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CS 2000 Pxrerey rnc ‘Departamento do Rio Grande do Sul Sindiceto do 7 peers) rere) KUNIVERSIDADE EM DEBNIE EDITORIAL Nao obstante 0 vulto das nossas divides, como arquitetos néo temos tido a coragem de discutir nossos problemas, nossas realizacdes, acertos e erros. Aliés, 0 habito de se debater sobre 0 objeto de nosso trabalho tem se restringido aos bastidores da profisséo: desde 0 inicio __ quando a unidade era fundamental para a implantacao do movimento de Arquitetura moderna — a critica tem 4 sido um verdadeiro tabu. Nao 6 por outro motivo SUMARIO Cartas A Universidade em debate que as escolas de Arquitetura seguem sem realizar rnenhume formulagao ertica real, informando pouco até mesmo sobre os modelos ditos definitivos. Este trecho, extraido da publicacao Depoimento do |AB/RJ, coloca uma questéo importante para os G arauitetos. ‘Nesta edicéo, voltada especialmente para 9 ensino de Arquitetura, num momento em que os estudantes e professores da Universidade atravessam uma fase de intenso debate, acreditamos ser importante um posicionamento mais critica também do profissional. E por este motivo, que o arquiteto Claudio Casaccia escreveu uma carta a Espaco e Arquitetura, na tentativa de colocar em pratica um velho sonho de todas as publicacées do Sindicato e IAB: uma secéo de cartas para debate da Arquitetura. Esperamos que esta carta que publicamos aqui seja o inicio de um rocesso de maior participacao dos arquitetos com esta revista Documento Saergs Documento IAB Relatério do Seminario Boletim Arquitetura/RS 13 Projetos 18 Expediente Espaco e Arquitetura 6 uma publi- cacio do Institute dos Arquitetos do Brasil/Departamento do Rio Grande do Sul e Sindicato dos Arquitetos no Estado do Rio Grande do Sul. Enderecos: JAB — Rua Professor Annes Dias, 165, fone — 25-7623. Sindicato — Rua Josb do Pa- trocinio, 1.197, fone 24-6066. Porto Alegre. Diretoria JAB Presidente, Telmo Borba Magadan; vice- presidente, Augusto Primo Portuge Claudio Mann, 2°, Claudio Fischer secretéria_geral, Salma Cafruni, cretério, Gilda Jobim, 2° Claudio Levitan; Geter de fnancas, ora Maria Goncalves Luiz Carlos Macchi da Siva. Representantes no Conse Superior do ‘José Albano Volkmer, Rogerio Malinsky © Clovis ligentritz da Silva. Suplentes: Arnal do Knijnik, Bernardo Teitelbaum e Rogério Gutiertez, Consetho Fiscal Nelson Souza, Iveton Porto Torres e Sér- gio Aguillera Pinto Diretoria/ Sindicato Presidente, Clovis ligenfritz da Sivar vice- presidente, Newton Burmeister; 1° se ‘retario, Claudio Casaccia; 2° secretério, Moacir José Felin; 1° tesoureiro, José Pie coll; 2° tesoureiro, Cesar Dorfman; S lentes: Edenor Buchholz, Holena Mi chado, Lenora Alencastro, Newton 8ag- io, Gerd Zander, Sérgio Corvelo Conseiho Fiscal Carlos M. Rosirio, Carlos M. Fayer, An tonio Bortolozz0; Suplentes: Jose Albano Volkmer, lgnés B’Avila Pinto, Carlos M. M. Mi Delegados Representantes Clovis ligonfritz da Silva, Newton Burmeis- ter; Suplentes: Claudio Casaccia, Alfredo Porto Alegre. Coordenactio da Revista Conseiho Editorial: Comissiio de_Divul gacso IAB/Saergs — Claudio Casaccia, Cesar Dorfman (Sindicato); Augusto Por ‘tugal (AB) Edjtora Responsivel Rosvita Saueressig Projeto ¢ Execugso Cooperativa dos Joralistas de Porto Alegre Ltda. (Coojornal. Departamento Comercial Coojomal — rua Comendador Coruja, 372 ~ Porto Alegre. Telefones — 21-8984 e 24- 951. CARTAS © problema é antigo. Quando assumi em 72a secretaria da Associaco Profic sional dos Arquitetos de Porto’ Alegre — ra a primeira ver que participava de en- tidade profissional — senti mais de perto 8 diferenca dos colegas quanto a assun tos que thes dissessem respeito direta mente a seus botGes. Eramos a diretoria © mais dois ou trés e ninguém mais. Em 74, a Associaglo recebeu a Carta Sindical e' uma das primeiras providenciae foi_criar um boletim. Esereviamos en: tusiasmados num dos primeiros editorais ‘Acreditamos ser indispensdvel a comunicagdo associado/sindicato, para que as diretorias fundamentem Seu trabalho. Neste sentido con: clamamos aos arquitet giientemente do profissional arqui toto, Cerca de um ano depois, nada havia ‘ocorrido em termos de. participacso, O boletim Saergs no era mais editado e ‘surgiu uma nova proposta: Grefite. Com este primel Grafite, _pretendemos ini nova fase de relacionamento entre as ossoas 50 Estado. 'N&o quer ser apenas mais uma instituigso a servico de outras mas, antes, ‘ser um veiculo de com cacdo entre homens. E conclula: Grafite esté af. Aguardamos @ con- tribuigdo de todos. Isto_nBo_surtiu efeito, apesar de a pproposta_grético-editorial do Grafite sor bastante provocativa, e pretender corucar ‘5 colegas. Fiqusi ‘sabendo através de terceiros, que alguém achou 0 boletim uma publicacao de estudante, de magro. Foi so, Alguns nimeros depois, nas vésperas de eleicio do IAB fizemos 8 provocaczo diretamente: ‘A constante falta de participacso do arquiteto, como profissional, na vida da sociedade, seja por omissso ©u por no reconhecimento de suas atribuiebes, por parte das autorida- des, parece que minou de tal forma a ‘sua’ disponibilidade que nem mesmo fentidade de classe dando 'a Tosponsaoiiaade ae eat te Ghngnnee pecan ai le reciprocigade na. Comunicarso devia 228 nao concordancia com ss diretriaes, des Giretoras 0 plo provow-noe que no, © 4 Siuagio continuot 8 mesma ‘Takes forse. pes forma do_comu ricaeio. Entfo, em 7, fol formads uma comisto mista (AB/Sindicato) de divul gato que estudaria um novo, projet (0 Boletim Arquitetura/RS. monsal. tem. Uma. funcdo mais especiticn, Pretende sobretudo informar aos ar. uitetos assoclados. das entidades Batrocinadoras sobre’ logislagao profissional, cursos, palestras, con- cursos, divulgar ao mercado de ‘trabalho em potencial © que 0 quiteto pode oferecer como profis: sional, necessério a organizacio do espace, seja qual for o grau de com: plexidade do mesmo. Divulgar e debater sera a funetio, bem mais ampla da revista Espago © Arquitetura, também uma medida de continuidade do trabalho de comu- nicago e aproximacao, Resultado? O mesmo de sempre, Oito numeros depots perguntavamos: E 08 nossos leltores, 0 que estéo és [sto tO passadas sete igGes do Arquitetura/RS fzomos um’balanco e chegam con. clusdo: 0 trabalh iado, 0 boletim jé ¢ uma ‘@ chegou @ ter seu espace as- jo na publicacs Foi aberta uma secao de cartas, en quanto a revista publicava projetos’cujo nico critério de selecdo era feito pela autocritica do autor, aliés, 0 mais apropriado por quanto proposta de Es aco e Arquitetura era de: Divulgar a arquitetura e o urbanismo, incentivar 0 debate, forecendo 2 agi lizagao de informaczo livre e aberia, es tabelecendo a dinamica necessaria do osicionamento crtico. Pois bem. De cartes podemos regis: ‘rar apenas uma, do Paulo Bicea, vinda do exterior, com, 32 laudas em espaco dois, que ainda no foi publicada por ex clusiva falta de espaco! Quanto aos projetos, ougo indmeras insatisfarSes quanto 8 qualidade dos mesmos. A. sensago que tenho 6 de ‘que_0s colegas nunca leram as publ: cacdes, © que, polas criticas aos projetos (nica ‘inguagem que os atinge) preten. dom uma revistinha bonitinha pra pér na pratelera Querem tudo mastigadinho: uma comissa0 de alto nivel faz a selectio dos melhores trabalhos, no sondo necessaria a discuss8o de conceitos, ¢ ficam na es: eranca de, algum dia, sorem escolhidos ® terem seus trabalhos publicados, ‘A meu ver, um dos determinantes da ‘m& qualidade dos trabalhos publicados é 3 ma qualidade da arquitetura gadicha, o que est’ af € 0 que fazemos,e se 6 ruim © poraue, em parte, no temos a tradicao de discutir os conceltos daquilo que fazemos. Se um colega envia um trabalho para ser publicado, € porque, de 83 cons Cincia, ele considera aquele projeto bom: boa arquitetura dentro de um coneaito seu. Agora, se alguém no concorda, isto deve ser feito com fundamantaezo, afinal 2 arquitetura tem uma linguagem propria, © como tal sua metodologia de analise ‘A revista esta ai para isto, e todos nos ganharemos com esta pratica. Penso que 0 aprimoramento se da, mais pela discus s80, do que pela divulgacto de bons exemplos. Cléudio Casaccia Somos uma empresa privada. ‘Um grupo com usinas sidertirgicas no Rio Grande do Sul, Parand, Rio de Janeiro Pemambuco ¢ Alagoas. O maior empreendimento siderargico particular do Pais. Podemos produzir anualmente até um milhéo de toneladas de aco. Nao somos diferentes de qualquer empresa nascida da livre iniciativa do empresario brasileiro. Acreditamos que essa € a melhor ferramenta de trabalho de que dspomos para constuir senvolvimento economia e social do Brasil Sem a agilidade de suas decisoes e sua capacidade de realizacéo, seria dificil imaginar 0 crescimento de um pais como o nosso. Assim como seria impossivel imaginar um trabalhador sem © seu instrumento de trabalho. Nos acreditamos que a livre iniciativa ¢ a melhor forma de trabalhar para o desenvolvimento econémico e social do A UNIVERSIDADE EM DEBATE © ensino de Arquitetura ests em discussdo. Em abril os estudantes do ‘curso na UFRGS promoveram um ‘seminério de debate interno @ reu- niram suas conclusbes num docu- mento que publicamos a partir da pagina 8. As duas entidades represen- Yativas dos arquitetos, IAB @ Sindi cato, também se manifestaram em dois’ documentos que reproduzimos nesta edicdo. E, abrindo esta edicso, um debate entre estudantes do Ar. quitetura, professores © representan- tes do Sindicato e IAB sobre a re. tomada da discussao do problema do ensino de Arquitetura no pais. E, na pagina 18, publicamos projetos de dois grupos de estudantes da Ar- quitetura’ da UFRGS selecionados para participar do concurso de Projetos paralelo ao Encontro da UIA no México, em outubro de 78. Luts Carlos Macchi da Silva — 0 que ‘existia na escola eram discussdes a nivel de ‘corredores © do bar da faculdade sobre os problemas que se estava enfrentando em Tungdo da reforma universitria, Eno, os estudantes, forcando uma situaco, ques- tionando as estruturas de ensina da escola, {partir de ume greve realizada no ano pas: Sedo, obrigaram a Comissio de Carrelra a tomer uma posi¢lo. Ela estabeleceu que uma das maneiras que estudantes. professores do curso toriam para analisar 0s problemas da faculdade seria através da realizacdo de um semingrio. A intencBo era analisar 0 ensino do curso de Arquitetura, ‘colocando-o dentro de um contexto mais ‘amplo com 2 andlise dos problemas do Dréprio profissional arquiteto, dentro de ‘uma realidad brasileira. Ligia Chiarelli — Uma das coisas que se tinha visto durante a greve & que epesar dos problemas especificos, se tinha que discutir mesmo era a estrutura da escola, ‘Se a gente modificasse alguma cadeira, em ‘uma area da escola, a transformagao ia ser ‘um pouce lenta. Eno, o que se sentiu no Seminario @ que os estudantes no tem que discutir disciplinas especificas, nem Drofessores, ou métodos especificos de tensino, mas sim, de uma forma global 0 fensino da Arquitetura, José Albano Volkmer — Uma coisa que me pareceu primordial @ que saltou aos tlios fot a total desintograciio na Univer- sidade depois da reforma de ensino, do Corpo docente do corpo discante. Além disso, se vé que hoje o curso nde consegue mais integrar departamentos e os depar- tamentos que hoje tem a atribuicao de planejamento do ensino, do. estabelec 4 Espaco e Arquitetura mento de um programa didatico, depen- dem desta integracdo. A falta de dislogo & muito grande. Ao ‘que parece, a estrutura de Universidade io esta sénsibilizada ou voltada para o ‘que poderla ser uma coordenacto ou planejamento do ensino. Daf formou-se um Consenso generalizado entre professores @ estudantes de que, embora existam attibuiedes 8 comissto de carrera, essas simplesmente esto carentes.e deficientes. Ivan Mizoguchi — Além disso, teria que se acrescentar que o seminario no fois ‘assim uma possibilidade de encontro, néo ‘apenas entre professores ¢ alunos, mas também as entidades de classe puderam ir id participar dos debates @ levar sua con- wibuigho. & evidente que os arquitetos também esto. voltados para debator problemas deste tipo. Problemes de ensino Que tém reflexos imediatos no exercicio profissional. Nesse sentido ¢ que houve @ presenga do IAB ¢ do Sindicato de Ar- Auitetos que se preocuparam em levat con- ‘ribuigBes que 3 gente considera bastante objetivas. Ligia — Vottando a questo das propostas do semindrio eu gostaria de dizer que o es- tudante tem muita dificuldade em discutir a Arquitetura em si, Primelco, por esta falta de conhecimento da realidade em que @ gente vive. Assim se torna difil situar 2 Arquitetura, inclusive porque a gente vive luma contradiego entre 0 nosso. futuro trabalho e 2 realidade em que a gente vive. Este foi um dos aspectos abordados no semindrio, quando se fez uma andlise da politica habitacional urbana e se viu cle Tamente isso. Agora, eu acho que no ‘momento om que se inicia esse processo, Profissionais e estudantes reanem-se para discutir 0 ensino FA ‘e inicia uma discusso dentro da escola, se tom todas as possibilidades de se con. ‘seguir inclusive a ter mais claro o ensino de Arquitetura Participando da organizacao do sem: nario, a gente estava trabalhando com uma coisa totalmente nova, principalmente para (06 estudantes. Mesmo para os professores 8 realidade era nova, 0 outro seminério ji fazia dez anos que tinha acontecido e era. outta conjunture. importante. tam: bam, foi notar que do primeiro ao ultimo dia, houve um erescimento nas interven- ‘e888 do plendrio. Acho que ficou bem claro, que se no inicio © pessoal hesiteva e tinha um pouco de medo, no tercsiro dia a8 colocagBes eram bem mals. con: eretas, Albano — Um dos pontos que ficou, de ‘certa forma, bem realcado no nosso’ se- ‘minario fol 0 nivel conceitual, Se diseutiu se trabalhou muito em cima de conceitos e até de propostas @ aprofundamentos que foram feitos nos grupos de trabalho, me parece com um resultado bastante posi- tivo. Ficou bem claro para o pessoal que participou mais intensamente do seminario Que 0 processo continua, e que © nivel Conceitual vai se aprofundar, na medida fem que continua a Comissto Partara, in- tegrando 0 curso e talvez até procurando fazer uma coordenagso inter departamental 2 politica do ensino de Arquitetura, no momento, deve ser de ir até 0 ponte ‘conceitual. E dantro disso al existe con- tradigSes latentes. Se elas no afloraram, vo aflorar agora, quando o documento for fentregue 20s digtos superiores.unive sitéries, quando a Comiss0 Paritia ‘comerar 2 funcionar @ alguma coisa tor cobrada do corpo discente e do corpo sdocente, em termos de um passo seguinte ‘90 processo politico educacional. ‘Macchi — O que me paroce fundamental também @ que existe @ participagdo dividual das’ pessoas neste proceso. A ‘gente for uma luta muito grande contra 0 ‘comodismo de certos grupos dentro de es- ola, tanto do corpo discente, come prin- cipalmente no corpo docente. Entio, hhaverd uma cobrangs constante cesses slunos nas salas de aula, Ligia — Acho que a curto prazo deveria ser lexecutada a propria integracdo dos depar tamentos de Arquitetura, junto com a in. tegraco do atelié. So coisas que podem ser tentadas sem grandes alteracdes nas estruturas. E, a longo prazo teremos que realizar a proposta total do semingrio, que € a integracdo total a nivel horizontal é ver tical. A nivel horizontal entre todos os primeitos semestres, e a nivel vertical entre 2s droas de Arquitetira.Esté aqui a propos- ta bésica de intearacdo do documento. Ivan — £ importante discutir também o funcionamento desta Comissao Paritaria ppara_que ela no se choque com @ Co- isso de Carreira, a tal ponto que se rie um impasse. E corte-se enti 6 risco de tomar a proposta da comissao — mar- ginal — dentro da estrutura da_univer Sidade, @, portanto, sem forca de atuacdo, ‘César Dorfman — Eu acho que essa dis ‘cusslo af pode ser levada até certo panto, ‘porque val depender muito de uma série de ‘visas que vao acontecer agora, “Tenho conversado com membros da Comisstio de Carreira que acham que esse ‘trabalho que o gente propés para a Comis- ‘880 de Coordenaga0 @ atribuicdo que 8 Universidade delega & Comisséo de Car- relra. E, como 6 sua obrigaco, no pode abrir mao, sob pena de confessar in- Capacitado de fazer a coisa. Outras pessoas pensam de forma di- ferente. Acreditam, como eu, que @ Co: missdo de Carreira'poderia ampliar 0 seu ‘campo de acdo numa subcomissdo que ‘seria esta coordenadorla, Nilson. Figueiredo — Durante o ‘Seminario, em varias oportunidades, houve ‘manifestagdes de simpatia & idéia da ‘Comissao’ por parte da Comissio de Ca- rrelta, Eles mesmos so 08 primeiros a reconhecer que a carga de servico burocrs- tico que @ Universidade da a eles, os im- pede de fazer qualquer outro tipo de trabalho. Eles precisam realmente de al ‘guém que os sjude a resolver os problemas ue afligem o curso de Arquitetura Elena Salvatori — Mas o que assegura que as solupes propostas por esta Comis- ‘s8o possam ser colocadas em pratica no curso de Arquitetura? Albano — 0 Céser mencionou muito bem ‘que a coordenadoria didatica, assim como fest6 no Estatuto da Universidade, ¢ atr- uiggo da Comisso de Carreira. Agora, ninguém ainda questionou se essa Co: missio de Carreira esta funcionando de forma deliberativa © executiva. O que ficou claro com relaedo 8 Comisedo Paritéria € que 0 corpo docente e 0 corpo discente entendem que 2 atual forma ad: ‘ministrativa de gerir 0 ensino n8o corres: onde sequer 80 padro mais elomentar ossivel de um ensino de greduacio Universitaria, Darel Loguercio da Silva — Eu acho, por ‘exemplo, que a partir de férmulas que se tom, que comprovedementenBo_fun- Cionam, tém de haver alternatives para’ 8 Comissio de Came. Se deve buscar e ‘experimentar formulas noves, A Comisst0 de Carreira tem meios, poder e atribuigdes de pormitr experibncias ou quo se foga a: gjuma coisa tentando achar‘um caminho malhor para curso. Agora, nfo &easa es. ‘rutura nova que garente que alguna cols pode mudar, Exisom aluros e professores Slr estho daposts a bigar por ume esa ~ Uma soln que tm de far lara que quando fizemes esta. proposta de Comissbo Parra, sablamos que era pos- fivel hoje tomdla'vigval, ja que 8. Asso Gagto Brasere de Ensino de Arquitture Fecomenda que qualquer estudo reiatvo @ tecoles de Arquitetura sola dlecutldo ir. elusive. através de. seminars, com pal- icjpagio de alunos e professores César ~ Um outro ponto debatido duran- te 0 Seminario fol em relsgao 20 esva- ZHamento da paticipacio do corpo dscer- tera co-gestdo da Universidade, apart da teforma de ensino. Entdo, nfo & 0 trabatho feito @ parr de uma Comiseto de Carrera ‘Que. val mudar esta situarBo, A partir pagdo deve serincentivade tanto da parte 08 alunos, de baixo pare cima, como de ‘ima para baixo, por melo de coisas que fonte cre. E dif, mae temos que’ pro urar brechas. dentro’ da reforma univer. star. ilson — Eu acho que este problema que © César coloca to cruciamente esta tam bém presente no corpo docente das e5- colas pols os cursos Se Arquitetura so- {teram muito com os expurgos politicos de professores, ‘Acho também que o fato de ter se levado tanto tempo pore se realizar um Seminario de ensino’ na Escola de. Ar- quiteture, se, por um lado mostra a dificul dade dos alunos s0 rganizarem ©. con Seguirem lever adiante uma proposta deste tipo, também, por outro lado, mostra que 2 inivel do corpo docente hove um des tnantelamento’ meio sero que. 66 agora omega a ser recuperado, Ligia~ Alem doe stpectos que o Nilson colecoy, eu também considero uma con uista importante o fato de ter havido um Consenso’ com relaeho 8 questo. dos profescores: expurgados da cacola de Ar Guitetura, No Seminério se exigi 3 volta destes professores 20 nosso convivio. A proposta foi eprovada ‘na: plonara ere forendada na aasembieia de apresentagio dodocumento final ‘Albano — 0 que existe hoje ndo éensino Onque est existndo & quase uma sim: pliicagdo do que deva Ser’0 papel de uma Universidade, Dat, 2. gente colaca a com- preensdo “de uma. coordenagSo como Gividiso, ou. polo. menos Integrad, "em das éreas especifices, Uma coordenaclo deliberative ou s0ja, aquela que aval o3 anseios, 20 necessidades, 28 espirapSes que o corpo docente eo discante decider, Auer dizer, esta comissBo delibera decicin- do, @ lsta's0 pode ser felto\do forma co- tepiada ‘A outa érea 6 2 executive, que re presenta estas aspiracdes © pacsa'a fun. Sonar -admntrtive.e ‘ddaticamens Pondo em execueo estas coisas. Ou ej, organizar, por exemplo, ums, ox osteo de trabahos de alunos & diel? Mio’. Precise apenas arrés dist, precisa a idéia Soas fazendo. Entéo, no é um colegiado ue vai executar uma exposico, so os 6r- 80s administratives, por meio de ums Contribuic8o importante de professores alunos. César — Eu acho que os professores precisam de algumas horas, de algum tem- o, para pensar, pesquisar e atuar fora do nivel imediato de curriculo. Isto fol levan- tado durante o Semindrio e & possivel de ser feito. E uma questéo burocratica com @ Reitoria, mas possivel de ser concretizada. Ainds existe no Brasil hoje uma incer- ‘teza muito grande sobre o que deva ser ‘exatamente um curso de Arquitetura. Eu ‘tenho muito medo da excessiva teorizac30 ‘em tomo do curso, Ent8o eu acho que tomos duas coisas reais e positivas para serem colocadas em prética imediatamen- te: a experimentacdo © a liberacdo de tom- Po maior aos professores para que possam ‘sededicar ao estudo. ia — Acho que para nos, muito impor- tante 6 a proposta de Goids, que esté sen- do colocada em prética agora fol aprovada pelo MEC, © que demonstra que este tipo de experiénicia de intepracdo entre ‘estudantes e professores é possivel. Macchi — A minha expectativa, além de tudo aquilo que foi colocado no docu- mento final do semindrio, também esta entrada na participacao’ dos departa- entos. do nosso curso, A interlacte destes departamentos deve ser 0 papel fundamental desse orgao de pressio que 4a Comissio Paritéria ivan — Eu entendo como fundemental, & {ue se possa, daqui a algum tempo, ter ar quitetos mothor qualficados que hoje. Para isto temos que fazer uma avaliagao cons- tante das propostas que fizerios a0 colocé- lasem pratica Darel — Uma coisa que ficou clara no ‘Seminario & que nao existe, dentro da atual estrutura da Universidade, uma forma de avaliar 0 ensino universitio, AS deter. minagdes vém das comiss6es de carreira, vo para os departamentos, dat para os professores e finalmente para os alunos. E, 86 6 veriticado © acerto ou nao das orn: aces, quando estas geram problemas ‘muito grandes. nto, este seminério fol um passo im- portante, mas a Comissio de Carreira deve etmanecer disposta a levar adianto © as- sumir seriamente este tipo de proposta. D> een A qualidade alicercada na pesquisa constante. ALESOU 'S.A,-INDUSTRIA E COMERCIO Fabrica: rua José Scutari, 64 Fones 41.31.98 © 41.31.63 End. tologr.: RETRACUA 90,000 ~ Porto Alegre - RS Espaco e Arquitetura 5 relagies de trabalho e do grau de aces- Sblidade do usuario a0 mesmo, razées scio-econémicas e outras tantas a serem analisades, sentimos também ser fun: Gamental 0 encaminhamento de uma ‘analise realista por parte da classe visan- ‘do uma participacso mais intonsa neste ‘setor que deveria ser de nossa competén- Trata-se de ten mos. abrt_perspec- tivas para. a participagso dos Arquitetos fem uma area que 6 de sua competéncia & do qual se encontra distante: a organi zaglo espacial dos processos habit Gionsis de carster soclal, nos moos ur. ‘bang © rural. ‘Sabernos que se concentra nesta faixa praticamente 80% da demanda habite- Gional no estado e no Pals. Sendo que 50% segundo dados oficiais nao tém ‘sequer @ perspectiva de vir @ ser aten:

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