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No Olho do Furacdo: como lidar com as crises t Ron Lute ¢ Sue Lutz! Uma pessoa que freqiienta ha pouco tempo nossa igreja, vinda de uma igreja tradicionalmente liberal, fez o seguinte comentirio aps o culo do domingo: “Esta € uma boa igreja, mas hi nimero de pecadores por aqui”. tamente temos muitos pecadores sa igreja. ‘Também temos sofredores: pes soas que vivem num mundo caido de dor € softimento, pessoas que sio vitimas do pecado de tereciros. Pecadores ¢ sofredo- Fes sio os tinivos tipos de pessoa que hi fem nossa igreja ~ e na sua, també Se voct estiver envolvido no ministé- rio, eneontrari muitas cenas de partir 0 coragio: crises, familias destrogadas € v das complicadas. Os telefonemas chegam © anun Teadagao © adaptagiin de dy the ee of the storm alg ith ise, Pubcade con Tle Journal of Biba! Conseng, 2, wh, all 2004, 49-58, Ron Last & pastor da Trea Preshiteriana New Lite fem Dresher, na Pensilvini Sue Luv for editra de Resourees fiir Chat Lives (Recursas para Vansformar Vids) conselheira na CCE Colerinie de Aconsethamento Biblice * Volume 7 65 ‘¢ um marido saiu de casa, * um adolescente foi preso, * uma mae descobriu pornografta rio quarto do filli, + uma moga foi hospitaizada apss uma tentativa de suicidio, um membro da igreja feow sabendo que the resta apenas um més de vida, * uma adolescente engravidou. E assim por diane. Quando acontece una crise que muda a vida de uma ou mais pessoas & nos faz dizer “Jamais seremos c's mesmos nova- mente”, temos um para ministrar. Jesus Cristo entra no mun do dos pecadores e softedores e comeca a operae. Nosso artigo fala do poder do evange- Iho nas crises qu nto significative destrogam o coragio. Queremos fortalecer a sua FE e the dar uma perspectiva bibliea, algumas ferramentas priticas e uma estrutura de pensamento que possa ajudi-lo & medida que enfrenta O que é uma crise? Em sua vida e na vida das pessoas de sua igreja, as crises sio inevitiveis, Como a Biblia diz em J6 5.7, “O homem nasce para as dificuldades tio certamente as fagulhas voam para cima”. E: palavras, 0 imprevisivel & previsivel; as ert outras ses podem ser esperadas Mas 0 que é, exatamente, uma crise? Para o propésito do nosso artigo, uma cri se € 6 que se da quando um acontecimen- n relacionamento torna-se tao do- loroso ou desafiador que a pessoa nio consegue lidar bem com a situagio. Esse problema esgota os recursos da pessoa. Uma ameaga, uma perda, um rompimento sio tio significativos que aquilo que a pessoa normalmente faz para enfientar a vida no € adequado, ou a pessoa esti tio desespe- rada que nao consegue funcionar como de costume? Porém, mesmo um aconteci- ‘mento particularmente estressante - algo de grande proporgio - nio desencadeia automaticamente uma crise, Um aconte- cimento deseneadeia uma crise somente quando a pessoa que passa por cle desco- bre que nao tem os recursos necessirios para lidar com a situagio, ns fardos sio marcos previsiveis, © farem parte do desenvolvi- mento normal da vida, Nestes podemos incluir a adolescéncia, uma perda de em- prego, uma mudanea, a aposencadoria ou, aro WS 1a Crise), (Minneapolis: Fortes Press, 1993) « Cris Coomeg (Neonschaments Newman Wet, Css Cemaulng (Seenseihamente ra Case) (Nentura, CA Regal Backs, 1993) até mesmo, uma doenga. Todos eles apre- sentam desafios e representsm mudangas ou perdas. Os eventos excepeionais ¢ Imprevisiveis também esgotam_particul mente as forcas, € & nestes que vamos nos concentrar, mas os principios aplicam-se para todas as situagées. Uma crise pode se desen:adear devido um acontecimento passado, um aconce- cimento do momento ou um acontecimen- to futuro. + Acontecimento passado: uuma mulher foi estuprada ow uma crianga foi abusada sexualmente, voeé, ou alguém que voet ama, foi preso, um ente querido ficou paralitico ou morreu em um acidente de carro. Acontecimento presente: uma pessoa descobre que o cénjuge est em adultério, um pai eneontra drogas no quarto do filho, uma adolescente & descoberta em priticas anoréxicas * Aconiecimenio flr tum membro de sua igteja admice ‘que esta pensando em suicidio, um marido ameaga pedir o divércio se 4 csposa ngo “entrar fa linha”, um adolescente manifesta sua raiva com violencia crescente, Em situagdes semethantes, o sentimer to da pessoa atingida (e de todos os mem- bros da familia) é de que a vida virou de cabega para baixo, Busea-se desesperada mente uma maneira de resolver 0 proble- ‘ma e restaurar a estabilidade 66 Colesinia de Aconselhamenta Biblico * Volume 7 Em muitas das situagées, 0 impac- to dura para o restante da vida, mas a eri- se, em si, nfo. Ao lidar com uma tragédia ou uma mudanga brusca e repentina na vida, a fase de crise costuma durar, em média, seis semanas, Os seres humanos nio gostam de caos em sua vida, Bles nao gos tam de ter 0 seu mundo virado de cabeca para baixo e de se sentirem impotentes Procuram, portanto, maneiras de restau- rar o equilibrio para recornar a uma vida ipido normal 0 quanto possivel € @ mais possivel problema, no entanto, é que as tentativas de solucio podem, ou nao, es tar de acordo com aquilo que Deus quer ‘As pessoas podem, ou nio, lidar com as questies que Deus quer que sejam trata. das. No papel de alguém que deseja aju- dar, voce deve aproveitar a6 maximo a ja- nla de oportunidade apresentada pela cri- se. Voeé deve ajudar numa perspectiva multidimensional, mas também de forma que manenha em primeito plano a atua~ 20 de Deus e os aspectos espirituais da situagio, O lado positive de uma crise & que, geralmente, trata-se de um momen- ro em que as pessoas ficam mais abertas para receber ajuda ¢ olhar a vida de ma- neira diferente. Infelizmente, essa janela fechs se A medida que as pessoas se ajus- tam 8 situagio e seguem a vida dentro de uma nova normalidade. Nao & de admirar que 08 simbolos chineses para exise sejam ois: um significa petigo ¢ 0 outro, opor- tunidade. As vidas despedagam-se, mas as vidas podem brilhar de formas novas. Mantenha os seguintes principios ‘em mente, & medida que voc’ como pas- tor, conselheiro, lider espiritual, amigo ou membro do corpo de Cristo, oferece ajuda em uma crise # Nos momentos de crise, em geraly as pessoas estio mais abertas para receberem ajuda daqueles em quem clas confiam. Quando seu mundo esti desabando © vocé mio sabe 0 que fazer, vocé fica mais disposto a enxergar as coisas de freqiiéncia, os muros de autoprotecio nao estio tio altos. Com + Nos momentos de crise, as pessoas ptecisam de diferentes tipos de ajuda. Uma crise exige agdo. E 0 ‘momento para servira pessoa como. uum todo. O ministério inclut tudo, desde lavar a roupa até 0 aconselhamento paciente, desde ir ‘coma pessoa & policia até orar com ela € por ela, € muito mais * Nos momentos de crise. os membros do corpo de Cristo sio preparados pelo Senhos, de forma singulat, para prover essa ajuda. A igreja tem muito mais recursos para ajudar na crise do que qualquer especialista da nossa cultura. Se a pessoa que passa por uma crise membro da sua igteja, pressupomos que jf exista algum relacionaimento com o pas- tor € outros membros. A crise é momen- to certo para edificar esse relacionamento, © povo de Deus ¢ flexivel e dinamico. Um pastor ndo insere © case em uma lista de ade uma jeja oferecem apoio pritico de diversas maneiras, depen- dendo da necessidade. Mais importante cinda & que a igre ja ajude a pessoa a enfientar as questoes espirinais e do coragio, reveladas incvita- espera para visitas quando se crise. Os membros da Colesinia de Aconsetbamenta Biblice * Volume 7 or velmente pelas crises, Os membros da igre- dia como refeigbes, buscar e levarfilhos na es- ira ja ajudam com problemas do dia cola, financas. providéncias legais © a0 hospital, Essa atengio dada as questies priieas permite & pessoa em crise tet tempo « energia para comecar a analisar as dimen- s6es espirituais da situacio. Como disse Howard W, Stone em seu livro “Crisis Counseling” (Aconsethamento na Crise), “Toda crise, na sua esséncia, levanta ques- Ges de fé e perguntas do tipo ‘Qual é 0 significado da vida? Vale a pena a dor de continuar a viver? Bu fir a coisa certa? Por que isso aconteceu comigo? Por que Deus permite que eu sofra? Seré que poderei confiar de novo em alguém?™.’ Precisamos estar bem preparados para dar tanto a aju- da pritica como as respostas que Deus deseja que oferegamos Oportunidades nas crises: uma perspectiva biblica Toda crise apresenta uma oportunida- de para 0 bem, Somas tentados a ver na crise apenas © mal, os elementos que desencorajam, os problemas © a ttagédia, © sentimo-nos sobrecarregados pela situa io. Uma parte de nés grita: “Nao € para set assim. Isso nio é normal, Iso nao esti certo”. Algummas crises nos fazem querer chorar € gritar com fia, © Senhor, porém, age a todo o tempo. Ble sabe 0 que faz. Isso ni significa que devemos citar Romanos 8.28 mecanica- mente © esperar que as pessoas coloquem tum sortiso no rosto. Contudo, em meio is choque, lagrimas, 3 confusio, dor ago * Some, Cris Conmeling(Acomelhamento a Crise, ae 68 Deus trabalha em todas as coisas para 0 bem do Seu povo. Podemos lembrar essa verdade, Podemos crer nela. Podemos agit com base nela Joni Eareckson Tada ¢ Steven Estes colocam a questéo da seguinte forma em “When God Weeps” (Quando Deus Chora): © plano de Deus € espe cifico...toda provacio na vida de uum cristio & determinada desde a eternidade por Deus, em sabedo- tia € amor, projetada scb medida para o bem eterno daquele crente, mesmo quando néo parece ser as- sim, Nada acontece por acaso. nem mesmo a tragédia. ‘mesmo 0s pecados comerids con- tra ns, Deus se importa mais com ensinar-nos a odiar nossos pecados, crescer espiritualmente © amé-Lo do que com nos dar conforto...Ele permite que continuemos a sentir © ferréo venenoso do pecado en- quanto estamos a caminho do céu, pois nos relembra constantemen- te aquilo de que estamos sendo li- bertos e expae © pecado como 0 ferrio venenoso que, de fato, ele é Portanto, 0 mal (0 sofrimento) da rmeia volta e derrora o mal (0 peca- do) ~ cudo para 0 louvor da sabe- doria de Deus ‘Como 08 pastores, conselheiros ¢ ami- gos envolvides em uma sitvagao de crise podem trazer a0 problema uma perspecti- va de f que aponte para Cristo? Como podemos ser instrumentas de erescimen: to € santificagao para que as pessoas * Joni Harecksom Tada © Steven Estes, Phew Gad Weeps (Quando Deus Chora) (Grand Rapids “Zondervan, 1997), 1. 56 Coletinia de Aeonselbamenso Biblico ® Valume 7 direcionem os problemas para 0 bem? Como podemos aplicar o evangelho e ver © compo de Cristo em acio? Em meio a uma crise, a pessoa ou as pessoas envolvidas precisam reconhecer que elas tem trés escolhas a fazer. Essas esco- Thas nao sio distintas, mas se sobrepoem ‘uma & outra © se complementam. 1. Vacé olbard para o Senbor ¢ dependerdé dE le? Ou voce tentaré Lutar soxinho? AA primeira escolha ~ tanto para quem esti na crise como para aqueles que pres- tam ajuda - envolve 0 alvo da nossa reagio. Nossa reacao é centrada em Deus ou centrada no problema? Em qualquer cri se, € compreensivel a tentagio de concen- trar-se simplesmente em sobreviver a0 pro- blema, lidar com ele ¢ administri-lo. Afi- 1, h muito com o que lidar, muito para administrar © muitos desafios a enfrentar Precisamos ser sensiveis aos aspectos pri- ticos da vida, as nevessidades fsieas, fina ceiras, legais e sociais daqueles que estao em crise. Precisimos lembrar as questoes de eomunicacio com fumiliares © amigos. Previsamos estar cientes de questées espe- cifcas que podem surgir no que se refere aos filltos. Mas, em tudo isso, previsamos ser euidadosos para nao nos perdcrmos nos detalhes © esquecermos o panorama maior. Durante a fase mais critica da crise, a pessoas buscam um jeito de adminis- trar ¢ lidar com cada coisa, Entregues a nds mesmos, descol 10s maneiras as mais diversas para sobreviver nesse mundo cai- do. Infelizmente, ¢ com fieqiigneia, sobre- vivemos de maneira errada, As crises podem ser béngios maravi- Thosas no sentido de que elas tiram aque las muletas nas quais estivamos nos apoiando em lugar de buscar ao Senhor. A questio primordial é depois de seis sema- nas, seis meses ou seis arjos, estaremos nos apoiando em qué? Como podemos evitar a substituigdo de uma muleta por outta cou de um idole por outro? Nossa inclina- 0 natural € querermos ser fortes pelas nossas proprias forgas - procuramos desen- volver habilidades, recursos e relaciona- mentos que nos fagam sentir mais auto- suficientes e prontos part a préxima crise. Porém, isso nao é 0 que Deus quer. Certa vez, um amigo missionario pas- sou por uma crise que expés sua tendéncia 4 auro-suficiéncia, Ele reconheceu que es- tava procurando ser forte o suficiente e es piritualmente eqnilibrado o suficiente para que, no dia-a-dia, cle nao precisasse de Je- sus! Ele nfo reconheceu sua auroconfianea e independéncia até que uma crise a eve- lou. A crise ensinow-the que Deus quer uma dependéncia didtia ativa em Cristo, © que faz 0 aconselhamento cristio € intervengio em uma crise serem distin- Tamente cristaos ¢ tinicos? Ajudamos as pessoas a lidarem com as seguintes per- guntas: * Como o evangelho dirige-se a essa situagio? + O que Cristo ests farendo nessa * Como essa situagio pode ser usada para fortalecer a fé de todos os envolvidos, a fim de que se aproximem mais de Jesus a despeito das dificuldades? Pense no apéstolo Pulo ¢ suas prova- goes, conforme descritas nas cartas aos Corintios (ef. 2Co 11.21-33). “Contudo, jd em nds mesmos, tivernos a sentenga de morte, para que néo confiemos em nds, ¢ Colesinia de Acomtethamenta Biblice * Volume 7 68 sim no Deus que ressuscita os mortos” 2Co 1.9). Eo que Paulo dizadiante, em 2Corintios 12? Ele diz que € grato pelas provagdes, porque elas o levaram ao Se- nor. Entio, ele me disse: A minha graga te basta, porque 0 poder se aperfeicoa na fraqueza. De boa von- rade, pois, mais me gloriarei nas fraqueras, para que sobre mim re- pouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraqueeas, nas in- jtirias, nas necessidades, nas per- Seguigdes, nas angustias, por amor de Cristo, Porque, quando sou fra- 0, entio, é que sou force (2Co 12.9-10) CO salmista também era grato pelas afli gies porque ele aprendeu a confiar no Se- hor. “Antes de ser afligido, andava erta- do, mas agora guardo a tua palavra’ (SI 119.67}. *Foi-me bom ter eu passado pela aflicio, para que aprendesse os teus decre~ tos" (SI 119.71). © que estou aprendendo sobre a bon- dade, a sabedoria, a soberania, © amor ¢ 0 controle do Senhor? Freqiientemente, nos- s0s idolos ficam abalados nas crises - a nossa busea, consciente ou inconsciente, por conforto, reputacio, controle ¢ estabilida- de, As crises sio uma lembrana inescapivel do quanto necessitamos do Senhor. Elas oferecem uma oportunidade para sairmos da complacéncia e aprendermos (ou reaprendermos) a caminhar pela fé, ¢ no por vista. Podemos nos arrepender da auco- suficiéncia, do orgulho ¢ de outras atitu- des negativas. Isso significa que nio aten- taremos simplesmente para as circunstin cias € a logistica externas (decisies sobre r0, cuidado dos filhos, plano de sati- de, questées judiciais ow outras mais). Antes, lidaremos com todos esses aspec~ tos, mas com fé em Cristo, com o alva de vermos a Sua mao, sujeitanco-nos ao Seu plano ¢ aprendendo dEle em todo 0 pro- cesso. 2. Vacé usard uma abordagem centrada em Cristo? Ou uma abordagem centrada no problema? (0 segundo principio & conscgiiéncia do primeiro. Queremos colocar a Pessoa de Deus nfo a crise no centro da nossa tengo; queremos buscar os alvos do Se- hor mais do que buscamos solucionar 0 problema. Queremos, também, centrar a atengio no coragio, néo no problema. Quetemos atentar para o que Deus esti fazendo em nds por meio dessa situagio dlificl, Nas crises situacionais, a tentagio € focarmos nas solugées em curto prazo, {que apenas nos permitem passar pelo pro- blema doloroso, No entanto, as verdadei- ras questdes para uma pessos em erise si0 as seguintes: * O que Deus ests fzendo na minha vida neste momento? * Como Fle esté me ensinando a confiar nEke, amé-lo = busei-lo em * Que problemas, pecados ¢ hibitos na minha vida essa crise expo * De que promessas biblicas preciso me apropriat? * Que pecados preciso confessar? * Como posso aprender a voltar-me para Deus nessas seas ¢ viver uma vida de f didria? * O que uma mudanga de eoragio significa para mim? ” Colerinia de Acomelbamento Biblice ® Volume 7 * O que arrependimento ¢ obedigncia nessa situagio? significam fé, * Como Deus esté usando esse “Fogo refinador” para me purifiear, limpar e levar-me para mais perto Ble? Quando voc? estiver em crise, faga es- sas perguntas a voce mesmo. Se voee for tum conselheito, encoraje a pessoa que esti sofrendo a responder estas perguncas Voc# jé ouviu alguém fazer uma dee ragio do tipo “Eu jamais gostaria de viver aqucle inferno novamente, Mas eu nio o- caria 0 que cu aprendi por nada mundo. Sou uma outra pessoa agora, Muitas pessoas dizem isso, Sua vida de- monstra mudaneas duradouras e a presen- a de Deus. Porm, muitas outras pessoas pressam em resgatar a normalidade da vida dria sem experimentar aquela trans- formagio duradoura e erescente que Deus tenciona por meio do sol :mbo- ra elas precisem morrer para a auroconfianga, 0 que surge das cinzas é uma autoconfianca reabilitada Nosso a ser que a crise seja usada pelo Senhor para 0, oragio © esperanga devem levar nosso voragio em direcio complera- mente nova, do desespero para uma vida de esperanga ¢ fé em Cristo. Queremos ser transformados pelo evangetho ¢ viver uma nova vida, 3. Vocé permitird que 0 corpo de Cristo ajude? Ou voce tentard Tidar com a crise soxinho? A rerceita escolha ¢ principio tém a ver com o processo, Lidarei com essa erise de forma isolada e individualista? Ou permi- tirei que 0 corpo de Cristo seja, de fato, compo de Cristo para mim? As crises ofere- cem oportunidades maravilhosas para ver~ mos o povo de Deus refletir 0 Scu amor, Sua sabedoria, Seu poder ¢ verdade. Para os pastores, 0 desejo de ser 0 sal- vudor-redentor-herdi pode ser ventador. E bom sentir-se necessirio, ser um ajudador, uum resgatador. Voc pode ser tentado a estimular sutilmente que a pessoa se corne dependente de vocé ¢ exclua, assim, Cris. to € 0 restante de Seu corpo. ‘A maioria das crises, porém, funciona contra esse impulso. A yerdade é que clas exigem o envolvimento de muitos para a reconstrugio da vida de uma pessoa. Voce pode ver o reflexo disse nas passagens de mutualidade das Escrituras, que descrevem a atuagéo biblica do carpe de Cristo, O que | Corintios 12, Romanos 12 e Efésios 4 tem a dizer sobre crises? Estes textos ensinam que devemos estar atentos e prs ativos no envolvimento de todo 0 corpo, devemos repartir 0 fardy e mostrar 0 po- der do evangelho em agio de diversas ma- neiras. Quando fazemos isso, aumentamos a probabilidade de mudaneas duradouras na situagio, de apoio duradouro & pessoa cm ctise € de crescimento duradouro tan- to para os que ajudam como para os que recebem ajuda, Demons:ramos 0 poder do evangelho em acéo. Demonstramos 0 que € 0 verdadeito espirito de servo, ‘Transmi- timos as pessoas necessitadas uma visio de ministério, de forma que elas estario mais propensas a prestarem ajuda a oucras py soas no fucuro, E glorificamos a Deus medida que amamos outros por amor a Ele Uma mulher de nossa igreja, cuja fa- milia tinha passado recentemente por uma situagio de crise, disse aos membros da igreja: “Voces tém sido as mios e os pés de Cristo para nés durante esse tempo difi- Colerinia de Aconsethamento Biblico ® Volume 7 7 cil. Nao querfamos ser fracos, mas nao ti- vemos escolha. E temos visto e sentido 0 amor de Cristo por meio de vocés’ O avonselhamento biblico na crise deve ineluir objetivos definidos com relagio a0 processo para que todo 0 corpo de Cristo esteja envolvido de maneira apropriada Preparando-se para uma crise Cada crise & diferente das demais. As necessidades, tipo de ajuda necessiria, as questies espirituais, tudo varia de uma crise para outra. Como lider, porém, voos pode se preparar para atender a tas situa- 1. Identifique recursos iiteis Ha recursos (artigos, panfletos, livros) que orientam sobre as questoes especificas que envolvem as diferentes crises. Por exem= plo, usamos muitos dos livretos de recur 803 dos quais Sue é editora, Eles abordam uma variedade de twpieos de erise: violén- cia doméstica, suicidio, vicivs, abusos, pornografia e pecados sexuais.’ O livro Mulheres Ajudando Mutheres de Elyse Fizpatrick e Carol Cornish inclui eapitu- los sobre diversas crises que atingem as mulheres. “As Colerineas de Aeonsethamento Biblico trazem artigos sobre intimeras si- tuagoes de crise. Muitos livros bons sobre sofrimento, antigos e novos, estio dispo- niveis. Elabore uma lista pessoal de recur- s0s ede pessoas que podem ajudi-lo a pen- sar em situages especificas Resources jor Changing Lives (Reemeees para Veaasfarmae Vidas) (Paillipebucg, Nfs PAR Pablishings, lyse Fitqputick« Cato Coens, Males Ajndande Alatieres (Rie de Janeiro, PAD: 1999), 2. Prepare-se para as batalhas espirituais Embora cada crise seja diferente, as reagbes das pessoas costumam ser seme- Ihances. As baralhas espirituais apresentam semelhangas entre si Nao imporca qual seja, a luta, sua tendéncia é reagir as crises com fadiga, exaustio emocional, sentimentos de inutilidade, ansiedade, depressio, ira, tensio, desorganizagio em seus relaciona- mentos ¢ suas atividades e, algumas veres, pinico. Se vocé costuma iavestir rempo. para pensar e orar sobre como ajudar uma pessoa em crise, voeé ni se surpreenders a cada novo acontecimento, Vocé sera ca- paz de dar assisténcia 4 pessoa nas ques- tes complexas da situagio que ela enfren- 3. Prepare-se para um discipulado prolongado Nao pense que um aconselhamento efetivo na crise desfaz todos os nds e trans- forma a pessoa em santa, curada e feliz em poueas semanas. Isso nao aconrece! Uma ctise pode sero ajuste inicial diante de um acontecimento que mudaré a vida da pes- soa dali para diante, O discipulado deve fazer parte do futuro da pessoa por algum. tempo. O que voc’ quer ofe-ecer, pela gra- ga de Deus, durante 0 periodo critico da * Provisio pritica Providence apoio espiritual, emocio- nal, material e fisico para capacitar a pes- soa em crise a encarar o problema ¢ come- gar a lidar com ele construtivamente, + Perspectiva de fe Ajude a pessoa em crise 4 ver a presen- ga de Deus no problema. Isso trae um 7 Coletiia de Aconselhamento Biblica * Volume 7 impacto na maneira de definir 0 proble- ma, nas solugdes € na definigao de alvos. * Parceria na solugao de problemas Dé os primeiros dois passos de forma que a pessoa em crise sinta-se encorajada a dar passos de f€ que a ajudario a lidar so- zinha com a situagio. Nunca deixamos de necessitar do corpo de Cristo, Porém, jun- famente com 0 apoio que a igreja oferece na situagio de crise, esta a expectativa de que o grau de ajuda diminua & medida que a situagio atinge um ponto de resolusio. Enquanto a pessoa aprende a lidar com seus desafios pela obediéncia e confianga no Senhor, encoraje-a a apoiar-se em Deus mn lugar de desenvolver uma dependén- cia de vocé. Obviamente, precisamos da de Deus para discernir em cada caso 0 que é uma dependéncia sadia e 0 que nao é Use 0 check-list modelo, que voo’ en contra no final deste artigo, pasa avaliar as nevessidades com que voce pode se depa- ta as suas categorias 4 medida que surgirem novas necessidades. Certifique-se de estar fami- Tiarizado com a legislagio local no que se sabedor rar em cada crise. Acrescente & refere a denunciar alguns casos Aplicaremos agora esses principios a das crises especificas: violéncia domésti- exe um adolescente fora de controle Estudo de caso: violéncia doméstica A violencia doméstica € um exemplo comum de uma situagio que se prolongs € pode explodir em crise. Freqiientemente, © acontecimento que dispara a crise & “2 gota que faltava para transbordar © copo” Uma mulher pode ter vivido durante anos uma situagio intolerivel ¢ contritia & Bi- blia, tentando administrar um problema de abuso sem relati-lo a ninguém. En acontece um incidente que é a gora d'igua « esgota seus recursos pars lidar com o pro= bblema, Ela se dé conta de que, nao impor 13.0 que faga, jamais sera bem-sucedida em conter o problema den:ro de limites ea- zosveis. Embora essa gota final possa nao parecer motivo suficiente para desenca- dear uma crise, a crise dispara porque a mulher percebe, finalmente, que mio rem controle sobre a si Enfim, ela bus- a ajuda. Gisela ¢ Marcos ram membros ativos da igreja. O casamento parecia um pouco desgastado, mas io a ponto de estar a perigo. No fim de semana, Marcos rece- be um telefonema perturbador de sua mae. Quando Gisela The perguntow sobre © telefonema, ele explodiu em ira, atirou- 2 a0 chio e bateu com sua cabeca repeti- damente na pared, Gisela lurou para afasté-lo, saiu de casa e foi para a casa de uma colega de trabalho, descrente. Essa colega aconselhou Gisela a sair definitiva mente de casa e pedir © divércio. Gisela nio tinha certeza de que scria certo pedi © divércio, mas ela estava magoada, irada, desgastada, remerosa ¢ cansada de ser con- trolada por Marcos. A colega insisciu que Gisela procurasse ajuda, Gisela procurou Maria, uma mulher de sua igreja e grupo de oracio, ¢ pedi the que ela prometesse aio contar a nin guém o que estava prestes a ouvir, pois era muito doloroso ¢ vergonhoso. A vergonha € 0 motivo pelo qual Gisela procurou primeiro alguém do trabalho e nao da igre ja, Maria, sabjamente, respondeu que ela tinha aprendido que nio era certo fazer tal promessa na ignoriincia dos fatos, mas que Gisela podia confiar que ela nao fatia fofo- Colesinia de Acomtethamenta Biblice * Volume 7 2 «a. Ela envolveria outras pessoas apenas se n exigisse. 4 situagio, biblicamente, Gisela concordou porque con Maria ¢ compartilhou que estava cansada de assumir a culpa por todos os incidentes de violEncia que ocosriam em seu relacio- namento com o marido. Apés cada episé- dio, ele costumava desculpar-se pela agres- mas a acusava de ter sido a causadora. Ele também diria que se Gisela realmente © perdoava, como Deus diz que ela deve- ria fazer, cla nao comtaria para ninguém sobre 6 que tinha acontecido. Gisela pe- diu, repetidas vezes, que Marcos procu- fe © pastor ou um conselheiro para ajudé-lo, mas Marcos recusava-se, dizen- do que aquilo era algo com que eles deve- riam lidar dentro do casamento, “Eu no sci, talver cle esteja certo", Gisela disse para Maria. “Talvez eu devesse ter sido mais sensivel ¢ deixado de perguntar sobre © telefonema de sua mae, pois eu percebi que cle jd estava perturbado. Porém, sinto-me como se estivesse sempre fizendo a coisa errada © ew nunca sei o que poderei fazer de errado na prdxima ver” A resposta de Maria incluiu eres pontos, que redefiniram o problema pata Gisela. 1. No importa © que Gisela tivesse feito para Marcos ficar indignado, nada justificaria uma teagio violenta. Nio importa © que mais estivesse errado no relacionamento eles, Marcos jamais podetia usar isso como uma desculpa para agredir sua esposa. Deus chama 0 mal de mal, e nunca o justfica 2. A autoridade de Marcos no casamento foi dada por Deus, mas nndo poderia ser usada para servir 74 desejos pessoais e alvos egoistas. Sua autoridade sobre Gisela cesgotava-se diante de sua recusa em ser submisso as autoridades que Deus colocara sobre Ele, especificamente o seu pastor, os lideres espirituais © as autoridades civis, Ele estava viclando a lei e recusando-se a levar seu pecado dliante da igeeja 3. Visto que Gisela jd tinha levantado esse problema para Marcos muitas vezes, sem sucesso, ela estava biblicamente livre para expandir 0 citculo e procurar a ajuda da igreja, conforme Mateus 18.15-17. Ela podia pedir que a igrcia confrontassee ajudasie seu matido, Gisela sentiu-se tanto aliviada quanto apteensiva, mas coneordou com Maria. O pastor ouviut a historia de Gisela entrou em contato com Marcos. Marcos admiciu @agressio, expressou remorso, mas continuou a atribuir parte da culpa a Gisela. O pastor respondew que poderiam existir problemas no casamento, mas a Prioridade cra reconhecer que a violencia nunca se justifica nem seria tolerada ‘greja, pois Deus também nao a tolera, Tres Tideres espirituais foram designados como equipe de apoio para ajucar Marcos e Gisela. Maria também foi convidada a par- ticipar da equipe para dar apoio continuo a Gisela, pastor disse que se houvesse qual- quer outto episédio de violencia, ow mes- mo ameaga de violéncia, Gisela deveria te- lefonar para um dos membros da equipe de apoio. Ela poderia fazer uma queixa & policia ou, simplesmente, fezer um bole- tim de ocorréncia € manter um histérico do comportamento agressiva de Marcos Coletania de Aconselbamenta Biblice * Volume 7 Ele seria suspenso de participar da Ceia do Senhor diante de quaisquer eventuais incidentes de viol cia, ¢ enfrentaria ou- tras formas de di Giasse arrependimento, Estabelecidos esses limites, Maria e 0s iplina se nao eviden- lideres espirituais tiveram uma conversa ‘com Gisela e Marcos pata esclarecer as con- digdes sob as quais Gisela volraria para casa Dadas as orientagoes, ela estava disposta a retornar para casa. As diretrizes incl aconselhamento para ambos, separad: mente €, mais adiante, juntos. Gisela e Marcos concordaram em permi conselheiro desse um relatsrio aos lideres que o espirituais periodicamente. Se o conselh ro achasse que qualquer um dos dois nio estivesse colaborando, os Iideres aplica~ riam a disciplina da igreja. A equipe pro- videnciou para que Gisela € Marcos tives- sem um encontro semanal com um deles, para orar ¢ dar um relatério do aconselhamento. Eles também encoraja- ram Gisela ¢ Marcos a pedir ajuda ao gru- po de estudo biblico ao qual pertenciam. Embora casamento ainda tivesse muitos problemas a trarar, a violencia cessou. No checklist da crise, essa situagio exi- giu atengio a questoes de seguranca, su: pervisio da igreja, aconselhamento ¢ ait da comunicacio, finaneas e questies legais, Isso possibilitou a igreja ajudar Giscla ¢ Marcos a lidarem com as questées do co- nasi. © aconselhamento pastoral encorajou Gisela e Marcos a verem que 0 casamento € como um cordio formado de és fios: 1. Deus esta relacionamento conjugal, ¢ Gisela € Marcos tém acesso direto a Ele envolvido no 2. Tanto Gisela quanto Marcos sio responsiveis diante de Deus por servirem um ao outro ¢ encorajarem 0 crescimento miituo A semelhanga de Cristo 3. Gisela € responsivel diante de Deus por buscar ajudi quando Marcos € violento com ela Antes da crise, Gisela achava que seria sua tarefa administrar ¢ ia de Marcos e proteger sua reputagio ¢ testemmunho. Po- rém, ao permitir que ¢ violéncia conti- nuasse, cla deixou de honrar a Deus ¢ amar genuinamente seu esposy, Deus queria que la recebesse a Sua forga € Seu conforto. Ele quetia que cla buscasse os recursos do povo de Deus para que seu casamento fos- se transformado por arrependimento, fé ¢ confianga no Seu poder. O problema, uma vee tratado, seria um testemunho da graga de Deus. Mas isso seria impossivel se a six ‘tuagio ficasse encoberta ao povo de Deus A mudanga de perspectiva deu a Gisela esperanga e forga para buscar os recursos dados a ela por Deus. Ela comegou a ver como as suas percepgdes a respeito de si mesma, 2 respeito de Deus, do casamento € dos relacionamentos em geral, contribu- fram para os problemas conjugais. Marcos também precisou reconhecer como 0 pecado e a falta de f& contamina- ram seu relacionamento com Deus © com a esposa. Colocados os limites, que envol- viam tanto a autoridade da igreja como as autoridades civis, a igre|a ajudow Marcos a enfrentar 0 fato de que o seu comporta- mento violento € a sua resisténcia as auto- ridades cram pecados. Muitos irmios ro- dearain Marcos com oragao € prestagio de contas. Esses homens foram firmes, porém compassivos, na ajuda que the deram pata vencer a ira e edificar seu papel de lider piedoso no lar. Marcos comecau a ser ho- nesto com relagio aos seus pecados, sem Colerinin de Aconsetbamento Biblice ® Volume 7 75 transferéncia de culpa. Ele comecou a olhar para as antigas questées no resolvidas no casamento. A medida que 0 acon- selhamento continuou, apés as primeiras semanas criticas da erise, Marcos teve opor- tunidade de confrontar problemas de lon- ga dara consigo mesmo, com seus pais, com sua perspectiva a respeito de Deus e com seu casamento, A participacio dos ir mds da igreja na vida do casal manteve-se apés 0 petiodo critico inicial, pois até mes- ‘mo as mudangas positivas levantam novos problemas. As vezes, A medida que um casal passa por dores que trazem crescimento, eles podem evitar questoes cruciais ou se satisfazerem com a situagio existente. ssa ilustracio € uma combinacio de trés crises conjugais reais. Dos rrés casa mentos, um foi restaurado completamen- te, outto melhorou consideravelmente en- quanto que, no terceiro, 0 marido reeu- sou-se a parar de culpar a esposa ¢, no fi- nal, recusou a ministragio da igreja. Ele foi desligado da igreja e eles se divorcia- ram, Sua esposa reconstruis uma vida eris- 1 frucifera Estudo de caso: um adolescente fora de controle ‘Uma familia da sua igreja tem um fi- Iho adolescence que esti fora de controle, Ele desafia cada vez mais os pais, desobe- dece as regras e aos horirios da casa. Ele também vai mal na escola, esti envolvido com uma turma de maus elementos, uso de drogas e consumo de dleool e, prova- velmente, mantém atividade sexual. Re- centemente, cle foi violento em casa, es- tragou alguns méveis ¢ chegou a bater em seut pai mais de uma vex. Ele ainda é me- nor de idade. © que vocé pode fazer como Hider ou membro da igreja? 1. Encoraje a familia 3 buscar apoio em oragéo com outtas pessoas. Se eles fazem parte de um grupo de estudo biblico, encoraje a familia a compartilhar honestamente suas Jutas, Se sua igreja tem um grupo de oragio para pais com filhos problematicos, convide-os a participar desse grupo. Encoraje- 08 a pedir que os lideres espirituais orem especialmente por eles 2. Ajude esses pais a refletirem sobre os limites que eles estabeleceram Eles estio certos em estabelecer limites regras para os horitios serem cumpridos, as tarefas responsabilidades em casa, juntamente com as conseqiiéncias pela transgressio como, por ‘exemplo, a perda de priv pagamento dos estragos Feitos em casa 3. Ajude-os a examinatem o proprio coragao, sua fé, sua confianga no nhor, Uma situagio como essa pode levantar muitas questes ‘externas (cada dia traz uma nova tise). Os pais podem entrar em tuma dinamica de sobvevivéncia, que deixa pouca energia para qualquer outta coisa. Como esta a sua fe? Eles se culpam inacequadamente pela situagio? Confiam seu filho a0 Senhor? Por outro lado, existem pecados de que devem se arrepender? Eles fazem coisas que agravam a situagio? Negligenciam 95 outros filhos? Permitem que pessoa mude ambiente da familia? 76 Coletinia de Aconselbamento Biblice * Volume 7 4. Bo filho? O que pode ser feito com € para ele? Quem pode ministrar a ele? Em quem ele confia? Que 4quest®es em sua vida provocam esse tipo de comportamento? Tente convocar um lider de jovens, um ‘mentor ou conselheiro que possa trabathar em sua vida ¢ levi-lo 8 fé © a0 arrependimento, 5. Quando necessirio, ajude os pais a considerarem um envolvimento m polici de um da policia. Cerra ver, conversou com os p: adolescente sobre as implicagées desse tipo de comportamento explicou 0 que a policia poderia fazer. Na vez seguinte, quando 0 filho passou dos limites, 0s pais chamaram 0 policial, que explicou as conseqiiéncias a0 rapaz. Isso, juntamente com outras, ntervengdes, rornou a situacio em O que fazer e 0 que nio fazer no aconselbamento de uma crise De modo geral, o que deve ser evitado no aconselhamento de uma crise? Aqui esto quatro pontos chaves a serem lem- brados. Primeiro, nio é falsas garantias de que ilo ficard bem, As circunstincias podem 10 evoluir conforme o esperado. Apresen- tc, sim, a promessa da presenga, do poder € dos propésitos redentores de Deus, dependentemente de qual seja a situagio. Segundo, no permita que a pessoa em crise volte constantemente iquilo que acon- teceu, Nio se permita entrar em andlises tedricas vagas. Ajude a pessoa a pensar so- bre as questoes especificas que ela precisa enfrentar ¢ como ela far Terceiro, jo tente romar 0 lugar de Deus; nio deixe que a pessoa fique depen- dente de voce. e voce permitir que a pes- soa fique & espera de que os outros solu- cionem os seus problemas, voc? nio a aju- dard a edificar sua fé. Nao tente tomar 0 lugar da pessoa, assumindo decisoes que cela deve tomar a respeito da propria vida. Voce nao edificari a fé dessa pessoa se cla se sentir irada e privada dos seus direitos de decisio. Estabeleca uma parceria que ajuce a pessoa em crise a confiar em Deus enquanto ela lida com @ problema Quarto, néo impeca que a pessoa ex presse 0 que cla sente ou como ela vé o problema apenas porque isso seria pesado para voeé. E preciso entender aquilo que a pessoa sente e pensa para poder ministrar 80 sett coragio © construir uma perspecti: va de fé em sua vida. Se a pessoa nio se nnio aceitara as solugées biblicas que vocé oferecer. Seja paciente © cheio de fé quando a pessoa se sentir sobrecarregada, Relembre que Deus esti na situagio, mesmo quando cla nio pode vé-lo. Vocé pode repetir as palavras de Jesus aos discfpulos: “Tenho muitas sentir compreendida, e coisas para hes dizer, mas agora vocés nio suportariam’. Expresse a sua fé & a con- fianga de que Deus esté agindo em favor da pessoa © encoraje-a # pedir a0 Senhor para restaurar a propria fe ‘Acima de tudo, enfrente cada crise com otagio ¢ fé, pedindo a Deus que o capacite a ver as oportunidades, Avance pela fé Confie em Deus para fazer coisas maravi Thosas! Colesinia de Aconselhamenta Btblice © Volume 7 7 No Olbo do Furacéo: check-list para lidar com crises’ ier tabalhinds un ecacarer dear ws quando es Comunicagao 1. Quem precisa ser cormnicad sobre ste acio? (Familia? Lideranga espiritual da igre jae Pastore? Poca? Grupo de oragho? Mem bros da gnc? Escola? Emprego?) 2. Quem fario canta com aqucles que preci- samscrinformados? 3. Ogquescré dito a cada ut 4. € necossrio dssignar um porta-vor? 5. Sea midia ei envolvida, & necesito um suport legal no que se referecomuniea- ot Questies de seguranga 1. Alguém estiem perigaimediato? 2. Caso afiemativo, que providéncias devem sr tonnadas a. Hospedagem (hotel, casade um membeo a greja. ur haga seguro, hospital)? b. Cato ou outro ipo de transporte? « Asisténcia legal (proteyao contra a agres io, ete}? 4. Envolvimento polical? «.Assstinca finance £ Cuidado dos filhos? Questoes médicas e de satide 1. E necessirio algum euidado médico? 2. Quem a providenciar? 4. Quem acompanhario pacientes esupervisio- nar oseidados? 4. Quenscesidadcs domsticassurgem devido Asnecesidades médias? 5. E nevessirio algum tipo de internagao (ex. abuso de drogas)? Supervisdo da igreja local 1, Que tipo de spervsio pastoral é neces (Exquipede apo de lideres spins? Uma mulher madura na fe?) 78 2. Qual fcqiéncia necessris de communicasao ue pasonsieres indivi em rs 3. Quaisas expecttivaseresponsibilidads de cada um dosenvolvidos? 4,Seoaconselhamento ¢inditad, qual ogra de comunieagio newsitio/dssjado cnte conseiro cos pastoresieres, ea conexto «nue asonsthamcneo ca ciscipina da ga (seesta for apliadal? Finangas 1. Quaissioasnecessidades finances imedia- tasda pessoa? (Ele precisa de dinhciro vive? Fechar ou abrir uma conta? Nosifear credo 18 Ajuda para pagar cont!) 2. Quais si as necesidades fir anccias em lon- go prazo(honorrios gis, einamento pro fissional gastos com asidaco dosilhos fs- corerapia}? 3. Quem apesia ds sie? ccontatar caso previse de Preocupasoes da vida didria 1. Cuidado fos (curt clon paz: edad de tempo integral, depois dacseol, noite) 2 Reis 3.Transporte Aconsethamento 1. Quais as necessidades pastorais © de aconselhamento de cada individuo? Quem io as pessoas indieadas para prover esse aconscthamento? 2. Quegruposde reais foto lugar) pod cerocional& pessoa o naigrejaon n dar apoio espiritual e 3. Quem mobilzari ess grupos? Questies legais 1. A pessoa precisa de consultoria legal? 2. A igreja precisa de consultoria legal a0 lidar com a situagio? Ron Lave, Sue Les, Iyforinal Erinir Counseling (Checks (Chr bbit Vive paca Aconsuthameat Coletinia de Aconselbamento Biblico ® Volume 7

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