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2 © Desenho da Figura Humana 2.1, Caracterizagao e fundamentacéo utilizagaio psicol6gica dos desenhos, em especi do grufismo, podemos assinalar, em resumo, doi da Figura Humana no diagnéstico da personatidade: 1 e da_maturagio no 0 Teste de Good- Avaliagio de aspectos de estrutura e dinamica da. perso- je, em que, de igual forma, o Teste over ressalta como a prova de mais completo desenvolvimento ¢ emprego. é citados na Intro- 40, & respeito do uso projetivo de desenhos ¢ dos procedimentos tam realizagio de desenhos tematicos sem modelos, o tema Humana se c n dos mais proficuos ¢’adequa- Como dos para a exploragdo da personalidade. Pode assumir a for isolada de desenho do proprio tema ou pode integrar conjuntos vore-pessoa, uma f a cena, iro caso, no amplo quadro de procedimentos ens rento, des- tacase a Técnica de Machover (“Dri uum dos mais padronizados quanto tagdo. Apresenta-se também como uma das téenicas projetivas mais lizadas na pesquisa ¢ na prética clinica. Segundo levantamento efetuado por Sundberg (1961), 0 Teste de Machover se situa entre os ttés primeizos no conjunto’ dos testes mais usados em. clinic psicoldgicas americanas, colocando-se logo apds © Rorschach ¢ antes 13 tros (1968), em di war © uso de’21 técni cas projetivas em pesquisas nos 18 anos anteriores, apontou resul- tado semelhante: 0 Desenho da Figura Humana colocando-se apés © Rorschach ¢ 0 TAT na lideranca das técnicas mais freqiientemente usadas. Mais recentemente, Klopfer e Taulbee (1976) confirmam h, TAT € DAP representam cerca de 70% das refe- j0 — desenho de uma pessoa, ¢ a seguir desenho de outra do sexo oposto — esté grande parte do que nos leva a considerar 0 DAP 0 exer do dese- no da projetiva. O Teste de Machover prec nados, a solicitacio de his- s sobre os mesmos, que podem ser contadas como respostas a uum questionério. Esta parte, porém, pode ser considerada comple: mentar, ¢ 9 estudo da projecdo evidenciada nos desenhos chega a ser suficiente, principalmente quando a ténica € usada ao lado de outras, em um estudo de caso — situacdo que € a desejével em iquer diagndstico. significado psicoldgico do Desenho da Figura Humana tem suas bases no conceito de imagem corporal. individuo ao atender & solicitagio — “desenhe uma pessoa” — langa sobre o papel a imagem corporal que possui ¢ que se torna vefeulo de expressio de sua personalidade. 5 Por imagem corporal Schilder (1958) entende: “aquela repre- sentagio que formamos mentalmente de nosso proprio corpo, isto 8, 4 forma como ele nos aparece”. E mais adiante acrescenta: “é a ima- ‘gem tridimensional que todo mundo tem de si mesm: amada também esquema corporal, ou modelo postural do cor- . “embora provenha dos sentidos, nfo é mera percepgio; hé aela quadros © representagdo mentais, porém tao pouco é simples representacdo”; envolve aspectos de ‘movimentos ou mot ona com 0 postural dos outros, E talvez do que pessoa conscientemente saiba acerca de seu proprio corpo, Essa formulagio inicial de Sc ider, revis ta por Fisher © Cleve- Ow mais extensamente: “Imagem corporal € um termo que se refere ao corpo como expe- rigneia psicoldgica e focaliza as atitudes e sentimentos do individuo para com o seu proprio corpo. Diz respeito as experiéncias subjetivas com 0 corpo e & maneira como foram organizadas tais experiéncias”. “4 Em um dos estudos mais completos sobre a jundan Desenho da Figura Humana como técnica projetiva, Abrah aanalisa profundamente 0 conceito de imagem corporal, © ponto cen~ tral do teste, lembrando que, dos 3S usualmente empregados esquema corporal, modelo corporal ou imagem do corpo, 0 tlt cagées psicolégicas Segundo su mo imagem corporal ‘nos remete complexidade e A vivacidade dos fendmenos que ele Nao no sentido proprio do term imagens e representagdes mentais, mas n&o se reduz a isso. também um espelho fiel de nosso corpo ou um simples resultado de nossa familiarizacao com nosso corpo tal qual € Cad ‘a imagem de seu corpo & sua prépria maneira, acentuando ou modi- ficando as diferentes partes em funcio dos mecanismos de sua per- sonalidade e de toda sua vivéncia passada e presente. A imagem corporal nfio é apenas consciente; € c 0 na base do corpo do outro, também. Nesse elementos v mas a imagem do outro nao esté ligada somente & sua aparéncia ‘fisica, mas principalmente qualidade de nosso relacionamento com ele. ‘A imagem corporal é uma unidade, unidade adquitida ¢ nao dada, e pode ser destruida, Implica uma ‘estrutura a algo dindmico: evidente na adolescéneia © produto de um ot como tim todo, uma alteragdo em uma parte dele por al fisico, por exemplo, nao introduzité modificacdes na imagem corporal apenas referente a essa parte; a mudanca seri geral, pois resultard de novas relagées consigo mesmo e com 05 outros. Abordando a construgio © o desenvolvimento da imagem cor- poral, Abraham ressalta entre os elementos constitutives: as sensa~ través das experiéneias éticas, téeteis, auditivas, olfativas e de Gor, tGnus muscular, irritagdes vestibulares em funcionamento con- junto; a motticidade voluntéria © involuntéria © as reagdes afetivo- Todos esses fatores esto em continua inte- fe interdependéncia; e todo 0 proceso no se reporta a u juo cm isolado, mas sim a um individuo em relagio com 9s outros. Nunca € demais acentuar 0 aspecto social na formacio ¢ no desenvolvimento da imagem corporal. Desde 0 inicio, a exploracio do corpo do bebé se da por efeito do interesse da mie por ele, donde a importincia da mie ¢ de sua n corporal ndo sempre fundamental a atitude dos outros em r proprio corpo e em relaclo ao nosso também. Ha u tinua entre a imagem de nosso préprio corpo e a imagem do corpo do outro, por um duplo proceso de projecio e de introjecdo. As identificagdes assumem capital importincia ‘na int ‘mas prosse- guem durante a vida toda. E a imagem corporal vai’ se desenvol- vendo como um produto da relagdo do individuo com os outros ios pesquisadores se preocuparam com a relacdo da imagem corporal com outras variéveis. Como assinalamos em obra jé men- cionada (Lourencio van Kolck, 1966) 0s estudos que foc: 8 limites do corpo como batreira defensiva mostraram a importante uéneia que a imagem corporal de um in comportamento quanto a nivel de aspiracdo, agressividade © afirma- ‘so pessoal, capacidade para contatos intimos expressivos ¢ até tude para com a gravidez, assim como quanto a sintomas psicosso- maticos exteriores ou interiores e ao padrio de reatividade fis Por outro lado, pesquisas sobre a catexe corporal, isto é, 0 grau de satisfacio ou insatisfago com as vérias partes e processos do corpo ou sentimentos do individuo integralmente rel: sob a forma’ de preocupagio autistica indevida com dor, doenca ou danos corporais; 3) baixa catexe corporal ¢ associada com sentimentos de inseguranga envol- vendo © eu; 4) tamanho do corpo € determinante importante a catexe pelo corpo; 5) catexe corporal e catexe do eu si correla cionadas. Podemos afirmat, portanto, que imagem corporal ¢ conceito de si mesmo se equivalem. A imagem corporal é projetada no desenho da figura humana e, conseqiientemente, 0 conceito de si mesmo. Mas 0 desenho pode também ser expressio de um tipo de aspi- ragdo do eu; um reflexo do que a pessoa gosta ou desgosta ou da- quilo para com 0 que se sente ambivalente; projecdo de alitude para com alguém do ambiente (pai, mae etc.); projecio da imagem ideal do eu; um resultado de circunstincias externas; uma expressio de padrdes de hibitos; uma expresso da tonalidade emocional; uma Projecio das atitudes para com o examinador ¢ a situacdo; uma ex- ressio das atitudes para com a vida e a sociedade em geral. Como diz Levy (1958), “€ usualmente uma combinagao de tudo isso”. Essa posi¢io € partilhada por Meili-Dworetski (1971), que a pagina 161, ap6s assinalar 0 quanto a crianga se exprime em seus 16 enhos ¢ particularmente no da figura humana, deno icia motoras ¢ afetivas, suas atitudes corporais ¢ seus impulsos, centua que o desenho € também um produto social, “Uma parte jos que o desenhista utiliza como material de suas reali- -m da influéncia exterior”, uma vez que “as observacd de maturidade A propésito de como a imagem corporal se projeta no desenho ra humana, escreve Machover (1956, p. 349) uando se dispe a desenhar uma pessoa deve, necessariamente, refe- irse a todas a imagens de si proprio e de outras pessoas que povoam sua mente, Desde que a organizacio do eu em termos de € atitudes & essencialmente seletiva, isto é, desde aue € um produto de experiéncias, identificagdes, projegdes e intro} 3 ralmente, que a imagem composta que con st intimamente ligada ao eu em todas suas des. Constituem uma legito 0 ntimero de pessoas indivi ualmente conhecidas por nés, e no processo de eriagéo da figura humana, alguns determinantes’ conscientes e outros subconscientes estdo trabalhando para nos levar a uma representacdo do corpo fluen- temente unida, Determinantes morfoldgicos e de idade e sexo cons- as fontes mais gerais das quais obtemos aspectos pertinentes mesmos, Imagens de esterestipos culturais e sociais conti buem também para 2 nossa concepcdo de uma pessoa. .. E, co: s, as imagens decorrentes de nossa propria e privada ica para nés mesmos. Todas essas imagens se entre meiam ou se incorporam para produzir a complexa ¢ sutil projegao do eu. Em um nivel mais inconsciente sio adicionados os simbolos que tém \do universal”. A medida em que isso realmente se passa € discutida por um bom mimero de pesquisadores, como tivemos oportunidade de apre- sentar em obra jonada’ (Lourengao van Kolek, 1966). Enguanto algumas pesquisas americanas realizadas com criangas portadoras de poliomielite crénica questionam até que ponto o Dese- ho da Figura Humana representa a imagem corporal, outras inves- tigagdes na Franca € mesmo nos Estados Unidos apdiam essa tese. Em que medida inteligéncia e aspectos emocionais se revelam m tem sido muito ado, com resultados que aponta evidéncias de projecdo emocional maior do que a de fatores intelec- tuais, mesmo em criancas. A influéncia da figura do examinador também tem sido a sada, com resultados que permitem negligen a casos excepcionais, Por outro lado, dados contraditérios sobre os resultados de estudos que focalizam a injluéncia de habilidade artis- tica sugerem a necessidade de cuidado ao interpretar desenhos de pessoas com habilidade pictérica, O ajustamento ou integracao da personatidade também tem sido ido nos trabalhos que pesquisam a validade do Desenho da Humana, com resultados nem sempre Aqui se coloca mais cl se apresenta para a validacio das téenicas projetivas e em especial das gréficas, com aplicacao direta para 0 DFH. Autores especializados apontam a insuficiéncia dos processos foc: Fig consiste na verificacdo de um ou mais tragos graficos ‘solados do contexto, quando sabemos que sé podem assumir signi- ficado pleno se integrados nese mesmo contexto. Como assinalamos em trabalho sobre validacao de algumas caracteristicas do DFH (Loureneao van Kolck € van Kolck, 1971}, nao tem sentido a a cago de métodos de validagio construidos essencialmente par testes quantitativos ¢ analiticos as técnicas projetivas que repous sobre prinefpios antianaliticos. desse problema, nessas validagdes empiricas a maior diff. culdade é a falta de critérios aceitiveis contra os quais validé-los, como bem discutem Klopfer e Taulbee (1976). Essas questies Ievaram ao desenvolvimento de processos de validagao de contetido e de constructo ou conceito, basicamente ra cionais ow ldgicos, conforme apontamos resumidamente em outra obra (Lourengao van Kolck, 1981a, cap. 1), que reporta o leitor 2 bibliografia necesséria. A propésito, nossa pesquisa inicial (Lourencio van K 1966) chega a uma validacio de contetide e de constructo do DFH de adolescentes de quatro grandes cidades da regio centro-sul do pats Com relacio & preciso ou fidedignidade, situagio semelhante se coloca no sentido de que os métodos usuais: equivaléncia, coerén- cia interna e estabilidade (vide Lourengio van Kole a, cap. 1) ndo sdo satisfat6rios para as téenicas projetivas em goral (Lourengio van Kolck, 1981b, p. 255-258). $_ como afirmamos, a deter nagtio da preciso de um teste constitui problema metodoléei no caso das técnicas projetivas, € em especial no do DHF, a questo se complica consideravelmente. Basicamente se coloca 0 problema do critério a ser usado, de definir univocamente. O que considerar como © equival 18 esenhos? Reparos se apresentam a essas duas propostas. No pri- iciro caso: que interesse oferece a constincia de determinados tra~ G08 grifieos, se dois desenhos feitos pelo mesmo individuo podem di ‘aspectos ¢ ainda assim fornecer dados equi- ‘No segundo: a verifieagao de evidéncias a qualidade global dos DFH de 60 univer- imtervalos de 3 a ido para julgar € a eficiéneia do jaca © 0 fato do intervalo entre os retestes no ter dificultado a tarefa dos juizes vvaram as autoras a coneluirem que a produgio fduo e Diante da inexeai pesquisas que se acumulam ano aps ano, repot gos de Swensen (1957 ¢ 1968) e Roback (1968), que procedem a exaustiva revisio critica do DFH na literatur brindo os pertodos de 1949 a 1956 e de 1987 1 1966 0 de 1956 2 1967 © segundo. [As conclusGes finais de Swensen (1968) em suas avaliagSes s do DFH foram de que as pesquisas, tendo-se desenvalvido fcaglio, estio oferecendo pro- ia técnica como um instrumento Por outro lado, a validade de um determinado aspecto desenho esti relacionada diretamente a preciso ou fidedignidade do avaliagdes globais sd0 mais fidedignas ¢ valides que a Resumindo, parece-nos licito afirmar que 0 DFH na técnica de over sofre restrigdes iguais as que se aplicam a outros pr ;mentos de avaliagio da personalidade, 0 que ndo 0 invalida co- 2.2, Guia pratico para uso da prova 2.2.1. Técnica de aplicagao A duragao é de 15 a 20 minutos, no ga (Anexos 2.1 ¢ 2.2). - F sirugodes: colocar a folha de papel cm pé, inte do suje de figura completa e nfo de desenho pedagdgico ir, Mas anota-se o fato, Observar discret a mar cha do desenho ¢ anotar. . ser adaptada para imo. Problemas: resistén- lo © apresentar outra folha na : “Agora desenhe wma figura ‘um homem’ (se 0 19 desenho foi do sexo Ap6s 08 dois desenhos: “Vocé vai contar uma histéria acerca desta pessoa; para ajudar farei algumas perguntas’ Machover nao deixa claro se se aplica 0 qt io as duas figuras; entretanto, Kohan (1961) afirma que Machover aplica o questionério a figura que representa © sexo do sujeito, 2.2.2. Esquema de avaliagio ¢ interpretagtio — a técnica ¢ o protocolo patologia concitor de med iticos, resultados de estudos sobre movimentos expressivos 1 lares, as primeiras interpretagées de Machover foram baseadas cm estudos de centenas de desenhos de pessoas de elinias, acompanha. dos de Psicodiagnéstico de Rorschach, J Segundo @ autora, o teste nfo permite diagnéstico diferencia ico no apresenta tragos diferentes do ps esquisadores, entre os quais dois b s Jr, 1957, 1958 e 1979), procuraram os 08 no DFH, Sendo cus o tiltimo chegou a estabelecer scala para determinar a deterioragao ou patologia mental para nosso meio (ver Lourencao van Kolck, 1971 © 1971a). 10 assinalamos na Introducdo, para possibilitar um apren- ais rapido e um treinamento mais eficaz no uso do Desenho ina, elaboramos um protocolo para avaliacao e inter- apresentado no Anexo 2.3. smos, a seguir, alguns pontos da Técnica de Avaliacao © Interpretacao, otientada para 0 uso desse protocolo. Como avaliar ¢ interpretar: s aspectos gerais do desenho: posicio da folha; .¢0 na pagina; tamanho relativo; qualidades do grafismo; re- desenhar, nega¢io, no completamento da figura ou ia de uma figura. As idéias de interpretacdo podem ser vistas tem 13.2 08 Aspectos Estruturais ou eno da Figura Humane: tema (quem € ide © 0 que esti fazendo) © tipo de imagem do corpo (realista compensat6rio); postura ou posigao da figura; acio ou movie nto; perspectiva; sucesso ou seqiiéncia do desenho e comentirio preliminar; proporcSes; pormenor:s; transparéncias; linha mediana, ‘atomia interna, articulagdes, simetria definida; complementos 20 ordem das figuras; tamanho relativo ¢ tratamento diferencial muras do par; e indicadotes de conflito. Os sigr 6 paginas 22 a 28, incluindo cabeca, cabelos, tragos do rosto, olhos, nariz, boca, orelha, mios ¢ dedos, tronco, trax, ombros, cintura, per ‘A atribuictio dos significados m a consulta & pagina 28 desta obra. 3. Analisar os Aspectos de Contetido: 0 compo © suas partes, Na interpretaco levar em conta: ficado fenomenolégico, funcional das partes do cor- po humano. 2. Que um traco isolado nada significa; deve ser considerado ‘em conexaio com os outros e no contexto geral do desenho. 3. Para compreender os significados individuais € necessério conhecer as caracteristicas das faixas etérias: consultar a série de desenvolvimento de Machover (1960 ¢ 1961) © 08 tragos expres sivos de criangas de 5, 7 € 8 anos de Oitativia (1977, p. 163-164); 21 mo no desenho de adolescentes; verificar os sinais comuns ividuais apresentados resumidamente A pagina 40 © por ex- tenso em Lourenggo van Kolck (1966), os indices patolégicos ou os sinais de perigo ou risco descritos por Schildkrout e outros (1972). Como fazer em relacdo as duas figuras: a projecio pode ser restringida & figura do préprio sexo (refletindo especificamente ati- ‘tudes para com 0 eu), pode atingir ambas (indieando que 0 traco dominante) ou s6 a do sexo oposto (refletindo especificamente ‘tude para com sexo oposto). Portanto, partir da figura do réprio sexo, mas analisar também a outra em seus aspects mais caracteristicns. Para elaborar a sintese: 1. Analisar a inter-relacio dos significados atribuidos aos itens do desenho, de forma a alcancar, se possivel, um quadro coerente de idéias que forneca uma visio compreensiva da persona- lade © seu ajustamento. 2, Levar em conta a impressio global causada pelo desenho. 3... Verificar os possiveis sinais de patologia: ver alguns dados em Freitas Jr. (1979) © Lourencdo van Kolck (1971) 2.2.3. Significado dos aspectos jormais no Desenhio da Humana 1. Tema Verificar se & esteredtipo, uma pessoa especifica ow auto-ima- m (para as duas tiltimas: a idade ajuda). Estudar o tema em elagio ao que pode si Esteredtipo = identidade em nivel de fantasia (fantasia para cscapar da inseguranca); indicativo de evasio dos problemas de rela jonamento pessoal (freqiiente em pessoas inseguras e dubitativas); es- reo inconsciente para deformar a realidade: palhacos, = desprezo ¢ hostilidade para com as pessoas; atitude autodeprecia- tiva; policiais, bandidos etc. sio encontrados em desenhos de eriancas com grandes problemas com os pais; feiticeira = hostilidade para com as mulheres expressa abertamente de forma punitiva (Jolles, 1969); estétuas, miimias etc. = enrijecimento das defesas, fuga das situacoes emocionais © vivas. 2a velhas = a atribuigio de idade & “como um indice dos desejos, atitudes culturais © temporal dos individuos” (Abraham, 1963, p. 43). Mais fixagio emocional ou alguma forma de reagir a uma situa- ie que leva o individuo a pensar em situacdes mais felizes, jores em sua vida; mais velha = desenhos feitos por cri is apresentam grande dificuldade em aceité-las como crian- ‘que as leva a inferiorizar essa exigéncia € a experimentar um desejo de crescer, portanto identificacao estreita com as figuras ae materna (Abraham, 1963); papel influente de pai ow nantes. Desenho pedagégico (ou figura em palitos) = freqiientemente ssentado por psicopatas € por aqueles que acham as relacdes inter- is muito desagradaveis; suspeita de organicidade (Jolles, 1969). 2. Postura da figura :n geral erecta = dispensa interpretagao; sentada, deitada = de- ‘ssi0; inclinada = instabilidade, equilfbrio precario (encontrada 6licos erénicos); parece estar caindo = 0 sujeito pode ser ico ow projetar sentimentos de iminente colapso da personali- e (Landisberg, 1969). 3. Ago ou movimento Em geral parada = dispensa interpretagio; cuidado no deter ‘ar 0s movimentos (explicitos apenas, aconselho); movimento = tasia, grande mobilidade psiquica, capacidade mental, agio, con- adaptagio. Movimento involuntério, violento ¢ desagra- nal patognoménico, muito usado por esquizofrénicos. Mes- mo sem esse sentido patol6gico, movimento presente em grande quantidade e intensidade = superatividade, impaciéncia, desejo de dominar. 4. Perspectiva Significado geral = grau de auto-exposicio. Figura toda de perfil = evasio e defesa; recusa a apreender a realidade quando o perfil & para a esquerda (freqiiente na quase tota~ lidade dos perfis, segundo Abraham, 1973). Entretanto a situacio € complexa e de dificil interpretacdo, pois a direcdo do perfil parece relacionada a0 uso preferencial da méo, canhotos desenhando mais para a direita que os destros (Grovitz, 1962). Além disso, o perfil € encontrado em criangas inteligentes ¢ acompanhando seu desenv 23 wento em dade; em rapazes mais do que ei ase em ps uidade © co) icio claro de evasdo, severa condi¢ao para- 5. Transparéncias Transparéncia de chapéu, roupa etc. = sentido diferente de tran do cozpo (anatomia i 6. Sucessio do desenko (seqiténcia) A segiténcia das partes do desenho: normal = cabeca, 0. Alteragdes = depressio. sérios: comegar uma parte, abandonar vez comeco de esquiz agos de um lado e de outro = obsessiio-com- ara outra, vol ‘ou desperso1 pulsio, 24 rucio do desenho é simétrica, porque a figura humana fea (em esséncia, no em detalhes). om ¢ igualdade entre as duas partes do corpo = wbses- rigidez (defesa muscular hiperténica con exteri ia = bragos e pernas diferentes quanto a0 Quando listirbio de simetria por des- ividade © difusio). 0 possa ser considerada patognoménico. jatomia interna ou transparéncia do corpo vase seguramente esquizofrenia. Concordancia de varios suas = obsessivo-compulsivo, 25, 12. Complementos Quando aparecem, devem ser bem anal Linka do solo = signiticado aproximado ao do Teste da Arvore, mas atengio ao fato de nio ser tio essencial a estrutura do desenho; quando acentuada = preocupacio com o estar no mundo; pessoa que quet saber onde esté © onde pisa. Auséncia de linha de solo, cando a figura como que solta na pagina = “sentir-se no at”. Paisa tendéncia ao sonho, contemplagao, indoléncia; dom de ima- agio, fantasia, afetividade, observacio, individuo fexagero ou paisagem como tema dominante = sente-se ameacado lo mundo exterior, est & mercé das forcas exteriores; auséncia de dade em relagio A realidade; ansiedade, depressao, cansaco, falta de controle sobre as idéias negras. Figura apoiada a um poste, a uma cerca etc. = necessidade de seguranca, falta de confianga em si, procura de apoio, falta de independéncia, Outra figura = encontrado em desenhos de erianeas criadas tituigdes, com falta de com- panhia afetiva real. Dizeres, versos e rabiscos sem si ‘mas improprias junto a figura = pode ser paratado, chistoso, irdnico, que revela incerteza, de confianca em si palmente 13. Proporgies Certa harmonia deve existir entre as vitias partes do corpo. Atencio as partes maiores e interpretagio de acordo com 0 si cado préprio, pois desproporgdes especificas de cabeca, mics © pés refletem problemas esp ‘Muita proporcdo = preocupagao com © que € certo © 0 que é errado. Desproporcdo pronunciada = desar- monia na personalidade e no comportamento. 14. Indicadores de conjlito ‘Tratamento diferencial dado a qualquer rea = indicagdo de conflito relativo a essa area. Os principais sio descritos a seguir. Correcdes ¢ retoques = insatisfacdo € inseguranca; as vezes, agressi- vidade. Borraduras ¢ rasuras, resultantes de correedes = inseguranga € desejo de pecfeccionismo. Rejorco da linha, isto é, recobrir linha 4 tracada com riscos mais intensos = sinal de ansiedade. Rejorcos suaves ow raros = brandura c passividade de temperamento, falta de variagSes no humor ou de expressio auto-afirmativa. Sombrea ‘mento = expresso de ansiedade; tensa a drea e mais intenso e sombreamento, mais ex Teaco de ansiedade. Sombreamento ndo excessive, mas sim moderado e aplicado facit- 26 = tato ¢ sensibilidade, mais do que ansiedade. Omissdes sto antes: omissdio dos bracos, das pernas ou pés, dos tracos fisio- ‘0s € das maos. Além da sugestio de conilito em relagio a izada, assumem outros significados que serio abordado 1° dos aspectos de contetido, a seguir. Para uma discussio mais fundamentada do significado de rasu- rejorco de linhas, sombreamento e omissio vide Lourencao van Kolck (1971a, 1973a, 1974, 1976 € 1981). 15. Ordem das figuras Sexo desenhado em primeiro lugar: do ponto de vista da iden- sagio sexual = normal primeiro 0 proprio sexo. Préprio sexo primeiro lugar = indicio de identificagéo com 0 papel caracte- stico do proprio sexo; poré caso contrério, concluir que se 1a de inversio sexual ou conflitos homossexuais € um pulo muito nde. E necessirio lembrar que inversdo sexual = adocio de Irdes basicos de comportamento tipicos do sexo oposto: ¢ homos- sexualismo = interesse acentuado, implicando envolvimento emocio- com atividade sexual, entre individuos do mesmo sexo. Lembrar também que 0 desenho pode no ser expresstio da gem corporal do autor e que outras varidveis podem influir no sexo do primeiro desenho: fantasias romanticas, preocupagoes. mo- mentineas ou outras condigdes tempordrias do sujeito, grande rela- do afetiva com 0 progenitor do sexo oposto © variagdes nas instru- Ges a0 administrar o teste. Para uma analise mais fundamentada, vide Lourenedo van Kolck (1961 e 1966) e Lourencio van Kolck e van Kolck (1971). Acrescente-se ainda outros dados de interpretactio, resultantes de pesquisas mais recentes: segundo Goldstein (1972), 0 stress osté sempre ligado ao desenho de personagens do sexo oposto em primeiro lugar anos evidenciam que esse fato se dé em sujeitos que tm maior esti pelo sexo oposto, denotam sentimentos negativos para consigo mes- mos € para com os outros ¢ sio mais dependentes; falt ranga quanto & propria imagem, nao tendo plena cons proprio sexo do ponto de vista das caracterfsticas sexu: mhecidas. 16. Tratamenio diferencial das duas figuras Reflete as atitudes do sujeito para com os dois sexos. Figura maior e mais elaborada = real importancia atribuida aquele sexo; valorizagio do préprio sexo ou ndo. Figura menor € menos elabo- rada = depreciacio, medo ou hostilidade. Pequena diferenciacao a7 entre as figuras masculina e feminina = fracasso em reconhecer 0 sexo oposto como diferente do seu préprio; desinteresse pelas carac- teristicas sexuais, desencorajamento respeito ou medo na aceitacto dos aspectos maturos do corpo. 17. Tipo de imagem do corpo (pode ser incluido no tema) Verificar se realista ow compensatério, sendo que 0 segundo tem significado igual ao dos esteredtipos; possibilidade de certo zoom fismo regressio; desenho esquemdtico = regressio ¢/ou evasio. 2.2.4. Significado dos aspectos de contetido 1. Cabega: tamanho retativo sentro de localizago do proprio eu; o poder |, 0 controle dos impulsos; junto com os tracos fisionémicos, expressa as necessidades sociais © 0 contato; & aa parte do corpo consistentemente mais exposta, ¢ a forma como é tratada projeta as aspiracdes intelectuais ¢ 0 controle dos impulsos. No desenho de criangas significa um pouco mais de dependéncia social ¢ emocional (a cabeca do adulto em relagio & seguranga emocional da cri Grande ideacional ¢ de controle, (po € dos impulsos vitais Enfase excessiva © confianca exagerada nas fungies ‘uma correspondente subestima Muito grande = aspiracdes intelec- nas também dores de cabeca ow gar (1962) di a interpretagio de ansiedade, mas também de inteli- éncia em relagdo ao famanho da cabeca, Pequena e sem énfase desenhio de neuréticos, deprimidos ou socialmente insdaptados; senti- mentos de inadequacao intelectual 2. Cabelos: comprimento, detalhes ¢ indicios de conflito Significado gerat: esfera da sexualidade; necessidades sexuais, possivelmente vitalidade sexual. Cabelos = expresso do que esta crescendo ¢ ¢ vivo. Entretanto, ao interpretar o desenho desta parte do corpo, & necessério atengio a0 esteredtipo soci Compridos ¢ em abundancia (dificuldade na determinagao do comprimento) = yitalidade sexual; sensualidade; luta pela virilidade (em sujeitos do sexo masculine). Escassos = virilidade insegura ¢ 28 uidado ou penteado = sensibilidade social, interesse em vel; em exagero = preocupaciio em des- mnte em adolescentes do sexo feminino) lade primitiva associada Destacados da cabeca = caréter regres- ou esquiz6ide. Sombreamento forte = conflito de virilidade mas, ansiedade com relacio aos proprios pensamentos Auséncia = sentimentos de impoténcia; passividade mento ¢ vacuidade (Machover, 1955, no caso de um jente juvenil). Muita atencao ao cabelo {duos narci- ; se presente no desenho de sujeitos c jequacao masculina e esforco consciente (Landisberg, 1969). Fita no cabelo da figura feminina ~ su- fe esforcos no sentido da contengao de impulsos. Franjinha ou ca- nna testa, na figura feminina = dominio dos impulsos sexuais bre os intelectuais 3. Ros licios de conjliro ou linhas extras ¢ i contorno, pintura Significado geral: parte mais expressiva do corpo, 0 centro m ortante de comunicagio; © contato sensorial com’ a realidade; 0 30 social do. individuo. Omisso dos caracteres faciais com contorno acentuado = ten- mneia a evitar problemas de contato; individuo evasivo com refe- ia a relagio interpessoal (superficialidade, cautela ¢ hostilidade so caracteristicas nas relacdes interpessouis desses sujeitos). Acen- magao dos caracteres faciais com contorno acentuado = sujeitos timidos © fugidios (importincia do proprio eu e forte tendéncia a spocentricamente bloqueada). Linhas extras, pa- nadurecimento ¢ profundidade ao rosto (testa e area outros ra dar maio naso-labial) = elaboragdo intrapsiquica (se corroborada tragos). Sombreamento leve na superficie = ansiedade ou culpa com relacio 20 contato social, Sombreamento forte ou pesado = estado de dissociagdo e despersonalizacio (Landisberg, 1969). Sombrea- ‘mento ou reforco no contorno = dificuldade na inter-relaco social. Tragos confusos na face = timidez ¢ acanbamento (Levy, 1958). Queixo bem pronunciado = compensagio de indecisio e medo de responsabilidade, 4. Bigode ¢ barba Significado geval: no plano da sexualidade = luta pela viriidade naqueles que tém sentimento de inadeqiiagto sexual ou dividas sobre 29, ‘8 masculinidade, Necessidade de demonstrar virilidade. Sinal de status social (Fukada, 1972). Influéncia do esterestipo social no significado de aspectos espe- cificos da barba: reforcada, em figura de peri 1, Juan) = compensagio de debilidade ¢ indecisa impulso para parecer socialmente enérgico e dominant chamar atengio, Enfase na barba pode denotar nect minincia, mais social que sexual, enquanto barba apenas delineada sugere sentimentos de impoténcia social. itp HAE: fermanto, dette, combreamento ¢ tacos de con lito Significado funcional: 6rg%o bisico para 0 contato com o mundo exterior; 0 ponto principal de concentragio para 0 sentimento do proprio eu e a vulnerabilidade do mesmo (“olhos so as janelas da alma”: podem revelar incerteza, medo ou perplexidade); grande parte da comunicagio social que se atribui & cabega se concentra nos olhos. Grandes = parecem absorver o mundo visualmente; curiosidade, dependéncia do ambiente ¢ das experiéncias visuais. Podem, tam- bém, significar a desconfianga do parandico ¢ 0 seu poder hipnético (se com olhar fixo). Nos desenhos de mocas = estimulo sexual. Médias = dispensam interpretagio, Pequenos = parecem excluir 0 mundo; apresentam-se associados a outros sinais de que 0 individuo esté absorto em si mesmo. Fechados = maior exclusio; propésito de concentrar-se sobre 0 préprio nascis nfo esté ativamente cerrado para o individuo, mes percebido vaga- mente, como uma espécie de massa no diferenciada = imaturi ce egocentrismo, hostilidade para com os outros; individuos histéticos, também, Grandes som pupila = culpa em relaglio 20 voyeurismo (Levy, 1958). Sé um circulo (assim como a boca, nariz ete.) = adultos retrégrados, déncia, emogio, super sem a drbita do olho = penetrante cautela e limitado campo de vis do paransico. Sobrancelhas e pestanas = significado nfo muito cla- ro; a segunda apresenta relaco com atragio sexual, conferida 2 figura. Sobrancelhas cuidadas = refinamento pessoal. ‘Sobrancelhas grossas = personalidade primitiva, éspera e nio inibida. Sobrance- desenhada por meninos, olhos grandes ¢ com pesianas = homossexualismo (Levy, 1958). Mas Grams ¢ Rider (1958) negam a validade das pestanas como indfcios de ho- mossexualismo, Omissao = suspeita de alucinagées visuais; sinal de deterioragio, segundo Freitas Jr. (1957): 0 de mais alto valor. 30 irmagio © provocacao ou desprezo. certa énfase = acento especi- fico da agressividade. zona erdgena, Oraao de fixagdes pr yentacio, distirbios di mperanca, crises de Enfase pelo tamanho ou formas es- festagtio de aspectos das at “em arco de cupido” = dependéncia oral em var que 08 labios recebem tratamento diferente nas figuras fe © masculina.) Dentes = infantilidade © agressio oral, ¢ mesmo sadi mo; encontrado em desenhos de esquizofrénicos e de histéricos. Li ‘gua = intensificago da concentracéo oral em um estigio primitive € com a adicio de sinal erético. Linha entre os ldbios (palito, cigar- 10, cachimbo) = acentuagio da concentracio erética. Omissdo, quan- do olhos e natiz esto presentes = cul agres- sto oral, com tendéncias si la.em individuos patolo camente’ deprimidos © també icos. 8. Orethas: tamanho, detalhes e indicios de conflito Significado funcional: 6rgio relativamente passivo (recepeio de impresses). Freqiientemente esto ocultas pelos cabelos; nas mu- Iheres 0s brincos nio sio para chamar a atencZo para as orelhas, mas para modificar e adomar 0 contorno do rosto, As orelhas ofe- recem pequeno interesse estético se no exageradas; portanto, siio mais omitidas nos desenhos. Entretanto, ocupam papel na economia do corpo. Distirbios ou distorgGes no tratamento = desde suave sensibili- é parandia sistematizada. ‘Também encontra- ivfduos surdos. Individuo com con mossexual, projetard idéias de auto-referéneia c reagies pa Deslocamento auricular, tal como localizagio da orelha d is fondmeno raro mesmo em pacientes psi circulo da cabec constitui indice prognéstico desfavordvel (Van De Loo, 1967). Ore- ha grande = individuo suscetivel & of stente & autoridade. édia = passividade. Pequena = inf ide; desejo de nio ouvir ticas. Brincos = preocupacio sexual, desejo de atrair. Detalhada ‘9 meso sentido das distorges ou énfase, € mais possibilidade de perturbacdo orginica na érea auditiva ou de’ uma incapacidade audi- tiva; alucinacao auditiva em individuos pi 8. Omissdo na figu- 1@ feminina = comum, quando 0 desenho do cabelo a oculta; omis- sio na figura masculina = sinal de indiferenga em relagio 20 sexo ‘masculino e sua aparéncia, principalmente se for em desenho feito gas; mas também pode sugerir alucinacZo auditiva, se a omis- Sao no se justfica, em desenhos de adultos. 9. Pescogo: dimensoes, detalhes e indicios de con{lito ignificado funcional: posicao estratégica no corpo; controla a organizagao corporal; serve como ligagdo entre os impulsos instintivos vindos do corpo ¢ 0 controle exercido pelo cérebro. Nio é propria stas so combinadas a5 da cabeca € as do tronco. Freqiiente érea de cor um problema central de integracao do eu em nossa cultura. Comprido ou longo = supercontrole repressivo (pessoas seve- © excessivamente pode ser indicio de sin- fade de engolir, pertur- bagies digestivas psicogénicas. Encontrado em desenhos de pessoas com disposigdes esquiz6ides que tém dificuldades de mentos com sentimentos ¢ impulsos vitais. Médio ptetagdo. Curio ¢ grosso = conduta guiada mais pelos instintos que 10 intelecto; obstinacdo e mau humor. Delgado ow fino = controle rigido; moralismo (principalmente se associado 20 comprido ou longo). Linha cortando-o = acentua a separacéo entre 0 controle ¢ ‘8 instintos. Colar ou outra j6ia, colarinho, gravara = maior énfase ‘a0 pescoco; forma especifica de controle racionalizado. Decote em V fixagdo sexual sobre os scios, com tendéncias “voyeu de Adao = desejo de virilidade. Enjase = encontrada em sexualmente débeis (diferenci pouco as duas figur: petplexos diante do proprio papel sexual, segundo Machover) © histéricos (Kahn e Giffen, 1960). Distoredo na forma, contorn lo ¢ sombreamento ou borradura no interior ¢ ‘0 e problemas com o controle corp. agdes somaticas ( , voz estridente, asfixia) coordenagaio dos aspectos intel ibertacsio ou perda de controle, de- samparo perante os impulsos que assaltam 0 sujeit ¢ ou regressiio, porque & uma realiz 10. Tronco: conformagio, detalhes ¢ indicios de couflite Significacdo geral: sede das visceras = vida instintiva ¢ emo- cional Signijicagdes especiais de ai t6rax ou peito (inclusive seios e fas, zona. genital Conformacio: linkas arredondadas ¢ suaves ‘menos agressiva, mais submissa € narcisista, linhas angulosas’ = maior masculinidade, agr traversiio; duplo trapézio = apesar de forma esqu cireular, © quadrangular, rande = presenca de muitos agudamente sente, Da cintura para cima apenas = problemas afetivo-sexuais sérios. Tronco pequeno = ne- 38. gacdo dos impulsos instintivos ¢/ou sentimentos de inferioridade. Lacunas, isto é, resistencias a fechar a parte inferior do tron¢ indicio de preocupagio sexual; conflito sexual bem desenvol tendéncias homossexuais, com culpa e ansiedade (Jolles, 1969 Omissdo do tronco (rara nos desenhos de adultos) = reptidio ao proprio corpo, em individuos regressivos e esclerosados; em indi. viduos de pouca cultura = rigidez e narcisismo. Ombros énjase = preocupagéo com o poder fisico ¢ com a perleicio Enfase exagerada = concentracio de interesse no corpo em grav ico. Ombros proporcionados = expressio flexivel ¢ bem ba- lanceada de poder interno. Ombros desproporcionados = desequi. brio da personalidade, com um definido conflito sexual (Landisberz, 1969). Ombros quadrados = atitudes hostis superdefensivas (Ham. mer, 1954). Ombros pequenos ou delgados = sentimento de infe- rioridade e/ou inadequacio, lo, ). Térax, em énfase ow grande, freqilentemente junto com os om- bros = preocupacio com a beleza corporal. Pequeno = inferiorida- de, problema somético. Sombreamento ou contorno duplo = n relaco ao desenvolvimento corporal como expresso nidade; problemas com a respiracio, Pélos no tra desejo de masculinidade; necessidade de conferir aspecto masci A figura; mas também sensualidade e narcisismo pelo corpo (Lan disberg, 1969). Seios na figura feminina: énfase através do tamanho (grande), do sombreamento ou da acentuacao do mamilo = feminilidade usada em desenhos de rapazes infantis = dependéncia a naterna dominante; em desenkos de mocas = identifica- io com a mée dominante, podendo também sugerir erotismo oral, igimento em relago ao préprio busto, necessidade de alimen- taco € de criagéo; pequenos ou apenas assinalados = preocupacio Teprimida com essa parte da figura, Enfase nos seios na figura compensacio, ambivaléneia sexual Cintura = dividir as duas zonas do tronco: supetior e inferior. Enfase (sombreamento ou traco reforcado ou interrompido) = ansie- dade com relacdo a essa divisio; repressiio na esfera sexual; forte conflito entre expressfio ¢ control Grande bloqueio no encontrar a érea corp Proporcio- ada = nada a interpretar. Pequena ou apertada, tipo “cinturita” da em explosées).Linka da cintura como jamento dos impulsos. ino = controle ¢ racionalizagao da tensio representada pela divisto do 34 corpo em zonas (quanto mais elaborado 0 cinto, maior tendéncia cm converter a tensdo em formas estéticas e proprias de expresso) Cadeiras néicgas = zona para expresso de conflitos e tendén- is homossexuais em rapazes. Proporcionada = dispensa interpre- io. Enfase (sombreamento ou tamanho grande) na figura femi- 1a feita’ por mocas = interesse pela maternidade, consciéncia do der que resulta de um amplo desenvolvimento péivico. Idem, na tura masculina jeita por rapazes = problemas homossexuais na genital: énfase (sombreamento ou desenho dos Srgios sexuais) = expresso de conflito ou distirbios, em intensidade pro- Representacdo dos Orgdos sexuais’ = mareado exibicio- ou preocupacio com a prépria identidade sc- xual (Landisberg, 1969). Segundo Gunsburg (1952) = sinal pato- , freqiiente entre psicdticos ¢ cpiléticos; Freitas Jr. (1957) = Kahn e Giffen (1960) = encontrado em esquizofrénicos; Grams e Rinder (1958) = nio é valido para indicar homossexualismo. Es = de mais de 5 anos = sinal de desadaptacao, atraso afetivo ou opesigio aberta ao ambiente, freqiientemente relacionada com conflitos familiares. Segundo Koppitz (1968, p. 64) = sinal de séria patologia, envolvendo aguda ansie- dade em relagio ao corpo ¢ pobre controle dos impulsos. Forquitha das calcas acentuada ow ausente, isto é, espago em branco ~ preo- cupacao sexual, mas nio necessariamente indicio de homossexualismo (Grams c Rinder, 1958). Abdémen com sombreamenio = ansiedade em relagio a0 “inf 11. Bracos: dimensées, posigiio, detalhes ¢ indicios de conflito Significacao funcional: contato com objetos e pessoas, dominar sas e produzir. Dados psi dutividade e eficiéncia; agressividade, culpa Ges pessoais ou a atividade sexual (mais as mos) Longos mas jortes ou grossos = ambigao, com certo poder de ago. Longos mas fracos e finos = amplos horizontes, porém capacidade de manipulagio. Curtos ¢ fracos ou finos = frustra- 40, falta de ambicdo e de confianga na prépria produtividade, senti- mento de fraqueza no manipular 0 ambiente, inadequacéo no con- redominante nos desenhos de pacientes orginicos (Resnikoff ¢ |. Médios (no comprimento € na grossura) = nada a interpretar. Em uma s6 linha = marcados sentimentos de inade- quacfio no contato; sinal de deterioracio (Freitas Jr., 1957). Corta- dos = conter o fluxo dos impulsos. Omisso = forte sentimento de inadequacdo ¢ de incapacidade de lidar com os problemas represen- jos pelas relagdes interpessoais; sentimento de futilidade no conti- 35

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