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PRIMEIROS
SOCORROS E A
EDUCAÇÃO FÍSICA
Entenda a importância e
as responsabilidades
AGENDA REGISTRO INFORMATIVO
Eventos Pessoa Balanço
comemorativos
Revista CREF4/SP • nº 42 • junho/julho/agosto 2014 • ano xv Jurídica Financeiro 2013
N HA
P
PA F/S
M E
CA CR
O
momento é de reflexão. Refletir sobre o que queremos para o nosso país, para o nos-
so estado, para a nossa profissão, para a nossa vida. Não dá para seguir em frente sem
parar para pensar antes de tomar decisões. É preciso observar, olhar para os lados,
para baixo e para cima, numa grande tomada de consciência, para fazer escolhas, se não certas,
no mínimo, feitas com convicção. Assim é na vida, inclusive na política.
Se queremos que nossa profissão tenha apoio para se desenvolver dentro da sociedade, precisa-
mos de apoio político para tal. Por isso, é preciso analisar a trajetória de cada candidato antes
de votar. Talvez seja interessante verificar quais são simpáticos às causas da Educação Física,
do esporte e da escola. Talvez seja interessante votar em quem é da área de Educação Física
por formação e que tenha realizado grandes obras no setor. Talvez a índole deva ser a primeira
questão a ser avaliada. Mas, como nada disso é tão simples de se fazer, parar e refletir, antes da
decisão final, é o melhor caminho. Boa sorte com a sua escolha! Que traga bons frutos para
todos nós.
Como resultado de análise e reflexão, o CREF4 ampliou a sua sede. O 16º andar do edifício
Mercantil Finasa já está em funcionamento. A ocupação efetiva começou no dia 21 de julho.
No local estão alocados a Gerência Geral, a Diretoria, a Presidência e a Plenária e, ainda, os
departamentos de Apoio Administrativo, Orientação e Fiscalização, Jurídico e Dívida Ativa.
Com a ocupação do 16º andar, teremos a possibilidade de ampliar outros departamentos
como o Registro de Pessoa Física e Pessoa Jurídica, que não foram deslocados para o novo
espaço; contratar novos colaboradores, o que proporcionará a melhoria na qualidade de aten-
dimento e diminuição no tempo de devolução de documentos encaminhados via correio,
atividade que, hoje, representa um grande volume do trabalho do CREF4/SP, bem como o
O CREF4/SP processamento mais rápido dos documentos recebidos pessoalmente.
expande a sua A ampliação é a resposta da Administração do CREF4/SP na busca pela excelência na quali-
sede para o 16º dade de atendimento ao Profissional de Educação Física e à coletividade, colocando tão nobre
andar do Edifício profissão em situação de destaque frente aos outros Conselhos profissionais, por conta de seu
Mercantil Finasa crescimento e valorização.
Flavio Delmanto
CREF 000002-G/SP
Conselheiros
Adriano Rogério Celante..................... 020789-G/SP
Alexandre Demarchi Bellan................. 011668-G/SP
EVENTOS
Alexandre Janotta Drigo...................... 000839-G/SP
destaque
E A EDUCAÇÃO FÍSICA
O Primeiro Socorro consiste na assistência prestada fora do ambiente hospitalar em todos
os casos de lesões graves, ações que não substitui o atendimento realizado por um médico,
enfermeiro ou bombeiro, aspecto este importante que deve ser de conhecimento dos
profissionais de Educação Física
U
ma vez prestados os primeiros auxílios, Association ou American College of Surgeons,
aquele que socorrer o acidentado deve significa quebra de protocolo, podendo Primeiros
transferi-lo posteriormente ao recurso acarretar processos judiciais, além do agra-
hospitalar adequado para o tratamento defini- vamento das lesões. Socorros
tivo. “Os pequenos incidentes, em sua maio- Muitos esportes ou atividades recreativas, é definido
ria, não chegam a demandar assistência médi- como vôlei, basquete, handebol, futebol, tê-
ca, mas requerem atendimento que não pode nis, mergulho e artes marciais, podem provo- como sendo
ser negligenciado”, explicou Ednei Fernando car lesões graves, muitas das quais podem ser o tratamento
dos Santos, CREF 052883-G/SP, socorrista causadas por forças de desaceleração súbita imediato e
profissional do Corpo de Bombeiros do Esta- ou por compressão excessiva, torção, hiperex-
do de São Paulo e docente na Escola Superior tensão ou hiperflexão. provisório
de Bombeiros do ESP, onde leciona as discipli- Entre as lesões mais típicas relacionadas à prá- ministrado a
nas de Resgate e Emergências Médicas. tica esportiva, diferenciamos as traumáticas
Os primeiros auxílios são procedimentos de e clínicas, sendo as fraturas, ferimentos, he- uma vítima
emergência que devem ser aplicados a uma morragias, traumas de crânio, tórax e coluna, de trauma ou
pessoa em perigo de vida e incluem reconhe- bem como os afogamentos, as principais lesões doença fora
cer condições que ameacem a vida em curto traumáticas. Já entre os clínicos, destacam-se
espaço de tempo, evitar o agravamento das o mau súbito, o desmaio, a crise convulsiva, o do ambiente
lesões e manter as funções vitais até que se infarto e a parada cardiorrespiratória. hospitalar.
obtenha atendimento médico adequado. Entre os locais onde mais ocorrem acidentes
Atender uma vítima sem observar as téc- esportivos temos as quadras poliesportivas,
nicas adequadas e os protocolos estabeleci- campos de futebol, academias de lutas, clu-
dos, por instituições como American Heart bes, ambientes competitivos e piscinas.
ck
ksto
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estabelecidos
alertou Ednei Fernando. UNIVERSIDADES
Em média as universidades oferecem uma
nos protocolos,
ensinados RESPONSABILIDADES carga horária de 40h/aula, dividida entre
teoria e prática. Segundo, Ednei Fernan-
Todo profissional que tenha obrigatoriedade do, responsável pelos cursos de extensão
em cursos de prestar socorro, como, por exemplo, médi- universitária em Salvamento Aquático e
de primeiros cos, enfermeiros, dentistas, bombeiros, poli- Resgate de Afogados, e Primeiros Socorros
ciais, educadores físicos e comissários de voo, na Educação Física e nos Esportes, da Fa-
socorros e estão sujeitos aos estatutos legais que regem culdade de Educação Física da UniFMU,
que não há a prestação de socorro. Se omitirem socorro, infelizmente a disciplina de primeiros so-
tais profissionais estarão sujeitos a processos
intervenções penais e responderão sempre pela consequên-
corros é vista como simplesmente mais
uma disciplina básica, que não faz parte
invasivas cia de sua omissão. da rotina diária do Profissional de Educa-
competentes A vida e a saúde são os maiores bens jurí- ção Física. “Uma carga horária de 40 horas
dicos. O dever de agir significa que exis- é muito baixa para que se possa capacitar e
ao médico ou te obrigação legal de prestar socorro ou habilitar o profissional a atuar em diversas
enfermeiro. proporcionar atendimento de emergência, situações de emergência de forma prática
sendo que estes profissionais têm a po- e clara, não ficando preso simplesmente
ao conteúdo teórico. Deveríamos ter, no
mínimo, o dobro dessa carga horária para
preparar adequadamente o aluno e futuro
profissional”, argumentou.
Os acidentes ocorrem em grande número e
não escolhem hora e tampouco local. Poucas
“Os pequenos
escolas, academias ou clubes investem em
incidentes, em sua treinamentos e infraestrutura de emergên-
maioria, não chega a cia, sendo ainda raro encontrar kit de pri-
demandar assistência meiros socorros e profissionais capacitados
médica, mas requerem a utilizá-los.
César Viégas
destaque
A seguir, o autor do livro Manual de Primeiros Socorros da Educação Física aos Esportes,
Ednei Fernando dos Santos, informa alguns procedimentos básicos que podem ser de grande
utilidade para o dia a dia do Profissional de Educação Física
*HEMORRAGIA ESTATUTOS
A hemorragia é considerada a perda aguda de volume sanguíneo, proveniente de lesões de
compartimentos vasculares. As hemorragias são classificadas em externas e internas, sendo LEGAIS – O
a hemorragia externa a mais comum em acidentes durante práticas esportivas. Ocorre Código Penal
extravasamento de sangue ao meio externo, por ferimentos abertos como cortes. As he-
morragias externas são classificadas em três tipos: arterial, venosa e capilar, sendo a arterial diz que todo
a mais séria, pois a perda de sangue é muito rápida. Essas lesões devem ser identificadas e cidadão deve
tratadas precocemente de modo que se poupe a perda do volume sanguíneo.
Um ponto importante que merece atenção é que em grandes hemorragias existe o risco da prestar socorro;
vítima entrar em choque hipovolêmico. o Código Civil
O primeiro passo ao atender uma vítima com hemorragia externa é avaliar os sinais e sintomas, fala sobre a
como: sangramento visível, pulso fraco e rápido, pele pálida, fria e úmida, sudorese, ansiedade,
sede, respiração rápida e profunda. prestação
de socorro
PRIMEIROS SOCORROS
na esfera
Os principais procedimentos que podem ser usados por um socorrista no controle da hemor-
ragia externa são:
profissional;
• Compressão direta (figura 1) existem, ainda,
A hemorragia externa é tratada por meio de compressão direta sobre o ferimento, utilizando os casos
material apropriado como gaze e faixas ou pano limpo, colocados sobre o ferimento e mode-
radamente pressionados para estancar o sangramento. Caso o curativo encharque, coloque especiais
mais compressas sobre a primeira, evitando trocar as compressas. Não lave o local do feri- do Estatuto
mento nem passe qualquer tipo de substância caseira.
do Idoso e
• Elevação de membro (figura 2)
Sendo possível, quando o primeiro método não mostrar eficiência, eleve a área afetada acima da Criança
do nível do coração, empregado somente para os membros superiores, pois quando a extre- que também
midade é elevada, a gravidade colabora para a diminuição do fluxo sanguíneo à região ferida. abordam
• Compressão de pontos arteriais (figura 3)
Comprima moderadamente a artéria mais próxima ao ferimento, bloqueando parcialmente
situações
o fluxo local, diminuindo a hemorragia. Este procedimento é indicado a profissionais que específicas
tenham formação básica em anatomia humana. sobre omissão
Após estancado o sangramento, proceda ao aquecimento da vítima, caso esteja com frio. de socorro para
Não administre líquidos, alimentos ou qualquer tipo de medicamento, conduta também
adotada para as hemorragias internas. Na sequência, priorize o transporte, pelas equipes esses públicos.
médicas de emergência, ao hospital.
sobre o do coração.
ferimento.
A fratura pode ser conceituada como a perda da continuidade óssea que resulta em rompimen-
to completo ou incompleto do osso lesionado. Geralmente, a ocorrência de fraturas, durante
práticas esportivas, sugere que houve a aplicação significante de determinada quantidade de
energia sobre a região óssea, maior que a resistência necessária para suportá-la, reproduzindo
como consequência a fratura.
Em geral as fraturas são classificadas como fechadas ou expostas. Na fratura fechada, o osso
é rompido, mas a pele não é perfurada pelas extremidades ósseas, permanecendo intacta. Em
contrapartida, na fratura exposta ocorre rompimento da pele com exposição de tecido ósseo,
possibilitando risco de contaminação por bactérias existentes no ambiente ou na própria pele.
Além disso, podem ocorrer perdas sanguíneas, através dos ferimentos abertos.
Como principais sinais e sintomas de fratura, podemos destacar:
• Dor;
• Deformidade óssea;
• Inchaço;
• Rouxidão (marcas de pancadas);
• Crepitação Óssea;
• Sensibilidade;
• Dormência ou Formigamento;
• Incapacidade Motora.
PRIMEIROS SOCORROS
• Tome cuidado com movimentações excessivas, bruscas ou desnecessárias da região fraturada,
seja cauteloso;
• No tratamento das fraturas expostas, deve ser priorizado o controle da hemorragia com o uso
de curativos limpos e esterilizados sobre o ferimento;
• A imobilização deve ocorrer sem reposicionar o osso de forma intencional, pois fragmentos
ósseos podem comprometer estruturas internas (vasos sanguíneos, músculo, nervos, tendões
e ligamentos), lembrando que manipulações incorretas dessas regiões podem repercutir em
complicações adicionais; portanto, assim que possível, depois de eliminar todas as situações
Ao atender de riscos, priorize a imobilização adequada da fratura;
uma vítima, o • É importante imobilizar a região fraturada sempre atingindo uma articulação acima e outra
Profissional abaixo da fratura, para que se impeça qualquer movimentação, lembrando que as fraturas
geralmente são imobilizadas na posição em que são encontradas. Inicie o enfaixamento
de Educação sempre da extremidade para o centro do corpo. Como regra geral, utilize talas específicas
Física deve que são moldáveis à fratura ou improvise com meios de fortuna (p.ex., madeiras, jornais,
revistas, entre outros). As talas devem ser ajustadas e não apertadas, de maneira a não
estar preparado interromper a circulação sanguínea do local; (figuras 4 a 6)
para prestar o • Continue monitorando as funções vitais e a perfusão capilar do membro fraturado até a
atendimento equipe de emergência médica chegar para realizar o transporte. Caso tenha dúvidas se há ou
chamado não fratura, luxações ou entorses, faça sempre a opção por imobilizar; (figura 7)
• É ainda importante ter em mente que a imobilização inadequada ou o manuseio grosseiro da
suporte básico região fraturada pode transformar uma fratura fechada em exposta. O atendimento correto
de vida. evita o agravamento da lesão, reduzindo a dor e o sangramento e possibilita uma recuperação
adequada e precoce.
Fotos: Ednei dos Santos
rede integrada
EVENTOS COMEMORATIVOS
AO DIA DO PROFISSIONAL
DE EDUCAÇÃO FÍSICA
M
ais um ano de Rede Integrada com o objetivo de co- so chamar a atenção para a importância da profissão para a
memorar de forma abrangente o Dia do Profissio- saúde e bem-estar de todos. Aproveitem desses momentos de
nal de Educação Física. A diretoria do CREF4, bem divulgação e disseminação de conhecimento.
como todos os seus membros, espera que esta ação valorize No portal CREF4/SP será possível encontrar esses e outros
ainda mais a Educação Física perante a sociedade. É preci- eventos. Acesse: www.crefsp.org.br.
CREF4/SP do Conhecimento
MAIO
TREINAMENTO MULTIFUNCIONAL
O
conhecido Prof. Ms. Mauro Guiselini, que há 45 anos atua
na Educação Física, participou do ciclo no dia 8 de maio.
Autor de 29 livros e 12 vídeos relacionados à Educação Fí-
sica Infantil e programas de treinamento para a promoção da saúde
e bem-estar, o consultor do Programa Bem-Estar da Rede Globo es-
teve na UNAERP Campus Guarujá para falar sobre Treinamento
Multifuncional: Saúde & Bem-Estar, Estética e Performance. Se-
gundo o Prof. Ms. Rogério Rocha Lucena, assistente de coordenação
da UNAERP/Educação Física, aproximadamente 300 pessoas entre
alunos e profissionais estiveram presentes para assistir à palestra. “O
envolvimento e a interação do palestrante com os alunos foi o ponto
marcante do evento”, afirmou. Prof. Ms. Mauro Guiselini na UNAERP Guarujá
Em Taubaté, no dia 15 de maio, a palestra foi dirigida aos alunos
da UNITAU Campus do Bom Conselho e aos profissionais da
região interessados no assunto. O Prof. Ms. Eden Carlos de Jesus,
apoiado na literatura dos maiores nomes em treinamento funcio-
nal no mundo como Juan Carlo Santana, Paul Check, Vern Gam-
betta entre outros, abordou temas atuais sobre os conceitos do
César Viégas
de emagrecimento”, disse. Na sua exposição inicial falou sobre
obesidade, processos de inserção de exercícios e, na sequência,
discorreu sobre o metabolismo, enfatizando o das gorduras.
Prof. Dr. Waldecir Paula Lima na sede do CREF4, em São Paulo
Sugeriu livros aos interessados em aprofundar seus conheci-
mentos, entre eles aqueles dos quais participou como autor:
Lipídios e Exercício – Aspectos fisiológicos e do treina-
mento; Exercício emagrecimento e intensidade do treina- TOME NOTA
mento: aspectos fisiológicos e metodológicos; Biologia e Em novembro, Waldecir Paula Lima estará rea-
Bioquímica: bases aplicadas às ciências da saúde; Nutrição presentando o tema na FIB – Faculdades Integra-
Esportiva: aspectos metabólicos, fisiológicos, fitoterápi- das de Bauru. Veja programação da pág. 17.
cos e da nutrigenômica aplicada (in press).
MERCADO DE FITNESS
“U
m dia eu entendi que se oferece- rá. Preço é diferente de valor. Algo só é brou que “durante anos oferecemos
mos um serviço devemos cobrar caro quando não vale”. muitos serviços aos alunos e não cobrá-
por ele”, disse o especialista em Orientou que é preciso ter especificida- vamos por eles, o que gerava uma de-
Marketing, Prof. Rialdo Tavares, que de no atendimento. “Faça algo focado fasagem no caixa e obviamente falência
esteve em São Paulo, no dia 31 de para aquele público escolhido”. Com do negócio”.
maio, para falar sobre Mercado de fit- o crescimento da demanda, o público Vários fatores favorecem o crescimen-
ness e tendências nacionais. Para ele, o tornou-se variado com diferentes ex- to do mercado: a comprovação cientí-
fato de ministrar aula caracteriza presta- pectativas. Preço alto não é sinônimo fica dos benefícios que a atividade fí-
ção de serviço, mas não caracteriza qua- de serviço de qualidade. Existem ótimas sica traz a todos; a beleza, sempre em
lidade ou foco. “É necessário fugir do escolhas no mercado por preços acessí- alta; as mudanças do estilo de vida; a
comum, buscar qualidade, diferenciais, veis. “O cliente compra somente o que comodidade das academias em gran-
estratégias e análise de mercado. Obser- atende ao seu desejo de consumo”, ex- des centros comerciais; tendências de
ve se o serviço que pretende oferecer vai plicou o Prof. Rialdo. uma população com faixa etária mais
ao encontro do público que o recebe- Com sua experiência profissional, lem- elevada e mais ativa fisicamente e, por
fim, a tendência, a curto e médio pra-
O Prof. Esp. Rialdo Tavares na
zo do segmento fitness se integrar ao
sede do CREF4, em São Paulo, sistema de saúde como mecanismo de
e (ao lado) público atento às prevenção.
informações prestadas
César Viégas
O
Prof. Marcos Antonio Falopa participou de
dois ciclos no mês de junho. No dia 4 esteve
na Universidade Paulista (UNIP) de Ribei-
rão Preto e no dia 7 na sede do CREF4, em São
Paulo. Nas duas oportunidades abordou o tema De-
senvolvimento do futebol na formação de base. O
treinador profissional com formação no Brasil e na
UEFA, baseou sua apresentação na sua experiência
profissional no Brasil e no exterior. Segundo ele,
tudo é mercado de trabalho e todo professor deve
saber explicar para seu aluno como é a vida esportiva
em outros países também.
Célia Gennari
Entre tantas sugestões que passou, afirmou que é pre-
ciso dar ênfase ao desenvolvimento individual do jo-
gador jovem, respeitando sua idade e seu crescimento,
seu ritmo de aprendizagem e o nível potencial natural O Prof. Marcos Falopa na sede do CREF4, em São Paulo
já adquirido; tem que saber trabalhar com o campo de
grama artificial, hoje tão comum; e é importante come-
çar pela técnica, a base de progressão de todo jogo fute-
bolístico, além do fator motivador. É na fase inicial que
eles adquirem a técnica. Por conta disso ele mostrou o
que cada faixa etária precisa para conseguir chegar ao
topo. “O desenvolvimento de talentos começa cedo e
tem que ser aproveitado”, afirmou.
Célia Gennari
Os professores especialistas João Paulo de Araújo Ca-
valcanti e Felipe Augusto de Souza repetiram na Fa-
culdades Integradas de Botucatu (UNIFAC), no dia
6 de junho, a palestra que ministraram em São Paulo Profissionais presentes na palestra do Prof. Marcos Falopa, na sede do CREF4
(abril) sobre o tema Iniciação ao futebol para crianças
de 3 a 6 anos. O diferencial oferecido foi a parte prática.
O evento contou também com o apoio da Secretaria de
Esportes, Lazer e Turismo.
Eles passaram a experiência que têm em Sorocaba na
Escola de Futebol do São Paulo F. C. com a categoria
baby foot ou baseados na iniciação ao futebol. Segun-
do João, hoje a atividade física e o esporte concorrem
com a tecnologia, pois muitas crianças possuem tablet,
celular e afins, e os manuseiam melhor do que muitos
adultos e tirá-las desse mundo não é fácil. Com os
estudos que desenvolveram sobre a psicomotricidade,
conseguiram encaixar seu esquema de aula / treino /
iniciação ao futebol, com as necessidades das crianças
que perderam seus espaços lúdicos na rua, nos par-
Arquivo UNIFAC
Arquivo UNIFAC
fase e sugerimos que os interessados também estudem,
pesquisem e elaborem projetos viáveis para aplicação”,
argumentou Prof. Felipe.
Em Botucatu os palestrantes ofereceram a parte prática aos participantes
ATIVIDADES CIRCENSES
E
m 14 de junho o Prof. Ms. Adriano Rogé-
rio Celante falou sobre Atividades circenses
nas aulas de Educação Física, na sede do
CREF4, em São Paulo. Durante sua exposição fez
distinção entre circo, arte e atividade circense, jus-
tificando ser alguém que estuda a história do circo
e a arte circense, mas que não as vive.
Muitos historiadores discutem que a atividade cir-
cense (malabarismo, pirofagia, acrobacias, artes
teatrais, entre outras) acontece desde os primeiros
grupamentos e que o circo nasce na modernida-
de. Para alguns autores, as raízes do circo estão na
Grécia Antiga e no Império Egípcio, porque ali já
existiam atividades circenses que hoje são recapitu-
ladas do circo tradicional para o contemporâneo.
No século 20 esse circo moderno em transforma-
ção passa a ser “reinventado”, porque o mundo do
entretenimento achou no circo uma possibilidade. O Prof. Ms. Adriano Celante na sede do CREF4, em São Paulo
Em 1982 a escola nacional de circo se institui.
“Nessa época se vive o circo, com acadêmicos e ar-
tísticas tradicionais”, explicou.
Os profissionais de Educação Física vão trabalhar
com atividades circenses, que são aquelas que ante-
cedem o circo, coexistem no circo e hoje extrapo-
lam o circo. E a questão é, como os profissionais de
Educação Física se apropriam de um conhecimen-
to para poder trabalhar o circo dentro da Educação
Física como um todo e da Educação Física Escolar
como um algo específico? E foi respondendo a essa
Fotos: César Viégas
A
Profª Drª Margareth Anderáos participou do primeiro ciclo
do segundo semestre deste ano, com o tema Educação Física
Escolar, no dia 26 de julho, na sede do CREF4, em São Paulo.
“Temos de gostar de pessoas e nos importar com elas”, alertou a pro-
fessora que começou a dar aula em 1991. Para ela, na Educação Fí-
sica Escolar temos muito o que fazer. Mas quais são as características
que devemos levar em conta quando vamos pensar em planejamento?
“Primeiro precisamos saber quem são essas crianças. Se você planejou
atividades que a criança não vai poder realizar não adianta”, explicou.
Para ela, a escola deveria ser uma escola de símbolos, pois conhecer
é representar dentro de si o que está fora. Portanto, a nova tarefa é
oportunizar para a criança o maior número possível de experiências
A Profª Drª Margareth Anderáos na sede do CREF4, em São Paulo com as coisas que estão fora dela, para que possa apreender o mundo.
“Isso é representar o mundo dentro de si”, disse.
Citando por diversas vezes Piaget, a mestre em Pedagogia do Movimento e psicope-
dagoga, mostrou a todos como é importante que o professor tenha conhecimento
sobre os aspectos biopsicossociais da criança, para realizar um trabalho de qualidade e
conseguir obter resultados no que diz respeito ao seu desenvolvimento motor.
TOME NOTA
Em dezembro, Margareth Anderáos estará apresentando o tema Li-
Fotos: César Viégas
F
oi realizado no dia 31, no Cen- tir de uma base de dados e opiniões Na 2ª fase estabeleceu as diretrizes orga-
tro Universitário das Faculdades de especialistas das áreas envolvidas, nizacionais; na 3ª, a formulação de uma
Associadas de Ensino (UNIFAE), que visam orientar os profissionais estratégia organizacional; na 4ª, a im-
em São João da Boa Vista, palestra para as escolhas do tipo ou nature- plementação da estratégia organizacio-
do Prof. Alexandre Demarchi Bellan, za do negócio, produtos, mercados, nal e na 5ª, os controles desenvolvidos
cujo tema foi Planejamento Estratégi- porte entre outras avaliações. E, con- para verificação do objetivo atingido,
co e Elaboração de Plano de Negócio sequentemente, como a empresa po- monitorando-os e avaliando os proces-
para a Área de Educação Física. derá ser estruturada para iniciar suas sos da administração estratégica.
agenda
CREF4/SP do Conhecimento
INSCRIÇÕES
As inscrições para o Ciclo CREF4/SP do Conhecimento devem ser feitas no Portal CREF4/SP
www.crefsp.org.br. Para participar, no dia do evento, o Profissional de Educação Física deve levar
2 kg de alimento não perecível, que serão doados a uma entidade filantrópica.
SÃO PAULO
Local: CREF4/SP, Vale do Anhangabaú, 304, 3º andar, Centro – das 8h30 às 12h30
Data Tema Palestrante
OUTUBRO
11 A importância do conhecimento do Direito Desportivo para o Profissional Tadeu Corrêa
de Educação Física
18 Aspectos da genética relacionados ao treinamento, nutrição e performance esportiva Luiz Carlos Carnevali Júnior
NOVEMBRO
08 Atividade Física para Crianças e Adolescentes e a Influência do Esporte Contemporâneo Vânia Hernandes de Souza
29 Treinamento de força sem equipamentos Cauê Vazquez La Scala Teixeira
OUTRAS CIDADES
Data Cidade Local Parceria/Apoio Tema Palestrante
OUTUBRO
1º, às Santos UNIMES – Faculdade FEFIS-UNIMES Prescrição e periodização Mário Augusto
19h30 de Educação Física de e Secretaria de do treinamento de força em Charro
Santos (Av. Conselheiro Nébias, Esportes de Santos academias
536 – Encruzilhada)
29, às Ribeirão CUML – Centro Universitário CUML Atualidades sobre o Programa Maurício
19h30 Preto Moura Lacerda (Av. Dr. Oscar de Antidoping no Esporte de Arruda
Moura Lacerda, 1.500 – Campos
Jd. Independência)
NOVEMBRO
3 Presidente UNOESTE – Universidade do UNOESTE Atividade física para crianças e Vânia
Prudente Oeste Paulista (Rua José adolescentes e a influência do Hernandes
Bongiovani, 700) esporte contemporâneo de Souza
13, às Bauru FIB – Faculdades Integradas de FIB A importância do conhecimento do Tadeu Corrêa
9h00 Bauru (Rua José Santiago, 16-50, Direito Desportivo para
Vila São João do Ipiranga) o Profissional de Educação Física
13, às Bauru FIB – Faculdades Integradas de FIB Exercício físico e emagrecimento: Waldecir Paula
19h30 Bauru (Rua José Santiago, 16-50, aspectos metabólicos e Lima
Vila São João do Ipiranga) fisiológicos
DEZEMBRO
a Presidente Anfiteatro I da UNESP – UNESP Licenciatura e bacharelado em Margareth
definir Prudente Universidade Estadual Paulista Educação Física: especificidades Anderáos
na formação e mercado de trabalho
Arquivo Pessoal
Direito. Especialista em Direito
César Viégas
agenda
DE FORÇA EM ACADEMIAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA:
ESPECIFICIDADES NA FORMAÇÃO
Estudos recentes demonstram que o treinamento periodizado apresenta resulta-
E MERCADO DE TRABALHO
do em maior amplitude que o treinamento não periodizado. Mas, ainda assim, é
difícil encontrar profissionais que fazem uso destas estratégias por entender que Na consideração das mudanças ocorridas na
são muito trabalhosas e complicadas. Assim, a palestra visa descrever montagens legislação no que se refere aos cursos de for-
de treinamentos que potencializem os resultados e sejam aplicáveis. O Profissio- mação na área da Educação Física, há espe-
nal de Educação Física que sabe organizar um treinamento periodizado tem mais cificidades que devem ser consideradas para
ferramentas para poder atingir os melhores resultados com seus clientes. a ocupação de mercado de trabalho, que se
ampliou consideravelmente. A discussão da
Mário Augusto Charro (CREF 000139-G/SP) é mestre temática auxilia no entendimento do que es-
em Biotecnologia e especialista em Musculação. Professor perar dos cursos de formação e do Mercado
na USCS e FMU e coordenador de cursos de pós-graduação de Trabalho em potencial para os Egressos.
da FMU, FEFISA, USCS e UNIFAE. Autor de livros sobre
César Viégas
César Viégas
dagogia do Movimento,
ATUALIDADES SOBRE O PROGRAMA ANTIDOPING NO Psicopedagoga e avalia-
ESPORTE dora de cursos superiores
de Educação Física. Coordenou durante 14
Tema muito atual e pouco conhecido do Profissional de Educação Física.
anos cursos de Licenciatura e Bacharelado
Depois da criação da Agência Mundial Antidoping e da regulamentação
em Educação Física no Estado de São Pau-
sobre controle de doping nos esportes, os atletas que praticam esportes
lo. Professora de Crescimento e Desenvolvi-
Olímpicos e não Olímpicos passaram a submeter-se a controles de doping.
mento Humano. Conselheira do CREF4.
Há uma grande falta de conhecimento por parte de atletas, treinadores,
preparadores físicos e profissionais de Educação Física, em geral, sobre o as-
sunto, que é de crucial importância para o esporte de alto nível nos dias de
hoje, com destaque para os esportes que compõem o programa Olímpico.
INTERAJA COM
Maurício de Arruda Campos (CREF 002597-G/
SP) é diretor da Comissão Antidoping da Federação O CREF4/SP
Internacional de Fisiculturismo e Fitness (IFBB) para
os 189 países afiliados. Diretor da Associação Brasi-
Arquivo Pessoal
O CREF4 está à disposição das Instituições de Ensino Superior que queiram entregar as Cédulas de Identidade Profis-
sional – CIPs para seus formandos na cerimônia de Colação de Grau.
Informações: Departamento de Registro – Setor Pessoa Física: (11) 3292-1700 / colacoes_registropf@crefsp.org.br
imensa retornar
e verificar o cres-
cimento da insti-
tuição como um Da esq. p/a dir., José Messias Rodrigues da
Silva, Fernanda Regina Pires, José Medalha
Conselheiro do CREF4 e o corpo docente da FUNEC todo”, concluiu. (CREF4) e Neilton Moura
reflexão
Quantas vezes os professores não se deparam com a seguinte situação: “Uma turma
numerosa de alunos e, dentre estes, alunos com deficiência, quer seja ela mental, física,
cognitiva, afetiva ou motora. O que fazer para que estes interajam de forma natural com os
outros e vivenciem e assimilem os conteúdos propostos nas aulas?”
A
partir das transformações e en- “Educação Física adaptada é uma área
tendimento na construção da da Educação Física que tem como ob-
Educação Física, destacam-se jeto de estudo a motricidade humana
como consequência deste processo as para as pessoas com necessidades edu-
confusões terminológicas e conceitu- cativas especiais, adequando metodolo-
ais quanto à Educação Física destinada gias de ensino para o atendimento às
ao atendimento da pessoa com defici- características de cada pessoa com
ência. Em geral, denominações como deficiência, respeitando suas di-
Educação Física corretiva, Educação ferenças individuais”. Necessi-
Física especial e Educação Física adap- dades especiais ou necessidades
tada, são termos encontrados e atribu- educativas especiais podem ser
ídos ao atendimento desta população, entendidas como ações ou situ-
sendo que Educação Física adaptada ações que caracterizam desvanta-
apresenta-se como o termo mais utili- gem do indivíduo, temporária ou per-
zado em ambiente acadêmico. Segundo manente, causada pela diferença entre
os autores SILVA e CRUZ (2005), estas seu desempenho, suas expectativas e as
distorções conceituais geralmente refle- do grupo a que pertence, nos aspectos
tem na formação profissional e, muitas biológicos, psicológicos e sociais.
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vezes, na elaboração de programas e nos Por mais que percebamos avanços no
planos de ação destinados a estes indiví- campo de atuação profissional definido
duos, considerando que a produção de pela Educação Física, não podemos per-
conhecimentos acerca desta área depen- der de vista a distância que persiste em
de diretamente das discussões e do en- se manter entre o conhecimento pro-
tendimento de seus diferentes aspectos. duzido academicamente e os serviços
Os conteúdos da Educação Física adap- ofertados para pessoas com deficiência.
tada não se diferenciam da Educação No que diz respeito à preparação para
Física, porém, envolvem um processo o exercício profissional em Educação
de planejamento e de ação docente com Física, oferecida em nível de graduação,
o objetivo de atender às necessidades de o envolvimento das demais disciplinas
seus educandos. Observa-se que uma que compõem o referido curso dentro
ação pedagógica centrada no aluno tor- das discussões relativas ao atendimen-
na-se evidente e necessária no desenvol- to prestado a alunos com deficiência,
vimento da Educação Física adaptada, colabora para adensar a competência Referências bibliográficas
configurando sua inserção e efetivação profissional almejada (CRUZ, 2001).
CRUZ, G.C. Formação profissional em Educação
em ambiente educacional. Do ponto de vista do oferecimento de Física à luz da inclusão. In: Congresso Brasileiro
É muito importante e necessário respeitar um serviço de qualidade, a Educação de Atividade motora adaptada. Curitiba:
SOBAMA, 2001.
as limitações, sem esquecer-se de valorizar Física deve assumir a responsabilidade
e enfatizar as potencialidades do educan- para que os objetivos estabelecidos se- CRUZ, G.C. Formação Continuada de Professores
do, possibilitando-lhe oportunidades de jam alcançados. Neste sentido, guardar de educação física em ambiente escolar inclusivo.
Campinas, Universidade Estadual de Campinas,
superar desafios. As ações que permeiam coerência entre objetivos, métodos e Tese de Doutorado. Faculdade de Educação
qualquer processo educativo, no qual princípios norteadores da intervenção Física, 2005.
está inserida a Educação Física adapta- profissional é imprescindível para uma DUARTE, E.; WERNER,T. Conhecendo um pouco
da, devem considerar o aluno como um educação inclusiva. mais sobre as deficiências. In: Curso de atividade
física e desportiva para pessoas portadoras de
ser em processo de crescimento e de de- deficiências: educação à distância. Rio de Janeiro:
senvolvimento, vivenciando o processo Conselheiro Rodrigo Nuno Peiró ABT: UGF, 1995, v. 3.
ensino-aprendizagem em diferentes Correia – CREF 025699-G/SP SILVA, R.F. A ação do professor de ensino superior
etapas, quer seja por sua individuali- Presidente da Comissão de Educação Física na educação física adaptada: construção mediada
dade, por suas necessidades, por suas Escolar e membro das comissões de Ética pelos aspectos dos contextos históricos, políticos
e sociais. Campinas, Dissertação de mestrado.
expectativas ou por seus interesses. Profissional, de Comunicação e Marketing, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade
Para DUARTE e WERNER (1995), a e de Documentação e Informação de Educação Física, 2005.
DE ESTABELECIMENTOS
A Resolução CREF4/SP nº 64/2012, que dispõe sobre o Manual de Procedimentos do
Departamento de Orientação e Fiscalização do CREF4/SP, na sua Seção III, artigos de
29 a 35, especifica como os estabelecimentos devem ser inspecionados
A
fase de inspeção inicia-se com os suas dependências;
procedimentos de localização das V - esclarecimento prestativo de todas Uma vez localizado o endereço
entidades ou endereços indicados as dúvidas apresentadas pelas pessoas da entidade a ser fiscalizada con-
no roteiro de visitas pelos Agentes de contatadas em razão da fiscalização, so- forme informado no roteiro de
Orientação e Fiscalização. Para a reali- bre irregularidades verificadas ou sobre visitas, caso o estabelecimento
zação dessa fase, o CREF4 providencia, o exercício profissional da Educação Fí- se encontre fechado, o Agente
dentro do possível, a melhor estrutura sica enquanto atividade regulamentada. preencherá relatório de visita
de auxílio aos Agentes para localização Constitui prerrogativa circunstanciado, inserindo in-
de endereços e rotas de fiscalização, in- funcional dos Agentes o formações detalhadas sobre a
clusive, de investimento em tecnologias ocorrência.
de informação e comunicação. livre acesso às dependências
O Agente também registrará a
O Agente, antes de iniciar a fiscaliza- de qualquer estabelecimento fiscalização por meio de fotogra-
ção, checa no relatório do sistema de ou entidade prestadora fias do imóvel.
dados do Conselho se a entidade já foi de serviços estabelecidos No caso, o relatório de visita
objeto de fiscalização anterior e verifi- produzido conterá, sempre que
ca os tipos de autuações, para fins de
no artigo 3º da
possível, depoimento de vizi-
constatação de reincidência ou outra Lei Federal nº 9.696/98. nhos ou qualquer outra testemu-
situação relevante. Caso a entidade não As informações prestadas pelo Agente du- nha que ateste a atual condição
conste no relatório do sistema de dados rante a fase de inspeção devem objetivar da entidade fiscalizada mediante
do Conselho, o Agente deverá formular sempre o pleno esclarecimento do fiscali- informações mais específicas de
consulta ao Departamento de Fiscaliza- zado ou interessado, baseadas em disposi- interesse do CREF4.
ção via telefone ou qualquer outro meio ções legais ou em orientações oficialmen-
determinado pela Coordenação. te divulgadas pelo CREF4/SP, devendo o
Localizado o endereço constante do ro- Agente tratar o cidadão sempre com civi-
teiro de visitas, no qual deverá ser rea- lidade e rigoroso formalismo. Caso haja resistência por parte
lizada a fiscalização, o Agente promove Salvo na ocorrência de flagrante exercí- do responsável pelo estabeleci-
a abordagem dos responsáveis pelo esta- cio ilegal da profissão ou outra infração mento a ser fiscalizado em au-
belecimento, de acordo com os seguin- penal, o Agente não interromperá a in- torizar a entrada ou o exercício
tes procedimentos básicos: tervenção profissional sem a autorização pleno da fiscalização, o Agente
I - apresentação perante o responsável da específica do coordenador da Fiscaliza- acionará auxílio policial, em
entidade, ou quem lhe faça as vezes, in- ção, devendo preferencialmente aguar- virtude do prescrito nos artigos
formando o seu nome e a sua função de dar o término da aula em curso para ini- 329 e 330 do Código Penal,
Agente de Orientação e Fiscalização do ciar a abordagem ao fiscalizado. ou qualquer outra previsão legal
CREF4, juntamente com a apresentação Na ausência do responsável técnico da aplicável ao caso específico.
da carteira de identidade funcional; entidade, o Agente requisitará alguém
II - solicitação para adentrar nas depen- para acompanhá-lo na inspeção, ou ain-
dências do estabelecimento, para fins da, na ausência de qualquer outra pes-
exclusivos de inspecionar, com base na soa, cumprirá seu dever funcional ainda
legislação aplicável, as atividades pro- que desacompanhado. Encerrada a inspeção do estabele-
fissionais da Educação Física eventual- Caso o fiscalizado alegue estar ampara- cimento, se o Agente não identifi-
mente exercidas no local; do por decisão judicial capaz de impe- car qualquer infração à legislação
III - requisição de identificação dos dir o exercício da fiscalização, o Agente que regulamenta a profissão da
profissionais de Educação Física que solicitará a apresentação do documento Educação Física, providenciará a
atuam no local; de identidade do fiscalizado que com- lavratura de Termo de Visita, co-
IV - identificação de eventuais irregu- prove tal situação, e, se necessário, da lhendo assinatura do responsável
laridades praticadas pela administração decisão judicial mencionada, devendo, pela entidade e fornecendo-lhe
do estabelecimento ou pelos profissio- em caso de dúvidas, contatar a Coorde- cópia do documento.
nais de Educação Física que atuem em nação do Departamento.
22 Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região
PESSOA JURÍDICA:
registro
OBRIGATORIEDADE DO REGISTRO
De acordo com a Lei Federal nº 6.839/1980, é obrigatório o registro das entidades prestadoras
de serviços nos órgãos competentes para a fiscalização do exercício das profissões
T
odas as pessoas jurídicas estabelecidas no Estado de
São Paulo que oferecerem serviços nas áreas de ati-
vidades físicas e/ou desportivas devem se registrar IMPORTANTE
junto ao CREF4/SP, seguindo o disposto na Resolução As empresas deverão, obrigatoriamente, manter um
CREF4/SP nº 067/2012. Profissional de Educação Física, devidamente habili-
Empresas cujo objeto social ou atividades estejam ligados a ativi- tado e registrado no CREF4, como Responsável Téc-
dades físicas desportivas e similares, têm responsabilidades e com- nico pelas atividades físicas desenvolvidas pela empre-
promissos com a sociedade no que se refere à qualidade, segurança
sa, conforme Resolução CONFEF nº 134/2007.
e atendimento na área da Educação Física, tais como: academias,
clubes, assessoria e consultoria esportivas e desportivas etc..
VISTO PRÉVIO
Conforme Resolução CREF4/SP nº 4048/2008, o CREF4 procederá ao visto dos
Contratos Sociais Iniciais, Alterações Contratuais, Estatutos, Atas, Listas de Presença e
demais documentos, quando da solicitação do Visto Prévio exigido pelos Cartórios de
Notas de Títulos do Estado de São Paulo.
Documentos necessários:
A. Requerimento de Visto Prévio, em IMPORTANTE
impresso próprio do CREF4, devi-
damente preenchido e assinado; • Deverá constar, nos documentos a serem vistados, cláusula que ga-
B. Originais dos documentos que ranta a existência de um Responsável Técnico devidamente regis-
irão receber o Visto, na quantidade trado no CREF4, exemplo: “Informamos que a responsabilidade
de vias necessárias; técnica pelos serviços prestados está a cargo de um profissional de-
C. Cópia simples de cada documento vidamente registrado no CREF4”;
que irá receber o Visto, para arqui- • O Responsável Técnico deverá estar quite com suas obrigações
vo no CREF4; estatutárias (cadastral, financeira e ética) junto ao CREF4;
D. Cópia da Cédula de Identida- • Será cobrado, por meio de boleto bancário, a taxa de R$ 19,00 (de-
de Profissional do Responsável zenove reais), referente ao conjunto de documentos a receber o Visto
Técnico (dentro do prazo de va- Prévio, excetuando-se as vias que permanecerão arquivadas no CREF4.
lidade).
S
egundo a filósofa Marilena Chauí, a É centrada
palavra ética vem de duas palavras nas questões
gregas: éthos, que significa “o caráter dos valores como a
de alguém”, e êthos, que significa “o con- realização humana nos
junto de costumes instituídos por uma so- campos da especulação, da
ciedade para formar, regular e controlar a
afetividade, das finanças e
conduta de seus membros”1.
Para o economista Eduardo Giannetti, éti- da excelência como um
ca é uma dimensão da experiência huma- fim em si mesmo.
na que permite mudar aquilo que pode É intertem-
ser diferente do que é2. Ele explica que o poral – A vida
metabolismo do corpo não pode ser mu- não é uma sucessão de
dado porque as funções vitais estão presas momentos isolados e o crivo da
a leis naturais, que independem de escolha reflexão permite contemplar o
consciente, pois ninguém escolhe “como arco da existência em seu con-
digerir” o alimento ingerido. No entanto, ÉTICA junto (uma estrutura invisível
relacionar-se no mundo requer escolher
opiniões e comportamentos que podem CÍVICA que confere um sentido no
qual uma realização é
mudar os resultados advindos deles, como,
por exemplo, decidir comer alimentos sau- alcançada).
Refere-se à questão da
dáveis, ou não.
convivência humana e
Com a frase de Sócrates (399 a.C.), “uma
vida não examinada não vale a pena ser vi- das regras que estabele-
vida”, Gianetti explica a necessidade de se cem os parâmetros para
refletir sobre ética para viver uma existência uma boa sociedade.
digna. Para ele, dentre as grandes áreas da
ética na história da filosofia ocidentais, duas
são principais:
Referências bibliográficas
1. Chauí, M. Convite à Filosofia. Ed. Ática;
2. Giannetti, E. Ética na Profissão. Café
Filosófico, série Ética. Realização CPFL e
TV Cultura (Youtube).
ética
“
A ética é intrínseca, quando se pensa a partir de uma perspectiva familiar, e cívica, quando se pensa em termos coletivos. Cada
indivíduo, portanto, a vê, apesar das leis e normas, também de acordo com o que viveu e aprendeu no decorrer da sua vida. A
seguir, comentários de alguns conselheiros da Comissão de Ética Profissional sobre a ética em diversos momentos.
D
os recados e conselhos de meu saudoso pai, eu guar- qual a Ética e a Educação dos profissionais que os orien-
do: ‘Se pedir dinheiro emprestado na praça e pagar, tam estão presentes, superando até mesmo a própria dis-
sempre vai ter crédito’. Acredito piamente que o su- puta inerente à competição.
cesso que tive na vida se deu por sempre trabalhar dando
“
Marcio Tadashi Ishizaki
exemplos éticos. Contrariei alguns superiores por não me
CREF 001739-G/SP
“
submeter a algo em que não acreditava e, por isso, deixei
de cumprir algumas ordens e imposições, pois na própria
polícia militar, dizemos: ORDEM ABSURDA NÃO SE
CUMPRE. Tenho orgulho de ser reconhecido hoje, como
O
um ícone nacional da Educação Física e de ter sido o pri-
comportamento ético é fundamental no ambiente
meiro brasileiro a atuar como árbitro de GO em JO. To-
“
profissional no sentido do respeito mútuo, ou seja,
davia, sempre que tive alguma responsabilidade me pautei
não se deve comentar negativamente a conduta de
pelo seguinte lema: SE A COISA DER CERTO, SERÁ
um colega coletivamente e/ou falar mal do sistema de tra-
UMA VIRTUDE DA EQUIPE DE TRABALHO, SE
balho por ele adotado. Em alguns casos, vemos interesses
DER ERRADO, SERÁ POR CULPA DE QUEM ESTÁ
individuais, vaidades para a conquista de espaço e de poder,
DIRIGINDO, OU NO COMANDO.
falarem mais alto do que companheirismo, fidelidade, con-
“ “
Nestor Soares Publio fiança, moral e ética. Agir com ética é respeitar os pares no
CREF 005511-G/SP ambiente de trabalho, ou seja, considerar as distintas formas
de prática pedagógica adotadas e amenizar, ao mesmo tem-
po, limitações da formação profissional inicial e continuada
dos professores.
E
Rodrigo Nuno P. Correia
nsinar ética profissional no curso superior é um desafio
CREF 025699-G/SP
diário ao docente, que precisa buscar sabedoria e justi-
ça para dizer ‘sim’, quando a resposta for ‘sim’, e ‘não’,
quando a resposta for ‘não’. Afinal, não é ético fazer o opos-
“
to. Como docente, busquei instruir os alunos sobre o fato
H
de que a área profissional é um ambiente restrito, pois con-
oje, na maioria das vezes, o esporte de rendimento bus-
tinuamos nos encontrando ao longo de nossas carreiras. No
ca a vitória a qualquer preço, usando caminhos nada
“
mercado de trabalho, os estudantes são lembrados, por seus
convencionais. Cabe a todos os técnicos (profissionais
professores e colegas de classe, de acordo com o comporta-
de Educação Física), orientar de forma correta, conforme es-
mento ético que apresentaram em sala de aula. Os profissio-
tabelece o Código de Ética da profissão. É a ética caminhan-
nais de Recursos Humanos são unânimes em explicar que as
do junto com o Fair Play, atingindo diretamente os atletas,
demissões ocorrem mais devido aos maus comportamentos.
pais, organizadores, médicos, árbitros, autoridades públicas,
Neste sentido, o Código de Ética do Sistema CONFEF/
meios de comunicação e, principalmente, os espectadores,
CREFs, mais do que um conjunto de normas e regras a se-
denominados torcidas organizadas.
rem seguidas, é um direcionamento para onde se alinham
os profissionais bem intencionados com os colegas da área e Pedro Roberto Pereira de Souza
com as pessoas da sociedade, que confiam a ele a saúde física CREF 000259-G/SP
e mental de seu corpo ou do corpo de seus filhos.
Claudia Cezar
CREF 052213-G/SP
PARTICIPE
U
m dos aspectos éticos mais belos em uma competi-
ção de Ginástica (pelo menos nas competições aqui E você, Profissional de Educação Física, o que pensa so-
no Brasil) é quando um (ou uma) ginasta acerta bre a ética e como a vivencia no seu dia a dia de trabalho?
um exercício mais difícil e todos os ginastas participantes Escreva para nós!
do evento, independentemente do clube que defendem, Envie o seu relato para: revista@crefsp.org.br
aplaudem e incentivam. Isto é reflexo de um trabalho no
Revista CREF4/SP • nº 42 • junho/julho/agosto 2014 • ano xv 27
RESULTADO DOS TRABALHOS
processos
processos
XV, XIX e XXI, artigo 9º incisos VI e profissão. Infringido o artigo 6º inciso tiético, infringido o artigo 4º incisos I e
VIII do Código de Ética Profissional. XI e XV, artigo 7º incisos IV e VIII e ar- VII, artigo 5º incisos I e II, artigo 6º in-
Trânsito em julgado da decisão em tigo 9º incisos VI e VIII do Código de cisos I, III, IV, V e XV, artigo 7º incisos
08/05/2014. Ética Profissional. Trânsito em julgado V e VI, artigo 9º incisos VI e VIII do
da decisão em 07/05/2012. Código de Ética Profissional e ao De-
PED nº 0101/11 – F. B. Julgamento
nunciado R. L. P. à pena de suspensão
realizado em 14/05/2014. Profissional PED nº 0077/11 – D. A. B. M. e R.
do exercício profissional pelo período
condenado pela conduta não portar L. P. Julgamento de recurso realizado
de 30 (trinta) dias, pela conduta com-
Cédula de Identidade Profissional vá- em 22/03/2014 pelo Tribunal Regional
portamento antiético, infringido o ar-
lida e por conivência com o exercício de Ética – TRE, recurso julgado im-
tigo 4º incisos I e VII, artigo 5º inciso
ilegal da profissão. Infringido o artigo procedente, sendo mantida a decisão
I, artigo 6º incisos I, III, IV, V e XV do
6º incisos XV e XXI, artigo 7º incisos da Junta de Instrução e Julgamento que
Código de Ética Profissional. Trânsito
IV e VIII, artigo 9º incisos VI e VIII do condenou o Denunciado D. A. B. M.
em julgado da decisão em 07/05/2012.
Código de Ética Profissional. Trânsito à pena de suspensão do exercício pro-
em julgado da decisão em 14/05/2014. fissional pelo período de 60 (sessenta)
JULGAMENTO DE
RECURSO DIVULGAÇÃO DAS PENALIDADES IMPOSTAS
PED nº 0046/11 – R. R. R. Julgamen-
A divulgação das penalidades impostas em Processos Éticos Disciplinares
to de recurso realizado em 22/03/2014
– PED decorre de norma estabelecida pelo Conselho Federal de Educação
pelo Tribunal Regional de Ética – TRE, Física – CONFEF. O Artigo 55 do Código Processual de Ética estabelece
recurso julgado improcedente, sendo que: “As penalidades impostas no Procedimento Disciplinar processar-se-ão na
mantida a decisão da Junta de Instrução forma estabelecida nas respectivas decisões, sendo procedidos os apontamentos no
e Julgamento que condenou a Denun- prontuário do Profissional punido, bem como divulgadas na página eletrônica,
ciada à pena de advertência escrita sem na revista e/ou jornal do respectivo CREF”.
aplicação de multa, pela conduta de
Revista CREF4/SP • nº 42 • junho/julho/agosto 2014 • ano xv 29
BALANÇO FINANCEIRO 2013
financeiro
O CREF4/SP divulga anualmente o Balanço Financeiro. Dessa forma, mantém a transparência em sua gestão.
Todas as contas são controladas pelo Departamento Financeiro, analisadas e aprovadas pelos Conselheiros,
Membros da Comissão de Controle e Finanças, checadas pelo CONFEF e auditadas, periodicamente, pelo
Tribunal de Contas da União
São Paulo, 31 de dezembro de 2013 PAULO YASSUO KOIKE HUMBERTO APARECIDO PANZETTI FLAVIO DELMANTO
CRC: 1SP139221/0/0 Diretor-Tesoureiro Presidente
CPF: 769.841.568-49 CPF: 045.323.808-47 CPF: 748.829.028-34
Informações sobre as vantagens que cada convênio oferece ao Profissional de Educação Física registrado no CREF4 no www.crefsp.org.br
PARABÉNS
ck
PROFISSIONAL DE
Thinksto
EDUCAÇÃO FÍSICA
PELO SEU DIA!
Siga bons exemplos, CONSELHO REGIONAL DE
aprimore-se e tenha sucesso EDUCAÇÃO FÍSICA DA 4ª REGIÃO