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\\ Apresentagao Por Adriana Scorzelli Rattes, Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro “0 conservat6rio brasileiro de mtisica sao as bandas do interior do Estado" Heitor Villa-Lobos De tradigao renascentista, as bandas de misica do Estado do Rio de Janeiro tém sua rigern na calonizagdo portuguesa. 0 estado conta, atualmente, com 104 bandas de misica catalogadas, distribuidas em todo seu territério, sendo 22 delas centendrias & reconhecidas, recentemente, como PatrimGnio Cultural do Estado da Rio de Janeira pelo Decreto 5215 do Governo do Estado, datado de 02/04/2008 A auséncia de informagao, a formagao autodidata e incompleta dos mestres e musi: cos de bandas podem gerar problemas de leitura de partitura, técnica de regéncia, mau uso do instrumenta, ma postura e outras deficiéncias partilhadas pelos componentes. Essa caréncia se reflete ainda, na falta de conhecimento para manutengdo e reparo dos instrumentos musicais o que, muitas vezes, ocasiona evasdo, principalmente, no interior do Estado. ‘Na tentativa de contribuir para sanar essas deficiéncias, a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro (SEC) criou em 2009 0 Banda Larga ~ Programa de Atualizagéio Bandas de Masica do Estado do Rio de Janeiro, objetivando, @ médio e longo prazos, ultar na melhora qualitativa das bandas existentes e, ainda, poder contribuir para for- macao de novos miisicos, seguindo um sistema de transmisséo de conhecimento, © programa oferece oficinas em cinco pélos, abrangendo todas as regides do Esta- dio: Itaperuna (Norneste + Norte}, Cabo Frio (Metropolitana 1 + Litorénea), Nova Friburgo (Serrana], Barra do Piraf (Centro Sul + médio Paraiba] e Nildpolis (regio Metropolitana 2). A distribuigao dos pélos baseou-se na localizacdo geogréfica, para permitir o acesso @ facilitar o fluxo dos mestres e instrumentistas, ampliando a oportunidade de participa- gies, Cinco semanas de troca de experiéncias e aprendizado, colaborando para garantir 0 interesse, a continuidade e o crescimento dessas instituicGes musicais. ‘Alem das oficinas qualquer custo para os participantes, o programa oferece material didatico: nove apostilas, este catdlogo e nove video-aulas em DVD e disponibilizadas no sitio da SEC, garantinda a democratizagao do acesso as informagGes. Todos os produtos desenvolvidas para esse programa tém distribuigdo gratuita \\ Apresentagao Por Associagao de Bandas de Musica do Estado do Rio de Janeiro (ASBAM) Pela importancia das bandas como patrimdnia imaterial reconhecido pela capacidade de expressar a identidade s6cio-cultural de um povo, o BANDA LARGA ~ Programa de Atua- lizagao para Bandas de Mdsica do Estado do Rio de Janeiro torna-se oportuno. As bandas so comunidades alicergadas na tradigdo lalgumas centenérias!) e na transmissio de cultura de um bem de raz 0 projeto prope encontros de trabalho com a finalidade de promover a reciclagem dos mestres e 0 aprendizado das reais técnicas dos instrumentistas junto a professores reno mados na arte do fazer musical. 0 resgate, bem como a revitalizagao dessas entidades musicais, revela proposta de um governo preacupado com as manifestagées culturais de sua gente. Afinal quem no quer ver a banda passar? A ASBAM-Ru, Associagao de Bandas de Misica do Estado do Rio de Janeiro, agradece oconvite e sente-se imensamente honrada em poder realizar este programa em convénio com a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. Uma demonstragao do compro: misso e da atuagao conjunta, soma de esforgos em beneticio da tradigao, da preservagao e da valorizagao desse patrimdnio, Mais do que nunca, a banda precisa permanecer can- indo coisas de amor \\ Introdugao Tocar um instrumento de metal é muito facil, quando feito corretamente. dificil o executante que, tocan do incorretamente, tenta faz6-lo peta for sas dificuldades se do por duas razdes: a falta de entendimento do que faz 0 instrumento funcionar e dle determinagao para praticar corretamente e proceder assim até que 0 dominio do instrumento se volva naturalmente. jetivo desta apostila ¢ abordar os principais pantos para o bom desenvolvimento das técnicas, trans- zando 0 estudo do trompete em algo prazerasa, que leve cada um aos resultados esperados. Histéria do trompete imeiros trompetes eram feitos de um tubo de cana, babu, madeira ou chifre e, até mesmo, de conchas. s primitives eram usados & maneira de um megafone, para fins magicos ou rituals: cantava-se ou va-se para dentro do tubo, de modo a afastar maus espiritos. A partir da Idade do Bronze, os trompetes im a ser usados, sobretudo, para fins marcia. tiga evidéncia da exist@ncia do trompete remonta ao ano de 1500 a.C., a partir da descobrimento na tum do faraé egipcio Tutankhamon, o que confirmou a existéncia do trompete de metal sto nos desenhos e nas pinturas egipcias. Ambos 0s instrumentos possuem tubos curtas, campénulas © mais longo (58 cm) de prata, o outro (49 cm) de bronze, parcialmente folheado a oura 0 lado, 0 pavo judeu, tendo adotado o trompete militar egipcia em seu retomno do exilio, pode ter vada algo da antiga maneira de sopré-lo, segundo a tradigao de toques presentes no shofar. O shofar é de um chifre de camneira ou bode; a sua forma mais comum tem extremidade curta perfurada, formando ma longa passagem estreita, que liga 0 bocal & cavidade principal do tubo interno. Na Antiguidade, 0 trompete assumia um papel quase sagrado. Em Israel e Roma, seu carater sacro significa vva que apenas os sacerdotes podiam usé-lo. Os romanas crecitaram aos etruscus, os melhores fundidares de metal da época (750 a.C.),a invenco de seus trampetes. Entre esses instrumentos, podemos citar 0 coro, 0 litus e a tuba,’ que é 0 mais reverenciado dos instrumentos romanas, simbolo do padere dos feitos heréicos, 0 ¢ deixou um legado & posteridade, Esses instrumentos podem ser vistos em filmes como “Ben-Hur” @ nas cenas de desfiles romanos, Com a queda do Império Romano, o trompete praticamente dese- pareceu da Europa, ressurgindo no periodo das Cruzades, quando era utilizado para fins bélics (século 11) Durante 0 século 14, 0 trompete curto tornou-se raro, pois os executantes desejavam aleangar notas mais graves. Comegaram, entéo, a ser confeccionados instrumentos com tubos mais longos. Podemos citar 0 instrumento reto de aproximadamente 1,50 m e o trampete de comprimento de tubo maior e afinagdo mais grave, em formato de “S”, Para esses instrumentos, as termos clarim e trompete devem ter sido aplicados, respectivamente. Os dois tipos aparecem em cenas de batalhas, tanto juntos coma separadamente. "gas aa 2-9 un rg an ub xan ganna comp, O trompete natural surgiu por volta de 1590, na Alemanha {em Nuremberg) e na Inglaterra. Econstruido em uma volta de 5 cm a 80 cm, alcangando até a borda da camp8nula. A afinacao do instrumento dependia do mprimento do tubo e s6 eram produzidas os sons harménicos de sua tonalidade. De acarda com o tom da obra, o mésico tinha de usar o instrumento espectfico, ¢, se ocorresse uma modu- lagéo dentro de uma mesma obra, o trompetista tinha de langar mo de outro instrumento. Em 1793, Nessman, um jovem ferreiro de Hamburgo e miisico amador, construiu um trompete cromético com chaves (do tipo do clarinete e da flauta) na campanula. 0 celebrado “Concerto para trompete em Eb", de Haydn (1796), destinado inquestionavelmente a um trompete com chaves. Foi escrito para Anton Weidin ger, o melhor trompetista de Viena (Austria), na época. Em 1814, Heinrich Stélze! desenvolveu a primeira valvula para um instrumento de metal: a valvula Stolze. Continuo a desenvolver varios outros desenhos, alguns juntamente com outros “masicos-inventores”, até construir 0 modelo com trés valvulas (pistdes}, Stélzel foi mésico e compositor. Tocava muitos instrumentos, entre eles trompete, trampa, violino e harpa, Seu repert6rio contém muitas sinfonias, oratérios, cantatas e concertos, inclusive o “Concerto em ré para trompete e orquestra de cordas”, gravado pelo famoso trompe- sta francés Maurice André 10s citar alguns trompetes especiais como o trompete-de-vara (1725), comum no periodo Barroco; 0 te baixo (1830), usado em obras de Wagner e o cometim (1840), um trompete com a campanula mais curta e larga, com timbre mais suave, utilizado em obras de varios compositores, principalmente Tchaikovsky. ‘hom (instrumento de timbre aveludado), desenvolvido por volta de 1860, muito usado 0 trompete piccolo (sib-1), desenvalvido no século 20 {1950}. Em Id, usado nas masicas sib, usado em pegas como “Bolero”, de Ravel, e "A sagragdo da primavera”, de Stravinsky. » sib com ligas de metal mais leve (timbre clara) ou mais pesado (timbre escuro), comum tanto ‘ta como na misica popular. Podemas citar, ainda, as trompetes: em dé, mais utilizados em orquestra sinfénica mib/re, usados nas concertos do perfodo classico (mib) ¢ em pecas sinfonicas, como a 9", de Beethoven (ré). Finalizando, os trompetes em sol e f, raramente utilizados, pois podem dos pelos trompetes piccolo e mib, respectivamente. Po \\ Técnicas corretas de respiracao O estudante de trompete, que dedica bastante tempo ao estudo e deseja se tornar profissional, devera aplicar as téenicas corretas para ter um bom desempenho. A proposta deste capitulo ¢ focar a aten¢ao nas fungies da respiragSo correta. Isso permitiré que a embocadura desenvolva-se sem maiores problemas. Inspiragao 0 primeiro passo da respiragao ¢ a inspiragao, Para se tocar trompete, toma-se uma quantidade considera- velmente maior de ar que na respiragao normal. O ar deve ser inspirado de forma mais profunda e répida. O corpo tem de estar completamente relaxado para que o ar entre nos pulmées, sem contragao muscular, Logo em seguida, 0 ar davera ser inspirado, BOCA: pelo fato de o bocal apoiar-se no centro dos lébios, o trompetista deve inspirar atraves dos cantos da boca, que deverdo abri-se para que o ar possa ser aspirado. Tao logo a respiragao seja tomada, 0 miisico deverd colocar os labios na posigao da embocadura o mais répido possivel. LINGUA: enquanto inspirando, a fungao da lingua é permanecer abaixada 0 maximo possivel, na base da boca, Qualquer elevagao da lingua espalhard a coluna de ar dentro da cavidade oral GARGANTA: deve estar relaxada durante a inspiragéio, especialmente na drea da laringe. Os misculos, do pescogo também tém de estar relaxados, pois se estiverem tensos irdo contrair a garganta tanto na inspiragéio como na expiracao. PULMOES: em razio de sua elasticidade, durante a inspiragéo, os pulmées expandem para baixo e para fora. E preciso ter cuidado para que ombros e costelas nao se elevem, pois isso contrairé a capacidade do pulmo. A tendéncia da maioria dos mdsicos ¢ respirar colocando o ar na érea peitoral, em vez de concentré-lo abaixo das costelas. COSTELAS: na base das costelas, as inferiores, que nao esto ligadas ao misculo esterno, podem ex: pandir em um movimento para fora pela contragao dos misculos intercostais. Isso fard a érea do peito movimentar involuntariamente. MUSCULOS ABDOMINAIS: sua fungdo, durante a inspiragao, é simplesmente expandir-se para fora Expiragéo Quando tocamos, a expirago varia muito em relagdio & expirago normal. A palavra que dé uma abordagem 20 ato de expirar quando se toca é: resisténcia, A laringe, a lingua, os labios, o bocal e o trompete so todos pontos de resisténcia. Alguma forga deve dirigiro ar, através destas barreiras. Essa forca vem dos ‘masculos abdominais que dao ao ar o suporte necessério, O peito, a garganta e a lingua néo adicionam mais téncia do que é necessério na expulsao do ar dentro do instrumento, MUSCULOS ABDOMINAIS: na expiragaio, desempenham uma fungao muito importante. Devem permane- cer contraidos durante o tempo de expiragao. A tendéncia natural érelaxar esses misculos gradualmente, 3 medida que o ar esté sendo expelido, Mas fazendo isso, a velocidade do ar diminuiré gradativamente. Como resultado, a perda do suporte de ar mudard a afinacao, a qualidade do som e, invariavelmente, dei- xaré 0 misico inseguro. Para evitar esta sensagao, 0 trompetista deverd manter os mésculos abdominais constantemente fires durante a expiragdo. Eles so o suporte da coluna de ar. PEITO: a érea deve estar relaxada todo o tempo. Qualquer contragéo iré abstruir a coluna de ar. A regio do peito diminuira gradualmente, conforme o ar for expelido. E normal que isso acontega GARGANTA: sua fungi, quando o ar 6 expelido, 6 permanecer aberta para permitir a desobstrugdo * da coluna de ar. Os misculos do pescago devem permanecer relaxados para que a garganta nao se contraia LINGUA: durante a expiragao, a IIngua varia de acordo com os diferentes registros do instrumento. L6gico que, em uma regido aguda, a parte de tras da lingua se elevaré mais que nos outros registros, mas nao ddeverd ser levantada ao extremo, Isso obstruird a coluna de ar. seguir alguns exemplos de exercicios para o desenvolvimento da coluna de ar. Eles deverdo ser pratica: s duas vezes ao dia. 1 em quatro tempos sem interromper, reter 0 ar por quatro tempos e expirar também em quatro quatro tempos, expirar em um tempo e deixar os pulmGes vazios por quatro tempos, manten- ulos na mesma posigao. Essses exercicios deverdo ser repetidos ito vezes e os tempos de inspiragao e expirayao, aumen- 10s gradualmente (exceto no qie se refere & expiragdo do exercicio 2). A inspiracao deverd ser feita lo narize a expiragao pela boca Sentar-se em uma cadeira, juntar os joelhos e abaixar a cabega ao maximo. Inspirar a maior quantida-~ 4, Inspirar pela boca pequenas quantidades de ar {retendo) até encher os pulmdes (maximo de cinco inspiragdes]. Depois, expirar lentamente pela boca o maior nimero de tempos possives. 5. Inspirar por um tubo de 6 cm de comprimento com abertura de % de polegada (colocando-o entre os tes) ‘em um tempo e expirar em trés tempos. Repetir quatro vezes. Descansar por 15 segundos. Repe~ uncia por 10 minutos. Aumentar os tempos de expiragéo gradualmente, Aembocadura ‘to que mais chama atengao dos professores e alunos de trompete. € preciso ressaltar que a problemas relacionados & embocadura se deve a falta de técnicas de respiragao. Se a res- correta fosse enfatizada em igual proporgdo como 0 assunto embocadura, inimeros problemas mm de existir. O critério para desenvolver bem a embocadura 6 alcangar 0 maximo de vibragdo dos labios. Os miisculos do canto da boca, das bochechas e do queixo fazem um trabalho conjunto na formago de uma embocadura forte e confidvel. Sao eles que sequram os labios na posi¢go adequada para vibrar. Qutra ponto é que, dessa forma, posicionam-se da maneira certa para que os labios trabalhem em todos os registras: contraindo-se para 0 agudo e relaxando para o grave. Vibragao labial Avibragao correta é resultado da ago conjunta do labio superior com o inferior. 0 conhecido "zumbido” produ- zido por ambos 6 a evidéncia de que esta ocorrendo esta vibrago. Ao colocarmas os labios em contato com 0 bocal para tocar, devemos manter essa consciéncia de enfatizar a vibrapdo nos dois lébios. A maioria das pes 808 que toca instrument de bocal acaba concentrando mais a vibragdo no lébio superior do que no inferior. Quando nao se percebe um som agradavel, claro e “limpo”, certamente o instrumentista no esté usando de forma correta a vibragao labial. A medida que ela ¢ intensificada, o controle na produgao do som se toma mais fécil. Quanto maior a vibragéo, menor o esforgo ao tocar. u bem quando ainda exis ultaré num fem problemas de vibragaa. Se isso acorrer, a projegao do som forgo excessivo na hora de tocar. praticados os exercicios feitas s6 com o bocal e trabalha-se os labios corretamente, observa-se uma melhora na qualidade do som, que se perceberé também no instrument Posicionamento correto do bocal 2/3 para cima e 1/3 para baixo, 2, Cantos dos labios como se estivesse assobiando Labios juntos, rar 0s labios. Obs.: Deve-se ter o cvidado de na a vibragéo destes. 1a dos ke apoiar a borda do bocal na parte vermel bias, para ndo bloquear Problemas decorrentes de respiragio ¢/ou vibragao labial incorreta Som pequeno e uro: mau uso da respiracaio e da vibragéo; Som grande e escuro: boa respiragdio e mau uso da vibraca 0 @ claro: ma respiragao e boa vibragao. guns exercicios que estimulardo a vibragéo. Deverao ser praticados primeiramente no bocal e, no instrumento. Exercicio de vibragao com o bocal (1) Exercicio de vibragao com o bocal (2) \\ Producao do som Os trompetes modernos tm tés pistdes, cada um dos quais aumenta o tamanho da tubulagao quando acio- nados, diminuindo, assim, a frequéncia de vibragdo do som. 0 segundo pistéo abaixa 0 tom do instrumento em um semitom; 0 primeire pistao em um tom. Quando acionamos o primeiro e o segundo pistées juntos, im tom e meio, Quando acionamos o segundo e 0 terceiro pistes, abaixam-se dois tons. 0 primei- cero pistdes, dois tons e meio. O primeiro, o segundo e o terceiro, trés tons. Sonoridade 0 “colorida” que percebemos no som de cada timbre é resultados de qualidade sonora que desejamos atravt Ninguém quer um som “fino” e sem consisténcia, No trompete, isso se torna algo bastante desagradavel em razao do seu timbre brilhante (o que o deixa estridente), Aplicar as técnicas sempre traré dtimos resultados, mas é muito importante ter em mente o som que se deseja, Pademos encontrar 0 som ideal sem uma referéncia preestabelecida, mas isso nao 6 comum. E impor- ‘ante ndo s6 ouvir um profissional, mas também fazer uso de material fanogréfica, das mais variados generos e estilos, para ajudar na concepgao do som e melhoria da qualidade sonora. Abbusca por esses resultados é, sem davida, imprescindivel. A base de todo trabalho, em que o objetivo 6 tum som melhor, estd em exercicios de notas longas e tons pedais, que exploram a regido grave, abaixo da extensdo do instrumento, O material utilizado também influenciara no resultado sonoro. Em regra geral, bocais maiores e mais fundos resultam em um som mais largo e escuro. Os menores e mais rasos resultam em som mais fino e brilhante. Muitos pensam que, aumentando o didmetro ou a profundidade do bocal, dficultaro o alcance dos registros mais agudos, e vice-versa. A regio aguda 6 consequéncia do desenvolvimento da capacidade respiratoria e forma que se estuda, no esta limitada ao tamanho do material Os exercicios de notas longas e tons pedais das paginas seguintes ajudardo o instrumentista a desenvolver 0 sonoridade, pois tanto um quanto o outro exigirao uma concentrago maior de ar e vibragao labial Ig0 pessoal como a vor, mas padermos chegar aos do uso das técnicas. Notas longas Exercicio 1 eo As notas com fermata deverdo ser sustentadas por 8 tempos. Entre uma frase ¢ outra 0 instrumento deverd ser tirado da boca. Exercicio 2 As notas com fermata deverdo ser sustentadas por 8 tempos. Entre uma frase e outra o instrumento deverd ser tirado da boca. Aquecimento A 28 Descansar 5 minutos Aquecimento B —— 40 do som ¢ introducao a flexibilidade te que definiré um bom trompetista é sua forma de “atacar” as notas. Esse termo co: nte usado € 0 que melhor determina a preciséo em executar cada nota em staccato. Nada mais 6 do o do ar através da articulagao da lingua. Ela funciona como uma valvula que projeta o ar em umento. essoas usam a ponta da lingua, outras o meio, para emitir 0 ataque. Nao ha problemas quanto ora seja preferivel utilizar a meio, por concentrar mais ar para 0 “ataque”. O importante 6 ter 08 projecdo do sam e nunca colocar a ponta da lingua entre os dentes enquanto se toca, pois abstruiria a passagem do ar. o staccato simples, usaremos a sflaba “10”. A velocidade do trecho possibilitaré que todas as notas sejam das dessa forma. 0 "0" da sflaba permite que os labios contraiam para o centro e concentre a coluna rente do ataque "ta", que produz resultado contrério (labios esticados e coluna de ar espalhada). nos também a sflaba “ti" para facilitar a execugda das notas mais agudas, jé que a lingua deverd ar-se quando estas farem tocadas. Em um trecha mais expressive, em que seja exigida uma prondncia pstituiremos 0 “tO” pelo “da” e 0 "ti" pelo “di” 0, usaremos as slabas “t6-k6" e “tiki”, No staccato triplo,utlizaremos "t6-t6-" e "t-tki” mm 0 “k" ocorre para que @ execugao em trechos muita répidos mantenha a preciso impossivel em trechos s6 com a articulacdo no "t" mn ligados, 6 preciso observar também a emissdo com 0 uso de sflabas. Sendo s, deve-se pensar em “t0-i"(ligadura ascendente) e “t-6" (ligadura descendente. Sendo igadas, a lingua se movimentaré para cima, quando o intervalo subir, e, para baixo, quan- 6) tivo dos exercicios de flexibilidade esté em desenvolver a resistencia: o alcance das notas se dar esforgo labial e sim pela modulagdo da lingua, favorecendo o aumento da tessitura e 0 desempenho em frases com ligaduras. Gs exercicios a seguir deverdo ser praticadas em todos os modelos staccato simples e duplo e com ligadu- s}, Sempre com um intervalo de descanso entre eles Introdugao a flexibilidade (Exercicio 1) As notas agudas so mais fortes A Pratique nos outros modelos: 2. Staccato duplo ws Tw Ge SSS et. SSS Exercicio 2 Dé as colcheias valor cheio Pratique nos outros modelo: ato duplo 23 Exercicio 3 3. Duas Ligadas re oO py ete Exercicio 5 3. Duas Ligadas Toh ete. Obs: Quando praticar as ligaduras em oitavas, extra harménicos vio soar entre elas. Manter a coluna de ar constante até que desaparecam. Flexibilidade ny = 1) Estes exercicios 2) Cada frase dev primeira posigdo sem retirar 0 bocal da boca. Exercicios para controle do Staccato Exercicios técnicos = ay ghee? feo Sree raed Os exercicios deverdo ser praticados nos seguintes modelos (articulagé: s); TTKTTK TIKTTK TTKTTK TTKTTK Repita estes exercicios subindo de 1/2 em 1/2 tom faga-os tamb seguintes: coma nos modelos 7 Interpretacao ndsica ganhe maior sentido, devemos explorar nao s6 a boa técnica, como também o vibrato, a © as nuances da dindmica, inte estar atento ao estilo de cada mésica, pois elas tém particularidades especificas. Uma obra exemplo, nao poder ser executada da mesma forma que uma mdsica modema. Nesse momen- 0, 2 expressividade do executante faré toda a diferenga, Moderato @ poco rall Andante cantabile AN vatory Method for the Trumpet. Nova York: Carl Fischer, 2008, and Development. Londres: Ed. Faber, 1993, ipet: Technique and Study. California: Highland Music Company, 1962. | Studies for the Carnet. Nava York: Carl Fischer, 1986. Giuseppe. Lyrical Studies for Trumpet or Horn. Nashville: The Brass Press, 1972, ude. Daily Routines for Trumpet. Nova York: Carl Fischer, 1988, el Exercises. Nova York: Carl Fischer, 1981 Mario, Berp/Buzz Extension Resistence Piece. ITG Journal, International Trum 8. D. Twenty-Ser any, 1966. H, Cariton, Original Louis Maggia System for Brass. Nova York: Charles Colin Music, 1969 Anthony, Staccato Control Bule, Suiga: Editions BIM, 2008. Max. Daily Drills and Technical Studies for Trumpet. Nova York: Carl Fischer, 1985, mes. Warmup + Studies. Bule, Suiga: Editions BIM, 1983. sstruments ~ Their Histo Guild, en Groups of Exercises for Cornet and Trumpet. San Antonio, Texas: Southern MARCIAL IAPERIAL PEcROPOLITANA LLIAN—LSP@ YAHOO. COMBA CTRomBONE ) UDINNO BATE AH & Lav wo rniqs® 1G Com: BR @ = ~ ke wWAGO__ p DE-@Wermaypcow (Re RCI) ok 0 BAN DA ATRITOS@HOT may. COM (Teo PTE ) _ = g

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