outro Jado da porta. Vocé sabe que esse vai ser o seu lugar. Pode ser um lugar do qual vocé se lembra, um lugar que vocé conhece agora, um lugar com 0 qual vocé sonha, um lugar de que voce talvez nem goste, um lugar que voc nunca viu, um lugar dentro ou um lugar fora. Vocé nao vai saber enquanto nao abrir a porta. Mas, qualquer que seja, este sera o seu lugar. “Entdo vocé vira a maganeta e passa pela porta, Olhe para © seu lugar! Vocé esta surpreso? Dé uma boa olhada. Se voce néo vé lugar nenhum, invente um agora. Veja o que ha af, onde que cle fica, dentro ou fora. Quem esté ai? Ha gente, gente que vocé conhece ou néo conhece? Hé animais? Ou nfo hé nin- guém? Como voce se sente nesse lugar? Note como vocé esté se sentindo. Vocé se sente bem ou no? Olhe em volta, passeie pelo seu lugar. (Pausa.) “Quando tiver acabado, abra os olhos e estaré de novo nesta sala. Quando vocé abrir os olhos, quero que pegue um pouco de papel e lapis de cor, ou lapis de cera ou pastéis, e desenhe o seu lugar. Por favor, nao fale enquanto desenha. Se sentir que pre- cisa dizer alguma coisa, por favor, diga cochichando. Se vocé no encontrar as cores ‘certas para o set lugar, sinta-se livre para vir em siléncio pegar 0 que precisa, ou empreste de algiém. 18 Desenhe 0 seu lugar o melhor que puder. Se quiser, pode desenhar 0 seus sentimentos em relacio 20 lugar, usando cores, formas e tragos. Resolva se quer se colocar nesse lugar, onde e como — como forma, cor ou simbolo. Eu nao preciso ficar sabendo tudo sobre © seu lugar $6 olhando o desenho; vocé poderé explicé-lo para mim. Tenha confianca naquilo que vacé viu aa abrir a porta, mesmo que néo goste. Vocé teré mais ou menos dez minutos. Quando se sentir pronto pode comecar.” Uma fantasia como esta necessita ser contada em voz de! fantasia, & contada devagar, com muitas pausas para dar As 9 criangas oportunidade de “fazer as coisas que eu mando. fj: ° muito comum eu fechar os olhos ¢ viajar eu mesma pela fanta- sia enquanto conto, Tenho feito este tipo de desenho-fantasia com |, criangas em sessées individuais bem como em situagGes de gru-| ¢ Po, © com idades que variam desde os 7 anos até adultos. Eis) alguns exemplos de “lugares” de criangas e a forma como tra-| \ balho com elas. | Os desenhos de criangas que aqui aparecem so os otiginais. Os trasos prin- cipais de alguns deles foram realgados com um lépis de ceta ou crayon para possibilirar tima reprodugio mais clara Linda, 13 anos, fez 0 desenho de um quarto que incluia uma cama, uma mesa, uma cadeira, trés cachorros em pé no cho, eo retrato de um cachorro na parede. A figura era muito clara e tinha muitos espacos vazios. Linda descreveu seu desenho. Co- ‘mo estava num grupo, as outras criangas fizeram perguntas tais como: “Para que serve isso?” e ela respondeu. Pedi a Linda que 19

You might also like