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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE TECNOLOGIA - ESCOLA POLITECNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NAVAL E OCEANICA LOAD OUT DE PLANTA DE PROCESSO PARA PLATAFORMAS TIPO MONOCOLUNA ‘Aluna: Ana Carolina de Oliveira Lessa Orientadora: Profa, Marta C. T. Reyes Co-Orientador: Peter Kaleft INDICE 2 INTRODUGAO.....eeessseeceseteeesneeee 2 AMONOBR .. 3 OPCOES PARA 0 DECK MATING... 3.1 INTRODUGAO.. cee 3.2 INSTALACAO DA PLANTA DE PROCESSO TRADICIONAL DE FPSOs .... 3.3. DECK MATING TRADICIONAL .... 3.4 MATING DE GRANDES BLOCOS 3.5 LOAD OUT DA PLANTA DE PROCESSO. 4 LOAD OUT CONVENCIONAL. 4.1 INTRODUGAO. 4.2. ETAPAS DO LOAD OUT CONVENCIONAL.. 4.2.1 Principios do embarque......-- 4.2.2. Filosofia do embarque ..... 4.2.3 Selecdo da Barcaca..... 4.2.4 Esquema de bombeamento 4.2.5 Condicao de lastro inicial......... - 13 4.2.6 Amaré e 0 embarque (load out) 13 5 LOAD OUT DA PLANTA DE PROCESSO. 15 5.1 LOCAL PROPOSTO PARA A Aorenacio 15 5.2 OPCOES DE LOAD OUT... 16 5.3. ELEMENTOS ENVOLVIDOS NA OPERAGAO .. 18 53:1 PLATAFORMA... 18 532 PLANTA DE PROCESSO 221 533 BARCACA DE TRANSPORTE DA PLANTA DE PROCESSO 22 6 —MODELACAO DA OPERACAO....... . see - eeseesanevensseanen seeseeeneenseee 2S, 6.1 O PROGRAMA 25 6.2 0S MODELOS 25 6.3 CONDIGOES DE CARREGAMENTO..... 29 6.3.1. Definigdo de carregamento... 29 6.3.2 Calculo do equilibrio inicial ... seveneanene 30 6.3.3. Seleco dos tanques a serem utilizados na operacéo. 31 6.3.4 Consideracdes sobre a operacao ......... 47 6.4 Analise da ESTABILIDADE da operacao ... 49 6.4.1 BARCACA FS-1 . sees oo eeseneeeecen 7 ssernenneeneeee 6.4.2. Condigo de estabilidade - Inicial 50 6.4.3. Condicéo de estabilidade - Final st 6.4.4 Mono BR... . feo 52 6.4.5 Condicéo de estabilidade - Inicial 53 6.4.6 Condicéo de estabilidade - Final....... 54 7 CONCLUSGES 56 8 BIBLIOGRAFIA csessessssesssnsessseessstesnsetsseetsssnsssstensestanaeesaneesanetnsseeessessasens ST 1 INTRODUGAO ‘Atualmente com as rapidas mudancas tecnolégicas, constantemente somos levados pensar em novas e mais eficazes alternativas. E buscando essas alternativas mais eficientes para a exploracao de petréleo, chegou-se ao conceito de plataformas FPSO do tipo monocoluna, ‘As unidades FPSO do tipo mono-coluna apresentam uma série de vantagens quando comparadas com uma unidade FPSO, como menores movimentas e menor peso de aco, No entanto a sua construcdo apresenta desafios especificos diferentes desafios apresentados pela construcdo de navios. Porém, para as plataformas em geral, uma das principais causas de demora na construcdo é devido ao tempo de instalacéo dos equipamentos e principalmente da planta de processo. Uma técnica altamente recomendada que garante uma melhora significativa na produgso de unidades FPSO no convertidas e, como conseqiiéncia, 2 redugéo do tempo tanto de edificacgo quanto de instalago ‘dos equipamentos, consiste em se explorar Paralelamente as estratégias de construco do casco e a integragéo do casco com os equipamentos. Uma forma de encurtar significativamente o tempo de construgao consiste na edificagdo em conjunto da estrutura da plataforma e da planta de processo para, depois de finalizada a construc de ambas, ser realizada a unio entre a planta de processo e 0 casco através de uma operacao chamada “deck mating”. ‘A operacao de deck mating é realizada por meio de uma embarcago que transporta 0 convés até a unidade e realiza sua transferéncia No caso de semi-submersiveis a embarcacao se posiciona entre as colunas da unidade & através da reducdo de seu calado, deposita o convés sobre os apoios previamente preparados na unidade, essa operagdo jé foi realizada, inclusive no Brasil No caso da MonoBR um processo semelhante fica prejudicado, pois ela nao possui aberturas que permitam a passagem de uma embarcacao. Uma alternativa é deixar-se uma abertura na regiao superior da unidade que permitisse 0 posicionamento adequado da barcaca. Uma vez posicionado o convés, os elementos de fechamento seriam soldadas 8 unidade, finalizando o processo de instalacéo do convés. Alternativas para a instalagéo do convés da MonoBR foram consideradas, como seré apresentado no decorrer deste relatério, A proposta deste trabalho é fazer a avaliacio do ponto de vista de estabilidade de uma operacao de load out de uma planta de processo para uma plataforma do tipo monocoluna, 2 AMONOBR ‘A MONOBR é uma plataforma que tem como caracteristica marcante 2 utilizagdo de um casco cilindrico com eixo vertical. Projetada para um deslocamento de mais de 120 mil toneladas, a estrutura terd um calado de aproximadamente de 45 metros, suficientes para suportar uma planta de processo de mais de 35 mil toneladas. A MonoBR estaré entre as maiores jé projetadas no mundo e terd capacidade de producao de 200 mil barris de petréleo diérios. Na figura 2.1 podemos observar um desenho da MonoBr ¢ na tabela 2.1 temos suas caracteristicas principals. Figura 2.1 - A MonoBR Tabela 2.1 ~ Caracteristicas Principais da MonoBR Caracteristicas Principais Diametro total 121m Diametro do moon poo! 4am Pontal maitiacia 86m Em alto-mar, os movimentos causados pela aco das ondas podem se tornar grandes inimigos das’ plataformas que extraem petréleo a milhares de metros de profundidade, em aguas profundas e ultra profundas. E possivel verificar esse fenémeno na bacia de Campos, © maior campo petrolifero brasileiro, onde as ondas do oceano Atidntico séo suficientes para balancar em demasia as plataformas petroliferas, por maiores estas que sejam. Logo, um dos principais focos no desenvolvimento de plataformas é a obtencdo de um melhor comportamento em ondas comparando-se @ outras concepcies jé existentes. Com isso, 0 casco foi projetado com base em estudos hidrodinamicos, sendo sua forma concebida de modo que as forgas de ondas no casco fossem minimizadas, sendo compensadas por aumentos na massa adicional e no amortecimento, em todos os graus de liberdade, Para atingir tal caracteristica, 0 formato do casco englobou um moon pool central variacées do didmetro na altura da linha d’agua (praia), além de dispositivos redutores de movimento chamados de saias, que esto presentes externamente ao costado internamente ao moon pool As “saias” so estruturas na parte inferior do casco, que produz efeitos semelhantes as bolinas de navios, aumentando a massa adicional e 0 amortecimento do sistema. Por se tratar de um sistema estaciondrio, sua dimensao néo fica limitada & resisténcia 20 avanco, e sim as limitacées estruturals. © moon pool também é baseado em sistemas jé conhecidos, sendo utlizado para a passagem de equipamentos em navios de perfuragdo. Seu dimensionamento usual é feito de modo que 0 movimento interno da Agua seja minimo. O moon pool atua também como um redutor passivo de movimentos, devido 8 diferenca de fase entre os movimentos de heave da plataforma e da agua interna ao moon pool, semelhante a um sistema massa-mola Do ponto de vista estrutural, embora a MONOBR seja um casco cilindrico, a concepgdo desta foi toda pensada visando a utilizacdo somente de chapas planas e reforcadores, paralelos, aumentando a possibilidade de automagdo de soldas, minimizando a quantidade de HH por tonelada de aco processada, Em relagio aos conceitos de FPSOs baseados em cascos com forma de navio ou balsa, a MONOBR apresenta algumas vantagens que podem ser mais ou menos significativas dependendo do cenario de producao, como: + Apresenta as caracteristicas de movimentos de uma semi-submersivel convencional, porém com alta capacidade de armazenamento. + Os baixos movimentos so muito convenientes para a utilizacéo de SCR(Steel Catenary Risers). + _ Maior reserva de estabilidade na condicio avariada, permitindo correcdes nos angulos de banda. + Flexibilidade operacional_no que tange a0 carregamento descarregamento de tanques e a capacidade de atingir calados propicios para inspeco ou reparo, apenas com operacées lastro e desiastro. + Baixa razo peso estrutural/deslocamento da unidade. + Facilidade de construcao, podendo ser adotadas préticas convencionais de fabricacdo e montagem, + Flexibilidade na escolha do local de conexéo dos risers, se externos ao costado, podendo ficar no nivel do convés ou no da prépria saia, ou internos ao moonpool.. + Menores movimentos, possibilitando a utilizag3o de SCR em catenéria 3 OPCOES PARA O DECK MATING 3.1 INTRODUCAO Considerando que a melhor solugo para reduzir 0 tempo de construcdo é fazer a edificagdo da estrutura da plataforma e da planta de processo em paralelo, foram consideradas e indicadas a seguir as alternativas vidveis para a instalagio do convés da MonoBR. 1. Instalagao da planta de processo tradicional de FPSOs . 2.- Deck mating tradicional como o realizado em plataformas semi-submersiveis. 3. Mating de parte do casco com a planta (flutuante) e com submersio do casco restante. 4.- Load out da planta de processo completa. 3.2 INSTALAGAO DA PLANTA DE PROCESSO TRADICIONAL DE FPSOs ‘A instalagio da planta de processo da forma tradicional de FPSOs é realizada por meio do igamento dos médulos da planta. Equipamentos capazes de levantar cargas pesadas séo comuns em estaleiros, e na ultima década a pré-fabricacdo tornou-se uma pratica padréo, conseqentemente, o planejamento do icamento dessas cargas um elemento importante na ordenacdo, programacao, orcamento e seguranca da construcéo. No entanto, diferentemente dos FPSOs para os quals a operacdo de montagem da planta 6 realizada no cais, neste caso, em decorréncia do pontal da monocoluna ser muito maior, a operacio vai depender da disponibilidade de altura dos guindastes para que ela seja montada no cais, ou a operacio pode ser realizada em lugar abrigado com profundidade suficiente para que a plataforma seja lastrada e com o uso de cabrias de grande capacidade, 3.3 DECK MATING TRADICIONAL Para a realizado do deck mating tradicional, semelhante ao realizado nas plataformas semi-submersiveis, tera que ser praticada uma abertura na casco, que dependeré das dimensdes da embarcacao de transporte utilizada para a operacio, A figura 3.1 ilustra a seqiiéncia da operacéo de deck mating tradicional, nela podemos ver 0 corte na estrutura do casco, neste caso, da largura do moon pool da plataforma, Figura 3.1 - Deck mating tradicional ‘A operacdo de deck mating aconteceria da forma tradicional, com a plataforma sendo lastrada, a barcaga sendo rebocada para dentro da abertura e, depois, sendo lastrada para permitir 0 assentamento da planta sobre o casco. E para o fechamento do casco, teriam as opgdes de instalar blocos, porém esta opcéo apresenta alto grau de complexidade, pois os blocos teriam que ser rebocados, posicionados e soldados ao casco, ou ainda adaptar o projeto de forma que a abertura seja permanente, sendo que esta apresenta o inconveniente de diminuir a capacidade de armazenamento de plataforma: ‘A figura 3.2 ilustra como ficaria a plataforma adaptada, sem o fechamento do casco. Figura 3.2 - Deck mating sem fechamento do casco. 3.4 MATING DE GRANDES BLOCOS Esta opgdo consiste em construir 0 casco em duas segdes separadas, a secdo inferior seria provida de gaiutas provisérias para fornecer fiutuabilidade e estabilidade suficiente a estrutura, a parte superior € planejada de forma tal que tem fiutuabilidade prépria ‘Ambas as ‘partes devem ser providas de fechamentos provisérios para manter a estanqueidade dos tanques. As partes seriam transferidas até um lugar abrigado e com profundidade suficiente para realizar a operacdo de mating. No local a parte inferior € afundada de forma a permitir a insersgo do bloco superior e realizar a solda dos elementos. Este tipo de operagdo jé foi realizado em maio de 1998 para a plataforma de perfuragdo Molikpaq, que esta ilustrada na figura 3.3 abaixo, e coincidentemente as anélises de estabilidade para esta operacao foram feitas no programa MOSES, programa que utilizaremos neste trabalho. Figura 3.3 - Seqléncia de mating da plataforma Molikpaq. 3.5 LOAD OUT DA PLANTA DE PROCESSO Uma outra opgéo que se apresenta é 0 load out da planta de processo completa, esta operagdo consiste em submergir a plataforma até certo calado e realizar a transferéncia da planta de processo desde uma barcaca. Na figura 3.4 podemos ver uma proposta inicial de load out. Em comparago com as outras opgies de deck mating, o load out mostra-se bastante vantajoso, ja que nao é necessario realizar modificagdes no projeto original, que ndo tem intervencdo na estrutura e é eliminado 0 tempo de soldagem e alinhamento dos elementos estruturais. Com isso o tempo total da operacéo é reduzido consideravelmente. Por se mostrar a opco mais interessante em comparacao com as demais, a operacio de load out seré a opcao a ser estudada no projeto. Figura 3.4 - Proposta de load out utilizando guinchos. 4 LOAD OUT CONVENCIONAL 4.1 INTRODUGAO © procedimento denominado de “load out” convencional consiste da transferéncia de uma estrutura oceénica construida em terreno plano, em estaleiro sem carreira de langamento ou dique seco, para uma embarcagdo de transporte cuja funcao é levar a estrutura até um local adequado & colocagio em flutuacao. Procedimentos de load out tiveram inicio com o langamento de jaquetas e foram evoluindo até o load out de unidades FPSO de grande porte, lancadas em blocos estanques e interligadas j4 em flutuacdo. O load out consiste em apoiar a estrutura sobre um berco munido de roletes ou dispositivos de deslizamento e transferi-ia ao longo de trilhos € por meio da aco de guinchos ou “strand jacks” para uma embarcacao de transporte cujo objetivo é levar a estrutura até o local de posicionamento definitive. Do ponto de vista hidrostatico 0 processo de load out demanda um controle muito Preciso da sustentacdo que 2 embarcacdo de transporte fornece a estrutura em lancamento. Este controle é exercido por meio do esgotamento de tanques estrategicamente posicionados na embarcacéo de transporte. Na medida em que a estrutura ocupa uma area progressivamente crescente sobre o convés da embarcagio de transporte, demandando com isso uma sustentacdo de magnitude crescente, a embarcacdo de transporte tem seus tanques esgotados fornecendo a sustentacéo necessiria. Dado que este procedimento pode se estender por varias horas, um controle do efeito de marés também é necessdrio, Uma vez estando a estrutura definitivamente posicionada sobre a embarcacSo de transporte, seque-se a fase de reboque do conjunto até um local adequado a colocacao em flutuacdo da estrutura, Nesta fase tanto a estabilidade estatica quanto 0 comportamento dindmico do conjunto precisam ser cuidadosamente avaliados dado que o centro de gravidade do conjunto pode se elevar significativamente. Por fim, na fase de colocagéo em flutuacdo da estrutura, a embarcagdo de transporte & gradativamente submergida por meio de lastreamento até que a estrutura ganhe flutuacao prépria e se desprenda da embarcacdo de transporte, Esta ultima fase é semelhante ao processo que ocorre em um dique flutuante, entretanto, dada a reduzida rea de linha d’ agua fornecida pelas extensées de flutuaco (gaiutas) da embarcagio de transporte, um estudo cuidadoso dos movimentos tanto da estrutura quanto da embarcacao de transporte é necessério para se avaliar o risco de abalroamento vertical entre ambas. Do ponto de vista estrutural é necessaria a provisio do controle das tensées atuantes tanto na estrutura sendo transportada quanto na embarcacao de transporte dado que ambas, por serem constituldas de materials elasticos (camo 0 aco) sofrem deformacdes significativas e ficam sujeitas 2 uma evolugdo de tensdes cujos limites precisam ser controlados. 4.2 ETAPAS DO LOAD OUT CONVENCIONAL Uma completa rede de compatibilidade deve ser estabelecida previamente ao embarque de estruturas. Desde a selecdo de barcacas até o lastreamento, condicao essencial para neutralizar eventuais transtornos pelas variagées de maré. 4.2.1 Principios do embarque A carga a ser embarcada ¢ transferida do cais do estaleiro para o convés de uma barcaca que estaré flutuando junto ao cais, devidamente fundeada e amarrada em posicao. Para que a transferéncia se realize em seguranca e sob completo controle é necessério gue a barcaca esteja nivelada com o cais e que esta condicéo permaneca constante durante toda a operacdo. De uma maneira mais explicita, deve ser observado 0 seguinte: + A barcaga deve ser lastrada para permanecer em aguas parelhas durante todo o tempo; © empuxo fornecido pela barcaca deve ser constantemente igual ou ligelramente superior & soma de todas as cargas sobre a barcaca; +A barcaga deverd permanecer horizontal e alinhada com a direcéo de embarque durante todo o tempo necessario & operagéo; Na prética todos estes pardmetros sdo mantidos dentro de tolerancias aceitdveis, 4.2.2. Filosofia do embarque A filosofia do embarque consiste portanto no sequinte: + Selecionar uma barcaca que seja compativel com a carga a ser embarcada e.com 0 cais de embarque; + Estabelecer um esquema de bombeamento que permita manter as condigdes prescritas nos principios basicos, ou seja: © Neutralizar a variagéo da maré; © Neutralizar 0 afundamento pelo embarque da carga; © Neutralizar os momentos longitudinal e transversal provocados pela entrada e movimentos da carga sobre o convés da barcaga; + Estabelecer uma condigéo de lastro inicial que permita atender ao esquema de bombeamento e ainda; © permita iniciar 0 embarque no inicio do tramo ascendente da curva de maré; © permita completar o embarque bem antes da estofa da preamar; © se possivel permita, em caso de ndo se poder completar 0 embarque no tramo ascendente da curva de maré, manter a barcaca nas condicées prescritas nos principios, durante a descida da maré, até a balxa-mar subseqiente e recomecar o embarque no ciclo de maré subseqiente.

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