Introdugao a EDO
Teoria Exercicios
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CLE EL mm
Fala galera! Tudo bem ? Vamos comegar discutindo 9s principais conceitos sobre Equacoes
Diferenciais
Alguns Conceitos Importantes
+ Equacio Diferencial
Primeiramente, vamos relembrar 0 que ¢ uma equagio diferencial. Equagao diferencial nada
mais é do que uma equagao envolvendo derivadas . Sacou? Por exemplo:
dy
— =x
dx
ay dy
& + 6y=0
de ax
Chamamos y de variavel dependente e x de varidvel independente.
+ Equacao Diferencial Ordinaria (EDO):
Quando a equacio diferencial envolve uma fungdo que depende de uma tinica variavel. Na
pratica, a gente olha se temos apenas derivada com relag&o a uma variavel. Calma que eu vou
mostrar alguns exemplos para ficar bem claro:
dy
dx
£ uma equagao diferencial ordinaria pois envolve somente a derivada em relagdo ax
dy dy
s2 +6
de dx *™
Também é uma equagao diferencial pois sé tem derivadas em relagao ax.
du qv
3 42
de tak
Apesar de haver duas varidveis dependentes diferentes, ambas esto sendo derivadas em
relagao a x. Portanto, é uma equagdo diferencial ordinaria.ro
ox”
Opa!!! Essa daqui é diferente. Essa equagao diferencial envolve tanto derivadas em relacao a.x
como derivadas em relacdo a z. Logo ela nao é uma equagao diferencial ordinaria
Observactio: Esse tipo de equagao diferencial chamamos de equagiio diferencial parcial.
Ordem e Linearidade de uma equagao diferencial
Ordem de uma equagao diferencial:
A ordem de uma equagiio diferencial é dada pela derivada de maior ordem. Nao entendeu? Vou
explicar melhor com os exemplos.
dx
Essa ¢ uma equagio diferencial ordindria de ordem 1 ou de 1* ordem, pois a derivada de maior
ordem tem ordem 1.
& dy
2 +6
dean t™
Essa ¢ uma equagio diferencial ordindria de ordem 2 ou de 2* ordem, pois a derivada de maior
ordem (2 ) tem ordem 2.
Essa é uma equacio diferencial ordinaria de ordem 7 ou de 7* ordem, pois a derivada de maior
ay
ordem (2 ) tem ordem 7.
Agora ficou mais claro, né?
Equacao diferencial linear:
Vamos ver alguns exemplos de equagdes diferenciais lineares:Observamos duas coisas em comum nessas equagoes diferenciais:
a) Tanto as derivadas de y quanto o préprio y nao estao elevados ao quadrado, ao culo oua
ya
qualquer outro expoente diferente de 1. Ou seja, ndo temos coisas do tipo (2 ) ou do tipo y2
b) Os coeficientes que aparecem multiplicando as derivadas de y e o proprio y dependem apenas
dex. Portanto, nao temos equagdes do tipo:
Saat ik 0
Generalizando:
a) Uma equagao diferencial ¢ dita linear se a variavel dependente (y no caso) ¢ as suas derividas
que aparecem na equagdo esto elevadas ao expoente 1.
b) Os coeficientes que multiplicam a varidvel dependente (y no caso) e multiplicam as suas
derivadas dependem apenas da variavel independente (no caso x)
Observat
: Caso ela ndo cumpra esses requisitos, a equacdo diferencial ¢ dita ndo-linear.
EDO de 27 Ordem Homogénea e Nao Homogénea
As EDO’s de 2" ordem tem a seguinte forma geral:
By
y d. oe
POTS + q(x) ax +r@yaeg (s)
Ou ainda’
PCy" +qQy’ + ry = g@)
Onde p,q. € g sao funcdes dex e além disso p(x) # 0
Sao exemplos de EDO’s de 2° ordem:
+ Homogénea:
EDO’s de 2* ordem sdo ditas homogéneas quando g (x) = 0. Exemplo:+ Nao Homogénea:
EDO’s de 2* ordem sao ditas nao homogeneas quando ¢(x) # 0. Por exemplo:
Deu pra entender direitinho???
Solugdo de uma equacao diferencial
Considere a seguinte equacdo diferencial:
"—2y'+y
Imagine que eu preciso verificar se y = xe", é uma solugdo dessa EDO. Como eu fago para verificar
isso???
Primeiramente, vamos calcular as derivadas de y.
y =e +xe"
ys te\ xe" = 2 + xe"
Se y realmente for uma solucao da EDO, entao ao substituir y, y’ ey” na EDO a equacao sera
satisfeita. Portanto, temos:
2e* + xe" —2 (e* +xe") + xe"
2e* + xe* — 2e* — 2xe" + xe“ = 0
2e* — 2e* + 2xe* — Qxe* = 0
0=0
Como a equagdo foi satisfeita, y = xe" é realmente uma solucao daquela EDO.
Generalizando, se y = f(x) é solugio de uma EDO, ao substituirmos y e suas derivadas a equagiio
diferencial deve ser satisfeita.
Problema de Valor Inicial (PVI)Considere o seguinte problema:
"+y'—6y =0
‘Além disso, o problema informa ainda que y (0) = 1 e y' (0) = Oe afirma que a solucdo geral dessa
EDO éy = cje* +ere-™.
Portanto, podemos encontrar os valores das constantes ¢) ¢ c2, a partir das informacoes y (0) = Le
y’ (0) = 0. Temos, entao:
yOro!t
y(0) = ce" +e" =
Logo temos:
ata=l1@
Usando a outra informagao:
y (0) =0
y’ = 2eye* — 3c
Vamos ter:
y' (0) = 2cye® — 3e2e° = 0
2¢1 -— 3c. = 0
Entao fica:
Substituindo (ii) em (i) temos:
ZataslEncontramos:
Portanto a solugao fica:
Logo, um problema de valor inicial em EDO’s de ordem 2 acrescenta as informagoes y (xo
y' (xo) = y;, permitindo-nos, assim, encontrar o valor das constantes que aparecem na solucdo geral
da EDO. Veja que ele da duas informagoes para o mesmo valor de x.
Problema de Valor de Contorno(PVC)
E parecido com o PVI, porém fornece informacées do tipo y (xo.
exemplo.
= yo ey (x1) = y;. Vamos ver um
Considere o seguinte problema:
dy" 4y
Além disso, 0 problema informa ainda que y (0) = 3 y (x) = —4e afirma que a solucdo geral dessa
EDO 6 y = cy cos (3) + c2sen (4).
Vamos tentar encontrar os valores das constantes ¢1 e c2, a partir das informacées y (0) = 3 e
y (x) = —4. Temos entao:
y(0) =
y (0) = eycos(0) + ersen(O)
Sabemos que:
cos (0) = 1, sen (0) = 0
Entao:
Ainda temos a seguinte informagao:
yin =-4
Substituindo x por z temos:z z
y(@) = 1008 (5) +easen (5)
Usando ¢, temos:
via) = 3008 (%) + caer (4)
Porém sabemos que:
wn(§)=0.00(5)-
Entao fica:
Logo encontramos
Portanto, a solucao fica:
Verificamos que um problema de valor de contorno em EDO’s de ordem 2 acrescenta as informacdes
y (x0) = yo @Y @1) = yi, nos permitindo assim encontrar o valor das constantes que aparecem na
solugdio geral da EDO, ou nao, pois nem sempre os problemas de valor de contorno irdo ter solucéio. A
diferenga do PVC para o PVI é que no PVC ele da duas informagées para valores distintos de.x.
Fechou?! Vamos pros exercicios!
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