You are on page 1of 4

Imprimir - Fechar janela

!"

# $ %%& '(
%&( ) % %%

*+* ,- ,. / 0 !

>
>
>
> Aspectos Técnicos e Legais da Insalubridade
> (Por Rogério Dias Regazzi)
> I. PERÍCIA DE INSALUBRIDADE
> As ações pleiteando o adicional de insalubridade são ajuizadas contra o
> empregador, sendo que a competência de julgamento é da Justiça do
> Trabalho.
> A ação trabalhista é denominada reclamação, sendo o autor (normalmente o
> empregado) denominado de reclamante e o réu (normalmente a empresa)
> denominado de reclamada. Na perícia de insalubridade, o objeto de estudo
> encontra-se focado na identificação das atividades e operações insalubres.
>A
> quantificação dos agentes será necessária, na medida em que a legislação
> assim exigir, como é o caso do ruído e do calor. Deve ser feita a análise
> da
> exposição do trabalhador ao agente, considerando o tipo, a natureza e o
> tempo de exposição. O procedimento pericial é denominado vistoria ou
> diligência do local de trabalho.
> No que diz respeito às ações relativas ao exercício insalubre, a avaliação
> ambiental se constitui uma prova fundamental para a comprovação das
> evidências levantadas durante o trabalho prévio do perito.
> Dentro do campo da insalubridade, o laudo pericial é a etapa mais
> importante
> para o convecimento do juizo e posterior julgamento das reclamações de
> adicionais de risco.
> Pontos a Lembrar:
> * Sendo necessário o fornecimento, pela empresa, de documentos não
> disponíveis de imediato, convém que o perito solicite-os, formalmente,
> através do termo de diligência.
>
> * Trabalho pericial envolve o estabelecimento e interpretação dos Fatos e
> comprovação das Evidências.
>
> * É fundamental diferenciar fatos de indícios a prova. Indícios
> (evidências). Fatos são elementos de certeza que configuram são evidências
> indiretas de fatos, mas sem o grau de certeza do fato constatado.
>
> * O fornecimento do EPI é apenas uma Evidência da proteção fornecida pela
> empresa. O uso de protetores auriculares (tipo, recebimento, reposição,
> instruções para uso etc.) é Fato a ser estabelecido.
>
> * A comprovação da eficiência dos equipamentos quanto a sua capacidade de
> atenuar a exposição aos agentes agressivos necessita de uma avaliação
> técnica e até mesmo a interpretação dos procedimentos para a sua
> utilização
> são Fatos a serem constatados.
>
> * A diligência pericial deve ser feita com a comunicação prévia dos
> assistentes técnicos das partes. Recomenda-se a cordialidade no trato com
> os
> assistentes técnicos e respeito profissional.
> O Art. 195 da CLT determina que a caracterização da insalubridade ou
> periculosidade, deva ser feita, obrigatoriamente, através da perícia, a
> ser
> realizada por um Engenheiro de Segurança ou Médico do Trabalho.
> Isto quer dizer que o Juiz do Trabalho não pode decidir uma questão de
> insalubridade por conta própria. Deve existir a verificação do local de
> trabalho e das atividades do reclamante, além da realização de avaliação
> quantitativa do agente insalubre, quando assim exigir o documento legal.
> Não
> é aplicável à perícia de insalubridade, a prova emprestada de outros
> levantamentos ambientais, realizados no passado. O perito tem que realizar
>o
> seu trabalho de levantamento e concluir seu laudo em cima de seus dados e
> observações realizadas durante a diligência.
> A constatação dos fatos deve ser registrada em um laudo pericial claro e
> objetivo, para que o Juiz possa decidir se será devido, ou não, o
> adicional
> de insalubridade, requerido pelo reclamante.
> Art. 195. A caracterização e a classificação da insalubridade e da
> periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão
> através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do
> Trabalho,
> registrados no Ministério do Trabalho.
> II. AÇÃO REGRESSIVA DO INSS, AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E AÇÕES PENAIS
> As Ações Regressivas do INSS contra o empregador estão amparadas
> legalmente
> pelos art. 120 e 121 da Lei de Benefícios da Previdência Social (Lei
> 8.213)
> permitindo ao INSS ser ressarcido, caso o dano ocorra pela omissão ao
> cumprimento dos dispositivos legais de segurança e higiene ocupacional.
> Art. 120 Nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e
> higiene do trabalho indicadas para proteção individual e coletiva, a
> Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis.
> Art. 121. O pagamento, pela Previdência Social, das prestações por
> acidente
> de trabalho não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outrem.
> As Ações Previdenciárias dizem respeito aos segurados da Previdência
> Social
> que recorrem à justiça para reclamar benefícios garantidos por direito e
> negados pelo INSS. A Lei 9.032/95 permitiu ao segurado recorrer a uma
> compensação devida à incapacidade funcional decorrente do acidente de
> qualquer natureza incluindo as doenças ocupacionais.
> III. ASPECTOS JURÍDICOS DA PERÍCIA
> O laudo pericial é apenas uma parte dentro das diversas fases do processo
> judicial. A perícia visa o convencimento do juiz através de argumentações
> exclusivamente técnicas. Caso o laudo pericial não esclareça, a contento,
>o
> deslinde da questão envolvida, o juiz poderá solicitar uma nova perícia,
> podendo, inclusive, substituir o perito.
> O laudo pericial destinado ao esclarecimento de uma reclamação
> trabalhista,
> visa suprir, com argumentos técnicos, a deficiência do magistrado para com
> as questões de engenharia de segurança e medicina do trabalho. O perito
> judicial, através de suas diligencias, representa o juiz. Costuma-se dizer
> que ele tem os "olhos e os ouvidos" do juiz, devendo apresentar, em seu
> parecer técnico as condições de trabalho e caracterizar o tipo de
> exposição
> existente para que o mesmo possa concluir seu parecer sobre o processo a
> ser
> julgado.
> Fases do processo judicial da área civil, como base para o entendimento
> dos
> processos trabalhistas:
> <<...OLE_Obj...>>
> a) Postulória: O autor apresenta e fundamenta seu pedido e o réu apresenta
> sua defesa;
> b) Conciliatória: É realizada uma tentativa de acordo entre as partes,
> antes
> mesmo de serem esclarecidos os fatos alegados;
> c) Saneamento: O Juiz declara o processo em ordem e apto para prosseguir e
> toma determinadas decisões com relação ao seu desenvolvimento;
> d) Instrutória: São produzidas provas necessárias para elucidar os fatos;
> e) Decisória: O Juiz julga o mérito do processo e outras questões que lhe
> foram submetidas;
> f) Recursos: A parte perdedora requer o julgamento da ação por instância
> superior (tribunais).
> Rogério Dias Regazzi
> Eng. Mecânico (UFRJ), Especialista em
> Eng. de Segurança e Eng. Legal (CEFET-RJ)
> e M,Sc em Metrologia e Qualidade Industrial
> (PUC-RJ). Perito Judicial, Consultor Técnico da
> 3R Tecnologia Ambiental e da CCR Consultores
> e Técnicos Reunidos Ltda. Professor Convidado
> dos Cursos de Pós-Graduação da UFF, UFRJ e
> de cursos especiais da PUC-RJ, ABPA e SOBES-
>
>
>
>

__._,_.___

" Mentes grandes discutem idéias;


mentes medianas discutem eventos;
mentes pequenas discutem pessoas."

Blaise Pascal

Yahoo! Grupos, um serviço oferecido por:


PUBLICIDADE

Links do Yahoo! Grupos


Para visitar o site do seu grupo na web, acesse:
http://br.groups.yahoo.com/group/sesmt/

Para sair deste grupo, envie um e-mail para:


sesmt-unsubscribe@yahoogrupos.com.br

O uso que você faz do Yahoo! Grupos está sujeito aos Termos do Serviço do Yahoo!.
__,_._,___

You might also like