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47. 5.0 - Materiais A selecdo dos materiais adequados a cada uma das partes de um vaso de presso & um dos problemas mais dificeis para o projetista do equipamento. Os fatores gerais de influéncia na selecdo de materiais sao: ~ Condigdes de servico do equipamento (Pressio e Temperatura de Operacio) ~ Nivel e natureza das tensées atuantes ~ Flufdos em contato (Natureza e concentragio, impurezas, etc...) ~ Custo e Seguranca - Facilidade de fabricacao (Soldabilidade, conformagio, etc...) ~ Tempo de vida previsto para o equipamento - Disponibilidade - Experiéncia prévia, Para os cascos, tampos e todas as outras partes do vaso subme tidas & pressdo exige-se que sejam especificados no Projeto mate- rials qualificados. Como regra geral sé sio admitidos materiais quatificados reconhecidos pelas normas ASME Secio II e Secdo VIII. O material mais comumente utilizado na construcio dos vasos de pressio & 0 aco carbone ou aco de baixa liga. 0 Cédigo ASME a- Prova a utilizacdo de cérca de 34 graus de aos carbono e 44 de acos de baixa liga para chapas utilizadas na fabricagdo de vasos de pres sao. Um dos principais problemas na escolha do material esté rela cionado a sua temperatura (alta ou baixa) de operagdo. 5.1 - Influéncia de altas temperaturas =e ce altas temperaturas A partir de determinada temperatura, caracteristica de cada metal ou liga metdlica, o material torna-se sujeito a um Caaegente eas egeermaene (plastica aq longowdaltconn saree sess Por uma tenso que pode mesmo ser inferior ao limite de escoa mento do material, a este fendmeno denominamos fluéncia 48. (creep). Em termos praticos normalmente a fluéncia € importante acima de 0.3 Tf, onde Tf é a temperatura de fusdo, em graus Kelvin; para agos carbono a temperatura de fluéncia situa-se em torno de 370°C. Relacionando-se a progressdo da deformacdo por fluéncia com o tempo decorrido, obtém-se o que denominamos a curva ti- pica de fluéncia (FIG.18). Na 1? fase, onde a taxa de deformacdo por fluéncia 4€/dt € decrescente, predominam os mecanismos de encruamento sobre os de amolecimento; na fase 22 ocorre um balango entre estes dois mecanismos, com de/at cte; na 32 fase ocorre de- formagio localizada e uma aceleragdo nas taxas de deformacao. fase € também chamada de primaria ou transiente, a 28 fase de secundaria ou estacionéria e a 34 fase de tercia- ria. A fim de prevenir-se excessivas deformagées e uma ruptu Ta prematura, no cédigo ASME Seco VIII, Divisio 1 foram esta belecidos limites satisfatérios para as tensdes en temperatu Tas acima da temperatura de fluéncia. A tensdo admissivel, como j4 vimos anteriormente, € 0 49. menor valor entre: 100% da tensdo média para d€/dt de 0,018 em 1.000 horas. 67% da tensdo média para ruptura em 100.000 horas. 80% da tensdo minima para ruptura em 100.000 horas. 0 ASME VIII, Divisio 2, bem como a B.S.5500, ndo abor da o dimensionamento de vasos sob fluéncia; 0 comportamento na faixa de fluéncia torna a andlise de tensdes extremamen te complicada pois a distribuicgdo de tensdes varia com o carregamento ao longo do tempos no ASME 0 Code Case 1592 trata do assunto, O critério do ASME para a tensdo admissivel ji vem embutido nas tabelas fornecidas, como a UCS-23, que lanca- das em grafico ficariam assim representadas (FIG.19). sl. A comparagao entre os critérios para fixaco das ten sdes admissiveis em temperaturas abaixo e acima da tempera- tura de fluéncia podem ser muito bem visualizadas na Figura 20. “TeNs4o ADwisive———> Independentemente dos limites de temperatura estabe- lecidos no ASME, indicamos na tabela abaixo os limites de temperatura para partes pressurizadas e ndo pressurizadas dos vasos. Os limites para partes pressurizadas foram esta belecidos em fungo da resisténcia & fluéncia do material; os limites para as partes nao pressurizadas na temperatura de escamagao do material. 52. Temperaturas Limites (°c) Nateriais Partes Partes Nao Pressurizades |Pressurizaces Agos~carbona qualidade estrutural 150 530 Agos-carbone nao acalmados (materi- ais quelificedes) : 400 530 Agos-carbono acalmadcs cum Si 450 530 Agae-liga 1/2 Mo. 500 530 Rgos-liga 1 1/4 Cr - 1/2 Mo 530 550 Acos-liga 2 1/4 Cr - 1 Mo 530 570 Agos-liga 5 Cr - 1/2 Mo 4e0 600 Agos inoxiddveis 405, 410, 4195 (3) 480 700 Agos inoxiddveis 304, 316 (1) (2) 609 . 800 Agos inoxidaveis 304L, 316L 400 800 Ago inoxiddvel 310 (2) 600 1100 Notas: (1) Para temperaturas de projeto supericres a 550°C, recc~ menda-se © uso de agos inoxidéveis tipo "H" (2) Chama-se atengao para a poseibilidade de, formagao de "Fase Sigma", para tenperaturas acime de 600°C, resui- tando em severa Fragilizagac do material. Essa = mudancga na estrutura metalirgica ocorre principalmente para os ages tipos 316 e 310. (3) Esses materiais sao suscetiveis de sofrer fragilizacao operando em torne de 475° C por perfodos longos. Influéncia de baixas temperaturas Numerosos metais que apresentam um comportamento dé- til em temperatura ambiente podem tornar-se quebradicos quan do submetidos a temperaturas baixas, ficando sujeitos a rup turas repentinas por fratura fragil. Ao contrario das fraturas diteis, que sao sempre pre- cedidas por uma deformagdo considerdvel, as fraturas fra- geis caracterizam-se por apresentarem pouca ou nenhuma de- formagao prévia, por isso as fraturas frdgeis tem carater catastrdfico, com perda total do equipamento quando ocorrem. 53. Trés condigdes sao necessarias para ocorréncia de uma fratura fragi. - Tensdes de tragdo elevadas. - Presenga de entalhes. - Temperaturas abaixo da temperatura de transicao. Estas trés condigdes devero existir simultaneamente para que a fratura se inicie; 0 risco sera praticamente ine xistente se uma destas condigdes nao for satisfeita. De que maneira, atuam os cdigos de projeto de modo a que seja evitada ou minimizada uma fratura fragil nos vasos de pressao? Os cédigos atuam no nivel de tensdes especialmente no que diz respeito as tensdes residuais que possam existir no equipamento, recomendando, quando necessario, um tratamento térmico para alivio de tensdes. Atuam, no que diz respeito a presenga de entalhes,com recomendagdes quanto a detalhes de fabricagdo e inspegio criteriosa das soldas. No que diz respeito a temperatura de transicio, esti- pulam regras para a selecio de materiais, através dos tes- tes de impacto. Temperatura de transicdo é a temperatura abaixo da qual existe a possibilidade de fratura fragil, & usual defi nir-se a temperatura de transigdo como sendo a temperatura minina em que um determinado corpo de prova resiste a um choque com a absorcao de um determinado valor de energia. No cédigo ASME, para avaliacao do comportamento dos materiais em baixas temperaturas sao realizados os Testes Charpy, de acordo com os procedimentos da ASTM A 370. Cada lote a ser examinado consiste em trés amostras, que deverdo ter, quando possivel, as dimensées do corpo de prova padrdo (FIG.21) s4. Som : (oats ny #5 mn 2.108 nd — i J_§ 10mm" L-ftestn Oa nm t osna ‘See AM 204 2c) for thickness. = A 4g me of reduced size specimen —Fig.21_ Os corpos de prova deverdo ser preparados de modo que o entalhe seja perpendicular a superficie que @ objeto de teste © deverdo ser retirados na diregdo longitudinal. 0 Cédigo exige, em fungdo do limite resisténcia mini mo do material que esta sendo testado a energia que cada corpo de prova deve absorver, conforme a tabela abaixo. EXIGENCIAS PARA ACEITAGAO DO MATERIAL ee = (Charpy V-Noich Impact Values energy, ter Than ray uy Specie Minimum Droucees ——_eesind ‘este strength Ses ‘Stes 000 pa ‘enge fr 3 tptnes % es Minute 2'pecmen 1a ° over 63,000 erage for 3 specinens 1S » {5 95000 ps ince Minimum or a'npecren, 2 % over 75,000 pst but not average for 3 stcinens 20 ining 98000 po Minimum tor 1specmen 13 9,00 ps an ver Misra 3 secinens Lateral Expanon Vas two co = a : ’ ; vomm AY } es L. : 5 55. Na Divisdo 1 0 teste & exigido para equipamentos que es tiverem sujeitos a temperaturas de operacio abaixo de -20°F (-29°C), e 0 material devera ser testado numa temperatura no minimo igual a temperatura minima de operacio, isto para a Parte UCS - Acos Carbono ou de Baixa Liga. Na Divisdo 2 0 teste & exigido em funcao do tipo de ma- terial, espessura e da temperatura minima de operacio, confor me a Figura AN-218.1. 4 Wa ae ae Yas tae Tale 2 Te Fae FIG, AM.218.1 IMPACT TEST EXEMPTION CURVES FOR CARBON STEELS 3 56. 57. NOTES TO FIG. AM-218.1: (1 Iepact tests are oot reaured fora given minimum design temperature i see is selected so that the curve represen reauired thickoess 1s Below the minimum design temperature, (2) The carbon ste! aroupings as sted below apply tothe standard specification conlitins of heat trestment Group I Includes only SA-36 pate upto % inn thickness when welded to peimaryprestore components Growp It {) Plate steels: SA-36 over 34 inn thickness when welded to primary pressure components; SA-285 and SA-£15; (6) all ther product forms of carbon steel conforming ta specifications ites i Table ACSI, unless assigned by these notes o anc Sroup. Group I Pate sees: $A-442 upto Lin thick, inclusive Group IV. Plate sees when not normalized 35 felons: $442 over i 1 to 2 in thik, inclusive. Grove V. “or Pipe steel: $A-52 (6) Plate steels required by SA specifications tobe normalized or quenched and tempered: SA-516 over 1¥%p in thick, SA? € 2 and 2 in al thicknesses, SA-662 Grace 4 in ll thicknestes,SA-o62 Grade B over 198 im ick, (er Pate steel when specially required to be normalized: SAva42 over} in thick, SA-SI6 equal to ores than 2% nick, SA Grade B equal to or les than 1 in, Dic ‘ThickoessOeintion for Standard Flanges: For application of Fi AM.218.2 the thickness of standard flanges conforming to ANS! 8 shall be defines a the maximum nominal thickness ofthe pressure part under consideration at any strength wel, ineloaing Weve atic onoresure pars (2 Impact Testing al Temperatures Below Curves: When impact tested according to AM-204.1 steels may be uid at temperatures loner + Lote established bythe curves, proviced they meet the impact tet requirements, but ho lower than Oe mpact Wot toes se (5) Impact Testing of Thick Sections: For thicknesses greater an 3 im. when the minimum design temperature is ower thant 120°F, ij tess shall te mace according to AM204.2. ° (6) Impact Testing of Materials Subjected to Accelerated Cooling: For thickness greater than 2 i. and when the design temperature i ie {Ban +120°F, material subjected to accelerated cooling (by liquid sprays or immersion) shall be impact tested according to AM 204 ‘nen no grade is shown al grades are nce ing at ste In thickness; SA:516 upto 1%. thick, inclusive; SA-662 6 ° 58. TABLE AD-155-1 MINIMUM PERMISSIBLE VESSEL METAL TEMPERATURES FOR FERROUS METALS OTHER THAN AUSTENITIC IN RELATION TO IMPACT TEST TEMPERATURE? ‘Service Pressure Test Startup Type of Vessel Temperature Temperature Temperature Base Vessel Aswelded Same 30°F higher Note (2) Pw Seme ‘Same Note (2) Leva ‘Aselded Not permite we Pwr Note 5) Noe (5) Note (2) Retrigerated Service? ‘Aswelded Same (Note (3) 30°F higher Note (2) PwHT Same Same Note (2) ores, (2) When impact tests are oot performed because Fig. AM-218.1 is used, the minimum permissible temperate from Fig. AM-218.1 shall be ‘orsdered the impact est temperature for apalying this able (2) Mfpressure appli at a metal tergeraturebeiow the minimum permisible temperature it shallot exceed 20% of the required test pressure (3) Only wen orale weds and other areas of high toclized ses are postweld hea reste, except inthe co of Ie wake seal op ve wed inciing 2. thickness etherwise, 30°F higher (4) Reigerated service for purposes ofthis table is defined as service below 32°F where the temperature is contre inthe process rather than bing caused by atmosphere conditions. (5) 20°F higher foreach aiional eh of nominal hichnes or fraction theres or thickness over in. but not to exceed 60" high, Embora ainda nfo adotado pelo ASME, Secdo VIII, mas j4 utilizado nas Segdes III e XI, & importante uma referéncia aos métodos de prevencao de fratura frgil, baseados na Meca nica da Fratura. Na abordagem da Mecnica da Fratura o projetista poderd relacionar o nivel de tensdes atuantes, a existéncia de de- feitos e a tenacidade a fratura do material ou o COD do mate rial. No ASME, Secdo III e XI, est sendo utilizada a Mecdni ca da Fratura Linear Elastica (LEFM); para materiais diteis, entretanto, deverd ser utilizada a abordagem a Necinica da Fratura Elasto-Plastica (YFM). 59. 5.3 - Critérios para especificacao dos materiais compo~ nentes de Vasos de Pressao. nentes de Vasos de Pressao A fim de facilitar a orientagdo da especificagao dos materiais para os diversos componentes de um vaso de pres sao, utilizaremos uma divisdo destes componentes em classes. Classe I - Partes da parede de presso do vaso em contacto como fluido de processo (cascos,tampos, Pescogos de bocais, flanges, flanges cegos, etc.) © outras partes pressurizadas em contacto com 0 fluido de processo (espelhos, p.ex.). Esta classe inclui também as partes internas soldadas aos va- sos e submetidas a esforcos principais(anéis,cha- Pas € outros elementos de suporte de bandejas, grades, tampos internos, etc.), Esta classe ia- clui também os reforcos (de qualquer tipo) das a- berturas na parede de pressio do vaso. Classe 11 - Partes da parede de pressio do vaso nado em contacto com o fluido de processo, exceto 0s reforgos das aberturas, inclufdos na Classe 1, (reforgos externos, reforcos de vacuo, etc.). Classe III - Partes internas soldadas 20 vaso mas nao submetidas a esforcos principais (chicanas,de fletores, quebra-vértice, vertedores, etc). Partes externas soldadas ao vaso, submetidas a es forgos em operacdo, como por exemplo, suporte de qualquer tipo (saias, colunas, bercos, etc) ele- mentos de sustentagio de escadas, plataformas, tu bulagdes externas, etc, Para os suportes, esta Classe inclui somente as partes dos suportes dire_ tamente soldadas ao vaso ou muito préximas do mes mo. Classe IV - Partes internas desmontaveis (ndo sol dadas ao vaso), como por exemplo, bandejas, borbu thadores, grades, vigas de sustentacdo, distribui 60. dores, feixes tubulares, etc.). Classe V - Partes de suportes de qualquer tipo nao incluidos na Classe III. Para todas as partes desta Classe a temperatura de projeto € sempre a temperatura ambiente. Classe VI - Partes externas, soldadas ao vaso,mas Submetidas a esforcos apenas em montagen, manuten sao, desmontagem, etc., como por ex. olhais de suspensao, turcos, etc. Para todas as partes desta Classe a temperatura do projeto € sempre a temperatura ambiente. Critérios para Especificagao dos Materiais dos Componentes de Vasos Classe cea Material Basico do Vaso Parte da Va~ Ago-Carbono para BailAgos-Lioa, Agos so Considere-| aco-carbono |xas Temperaturas(com|Inoxidéveis e Me- ga... |-_-_____. .. teste de impacto) tais N3o Ferrosos Viesmo materiel|Mesmo material do |Mesmo material do 2 do casco cesco casco Mesmo material|"esmo material do Material com o me It do casco casco mo "P-Number" ¢ material ¢o casce -.. ...JAgescarbono de|Aco-carbono para bai|Meterie! com o me. fr qualidade es- |xas temperaturas com]mo "Pelunter" ¢ trutural teste de impacto material do ce (Ver Nota) Materiais espe|Materiais especifi- |Materiais ecpecif Ww Gificados em|cados em cade caso |cedos em cada cas cada ceso Ago-carbono de|Aco-carbono de qualifAcc-carbono de v qualidade es-|dade estrutural qualidece estrutu trutural ral Ago-carbono de[Ago-carbona de quali|Material com o me VI qualidade es-|dade estrutural mo "PaNumber™ trutural material do cesco Nota - Deve ser empregado o mesmo material do casco, quando for exi gido por motivo de resisténcia & corrosao. 62. Qbs: Os acos para partes pressurizadas devem apresen tar o teor de carbono ndo superior a 0,30%, sendo que para chapas do casco e tampo exige-se que o teor de carbono nao se ja superior a 0,264. 5.3.1 - Mater: is mais Utilizados Os tipos de aco carbono mais utilizados,na fai- xa de temperatura recomenddvel, que é de -45°C a 450°C, so: SA-285 Gr C; SA-S15 Gr 60 e Gr 70; SA-516 Gr 60 e 70. Numa abordagem bem ampla poderfamos classificar © SA-285 Gr C como um ago de médio carbono, adequado pa ra partes ndo pressurizadas ou para servigos nfo téxi- cos, em pressdes e temperaturas nao muito elevadas; os SA-515 Gr 60 e 70 como acgos de médio carbono, acalmados, para temperaturas mais eclevadas; e 0 SA-516 Gr 60 e 70 como agos de médio carbono, acalmados, para servigos em baixas temperaturas. Um ago carbono, de qualidade estrutural, também bastante utilizado € 0 SA-283 Gr C. 0 Cédigo permite a utilizagio desse material, mesmo para partes pressuriza das, com as seguintes recomendagées: Nao se destinar a fabricagdo de caldeiras. - A temperatura de projeto estiver entre -299C e 545°C, - A espessura utilizada for inferior a 5/8 in. - 0 ago for fabricado em forno elétrico, S.M., ou Conversor L.D. Numa faixa de temperatura mais elevadae para servigos com hidrogénio sdo muito utilizados os agos li. ga Mo e Cr-No, sendo os mais comuns os seguintes: SA-204 Gr A/B/C (1/2 Mo); SA-387 Gr 11(1 1/4 Cr- 1/2 Mo); SA-587 Gr 22 (2 1/4 Cr- 1 Mo). 63. fluma faixa de temperatura nais elevada seriam in dicados os agos inoxidiveis, sendo que os austeniticos em temperaturas mais altas. SA-240 Gr 304 (AISI 304); SA-240 Gr 304 L (AISI 304 L); SA-260 Gr 316 (AISI 316); SA-240 Gr 316 L (AISI 316 L); SA-240 Gr 321 (AISI 321); SA-240 Gr 405 (AISI 405); SA-240 Gr 410 (AISI 410). Em baixas temperaturas sao utilizados: ~ Asos Liga ao Niquel: SA-203 Gr A/Gr B(2 1/4 Ni); SA~205 Gr D/Gr E(3 1/2 Ni); SA-353 (9 Ni). ~ Agos Inoxiddveis Austenfticos, - Metais nao ferrosos: Ligas de Aluminio/Magnésio - sp-209 (5083) bigas de Aluminio/Silicio ~ sB-209 (6061). Muitas vezes, quando além da resisténcia mecanica & necessério que o material seja resistente 3 corrosio, torna-se necessario a utilizaco de chapas revestidas Nes te caso a chapa base, que resistird aos esforcos mecani- cos € usualmente de aco carbono e a chapa de revestinento bem fina, de um material nobre como ago inoxidavel, niquel e ligas. Voltaremos ao assunto no item relativo a revestimentos. 5.4 - Espessuras Devem ser adotadas de preferéncia, como espessuras nominais(conerciais) 05 seguintes valores, em milfmetros: 4,75 ~ 6,30 - 8,00 - 9,50 - 11,20 - 12,50 - 14,00 - 36,00 - 17,50 - 19,00 - 20,60 - 22,40 - 23,60 - 28,00 - 28,60 - 51,50 - 34,90 - 37,50 - 41,30 - 44,40 - 47,50 - so,0. Para espessuras suzeriores a 50,0 mm devem ser ado tados valores inteiros om milimetros. 64. As tolerancias de fornecimento das chapas nao pre- cisam ser consideradas, desde que as chapas estejam de a cordo com as normas ASTM A-20 e PB-35. Para tampos abaulados e outras pegas prensadas ou conformadas, deve ser previsto um adequado acréscimo na espessura das chapas, para compensar a perda de espessu- ya na prensagem ou na conformagao, de forma que a espes- sura final da pega acabada tenha no minimo o valor calcu lado ou o valor que consta nos desenhos. Nos vasos em que forem previstas diferentes espes- suras de chapas para os diversos anéis, permite-se a0 projetista modificar para mais essas espessuras, com a finalidade de acertar as alturas dos anéis, com as dimen s6es comerciais das chapas. Devem sempre ser acrescentada uma adequada sobre- espessura para corrosio exceto quando, para o servico e o material em questo, a corrosio for reconhecidamente inexistente ou desprezivel, ou quando houver um revesti- mento interno anti-corrosivo adequado. As sobreespessuras para corrosao devem ser basea- das na vida Gtil do equipamento, conforme a tabela abai xo. Como regra geral, quando a taxa de corrosdo previs ta for superior a 0.3 mn/ano recomenda-se que seja con- siderado o emprego de outros materiais mais resistentes & corrosao. Vida Util dos Vasos de Pressa0 6s. Classe de Equipamentes Refineries, Terminais e outras Instalactes N3o Petroquimicas Unicaces Petroqufmicas Equipementos de grande porte, grande custo ou essenciais ao Funcionamento da unidade indus- trial (reatores, torres, permu- tedores ou vasos importantes) tros equipamentos nao incluf- dos na clesse acima Pages desmontaveis ou de reposd, e&0 (Peixes tubulares, internos de torres, etc.) 20 ancs 15 anos 8 anos 15 anos 10 anos 5 anos Exceto quando especificado de outra forma, devem ser edotedos 08 Seguintes valores m{nimos pera a sobre-espessura para Para as partes construfdas em 2¢o-carbono ou em acos de bai. sBo, 2 liga: (a) Torres, vasos e permutadores em geral para servigos com hi, drocarbone tos: (b) Potes de acumulagao (botas) para os vasos acim (c) Vases em geral para vepor e a: 3 mm 6 am 5 am (4) Vasos de armazenamento de gases liquefeitos de pe- tréleo 1,5 mm 66. Apresentamos a seguir a Figura 22, mostrando as parcelas da espessura de parede de um vaso de pressio. ep - ema - efab - etc etf - en - eaj - Y NYNY ee Jeoi | C lerden| Fig. 22 Notacao adotada Espessura requerida, calculada em fungio das condi Ses de projeto. Espessura utilizada para o cdlculo da PMA na condi Ho corrofda. Sobreespessura para corrosao. Espessura (final) de fabricagio. Acréscimo para compensar a perda de espessura das chapas na conformacio. Acréscimo para compensar a tolerancia de ‘forneci- mento das chapas (normalmente desprezivel). Espessura nominal (comercial) da chapa adotada. Espessura de ajuste, resultante de acréscimo para ajuste & espessura comercial da chapa a ser compra da. 5.4.1 ~ Dimensdes Chapas com espessura igual a 4,75 mm de- vem ter as seguintes dimensdes: - comprinento: 6000 mm. - largura: 1500 mn, Para chapas com espessura maior ou igual a 6,30 mm, seguintes dimensdes sao indicadas: - comprimento: 12000 mm - largura: 2440 mn. 67. as 68. 6.0 - Definicées Apresentamos neste item as definicées de alguns termos aos quais iremos repetidamente nos referir e que necessitam ser bem es clarecidas. 6.1 - Pressdo de Operacdo £ a pressio no topo de um vaso de pressdo om posigao normal de operagdo, correspondente a uma determinada tempera- tura de operagdo. 6.2 - Temperatura de Operacdo Ea temperatura da parede do vaso quanto sujeito & pres so de operacao. Observagao: Quando num equipamento podemos delimitar 20 nas com diferentes temperaturas de operagio, podemos estabele cer condicdes de projeto distintas para cada una dessas zonas. 6.3 - Pressfo de Projeto E a pressio que sera utilizada no dimensionamento do va~ 50, devendo ser considerada como atuando no topo do equipamen- to. © COdigo ASME, Seco VIII, estabelece que a pressio de Projeto devera ser determinada considerando-se a condigéo de Pressdo ¢ temperatura mais severas que possam ocorrer em servi so normal. De acordo com os procedimentos adotados pela PETROBRAS, 2 pressdo de projeto de um equipamento, associada a uma tempe- Tatura de projeto, seré o maior dos seguintes valores. ~ 1,1 PMO quando for utilizada vélvula de alfvio de pres- so convencional ou balanceada, ~ 1,05 PMO ou PNO + 0,56 kgf/em? quando for utilizada val 69. vula de seguranca operada por piloto. - 1,5 kgf/cm? ob: Quando aplicdvel, a altura estatica do 1fquido arma zenado deve ser adicionada 4 pressio de projeto para dimensionar-se qualquer parte do vaso submetida a- esta coluna de 1fquido. (PMO- Pressdo normal maxima de operagio). 6.4 - Temperatura de Projeto Ea temperatura da parede do vaso correspondente a pres sdo de projeto. 0 Cédigo ASME estabelece que esta tenperatu ra nfo deverd ser menor que a tenneratura nédia da sunerfi- cie metalica nas condi es nornais de oneracao. De acordo com o critério adotado pela PETROBRAS, a tem- Peratura de projeto de um equipamento, associada a determina- da pressio de projeto ser estabelecida do seguinte modo: - Vasos operando entre 15°C © 400% TMO + 30°C ~ Vasos operando acima de 400°C: TMO - Vasos operando abaixo de 15°C: TMinO TMO - Temperatura Méxima Normal de Operacao TMinO - Temperatura Minima de 0- peracao. Obs Vasos com possibilidade de operacio em condicdes distintas de operacio devem ter inicialmente suas condicdes de projeto estabelecidas para cada con- digdo de operagao, de acordo com os parametros es tipulados pela PETROBRAS. Posteriormente, sera adotada a condico mais critica de projeto, a par tir das relagdes entre a pressio de projeto e ten so admissivel na temperatura de projeto. 6.5 - Press@o Maxima Admissfvel de Trabalho E a pressio maxima, no topo do vaso, em posigdo de ope. ragdo normal, que acarreta no componente mais solicitado do equipamento, uma tensdo igual a tensdo admissfvel do materi- al, na temperatura considerada, corrigida pelo valor da efi- ciéncia de exame radiografico adotada no projeto do equipa- mento. A pressdo maxima admissfvel de trabalho € calculada pa *a 2 temperatura de projeto com 0 vaso na condicdo corrofda. Pare determind-1a devemos considerar a pressao maxima que po dera atuar em cada componente do vaso, no devendo ser leva- Gas en conta no cAlculo espessuras decorrentes da coluna de Liquido atuante no vaso nen as espessuras decorrentes das to jergacias de fornecimento das chapas e sua conformacio. Em alguns casos, no teste hidrostatico por exenplo, Po derenos necessitar da pressio maxima admissivel na temperatu ra anbiente, estando o vaso novo ou corrofdo. 6.8 - Pressio de Ajuste do Dispositivo de Alivio de Pres 0 cSdigo ASME Secio VIII, Divisdo 1 aborda os requisi- fos pera dispositivos de alivio de pressio, em sua parte UG, Pargrafos UG-125 a UG-156 e em seu Apéndice 11. Num vaso de pressdo instalamos dispositivos de alivio de pressio para proteg3o contra Condigées anormais de opera S80 e contra a excesso de pressio provocado por fogo. Para condicdes anormais de operago, o dispositive de alfvio de pressio, quando 1 (um) sé dispositive € utilizado, deve ter sua pressio de ajuste nio superior a pressio maxima admissivel de trabalho do equipanento, nem inferior a sua Pressio de projeto. 71. 7.0 - Etapas de Projeto Un vaso de pressdo é um equipamento que normalmente & proje- tado Para condigdes especificas de funcionamento, caracterfsticas desse equipamento; & portanto, na grande maioria das vezes, um pro jeto individual. Podenos dividir de una maneira geral 0 projeto de um vaso de Pressao nas seguintes etapas: - Projeto de Processo ~ Projeto Mec&nico ~ Projeto de Fabricacio 7.1 - Projeto de Processo © Projets de processo comeca com o que denominanos De finigdo dos dados de processo do equipanento", Entre esses dados, relativos & condicdo operacional do equipamento inclu em-se os seguintes: 8) Tipo geral do equipamento. ») Natureza, propriedades, vazdo; temperatura e pres sio de todas as correntes fiuidas que entran ou que saem do equipamento. ©) Temperaturas e pressées de operagio do equipamento. 4) Volume armazenado ©) Posig&o de instalacdo (+) £) Posigao © elevacio dos bocais (+) 8) Elevacdo necessaria do equipamento “) h) Exigéncias quanto a nio contaminagdo do flufdo conti do 4) InstrugSes para condicionanento do equipamento para a partida, () Quando houver interferéncia com o funcionamento do vaso. 72. G projeto de processo propriamente dito consistird na na determinagdo das dimensdes gerais do equipamento que inter firam com seu funcionamento e na definicio de todos os deta- lhes do préprio equipamento ou de suas pecas internas que também interfiram no funcionamento do equipamento. As informagSes que fazem parte do projeto de processo a) Desenho esquematico do equipamento b) Dimensdes gerais do equipamento (*) ¢) Tipos de tampos (*) 4) Digmetro nominal de todos os bocais ligados 4 tubula ses. e) Tipo, localizac&o, formato, dimensdes gerais, espaca mento e detalhes de pegas internas. £) Indicagdo dos bocais para todos os instrumentos liga dos ac equipamento. g) Necessidade ou nao de isolamento térmico, revestimen to refrat@rio, ou outro qualquer revestimento, e fi- nalidade do isolamento ou do revestimento. h) Exigéncias especiais quanto ao transporte, montagem, desmontagem, manutengdo e inspecao de pecas internas. i) CondicSes especiais de corrosio, erosio ou de exi- géncia de materiais. } Quando houver interferéncia com o funcionanento do vaso. 7.2 - Projeto Mecinico 0 projeto mecanico consiste na especificagfo de todos os materiais, definicdo das dimensdes finais do equipamento, dimensionamento dos principais componentes estruturais,e 0 desenho mecanico do equipanento. © projeto mecanico de vasos de pressao inclui obrigato- riamente a definigo ou o cdlculo dos seguintes dados referen tes ao vas a) Especificago completa de todos os materiais do vaso e de todas as suas partes e acessérios, tais como: bd) ©) a) e) £) 8) h) n) 0) 73. flanges, bocais, suportes, espelhos e tubos internos, pegas internas e externas, parafusos, juntas e reves- timentos. A especificagdo deve ser feita com a iden- tificagdo completa, incluindo classe, tipo e grau do material. Definicao das dimensées finais do equipamento. Selegdo do tipo de tampos, se nao for definido por e- xigéncia de processo. Definicdo das normas de projeto, fabricacdo, montagem e teste dos equipamentos. Determinagao das condigées de projeto do equipamento oO). Definicdo das eficigncias de solda, tipo e grau de inspegao das soldas. CAtculo mecénico (estrutural) completo do vaso, inclu indo as espessuras de todas as partes do vaso, refor gos, flanges especiais, suportes, espelhos, pecas in- ternas e externas, incluindo a defirigdo dos valores de sobreespessura de corrosio (*). DimensSes © espessuras das chapas de base de saia, co lunas, bergos ou outros suportes do vaso. Definicdo das posicdes finais (elevagdo e orientacao) dos bocais, bocas de visita, instrumentos, pecas exter nas, ete. CAlculo da pressdo maxima admissivel e da pressdo de teste hidrostatico (*). Calculo dos pesos aproximados do vaso quando vazio,en operagao, parada e teste hidrostatico. Definigdo das condigdes de transporte do vaso (intei- To ou em segées). Desenho mecnico completo do vaso. Diagrama de carga sobre as fundacdes. Tipo, digmetro e posicdo de todos os parafusos chunba- dores. 74, (*) Os itens indicados, entre outros, exigen para sua de finigdo a participacdo nao somente da equipe de pro- Jeto mecAnico como também da equipe de processo ¢ da engenharia de sistemas. © projeto mecanico deve incluir também, nos casos que forem aplicavei a) Especificagdo de tratamento térmico. ») Especificacdo e detalhamento de revestimento (ou pin tura especial) interno ou externo, incluindo-se re- vestimento anti-corrosivo e refratario. ¢) Selecao e especificacdo de isolamento térmico, dos tipos de suporte do isolamento térmico e distancia entre suportes. 4) Especificagdes para montagem, testes e inspecio, no campo. ©) Especificagées de soldagen. £) Verificacdo de tensdes devido a cargas localizadas e Teagdes de tubulacdes sobre os bocais do vaso. 8) CAlculo dos deslocamentos devido & dilatagao térmica do préprio vaso. Quando aplicavel, o projeto mecdnico deve ainda incluir especificacdes contendo exigéncias ou recomendacses especiais telativas a processos especiais de soldagem, de inspegdo, tra famentos térmicos especiais, revestimentos especiais, toleran cias dimensionais nao usuais, sequéncia de montagem ou de sol dagem, desmontagens especiais e outras exigéncias nao cober- tas por normas. 7.3 - Projeto de Fabricacio © projeto para fabricacdo consiste no detalhamento do equipamento para permitir sua fabricacdo e montagen. Compreende portanto a verificacio e compleneatagio 78. do projeto mec&nico, com o acréscimo de dados e informa- des adicionais, tais como a) Desenhos dimensionais. b) Desenhos de fabricagao. ¢) Desenhos com detalhes das soldas. d) Procedimentos de soldagem, incluindo a qualifica G0 dos procedimentos de soldagem e a dos ope- tadores e soldadores. €) Sequéncia de soldagem, localizagio de todas as soldas e cortes. £) Procedimentos de montagem. 8) Procedimentos para realizagdo de exames nao des- trutivos. incluindo a qualificacdo dos procedi- mentos e operadores, quando necessério. h) Procedimentos para realizagio de teste hidrosta- tico. i) Estudos de aproveitamento de materiais. J) Numeragdo e relacionamento de todas as pecas con ponentes do equipamento. 1) Detalhamento e dimensionamento completo de todas as partes nfo dimensionadas no projeto mecdnico. (Pesas internas; externas; orelhas para escadas € plataformas, etc...). m) Detalhes de usinagem e tolerancias especiais. n) Procedimentos para transporte e condicionamento. 76. 8.0 - Combinacdes de Carregamentos Todos os vasos de pressio projetados de acordo como Cédigo ASME Segao VIII - Div. 1, inclusive as estruturas de suporte, devem ser verificados para as seguintes condicées: 8.1 - Condicao de Operacdo Normal Esforcos: - Pressio interna ou externa de projeto na tempera- tura de projeto; : - Peso do fluido de operagio no nivel normal de ope rago; - Peso préprio do vaso/peso de todas as cargas per- manentes suportadas pelo vaso (1); - Esforgos devido ao vento (2). Tensbes As constantes das tabelas para o mate- rial do vaso na temperatura de projeto. Espessuras: Considerar as espessuras corrofdas, isto é, espes suras de fabricagdo menos as sobreespessuras de corrosao. 8.2 - Condicdo de Teste Hidrostatico Esforcos: - Pressio do teste hidrostatico; - Peso do vaso cheio d'aou: - Peso de todas as cargas permanentes suportadas pe lo vaso durante o teste (3). Tensdes Admissiveis: A tensdo maxima na parte mais solicitada do vaso pode chegar a 80% do limite de escoamento na temperatura ambiente (4). Espessuras: Podem ser consideradas as espessuras de fabrica- go com ou sem a sobreespessura de corrosio. 7. 8.3 - Condicdo de Parada Esforgos: ~- Peso Préprio do vaso; - Peso de todas as cargas Permanentes suportadas pelo vaso (1); - Esforgos devido ao vento (2). Tensdes Admissiveis: As constantes das tabelas da norma para © material do vaso acrescidas de 20 ente. + para temperatura anbi- Espessuras: Considerar as espessuras corrofdas; isto é, es- Pessuras de-fabricacdo menos a sobreespessura de cor rosao. 8.4 - Condicgdo de Montagem Esforgos: - Peso préprio do vaso; (5) - Esforgos devido ao vento (2). TensGes Admissiveis: As constantes das tabelas da norma para cada material do vaso acrescidas de 201, na temperatura ambi ente). as de fabric: Espessuras: Devem ser consideradas as espessu Notas (1) Inclui internos removiveis, isolamento interno ou externo, acessérios externos ¢ tubulacées. (2) Os esforcos devidos ao vento nio precisan ser considerados para o projeto dos vasos horizon- tais. (3) Inclui acessérios soldados ao casco; exclui a- GessGrios externos ¢ internos renoviveis, isola mento interno e externo. (4) Para partes ndo pressurizadas pode ser conside- Tada a tensao admissfvel basica acrescida de 33 1/38. 78. (8) Inclui acessdrios soldados; exclui acessérios ex ternos removiveis. 9.0 - Dimensionamento terna Pressfo Interna e Abordaremos a partir deste item pontos relativos ao projeto, fabricagdo, inspecdo e testes de um vaso de pressio tal como apre sentado na Divisio 1 do Cédigo ASME, sendo inclufdas observacdes @ respeito da utilizacdo da Divisio 2. No dimensionamento de um vaso de pressdo podemos considerar atuantes os seguintes carregamentos: ~ Pressao de projeto (Interna ou Externa). = Peso préprio do equipamento, conteiide e acessérios. ~ Agdo de vento. ~ Sobrecargas (Peso de outros equipamentos; revestimentos;tu bulagées). ~ Cargas localizadas (suportes para pegas internas ou exter- nasi suportes do préprio equipamento, esforcos em bocais). - Gradientes térmicos. ~ Choques; rapidas flutuagées de pressao. A Divisdo 1 do Cédigo ASME apresenta as fSrmulas para o c4l- culo da espessura de parede do vaso baseada nos efeitos da pressao Bugeuna pence ternal deipzojetow scabeleopere; erie ts toot. toe es fa espessura 6 adequada para resistir as tensdes resultantes dos outros carregamentos. 9.1 - Pressdo Interna 9.1.1 - Tensdes Membrana Uma casca pode ser definida como um componente estrutural com duas dimensdes sensivelmente maiores que uma terceira (espessura), podendo ter curvatura en lima ou duas diresdes; se no hd curvatura este componen te estrutural @ denominado placa. Os vasos de pressio (ou tanques de armazenamen to) com espessura bem inferior as suas demais dimensées, oferecem pouca resisténcia a momentos fletores perpendi culares a sua superficie e @ comum, para o seu dimensio Ramento, que sejan considerados como menbranas, \s ten sdes calculadas desprezando-se as tenses de flexio sfo denominadas tensdes de membrana. Cascas finas (membranas) tentardo equilibrar as forgas ou carregamentos a que estio sujeitas sonen te por tensdes de tracdo (ou compressio). £ até dese javel que sejam pouco resistentes as tenses de fle xo, pois isto permitira que o vaso se deforme rapida mente sem o surgimento de altas tensées de flexdo nas descontinuidades. Tensdes de menbrana sdo tensdes médias de tra s40 (ou compressdo) atuando ao longo da espessura vaso e tangencialmente a sua superficie. Vamos deduzir a formula geral das tensdes de membrana, devidas & pressdo interna, para o caso de cascas que sejam superficies de revoluc#o, 0 que cons titui a maioria dos vasos de pressao. lo 2 sl. 6, - Tens& longitudinal ou meridional. 02 - Tens#o circunferencial. h - espessura da parede. ds, - dimensao do elemento na diregdo meridional. ds, - dimensao do elemento na diregdo circunferencial. T) - raio de curvatura meridional. tz + raio de curvatura circunferencial. P ~ pressGo interna. Forgas atuando nas superficies laterais do elemento: oh ds, e oh ds). Somatério dos componentes dessas forcas na direcdo normal ao elemento: diene ds? 2Fy 2 Ooh aS) sen ——) = Ojh ds) : 2 do asy 2F, = 20,h dS) sen (—p1) 0 yh as, A forca devida a pressao atuando normalmente ao elemento é: F p.dSy. dS,. Da igualdade resulta: 82. ol a2 p Ty r h Exemplos de aplicagao: - Cilindro sob pressdo interna (p) Temos: ry = co PR 2 2h Conforme veremos posteriormente as equacdes para deterni nagdo da espessura de parede de cilindros sujeitos a pressio interna conforme 0 Cédigo ASME sdo baseados na teoria da mem brana, com algumas modificagdes de modo a que essas equacées. Para vasos de paredes finas apresentem no cdlculo um resultado bem préximo do que seria obtido quando da aplicagao das equa- gdes de Lamé para vasos de paredes grossas. 83. ima das limitagSes desta teoria ocorre nas descontinui- dades. Vejamos, por exemplo, um caso classico. Ex: Vaso Cilindrico com Tampo Ilemisférico. (Mesma espes sura). Calculando as dilatagSes no tampo e no casco, temos: No casco cilindrico: ~ _pa o = Pa 2 h 2h e, = 1 ( a - vp = Yea E 2h El z 2 6. pa v BP GaaG L- Ses aaa +) Para V = 0.3 No casco esférico: Esper 2h ee (ke ee) ta yy 2 E 2h 2h 2Eh ot = Para vy = 0.3 2 St = 0,35 —Pa Eh A esfera dilatard menos da metade do que o cilindro,mas no equipamento isto nao ocorre; ha uma continuidade na casca. Para que isso ocorra deverdo existir entGo, outras tensdes, além das tensdes de membrana que foram calculadas separada- mente para o casco e para o tampo. Na Divisdo 1 ndo calculamos estas"tensdes nas desconti- nuidades? os detalhes de projeto e fabricacdo contidos nes- ta divisdo fazem com que as mesmas fiquem limitadas a valo- Tes que ndo comprometam a integridade do equipamento, Na Divisdo 2, projeto baseado em andlise de tensées, é necessario calcularmos que sistema de carregamentos aplica- dos aos extremos de cada casca, fard com que sejam satis- feitas as condigées de equilibrio e continuidade, e que ten ses decorrerfo deste sistema de carreganentos. Estas ten s0es serdo classificadas como tensdes locais de membrana e tenses secunddrias e uma vez somadas as tensdes de membra~ na deverdo ficar limitadas aos valores estabelecidos no Apén dice 4 da Divisio 2. 8s. 9.1.2 - Dimensionamento conforme ASME VIII - Divisio 1. Antes da anresentacio do cAlculo de esnessuras dos di versos tipos de casca, necessitanos mostrar alguns nontos,de interesse na fase de dimcnsionamento, acerca de catecorias e tino de juntas existentes num vaso de pressio e tinos de exa me radionrafico. I - Categorias de Juntas A exnressio categoria de junta define a localiza- Ho da junta no vaso, define 0 tino de junta Através da catesoria de junta o cédigo estahelece requisitos especiais quanto ao’ tino de junta e o qrau de ins Reco a que estario sujeitas determinadas juntas nun vaso de pressio, Estes requisitos especiais serio estahelecidos em funcio do servico, material e espessura do vaso. 0 Cddigo ASHE, Secao VIII Divisio 1 e Divisio 2, define 4 (quatro) categorias de juntas soldadas (A, F, C, D), © sua localizacdo num vaso de nressfo pode ser vista na Figu Ta 25, abaixo. Fig. 25 II ~ Tinos de juntas 0 COdigo AS'E, Secio VIII, Divisio 1 nermite a utilizacao dos sequintes tipos de 86. juntas soldadas: (Tabela duplo (Tipo 1). simples e cobre junta (Tipo - Juntas de topo com corddo simples (Tipo 3). ~ Junta sobreposta com solda dupla em Angulo (integral) - Junta sobreposta com solda simples em angulo (inte- - Junta sobreposta com solda simples em angulo (inte- un-12) - Juntas de topo com cordao - Juntas de topo com cordéo Ble (Tipo 4). gral) e solda de tampao (Tipo 5). gral) (Tipo 6). qn © Cédigo ASME, SccAo VIII, Divisio 1 estabelece para juntas soldadas as sequintes nossibilidades nara reali Ho de exane radiogrifico: A) Radiografia Tota’ 1 - Todas as soldas de topo em vasos contendo substancias 1e- tais. 2 - Todas as soldas de topo nas quais a espessura da chana mais fina for superior a 1 1/2 in, ou ao valor minimo esta belecido na Tabela UCS-57 (Parte UCS - Acos Carbono e Rai- xa Liga). 3 - Todas as soldas de topo com pressio de projeto 4 - Todas as soldas de topo ras linadas ao casco ou te radiografados, excet: e Cen bocais ou “sunps pessura inferior a 1 1/ shana cna alnen ia B 2 ess 87. 5 - Todas as soldas de topo de Categorias A e D no casco ou tampos, caso 0 projeto seja baseado numa eficién- cia de junta corresnondente a exame radionrafico to- tal, e neste caso: ~ Todas as soldas de tono de Categorias A e B, co- nectando secdes do casco ou tampos, deverao ser do Tino 1 ou Tino 2, da Tabela UI'-12, - Qualquer solda de tono de Categoria Be C, con ex cecao dos indicados em 4 que nao necessiten ser totalmente radiografados, deverfo ser no {nino parcialmente radiografados (Radiografia de 6 in em qualquer parte da junta, mais as radiografias de todas as intersecSes com juntas de categoria A). Obs.: Critério de aceitacio das radiografias: UN-51. B) Radiosrafia nor nontos ("spot") ~ Juntas soldadas de tono, de acordo com os ti- nos le 2 da Tabela UW-12, que nfo necessitem ser totalmente radiografadas, poderfo sofrer exame ra- diografico nor nontos. Obs: Critério de aceitacio das radiocrafias: uns? C) Nenhuma Radiografia Caso nao seja exigido radiografia total ou o projeto seja baseado nesta condicio. Obs: AN-253, da Petrobras, nao adnite esta nos sibilidade,

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