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INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 03
1 FONTES DO DIREITO ................................................................................................. 05
1.1 A Jurisprudência como Fonte de Direito ............................................................... 05
1.2 Jurisprudência assentada ........................................................................................ 06
1.3 Fontes formais e não-formais do Direito ............................................................... 07
1.4 Características das normas jurídicas .................................................................... 07
CONCLUSÃO .................................................................................................................. 09
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 10
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INTRODUÇÃO
que foi desenvolvido para ir contra os costumes locais que não eram comuns. Para combater a
isso o rei enviava juízes que presidiam os júris e constituiu um sistema de regras e tribunais
separados. O direito inglês apresenta-se como direito jurisprudencial, como um direito
casuístico, ou case law, em que predomina a regra do precedente, temperada pela aplicação do
princípio da equidade.
O autor expõe que a jurisprudência pode ser conceituada tanto em termos
gerais quanto pela ótica do caso particular. Sob a primeira perspectiva é definida como o
conjunto das soluções dadas pelos tribunais as questões de Direito. Para a segunda, denomina-
se Jurisprudência o movimento decisório constante e uniforme dos tribunais sobre
determinado ponto do Direito. Para Mareei Nast, Professor da Universidade de Estrasburgo "a
Jurisprudência possui, na atualidade, três funções muito nítidas, que se desenvolveram
lentamente: uma função um tanto automática de aplicar a lei; uma função de adaptação,
consistente em pôr a lei em harmonia com as ideias contemporâneas e as necessidades
modernas; e uma função criadora, destinada a preencher as lacunas da lei". Nos tempos
modernos o conceito termina por se afigurar como a causa mais geral da formação dos
costumes jurídicos.
Tudo quanto existe, existe por causa de sua origem, ou seja, tem a sua fonte.
O Direito também, naturalmente. Por fonte do Direito, entendemos, então, o lugar de onde o
Direito nasce, brota, surge, aparece, vem à luz. É a sua causa, origem, princípio, é o
nascedouro do fenômeno jurídico (COSTA, 2012).
Contudo, sendo o Direito um fenômeno complexo, não pode contar apenas
com uma única fonte. Pelo contrário, há tantas fontes quantas sejam as partes fundamentais
constitutivas do Direito. Tomemos, como hipótese, a Teoria de Miguel Reale, que concebe o
Direito como sendo um fenômeno tridimensional, composto basicamente de fato, valore
norma (ibidem).
Tendo presente as fontes de Direito, nas quais se procura criar uma norma
para a aplicação da Lei, temos o caso particular da Jurisprudência. Sendo, para muitos
juristas, uma fonte não-formal do Direito, não constitui por si só uma regra, em oposição às
fontes formais de Direito.
Deste modo, é comum encontrar sistemas judiciais que, por tradição,
recorrem à Jurisprudência, e outros sistemas que, por sua vez, se mostram menos abertos a
esta prática, ou até mesmo não a reconheçam enquanto fonte de Direito. Naturalmente,
baseando a nossa análise naquela que é a mais comum interpretação do termo jurídico
Jurisprudência. Ou seja, no facto dos juízes aplicarem às suas decisões o estudo de outros
casos jurídicos.
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Costa (2012) explana que as fontes formais também são chamadas de diretas
ou imediatas, sendo elas:
1. Lei – norma imposta pelo Estado e tornada obrigatória em sua
observância. “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude da lei” (art. 5º, II, CF). A Lei é a principal fonte de Direito. As demais são acessórias.
2. Costume – reiteração constante e uniforme de uma conduta, convicção
de esta ser obrigatória. Espécies:
a) segundo a lei: a lei se reporta expressamente aos costumes e reconhece
a sua obrigatoriedade; é admitido em nosso ordenamento;
b) na falta da lei: a lei deixa lacunas que são preenchidas pelo costume;
também é admitido em nosso ordenamento;
c) contra a lei: o costume contraria o que dispõe a lei; corrente majoritária
não o aceita em nosso Direito.
O autor descreve que as fontes não-formais também são chamadas de fontes
indiretas ou mediatas, apontadas pela:
1. Doutrina – interpretação da lei feita pelos estudiosos da matéria.
2. Jurisprudência – conjunto uniforme e constante das decisões judiciais
sobre casos semelhantes.
Reale (2002 apud COSTA, 2012) define ainda que fontes do direito são os
fatos jurídicos de que resultam normas. As fontes do direito não são objetivamente a origem
da norma, mas o canal onde ele se torna relevante, com tudo isso podemos concluir que a
Jurisprudência é derivada da conjugação dos termos em latim, faz-se entende como a Ciência
do Direito vista com sabedoria, ou, simplesmente, o Direito aplicado com sabedoria.
Modernamente, entende-se por jurisprudência como sábia interpretação e
aplicação das leis a todos os casos concretos que se submetam a julgamento da justiça. Ou
seja, o hábito de interpretar e aplicar as leis aos fatos concretos, para que, assim, se decidam
as causas.
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REFERÊNCIAS
COSTA, Pablo George Almeida. Fontes de direito. Trabalho publicado no Site Ebah.
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAL08AE/fontes-
direito#comments>. Acesso em: 28 nov. 2015.