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Adsorção

O fenômeno da adsorção é conhecido desde o século XVIII, quando se observou que

certa espécie de carvão retinha em seus poros grandes quantidades de vapor d’água, o

qual era liberado quando submetido ao aquecimento.

Nas últimas décadas, com o avanço das pesquisas e do conhecimento na área,

bem como o acentuado desenvolvimento registrado na petroquímica, a adsorção

passou a ser utilizada como uma operação unitária importante dentro da engenharia

química. Atualmente, a adsorção é aplicada em processos de purificação e separação,

apresentando-se como uma alternativa importante e economicamente viável em muitos

casos.

Exemplos mais comuns de tais processos são os chamados processos de

purificação, onde se utiliza geralmente uma coluna de leito fixo empacotada com

adsorvente para remover umidade de uma corrente gasosa, ou ainda remover

impurezas de uma corrente líquida, como por exemplo de um efluente industrial.

Quando os componentes a serem adsorvidos estão presentes em baixas concentrações

e possuem baixo valor agregado geralmente não são recuperados.

A separação de misturas em duas ou mais correntes, enriquecidas com espécies

as quais deseja-se recuperar é uma aplicação mais recente dos processos adsortivos e

que vem desenvolvendo-se muito nos últimos anos devido à capacidade destes

processos realizarem separações importantes em situações onde a destilação

convencional se revela ineficiente ou onerosa.


Adsorção é o termo utilizado para descrever o fenômeno no qual moléculas que estão

presentes em um fluido, líquido ou gasoso, concentram-se espontaneamente sobre uma

superfície sólida. Geralmente, a adsorção parece ocorrer como um resultado de forças

não balanceadas na superfície do sólido e que atraem as moléculas de um fluido em

contato por um tempo finito.

A adsorção é um dos fenômenos de transporte e a transferência de massa se dá

quando existe uma superfície de contato entre um sólido e um gás ou um líquido e a

concentração de determinado componente deste gás ou deste líquido é maior nesta

superfície do que no interior do gás ou do líquido.

Desta forma, a adsorção está intimamente ligada à tensão superficial das soluções

e a intensidade deste fenômeno depende da temperatura, da natureza e a concentração

da substância adsorvida (o adsorbato), da natureza e estado de agregação do

adsorvente (o sólido finamente dividido) e do fluido em contato com o adsorvente (o

adsortivo).

Considerando-se que a tensão superficial é um fenômeno de superfície, então a

influência do soluto na tensão superficial de uma solução dependerá da maior ou menor

concentração deste soluto na superfície da solução. Quanto maior a presença de soluto

na superfície da solução, menor a tensão superficial da solução e mais facilmente o

soluto será adsorvido pelo sólido. Se for o inverso, quanto menor a concentração do

soluto na superfície da solução, maior a tensão superficial e dificilmente o soluto será

adsorvido pelo sólido. Desta forma, quanto maior for a tendência de um soluto em
diminuir a tensão superficial, maior será a tendência do mesmo em se dirigir a superfície

da solução.

Na prática, porém, não se faz necessária a presença de um sólido adsorvente para

que se possa dizer que está havendo adsorção. O fato do soluto ter a capacidade de

diminuir a tensão superficial da solução em relação à do solvente puro já faz com que

ele possua tendência espontânea de dirigir-se para a superfície da solução, e só esse

simples fato já caracteriza o fenômeno de adsorção. Diz-se então que o soluto está

sendo adsorvido pela superfície da solução.

Classificam-se os fenômenos adsortivos quanto às forças responsáveis, em dois

tipos: adsorção química e adsorção física.

A adsorção química, ou quimissorção, é assim denominada porque neste

processo ocorre efetiva troca de elétrons entre o sólido e a molécula adsorvida,

ocasionando as seguintes características: formação de uma única camada sobre a

superfície sólida, irreversibilidade e liberação de uma quantidade de energia considerável

(da ordem de uma reação química).

Por este motivo este tipo de adsorção é favorecida por uma diminuição de

temperatura e também por um aumento de pressão. A catálise heterogênea geralmente

envolve adsorção química dos reagentes.

A adsorção física, que constitui o princípio da maioria dos processos de

purificação e separação, é um fenômeno reversível onde se observa normalmente a

deposição de mais de uma camada de adsorbato sobre a superfície adsorvente. As


forças atuantes na adsorção física são idênticas as forças de coesão, as forças de Van der

Walls, que operam em estados líquido, sólido e gasoso. As energias liberadas são

relativamente baixas e atinge rapidamente o equilíbrio.

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