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No que diz respeito sano defende que com esta que se chega a uma
verdadeira autonomia material entre direito penal e contraordenacional pois enquanto o
primeiro permite a ameaa de uma pena privativa da liberdade mesmo que subsidiria
(se no cumprir a pena de multa), no segundo tal est absolutamente vedado.
esta diferena que fundamenta o tratamento legal distinto dos dois direitos.
O que ?
Como se distingue?
No se pode adotar como critrio distintivo destes dois direitos o de o direito das
contraordenaes punir factos desprovidos de densidade axiolgica pois tal no
comum a toda a sua tipificao legal d como ex a contraordenao por violao
do dever de assegurar que todas as ddivas de sangue so submetidas anlise da
presena de infees de hepatite B e C e HIV; recusa de acesso a cuidados de
sade fundada na raa, cor, nacionalidade ou origem tica.
Esta posio contraditria com o que sustenta em sede de erro sobre a proibio
legal (Artigo 16/1 2 Parte CP) pois neste mbito chegou concluso que existem
condutas penalmente reprovveis que so em si mesmas desprovidas de
significados axiolgico pr-jurdico mesmo dentro do direito penal de justia
deu como ex o crime de cmbio. Se o critrio da distino entre crime e
contraordenao o da relevncia tica da conduta pr-jurdica, Figueiredo Dias
deveria ter defendido a inconstitucionalidade da incriminao penal nestes casos
e a inutilidade do Artigo 16/1 CP.
Defende que os bens jurdicos tutelados por estes dois direitos so distintos: no
penal so bens jurdico-penais enquanto no contraordenacional so bens jurdico-
administrativos constitudos atravs da proibio. Tal no pode ser verdade pois
no tem fundamento na base normativa e porque a ser assim estar-se-ia a violar o
Princpio da subsidiariedade do direito penal pois tal implica a afirmao da
suscetibilidade de tutela de um bem jurdico-penal por outro meio sancionatrio.
III. Cavaleiro Ferreira tese identificadora