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RIO
E doce, mas ndo é mole nao
Xico Sé
Apresentacdi
16 Cantos
I. Trabalhadores do Brasil 17
IL. Solar dos principes 21
TIL. Esquece 29
IV. Alemaes vao a guerra 35
V. Vaniclélia 39
VI. Linha do tito 43
VIL. Nagao Zumbi 49
VIL, Coragéo 57
IX. Cademo de turismo 65
X. Nossa rainha 71
XI. Totonha 77
XII. Policia e ladrao 83
XIIL. Meus amigos coloridos 89
XIV. Curso superior 95
XV. Meu negro de estimacao 99
XVI. Yamami 103Va ae Xe)
E doce, mas nao é mole nao
Por Xico Sd
0 cabra mal comeca, acabou-se. De tanto
punch, de téo amargo, de tio doce — prosa-rapa-
dura, contraditéria?!
A gente (é voando, priu, num sopro.
E porrada, mas sem ser chato. 0 cara tem a
manha, a misica que nao deixa esvaziar a pista.
Prosédia cortida que vem l4 dos cafundés, la
de nés. Da moral dos banzos que guardam 0 pos-
sivel blues da palha da cana. Os gritos que dao
‘em Zumbis e negros que embranquecem, como no
escravo do conto "Meu Negro de Estimacao”, Fabula
4 Michael Jackson?
Marcelino Freire escreve como quem pisa no
massapé, chao de barro negro, como a fala preta
amassada entre os dentes, no terreiro da sintaxe,