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Nossos irmãos que frequentam o culto não possuem a obrigatoriedade de saber música, sendo essa
a responsabilidade que cabe aos músicos. Parte do sucesso do culto está nas mãos dos músicos, e
sabemos que há inúmeros relatos de maravilhas que acontecem em nosso meio por intermédio da
música.
Um dos critérios mais importantes para o músico é como trabalhar a sonoridade, para tal é preciso
aguçar a audição. Inicialmente, a preocupação é estimular os nossos nobres irmãos instrutores a
começar a se dedicarem ao ouvir, ou seja, perceberem o que estão de fato fazendo, sentindo o som,
a emoção e o colorido do timbre que cada nota musical possui. É importante saber que é
fundamental aprender a ouvir, porém como trabalhar o aprendizado da audição, e como estimular o
candidato a treinar o ouvido?
Um dos recursos que podemos propor pedagogicamente para ilustrar, seria um trecho de um curso
que foi ministrado pelo compositor Aaron Copland da seguinte forma:
Sob um certo aspecto, todos nós ouvimos músicas em três planos distintos. À falta de terminologia
mais exata, poderíamos chamar de:
1º Plano Sensível: é o mais simples, ouvimos sem pensar, sem tomar muita consciência disso,
podemos assim dizer que é aquela música de fundo, quando estamos fazendo qualquer atividade,
enquanto a música está sendo ouvida. A mera percepção do som já é capaz de produzir um estado
mental que não é menos atraente por ser desprovido de ideias.
3º Plano Puramente Musical: podemos dizer que é uma forma consciente de ouvir música, onde
nos atentamos aos detalhes técnicos e sonoros tais como a melodia, a harmonia, o ritmo, o timbre
entre outros, ou seja, dando atenção aos detalhes.
Embora ouvimos de maneira combinada os três planos propostos hipoteticamente pelo compositor
Aaron Copland, focamos na combinação do plano expressivo e puramente musical. De maneira
gradual, é fundamental transmitir esse conhecimento perceptivo para os candidatos.
Imagine o Oleiro fazendo um vaso, ele molda a matéria-prima, que no caso é o barro, e consegue
fazer desde um simples vaso, a uma obra de arte. Assim é o músico, ele deve aguçar a audição e
buscar conhecimentos para apreciar músicas com riqueza de detalhes e, de acordo a sua
assimilação, encontrar formas de aproveitar e trabalhar sonoramente o seu instrumento.
É importante trabalhar bem e com dedicação os conhecimentos que se fazem necessários, para que
o músico venha a tocar de forma consciente, e que ele carregue em si, toda a humildade,
sinceridade, submissão e comprometimento para a sua nobre missão de auxiliar a irmandade no
canto.
Grupo de Estudo Musical - GEM
A proposta inicial, dentro do conhecimento de cada um, seria trabalhar os conceitos que se fazem
necessários para que, quando iniciar os estudos em métodos, o candidato já tenha os pré-requisitos
básicos, para que assim se evite formas inapropriadas e inadequadas de tocar.
Geralmente os nossos irmãos solicitam que se inicie com o instrumento a partir do módulo 6 do
MTS, porém propomos que os candidatos iniciem o seu aprendizado do instrumento a partir do
módulo 1. Esse cronograma sugerido pode ser adaptado de acordo a realidade de cada GEM.
PLANEJAMENTOS DE AULAS
GRUPO DE ESTUDO MUSICAL – CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
Semestre Quantidade de aulas Módulos Duração média de aula
1º 15 Ciclo 1 60 min
EMENTA
Objetivo:
1 - Teoria aplicada
Obs.: As aulas devem ser iniciadas por uma revisão da aula anterior e recomendamos
trabalhar apenas um conceito novo por aula. Esse cronograma sugerido pode ser adaptado
de acordo a realidade de cada GEM.
Aula 3 – Principais partes do instrumento - Produção sonora - Relação de medidas - Espaleira - Cordas - Breu
- Ajustes e cuidados
• Leitura e explicação dos assuntos demonstrando com o lápis e posteriormente com o arco e
exercitando junto com os candidatos a empunhadura no lápis e no arco.
• É importante fazer analogias com situações do cotidiano, por isso, entre outras comparações e
exercícios, podemos comparar o arco a um copo descartável com água (o qual seguramos com a
mínima pressão suficiente para não deixar cair, não amassar e nem derramar o liquido), com o
propósito de compreender o posicionamento dos dedos sobre o arco e a mínima pressão que deve ser
exercida para segurá-lo afim de, apenas, impedir que caia no chão.
• Mostrar ao aluno como cada parte do braço direito (dedos, mão, punho, antebraço, cotovelo, braço e
ombro) se movimenta e como trabalham a musculatura e as articulações que conectam as partes do
braço durante o movimento de vai-e-vem do arco. Podemos exercitar o movimento de vai-e-vem
inicialmente utilizando o copo descartável com água e realizando o movimento em linha reta partindo
da cintura em direção a ponta do nariz e vice-versa e depois exercitar da mesma maneira com o arco.
• Mostrar as figuras geométricas que demarcam os pontos básicos do arco (talão, meio e ponta) e para
exercitar a condução do arco de forma paralela ao cavalete, podemos segurar um rolo vazio de papel
higiênico sobre o ombro esquerdo e praticar o vai-e-vem com o arco deslizando por dentro do rolo.
Além desse exercício podemos também posicionar o arco na ponta em uma corda qualquer, parado e
alinhado, e a mão direita desliza sobre o mesmo criando uma linha de referência para o caminho do
arco. Peça para os alunos realizarem o mesmo e faça as devidas correções se precisar.
• Orientar sobre a importância de aprender e praticar em frente ao espelho, se possível, e de,
principalmente, se sentir confortável e relaxado pela correta empunhadura e condução do arco sobre
as cordas, sensações estas (conforto e relaxamento) que só são alcançadas quando se tem
consciência de como cada parte do braço direito se movimenta e como trabalham a musculatura e as
articulações que conectam as partes do braço durante o movimento de vai-e-vem do arco. Praticar e
sentir de modo que futuramente só se use o espelho para simples conferência.
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• Ao tocar: o ataque (Articulação) da nota deve ser preciso como o som das consoantes “T ou K” usando
apenas ¼ de arco, mas SEMPRE cuidando para o som não sair “raspado”, “arranhado”, isto é, com
chiados e ruídos.
• Lição de casa: solicitar que os candidatos leiam o assunto da aula e tragam respondidas na próxima
aula as perguntas de 45 a 47.
Aula 7 – Recapitulação (continuação) - Postura e relaxamento (consciência corporal) - Produção sonora com o
arco (imitando o instrutor)
• Candidatos e instrutores toquem notas longas (arco em velocidade e peso constante) lembrando do
alinhamento das arcadas e SEMPRE cuidando para o som não sair “raspado”, “arranhado”, isto é, com
chiados e ruídos.
• Nota-se uma redução no conteúdo das aulas, isto ocorre para dar tempo para os alunos absorverem o
conhecimento de forma sedimentada e dá ao instrutor a oportunidade de corrigir possíveis problemas
de aprendizagem.
• Continue com os motivos rítmicos crie os mais variados ritmos e se for o caso busque inspiração nos
hinos (sem leitura ainda) para a elaboração desses ritmos.
• Para os instrutores: ler, compreender o assunto Produção sonora com arco e SEMPRE praticar notas
longas para aprimorar a sonoridade e controle do arco: tem que ter a empunhadura correta do arco e
do instrumento sem tensões musculares, estar o mais relaxado possível, respirando corretamente,
trabalhando com o arco exatamente paralelo ao cavalete, com mais peso e menos velocidade do arco,
sem variar o peso e a velocidade, com o mínimo de variação do ponto de contato do arco sobre as
cordas, e o mais próximo possível do cavalete (sem deixar o som raspar). O arco tem que deslizar
naturalmente, aplicar sobre o arco apenas a energia necessária para que a corda "respire" (vibre)
livremente, o som tem que sair o mais "cristalino" (limpo) possível, com tonos (cheio, encorpado) e
volumoso, tem que ser possível ouvir bem os harmônicos.
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Aula 8 – Conhecendo os nomes das cordas - Produção sonora com o arco (imitando o instrutor)
• Tocar notas longas em todas as cordas, uma de cada vez, controlando a intensidade sonora.
Lembrando do arco em velocidade e peso constante, além de manter o mesmo ponto de contato do
arco sobre a corda e SEMPRE cuidando para o som não sair “raspado”, “arranhado”, isto é, com
chiados e ruídos. Não esquecer de SEMPRE posicionar o braço direito, nas respectivas alturas de
cada corda durante as mudanças de cordas e mantê-los na altura da corda que se estiver executando
a nota longa até a mudança para a próxima corda.
• Começar a despertar a percepção dos candidatos sobre os detalhes a serem observados e
trabalhados para uma boa produção sonora.
• Lição de casa: solicitar que os candidatos leiam o assunto da aula e tragam respondidas na próxima
aula as perguntas de 48 a 51.
• Praticar o Exercício 01 – Ritmos (pag. 32) com arco inteiro, metade superior e inferior em todas as
cordas. Use metrônomo e busque a concentração dos alunos tanto para começarem juntos quanto
para manter o tempo sem correr ou atrasar sem NUNCA esquecer de conscientizá-los da importância
de TODOS respirarem juntos para começarem juntos. Lembrar que as pausas devem ser executadas
em silêncio e ser aproveitadas para respirarem e recomeçarem juntos onde o som retoma. Ao fim de
cada motivo rítmico, durante as pausas, caso necessário, o arco deverá retornar à posição inicial de
partida (talão, meio ou ponta) no momento em que se respira (anacruse) para iniciar o próximo motivo
rítmico. Verificar se todos estão realizando esse movimento de retorno a posição inicial do arco de
forma contínua, desenhando um círculo completo e na velocidade do pulso do metrônomo.
• Toque junto com os alunos, mas também os ouça tocarem.
• Recapitular o Exercício 01 – Ritmos (pag. 32) com arco inteiro, metade superior e inferior em todas as
cordas. Praticar o Exercício 02 – Motivos Rítmicos (pag. 33) com a correta distribuição do arco
realizando as mudanças de cordas com movimentos conscientes e se antecipando à mudança de
corda, isto é, mantendo o arco o mais próximo possível da corda que se tocará o motivo rítmico
seguinte, enquanto ainda se executa o motivo rítmico anterior a este. Controlar bem o arco para não
esbarrar na corda seguinte antes da hora e estar sempre atento em manter a pureza do som. Use
metrônomo e busque a concentração dos alunos tanto para começarem juntos quanto para manter o
tempo sem correr ou atrasar sem NUNCA esquecer de conscientizá-los da importância de TODOS
respirarem juntos para começarem juntos.
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Aula 11 – Recapitular aulas 4 a 10 - Manutenção e Aplicação de motivos rítmicos (imitando o instrutor)
• Recapitular o Exercício 02 – Motivos Rítmicos (pag. 33) com arco inteiro, metade superior e inferior e
depois, executando a distribuição de arco correta, realizar a dinâmica pedida no ultimo sistema da
página. Depois tocar a melodia do hino realizando a mesma dinâmica pedida no exercício para cada
sistema do hino, enquanto os candidatos o acompanha repetindo o ultimo sistema da página até
acabar o hino.
• Recapitular o Exercício 03 – Motivos Rítmicos (pags. 34 e 35) com arco inteiro, metade superior e
inferior, nas regiões do arco (talão, meio e ponta) e depois, executando a distribuição de arco correta,
realizar a dinâmica pedida nos dois últimos sistemas da página 35. Depois tocar a melodia do hino
realizando a mesma dinâmica pedida no exercício, enquanto os candidatos o acompanha tocando os
dois últimos sistemas da página.
• Juntar os três naipes (violinos, violas e violoncelos) para executar o hino 131 sob a regência do
encarregado. Os instrutores tocam suas respectivas vozes, enquanto os candidatos repetem o último
sistema do Exercício 02 – Motivos Rítmicos até acabar o hino. Todos devem executar a distribuição de
arco correta para realizar a dinâmica pedida no exercício e no hino.
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Aula 15 – Pratica de conjunto hino 437 (tutti sob regência do encarregado)
• Juntar os três naipes (violinos, violas e violoncelos) para executar o hino 437 sob a regência do
encarregado. Os instrutores tocam suas respectivas vozes, enquanto os candidatos tocam os dois
últimos sistemas do Exercício 03 – Motivos Rítmicos. Todos devem executar a distribuição de arco
correta para realizar a dinâmica pedida no exercício e no hino.
Nota: em algumas aulas há a possibilidade de utilização de recursos áudio visuais (imagens, áudios,
vídeos, etc.) com o propósito de facilitar o aprendizado dos candidatos. Contudo não é obrigatório.