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~ to. A 188 Por que estudar a vida cotidiana? Comunicacdo néoverhal 188 O tosto, os gestos ¢ as emogdes humanas. 188 Genero e corpo 190 Personificagéo e identidades 191 As regras sociais dainteragio 192 Vises comuns 192 °Vandalismo interacional” 193 Exclamagdes de reagio 195 Rosto, corpo e fala em interagdo 195 Encontros 196 Administracao da impressio. 196 Espago pessoal 197 Interagées no tempo eno espago 199 tempo do relogio 201 A ordenacao do espago edo tempo 201 A vida cotidiana na perspectiva cultural e historia. 202 A construgao social da realidade Odebate sociolégicon 202 Interagdes sociais no ciberespago 203 Conclusdo: a compulso por prozimidade? 205 Pontos fundamentais 206 essoas eth proxiuidade SuTocane ~ came nesta neademia — costurmam aprosentay “desaton haun € um instrutor de gindstica em uma academia sofisticada, onde trabalha ha muitos anos. Com o pas do tempo, conheceu centenas de pessoas que se exereitam na academia, Fle trabalhou com algumas dela que entraram, explicando-lhes como usar 03 equipamentos. Conheceu muitas outras como instrutor de ala spinning (uma sessio dle grupo com bicicletas ergométricas). Outras, ele passon a vonhecer por contato casual. uitas pessoas fazem gindstica na mesma hora todas as semanas. Dentro da academia, 0 espaco pessoal é limitado, devido & proximidade do equipamento de gindstica. | exemplo, no circuito de levantamento de peso, uma segio contém algumas maquinas que ficam muito perta un das outras, As pessoas devem malhar muito préximos, ¢ esto sempre cruzando o caminhe wna das outras qu mudam de maquina. Nesse espaco fisico, é quase impossivel para Shaun caminhar sem fazer contato visual com alguém que 5 menos jé conheya, Ele cumprimenta muitos clientes na primeira vez que os ve no dia, mas, depois disso, comy ran antes ende-se que eles cuidardo de suas coisas sem se reconhecer da mesma forwi qi f m pat Na trans pllbico, as pessoas van uwam olhany uma par ntam aguilo que Erving com a de coutra e esviam 0 Goffman (1967, que precisam A desi io civil nio & 0 mesmo que ignorar a outta pessoa, Cada individuo indica evita qualquer sop de forma mais ou mene ntl i sficiente olhar, las ap 1971) con s onteas em muitas situags nhecer a presenca da outa lerado intrusive de- tania para a existéncia da viela social. Deve ser em femor, AS vores, oa esteanhos. Quando tee estranbos qui ara aoutra pessoa que a dessiencie civil ocorte ye erwzam, azio para snspeilar de suas intengbes, ser hostil au evité-lo de newiiuim modo especifico A melhor mancira de enxergar a importa Peusanclo em exemplos, Quando uma pessoa para otra, p ia disso ¢ ha fixamente esse abertamen. imitindo que seu rosto 6 cow um{a) namorado(a), um familiar ou um amigo intime. O: estranhos ou conhecidos eventnais, encontrados na ria, no praticamente jamais retém o olhar ceria chnsiclera uma indica cemplo, 05 racist th or manterem um “elhar de édio” para ind ‘outros grupos éinicos Mesmo am modo. Is hostis; por iduos de 6 em conyersas intimas devem ter cud do com a maneira camo alham uns pasa o: lemonstra atengio ¢ envolvimento na conver auteos, indlvids olhan o olhar, Um sum sinal de segularmente nos olh vo, mas sent fixar har atenta demais podle ser entendido com fr menos dle fall de 0a esté falando retém o olhar lesconfianga, o« preensto em relagae Aquilo que a outsa pe Ainda assim, eutra, a 1c nenhuma das duas part podem: ser consicerada r 188 Antony Giddens Por que devemos nos preocupar com esses aspectosaparentc- ‘mente triviais do comportamento social? Passae por alguém ‘na rua ou trocar alguinas palavras com tum amigo parecem atividades menores¢clesinteressantes, coisas que lazemos in contivets vezes por dia sem pensar. De fato, 0 esd dessas formas aparentemente insignificantes de interacdes sociais é de prancle importancia na sociologia ~ e, longe de ser dein. teressante, é uma das mais absorventes de todas as dreas de investigagio sociol6gica. Existem trés razdes para tal. Primeiramente, nossas rotins, com suas interagoes qua- se constantes com outras pessoas, conferern estrutura e forma Aquilo que fezemos; podemos aprender muito sobre nés mes- mos como seres sociais,e sobre a prépria vida social, estudan- lo-as, Nossas vidas sio organizacas em torno da repetigao de padres semelhantes de comportamento a cada di, a cada se- ‘mana, a cada més € a cada ano, Pense no que voc® fez ontem, por exemplo, eno dia anterior Se foram dis das titi, 6 pro ‘vive que voce tenha levantado na mesma hora (uma rotina im: portante por i 6), Se voct ¢estudante, tale tenha saido para "uma aula muito cedo pela manha, fazendo a mesino caminho de casa para o campus que faz todos os dias da semana. Tal vee voct encontre alguns amigos para almogar, voltando para ‘aula ou para estudar 3 tarde. Depois, woe ref seus passos até sta casa, possivelmente saindo 8 noite com outros amigos. E claro, as rotinas que seguimosa cada dia nao sto idénti- «as, ¢ n0ss0s padrdes de atividade nos fina de semana geeal- mente contrastam com os os fins de semana. B, se fizermos, uma mudanga importante em nossas vidas, como abandonar 4 faculdade e arrumar um emprego, geralmente sa0 necess rias alteragées em nossa rotina; porém, mais adiante, volte~ mos a estabelecer um conjunto de habitos novos e regulates, Em segundo lugar o estudo da vida cotidiana nos revela como os humanos podem agir criativamente para moldar a realidad. Embora o comportamento social sejaorientado, até certo ponto, por forsas como papéis, normas e experiéncias

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