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Esse con- fescente autonomia as ciéncias naturais do 6s primeiros alunos d= + (1876-1960) e Rober: Nicam-se a tornara cul- ea desconstruir as no- acionistas (a organiza: sete), 1920-1950: 0 functonatismo britdnico eo: eiro lugar, a0 cha (que consiste em ‘segundo eles, ‘nao encamariam nossas ori. ‘gens, e sim variagdes sobre o tema das necessi- dades universais das sociedades htmanas e das Se Ola i nap) mente fentesco, or ganizag0 Social, crencas, ritos), eaos lacos que i ; ; i | | i i odemos tecer entre esses die Be man thos dos funcionalisas sobre a Aca « opost 20 entre a socidades segmentatias © so. | ciedades centralizadas, que representam dois i ; modelos de gestao da agdo coletiva, Paralelamente, ACOTESCENCa. F assim que Ruth Benedict® (1867- 1948), Margaret Mead’ (1901-1978) e Clyde KI 1950-1980: 0 estruturalismo e0 neoevolucionisimo 661 se apoiam em pressupostos bastante mgeneos, 2 s0FISERTESAINL, desenvoivida por Glucte LeveStauso” (ascido Ss franspde essa ideia a unidades 'maiores, como terminologias de parentesco, re- ras de matriménio, mitos que ele demonstra, com 0 auxilio de algumas regras de oposicao, estarem relacionados as mesmas categorias da experiencia humana: as relag6es sexuais, o ma- triménio, a vida, a morte, a sociedade, a nature eorge P. furdock* (1897-1985), Leslie A. White (1900- 1975), Julian H., Steward (1902-1972) realiza ‘TEMAS E NocOES aNTROPOLGGrCAS A:sucessao das escolas e das inspiragies em antropologia pode dar a Impressao de que se tata de uma disciplina instével e com delinea- mento impreciso quanto ao objeio, aos méto. dos © aos argumentos. E de fato, 0 homem, 2 humanidade, ndo ¢ simplesmente um objeto 682 de estudo cientfico: o que se pode dizer varia extremamente de acordo com o interesse que se tem, seja em suas produgdes materials, seja nas representagGes, na regularidace ena diver- sidade destas, etc. 0 que ha em comum entre 0 “ramo de ouro” de J. G. Frazer, 0 quadro da sexualidade melanésia de B. K. Malinowski, a descrigao do “despotismo oriental” de Karl Wittlogel e a nocao de “parentesco selvagem" de C. Lévi-Strauss? Na realidade, nao podemos esquecer que a antropologia nasceu da obser- vacio pelos ocidentais de priticas, crengas & costumes dotados de regularidacle, mas pro- fundamente diferentes dos seus. Uma ver. eli- minado 0 racialismo, a antrapologia nfo ces- sou de encontrar regularidades, até mesmo universais". O evolucionismo buscou ori portanto, estabeleceu uma tulgdes primitivas"; 0 funcionalismo investigou 0 equilfbrios aletivos e sociais e assim estabe- leceu uma ciéncia das normas nao escritas; 0 estruturalismo investigou as categorias univer- sais do espfrito, estabelecendo uma ciéncia das formas fixas da cultura. ‘Mas esses pontos de vista sucessivos possuem ‘um aspecto comum: 0s abjetos em que a antro- pologia se apoiou, por terem presenga universal ‘ou supostamente universal, para levar a cabo suas comparagbes. Quais so esses objetos? = Os sistemas de parentesco.e matrimonio. Es- tudados ininterruptamente de L. H. Morgan aos dias de hoje: sua variabilidade mostrou que es- tavam longe de ser fatos naturals, e que desem: Penhavam o papel de uma instituigso, Durante ‘muito tempo, viu-se nos sistemas de parentes- ‘coe matrimonio a norma pela qual os grupos se reproduzem numa populacao. C. Lévi-Strauss ‘mostrou também como o parentesco afetava as regras de trocas matrimoniais, de acordo com ‘um ntimero limitado de formulas ~As formas de governo. O poder* é uma inst tuiedo nas sociedades sem Estado"? A autorida- ‘que esta alicers da, sendo na forcat Os estudos mostraram trés tos de autre fundamenada gg et ws assuntos mals debatidos. Nas sociedades nao monérquicas, os estudos sobre a Africa encon- ‘raram um modelo de gestao dos contflitos sem DIGIONARIO DE CIENCIAS HI arbitragem, que poe em questio a definice funcional do Estado modemo. A (Como podemos que nosso avé € uma serpente? A surpresa dos eruditos diante das exengase das religioes di ‘primitivas” e antigas nunca se esgotou. Ds ‘animismo* de E. B. Tylor & antropologia coz nitiva de hoje (Pascal Boyer, Dan Sperber), p3s sando pela nogio de “mentalidade primitiva’, « antropologia propos muitas sinteses e conce!- tualizagdes nessa drea, A antropologia estruts- ral separou nitidamente o que ¢ préprio do sim bolisio e da crenca, o que tem uma coerénc' © 0 que 6 irracional. (C. Lévi-Strauss, La Pensce sauvage {O pensamento selvagem|, 1962). despeito de sua abundante ¢i versidade, 0s rituais rligiosos ou magicas m tram em toda parte do mundo impressionantes analogias de forma e funcio, A elaboracao fesquemas universals como 0 sacrificio* Mauss, “Essai sur la nature et Ia fonction du cifice” (Ensaio sobre a natureza e a fungao &: sactificiol, LAnnée Sociologique, n¢ 2, 1899), rito de passage (A. Van Gennep, Les Rites di passage (Os ritos de passagem), 1909), 0 rito de afligdo (V. W. Turner, The Drums of Aftiction: 2 ‘Study of Religious Process among the Neembs: Zambia {Os tambores de afligao. Analise dos © tuais nos ndembu de Zambia}, 1968) ¢ 0 rito de possessao (G. Rouget, La Musique et la Transe miisica ¢ 0 transe}, 1980) comprovam, sem es- gotar a andlise, a existéncia de um campo de. rnhecimentos jé estabelecidos. An ‘na Europa, mas nos liza com abordagens naturalistas inspirad=s pelo darwinismo, como a ecologia cultural* psicologia evolucionista’, Na Franca, a partir final dos anos 1970, passou por duas grandes transformagées: uma em relacdo ao objeto « outra em relagio ao método, ‘A orientacao exotica das pesquisas, abalac pelo anticolonialismo e pela critica antidoutr nriados anos 1970, foi entravada de fato por é- ferentes.processos: descolonizacao, aberturs econdmica e politica das sociedades agraias © tribais, critica da neutralidade do pesquisado Assim como, dez anos antes, 0 Socorro as tr ‘goes em vias de extingdo estava na ordem ANTROPOLOGIA dia, uma parcela da prof ‘o estudo das transforma ‘mo tempo, o distanciam da alteridade cultural se até a ser considerados 1 ‘um residuo de evolucior as sociedades se dividar tivas/civlizadas, traicio senvolve-se uma politics tropologia, com a criace de uma misstio do patrir ‘Surgem novas especialic bana, etnologia do préxi do contemporanea. Sei amplamente os objetos ila, folclore, vida rura geiras): o esporte, as inst petéculos, as praticas pr baittos, 0s jogos, tudo i: pelo antropélogo (mas s Bia"), no momento com ‘quanto aos beneficios int ficagio e um enfraquecit sociologia e antropologie Simultaneamente, po ‘outras coisas, le uma on niente dos pafses anglo-s colocada em questo. Di cam a contestar a autorie valor informativo das pr antropélogos:o trabalho a escrita etnogrifica, a p escothas temdticas pre ‘como artificios legados | simplesmente como ref pesquisador, endo como ber cumulativo, Alguns, reconizan uma antrop narrativa, outros defende flexiva das praticas antre ford). Essa cise epistern Estados Unidos na area d atingiu em profundidad: peia, que foi mais marca de objeto que de método em relagdo & teoria, nota exclusivamente soctal6g SHAS HUMANAS 580 a definigio © podemos crer 2A surpresa dos as religibes ditas se esgotou. Do atropologia cog: 1m Sperber), pas- ade primitiva’, a rnteses e concei- ‘pologia estrutu- § proprio do sim- uma coeréncis rauss, La Pensée “ml, 1962). a abundante di au magicos mos- impressionantes A elaboracao de 1 sacrificio (M4 3 fonction du sa- zaea funcao do ‘e, n® 2, 1899), © ep, Las Rites cle 1909), 0 ito de as of Affliction: @ 1g the Ndembu of 9. Andlise dos ¥i- 1968) € 0 rito de ‘eet la Transe rovam, sem es am campo de co: tural predomina sido ainda riva- listas inspirades gia cultural® e 2 ranea, a partir do or duas grandes {680 a0 objeto © squisas, abalade ritica antidoutr- dade fato por dt izagio, aberturs lades agrérlas ou do pesquisador. socorro as tradi wa na ordem de ia, uma parcela da profissao se volta agora para © estudo das transformagbes em curso. Ao mes- ‘mo tempo, 0 distanciamento ¢ o valor exemplar da alteridade cultural se enfraquecem e passam. até a ser considerados um artficio prejudicial, lum resfduo de evolucionismo que pretende que as sociedades se dividam em dois blocos: primi tivas/civilizadas, tradicionals/modernas, ete. De- senvolve-se uma politica de “tepatriacao" da an- ‘tropologia, com a ctiagao, entre outras coisas, de uma missao do patrim@nio etnoldgico (1981), Surgem novas especialidades: antropologia ur- bana, etnologia do prdximo*, etnologia do mun- do contemporaneo. Seus objetos ultrapassam amplamente os objetos classicas de estudo (fa- ‘fia, folciore, vida rural, comunidades estran- _geiras): 0 esporte, as Instituigdes politicas, os es~ eticulos, as praticas profissionais, 0 lazer", 0s bairros, os jogos, tudo isso se torna observavel pelo antropdlogo (mas sob o nome de “etnolo- ‘g1a"), no momento com um pouco de incerteza quanto aos beneticios intelectuais dessa diversi- ficacdo e um enfraquecimento dos limites entre logia e antropologia. Simultaneamente, por conta do efeito, entre outras coisas, de wna onda de autocritica prove= niente dos pafses anglo-saxdes, a disciplina 6 re- colocada em questao. Diversas correntes come- am a contestar a autoridade e a desconstruir 0 valor informativo das priticas e da escrita dos antrop6logos: o trabalho de campo prolongado, a escrita etnografica, a postura distanciada e as escolhas tematicas preconcebidas aparecem ios legados pelo olhar colonial, ou simplesmente como reflexo da psicologia do pesquisador, enao como contribuigées um sa- ber cumulativo. Alguns, como Clifford Gertz", reconizam uma antropologia interpretativa & narrativa, outros defendem uma abordagem re~ flexiva das préticas antropoldgicas (James Clif- ford). Essa crise epistemol6gica”, virulenta nos Estados Unidos na érea dos cultural studies, nao atingiu em profundidade a antropologia euro- pela, que foi mais marcada por transformacoes de objeto que de método ou escrita, Entretanto, em relagao a teorla, nota-se que sua orientacado exclusivamente socioldgica fot superada por AnTROPOLOGIA ou ETNOLOGIA? CASTE ot Ne Franca oj, ests us pula esters sacs gus ndstntarente pare, msc ‘Se tivermos senso de. Sacre: Ben Hoje & a urna ee es ree gn eicen ra sc: eats rn RB tre ns ambGoes 0 mdaarer a ta Tums historia. No século XIX na Franca, a antropologia era essencialmente uma ciéncia natural, que compreendia em primeio. lugar 0 estudo dos tines fsicos dos cinco continen. " designava. no inicio do sé Orgens da cultura se para as sociedades “primitvas'. a mesma palavea sNEEEU EM USO COM esse senida.Entrecanto, ho decorrer dos anos 1950, Claude LéviStrauss* e Georges Balandier®, ambos preocupados em ma car a ampliag%o de objeto de sua dipin seram que fosse retomad 0 termo com 0 sentido dado no mundo anglo-sado a5 0%. Dresses soda! anchropology e cultural antirapcloy. © que fo feto,sobretudo pelos pesqusadores, € que expca de outra maneia o significado atu dos denominagdes “antropologi’ e “etnotoga. Contu. do, nota-se que, quando a dicipina ¢ aplcada campos préximos ou moderos,é mais fequente- mente chamada de “etnologi abordagens oriundas da psicologia cognitiva, ou ainda pela psicandlise. Se

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