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União Enumerável de Conjuntos Enumeráveis é Enumerável

José Victor Gomes, Francisco Neto Lima, Luciana Hollyana, Kelvin Leysson
Prof. Dr. Odirlei Silva Jesus - Teoria Ingênua dos Conjuntos

Universidade Federal do Rio Grande do Norte


Centro de Ciências Exatas e da Terra
PET Matemática

Axioma 1 (Axioma da Escolha). Seja {Xn }n∈N uma coleção de conjuntos não vazios. Então, existe uma sequência
{xn }n∈N tal que xn ∈ Xn , ∀n ∈ N.
Teorema 2. Seja {Xn }n∈N uma coleção não-vazia e enumerável de conjuntos não-vazios e enumeráveis. Então

S
X= Xn é enumerável.
n=1

Demonstração. Para cada n em N, definamos Fn como sendo o conjunto de todas as sobrejeções de N em Xn ;


note que cada Fn é não vazio, visto que cada Xn é enumerável, existindo portanto pelo menos uma bijeção (em
particular, uma sobrejeção) φ : N → Xn .

Então, {Fn }n∈N é uma coleção de conjuntos não vazios. Pelo Axioma da Escolha, para cada n ∈ N é possı́vel
escolher uma fn ∈ Fn , ou seja, existe uma sequência de funções {fn }n∈N tal que fn ∈ Fn .

Sendo assim, tomamos a função ψ : N × N → X definida por ψ(m, n) = fm (n). Trata-se de uma sobrejeção
de N × N em X. De fato, tome x ∈ X; então, x ∈ Xm , para algum m. Para esse m, existe pelo axioma da escolha
fm ∈ Fm , sendo portanto uma sobrejeção de N em Xm ; logo, existe n ∈ N tal que x = fm (n) = ψ(m, n).

Segue então que, como N × N é enumerável, e ψ é sobrejeção, X é enumerável.

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