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11 janeiro 2018

ÁGUA DE GIRO. DA PAISAGEM NATURAL À PAISAGEM HUMANIZADA


por Raimundo Quintal*

“Os madeirenses, apertados entre o Atlântico e as montanhas vulcânicas, tiveram engenho e forças para criar uma soberba
paisagem agrária. A armação dos socalcos e a construção das levadas para o transporte da água fertilizadora são obras
maiores do património da humanidade. Para edificar os poios foi preciso partir o basalto e esboroar os tufos vulcânicos.
Pedra sobre pedra foram construídos muros sem fim. O solo transportado às costas por íngremes caminhos de pé posto foi
enchendo tabuleiros, que produzem comida e bebida há seis séculos.”

*doutorado em Geografia Física pela Universidade de Lisboa. Investigador no Centro de Estudos Geográficos, Instituto de Geografia e Ordenamento do
Território, Universidade de Lisboa. Autor de livros e de numerosos artigos de Botânica, Biogeografia, Ecologia e Educação Ambiental. Autor e realizador
de documentários sobre património natural e cultural, exibidos em televisões nacionais e internacionais. Coordenador do projeto de recuperação da
biodiversidade, que a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal vem realizando no maciço montanhoso do Pico do Areeiro, Ilha da
Madeira, desde 2001.

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