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Manual de

Operação e Manutenção
Queimador
CF-04
MANUAL DE MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO QUEIMADOR CF-04

ÍNDICE

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................3
APRESENTAÇÃO DA EMPRESA .........................................................................................................4
ESTE MANUAL.....................................................................................................................................5
TERMO DE GARANTIA.........................................................................................................................6
REGRAS GERAIS DE SEGURANÇA.....................................................................................................8
1- APRESENTAÇÃO DO EQUIPAMENTO............................................................................................9
1.1- PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO .................................................................................... 10
1.2- DESCRIÇÃO TÉCNICA ......................................................................................................... 11
1.3- INSTALAÇÃO EM USINAS COM OUTROS MODELOS DE QUEIMADORES ...................... 12
2- CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE COMBUSTÍVEL.................................................................. 12
2.1- CONSIDERAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O COMBUSTÍVEL............................................... 13
3- CONJUNTO DE ACENDIMENTO AUTOMÁTICO A DISTÂNCIA .................................................. 14
4- SENSOR ÓPTICO DE PRESENÇA DE CHAMA (Opcional) ......................................................... 15
5- PRESSÃO DO COMBUSTÍVEL..................................................................................................... 15
5.1- BOMBA DE ENGRENAGENS ............................................................................................... 15
5.2- VÁLVULA DE ALÍVIO............................................................................................................ 15
5.3- AJUSTE DE PRESSÃO DO AR COMPRIMIDO..................................................................... 16
5.4- PROCEDIMENTO DE LIMPEZA DO BICO ATOMIZADOR .................................................... 16
6- REGULAGEM DA CHAMA ........................................................................................................... 17
6.1- SINCRONISMO AR/ÓLEO.................................................................................................... 17
6.2- POSICIONAMENTO DO QUEIMADOR ................................................................................. 18
7– FORMATO DA CHAMA ............................................................................................................... 19
8- COMPONENTES DO QUEIMADOR.............................................................................................. 20

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MANUAL DE MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO QUEIMADOR CF-04

INTRODUÇÃO
Leia atentamente o conteúdo deste manual quanto ao uso, manutenção e informações nele
descritas.
O equipamento somente deve ser utilizado ao propósito designado. Haverá riscos se
utilizados de maneira indevida.

A CMI-CIFALI

• Declina-se de toda a responsabilidade pelo uso impróprio do equipamento ou qualquer dano


causado por operações não descritas neste manual ou uso indevido.
• Somente aceita responsabilidade pelos equipamentos que estiverem conforme seu projeto
original.
• Se reserva no direito de modificar os projetos e fazer contínuos melhoramentos em seus
produtos, sem que isto signifique em modificações em equipamentos anteriormente
fabricados.
• Garante a acuracidade na versão deste manual em língua portuguesa. Qualquer eventual erro
nas traduções, favor contatar-nos para que o mesmo seja reparado. No caso de qualquer
discrepância entre as versões traduzidas, tem validade sempre a versão em português.
• Tem todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste manual pode ser reproduzida,
transmitida, transcrita ou traduzida por qualquer forma ou meio sem a permissão por escrito
da CMI-Cifali Equipamentos Ltda..
Ltda.
• Declina-se de toda a responsabilidade por danos causados pela utilização de peças de
fornecedores não autorizados. Por isso, recomenda que seja utilizado somente peças de
reposição CMI-CIFALI.
CMI-CIFALI
• Avisa que qualquer modificação na estrutura ou ciclo de funcionamento do equipamento deve
ser antecipadamente autorizada pelo seu departamento de engenharia da CMI-Cifali.
CMI-Cifali
• Utilize somente peças de reposição originais. A CMI-Cifali declina de toda a responsabilidade
por danos causados pela utilização de peças de fornecedores não autorizados.

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APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

CMI-CIFALI,
CMI-CIFALI fabricante de
equipamentos para pavimentação de
rodovias, sendo a pioneira no Brasil das
usinas de asfalto tipo "DRUM-MIXER",
DRUM-MIXER"
possui sua filosofia de trabalho voltada para
o constante desenvolvimento e
aprimoramento técnico de seus
equipamentos e colaboradores.
A fabricação de nossos equipamentos
obedece a um rigoroso controle de
qualidade em cada etapa do processo de
fabricação, desde o recebimento de
matéria-prima, até a instalação e operação
do equipamento no local pré-determinado
pelo cliente.
Esta qualidade de fabricação permite-nos oferecer garantia completa contra defeitos de
fabricação pelo período de seis (06) meses (ver condições de garantia). Contamos também com
representantes credenciados em todo o território nacional e também em quase toda a América do
Sul.
Além disso, possuímos técnicos
capacitados a prestar todo e qualquer tipo de
assistência, contando com um completo e
permanente estoque de peças de reposição.
A CMI-CIFALI coloca ao seu inteiro
dispor o seu parque industrial, avalizando a
certeza de que você está adquirindo, a um
menor custo, os mais avançados e melhores
equipamentos de pavimentação de vias
públicas e estradas.

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ESTE MANUAL

Foi pensando no melhor aproveitamento e com a intenção de facilitar o acesso à


informações úteis e importantes em relações as especificações, manutenção e operação do
nosso equipamento, é que se confeccionou este manual, no qual, deverá servir de auxílio no uso
e manutenção do equipamento.
Os assuntos abordados no presente trabalho tem o objetivo principal de fornecer os
elementos técnicos necessários para uma maior racionalização e sucesso na solução de
problemas inerentes à calibragem, ajustes e cuidados quanto aos equipamentos fabricados pela
CMI-CIFALI.
Chama-se a atenção para alguns problemas que muitas vezes são julgados difíceis, mas
que na realidade não passam apenas de desconhecimento do equipamento em questão.
Sempre que surgir dúvidas ou problemas, leia atentamente e siga corretamente as
indicações especificadas neste manual.
No caso de não solucionar alguma dúvida ou problema, havendo necessidade de maiores
esclarecimentos, faça contato com o representante da nossa rede autorizada mais próxima ou
com o nosso departamento de assistência técnica.
Sempre que for preciso solicitar peças, favor mencionar o número de série da máquina e
referência da peça de acordo com o catálogo de peças que acompanha o equipamento.
Esperamos enfim, que este manual venha à atingir seu objetivo maior, que é o de servir
como fonte de consulta a todos os profissionais da área, auxiliando-os na solução de seus
problemas.
Importante: Para o perfeito funcionamento deste equipamento deve-se proceder de acordo
com as orientações contidas neste manual.

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TERMO DE GARANTIA

A CMI-CIFALI garante seus equipamentos que, em serviços ou uso normal, vierem a


apresentar defeitos de material, fabricação ou montagem, no período especificado neste termo de
garantia.

1- PRAZO DE VALIDADE.
A garantia do equipamento é válida pelo prazo de 06 (seis) meses, a partir da data de
entrega técnica.
2- ABRANGÊNCIA.
A garantia cobre as peças e componentes montados nos equipamentos CMI-CIFALI que
apresentarem defeito de acordo com este termo, excetuando-se aqueles discriminados nos itens
4 e 5.
3- CONDIÇÕES PARA VIGÊNCIA DA GARANTIA.
Observar rigorosamente as instruções de operação e manutenção prescritas pela CMI-
CIFALI neste manual.
Manter a estrutura original deste equipamento.
Utilizar o equipamento respeitando os limites especificados pela CMI-CIFALI.
4- LIMITAÇÕES DA GARANTIA.
As peças comprovadamente defeituosas e substituídas em garantia passarão a ser
propriedade da CMI-CIFALI.
Estão excluídas desta garantia itens como motores, juntas, correias, abraçadeiras, material
elétrico, enfim, todo o tipo de componentes fabricados por terceiros. Os componentes dos
equipamentos da CMI-CIFALI que não são por ela produzidos, possuem garantia do fabricante.
Para acionar tal garantia, o adquirente deverá encaminhar estes componentes ao representante
autorizado da CMI-CIFALI,
CMI-CIFALI que os remeterá ao fabricante, observado o prazo do item1.
A garantia não abrange despesas relativas a deslocamento de pessoal, socorro, guincho,
hospedagem, diárias dos técnicos da CMI-CIFALI e outras pertinentes à prestação de assistência
técnica.
Excluem-se da garantia as peças que apresentarem defeitos oriundos de utilização
inadequada ou aplicação de outras peças e/ou componentes não originais que não mantenham as
características técnicas conforme especificações da CMI-CIFALI.
CMI-CIFALI
A substituição de peças ou componentes defeituosos ou prestação de assistência técnica,
dentro do período de garantia do equipamento, não implicam na extensão do período de validade
original do produto descrito no item 1.
Esta garantia não cobre defeitos provocados pelo prolongado desuso, acidentes de qualquer
natureza, assistência técnica não autorizada, bem como casos fortuitos ou de força maior.
A descoloração ou alteração da pintura provocada pelo uso inadequado de solvente,
desgaste natural ou acidental do equipamento não estão abrangidos pela garantia.

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Qualquer ocorrência ou falha no equipamento, que venha a estar coberto pela garantia,
deverá ser comunicado, impreterivelmente, dentro do prazo de 30 (trinta) dias à CIFALI.

5- EXTINÇÃO DA GARANTIA.
A presente garantia cessará quando:
*esgotar-se o prazo de validade descrito no item 1;
*dentro do prazo de que trata o item 1 fica constatado a inobservância das condições pré-
estabelecidas neste termo de garantia.

6- GENERALIDADES.
A CMI-CIFALI reserva-se o direito de introduzir modificações nos projetos e/ou aperfeiçoá-
los, sem que isso importe em qualquer obrigação de aplicá-lo em equipamentos anteriormente
fabricados.
A CMI-CIFALI recomenda aos adquirentes de seus equipamentos que, para a completa
vigência da garantia, consultem a rede de representantes autorizados e o manual do proprietário a
respeito da correta e adequada utilização de seus equipamentos, colocando-se a inteira
disposição para orientá-lo no que for necessário.

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REGRAS GERAIS DE SEGURANÇA

Prevenção de acidentes pessoais


Existe risco de acidentes durante a operação das usinas de asfalto por simples falta de
prevenção. A imprudência tem sido causa de muitos danos pessoais, alguns com seqüelas.
É importante fazer constantes campanhas de conscientização das pessoas envolvidas com a
usina de asfalto, buscando eliminar as causas mais freqüentes de acidentes. O uso de EPI,
(Equipamentos de Proteção Individual) são indispensáveis e obrigatórios para trabalhadores em
usinas de asfalto.

Prevenção de acidentes com o equipamento


Os acidentes com equipamentos geralmente derivam de uma falha de operação, por
imperícia, distração, falhas de manutenção ou ainda por introdução de materiais estranhos às
especificações do produto. Esses acidentes, além de poderem causar sérios danos ao
equipamento, podem provocar vítimas pessoais. Portanto, deve haver um cuidado no sentido de
evitá-los sempre.

Cuidados ao manusear combustível


Todos os combustíveis derivados do petróleo são perigosos, havendo sempre o risco de
incêndio. Ainda que alguns não o pareçam, sempre há a possibilidade de que ele se inflame.
Evite toda espécie de derramamento, vazamento e use os combustíveis de acordo com suas
indicações. Em todo lugar onde haja estocagem ou manuseio de combustíveis, deve haver nas
proximidades um extintor na categoria própria para este tipo de combustível. Além do risco de se
inflamar os combustíveis utilizados na usina, estes são tóxicos à pele, não devendo portanto, ser
manuseados sem a devida proteção.

Cuidados com o CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo)


O CAP necessita de cuidados redobrados. Isto porque, sempre é manuseado à altas
temperaturas e aliado às suas propriedades de aderência à qualquer superfície, pode causar
queimaduras de grandes proporções. Evite sempre aproximações com os tanque sem
equipamentos de proteção adequados.
OBS: Em caso de contato com o asfalto quente, não tente removê-lo da pele. A prioridade é
o seu resfriamento.

Intoxicação
As Intoxicações mais freqüentes em usinas de asfalto, ocorrem por absorção pelas vias
respiratórias de poeiras, gases de combustão ou pelo contato com combustíveis líquidos ou
gasosos. Em caso de intoxicação, procure um médico imediatamente.

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1- APRESENTAÇÃO DO EQUIPAMENTO

O Queimador CF-04 (Fig.01) utilizado nas usinas RD CMI-CIFALI,


CMI-CIFALI foi desenvolvido com a
finalidade de retirar a umidade dos agregados que entram no tambor-misturador (zona de
secagem) e aquecê-los até a temperatura necessária a dosagem do asfalto líquido (zona de
mistura). Proporciona um alto rendimento térmico em função da injeção de ar comprimido no
bico aspersor, otimizando a pulverização do óleo combustível, bem como, possibilitando a
regulagem de intensidade da chama através de um servo-motor. Apresenta ainda, uma
considerável redução de consumo de combustível e um menor índice de emissão de gases
poluentes.
Possui sistema de acendimento automático a distância, acionado através de botão de toque,
instalado no painel de comando da cabina, assegurando com isso, agilidade e segurança em sua
operação.
Opcionalmente, o QUEIMADOR CF-04 pode vir equipado com sistema de controle
automático de temperatura da massa asfáltica, mantendo automaticamente a temperatura do
material nas condições ideais de uso.

Fig. 01: Queimador CF-04

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1.1- PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO

Fig. 02

1- Bomba de engrenagens 6- Válvula reguladora de ar do ventilador


2- Válvula reguladora de pressão combustível 7- Bico atomizador
3- Manômetro da pressão de combustível 8- Válvula reguladora pressão ar comprimido
4- Válvula micrométrica de combustível 9- válvula solenóide do ar.
5- Servo-motor

O sistema de combustão desenvolvido para o queimador CF-04 é constituído pela ação


conjunta de três componentes:
• combustível pressurizado pela bomba de engrenagens;
• ar comprimido para o bico, que atomiza o combustível;
• ar do ventilador necessário à combustão.

Observando a figura 02 e 03, o combustível chega


por gravidade até a bomba de engrenagens (pos.1), onde
é pressurizado até o valor ajustado na válvula reguladora
de pressão do combustível (pos.2), que pode ser A
visualizado no manômetro da linha (pos.3).
O combustível entra pela parte traseira do
queimador (AA ) e segue por um duto individual até o bico
atomizador (pos.7). B
O ar comprimido com pressão ajustada na válvula
reguladora de pressão da linha de ar comprimido (pos.8),
A Entrada de combustível pressurizado
entra por um duto paralelo ao de combustível (B
B ). B Entrada de ar comprimido
Fig. 03

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As duas linhas se misturam ao chegarem no bico atomizador, provocando a perfeita


atomização do combustível. A regulagem das pressões de combustível e ar comprimido é um dos
fatores predominantes à perfeita atomização deste, além da temperatura do combustível e
qualidade do ar comprimido.
Abaixo apresentamos uma tabela relacionando as pressões de ar comprimido e dos
combustíveis mais utilizados.

COMBUSTÍVEL PRESSÃO DE AR PRESSÃO COMBUSTÍVEL


BPF 6,5 kgf/cm2 até 5,5 kgf/cm2
Diesel 4,0 kgf/cm2 até 3,0 kgf/cm2

O ar do ventilador fornece oxigênio necessário à completa reação de combustão . A vazão


de ar do ventilador é alterada por uma válvula reguladora, que funciona em sincronismo com a
válvula de combustível, mantendo a proporção na dosagem da mistura .Todos estes mecanismos
utilizados para completa reação de combustão, conferem ao queimador CF-04 grande
produtividade:
- consumo de aproximadamente 4 a 6 litros de combustível por cada tonelada de concreto
asfáltico produzido;
- sistema de regulagens que permite a utilização de diferentes combustíveis, mantendo a
perfeita queima. Sendo assim, conseguimos manter em níveis aceitáveis pelas entidades
ambientais, a emissão de elementos residuais da combustão para atmosfera.
A seguir apresentamos os dispositivos de operação do queimador CF-04, com
acionamentos a partir da cabina de comando da usina RD CMI-CIFALI.
CMI-CIFALI

1.2- DESCRIÇÃO TÉCNICA

Conjunto queimador marca CMI-CIFALI, modelo CF-04, com sistema de ar comprimido e


combustível atomizado no bico injetor e turbilhonado através de ventilador centrífugo de baixa
pressão, com sincronismo de injeção através de servo motor para controle de chama e
acendimento automático a distância através de chama piloto à GLP.

MODELO POTÊNCIA PODER CALORÍFICO (*)


CF-04-C-25 25 cv 15.840 x 10³ btu/h
CF-04-C-30 30 cv 26.400 x 10³ btu/h
CF-04-C-40.CP 40 cv 39.600 x 10³ btu/h
CF-04-C-40.CG 50 cv 52.800 x 10³ btu/h
(*) Combustível com poder calorífico de 10.900 kcal/kg à 1 atm.

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1.3- INSTALAÇÃO EM USINAS COM OUTROS MODELOS DE QUEIMADORES

Para a instalação do queimador CF-04, deve-se substituir a câmara de combustão existente,


pela câmara de combustão CMI-CIFALI,
CMI-CIFALI que dispensa o uso de tijolos refratários, sendo esta
fabricada em aço carbono com proteção interna na região de fogo por chapa em aço inoxidável,
fazendo parte esta do fornecimento.
As aletas da entrada do secador (1ºestágio) devem ser substituídas por palhetas lançadoras
que impedem a queda de material na frente do fogo, garantindo a perfeita combustão e economia
de combustível, que

2- CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE COMBUSTÍVEL


A reação de combustão é a fonte geradora de energia térmica, utilizada para aquecer os
agregados numa usina para produção de concreto asfáltico a quente. Fatores que intervém nesta
reação:
Combustível: toda a substância capaz de reagir com o comburente e liberar calor.
Normalmente utilizamos em usinas de asfalto OC1A, OC2A, Diesel, GLP, BPF e erroneamente
CM-30.
• Comburente: na combustão convencional, o oxigênio, que constitui aproximadamente
20% do ar atmosférico, é o comburente.
• Temperatura: cada combustível possui uma temperatura abaixo da qual não há
combustão. A temperatura mínima para tornar possível o processo de combustão é denominado
ponto de inflamação.
Havendo uma mistura adequada de combustível e comburente, em temperatura igual ou
superior ao ponto de inflamação, a combustão, após iniciada, perdura até que falte qualquer um
dos três fatores. Em síntese, a combustão é um processo que inicia quando o combustível atinge
uma temperatura, a partir da qual há desprendimento de gases que entram em contato com o ar.
A velocidade da reação de combustível pode ser influenciada por:
• Estado físico do combustível: combustíveis sólidos (carvão) queimam mais lentamente
do que os líquidos (combustíveis normalmente utilizados nas usinas de asfalto), e estes, por sua
vez, do que os gasosos (algumas usinas de asfalto utilizam GLP ou gás natural).
• Temperatura do combustível: quanto mais alta a temperatura, maior será a produção de
gases, logo mais rapidamente se dará a reação de combustão.
• Área específica do combustível: a reação de combustão ocorre na superfície, portanto
quanto maior a área específica do combustível, mais rápida será a combustão. Por esta razão, o
sistema de injeção do ar e combustível do Queimador CF-04K1, libera a mistura sob a forma de
uma fina névoa, aumentando a superfície exposta ao calor.

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Para que ocorra a perfeita atomização do combustível é necessário que o mesmo chegue
ao queimador na viscosidade especificada pelo fabricante. Se este cuidado não for tomado, além
do aumento do consumo, haverá formação de resíduos e fuligem.
Os tanques de armazenamento dos combustíveis, devem ter um volume compatível com o
consumo do seu equipamento e que apresente facilidade de acesso para descarga, medições,
limpeza e drenagem.

O aquecimento do combustível nos tanques pode ser feito por meio de resistências
elétricas, serpentinas com vapor ou fluidos de transferência de calor (óleo térmico). (Nunca
utilizar sistema fogo tubular). É de extrema importância manter o combustível com uma
temperatura de aquecimento abaixo do seu ponto de fulgor. O 2o estágio no processo de
aquecimento acontece quando o combustível circula pelas tubulações encamisadas. No estágio
final, o intercambiador de calor eleva a temperatura do combustível, até o ponto exigido pelo
queimador para uma boa nebulização, além de melhorar a filtragem do combustível em função da
viscosidade.
Os tanques de armazenamento devem ser limpos periodicamente, para retirada de borra e
outras impurezas que podem vir a obstruir as tubulações.
Quando for trocado o tipo de combustível utilizado em seu equipamento, todo o
combustível deverá ser drenado para evitar sua contaminação, e refeitas as regulagens de pressão
do ar/combustível.

2.1- CONSIDERAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O COMBUSTÍVEL

Para o perfeito funcionamento do queimador CF-04, devemos tomar alguns cuidados de


extrema importância para atingirmos o melhor rendimento térmico do sistema de secagem, que
está diretamente ligado aos resultados de performance do queimador que depende diretamente
de uma boa regulagem deste e fundamentalmente do combustível a ser utilizado, a fim de obter-
mos um ótimo balanço térmico.
O sistema de secagem terá sua maior eficiência, atingindo a capacidade nominal do
equipamento, somente quando obedecer-mos aos seguintes princípios:
A umidade dos agregados não deve ultrapassar o valor de 3% na média proporcional.
O poder calorífico do combustível não pode ser inferior a 10. 900 Kcal/Kg.
Temperatura da massa em torno de 155ºC.
Pressão atmosférica equivalente a 1 atm.
Massa asfáltica equivalente a faixa “C” do DNER.
Temperatura ambiente em torno de 25ºC.
Peso específico do agregado.

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Armazenagem:
O combustível a ser utilizado não pode ser nunca armazenado em temperaturas acima de
seu ponto de fulgor, pois caso isto ocorra, a porção leve do combustível se volatiliza perdendo
este sua capacidade calorífica, comprometendo o funcionamento do queimador e/ou a
capacidade produtiva da usina de asfalto.
Toda rede de combustível deve possuir um retificador de temperatura entre o tanque e o
queimador, para elevar a temperatura do combustível até que sua viscosidade seja atingida
garantindo a pulverização deste no bico do queimador. Para o queimador CF-04 a viscosidade
deve ser de no máximo 100 SSU.
O retificador de temperatura aquece o fluido em ambiente confinado, impedindo a
volatilização do combustível.

3- CONJUNTO DE ACENDIMENTO AUTOMÁTICO A DISTÂNCIA

A operação de acendimento dos queimadores sempre foi de grande risco para a equipe de
operação da usina, por ser efetuada de maneira manual com a utilização de tochas.
No queimador CF-04, o acendimento é feito de dentro da cabina de comando, bastando
acionar o botão "CHAMA PILOTO" até que apareça uma chama na saída do tubo de GLP, a frente
do bico atomizador (Fig.19/C).

C Tubo de saída de gás GLP

Ao acionar o botão "CHAMA PILOTO", comandamos a abertura da válvula solenóide (F) de


passagem de GLP e o transformador de ignição (E) que provoca uma centelha na vela de
ignição(D), iniciando a combustão do GLP na saída do tubo.

No momento que aparecer a chama no tubo de GLP, acionamos a bomba de combustível e,


após alguns instantes, o ventilador do queimador, formando a chama necessária à secagem e
elevação da temperatura do agregado.
Para acender novamente o queimador, desliga-se o ventilador e aguardar alguns instantes
até diminuir a turbulência gerada pelo ar do ventilador.

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D Vela de ignição
E Transformador de ignição
F Válvula solenóide para passagem de GLP
E F

4- SENSOR ÓPTICO DE PRESENÇA DE CHAMA (OPCIONAL)


Consiste em um sensor ótico capaz de detectar a presença de chama no queimador. Tem
por objetivo bloquear a bomba de combustível se a chama, por algum motivo apagar.

Opera em dois modos: automático e manual

a ) Automático: um único comando alimenta o sensor de chama e o acendimento da chama


piloto e posteriormente o queimador. Neste modo de operação, ocorre o bloqueio da bomba de
combustível do queimador e desligamento do mesmo quando o sensor ótico detectar que a
chama está apagada. O queimador só volta a funcionar ao se repetir a operação de ignição,
através do botão de comando automático (rearme).
b ) Manual: neste modo de operação o acendimento e controle de chama se faz de forma
convencional, como o padrão de todas as usinas. O sensor de presença de chama fica
desativado.

5- PRESSÃO DO COMBUSTÍVEL.

5.1- BOMBA DE ENGRENAGENS


Fig.21: .A função desta bomba (Pos.1) é de bombear o óleo combustível sob pressão ao
bico pulverizador do queimador. A pressão do fluido é controlada por uma válvula de alívio
(Fig.2) e monitorada por um manômetro (Fig.3), colocado na linha de pressão, que já vem
regulada de fábrica para permitir que a bomba forneça uma pressão de 6 kgf/ cm2.

5.2- VÁLVULA DE ALÍVIO


Fig.21:: a função desta válvula (Pos.2), é a de controlar a pressão do óleo combustível, por
meio da regulagem da mola da válvula. A pressão regulada será monitorada através do
manômetro (Pos.3) instalado na linha do conjunto. A regulagem da pressão é feita do seguinte
modo:
- com a bomba em funcionamento normal de serviço, retirar a tampa da válvula;
- segurar o parafuso com uma chave de fenda;
- soltar a porca de segurança;

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- girar o parafuso para a direita ou esquerda para aumentar ou diminuir, respectivamente,


a pressão do sistema;
- quando atingir a pressão de regulagem, de acordo com o tipo de combustível, segurar o
parafuso com a chave de fenda e apertar a porca de segurança.

1 Bomba de engrenagens
2 Válvula de alívio
3 Manômetro
4 Filtro "Y"

Fig. 21

5.3- AJUSTE DE PRESSÃO DO AR COMPRIMIDO


O bico pulverizador trabalha com injeção de ar comprimido para a atomização do óleo
combustível e por ter-se diferenças de viscosidade, dependendo do tipo utilizado, devemos usar
tipos diferentes de regulagens de pressão e consumo no ar comprimido (ver tab. - Princípio de
Funcionamento).
O ajuste de pressão é efetuado girando o manípulo à direita (sentido horário/mais pressão)
ou à esquerda (sentido anti-horário/menos pressão), conforme a necessidade de regulagem.
Evitar que após regulada a pressão, o manípulo seja tirado da posição.

5.4- PROCEDIMENTO DE LIMPEZA DO BICO ATOMIZADOR


1-Remova o canhão do queimador, através da parte traseira do conjunto;
2-Remova o bico soltando os três parafusos de fixação;
3-Lave todas as peças com solvente;
4-Troque os anéis tipo “o” de vedação.
Observação:
- diariamente, limpar o purgador do filtro regulador de pressão;
- quando o equipamento estiver operando com combustíveis densos e o trabalho for
interrompido, limpar as tubulações e o queimador injetando óleo diesel, evitando assim,
entupimentos em suas tubulações ou no bico queimador;
- a cada 50 horas de trabalho, abrir o filtro "Y" (Fig.21-Pos.4), sacando o elemento
filtrante e lavando-o com óleo diesel. Após, limpar com ar comprimido.

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6- REGULAGEM DA CHAMA
Para aumentar ou diminuir a chama do queimador CF-04, basta acionar os botões
"aumenta" ou "diminui" chama, montados no painel de comando. Estes botões acionam o servo-
motor montado no queimador, alterando proporcionalmente a entrada de combustível e ar do
ventilador.
Podemos alterar o formato da chama de acordo
com a posição do bico atomizador e sua hélice em
relação ao cone fixo do queimador, conforme ilustração
da Fig. 23.
As características da chama são ajustadas pelo
método de vazões balanceadas, bem como a posição do
difusor em relação ao cone principal, ou seja: Fig. 22
- movendo o difusor para fora do queimador, um
percentual do ar primário passará por fora do difusor e Fig. 23
H
produzirá uma chama mais fina e longa;
- trazendo o difusor para dentro do queimador,
produzirá uma chama de diâmetro maior e mais curta;

Fig. 23

Observação:
- nunca deve-se entrar com o difusor completamente dentro do cone do queimador. A posição usual é de
1/2" para dentro do cone do queimador.

- o bico atomizador deve ser posicionado a uma distância de 1" do difusor devido ao
ângulo de seus orifícios. Se for montado com medida superior, a chama se tornará instável e
inferior, produzindo carvão no difusor e nos orifícios de pulverização.
- o aquecimento do BPF (aproximadamente 150C°) é muito importante para o bom
desempenho do queimador. Para obtermos um bom ponto de inflamação, devemos ter
viscosidade inferior a 100ssu no bico do queimador.

6.1- SINCRONISMO AR/ÓLEO


Através do servo motor é feito a regulagem do sincronismo da quantidade de ar do ventilador
com a quantidade de óleo a ser injetado.
No interior do servo motor existem 2 micro-switch (fim de curso) que limitam o curso do
motor que evitam que as vareta travem e venham quebrar o servo motor.
No eixo do servo motor existe um pino de segurança que rompe-se quando este sofre
excesso de esforço. Quando isto acorrer, substituir o pino.

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MANUAL DE MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO QUEIMADOR CF-04

Regulagem:
1) Solta-se o braço de acionamento da borboleta no eixo do servo motor.
2) Coloca-se a borboleta do ar no cabeçote na posição máxima
3) Retira-se o nível superior da válvula micrométrica para verificar se esta, apresenta-se
toda aberta.
4) Com a válvula toda aberta podemos fixar as varetas mantendo ambos na posição
máxima
5) Com o braço de fixação das varetas solto do eixo do servo motor, acionar este para
“aumentar” no painel até que o came (batente) acione o fim de curso na posição máxima
6) Fixar então o braço de fixação das varetas no eixo.
7) Acionar no painel para “diminuir” o servo motor, agora já com as varetas e o braço fixos
sendo arrastados pelo servo motor.
8) “Diminuir” o servo motor, cuidando o curso das varetas para não passar do limite
máximo, evitando a quebra do pino de segurança.
9) Manter acionado até fechar totalmente a válvula micrométrica. Colocar o óleo diesel
para certificar-se que está fechada.
10) Acionar novamente o servo para “aumentar” até que o óleo diesel colocado na válvula
escoe. Quando começar a baixar o nível do óleo colocado na válvula indica que encontramos o
ponto zero.
11) Posicionar o came (batente) do mínimo acionando o fim de curso deixando uma
pequena passagem de óleo evitando que o fogo venha a apagar, quando o operador colocar o
servo motor no mínimo.
Espelho corta chama
6.2- POSICIONAMENTO DO QUEIMADOR
O posicionamento do queimador em
Câmara de
relação a câmara de combustão, é outra possível combustão
regulagem do comportamento da chama,
bastando soltar os parafusos de fixação nos pés
do queimador e movimentá-lo até a posição
ideal, onde a dobra do espelho corta-fogo fique a
1cm da chapa da câmara de combustão.

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MANUAL DE MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO QUEIMADOR CF-04

7– FORMATO DA CHAMA

TURBILHONADOR TURBILHONADOR
PARA FORA PARA DENTRO DO
DO CABEÇOTE CABEÇOTE

- Quando o turbilhonador é puxado para dentro do cabeçote, força a passagem do ar pela


hélice, gerando uma mudança de direção no seu fluxo, provocando o turbilhonamento total,
fazendo a chama abrir mais e ficar mais curta.
- Quando o turbilhonador é forçado para fora do cabeçote, o fluxo do ar do ventilador tende
a passar entre as paredes do cabeçote e o anel externo do mesmo. Por haver maior resistência
deste em passar pela hélice, ocasionando assim, uma região de vácuo na saída do cabeçote que
puxa para dentro o fluxo, afinando a chama e alongando-a.

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MANUAL DE MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO QUEIMADOR CF-04

8- COMPONENTES DO QUEIMADOR

CABEÇOTE
(1) Rresponsável pelo fluxo de ar.
Fig 26

Cone Saída (Cabeçote)


Anel Difusor

CANHÃO
(2) Tem como função, pulverizar o
combustível com o ar comprimido,
aumentando a área específica do
combustível.

VÁLVULA MICROMÉTRICA
(3) Regula a vazão do óleo
Fig. 25

Borboleta

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